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INTODUÇÃO A CRIMINOLOGIA

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CRIMINOLOGIA
 
VIVIANE MEDEIROS DE AMORIM
KATYUSCIA SOTA
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M e u n o m e é V i v i a n e A m o r i m s o u g r a d u a d a e m H i s t ó r i a p e l a U n i v e r s i d a d e
F e d e r a l d o R i o G r a n d e d o N o r t e e b a c h a r e l a e m D i r e i t o p e l a U n i v e r s i d a d e
P o t i g u a r , t a m b é m s o u e s p e c i a l i s t a e m D i r e i t o P ú b l i c o p e l a F a c u l d a d e
L e g a l e e p ó s - g r a d u a n d a e m D i r e i t o C r i m i n a l p e l o I n s t i t u t o d e E s t u d o s
J u r i d i c o s – I E J U R . 
@CONCURSEIRAINTENCIONADA
@VIVIANE.AMORIMM
S o u K a t y u s c i a S o t a , p a r a n a e n s e e C o n c u r s e i r a d e s d e o s 1 7 a n o s . F o r m a d a e m
G e s t ã o P ú b l i c a . D e p o i s d e m u i t o a j u d a r c o l e g a s n o m u n d o d o s c o n c u r s o s ,
d e s e n v o l v i m e t o d o l o g i a s p a r a m a i o r f i x a ç ã o d e c o n t e ú d o e t r a n s f o r m a ç õ e s d e
r o t i n a s . M e u o b j e t i v o é t e m o s t r a r q u e s e r a p r o v a d o ( a ) é p o s s í v e l ,
i n d e p e n d e n t e d a s s u a s c o n d i ç õ e s .
NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA
1. O CRIME COMO FATO SOCIAL.
 2. INSTITUIÇÕES SOCIAIS RELACIONADAS COM O CRIME: AS POLÍCIAS, O
PODER JUDICIÁRIO, O MINISTÉRIO PÚBLICO, OS SISTEMAS PENITENCIÁRIOS
ETC. 
3. A EXTENSÃO DA CRIMINALIDADE NO MUNDO E NO BRASIL. 
4. O CRIME COMO FENÔMENO DE MASSA: NARCOTRÁFICO, TERRORISMO E
CRIME ORGANIZADO. 
5. O CRIME COMO FENÔMENO ISOLADO: ESTUDO DO HOMICÍDIO. 
6. CLASSIFICAÇÃO DE TIPOS CRIMINOSOS: CRIMINOSO NATO; CRIMINOSO
OCASIONAL; CRIMINOSO HABITUAL OU PROFISSIONAL; CRIMINOSO
PASSIONAL; CRIMINOSO ALIENADO; CRIMINOSO MENOR (DELINQUÊNCIA
JUVENIL); A MULHER CRIMINOSA. 
7. AS ATIVIDADES REPRESSIVAS, PREVENTIVAS E EDUCACIONAIS
PARA DIMINUIR OS ÍNDICES DE CRIMINALIDADE. C
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SOLDADO - PMCE
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA 
COMO CIÊNCIA
Ciência EMPÍRICA E INTERDISCIPLINAR, que se ocupa do estudo do CRIME, DO DELINQUENTE,
DA VÍTIMA E DO CONTROLE SOCIAL do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma
informação válida, contrastada, sobre a gênese (causa), dinâmica e variáveis principais do crime –
contemplado este como problema individual e como problema social – , assim como sobre os
programas de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem
delinquente e nos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito.
A palavra “criminologia” foi pela primeira vez usada em 1883 por Paul Topinard e
aplicada internacionalmente por Raffaele Garófalo, em seu livro Criminologia, no ano
de 1885.
Se utiliza do método empírico, baseada na coleção de dados e um
fenômeno natural; de modo que, da análise dos dados, cria uma teoria
ou chega a uma determinada conclusão.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
a) A criminologia geral: consiste na sistematização, comparação e
classificação dos resultados obtidos no âmbito
das ciências criminais acerca do crime, criminoso, vítima, controle
social e criminalidade.
b) A criminologia clínica: consiste na aplicação dos conhecimentos
teóricos para o tratamento dos criminosos
(microcriminologia).
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA 
COMO CIÊNCIA
MÉTODO DA CRIMINOLOGIA
MÉTODO DA
CRIMINOLOGIA
OBJETO DA
CRIMINOLOGIA
FUNÇÃO DA
CRIMINOLOGIA
Ciência (ou arte, ou saber) empírica (ou seja, estuda a realidade, e
não a norma penal) e interdisciplinar (envolve conceitos de diversas 
ciências: psicologia, sociologia, direito, ciência política, economia)
(CIÊNCIA EMPÍRICA INTERDISCIPLINAR).
Que se preocupa com o estudo do crime, do criminoso, da vítima e 
do controle social (objeto atual) e que trata de fornecer uma informação
segura sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do evento delitivo.
(CRIME - CRIMINOSO - VÍTIMA - CONTROLE SOCIAL).
Assim como os programas de eficaz do mesmo (prevenção
primária, secundária e terciária) e técnicas de intervenção positiva
do criminoso (prevenção terciária) e nos diversos modelos de
resposta (reação) ao delito (repressiva, reparadora, preventiva).
(PREVENÇÃO - REAÇÃO - INTERVENÇÃO).
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA 
COMO CIÊNCIA
CONCEITO DA CRIMINOLOGIA
CONCEITO
TRADICIONAL
ORIENTAÇÃO
INTERVENÇÃO
PARADIGMA
CONCEITO
MODERNO
OBJETO CRIME e DELINQUENTE
REPRESSIVA
TRATAMENTO NO 
CRIMINOSO
ETIOLOGIA (CAUSAS E RAÍ-
ZES DA CRIMINALIDADE)
CRIME, DELINQUENTE, VÍTIMA
 E CONTROLE SOCIAL
PREVENCIONISTA
INTERVENÇÃO SOCIAL
Análise dos modelos de REAÇÃO ao
delito (processos de criminalização),
sem renunciar à análise etiológica do
crime.
CRIMINOLOGIA POLÍTICACRIMINAL
DIREITO
PENAL
Ciência dogmática, analisa fatos
humanos indesejados e define
quais devem ser rotulados como
crime ou contravenção,
anunciando as penas.
Ciência empírica que estuda o cri-
me, o criminoso, a vítima e o com-
portamento da sociedade. Etiolo-
gia da criminalidade.
Trabalha as estratégias e
meios de controle social da
criminalidade. Repressão e
prevenção dos delitos.
Ocupa-se do crime enquanto
NORMA. Ocupa-se do crime enquanto FATO. Ocupa-se do crime enquanto
Ex.: define e tipifica crime de le-
são no ambiente doméstico e fa-
miliar.
Ex.: estuda quais fatores contribuem
para a violência doméstica e familiar
na sociedade.
Ex.: estuda e planeja como di-
minuir a violência doméstica e 
familiar na sociedade.
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA 
FUNÇÕES
POR: VIVIANE AMORIM
 O crime deve, sob a ótica da criminologia, preencher os seguintes elementos
constitutivos:.
Estamos dizendo que aquela conduta não é algo mal em si, em sua essência,
mas foi tida, em determinado momento-temporal, local e sociedade como algo que
deve ser taxado como crime.
Obs.: para a escola positiva, o crime é uma realidade ontológica (o mal por si mesmo).
CRIMINOLOGIA
a) reiteração do fato criminoso junto à sociedade (a fato isolado não
se atribui a condição de crime) 
b) produção de sofrimento à vítima e ao corpo social (relevância social do fato);
c) persistência espaço-temporal do fato criminoso (distribuição pelo território
durante um tempo juridicamente relevante) 
d) consenso acerca de sua etiologia (causa), e das técnicas de intervenção para
seu enfrentamento eficaz.
DELITO Estuda o comportamento antisocial e suas causas.
PARA A CRIMINOLOGIA MODERNA, CRIME NÃO TEM UM
CONCEITO ONTOLÓGICO.
OBJETOS
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA
DELINQUENTE A visão sobre o delinquente depende do enfoque dado por cadaescola da criminologia:
ESCOLA
CLÁSSICA
Ser humano é visto como algo sublime – Ideal do ser humano
como centro do universo e senhor absoluto de si mesmo e de seus
atos – o LIVRE ARBÍTRIO.
Imagem abstrata e ideal do homem.
Dogma da liberdade e da igualdade de todos os homens –
Princípio da Equipotencialidade: não há diferenças qualitativas
entre o criminoso e não criminoso.
O comportamento criminoso é atribuído ao mau uso da liberdade.
Criminoso é um pecador que optou pelo mal e merece ser punido.
 Livre arbítrio fundamenta a culpabilidade, a reprovabilidade da
conduta e a imposição da pena.
Protagonismo do estudo do crime e da lei.
POR: VIVIANE AMORIM
ESCOLA
POSITIVA
Nega o livre arbítrio. Criminoso é um animal selvagem e perigoso,
portador de uma DOENÇA (DETERMINISMO BIOLÓGICO), ou de
processos causais alheios (DETERMINISMO SOCIAL).
Imagem concreta do homem, semelhante a algo químico ou
matemático.
Princípio da diversidade do criminoso –sujeito qualitativamente
distinto do honrado que cumpre a lei.
Teoria do bem e do mal (construção do “outro”).
O criminoso não é culpável. Sua periculosidade é quem fundamenta
uma intervenção estatal – a imposição de uma medida de
segurança.
Protagonismo máximo do estudo do criminoso (deu azo às teorias
pautadas no direito penal do autor).
POR: VIVIANE AMORIM
OBJETOS
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA
DELINQUENTE A visão sobre o delinquente depende do enfoque dado por cadaescola da criminologia:
ESCOLA
CORRECIONALISTA
Imagem pedagógica e paternalista sobre o criminoso. Criminoso é
associado ao menor de idade, inválido ou fraco socialmente ou
mentalmente.
Imagem de um ser carente de emenda/correção.
Criminoso é um SER INFERIOR, DEFICIENTE E INCAPAZ de dirigir
por si mesmo a sua vida. Sua débil vontade requer uma eficaz e
desinteressada intervenção tutelar do Estado.
POR: VIVIANE AMORIM
MARXISMO
Visão socialista. Atribui a responsabilidade do crime a
determinadas estruturas econômicas, de maneira que o
criminoso torna-se mera VÍTIMA DAS ESTRUTURAS ECONÔMICAS.
Criminoso é fruto das desigualdades sociais.
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA
MODERNA
O Delinquente é examinado como UNIDADE BIOPSICOSSOCIAL
(biológico, psicológico e social), e não de uma perspectiva
biopsicopatológica – os elementos biológicos, psicológicos e
sociais ajudam a entender a conduta, mas não são determinantes
de forma absoluta (fim da relação causa-efeito do paradigma
etiológico).
O criminoso é um SER NORMAL.
Estudo do criminoso passa a segundo plano, como uma
superação dos enfoques individualistas em atenção aos objetivos
político-criminais.
POR: VIVIANE AMORIM
OBJETOS
CRIMINOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DOCRIMINOSO
CESARE
LOMBROSO
ENRICO
FERRI
CRIMINOSO
NATO
CRIMINOSO 
LOUCO
CRIMINOSO 
HABITUAL
CRIMINOSO 
OCASIONAL
CRIMINOSO 
PASSIONAL
uma espécie de “selvagem”, 
degenerado, com deformidades
 físicas.
os alienados mentais, que deveriam ser 
encaminhados ao hospício.
tem uma predisposição 
hereditária ao crime
pessoas nervosas, que não refletem e
que usam da violência para resolver os
seus problemas.
não é a doença, mas sim a 
impulsividade (movimentos repetitivos).
o criminoso instintivo
 
é o alienado mental + os semi-loucos 
ou fonteiriços
é o criminoso reincidente; o
indivíduo que faz do crime a sua
profissão.
aquele que, eventualmente, 
comete um delito.
o indivíduo que, até então, tem uma
vida “sem machas”, até ser levado ao
crime pelo arrebatamento, pelo
ímpeto.
Escola Positivista
POR: VIVIANE AMORIM
 Para a vitimologia, vítima é toda pessoa física ou jurídica e
ente coletivo prejudicado pela conduta humana que
constitua infração penal ou não, desde que este ato seja uma
agressão a um direito fundamental.
CRIMINOLOGIA
VÍTIMA Vítima não se confunde com vítima penal. A vítima, na criminologia,representa um conceito mais amplo.
OBJETOS
Para BENJAMIN MENDELSOHN, considerado por muitos o Pai da Vitimologia
Moderna, vítima: “é a personalidade do indivíduo ou da coletividade na medida em
que está afetada pelas consequências sociais de seu sofrimento, determinado por
fatores de origem muito diversificada: físico, psíquico, econômico, político ou
social, assim como do ambiente natural ou técnico”.
CLASSIFICAÇÃO
a) Vítima completamente inocente ou vítima ideal: “é aquela que não tem nenhuma participação no evento criminoso”. O delinquente
é o único culpado pela produção do resultado (ex: sequestros, roubos, terrorismo, vítima de bala perdida etc.).
b) Vítima menos culpada do que o delinquente ou vítima por ignorância: é aquela que contribui, de alguma forma, para o resultado
danoso. Ora frequentando lugares reconhecidamente perigosos, ora expondo seus objetos de valor sem a preocupação que deveria ter
em cidades grandes e criminógenas.
c) Vítima tão culpada quanto o delinquente: é aquela cuja participação ativa é imprescindível para a caracterização do crime. (ex.:
estelionato onde a vítima também age com má-fé - torpeza bilateral).
d) Vítima mais culpada que o delinquente ou vítima provocadora: (ex.: homicídio privilegiado, agindo o agente dominado por violenta
emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima - pai que mata estuprador da filha).
e) Vítima como única culpada: Ex.: “indivíduo embriagado que atravessa avenida movimentada vindo a falecer atropelado, ou aquele
que toma medicamento sem atender o prescrito na bula, as vítimas de roleta-russa, de suicídio, etc.”. Nesse caso, o Direito Penal não
responsabiliza o autor do crime (culpa exclusiva da vítima).
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA
VITIMIZAÇÃO
VITIMIZAÇÃO
SECUNDÁRIA
VITIMIZAÇÃO
TERCIÁRIA
VITIMIZAÇÃO
PRIMÁRIA
É aquela que se relaciona ao
indivíduo atingido diretamente
pela conduta criminosa. Ou seja,
é o processo através do qual um
indivíduo sofre direta ou
indiretamente os efeitos nocivos
ocasionados pelo delito.
Ex.: Lesões corporais,
psicológicas etc.
É uma consequência das relações
entre as vítimas primárias e o Estado, em
face da burocratização de seu aparelho
repressivo (Polícia, Ministério Público,
Judiciário etc.). Ou seja, é entendida
como o sofrimento suportado pela vítima
nas fases do inquérito e do processo,
pelas suas “instâncias formais de
controle social”, em que muitas vezes
deverá reviver o fato criminoso por meio
de interrogatórios, declarações e exames
de corpo de delito, além de submeter-se
a situações como presenciar a
argumentação dos defensores do autor
sugerindo que a vítima deu causa ao fato
e o reencontro com o delinquente
É aquela decorrente de um excesso de
sofrimento, que extrapola os limites da
lei do país, quando a vítima é
abandonada, em certos delitos, pelo
Estado e estigmatizada pela comunidade,
incentivando as “cifras negras” (crimes
que não são levados ao conhecimento
das autoridades). Ou seja, é a ausência de
receptividade social em relação à vítima,
que em diversos casos se vê compelida a
alterar sua rotina, os ambientes de
convívio e círculos sociais em razão da
estigmatização causada pelo delito.
Ex.: a segregação social sentida pelas
vítimas de crimes sexuais e as
consequências da divulgação não
autorizada de fotos ou vídeos íntimos nas
redes sociais.
Vitimização Indireta: é a vitimização de pessoas próximas
ou diretamente ligadas à vítima, como seus familiares,
parente e amigos.
Heterovitimização: corresponde à “auto recriminação da
vítima” diante de um crime cometido, por meio da busca
pelas razões que a tornaram, de modo provável, responsável
pela prática delitiva.
POR: VIVIANE AMORIM
CRIMINOLOGIA
SÍNDROMES
SÍNDROME DE
ESTOCOLMO
SÍNDROME DE
LIMA
SÍNDROME DE
POTIFAR
identificação afetiva da vítima com o
criminoso, pelo próprio instinto de
sobrevivência
(ex.: no crime de extorsão mediante
sequestro);
identificação afetiva do sequestrador
com a vítima.
Segundo Cleber Masson, para
análise da verossimilhança das
palavras da vítima,
especialmente nos crimes
sexuais, a criminologia
desenvolveu a teoria da
“síndrome da mulher de Potifar”,
consistente no ato de acusar
alguém falsamente pelo fato de
ter sido rejeitada, como na
hipótese em que uma mulher
abandonada por um homem vem
a imputar a ele, inveridicamente,
algum crime de estupro;
POR: VIVIANE AMORIM
 Se subdivide em:
CRIMINOLOGIA
a) Controle social formal: mecanismos oficiais de controle, atuação do aparelho
político do Estado (polícia, Justiça, Adm. Penitenciária, MP, Exército etc.). Se estuda a
eficácia do sistema de penas no processo de prevenção, retribuição e ressocialização.
Os mecanismos de controle social formal são utilizados subsidiariamente, ou seja,
apenas quando os controles sociais informais não logram
êxito.
CONTROLE SOCIAL Conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem submeter oindivíduo aos modelos e normas comunitárias.
OBJETOS
Seleção da instância formal de controle social:
• 1a Seleção: Polícia Judiciária (BO, Inquéritos);
• 2a Seleção: Ministério Público (Denúncia Criminal, Ação Civil Pública);
• 3a Seleção: Poder Judiciário (Sentençacondenatória, Decretação de
Prisão Cautelar).
CONTROLE SOCIAL
FORMAL
É realizado pelo Estado (Polícia,
Ministério Público, Forças
Armadas, Justiça, Administração
Penitenciária etc.).
É mais rigoroso/repressor e de
conotação político-criminal.
O controle social formal entra em
cena quando os controles sociais
informais se tornaram
insuficientes, atuando de modo
CONTROLE SOCIAL
INFORMAL
É o controle realizado pela
sociedade civil (família, escola,
religião, profissão, clubes de
serviço etc).
É nitidamente preventivo e
educacional.
O controle social informal atua
ao longo da formação do
indivíduo, transmitindo valores
morais e éticos, sem a atuação
do Estado.
Pode ser exercido 
de 3 formas:
a) sanções formais (aplicadas pelo
Estado, podem ser cíveis,
administrativas e/ou penais) e
sanções informais (não têm força
coercitiva);
b) meios positivos (prêmios e
incentivos) e meios negativos
(imposição de sanções);
c) controle interno (auto coerção e
auto reprovação) e controle
externo (ação da sociedade ou do
Estado, como multas e penas
privativas de liberdade).
POR: VIVIANE AMORIM
CONTROLE SOCIAL
TIPOS
CONTROLE SOCIAL
INFORMAL
CONTROLE SOCIAL
FORMAL
AGENTES
MOMENTO
ESTRATÉGIA
EFETIVIDADE
Família, escola, religião,
clubes recreativos,
opinião pública, etc
Polícia, Ministério Público, Poder
Judiciário, Administração
Penintenciária.
Entra em funcionamento quando as
instâncias informais de controle
falham.
Disciplina o indivíduo por meio de um
largo e sutil processo de socialização,
interiorizando initerruptamente no
indivíduo as pautas e condutas.
Distintas estratégias (prevenção,
repressão, ressocialização, etc) e
diferentes modalidades de sanções
(positivas, como recompensas; e
negativas, como punições).
Atua de modo coercitivo (violento) e
impõe sanções mais estigmatizantes,
que atribuem ao infrator da norma um
singular status (de desviado, perigoso
ou delinquente).
- Costuma ser mais efetivo, porque é
ininterrupto e onipresente, o que ajuda
a explicar os níveis mais baixos de
criminalidade nas pequenas cidades do
interior, onde é mais forte.
- O atual enfraquecimento dos laços
familiares e comunitários explica em
boa medida a escassa confiança
depositada na sua efetividade.
- A eficaz prevenção do crime não
depende tanto da maior efetividade do
controle social formal, senão da melhor
integração do controle social formal e
informal.
- O controle razoável e eficaz da
criminalidade não pode depender
exclusivamente da efetividade das
instâncias do controle social, pois a
intervenção do sistema legal não incide
nas raízes do delito.
POR: VIVIANE AMORIM
PREVENÇÃO
CRIMINAL
CONCEITO Conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito.
Para que possa alcançar esse verdadeiro objetivo do Estado de
Direito, que é a prevenção de atos nocivos e consequentemente a
manutenção da paz e harmonia sociais, mostra-se irrefutável a
necessidade de dois tipos de medidas: a primeira delas atingindo
indiretamente o delito e a segunda, diretamente.
MEDIDAS INDIRETAS
Visam as causas do crime, sem atingi-lo de imediato. O crime só seria
alcançado porque, cessada a causa, cessam os efeitos (sublata causa
tollitur effectus). 
Trata-se de excelente ação profilática, que demanda um campo de atuação
intenso e extenso, buscando todas as causas possíveis da criminalidade,
próximas ou remotas, genéricas ou específicas. 
Tais ações indiretas devem focar dois caminhos básicos: o indivíduo e o
meio em que ele vive. Em relação ao indivíduo, devem as ações observar
seu aspecto personalíssimo, contornando seu caráter e seu temperamento,
com vistas a moldar e motivar sua conduta.
MEDIDAS DIRETAS
Direcionam-se para a infração penal in itinere ou em formação (iter criminis).
Grande valia possuem as medidas de ordem jurídica, entre as quais se
destacam aquelas atinentes à efetiva punição de crimes graves, incluindo os
de colarinho branco; repressão implacável às infrações penais de todos os
matizes (tolerância zero), substituindo o direito penal nas pequenas infrações
pela adoção de medidas de cunho administrativo (police acts); atuação da
polícia ostensiva em seu papel de prevenção, manutenção da ordem e
vigilância; aparelhar e treinar as polícias judiciárias para a repressão delitiva
em todos os segmentos da criminalidade; repressão jurídico-processual, além
de medidas de cunho administrativo, contra o jogo, a prostituição, a
pornografia generalizada etc.; elevação de valores morais, com o culto à
família, religião, costumes e ética, além da reconstrução do sentimento de
civismo, estranhamente ausente entre os brasileiros.
POR: VIVIANE AMORIM
PREVENÇÃO
CRIMINAL
TIPOS
PREVENÇÃO
SECUNDÁRIA
PREVENÇÃO
TERCIÁRIA
PREVENÇÃO
PRIMÁRIA
Atuação do Estado nos focos de
criminalidade.
- O crime já surgiu.
- Opera a curtos e médios prazos;
- Tem como destinatário grupos ou
subgrupos passíveis de sofrer ou
protagonizar no crime.
Ex.: UPP’s nas favelas
Atuação do Estado no criminoso,
com o fito de ressocializá-lo e evitar a
reincidência.
- O crime também já ocorreu;
- Opera tardiamente;
- Tem como destinatário o recluso
(população carcerária);
- Busca evitar a reincidência.
Ex.: remição pelo estudo (art. 126, da
LEP).
Políticas públicas que o Estado
deve ter para impedir/combater
a origem do crime.
- O crime ainda não surgiu;
- Opera a médio e longo prazo;
- Tem como destinatário todos os
cidadãos;
- Busca evitar a raiz do crime.
Ex.: saúde, educação, lazer,
dentre outros.
CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO
POR: VIVIANE AMORIM
JUSTIÇA
RESTAURATIVA
JUSTIÇA
RETRIBUTIVA
JUSTIÇA
RESTAURATIVA
O crime é ato contra a comunidade, contra a
vítima e contra o próprio autor;
O interesse em punir ou reparar é das pessoas
envolvidas no caso;
Há responsabilidade social pelo ocorrido;
Predomina o uso alternativo e crítico do Direito
Penal;
Existem procedimentos informais e flexíveis;
Predomina a disponibilidade da ação penal;
Concentração do foco conciliador;
Existe predomínio da reparação do dano causado
ou da prestação de serviços comunitários;
O foco da assistência é voltado à vítima;
A comunicação do infrator pode ser feita
diretamente ao Estado ou à vítima.
O crime é ato contra a sociedade, representada
pelo Estado;
O interesse na punição é público;
A responsabilidade do agente é individual
Há o uso estritamente dogmático do Direito
Penal;
Utiliza-se de procedimentos formais e rígidos
Predomina a indisponibilidade da ação penal
Concentração do foco punitivo volta-se ao
infrator;
Há o predomínio de penas privativas de
liberdade;
Consagra-se pouca assistência às vítimas;
A comunicação do infrator é feita somente por
meio de advogado.
É um processo colaborativo voltado para a resolução
do conflito decorrente do crime, envolvendo uma
participação maior do infrator e da vítima.
JUSTIÇA
RESTAURATIVA
busca-se o direito,
acompanham-se as normas
e qualquer conciliador se
baseia naquilo que
estápositivado, no direito de
cada um. Há o direito a isso e
àquilo; são valores legais
permitidos.
foca-se no conflito, no
impasse, que pode ser
resolvido 
de alguma maneira que
não seja a tão formal.
não se trabalha nem em cima
da lei nem em cima dos
conflitos, mas a partir de
pessoas, dos valores das
pessoas, de seus sentimentos,
da possibilidade de
transformação do conflito, ao
tempo que busca valorizar o
ser humano.

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