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CPP atualiz 31 de outubro

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Prévia do material em texto

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - CPP
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: 28/05/21 - Lei 13964/19 – PACOTE ANTICRIME (publicada em 24/12/19 – entra em vigor em 30 dias – artigos alterados/incluídos: arts. 3º-A a 3º-F; art. 14-A; art. 28; art. 28-A; art. 122; art. 124-A; art. 133; art. 133-A; art. 157; art. 158-A a art. 158-F; art. 282; art. 283; art. 287; arts. 310 a 316; art. 492; art. 564; art. 581). Inclusão da promulgação dos trechos vetados do Pacote Anticrime!!! Lei nº 14.155, de 27.5.2021.
Última atualização jurisprudencial: 07/09/2021 - Info 958 (art. 271); Info 958 (art. 621); Info 958 (art. 283); Info 960 (art. 492); Info 962 (art. 282, §6º); Info 963 (art. 28); Info 656 (art. 621, I); Info 657 (art. 387, IV); Info 659 (art. 263); Sem Info (art. 413, §1º - contribuição @porminhatoga); Info 691 (art. 368); Info 692 (ar. 529); Info 693 (art. 366); Info 1001 (art. 366).
Última atualização questões de concurso: 31/10/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no CPP).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc.
DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941. 
	
	Código de Processo Penal.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que Ihe confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei:
LIVRO I
DO PROCESSO EM GERAL
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
        Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
        I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; (TCERJ-2012) (MPF-2013)
	(PCRJ-2008-FGV): O processo penal rege-se pelo CPP, em todo o território brasileiro ressalvados, entre outros, os tratados, as convenções e regras de direito internacional. BL: art. 1º, I, CPP.
        II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100); [atuais arts. 50, caput e §2º; 51, I, parágrafo único; 85; 86, §1º, II e 102, I, b, todos da CF/88]
        III - os processos da competência da Justiça Militar; (Cartórios/TJCE-2011) (TCERJ-2012) (TJRN-2013) (PCBA-2018)
        IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
	##Atenção: O art. 1º, IV do CPP refere-se aos processos da competência do tribunal especial (art. 122, nº 17 da Constituição de 1937), compreende ao antigo Tribunal de Segurança Nacional, que extinto pela Constituição de 1946. Assim, os crimes contra a segurança nacional, disciplinados na Lei 7.170/83 devem ser julgados, em regra, pela Justiça Federal Comum (art. 109, IV da CF/1988). 
        V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF nº 130
	##Atenção: Os crimes de imprensa estavam previstos na Lei 5.250/67. Porém, no julgamento da ADPF 130, o STF declarou que a Lei 5.250/67 não foi recepcionada pela CF/1988.
        Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
	(Téc. Judic.-/TJDFT-2015-CESPE): Em relação à aplicação da lei processual penal no espaço, vigora o princípio da territorialidade. BL: art. 1º, CPP.
(TJAC-2012-CESPE): Em relação à aplicação da lei no espaço, vigora o princípio da absoluta territorialidade da lei processual penal. BL: art. 1º, CPP.
        Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (PCSC-2008) (MPCE-2009) (DPEMA-2009) (DPEMG-2009) (TJMS-2010) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (TCERJ-2012) (TJRN-2013) (DPEDF-2013) (DPESP-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPGO-2014) (TRF1-2015) (TRF2-2011/2017) (PCBA-2018) (PCMA-2018) 
	(TJCE-2018-CESPE): Aos processos em curso, a lei processual penal será aplicada imediatamente, mantendo-se, todavia, os atos praticados sob a égide da lei anterior. BL: art. 2º do CPP.
(MPMS-2015): O princípio da lex fori admite relativização no processo penal. BL: art. 2º, CPP.
##Atenção: ##DPEMG-2009: Enquanto à lei penal aplica-se o princípio da territorialidade (CP, art. 5º) e da extraterritorialidade incondicionada e condicionada (CP, art. 7º), o CPP adota o princípio da territorialidade ou da lex fori, que significa “A lei do local é aplicada no país”. Portanto, p CPP adota o princípio da territorialidade ou da lex fori, uma vez que a atividade jurisdicional é um dos aspectos da soberania nacional, logo, não pode ser exercida além das fronteiras do respectivo Estado. Na visão da doutrina, todavia, há situações em que a lei processual penal de um Estado pode ser aplicada fora de seus limites territoriais, a saber: a) aplicação da lei processual penal de um Estado em território nullius (ex.: Antártida); b) quando houver autorização do Estado onde deva ser praticado o ato processual (Brasil já negou cooperação com a Argentina que pediu para ouvir testemunhas no Brasil segundo as leis argentinas. No caso, não houve autorização do Brasil); c) em caso de guerra, em território ocupado (ex.: ocupação militar no Haiti). Fonte: (Manual de Processo penal, Renato Brasileiro, ano 2016 + anotações de aula Damásio).
(MPSP-2015): Se o ato processual for complexo e iniciar-se sob a vigência de uma lei de natureza processual penal e, antes de se completar, outra for promulgada, modificando-o, devem ser obedecidas as normas da lei antiga. BL: art. 2º, CPP.
(TJPE-2015-FCC): Antonio está sendo processado pela prática do delito de furto qualificado. É correto dizer que, caso haja mudança nas normas que regulamentam o procedimento comum ordinário, os atos praticados sob a vigência da lei anterior são válidos. BL: art. 2º, CPP.
(MPSC-2014): São efeitos do princípio tempus regit actum, previsto no CPP: a) os atos processuais realizados sob a égide da lei anterior são considerados válidos; b) as normas processuais têm aplicação imediata, pouco importando se o fato que deu origem ao processo é anterior à sua entrada em vigor. BL: art. 2º do CPP.
(TJAM-2013-CESPE): As normas previstas no CPP de natureza híbrida, ou seja, com conteúdo de direito processual e de direito material, devem respeitar o princípio que veda a aplicação retroativa da lei penal, quando seu conteúdo for prejudicial ao réu.
(TJPB-2013-CESPE): De acordo com o princípio da imediatidade, serão exercidos sob a disciplina de legislação superveniente os atos processuais de processo em andamento ainda não iniciados. BL: art. 2º, CPP.
(MPF-2013): No que diz respeito às leis processuais no espaço e no tempo, assinale a alternativa correta: Alterações nas normas processuais aplicam-se de imediato, desde a sua vigência, respeitando a validade dos atos realizados sob o império da legislação anterior, neles compreendidos os respectivos efeitos e consequências jurídicas. BL: art. 2º, CPP.
(TJSP-2011-VUNESP): A lei processual penal tem aplicação imediata, alcançando, inclusive, os processos em andamento. BL: art. 2º, CPP.
(DPU-2010-CESPE): O direito processual brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos processuais, de maneira que, se uma lei processual penal passa a vigorar estando o processo em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já realizados sob a vigência da lei anterior. BL: art. 2º, CPP. 
##Atenção: ##PCSC-2008: ##DPU-2010: ##DPEDF-2013: ##DPESP-2013: ##CESPE: ##FCC: Alterada a lei processual,a nova deve ser aplicada, sem prejuízo do que já ocorreu no processo. No entanto, a doutrina vem entendendo que, no que tange às normas a respeito de medidas cautelares pessoais privativas ou restritivas de liberdade, por possuírem conteúdo misto, ou seja, penal e processual, deve-se seguir a regra do art. 5º, LV da CF/88, que proíbe a retroação de norma penal, salvo para beneficiar o réu. Além disso, entende que ainda pode ser aplicado, mesmo que por analogia, o art. 2º da Lei de Introdução ao CPP, que prevê expressamente, quanto à prisão preventiva e à fiança, a aplicação da lei mais favorável no caso de intertemporalidade. 
##Atenção: ##PCSC-2008: Quanto à aplicação da lei processual penal no tempo, vale, como regra geral, o princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata (tempus regit actum), consagrado expressamente no art. 2 do CPP, segundo o qual a norma processual penal entra em vigor imediatamente, pouco importa se mais gravosa ou não ao réu, atingindo inclusive processos em curso. Os atos já praticados antes da vigência da nova lei continuam válidos. Diferentemente do que ocorre com a lei penal, onde a lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. O CPP adotou a teoria do isolamento dos atos processuais - cada momento processual deve ser regulado por sua lei, ou seja, aquela vigente ao tempo em que o ato foi praticado ou deixou de ser praticado, o que, preservados os postulados constitucionais, fornece segurança e previsibilidade às partes, no processo. (Fonte: http://otaviodequeiroga.blogspot.com.br/2008/11/aplicao-das-alteraes-substanciais-no.html).
(TJSC-2009): A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, vigendo em regra o princípio da irretroatividade, salvo quando a norma processual penal material tiver conteúdo de direito penal, retroagindo em benefício do acusado. BL: art. 2º, CPP; art. 5º, LV, CF e art. 2º, Dec-lei 3931/41 (Lei de Introdução ao CPP).
        Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. (MPCE-2009) (TJSP-2011) (MPAL-2012) (TCERJ-2012) (TJAM-2013) (MPMS-2013) (TJDFT-2014) (TJRR-2015) (TJSE-2015) (MPMG-2018) (PCBA-2018)
	(DPECE-2014-FCC): Em relação à lei processual penal, é correto afirmar que, em regra, admite suplemento dos princípios gerais do direito e aplicação analógica. BL: art. 3º do CPP.
(MPSC-2014): Segundo o CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica. BL: art. 3º do CPP.
(TJRN-2013-CESPE): O julgador poderá aplicar por analogia uma lei processual, para a solução de questão pendente no curso da ação penal. BL: art. 3º do CPP.
(PCGO-2013): As normas genuinamente processuais admitirão interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais do direito. BL: art. 3º, CPP.
(TJMG-2012-VUNESP): São admitidos no Direito Processual Penal a interpretação extensiva, a aplicação analógica e os princípios gerais do direito. BL: art. 3º, CPP.
(TJMG-2012-VUNESP): Com autorização pela EC 45/04 para o STF editar súmulas vinculantes, passamos a ter novas fontes material e formal das normas processuais penais. BL: art. 3º, CPP.
Juiz das Garantias
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (DPEBA-2021)
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua presença, a qualquer tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em legislação especial pertinente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para sua instauração ou prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XI - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática ou de outras formas de comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
d) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às diligências em andamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração premiada, quando formalizados durante a investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º § 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública ou de advogado constituído, vedado o emprego de videoconferência. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. (Incluídopela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em apartado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das garantias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º deste Código ficará impedido de funcionar no processo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
TÍTULO II
DO INQUÉRITO POLICIAL
	##Atenção: ##DOD: ##STJ e STF: ##PCBA-2008: ##PCDF-2009: ##TJMS-2012: ##TJPR-2012: ##MPF-2012: ##DPERN-2015: ##TRF2-2017: ##Escrivão de Polícia/PCMA-2018: ##CESPE: ##PUCPR: Notitia criminis inqualificada: Muito se discute quanto à possibilidade de um inquérito policial ter início a partir de uma notitia criminis inqualificada, vulgarmente conhecida como denúncia anônima ou denúncia apócrifa (v.g., disque-denúncia). Questiona-se: Poderá ser instaurado um inquérito policial com base nessa denúncia? Sabemos que a CF/88 veda o anonimato, porque ele inviabiliza uma futura e possível ação para reparação de danos morais. Mas, por outro lado, em matéria criminal não se pode negar a informação. Portanto, tem-se que conciliar as duas situações. A denúncia anônima, por si só, não serve para fundamentar a instauração de inquérito policial, mas, a partir dela, pode a polícia realizar diligências preliminares para apurar a veracidade/procedência das informações obtidas anonimamente e, então, instaurar o procedimento investigatório propriamente dito. Sobre o assunto, vejamos precedentes do STF: “(...) As notícias anônimas ("denúncias anônimas") não autorizam, por si sós, a propositura de ação penal ou mesmo, na fase de investigação preliminar, o emprego de métodos invasivos de investigação, como interceptação telefônica ou busca e apreensão. Entretanto, elas podem constituir fonte de informação e de provas que não podem ser simplesmente descartadas pelos órgãos do Poder Judiciário. Procedimento a ser adotado pela autoridade policial em caso de “denúncia anônima”: 1) Realizar investigações preliminares para confirmar a credibilidade da “denúncia”; 2) Sendo confirmado que a “denúncia anônima” possui aparência mínima de procedência, instaura-se inquérito policial; 3) Instaurado o inquérito, a autoridade policial deverá buscar outros meios de prova que não a interceptação telefônica (esta é a ultima ratio). Se houver indícios concretos contra os investigados, mas a interceptação se revelar imprescindível para provar o crime, poderá ser requerida a quebra do sigilo telefônico ao magistrado.” STF. 1ª T. HC 106152/MS, Rel. Min. Rosa Weber, j. 29/3/2016 (Info 819). “(...) Firmou-se a orientação de que a autoridade policial, ao receber uma denúncia anônima, deve antes realizar diligências preliminares para averiguar se os fatos narrados nessa "denúncia" são materialmente verdadeiros, para, só então, iniciar as investigações”. STF, 1ª T, HC 95.244/PE, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 23/03/10. Por fim, vejamos o seguinte julgado do STJ: “Reafirmou-se o posicionamento do STJ de que as informações obtidas de forma anônima são aptas a ensejar ação penal apenas quando corroboradas por outros elementos de prova colhidos em diligências preliminares realizadas durante a investigação criminal.” STJ. 5ª T., HC 104.005-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 8/11/11 (Info 487). “(...) Esta Corte Superior de Justiça, com supedâneo em entendimento adotado por maioria pelo Plenário do Pretório Excelso nos autos do Inquérito n. 1957/PR, tem entendido que a notícia anônima sobre eventual prática criminosa, por si só, não é idônea para a instauração de inquérito policial ou deflagração da ação penal, prestando-se, contudo, a embasar procedimentos investigatórios preliminares em busca de indícios que corroborem as informações da fonte anônima, os quais tornam legítima a persecução criminal estatal. (...)” STJ. 5ª T., HC: 275130/RS, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 08/04/14.
	(Escrivão de Polícia/PCMA-2018-CESPE): Em determinada comarca de um estado da Federação, em razão de uma denúncia anônima e após a realização de diligências, a polícia civil prendeu Maria, de dezoito anos de idade, que supostamente traficava maconha em uma praça nas proximidades da escola pública onde ela estudava. Levada à delegacia de polícia local, Maria foi autuada e indiciada. Depois de reunidos elementos informativos suficientes, o delegado elaborou um relatório com a descrição dos fatos, apontando os indícios de autoria. Com o encerramento das investigações, o inquérito policial foi encaminhado à autoridade competente. Com relação à situação hipotética descrita no texto, assinale a opção correta: O inquérito policial poderia ter sido instaurado em razão de notícia anônima, desde que tivessem ocorrido investigações preliminares para averiguação dos fatos noticiados. BL: Info 819, STF.
(TRF2-2017): Delegado da Polícia Federal recebe carta apócrifa, na qual é reportado esquema de fraude, consistente em produzir atestados falsos para obtenção, junto ao INSS, de benefícios de auxílio-doença. Após diligências preliminares destinadas a verificar a verossimilhança das informações da carta, o Delegado instaura inquérito policial para completa apuração dos fatos. Consideradas tal narrativa e a jurisprudência do STF, assinale a opção correta: É legal a instauração de inquérito policial em virtude de denúncia anônima, desde que realizadas diligências preliminares para verificar a verossimilhança das informações. BL: Info 819, STF.
(TJPR-2012-PUCPR): A notitia criminis inqualificada, de per si, considerada pelos tribunais superiores como fundamento insuficiente capaz de ensejar a instauração de inquérito policial.BL: STF, HC 108.147/PR.
(TJMS-2012-PUCPR): A notitia criminis inqualificada, de per si, é considerada pelos tribunais superiores como fundamento insuficiente capaz de ensejar a instauração de inquérito policial.
(MPF-2012): CONSIDERANDO OS RECENTES POSICIONAMENTOS ADOTADOS PELO STJ, ANALISE AS ASSERTIVAS ABAIXO: As informações obtidas de forma anônima somente são aptas a ensejar a instauração de ação penal quando corroboradas por outros elementos de prova colhidos em diligências preliminares realizadas durante a investigação criminal. BL: Info 487, STJ.
(TJPR-2012-PUCPR): O IP pode ser considerado uma importante garantia do Estado Democrático de Direito, na medida em que, ao promover diligências na tentativa da colheita preliminar de provas concretas da materialidade de um delito e de indícios robustos de sua autoria, pode emprestar à ação penal a justa causa necessária ao seu ajuizamento ao mesmo passo em que pode impedir o processamento criminal de inocentes, preservando-os de acusações judiciais infundadas e temerárias.
(TJPE-2011-FCC): Se o crime for de alçada privada, a instauração de IP não interrompe o prazo para o oferecimento de queixa. 
##Atenção: O prazo para o oferecimento de queixa, normalmente de 6 meses, é decadencial, não sendo interrompido ou suspenso pela instauração de IP. Assim, o legitimado ativo não pode simplesmente esperar a conclusão das investigações, pois, se estas ultrapassarem o prazo decadencial, estará impedido de oferecer a queixa.
        Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995) (PCMS-2006) (PCBA-2008) (DPEMT-2009) (MPRO-2017) (MPBA-2018) (MPPR-2019)
        Parágrafo único.  A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. (PCBA-2008) (MPRO-2017)
	Vide art. 144, §4º da CF:
Art. 144º, § 4º, CF - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
        Art. 5o  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
        I - de ofício; (PCBA-2008) (TJPE-2011) (MPSC-2012) (TJDFT-2016) (ABIN-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (Téc. Minist./MPCE-2020)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: É possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística. STJ. 6ª T. RHC 98056-CE, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, j. 4/6/19 (Info 652).
        II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. (PCBA-2008) (TJPE-2011) (Anal. Judic./TRERN-2011) (MPSC-2012) (DPESE-2012) (DPEPB-2014) (DPEMA-2011/2015) (TJDFT-2016) (DPEPE-2018) (PCES-2019)
	(MPPR-2019): Sobre o inquérito policial, assinale a alternativa correta: O inquérito policial pode ser instaurado de ofício, por requisição do Ministério Público e a requerimento do ofendido em casos de crime de ação penal pública incondicionada. BL: art. 5º, I e II, CPP.
(Anal. Judic./TRF2-2017-Consulplan): Nos crimes de ação penal pública o inquérito policial pode ser iniciado a requerimento do ofendido. BL: art. 5º, II, CPP.
        § 1o  O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: (MPSC-2013) (Escrivão de Polícia/PCMA-2018)
        a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; (MPSC-2013)
        b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; (MPSC-2013)
        c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. (MPSC-2013)
	(TJPI-2015-FCC): Conforme o CPP, certos requisitos, sempre que possível, deverão constar do requerimento de instauração de inquérito policial, EXCETO a classificação da infração penal em tese cometida. BL: art. 5º, §1º do CPP.
        § 2o  Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. (MPCE-2009) (TJPR-2011) (Anal. Judic./TREAP-2011) (PCSP-2012) (TJRJ-2012) (TJMG-2014) (PCMA-2018) (MPGO-2019)
	(PCBA-2018-VUNESP): Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito (CPP, art. 5º , § 2º) caberá recurso para o chefe de Polícia. BL: art. 5º, §2º, CPP.
        § 3o  Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. (PCBA-2008) (MPDFT-2009/2011) (DPEMA-2011) (TRF2-2011/2013) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (TJDFT-2016) (MPBA-2018)
	(MPSP-2013): 	Diante de comunicação anônima, noticiando crime de ação penal pública incondicionada, a Autoridade Policial poderá instaurar inquérito policial se constatar a procedência das informações. BL: art. 5º, §3º, CPP.
        § 4o  O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. (MPSP-2006) (DPECE-2008) (PCBA-2008) (TJSC-2009) (PCDF-2009) (PCPI-2009) (MPES-2010) (PCAP-2010) (Anal. Judic./TREAP-2011) (Anal. Judic./TRERN-2011) (MPSC-2012) (TJRN-2013) (DPEPB-2014) (MPDFT-2009/2015) (TJPE-2015) (DPEMA-2015) (MPBA-2018) (DPEAP-2018) (TJPA-2019) 
	(Escrivão de Polícia Civil/SC-2017-FAPESE): A representação do ofendido é condição indispensável para a abertura de inquérito policial para apurar a prática de crime de ação penal pública condicionada.
(MPMG-2013): A autoridade policial deverá negar-se a instaurar o inquérito, se for condicionada a ação penal e ausente a condição de procedibilidade.
(MPSP-2013): Nos casos em que a propositura da ação penal pública está condicionada à representação do ofendido, esta também é indispensável para a instauração do inquérito policial. BL: art. 5º, §4º, CPP.
(TJPR-2012-PUCPR): Em regra, nos delitos que ensejam ação penal pública condicionada à representação, o IP somente deverá ser instaurado se houver representação do ofendido ou de seu representante legal. Segundo orientação do STJ, a representação em comento não exige formalidade específica, bastando que expresse a vontade do legitimado na apuração do fato criminoso. BL: art. 5º, §4º, CPP. 
##Atenção: ##STJ: ##TJES-2011: ##CESPE: O próprio CPP exige a representação em tal caso. Quanto às formalidades de representação, o STJ entende que nas ações penais públicas condicionadas prescinde de qualquer formalidade, sendo suficiente a demonstração do interesse da vítima em autorizar a persecução criminal (STJ, RHC 26049).
(MPAL-2012-FCC): Nos crimes processados mediante ação penal de iniciativa pública condicionada à representação, é necessária a formulação desta para que o inquérito seja instaurado. BL: art. 5º, §4º, CPP.
(MPCE-2009): Se o ofendido requerer a instauração de inquérito policial, em crime de ação penal pública condicionada, manifestando interesse em que o autor do crime seja processado, o requerimento poderá valer como representação. BL: art. 5º, II, §4º, CPP.
        § 5o  Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. (MPSP-2006) (PCBA-2008) (Cartórios/TJRJ-2008) (MPCE-2009) (DPEMT-2009) (PCDF-2009) (TJPE-2011) (Cartórios/TJAP-2011) (Anal. Judic./TRERN-2011) (TJRJ-2012) (DPEMA-2015) (Anal. Legisl./ALESE-2018) (TJPA-2019)
	(MPPR-2017):  Em data de 20 de dezembro de 2016, Astolfo pratica, em tese, crime contra a honra de Lucíolo, afirmando que este, na condição de funcionário público, subtraiu valores do departamento de obras públicas do município de Giramundo. Considere a data de hoje (28.05.2017) e que Lucíolo teve ciência da suposta ofensa em 29 de dezembro de 2016. Aponte a alternativa correta: Sem Lucíolo manifestar de forma clara quepretende responsabilizar criminalmente Astolfo, o delegado não poderá deflagrar a investigação da suposta infração contra a honra. BL: art. 5º, §5º, CPP. [questão adaptada]
(Anal. Judic./TRF2-2017-Consulplan): Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. BL: art. 5º, §5º, CPP.
(Anal. Judic.-TRERJ-2012-CESPE): O delegado de polícia não poderá instaurar inquérito policial para a apuração de crime de ação penal privada sem o requerimento de quem tenha legitimidade para intentá-la. BL: art. 5º, §5º, CPP.
##Atenção: A autoridade policial não pode instaurar IP e sequer lavrar auto de prisão em flagrante delito nos crimes de ação penal privada sem que haja requerimento do legitimado a propor a queixa-crime (art. 5º, §5º, CPP).
        Art. 6o  Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: [obs.: é dever legal; rol meramente exemplificativo] (PCBA-2008) (MPSP-2015)
        I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 1973) (PCMS-2006) (PCBA-2008) (PCPA-2009) (TJDFT-2012) (MPSP-2015) (PCAC-2017) (PCMA-2018)
	(Anal. Judic./TJMS-2017-PUCPR): Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, dentre outras providências, a autoridade policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas até a chegada dos peritos criminais. BL: art. 6º, I, CPP.
(TJPB-2015-CESPE): A autoridade policial foi informada da descoberta de um cadáver, com perfurações por toda a região abdominal, às margens de uma rodovia. Próximo ao local, havia também uma faca com marcas de sangue e garrafas de bebida alcoólica. Em face dessa situação, e considerando-se o disposto no CPP, a autoridade policial deverá dirigir-se ao local e providenciar que o estado e a conservação das coisas não sejam alterados até a chegada de peritos criminais.
        II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (PCMS-2006) (PCBA-2008) (MPDFT-2009) (PCPA-2009) (TJRN-2013) (TJRJ-2019)
        III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; (PCMS-2006) (PCBA-2008)
        IV - ouvir o ofendido;
        V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas [obs.: testemunhas fedatárias] que Ihe tenham ouvido a leitura; (Anal. Judic./TJAL-2018)
	(PCBA-2008): Assinale a alternativa correta: O interrogatório realizado em sede de Inquérito Policial deverá obedecer aos mesmos moldes do realizado pelo juiz em sede de processo, sendo prescindido o contraditório pelo delegado de polícia. BL: art. 6º, V, CPP.
##Atenção: O indiciado será ouvido em sede policial, mas como o inquérito é procedimento administrativo inquisitorial, prescinde (ou seja, dispensa) o contraditório e ampla defesa (que são, por sua vez, garantidos no processo judicial). Desse modo, não há previsão legal de como o Delegado de Polícia deve proceder à oitiva do indiciado, aplica-se, por analogia, as disposições do juiz para oitiva do acusado.
        VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; (PCMS-2006) (DPECE-2008) (MPGO-2013) (PCMA-2018)
        VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; (PCES-2011) (PCAC-2017)
        VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; (PCMS-2006)
        IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.  (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (Analista Judiciário/TJMS-2017)
	(PCAC-2017-IBADE): Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. BL: art. 6º, X, CPP.
##Atenção: Obrigação do Delegado de Polícia averiguar se a pessoa presa possui filhos e quem é o responsável por seus cuidados, fazendo este registro no auto de prisão em flagrante.
        Art. 7o  Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. (PCBA-2008) (PCRN-2009) (Anal. Judic./TREAP-2011) (DPEMA-2015) (MPRS-2016) (MPSP-2010/2017) (MPBA-2018) (MPDFT-2021)
	(PCMA-2018-CESPE): Quanto à reprodução simulada, também denominada de reconstituição do crime, assinale a opção correta: A participação do indiciado é facultada à sua vontade. BL: art. 7º, CPP.
##Atenção: O investigado poderá́ ser conduzido à reprodução, mas não poderá́ ser obrigado a participar. Não pode contrariar a moralidade ou a ordem pública, razão pela qual não caberia reprodução simulada de um estupro. (Caderno de Processo Penal - CPIURIS).
(DPEPA-2015-FMP): Em relação aos sistemas de investigação, é correto afirmar: O Delegado de Polícia poderá determinar a reprodução simulada dos fatos objeto de sua investigação, desde que essa reprodução não contrarie a moralidade ou a ordem pública. BL: art. 7º, CPP.
(TJBA-2012-CESPE): O juiz pode determinar, de ofício, a reconstituição do crime durante a fase inquisitorial. BL: art. 7º, CPP.
##Atenção: Com base no art. 156, I, admite-se que o juiz determine, mesmo antes de iniciada a ação penal, a reprodução simulada dos fatos. Porém, tal proceder do juiz não está de acordo com o princípio do acusatório, pois não deve, de ofício, imiscuir-se na fase investigatória, buscando a produção de elementos de informação.
        Art. 8o  Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
        Art. 9o  Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. (PCRJ-2009) (PCMG-2011) (Anal. Judic./TRERN-2011) (Anal. Judic./TRF1-2011) (Téc. Judic./TRF2-2017) (MPBA-2018)
        Art. 10.  O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. (PCBA-2008) (PCRN-2009) (PCRO-2009) (TJMS-2010) (PCAP-2010) (MPMT-2012) (MPSC-2012) (MPRJ-2012) (DPEAC-2012) (TJRN-2013) (MPF-2013) (TJPR-2011/2014) (MPAM-2015) (DPU-2015) (MPRS-2016) (PCAC-2017) (Anal. Judic./TRF2-2017) (Cartórios/TJCE-2018) (DPEMG-2019)
	(Escrivão de Polícia/PCES-2019-AOCP): A respeito do prazo para o término do inquérito policial, assinale a alternativa correta: 10 dias em caso de indiciado preso em flagrante ou preventivamente; 30 dias em caso de indiciado solto, com ou sem fiança. BL: art. 10, CPP.
(Téc. Judic./STJ-2018-CESPE): Situação hipotética: Pedro teve a prisão temporária decretada no curso de uma investigação criminal. Ao final de cinco dias, o Ministério Público requereu a conversão de sua segregação em prisão preventiva. Assertiva: Nessa situação, o prazo para o término do inquérito policial será contado da data em que a prisão temporária tiver sido convertidaem prisão preventiva. BL: art. 10, CPP.
##Atenção: O que tem prevalecido em relação ao prazo para término do IP na situação da prisão temporária é que, durante a prisão temporária, não transcorre o prazo do IP (no caso de conversão posterior em preventiva). O prazo iniciará contagem após o fim da prisão temporária. No caso em tela, nos cinco dias em que Pedro ficou preso em segregação temporária, não houve contagem para o prazo do IP. O prazo de 10 dias (investigado preso, se crime comum) começará a contar a partir da conversão em preventiva.
(DPERS-2014-FCC): Jeremias foi preso em flagrante delito pelo cometimento do fato previsto no art. 157, § 2º, I e II, do Código Penal, e no mesmo dia decretada a prisão preventiva com a legítima finalidade de garantir a ordem pública. Com base nestes dados, sob pena de caracterizado o constrangimento ilegal (CPP, art. 648, II), impõe-se que o inquérito policial esteja concluído no prazo máximo de 10 dias. BL: art. 10, CPP.
##Atenção: DICA: Delegado só chega para trabalhar na Delegacia às 10 (réu preso): 30 (réu solto) horas.
(TRF4-2010): O prazo previsto para término do inquérito policial, no Código de Processo Penal, é de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso. Em caso de indiciado solto, é de 30 (trinta) dias. BL: art. 10, CPP.
(TRF4-2010): Quando se tratar de indiciado preso preventivamente, o prazo para término do inquérito será contado da data em que for executada a ordem de prisão, segundo o Código de Processo Penal. BL: art. 10, CPP.
        § 1o  A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. (PCTO-2008) (PCAP-2010) (TJPR-2011) (MPPR-2017) (DPEMG-2019) 
        § 2o  No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. (PF-2009) (PCAP-2010) (MPRS-2016) (PCAC-2017)
        § 3o  Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. (PCRO-2009) (PCAP-2010) (MPSC-2012) (PCAC-2017)
        Art. 11.  Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito. (Anal. Judic./TRERN-2011) (Anal. Judic./TRF1-2011)
 Art. 12.  O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. (MPDFT-2009) (PGEPE-2009) (PF-2009) (TJMS-2010) (TJPE-2011) (PCGO-2013) (MPPR-2017) (MPBA-2018) (TJSC-2019)
	(MPSP-2017): O inquérito policial, por ser peça informativa, é dispensável para a propositura da ação penal, mas sempre acompanhará a inicial acusatória quando servir de base para a denúncia ou a queixa. BL: art. 12 e 39, §5º, CPP.
(TJAP-2009-FCC): O IP, no ordenamento jurídico, poderá ser dispensado pelo MP quando dispuser de elementos suficientes para oferecimento da denúncia constantes de peças de informação. BL: art. 12 e 39, §5º, CPP.
        Art. 13.  Incumbirá ainda à autoridade policial:
        I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; (PCPI-2009)
	(TJRJ-2019-VUNESP): Nos literais e expressos termos do art. 13 do CPP, incumbe à autoridade policial, entre outras funções: fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos. BL: art. 13, I, CPP.
        II -  realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; (PCPI-2009) (TJRJ-2019)
        III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; (PCPI-2009) (TJRJ-2019)
        IV - representar acerca da prisão preventiva. (PCPI-2009)
Art. 13-A.  Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.  (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) (Técnico Judiciário/TRF2-2017)
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)   (Vigência)
I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência)
II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.  (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 13-B.  Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (PCGO-2017) (Anal. Judic./TJMS-2017) (TJMG-2018) (MPGO-2019)
	(PCAC-2017-IBADE): No que tange aos poderes e deveres da autoridade policial na condução do inquérito policial, especialmente, sobre as diretrizes que o Delegado de Polícia deve observar no enfrentamento ao tráfico de pessoas, leia a assertiva a seguir: Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o delegado de polícia poderá requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados - como sinais, informações e outros - que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. BL: art. 13-B, do CPP.
§ 1o  Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 2o  Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência) (PCGO-2017)
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem judicial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 3o  Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência) (PCAC-2017)
	(PCGO-2017-CESPE): O Código de Processo Penal prevê a requisição, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações, de disponibilização imediata de sinais que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos de delito em curso, se isso for necessário à prevenção e à repressão de crimes relacionados ao tráfico de pessoas. Essa requisição pode ser realizada pelo delegado de polícia, mediante autorização judicial, devendo o inquérito policial ser instaurado no prazo máximo de setenta e duas horas do registro da respectiva ocorrência policial. BL: art. 13-B, §3º, CPP.
§ 4o  Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. (Incluído pelaLei nº 13.344, de 2016) (PCGO-2017) (MPGO-2019)
        Art. 14.  O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. [obs.: discricionariedade] (DPEMT-2009) (DPEPA-2009) (PCRO-2009) (PF-2009) (TJMS-2010) (MPSP-2010) (PCMG-2011) (Anal. Judic./TRERN-2011) (MPTO-2012) (PCES-2013) (MPRS-2014/2016) (DPEBA-2016) (TJRO-2019)
	(Anal. Legisl.-Câm. Cotia/SP-2017-VUNESP): As diligências requeridas pelo ofendido, no curso do inquérito policial, serão ou não realizadas a juízo da Autoridade Policial. BL: art. 14, CPP.
(MPAL-2012-FCC): O indiciado poderá requerer à autoridade policial a realização de qualquer diligência. BL: art. 14, CPP.
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Havendo necessidade de indicação de defensor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa caberá preferencialmente à Defensoria Pública, e, nos locais em que ela não estiver instalada, a União ou a Unidade da Federação correspondente à respectiva competência territorial do procedimento instaurado deverá disponibilizar profissional para acompanhamento e realização de todos os atos relacionados à defesa administrativa do investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º A indicação do profissional a que se refere o § 3º deste artigo deverá ser precedida de manifestação de que não existe defensor público lotado na área territorial onde tramita o inquérito e com atribuição para nele atuar, hipótese em que poderá ser indicado profissional que não integre os quadros próprios da Administração. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria Pública, os custos com o patrocínio dos interesses dos investigados nos procedimentos de que trata este artigo correrão por conta do orçamento próprio da instituição a que este esteja vinculado à época da ocorrência dos fatos investigados. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.   (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 15.  Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.
        Art. 16.  O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. (MPAL-2012) (MPPI-2012) (PCPA-2016) (MPGO-2019) (DPEMG-2019) (MPMG-2021)
	(TJPE-2011-FCC): Consoante a jurisprudência do STF, ainda que não se permita ao MP a condução do inquérito policial propriamente dito, não há vedação legal para que este órgão proceda a investigações e colheita de provas para a formação do opinio delicti. BL: STF, HC 84.965/MG; HC 85.000/MG.
        Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. (PCPA-2009) (PCPI-2009) (PGEPE-2009) (TJMS-2010) (Anal. Judic./TREAP-2011) (Anal. Judic./TRERN-2011) (Anal. Judic./TRF1-2011) (TJDFT-2014) (MPDFT-2015) (TRF1-2013) (MPRS-2016) (MPPR-2016/2017) (TJCE-2018) (MPPB-2018) (TJSC-2019) (TJPA-2019) (MPMT-2019) (DPEMG-2019)
	(MPAL-2012-FCC): A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito policial, mesmo se verificada a atipicidade do fato investigado. BL: art. 17, CPP.
(DPEMT-2009-FCC): O inquérito policial instaurado pela autoridade policial não pode ser por ela arquivado, ainda que não fique apurado quem foi o autor do delito. BL: art. 17, CPP.
       Art. 18.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. (TJAL-2008) (PCRJ-2009) (PF-2009) (AGU-2010) (Téc. Judic./TRF1-2011) (TJRJ-2012) (TJPE-2013) (TJPR-2013) (MPRO-2013) (MPF-2013) (DPEPB-2014) (DPEMA-2015) (MPPR-2014/2016/2017) (MPSP-2017) (TJPA-2019) (MPPI-2019) (DPEMG-2019) 
	Súmula 524-STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas.
	(MPAP-2021-CESPE): Considerando a hipótese de que decisão judicial transitada em julgado tenha homologado o arquivamento de inquérito policial a pedido do Ministério Público estadual, assinale a opção correta, de acordo com as disposições processuais penais em vigor: A decisão judicial de arquivamento por insuficiência probatória possui efeitos de coisa julgada formal. BL: S. 524, STF (citada acima) e art. 18, CPP.
##Atenção: Há dois tipos de arquivamento: um que produz apenas a coisa julgada formal e, por via de consequência, erradia efeitos meramente endoprocessuais, e outro que produz também a coisa julgada material, a qual transcende o processo, impedindo, via de regra, que os fatos sejam rediscutidos na via judicial. A grande maioria das causas vinculadas a aspectos processuais (ausência de justa causa, condições da ação, pressupostos processuais, etc.) ensejam coisa julgada formal, apenas. O arquivamento, consubstanciado na falta de justa causa para a deflagração da ação penal, não impede o posterior o oferecimento de denúncia, desde que surjam novos elementos de convicção que autorizem o a deflagração da ação penal. Esta, aliás, é a exata dicção do art. 18 do CPP. Esse entendimento também é reforçado pela súmula 524 do STF.
##Atenção: ##Dica (Fonte: Site qconcursos):
1) Ausência de pressuposto processual condição da ação penal (coisa julgada formal): SIM, possível desarquivar;
2) Falta de justa causa para a ação penal - não há indícios de autoria ou prova da materialidade (coisa julgada formal): SIM, possível desarquivar;
3) Atipicidade - fato narrado não é crime + cabimento do Princ. da Insignificância (coisa julgada formal e material): NÃO desarquiva;
4) Existência manifesta de causa excludente de ilicitude (coisa julgada formal e material): STJ: NÃO desarquiva; STF: SIM, possível desarquivar;
5) Existência manifesta de causa excludente de culpabilidade (coisa julgada formal e material): NÃO desarquiva;
6) Existência manifesta de causa extintiva de punibilidade (coisa julgada formal e material: NÃO desarquiva, exceção: certidão de óbito falsa.
(TJCE-2018-CESPE): Ocorrendo o arquivamento do inquérito por falta de fundamentos para a denúncia, a autoridade policial poderá dar continuidade à investigação se tiver notícia de outras provas. BL: art. 18, CPP.
(Anal. Judic./TJAL-2018-FGV): Gustavo, Delegado de Polícia, é a autoridade policial que preside duas investigações autônomas em que se apura a suposta prática de crimes de homicídio contra Joana e Maria. Após realizar diversas diligências, não verificando a existência de justa causa nos dois casos, elabora relatórios finais conclusivos e o MP promove pelosarquivamentos, havendo homologação judicial. Depois do arquivamento, chega a Gustavo a informação de que foi localizado um gravador no local onde ocorreu a morte de Maria, que não havia sido apreendido, em que encontrava-se registrada a voz do autor do delito. A autoridade policial, ademais, recebe a informação de que a família de Joana obteve um novo documento que indicava as chamadas telefônicas recebidas pela vítima no dia dos fatos, em que constam 25 ligações do ex-namorado de Joana em menos de uma hora. Considerando as novas informações recebidas pela autoridade policial, é correto afirmar que poderá haver desarquivamento dos inquéritos que investigavam as mortes de Joana e Maria, pois em ambos os casos houve prova nova, ainda que o gravador já existisse antes do arquivamento. BL: S. 524, STF (citada acima) e art. 18, CPP.
(PCMA-2018-CESPE): Após a instauração de inquérito policial para apurar a prática de crime de corrupção passiva em concurso com o de organização criminosa, o promotor de justiça requereu o arquivamento do ato processual por insuficiência de provas, pedido que foi deferido pelo juízo. Contra essa decisão não houve a interposição de recursos. Nessa situação, mesmo com o arquivamento do inquérito policial, a ação penal poderá ser proposta, desde que seja instruída com provas novas. BL: S. 524, STF (citada acima) e art. 18, CPP.
(Anal. Judic../TRERR-2017-FCC): Acerca do inquérito policial, é correto afirmar: Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquérito pelo juiz, em razão de falta de elementos para a denúncia, a autoridade policial poderá reativar as investigações se tiver conhecimento de novas provas. BL: art. 18, CPP.
(TRF4-2016): De acordo com a jurisprudência do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas. BL: S. 524, STF e art. 18 do CPP.
(TJMG-2014): A decisão que determina o arquivamento do inquérito policial não gera, em regra, coisa julgada material. BL: art. 18, CPP.
(TJMA-2008): Na hipótese de arquivamento judicial do IP a requerimento do MP por falta de base para a denúncia, é incabível o posterior ajuizamento de ação penal de iniciativa privada subsidiária. BL: art. 18, CPP e Súmula 524, STF.
	##Atenção: O IP nunca poderá ser arquivado pela autoridade policial (art. 17, CPP), mas apenas pela judiciária. As novas pesquisas devem ser efetuadas pela autoridade policial, não pela judiciária (art. 18, CPP). Então, não há preclusão da decisão judicial de arquivamento policial a requerimento do MP.
        Art. 19.  Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. (DPU-2007) (PCTO-2008) (TJRN-2013) (MPRS-2016)
	(MPPB-2018-FCC): Nos crimes em que não couber ação penal de iniciativa pública, concluído o inquérito policial, o delegado deverá remeter os autos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido. BL: art. 19, CPP.
        Art. 20.  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. (PCBA-2008) (PGEPE-2009) (Anal. Judic./TRERN-2011) (Anal. Judic./TJMS-2012) (TJPR-2014) (MPPR-2016) (TJSP-2017) (MPBA-2018) (TJPA-2019)
	(MPPR-2019): Sobre o inquérito policial e poder investigatório do Ministério Público, assinale a alternativa correta: No inquérito policial, a autoridade policial assegurará o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade e, no procedimento investigatório criminal, os atos e peças, em regra, são públicos. BL: art. 20, CPP e art. 15 da Res. 181/17, CNMP.[footnoteRef:1] [1: Art. 15. Os atos e peças do procedimento investigatório criminal são públicos, nos termos desta Resolução, salvo disposição legal em contrário ou por razões de interesse público ou conveniência da investigação. Parágrafo único. A publicidade consistirá: I – na expedição de certidão, mediante requerimento do investigado, da vítima ou seu representante legal, do Poder Judiciário, do Ministério Público ou de terceiro diretamente interessado; II – no deferimento de pedidos de extração de cópias, com atenção ao disposto no § 1º do art. 3º desta Resolução e ao uso preferencial de meio eletrônico, desde que realizados de forma fundamentada pelas pessoas referidas no inciso I, pelos seus procuradores com poderes específicos ou por advogado, independentemente de fundamentação, ressalvada a limitação de acesso aos autos sigilosos a defensor que não possua procuração ou não comprove atuar na defesa do investigado; (Redação dada pela Resolução n° 183, de 24 de janeiro de 2018) III– no deferimento de pedidos de vista, realizados de forma fundamentada pelas pessoas referidas no inciso I ou pelo defensor do investigado, pelo prazo de 5 (cinco) dias ou outro que assinalar fundamentadamente o presidente do procedimento investigatório criminal, com atenção à restrição de acesso às diligências cujo sigilo tenha sido determinado na forma do § 4º do art. 9º desta Resolução; (Redação dada pela Resolução n° 183, de 24 de janeiro de 2018) IV– na prestação de informações ao público em geral, a critério do presidente do procedimento investigatório criminal, observados o princípio da presunção de inocência e as hipóteses legais de sigilo. (Anterior inciso III renumerado para IV pela Resolução n° 183, de 24 de janeiro de 2018)] 
(MPMG-2011): O caráter inquisitivo do inquérito policial permite impor o sigilo acerca das diligências não documentadas, inclusive ao defensor constituído.
      Parágrafo único.  Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. (Redação dada pela Lei nº 12.681, de 2012)
	(PGEBA-2013-CESPE): Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, é vedado à autoridade policial mencionar anotações referentes à instauração de inquérito nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados. BL: art. 20, § único, CPP.
        Art. 21.  A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
        Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963) (Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
        Art. 22.  No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. (PCDF-2009) (TJPB-2011)
	(DPF-2004-CESPE): Considere que o delegado de polícia de determinada circunscrição tenha ordenado diligências em outra, sem ter expedido carta precatória, requisições ou solicitações. Nessa situação, não houve nulidade no inquérito policial respectivo.
##Atenção: Não há necessidade de carta precatória ou requisições dentro de uma mesma comarca ou circunscrição.
        Art. 23.  Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. (Anal. Judic./TRF1-2011)
	(TRF2-2013-CESPE): Acerca do inquérito policial (IP), assinale opção correta: Mesmo em caso de sigilo decretadono IP, a autoridade policial terá de encaminhar ao instituto de identificação os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. BL: art. 23, CPP.
TÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
	(TJPR-2012-PUCPR): Não se admite, como regra, a denúncia alternativa ou queixa-crime alternativa sob o argumento de que dificulta a ampla defesa do réu. Contudo, a jurisprudência do STJ aponta exceções no sentido de sua admissibilidade quando eventual dúvida quanto à conduta ilícita praticada for satisfatoriamente suprida pela descrição circunstanciada dos fatos ou quando houver imputação de crime de ação múltipla. BL: STJ, REsp 399.858/SP.
##Atenção: O problema da denúncia ou queixa alternativa é o prejuízo que acarreta para a defesa do acusado. Afinal, do que este deve se defender? De qual das imputações? A acusação, por isso, deve ser certa. O STJ tem o entendimento de que a denúncia alternativa é possível se houver compatibilidade lógica entre as imputações.
(TJBA-2012-CESPE): Segundo entendimento dos tribunais superiores, não é inepta a vestibular acusatória nos crimes societários que não descreva a conduta individualizada de cada sócio. BL: STJ, HC 260.390/PE. 
(TJSE-2008-CESPE): Ação penal secundária ocorre quando a lei estabelece um titular ou uma modalidade de ação penal para determinado crime, mas mediante o surgimento de circunstâncias especiais, prevê, secundariamente, uma nova espécie de ação penal para aquela mesma infração.
        Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. (TJMG-2008) (PCBA-2008) (PCPI-2009) (Cartórios/TJAP-2011) (Cartórios/TJMA-2011) (MPMG-2010/2012) (Cartórios/TJAC-2012) (TJAM-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2017) (MPAP-2021)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPGO-2019: ##Anal. Minist./MPCE-2020: ##CESPE: O STJ entende que não é cabível a imposição de multa por litigância de má-fé no âmbito do processo penal. Isso porque não existe previsão expressa no CPP e aplicar as regras do CPC configuraria indevida analogia in malam partem (em prejuízo do réu). (STJ. Corte Especial. PET no AgRg no AgRg nos EAREsp 619.952/SP, Rel. Min Luís Felipe Salomão, j. 15/06/16; STJ. 5ª T. HC 401.965/RJ, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 26/09/17; STJ. 6ª T. AgRg no AREsp 618.694/RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j. 19/09/17).
	(MPGO-2019): Sobre os recursos e as ações autônomas de impugnação, assinale a alternativa correta: Consoante jurisprudência dominante do STJ, no âmbito do processo penal é incabível a fixação de multa por litigância de má-fé à defesa que abusa do direito de recorrer, interpondo, por exemplo, inúmeros recursos vazios e infundados de natureza evidentemente protelatória, tão somente com o intuito de procrastinar o trânsito em julgado da condenação. BL: Entend. Jurisprud.
	(Téc. Judic./TRF1-2017-CESPE): O Ministério Público detém, privativamente, a legitimidade para propor ação penal pública, ainda que a proposição seja condicionada à representação do ofendido ou à requisição do ministro da Justiça. BL: art. 24, c/c art. 257, CPP.
##Atenção: ##Téc. Judic./TRF1-2017: ##MPAP-2021: ##CESPE: O princípio da obrigatoriedade da ação penal pública estabelece que, havendo indícios da autoria e prova da materialidade quanto à prática de um fato típico e não se fazendo presentes causas extintivas da punibilidade, não pode o MP, em tese, deixar de ajuizar a ação penal. Segundo a doutrina, “tal obrigatoriedade, porém, não é absoluta, sendo mitigada no âmbito das infrações sujeitas ao Juizado Especial Criminal, em que há a possibilidade de transação penal (...). Adota-se, neste último caso, o princípio da obrigatoriedade mitigada ou da discricionariedade regrada, viabilizando-se ao Ministério Público, diante da presença dos requisitos legais, deixar de propor a ação penal e oferecer ao autor do fato a aplicação imediata de pena não privativa de liberdade, encerrando-se assim, o procedimento”. (AVENA, Norberto. Processo Penal. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020, p. 258). Mais recentemente, tem-se o ANPP como outra forma de mitigação.
(TJAP-2014-FCC): Quanto à ação penal, é correto afirmar: A requisição do Ministro da Justiça não obriga o Ministério Público a promovê-la, ainda que assim condicionada. BL: art. 24, CPP e art. 127, §1º, CF.
##Atenção: A requisição do Ministro da Justiça, não condiciona/vincula o MP a propor a ação penal. O MP é livre para analisar os pressupostos de propositura da mesma, podendo ou não propor a ação penal. Isso se dá em respeito à independência funcional do MP (art. 127, §1º, CF).
(Cartórios/TJRJ-2008-FGV): A requisição do Ministro da Justiça, nos crimes de ação pública em que a lei assim o exige constitui condição de procedibilidade. BL: art. 24, CPP.
        § 1o  No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993) (TCEAL-2008) (TJSC-2009) (PCAP-2010) (TJSP-2011) (MPMG-2012) (MPMS-2013) (DPEBA-2016) (MPMT-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPCE-2020: ##CESPE: Apesar de o § 1º do art. 24 do CPP falar apenas em “cônjuge”, a companheira (hetero ou homoafetiva) também possui legitimidade para ajuizar ação penal privada. Desse modo, a companheira, em união estável homoafetiva reconhecida, goza do mesmo status de cônjuge para o processo penal, possuindo legitimidade para ajuizar a ação penal privada. STJ. Corte Especial. APn 912-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, j. 7/8/19 (Info 654).
	(MPCE-2020-CESPE): João sofreu calúnia, mas veio a falecer dentro do prazo decadencial de seis meses, antes de ajuizar ação contra o ofensor. Ele não tinha filhos e mantinha um relacionamento homoafetivo com Márcio, em união estável reconhecida. João era filho único e tinha como parente próximo sua mãe. Nessa situação hipotética, o ajuizamento de ação pelo crime de calúnia poderá ser realizado por Márcio. BL: Info 654, STJ.
        § 2o  Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993) (Anal. Judic./STF-2008) (TJPR-2010) (Anal. Judic./TRF4-2010) (Anal. Judic./TREAP-2011) (PCGO-2012) (MPMS-2013) (Escrivão Pol. Civil/SC-2017)
	(MPSC-2013): O crime cometido em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município será, obrigatoriamente, de ação penal pública. BL: art. 24, §2º, CPP.
        Art. 25.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. (MPSP-2005) (PCPI-2009) (Anal. Judic./TRF4-2010) (TJSP-2011) (TJGO-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPMG-2012) (DPERO-2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (Cartórios/TJSC-2012) (Anal. Judic./TJMS-2012) (TJRN-2013) (TJAP-2014) (DPERS-2014) (MPRS-2016) (MPPR-2016/2017) (MPRR-2017) (DPEAP-2018) (DPEPE-2018) (MPDFT-2009/2021)
	(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: Em relação à representação, vigora o princípio da oportunidade da instauração do processo penal. Considerando que o art. 104 do CP trata apenas da renúncia do direito de queixa, em regra não cabe a renúncia do direito de representação. Todavia, há exceção na Lei dos Juizados Especiais Criminais, quando determina que a homologação do acordo de composição civil dos danos acarreta a renúncia do direito de representação, nos casos de crimes de ação penal pública condicionada. BL: art. 25, CPP e art. 74, § único, Lei 9.099/95.[footnoteRef:2] [2: Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.] 
##Atenção: ##MPGO-2019: ##MPDFT-2021:Acerca do tema, Renato Brasileiro explica: “(...), em relação à representação, vigora o princípio da oportunidade ou da conveniência, significando que o ofendido ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento (ou não) da representação. Como desdobramento dessa autonomia da vontade, a lei também prevê a possibilidade de retratação da representação, que só poderá ser feita enquanto não oferecida a denúncia pelo órgão do Ministério Público. Retratação, portanto, somente até o oferecimento da denúncia, marco temporal este que não se confunde com o recebimento da peça acusatória pelo magistrado” (DE LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal. 7. Ed. rev., ampl. e atual. Salvador/BA: Juspodivm, 2019. op. cit., pp. 269). E prossegue o doutrinador: “Renúncia é o ato unilateral e voluntário por meio do qual a pessoa legitimada ao exercício da ação penal privada abdica do seu direito de queixa (...) A renúncia está diretamente relacionada ao princípio da oportunidade ou da conveniência, sendo cabível antes do início do processo penal, além de ser irretratável” (LIMA, op. cit., pp. 281-282). Por fim, conclui o professor: “(...) O Código de Processo Penal também não prevê a renúncia ao direito de representação ou à requisição do Ministro da Justiça como causas de extinção da punibilidade, referindo-se apenas à renúncia do direito de queixa (CP, art. 107, V). Daí o motivo pelo qual o próprio CPP admite a possibilidade de retratação da representação, desde que efetuada antes do oferecimento da denúncia (art. 25), assim como a retratação da retratação da representação, enquanto não transcorrido o prazo decadencial. Especial atenção, porém, deve ser dispensada à Lei dos Juizados Especiais Criminais: o art. 74, parágrafo único, da Lei D0 9.099/95, prevê que a homologação do acordo de composição dos danos civis acarreta a renúncia ao direito de representação” (LIMA, op. cit. p. 282).
##Atenção: A representação, em regra, é retratável somente até o oferecimento da denúncia, nos termos do art. 25 do CPP. Mas há uma exceção. O art. 16 da Lei 11340/06 (Lei da Maria da Penha) possibilita a retratação feita pela ofendida, em audiência especialmente designada para tal fim, ainda que a denúncia já tenha sido oferecida, mas antes de seu recebimento pelo juiz.
        Art. 26.  A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. 
	##Atenção: ##Cartórios/TJMA-2011: O nome que se dá ao processo em que o juiz age de ofício é o processo judicialiforme. Alguns doutrinadores chamam também de ação penal ex officio. É um processo penal condenatório iniciado de ofício pelo próprio juiz. Pelo art. 26 do CPP, o juiz através de uma simples portaria poderia dar início a um processo penal no caso de contravenções penais. É uma aberração. Não por outro motivo, esse art. 26 do CPP não foi recepcionado pela CF/88, exatamente à luz do art. 129, inciso I da CF, que consagra o ne procedat iudex ex officio (princípio da inércia da jurisdição).
##Atenção: ##DPEDF-2019: ##CESPE: A partir da CF/88, não se admite ação penal sem demanda (ação penal de ofício ou jurisdição sem ação), quando, antes, o delegado de Polícia ou o juiz, em caso de contravenção penal, homicídio culposo ou lesão corporal culposa, admitia a deflagração da ação por meio de portaria ou auto de prisão em flagrante. A partir da CF/1988, para essas Infrações penais a legitimidade passou a ser do MP.
        Art. 27.  Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. (DPEDF-2006) (Cartórios/TJMA-2008) (Anal. Judic./TREES-2011) (Anal. Judic./TRERN-2011) (Anal. Judic./TRF1-2011) (Anal. Judic./TRF5-2017) (MPBA-2018)
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (MPAP-2021)
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (MPAP-2021)
	##Atenção: ##MPAP-2021: ##CESPE: Com a sistemática de arquivamento trazida pela Lei 13.964/19 (cuja redação se encontra suspensa por decisão do STF), previu-se que, ordenado o arquivamento do inquérito policial, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. Todavia, se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
	##Atenção: ##STF e STJ: ##DOD: O Procurador-Geral de Justiça, se entender que é caso de arquivamento do Procedimento de Investigação Criminal (PIC) por ausência de provas, não precisa submeter essa decisão de arquivamento à apreciação do Tribunal de Justiça, não se aplicando, nesta hipótese, o art. 28 do CPP. O arquivamento do PIC, promovido pelo PGJ, nos casos de sua competência originária, não reclama prévia submissão ao Poder Judiciário, pois este arquivamento, que é por ausência de provas, não acarreta coisa julgada material. O chefe do Ministério Público estadual é a autoridade própria para aferir a legitimidade do arquivamento do PIC. Logo, descabe a submissão da decisão de arquivamento ao Poder Judiciário. STF. 1ª T. MS 34730/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 10/12/2019 (Info 963). É o mesmo entendimento do STJ: Em caso de arquivamento de representação criminal por determinação do Procurador-Geral de Justiça, não há falar em incidência do princípio inscrito no art. 28 do CPP. É o caso de acolhimento obrigatório (precedentes do STJ). STJ. 6ª T. HC 95.917/SC, Rel. Min. Nilson Naves, j. 20/08/09.
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Existe alguma forma de se questionar essa decisão de arquivamento do PGJ? SIM. A decisão do PGJ não fica imune ao controle de outra instância revisora. Isso porque é possível a apreciação de recurso pelo órgão superior, no âmbito do próprio MP, em caso de requerimento pelos legítimos interessados, conforme dispõe o art. 12, XI, da Lei 8.625/93: “Art. 12. O Colégio de Procuradores de Justiça é composto por todos os Procuradores de Justiça, competindo-lhe: (...) XI - rever, mediante requerimento de legítimo interessado, nos termos da Lei Orgânica, decisão de arquivamento de inquérito policial ou peças de informações determinada pelo Procurador-Geral de Justiça, nos casos de sua atribuição originária;”
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##Cuidado: O julgado acima não disse que o PIC não precisa cumprir a regra do art. 28 do CPP. O art. 28 do CPP é plenamente aplicável ao PIC, mas nas hipóteses que não configuram competência originária do PGJ. Assim, por exemplo, se um Promotor de Justiça instaura um PIC e, ao final, entende que é caso de arquivamento, ele deverá submeter esse requerimento ao juiz, nos termos do art. 28 do CPP.
##Atenção: ##DOD: Como funciona o arquivamento depois da Lei 13.964/19: O próprio membro do MP ordena o arquivamento. Em seguida, o MP comunica à vítima,

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