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Anatomia do RecémNascido (aula 2)

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Anatomia do Recém-
Nascido 
(Sistemas Respiratório, Digestório Urinário e Genital)
Sistema 
Respiratório 
→ Cavidades nasais: 
• São mais baixas, largas e relativamente 
longas (sentido sagital); 
• Elas são mais largas devido ao palato, 
que é o assoalho das cavidades nasais e sua 
configuração permite que ocorra essa 
diferenciação; 
• No adulto, ele possui uma concavidade 
aumentada, sendo praticamente plano no 
recém-nascido. Assim, quanto maior a 
concavidade, menor será o tamanho da 
cavidade nasal pela maior proximidade das 
margens; 
• As conchas nasais estão todas 
diferenciadas, e os meatos também; 
• A margem inferior da concha nasal 
inferior está frequentemente em contato 
com o assoalho da cavidade nasal, de 
forma que, o meato nasal inferior é 
praticamente inexistente; 
• O septo nasal é sempre alinhado e sua 
porção superior (lâmina perpendicular do 
etmoide) é cartilagínea e ossifica-se 
durante o 1º ano de vida. O osso vômer 
ainda é presente e constitui a parte óssea 
do septo nasal; 
• O desvio de septo, nos indivíduos, ocorre 
quase sempre para direita, pela articulação 
do osso vômer com a lâmina perpendicular 
o etmoide, sendo esta condição impossível 
no recém-nascido; 
• Normalmente preenchidas por líquido 
amniótico ao nascimento. 
 
→ Seios paranasais: 
• Ao nascimento existem apenas os seios 
maxilares; 
• Esfenoidal e etmoidal: desenvolvimento 
entre o 1º e 2º ano de vida extrauterina. Os 
primeiros a serem visualizados com 
relativa facilidade são as células etmoidais, 
seguidas pelo seio esfenoidal; 
• Os seios frontal e maxilares são bem 
visíveis a partir do 7º ano de vida; 
• Desenvolvimento: 
 - Puberdade: desenvolvimento 
completo; 
 - Os seios frontal e maxilar tendem a 
expandir suas cavidades para dentro dos 
ossos correspondentes na idade adulta; 
 - O seio maxilar pode continuar sua 
expansão mesmo no envelhecimento 
adulto. 
 
→ Faringe: 
• Limite superior: base do crânio; 
• Limite inferior: entre as vértebras CV–
CVI, com crescimento proporcional ao 
adulto, acompanhando o crescimento da 
coluna vertebral; 
• Ela é subdividida em: parte nasal da 
faringe, parte oral da faringe e parte 
laríngea da faringe; 
Marianne Barone (15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (15A) Anatomia Descritiva II – Prof. Osvaldo Pelozo Júnior 
• Os coános (aberturas que limitam a parte 
anterior da cavidade nasal e a parte nasal 
da faringe posteriormente) são mais 
estreitos e são menores, assim, existe uma 
maior facilidade de obstrução pelo 
tecido linfoide, chamado de tonsila 
faríngea ou adenoide, que ao aumentar de 
tamanho, adquire o nome da carne 
esponjosa; 
• O recém-nascido quando tem seus coános 
obstruídos pela adenoide em meio a um 
processo infeccioso não consegue respirar 
pelo nariz, então, ocorre um 
condicionamento de respiração pela boca. 
 
→ Tuba auditiva: 
• Possui cerca de 1,7cm de comprimento, 
representando metade do comprimento do 
adulto; 
• A tuba auditiva é mais horizontal quando 
comparada a do adulto, que é mais oblíqua; 
• O toro tubário é menos volumoso. 
 
Tuba auditiva (adulto): 
• Estabelece comunicação entre a parte 
nasal da faringe e a orelha média; 
• Equalização dos níveis de pressão entre o 
ambiente externo e a orelha média; 
• Aproximadamente 3,6cm de 
comprimento; 
• Possui uma parte óssea com 1,2cm 
relacionada com o canal carótico, e sua 
parte cartilagínea com 2,4cm, que se 
projeta na parte nasal da faringe; 
• Istmo da tuba auditiva: união das partes 
óssea e cartilagínea; 
• É aberta pela ação dos músculos tensor e 
levantador do véu palatino, que estão 
inseridos na parede externa da tuba; 
• São relacionadas a deglutição e ao 
bocejo. 
 
 
 
 
→ Vias aéreas superiores: 
• Os recém-nascidos, até a idade de cerca 
de 6 meses de vida extrauterina, possuem a 
capacidade de inspirar e expirar ao mesmo 
tempo que deglutem, de forma que, ele não 
precisa parar de se amamentar para 
respirar; 
• Respiração silenciosa: boca fechada à 
ar entra pelas narinas à cavidade nasal à 
parte nasal da faringe à parte oral da 
faringe à ádito da laringe à laringe à 
traqueia à brônquios à pulmões; 
• O ar passa da cavidade nasal diretamente 
para a laringe e vias aéreas inferiores; 
• A passagem do ar inspirado e expirado é 
a mesma; 
• No recém-nascido a faringe é mais curta 
e o palato mole e a epiglote sobrepõem-se 
entre si durante a amamentação, 
permitindo o mecanismo de respirar e 
deglutir ao mesmo tempo; 
• A sobreposição epiglote em relação a 
úvula palatina permite a formação 3 canais, 
sendo 2 deles laterais e 1 medial, por onde 
passa o ar e entra diretamente na via aérea 
inferior; 
• A comida é desviada para os canais 
laterais de cada lado do palato mole e da 
epiglote sendo direcionada para o esôfago, 
passando lateralmente a laringe e segue 
diretamente para o esôfago e o estômago; 
• Os canais são formados pela subida da 
laringe + sobreposição da epiglote e da 
úvula; 
• Conforme a faringe cresce, ocorre um 
afastamento da epiglote com a úvula 
palatina, que impede a sobreposição das 
duas estruturas e não ocorre a formação 
dos canais;
• No adulto a faringe é mais longa e a parte 
oral da faringe é uma cavidade comum 
para a passagem do alimento e do ar, 
resultando na chamada encruzilhada 
aerodigestiva, em que, apenas passa ou ar 
ou alimento, não permitindo a passagem 
dos dois juntos. 
 
→ Laringe: 
• Mede aproximadamente 2cm de 
comprimento; 
• As dimensões absolutas são de 
aproximadamente 1/3 quando comparadas 
com a do adulto; 
• Laringe mais superior: glote no mesmo 
plano horizontal do corpo CIII–CIV, em 
uma altura mais alta para permitir a 
sobreposição. No adulto, representada 
entre CIV–CV, em uma altura mais baixa; 
• Epiglote: mais longa, menos flexível e 
mais horizontalizada, contribuindo para a 
formação dos canais comuns (laterais e 
medianos). Está no mesmo plano 
horizontal do dente do Áxis. No adulto, 
está na altura do corpo de CIII; 
• As diferenças sexuais surgem por volta 
do 3º ano, em que: 
 - Ela é maior e mais longa nos meninos; 
 - O ângulo entre as lâminas da cartilagem 
tireóidea é maior nas meninas, equivalendo 
a 120º (obtuso) nas meninas, enquanto nos 
meninos tem valor de 90º (agudo, 
causando uma proeminência laríngea 
visível no pescoço do indivíduo 
masculino); 
 - Quanto maior o ângulo, maior a 
tendência de uma voz mais aguda. Quanto 
menor o ângulo maior a tendência de uma 
voz mais grave; 
• A mucosa é mais fina, com uma lesão 
mais fácil e uma tendência maior de 
edema, principalmente em casos de 
intubação; 
• A estimulação mecânica da laringe pode 
desencadear estimulação vagal (ela é 
inervada por ramos do nervo vago, 
atingindo os nervos laríngeos superior e 
recorrentes), resultando em bradicardia 
pela estimulação simpática. 
 
→ Traqueia: 
• Possui 4cm de comprimento e 3,5mm de 
diâmetro, sendo mais calibrosa na porção 
superior. No adulto, tem cerca de 12cm; 
• Durante o crescimento há um aumento 
proporcional em todos os eixos. No adulto, 
12/2,5/16 a 20 arcos de cartilagem, 
possuindo a mesma quantidade no recém-
nascido, aumentando apenas em 
comprimento; 
• Diâmetro: é calculado em mm 
proporcional à idade em 25 anos; à 4 anos 
= 4mm/10 anos = 10mm/20 anos = 20 mm 
e, no adulto, o diâmetro é cerca de 2,5cm 
• A bifurcação da traqueia ocorre num 
plano horizontal mais superior (TIII–TIV), 
enquanto no adulto ocorre na margem 
inferior de TV; 
• As cartilagens traqueais do recém-
nascido estão mais próximas, causada pelo 
menor tamanho dos ligamentos anulares, 
estes que possuem um maior crescimento 
na puberdade. 
 
→ Pulmões: 
• Possuem frequência respiratória de 
40/44RPM, enquanto nos adultos em 
repouso equivalem a 12/15RPM; 
• Sua sintopia óssea sofre poucas 
mudanças ao longo do crescimento, ou 
seja, o contato dos pulmões com as 
costelas não tem tanta mudança durante o 
crescimento, sendo mudanças mais 
expressivas no alongamento do tórax e do 
abdome (= tronco); 
• O peso dospulmões é 20 vezes menor 
que no adulto, sendo mais curtos e largos 
quando comparados com o período adulto, 
que tem o eixo longitudinal mais alongado. 
Seu peso é de 30g, quando nos adultos 
equivale a 600g; 
• O tórax e o abdome de um recém-nascido 
têm um eixo longitudinal menor que o do 
adulto, principalmente por influência do 
diâmetro do fígado, que possui, 
proporcionalmente, um tamanho maior que 
o do adulto, exercendo influência na 
disposição das vísceras. 
 
Brônquios e alvéolos: 
• As características dos brônquios 
principais têm mesmos critérios 
anatômicos do adulto; 
• Assim, o brônquio principal direito é 
mais curto, calibroso e vertical enquanto o 
brônquio principal esquerdo é mais longo, 
horizontalizado e com calibre menor; 
• Ao nascimento, existem cerca de 25 
milhões de alvéolos em cada pulmão, valor 
que atinge 300 a 350 milhões de alvéolos 
em cada pulmão no adulto; 
• O crescimento do pulmão em tamanho 
decorre do aumento dos números de 
alvéolos em cada um deles, o contrário que 
ocorre em músculos, que tem seu aumento 
causado pelo aumento de volume de cada 
fibra muscular, que não aumentam em 
número; 
• A área de superfície de troca gasosa no 
recém-nascido equivale a 2,8m2, com 8 
anos equivale a 32m2 e no adulto, o valor 
cresce para 75m2 
• As vias aéreas de menor calibre 
apresentam um crescimento mais lento, 
predispondo a uma inflamação das vias 
aéreas inferiores. 
 
→ Períodos de desenvolvimento 
pulmonar: 
• Glandular ou pseudoglandular: 6ª até a 
16ª semana; 
• Canalicular: 16ª à 26ª semana; 
• Sacular: 26ª semana ao nascimento; 
• Alveolar: final do período fetal até 8 
anos. 
 
Período glandular ou pseudoglandular: 
• 6ª até a 16ª semana de vida intrauterina; 
• Ele recebe esse nome por ter um 
desenvolvimento semelhante a uma 
glândula endócrina ou exócrina; 
• No final do período todos os elementos 
principais do pulmão já aparecem, exceto 
os alvéolos, ou seja, possui a traqueia, 
brônquios principais, brônquios lobares 
(superior, médio e inferior) e brônquios 
segmentares bem desenvolvidos; 
• Em corte histológico, é possível observar 
os bronquíolos terminais e os capilares 
sanguíneos, não possuindo os bronquíolos 
respiratórios, além do epitélio coloidal; 
• Na 6ª semana, já são presentes as pleuras 
visceral, parietal e a cavidade pleural; 
• A respiração não é possível, sendo esta 
uma característica morfofuncional 
incompatível com a vida extrauterina, por 
não acontecer a troca gasosa. 
 
Período canalicular: 
• 16ª até a 26ª semana de vida intrauterina; 
• Aumenta consideravelmente a 
vascularização do tecido pulmonar; 
• A luz dos brônquios e bronquíolos torna-
se maior; 
• Os bronquíolos respiratórios e ductos 
alveolares se desenvolvem a partir dos 
bronquíolos terminais (24 semanas – 6 
meses); 
• Apesar da possibilidade de 
funcionamento no mecanismo respiratório, 
torna-se muito baixo o índice de 
sobrevivência, já que os sistemas 
orgânicos estão relativamente imaturos 
(fígado ou rins, por exemplo), ou seja, não 
é viável com a vida, ainda com a 
administração do surfactante exógeno para 
evitar o colabamento do alvéolo; 
• Para que ocorre a troca gasosa é preciso 
que haja uma fina camada no epitélio no 
alvéolo, assim, para que haja interface 
alvéolo-capilar, é importante que tenham 
células alveolares do tipo 1; 
• Com 16 semanas o alvéolo é coberto pelo 
chamado epitélio coloidal, que não permite 
a ocorrência dessa interface alvéolo-capilar 
• Na 24ª semana os capilares possuem 
maior contato com alvéolo, permitindo a 
difusão e trocas gasosas; 
• O início do período tem o feto como 
inviável e o final dele o feto torna-se 
compatível com a vida; 
• O nascimento feto é viável a partir de 22 
semanas, equivalente a 5 meses e meio. 
 
Período sacular: 
• 26ª semana até o nascimento; 
• Surgem células especializadas do epitélio 
respiratório; 
 - Células alveolares do tipo I: onde 
ocorrem as trocas gasosas; 
 - Células alveolares do tipo II ou 
pneumócitos: secretam surfactante 
pulmonar; 
• O surfactante diminui a tensão superficial 
na interface alvéolo-ar, aumentando a 
complacência pulmonar e diminuindo o 
trabalho inspiratório; 
• Sua produção varia em fetos de diferentes 
idades de gestação, aumentando, 
principalmente, durante as 2 últimas 
semanas de gestação; 
• Durante a 26ª-27ª semanas, caso ocorra o 
nascimento, é necessária a administração 
de surfactante exógeno, para permitir a 
viabilidade do feto; 
• Fatores importantes para o 
desenvolvimento pulmonar: 
 - Espaço torácico adequando para o 
crescimento pulmonar; 
 - Movimentos respiratórios fetais. 
Durante o período fetal, o feto realiza 
movimentos respiratórios, com entrada do 
líquido amniótico e permitindo o 
condicionamento dos músculos 
respiratórios, que exercem força suficiente 
e auxiliam o desenvolvimento pulmonar; 
 - Volume adequado de líquido amniótico; 
• Movimentos respiratórios na vida 
intrauterina: 
 - Exercem força suficiente para aspirar 
pequena quantidade de líquido amniótico 
pelos pulmões, fundamentais para o 
desenvolvimento pulmonar; 
 - Condicionamento dos músculos da 
respiração; 
• A transição de dependência da 
placenta para as trocas gasosas requer 
adaptações: 
 - Produção adequada de surfactante; 
 - Transformação dos pulmões de órgãos 
secretores em órgãos de trocas de gases. 
Os pulmões secretam bradicina, que é 
importante para o fechamento das 
aberturas existentes no sistema 
circulatório; 
 - Estabelecimento da circulação pulmonar 
em sincronismo com a sistêmica; 
• Os alvéolos maduros característicos 
somente se formam depois do nascimento. 
 
Período alveolar: 
• Nascimento aos 8 anos de idade; 
• Ao nascimento, os pulmões estão 
preenchidos pela metade de líquido 
amniótico. A eliminação desse líquido 
ocorre por 3 vias: 
 - Boca e nariz, influenciada pela pressão 
no tórax durante o parto normal, pela 
compressão que ocorre ao passar pelas 
aberturas pélvicas e pela vagina; 
 - Capilares venosos pulmonares; 
 - Capilares linfáticos; 
• Nas vias aéreas superiores, é realizada 
uma sucção para retirada do líquido 
amniótico; 
• Ao final do período fetal, os pulmões são 
capazes de respiração porque a membrana 
alvéolo capilar, uma barreira de difusão 
respiratória ou membrana respiratória, é 
suficientemente fina para permitir as trocas 
de gases; 
• Há um aumento do número de ductos 
alveolares e alvéolos, até os 8 anos de vida; 
• A maior parte do crescimento dos 
pulmões resulta do aumento do número de 
bronquíolos respiratórios e alvéolos 
primitivos, e não do aumento do tamanho 
dos alvéolos; 
• Do 3º ao 8º ano de vida, 
aproximadamente, o número de alvéolos 
imaturos continua a aumentar; 
• Os alvéolos imaturos possuem o 
potencial de formar alvéolos adicionais e, 
quando estes aumentam de tamanho, 
tornam-se alvéolos maduros; 
• Quantidade de alvéolos: 
 - Recém-nascido a termo: 25 milhões de 
alvéolos em cada pulmão; 
 - 8 anos: 300 milhões de alvéolos em 
cada pulmão; 
 - Adulto: 350 milhões de alvéolos em 
cada pulmão; 
• Novos bronquíolos respiratórios e 
novos alvéolos são originados de 
bronquíolos terminais, principalmente 
no período alveolar. 
 
→ Músculos da respiração: 
• Os músculos da respiração são pouco 
resistentes à fadiga; 
• O músculo diafragma é o principal 
músculo na determinação do volume e 
expansibilidade pulmonar; 
• Os músculos intercostais internos e 
externos possuem pouca ação como 
inspiratórios e expiratório, agindo mais 
como fixadores dos arcos costais. 
 
Sistema Digestório 
→ Cavidade oral e língua: 
• Palato duro: 5 a 6 pregas transversais, 
importantes no atrito com as mamas da 
mãe durante a sucção na amamentação. 
Podem desaparecer no adulto; 
• O palato duro é mais curto, largo (menor 
concavidade = maior distância entre os 
arcos dentais) e ligeiramente arqueado, 
sendo, no adulto, profundamente arqueado; 
• Língua: curta e larga, com 4cm de 
comprimento, 2,5cm de largura e 1cm de 
espessura; 
• Dentes decíduos: 
 - 6 meses: incisivos centraisinferiores; 
 - 7 meses: incisivos laterais inferiores; 
 - 7 meses e meio: incisivos centrais 
superiores; 
 - 9 meses: incisivos laterais superiores; 
 - 12 meses: primeiros molares inferiores; 
 - 14 meses: primeiros molares superiores; 
 - 16 meses: caninos inferiores; 
 - 18 meses: caninos superiores; 
 - 20 meses: segundos molares inferiores; 
 - 24 meses: segundos molares superiores; 
 - Total: 20 dentes (8 incisivos, 4 caninos 
e 8 molares); 
• A substituição pelos permanentes tem 
início aos 8 anos, pelos incisivos e 
seguindo a mesma ordem de erupção dos 
dentes decíduos. Totalizam 32 dentes (8 
incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 
molares). 
 
→ Glândulas salivares: 
• Possuem peso relativo proporcional com 
o adulto; 
 - Parótida: 1,8g, sendo mais 
arredondada quando comparada com a 
do adulto; 
 - Submandibular: 0,84g; 
 - Sublingual: 0,42g; 
• Elas adquirem características histológicas 
do adulto com 2 anos após o nascimento. 
 
→ Esôfago: 
• Limitado da cartilagem cricóidea até a 
cárdia, tendo cerca de 8–10cm de 
comprimento. No adulto, equivale a 23–
30cm; 
• Possui um diâmetro de 0,5cm, este que é 
medido com um cateter. 
 
→ Cavidade abdominopélvica: 
• O esqueleto costal do recém-nascido 
oferece menos proteção à cavidade 
abdominal quando comparada com o 
adulto; 
• O tronco de recém-nascido tem um eixo 
longitudinal menor tanto do tórax quanto 
do abdome e um tórax mais volumoso, no 
formato de tonel (= mais arredondado, 
sendo patológico em adulto); 
• Com o crescimento longitudinal, as 
costelas acabam por proteger os órgãos 
torácicos e abdominais, 
• O rebordo costal protege apenas parte do 
fígado no recém-nascido, enquanto no 
adulto é totalmente protegido pelas 
costelas. 
 
→ Estômago: 
• Todas as subdivisões do estômago adulto 
já estão presentes no recém-nascido, ou 
seja, ele já é dividido em cárdia, corpo, 
fundo e piloro; 
• No total, ao nascimento, existem 2 
milhões de glândulas gástricas, enquanto 
no adulto esse valor equivale a 25 milhões; 
• Possui seu eixo longitudinal mais 
horizontalizado, devido a influência da 
grande proporção do fígado quando 
comparada às outras vísceras; 
• Capacidade: varia de acordo com os 
hábitos do indivíduo ao longo da vida; 
 - Nascimento: 30mL; 
 - 2ª semana de vida extrauterina: 75 
mL; 
 - 8ª semana de vida extrauterina: 
100mL; 
 - Adulto: 1000–1500mL. 
Idade Capacidade (mL) 
Nascimento 10–20 
1 semana 30–90 
2–3 semanas 75–100 
1 mês 90–150 
3 meses 150–200 
1 ano 210–310 
2 anos 500 
10 anos 750–900 
16 anos 1500 
Adulto 2000–3000 
 
→ Intestino delgado: 
• O duodeno, jejuno e íleo possuem cerca 
de 3m a 3,5m de comprimento; 
 - Duodeno: 7,5–10cm de comprimento; 
 - Jejuno: 2/5 proximais, ou seja, 1,2m; 
 - Íleo: 3/5 distais, ou seja, 1,8m; 
• Ele aumenta cerca de 50% durante o 1º 
ano; 
• O mesentério é tão fino que é 
praticamente transparente; 
• Os linfonodos mesentérios são 
conhecidos como Placas de Peyer, que é o 
conjunto dos linfonodos que são 
responsáveis pela 
• No adulto, possui pouco mais de 6 
metros. 
 
→ Intestino grosso: 
• Comprimento do recém-nascido: 
equivale a 66cm. No adulto, o valor é de 
1,5m; 
• O ceco se afunila no apêndice 
vermiforme, formando a terminação cecal 
cônica. No adulto, ele possui um formato 
mais arredondado; 
• O apêndice vermiforme é 
proporcionalmente maior quando 
comparado ao adulto; 
• As tênias do ceco estão presentes ao 
nascimento (livres, omental e mesocólica) 
nas paredes do intestino grosso; 
•As saculações do colo (haustrações) ainda 
ausentes ao nascimento, assim, a parede do 
intestino é lisa. Seu surgimento ocorre aos 
6 meses e melhor definição apenas com 3 
ou 4 anos. 
 
→ Fígado: 
• No adulto pesa 1500g e representa 
aproximadamente 2,5% do peso corporal; 
• No recém-nascido pesa 140g e equivale à 
4% do peso corporal, ocupando cerca de 
2/5 do abdome, proporcionalmente, no 
recém-nascido, tem o dobro do peso 
quando comparado ao adulto; 
• Durante o período fetal, o fígado tem 
uma função imunológica, produzindo 
linfócitos juntamente com os linfonodos e 
no timo, função que é perdida ao 
nascimento; 
• Vesícula biliar: possui comprimento de 
2cm e largura 1cm. 
 
→ Pâncreas: 
• Peso: 
 - Recém-nascido: 3 a 5g; 
 - 6 meses: 10g; 
 - Adulto: 120g; 
• Comprimento: 4 a 6m; 
• Espessura: 1 a 2cm. 
 
Sistema Urinário 
→ Rins: 
• A função renal tem início desde o período 
fetal, de forma que, até a 12ª semana de 
gestação o líquido amniótico é produzido a 
partir do plasma da mãe; 
• A partir do 1º trimestre, o rim passa a ser 
responsável pela produção do líquido 
amniótico. O feto deglute o líquido 
amniótico, que é reciclado no rim e 
liberado com a urina; 
• Quantidade de urina: 30mL por 
micção; 
• Aspecto da urina: é pálida, transparente 
e de densidade baixa, adquirindo 
característica semelhante com a do adulto a 
partir do 3º mês de vida extrauterina; 
• São lobulados ao nascimento e 
desaparecem por volta do 4º ou 5º ano; 
• Funcionamento pleno a partir 2º mês; 
• Dimensões: 4 a 5cm de comprimento, 
2cm de largura, 1,4cm de espessura e o 
peso ambos os rins equivale a 20–35g; 
• No adulto, 10 a 12cm de comprimento, 5 
a 7cm de largura, 2,5cm de espessura e o 
peso ambos os rins equivale a 170g. 
 
→ Ureteres: 
• Possui de 6,5–7cm de comprimento; 
• Eles são mais calibrosos no recém-
nascido, característica que permite o 
refluxo vesico-ureteral, por isso, possuem 
maiores possibilidades de infecções 
urinárias. 
 
→ Bexiga urinária: 
• Localizada na cavidade abdominal do 
recém-nascido e na infância; 
• Ocupa a cavidade pélvica na puberdade, 
em razão do aumento do eixo longitudinal 
pelo crescimento; 
• Está numa posição intermediária entre a 
cicatriz umbigo e a sínfise púbica, podendo 
ser palpada em caso de exame físico; 
• Uraco: canal que liga o ápice da bexiga 
ao alantoide da placenta, drenando parte da 
urina que o feto não utiliza na reciclagem 
em líquido amniótico. O uraco tende a ser 
fechado e, caso não ocorra esse 
fechamento, ocorre um refluxo da urina 
pela cicatriz umbilical quando o feto chora, 
comprimindo o abdome e resultando nesse 
fenômeno chamado de uraco-patente; 
• Ao nascimento contém uma pequena 
quantidade de urina. 
 
→ Glândulas suprarrenais: 
• 1/3 do peso do rim (33%); 
• No adulto: 1/20 (5%) do peso do rim; 
• Dimensões: 2,5cm de comprimento, 3cm 
de largura e 0,9cm de espessura; 
• No adulto, 3cm de comprimento, 4,5cm 
de largura e 1cm de espessura. 
 
Sistema Genital 
→ Genitais masculinos externos: 
• Uretra masculina do recém-nascido 
6,2cm e triplica de comprimento no adulto; 
• Pênis: o prepúcio costuma estar aderido a 
glande e é estreito; 
 - Fimose: ocorre quando não é possível 
retrair o prepúcio para observar a glande. 
 
→ Genitais femininos externos: 
• Os lábios maiores do pudendo são 
relativamente grandes do recém-nascido, 
de forma que, praticamente recobrem os 
lábios menores; 
• O clitóris é relativamente maior. 
 
→ Genitais masculinos internos: 
• Ambos os testículos do recém-nascido 
pesam 0,85g e no adulto pesam 45g; 
• No início da 9ª semana de 
desenvolvimento tem início a 
diferenciação dos genitais; 
• Não há produção de espermatozoides ao 
nascimento; 
• Em 90% dos recém-nascidos a termo os 
testículos já completaram sua migração 
para o escroto, visto que eles são formados 
no abdome, tendo início a migração na 11ª 
semana; 
 - Criptorquidia: 3 a 4% dos recém-
nascidos. Ocorre quando há uma 
interrupção da migração do testículo do 
abdome para o saco escrotal, ficando preso 
no canal inguinal; 
• Próstata: proporcionalmente maior (por 
influência hormonal materna – ocitocina). 
A cavidade pélvica do recém-nascido é 
ocupada apenas por ela e pelo reto, 
pesando 82g; 
 - Dimensões do recém-nascido: 1,4cm 
de largura, 1,4cm de comprimento vertical 
e 0,7cm de espessura anteroposterior; 
 - Dimensões do adulto: 4,0cm de 
largura, 3,0cm de comprimento vertical e 
2,0cm de espessura anteroposterior; 
• As glândulas seminais são relativamentegrandes. 
 
→ Genitais femininos internos: 
• Ovários: crescem rapidamente durante o 
último período fetal (a partir da 31ª 
semana). Relativamente grandes ao 
nascimento; 
 - Peso: 0,3g; 
• Útero: até a puberdade a sua localização 
abdominal, depois pélvica, possuindo seu 
peso de 4g; 
 - Dimensões do recém-nascido: 3,5cm 
de comprimento, 2,0cm de largura entre as 
tubas e 1,3cm de espessura; 
 - Dimensões do adulto: 7,5cm de 
comprimento, 5,0cm de largura entre as 
tubas e 2,5cm de espessura; 
• Vagina: é curta no recém-nascido; 
 - Dimensões do recém-nascido: 3,5cm 
de comprimento e 1,5cm diâmetro; 
 - Dimensões do adulto: 7,5cm de 
comprimento da parede anterior e 9,0cm de 
comprimento da parede posterior. 
 
→ Canal inguinal: 
Canal inguinal masculino: 
• Gubernáculo masculino: cordão fibroso 
que une o testículo primordial à parede 
anterolateral do abdome no local do futuro 
anel inguinal profundo; 
• Começa a atravessar o canal durante a 28ª 
semana (7 meses) e leva aproximadamente 
3 dias; 
• Aproximadamente 32ª semana o testículo 
entra no escroto; 
• Ao nascimento, deve ser palpável no 
escroto. 
 
Gubernáculo feminino: 
• Trata-se de um cordão fibroso que une o 
ovário e o útero primordial ao lábio maior 
do pudendo; 
• Ele é representado no período pós-natal 
pelos ligamentos útero-ovários e redondos 
no útero; 
• Os ligamentos útero-ovários impedem a 
descida dos ovários em direção ao canal 
inguinal. 
 
Desenvolvimento: 
• Os canais inguinais são mais estreitos no 
sexo feminino, visto que, nele passam 
apenas o ligamento do útero e o ramo 
genital do nervo genitofemoral, enquanto 
no sexo masculino passam ducto deferente, 
artéria gonadal, veia gonadal e ramo 
genital do nervo genitofemoral, sendo mais 
espesso; 
• Nos lactentes de ambos os sexos são mais 
curtos e muito menos oblíquos em relação 
aos adultos; 
• Os anéis inguinais superficiais em 
lactentes situam-se quase diretamente 
anteriores aos anéis inguinais profundos. 
 
Adulto: 
• Formado pela descida do testículo 
(período fetal); 
• O sentido inferomedial na parede 
anterolateral do abdome; 
• Possui aproximadamente 4cm de 
comprimento nos adultos; 
• Ele é paralelo e superior à metade medial 
do ligamento inguinal; 
• Ele é revestido, internamente, por uma 
projeção da fáscia transversal (fáscia 
interna do canal inguinal).

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