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Receptores encontrados no Coração e Pulmão

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Curso Superior de Bacharelado em Farmácia Disciplina de Fisiologia
FAR04A – 4º Semestre – 2021.2/1º Bimestre Prof. M. Sc. Muller Adion
Receptores encontrados no Coração
As fibras colinérgicas aferentes se originam em receptores (químio e barorreceptores), os quais estão distribuídos nos átrios, ventrículos, pericárdio, tecido conectivo, adventícia vascular, arco aórtico, seio carotídeo, artérias pulmonares e outros. Essas fibras são todas mielinizadas e constituintes dos nervos vago e glossofaríngeo, com exceção das fibras de químio e barorreceptores do seio carotídeo e de paredes ventriculares, as quais são amielínicas. 
Receptores cardíacos atriais
Tipo A - descargas correlacionadas com contração dos átrios e aparecem logo após a onda P do ECG ou após a onda a da curva de pressão atrial. A sua excitação depende diretamente do grau de tensão desenvolvida durante a sístole atrial. 
Tipo B - descargas correlacionadas com a onda v da curva de pressão dos átrios. A sua excitação depende diretamente do grau, velocidade e duração do enchimento desses átrios.
Receptores cardíacos ventriculares
Suas descargas estão correlacionadas com o grau de distensão das paredes ventriculares durante a sístole, respondendo aos aumentos dessa pressão com bradicardia e hipotensão arterial (reflexo de Bezold-Jarisch). Para o melhor entendimento e correlação entre a fisiologia e aspectos clínicos, o anestesiologista deve dividir os baro-receptores em: Arteriais e venosos.
Os baro-receptores venosos são muito importantes na regulação do débito cardíaco. Estão localizados no átrio direito e nos grandes vasos venosos, os quais, quando distendidos por aumento de pressão venosa, desencadeiam taquicardia.
O coração é inervado pelos dois sistemas: colinérgico e adrenérgico. 
Receptores adrenérgicos
Existem dois grupos principais de receptores adrenérgicos, α e β, apresentando vários subtipos:
Os receptores α têm os subtipos α1 (um receptor acoplado a uma proteína GQ) e α2 (um receptor acoplado Gi). A fenilefrina é um agonista seletivo do receptor α.
Os receptores β possuem os subtipos β1, β2 e β3. Todos os três estão ligados às proteínas Gs, que por sua vez estão ligadas à adenilato ciclase. 
A adrenalina se liga em ambos receptores, α e β, causando vasoconstrição e vasodilatação, respectivamente.
Receptores α
Os receptores α possuem várias funções em comum, mas também efeitos individuais. Entre os efeitos comuns, ou de forma inespecífica, incluem:
· Vasoconstrição das artérias coronárias
· Vasoconstrição das veias
Receptores β
Receptores β1
As ações específicas do receptor β1 incluem:
· Aumento do débito cardíaco, através do aumento da frequência cardíaca e do aumento do volume expulso com cada batimento (aumento da fração de ejeção).
Receptores β2
O receptor β2 é um receptor polimórfico e é o receptor adrenérgico predominante nos músculos lisos que causam o relaxamento visceral. entre as suas funções conhecidas estão:
· relaxamento da musculatura lisa, por exemplo, nos brônquios; 
· Brônquios.
Receptores encontrados no Pulmão
Vários receptores estão envolvidos no processo de controle da respiração. Estes, podem responder à estímulos mecânicos, químicos entre outros. 
O pulmão contém vários receptores que transmitem informação para o SNC: 
· Receptores de tensão nas vias aéreas respondem à insuflação e participam na fase final da inspiração;
· Receptores irritativos no epitélio das vias aéreas respondem a vários estímulos mecânicos e químicos e mediam a bronca constrição; 
· Fibras C na parede alveolar e nos vasos sanguíneos respondem a congestão intersticial.
Quimiorreceptores
Os quimiorreceptores são os receptores envolvidos na percepção de O2, de CO2 e de íons hidrogênio nos tecidos. São receptores que captam estímulos químicos. Estão localizados na língua e no nariz e são responsáveis, respectivamente, pelos sentidos do paladar e do olfato. Estes, são subdivididos em quimiorreceptores periféricos e centrais.
Os quimiorreceptores periféricos são subdivididos anatomicamente em carotídeos e aórticos, são formações altamente vascularizadas e estão localizados no exterior de grandes artérias. Estes, vão enviar informações através de potenciais de ação em nervos específicos para o centro respiratório. Esses quimiorreceptores são sensíveis a variações de Po2, Pco2 e ao pH do sangue arterial. Localizado nos corpúsculos carotídeos e aórticos. Responde à diminuição da PO2 arterial e aumento da PCO2 e H+.
Os quimiorreceptores centrais ainda têm localização em discussão. Sabe-se que sua função está relacionada à sensibilidade às concentrações de O2. Contudo, é sabido que respondem às alterações de CO2 e pH, intracelular e extracelular. Localizados perto da superfície ventral do bulbo • Sensível à PCO2, mas não à PO2 sanguíneo. Responde à alterações de pH do liquido extracelular e liquor quando o CO2 se difunde para fora dos capilares cerebrais. 
Mecanorreceptores
Localizados nas vias aéreas, pulmões, caixa torácica e músculos respiratórios, estão envolvidos na regulação automática da respiração e em promover as sensações de dispneia. Impulsos aferentes a partir de receptores vagais também interferem no padrão respiratório: receptores pulmonares de estiramento; receptores de irritação, localizados no nível do epitélio brônquico; as chamadas fibras C, localizadas no interstício pulmonar, em proximidade aos alvéolos, respondem a elevações das pressões intersticiais e capilares.  Situados ao longo da árvore brônquica, nas vias respiratórias centrais e conectados às grandes fibras mielinizadas. São sensíveis ao estiramento, e, portanto, à insuflação pulmonar. A adaptação é lenta, e representa o clássico reflexo de inibição de Hering-Breuer: inspiração chama a expiração. Ao se manter a distensão pulmonar, a apneia é mantida.
Controle periférico da respiração
Receptores de irritação – ficam na traqueia, brônquios e bronquíolos e são estimulados na presença de partículas inertes e corpos estranhos que atingem as vias respiratórias, promovendo uma resposta excitatória ao centro respiratório reduzindo o período expiratório e uma atuação inspiratória, provocando tosse, taquipneia e bronco constrição reflexa. Fibras mielinizadas oriundas no epitélio nasal e da árvore brônquica. São ativados por variações significativas da pressão intrapulmonar, pelo CO2 alveolar, pela inalação de gases irritantes, por mediadores histamínicos, etc. Seu papel é bronco motor. 
Receptores J – Localizados no interstício pulmonar, em contato com os capilares. Por isso são chamados de justacapilares. Inervação é amielínica e as informações são transportadas pelas fibras C. A ativação destes receptores provoca taquipneia.
Receptores musculares – São receptores dos músculos estriados, encontrados nos músculos respiratórios.
Receptores de estiramento pulmonar ou de adaptação lenta
São terminais nervosos mielinizados que se localizam na musculatura lisa das vias aéreas respiratórias. Estes, têm a função de informar sobre o grau de insuflação pulmonar ao centro respiratório, participando da sinalização do reflexo de insuflação de Breuer-Hering, pois à medida que os pulmões aumentam, esses receptores aumentam seus disparos, e essa informação, através dos nervos.
45405 - Carmem Gabriella E Sousa

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