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CRIMINOLOGIA VIVIANE MEDEIROS DE AMORIM KATYUSCIA SOTA LEIA COM ATENÇÃO Qualquer forma de reprodução, distribuição, transformação ou revenda dessa obra só poderá ser realizada com autorização expressa das autoras, ressalvadas as exceções previstas em lei. Caso seja necessário reproduzir algum trecho desta obra, seja por meio de fotocópia, compartilhamento online, digitalização ou transcrição, entrar em contato com a autora. Informamos que o único meio de disponibilização desse material será por meio da plataforma. S O B R E N Ó S S O B R E N Ó S M e u n o m e é V i v i a n e A m o r i m s o u g r a d u a d a e m H i s t ó r i a p e l a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o G r a n d e d o N o r t e e b a c h a r e l a e m D i r e i t o p e l a U n i v e r s i d a d e P o t i g u a r , t a m b é m s o u e s p e c i a l i s t a e m D i r e i t o P ú b l i c o p e l a F a c u l d a d e L e g a l e e p ó s - g r a d u a n d a e m D i r e i t o C r i m i n a l p e l o I n s t i t u t o d e E s t u d o s J u r i d i c o s – I E J U R . @CONCURSEIRAINTENCIONADA @VIVIANE.AMORIMM S o u K a t y u s c i a S o t a , p a r a n a e n s e e C o n c u r s e i r a d e s d e o s 1 7 a n o s . F o r m a d a e m G e s t ã o P ú b l i c a . D e p o i s d e m u i t o a j u d a r c o l e g a s n o m u n d o d o s c o n c u r s o s , d e s e n v o l v i m e t o d o l o g i a s p a r a m a i o r f i x a ç ã o d e c o n t e ú d o e t r a n s f o r m a ç õ e s d e r o t i n a s . M e u o b j e t i v o é t e m o s t r a r q u e s e r a p r o v a d o ( a ) é p o s s í v e l , i n d e p e n d e n t e d a s s u a s c o n d i ç õ e s . NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA 1. O CRIME COMO FATO SOCIAL. 2. INSTITUIÇÕES SOCIAIS RELACIONADAS COM O CRIME: AS POLÍCIAS, O PODER JUDICIÁRIO, O MINISTÉRIO PÚBLICO, OS SISTEMAS PENITENCIÁRIOS ETC. 3. A EXTENSÃO DA CRIMINALIDADE NO MUNDO E NO BRASIL. 4. O CRIME COMO FENÔMENO DE MASSA: NARCOTRÁFICO, TERRORISMO E CRIME ORGANIZADO. 5. O CRIME COMO FENÔMENO ISOLADO: ESTUDO DO HOMICÍDIO. 6. CLASSIFICAÇÃO DE TIPOS CRIMINOSOS: CRIMINOSO NATO; CRIMINOSO OCASIONAL; CRIMINOSO HABITUAL OU PROFISSIONAL; CRIMINOSO PASSIONAL; CRIMINOSO ALIENADO; CRIMINOSO MENOR (DELINQUÊNCIA JUVENIL); A MULHER CRIMINOSA. 7. AS ATIVIDADES REPRESSIVAS, PREVENTIVAS E EDUCACIONAIS PARA DIMINUIR OS ÍNDICES DE CRIMINALIDADE. C O N T E Ú D O C O N T E Ú D O SOLDADO - PMCE POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA Ciência EMPÍRICA E INTERDISCIPLINAR, que se ocupa do estudo do CRIME, DO DELINQUENTE, DA VÍTIMA E DO CONTROLE SOCIAL do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese (causa), dinâmica e variáveis principais do crime – contemplado este como problema individual e como problema social – , assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e nos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito. A palavra “criminologia” foi pela primeira vez usada em 1883 por Paul Topinard e aplicada internacionalmente por Raffaele Garófalo, em seu livro Criminologia, no ano de 1885. Se utiliza do método empírico, baseada na coleção de dados e um fenômeno natural; de modo que, da análise dos dados, cria uma teoria ou chega a uma determinada conclusão. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES a) A criminologia geral: consiste na sistematização, comparação e classificação dos resultados obtidos no âmbito das ciências criminais acerca do crime, criminoso, vítima, controle social e criminalidade. b) A criminologia clínica: consiste na aplicação dos conhecimentos teóricos para o tratamento dos criminosos (microcriminologia). POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA MÉTODO DA CRIMINOLOGIA MÉTODO DA CRIMINOLOGIA OBJETO DA CRIMINOLOGIA FUNÇÃO DA CRIMINOLOGIA Ciência (ou arte, ou saber) empírica (ou seja, estuda a realidade, e não a norma penal) e interdisciplinar (envolve conceitos de diversas ciências: psicologia, sociologia, direito, ciência política, economia) (CIÊNCIA EMPÍRICA INTERDISCIPLINAR). Que se preocupa com o estudo do crime, do criminoso, da vítima e do controle social (objeto atual) e que trata de fornecer uma informação segura sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do evento delitivo. (CRIME - CRIMINOSO - VÍTIMA - CONTROLE SOCIAL). Assim como os programas de eficaz do mesmo (prevenção primária, secundária e terciária) e técnicas de intervenção positiva do criminoso (prevenção terciária) e nos diversos modelos de resposta (reação) ao delito (repressiva, reparadora, preventiva). (PREVENÇÃO - REAÇÃO - INTERVENÇÃO). POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA CONCEITO DA CRIMINOLOGIA CONCEITO TRADICIONAL ORIENTAÇÃO INTERVENÇÃO PARADIGMA CONCEITO MODERNO OBJETO CRIME e DELINQUENTE REPRESSIVA TRATAMENTO NO CRIMINOSO ETIOLOGIA (CAUSAS E RAÍ- ZES DA CRIMINALIDADE) CRIME, DELINQUENTE, VÍTIMA E CONTROLE SOCIAL PREVENCIONISTA INTERVENÇÃO SOCIAL Análise dos modelos de REAÇÃO ao delito (processos de criminalização), sem renunciar à análise etiológica do crime. CRIMINOLOGIA POLÍTICACRIMINAL DIREITO PENAL Ciência dogmática, analisa fatos humanos indesejados e define quais devem ser rotulados como crime ou contravenção, anunciando as penas. Ciência empírica que estuda o cri- me, o criminoso, a vítima e o com- portamento da sociedade. Etiolo- gia da criminalidade. Trabalha as estratégias e meios de controle social da criminalidade. Repressão e prevenção dos delitos. Ocupa-se do crime enquanto NORMA. Ocupa-se do crime enquanto FATO. Ocupa-se do crime enquanto Ex.: define e tipifica crime de le- são no ambiente doméstico e fa- miliar. Ex.: estuda quais fatores contribuem para a violência doméstica e familiar na sociedade. Ex.: estuda e planeja como di- minuir a violência doméstica e familiar na sociedade. POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA FUNÇÕES POR: VIVIANE AMORIM O crime deve, sob a ótica da criminologia, preencher os seguintes elementos constitutivos:. Estamos dizendo que aquela conduta não é algo mal em si, em sua essência, mas foi tida, em determinado momento-temporal, local e sociedade como algo que deve ser taxado como crime. Obs.: para a escola positiva, o crime é uma realidade ontológica (o mal por si mesmo). CRIMINOLOGIA a) reiteração do fato criminoso junto à sociedade (a fato isolado não se atribui a condição de crime) b) produção de sofrimento à vítima e ao corpo social (relevância social do fato); c) persistência espaço-temporal do fato criminoso (distribuição pelo território durante um tempo juridicamente relevante) d) consenso acerca de sua etiologia (causa), e das técnicas de intervenção para seu enfrentamento eficaz. DELITO Estuda o comportamento antisocial e suas causas. PARA A CRIMINOLOGIA MODERNA, CRIME NÃO TEM UM CONCEITO ONTOLÓGICO. OBJETOS POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA DELINQUENTE A visão sobre o delinquente depende do enfoque dado por cadaescola da criminologia: ESCOLA CLÁSSICA Ser humano é visto como algo sublime – Ideal do ser humano como centro do universo e senhor absoluto de si mesmo e de seus atos – o LIVRE ARBÍTRIO. Imagem abstrata e ideal do homem. Dogma da liberdade e da igualdade de todos os homens – Princípio da Equipotencialidade: não há diferenças qualitativas entre o criminoso e não criminoso. O comportamento criminoso é atribuído ao mau uso da liberdade. Criminoso é um pecador que optou pelo mal e merece ser punido. Livre arbítrio fundamenta a culpabilidade, a reprovabilidade da conduta e a imposição da pena. Protagonismo do estudo do crime e da lei. POR: VIVIANE AMORIM ESCOLA POSITIVA Nega o livre arbítrio. Criminoso é um animal selvagem e perigoso, portador de uma DOENÇA (DETERMINISMO BIOLÓGICO), ou de processos causais alheios (DETERMINISMO SOCIAL). Imagem concreta do homem, semelhante a algo químico ou matemático. Princípio da diversidade do criminoso –sujeito qualitativamente distinto do honrado que cumpre a lei. Teoria do bem e do mal (construção do “outro”). O criminoso não é culpável. Sua periculosidade é quem fundamenta uma intervenção estatal – a imposição de uma medida de segurança. Protagonismo máximo do estudo do criminoso (deu azo às teorias pautadas no direito penal do autor). POR: VIVIANE AMORIM OBJETOS POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA DELINQUENTE A visão sobre o delinquente depende do enfoque dado por cadaescola da criminologia: ESCOLA CORRECIONALISTA Imagem pedagógica e paternalista sobre o criminoso. Criminoso é associado ao menor de idade, inválido ou fraco socialmente ou mentalmente. Imagem de um ser carente de emenda/correção. Criminoso é um SER INFERIOR, DEFICIENTE E INCAPAZ de dirigir por si mesmo a sua vida. Sua débil vontade requer uma eficaz e desinteressada intervenção tutelar do Estado. POR: VIVIANE AMORIM MARXISMO Visão socialista. Atribui a responsabilidade do crime a determinadas estruturas econômicas, de maneira que o criminoso torna-se mera VÍTIMA DAS ESTRUTURAS ECONÔMICAS. Criminoso é fruto das desigualdades sociais. POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA MODERNA O Delinquente é examinado como UNIDADE BIOPSICOSSOCIAL (biológico, psicológico e social), e não de uma perspectiva biopsicopatológica – os elementos biológicos, psicológicos e sociais ajudam a entender a conduta, mas não são determinantes de forma absoluta (fim da relação causa-efeito do paradigma etiológico). O criminoso é um SER NORMAL. Estudo do criminoso passa a segundo plano, como uma superação dos enfoques individualistas em atenção aos objetivos político-criminais. POR: VIVIANE AMORIM OBJETOS CRIMINOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DOCRIMINOSO CESARE LOMBROSO ENRICO FERRI CRIMINOSO NATO CRIMINOSO LOUCO CRIMINOSO HABITUAL CRIMINOSO OCASIONAL CRIMINOSO PASSIONAL uma espécie de “selvagem”, degenerado, com deformidades físicas. os alienados mentais, que deveriam ser encaminhados ao hospício. tem uma predisposição hereditária ao crime pessoas nervosas, que não refletem e que usam da violência para resolver os seus problemas. não é a doença, mas sim a impulsividade (movimentos repetitivos). o criminoso instintivo é o alienado mental + os semi-loucos ou fonteiriços é o criminoso reincidente; o indivíduo que faz do crime a sua profissão. aquele que, eventualmente, comete um delito. o indivíduo que, até então, tem uma vida “sem machas”, até ser levado ao crime pelo arrebatamento, pelo ímpeto. Escola Positivista POR: VIVIANE AMORIM Para a vitimologia, vítima é toda pessoa física ou jurídica e ente coletivo prejudicado pela conduta humana que constitua infração penal ou não, desde que este ato seja uma agressão a um direito fundamental. CRIMINOLOGIA VÍTIMA Vítima não se confunde com vítima penal. A vítima, na criminologia,representa um conceito mais amplo. OBJETOS Para BENJAMIN MENDELSOHN, considerado por muitos o Pai da Vitimologia Moderna, vítima: “é a personalidade do indivíduo ou da coletividade na medida em que está afetada pelas consequências sociais de seu sofrimento, determinado por fatores de origem muito diversificada: físico, psíquico, econômico, político ou social, assim como do ambiente natural ou técnico”. CLASSIFICAÇÃO a) Vítima completamente inocente ou vítima ideal: “é aquela que não tem nenhuma participação no evento criminoso”. O delinquente é o único culpado pela produção do resultado (ex: sequestros, roubos, terrorismo, vítima de bala perdida etc.). b) Vítima menos culpada do que o delinquente ou vítima por ignorância: é aquela que contribui, de alguma forma, para o resultado danoso. Ora frequentando lugares reconhecidamente perigosos, ora expondo seus objetos de valor sem a preocupação que deveria ter em cidades grandes e criminógenas. c) Vítima tão culpada quanto o delinquente: é aquela cuja participação ativa é imprescindível para a caracterização do crime. (ex.: estelionato onde a vítima também age com má-fé - torpeza bilateral). d) Vítima mais culpada que o delinquente ou vítima provocadora: (ex.: homicídio privilegiado, agindo o agente dominado por violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima - pai que mata estuprador da filha). e) Vítima como única culpada: Ex.: “indivíduo embriagado que atravessa avenida movimentada vindo a falecer atropelado, ou aquele que toma medicamento sem atender o prescrito na bula, as vítimas de roleta-russa, de suicídio, etc.”. Nesse caso, o Direito Penal não responsabiliza o autor do crime (culpa exclusiva da vítima). POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA VITIMIZAÇÃO VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA É aquela que se relaciona ao indivíduo atingido diretamente pela conduta criminosa. Ou seja, é o processo através do qual um indivíduo sofre direta ou indiretamente os efeitos nocivos ocasionados pelo delito. Ex.: Lesões corporais, psicológicas etc. É uma consequência das relações entre as vítimas primárias e o Estado, em face da burocratização de seu aparelho repressivo (Polícia, Ministério Público, Judiciário etc.). Ou seja, é entendida como o sofrimento suportado pela vítima nas fases do inquérito e do processo, pelas suas “instâncias formais de controle social”, em que muitas vezes deverá reviver o fato criminoso por meio de interrogatórios, declarações e exames de corpo de delito, além de submeter-se a situações como presenciar a argumentação dos defensores do autor sugerindo que a vítima deu causa ao fato e o reencontro com o delinquente É aquela decorrente de um excesso de sofrimento, que extrapola os limites da lei do país, quando a vítima é abandonada, em certos delitos, pelo Estado e estigmatizada pela comunidade, incentivando as “cifras negras” (crimes que não são levados ao conhecimento das autoridades). Ou seja, é a ausência de receptividade social em relação à vítima, que em diversos casos se vê compelida a alterar sua rotina, os ambientes de convívio e círculos sociais em razão da estigmatização causada pelo delito. Ex.: a segregação social sentida pelas vítimas de crimes sexuais e as consequências da divulgação não autorizada de fotos ou vídeos íntimos nas redes sociais. Vitimização Indireta: é a vitimização de pessoas próximas ou diretamente ligadas à vítima, como seus familiares, parente e amigos. Heterovitimização: corresponde à “auto recriminação da vítima” diante de um crime cometido, por meio da busca pelas razões que a tornaram, de modo provável, responsável pela prática delitiva. POR: VIVIANE AMORIM CRIMINOLOGIA SÍNDROMES SÍNDROME DE ESTOCOLMO SÍNDROME DE LIMA SÍNDROME DE POTIFAR identificação afetiva da vítima com o criminoso, pelo próprio instinto de sobrevivência (ex.: no crime de extorsão mediante sequestro); identificação afetiva do sequestrador com a vítima. Segundo Cleber Masson, para análise da verossimilhança das palavras da vítima, especialmente nos crimes sexuais, a criminologia desenvolveu a teoria da “síndrome da mulher de Potifar”, consistente no ato de acusar alguém falsamente pelo fato de ter sido rejeitada, como na hipótese em que uma mulher abandonada por um homem vem a imputar a ele, inveridicamente, algum crime de estupro; POR: VIVIANE AMORIM Se subdivide em: CRIMINOLOGIA a) Controle social formal: mecanismos oficiais de controle, atuação do aparelho político do Estado (polícia, Justiça, Adm. Penitenciária, MP, Exército etc.). Se estuda a eficácia do sistema de penas no processo de prevenção, retribuição e ressocialização. Os mecanismos de controle social formal são utilizados subsidiariamente, ou seja, apenas quando os controles sociais informais não logram êxito. CONTROLE SOCIAL Conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem submeter oindivíduo aos modelos e normas comunitárias. OBJETOS Seleção da instância formal de controle social: • 1a Seleção: Polícia Judiciária (BO, Inquéritos); • 2a Seleção: Ministério Público (Denúncia Criminal, Ação Civil Pública); • 3a Seleção: Poder Judiciário (Sentençacondenatória, Decretação de Prisão Cautelar). CONTROLE SOCIAL FORMAL É realizado pelo Estado (Polícia, Ministério Público, Forças Armadas, Justiça, Administração Penitenciária etc.). É mais rigoroso/repressor e de conotação político-criminal. O controle social formal entra em cena quando os controles sociais informais se tornaram insuficientes, atuando de modo CONTROLE SOCIAL INFORMAL É o controle realizado pela sociedade civil (família, escola, religião, profissão, clubes de serviço etc). É nitidamente preventivo e educacional. O controle social informal atua ao longo da formação do indivíduo, transmitindo valores morais e éticos, sem a atuação do Estado. Pode ser exercido de 3 formas: a) sanções formais (aplicadas pelo Estado, podem ser cíveis, administrativas e/ou penais) e sanções informais (não têm força coercitiva); b) meios positivos (prêmios e incentivos) e meios negativos (imposição de sanções); c) controle interno (auto coerção e auto reprovação) e controle externo (ação da sociedade ou do Estado, como multas e penas privativas de liberdade). POR: VIVIANE AMORIM CONTROLE SOCIAL TIPOS CONTROLE SOCIAL INFORMAL CONTROLE SOCIAL FORMAL AGENTES MOMENTO ESTRATÉGIA EFETIVIDADE Família, escola, religião, clubes recreativos, opinião pública, etc Polícia, Ministério Público, Poder Judiciário, Administração Penintenciária. Entra em funcionamento quando as instâncias informais de controle falham. Disciplina o indivíduo por meio de um largo e sutil processo de socialização, interiorizando initerruptamente no indivíduo as pautas e condutas. Distintas estratégias (prevenção, repressão, ressocialização, etc) e diferentes modalidades de sanções (positivas, como recompensas; e negativas, como punições). Atua de modo coercitivo (violento) e impõe sanções mais estigmatizantes, que atribuem ao infrator da norma um singular status (de desviado, perigoso ou delinquente). - Costuma ser mais efetivo, porque é ininterrupto e onipresente, o que ajuda a explicar os níveis mais baixos de criminalidade nas pequenas cidades do interior, onde é mais forte. - O atual enfraquecimento dos laços familiares e comunitários explica em boa medida a escassa confiança depositada na sua efetividade. - A eficaz prevenção do crime não depende tanto da maior efetividade do controle social formal, senão da melhor integração do controle social formal e informal. - O controle razoável e eficaz da criminalidade não pode depender exclusivamente da efetividade das instâncias do controle social, pois a intervenção do sistema legal não incide nas raízes do delito. POR: VIVIANE AMORIM PREVENÇÃO CRIMINAL CONCEITO Conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito. Para que possa alcançar esse verdadeiro objetivo do Estado de Direito, que é a prevenção de atos nocivos e consequentemente a manutenção da paz e harmonia sociais, mostra-se irrefutável a necessidade de dois tipos de medidas: a primeira delas atingindo indiretamente o delito e a segunda, diretamente. MEDIDAS INDIRETAS Visam as causas do crime, sem atingi-lo de imediato. O crime só seria alcançado porque, cessada a causa, cessam os efeitos (sublata causa tollitur effectus). Trata-se de excelente ação profilática, que demanda um campo de atuação intenso e extenso, buscando todas as causas possíveis da criminalidade, próximas ou remotas, genéricas ou específicas. Tais ações indiretas devem focar dois caminhos básicos: o indivíduo e o meio em que ele vive. Em relação ao indivíduo, devem as ações observar seu aspecto personalíssimo, contornando seu caráter e seu temperamento, com vistas a moldar e motivar sua conduta. MEDIDAS DIRETAS Direcionam-se para a infração penal in itinere ou em formação (iter criminis). Grande valia possuem as medidas de ordem jurídica, entre as quais se destacam aquelas atinentes à efetiva punição de crimes graves, incluindo os de colarinho branco; repressão implacável às infrações penais de todos os matizes (tolerância zero), substituindo o direito penal nas pequenas infrações pela adoção de medidas de cunho administrativo (police acts); atuação da polícia ostensiva em seu papel de prevenção, manutenção da ordem e vigilância; aparelhar e treinar as polícias judiciárias para a repressão delitiva em todos os segmentos da criminalidade; repressão jurídico-processual, além de medidas de cunho administrativo, contra o jogo, a prostituição, a pornografia generalizada etc.; elevação de valores morais, com o culto à família, religião, costumes e ética, além da reconstrução do sentimento de civismo, estranhamente ausente entre os brasileiros. POR: VIVIANE AMORIM PREVENÇÃO CRIMINAL TIPOS PREVENÇÃO SECUNDÁRIA PREVENÇÃO TERCIÁRIA PREVENÇÃO PRIMÁRIA Atuação do Estado nos focos de criminalidade. - O crime já surgiu. - Opera a curtos e médios prazos; - Tem como destinatário grupos ou subgrupos passíveis de sofrer ou protagonizar no crime. Ex.: UPP’s nas favelas Atuação do Estado no criminoso, com o fito de ressocializá-lo e evitar a reincidência. - O crime também já ocorreu; - Opera tardiamente; - Tem como destinatário o recluso (população carcerária); - Busca evitar a reincidência. Ex.: remição pelo estudo (art. 126, da LEP). Políticas públicas que o Estado deve ter para impedir/combater a origem do crime. - O crime ainda não surgiu; - Opera a médio e longo prazo; - Tem como destinatário todos os cidadãos; - Busca evitar a raiz do crime. Ex.: saúde, educação, lazer, dentre outros. CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO POR: VIVIANE AMORIM JUSTIÇA RESTAURATIVA JUSTIÇA RETRIBUTIVA JUSTIÇA RESTAURATIVA O crime é ato contra a comunidade, contra a vítima e contra o próprio autor; O interesse em punir ou reparar é das pessoas envolvidas no caso; Há responsabilidade social pelo ocorrido; Predomina o uso alternativo e crítico do Direito Penal; Existem procedimentos informais e flexíveis; Predomina a disponibilidade da ação penal; Concentração do foco conciliador; Existe predomínio da reparação do dano causado ou da prestação de serviços comunitários; O foco da assistência é voltado à vítima; A comunicação do infrator pode ser feita diretamente ao Estado ou à vítima. O crime é ato contra a sociedade, representada pelo Estado; O interesse na punição é público; A responsabilidade do agente é individual Há o uso estritamente dogmático do Direito Penal; Utiliza-se de procedimentos formais e rígidos Predomina a indisponibilidade da ação penal Concentração do foco punitivo volta-se ao infrator; Há o predomínio de penas privativas de liberdade; Consagra-se pouca assistência às vítimas; A comunicação do infrator é feita somente por meio de advogado. É um processo colaborativo voltado para a resolução do conflito decorrente do crime, envolvendo uma participação maior do infrator e da vítima. JUSTIÇA RESTAURATIVA busca-se o direito, acompanham-se as normas e qualquer conciliador se baseia naquilo que estápositivado, no direito de cada um. Há o direito a isso e àquilo; são valores legais permitidos. foca-se no conflito, no impasse, que pode ser resolvido de alguma maneira que não seja a tão formal. não se trabalha nem em cima da lei nem em cima dos conflitos, mas a partir de pessoas, dos valores das pessoas, de seus sentimentos, da possibilidade de transformação do conflito, ao tempo que busca valorizar o ser humano.
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