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Anatomia do Recém- Nascido (Sistemas Respiratório, Digestório Urinário e Genital) Sistema Respiratório → Cavidades nasais: • São mais baixas, largas e relativamente longas (sentido sagital); • Elas são mais largas devido ao palato, que é o assoalho das cavidades nasais e sua configuração permite que ocorra essa diferenciação; • No adulto, ele possui uma concavidade aumentada, sendo praticamente plano no recém-nascido. Assim, quanto maior a concavidade, menor será o tamanho da cavidade nasal pela maior proximidade das margens; • As conchas nasais estão todas diferenciadas, e os meatos também; • A margem inferior da concha nasal inferior está frequentemente em contato com o assoalho da cavidade nasal, de forma que, o meato nasal inferior é praticamente inexistente; • O septo nasal é sempre alinhado e sua porção superior (lâmina perpendicular do etmoide) é cartilagínea e ossifica-se durante o 1º ano de vida. O osso vômer ainda é presente e constitui a parte óssea do septo nasal; • O desvio de septo, nos indivíduos, ocorre quase sempre para direita, pela articulação do osso vômer com a lâmina perpendicular o etmoide, sendo esta condição impossível no recém-nascido; • Normalmente preenchidas por líquido amniótico ao nascimento. → Seios paranasais: • Ao nascimento existem apenas os seios maxilares; • Esfenoidal e etmoidal: desenvolvimento entre o 1º e 2º ano de vida extrauterina. Os primeiros a serem visualizados com relativa facilidade são as células etmoidais, seguidas pelo seio esfenoidal; • Os seios frontal e maxilares são bem visíveis a partir do 7º ano de vida; • Desenvolvimento: - Puberdade: desenvolvimento completo; - Os seios frontal e maxilar tendem a expandir suas cavidades para dentro dos ossos correspondentes na idade adulta; - O seio maxilar pode continuar sua expansão mesmo no envelhecimento adulto. → Faringe: • Limite superior: base do crânio; • Limite inferior: entre as vértebras CV– CVI, com crescimento proporcional ao adulto, acompanhando o crescimento da coluna vertebral; • Ela é subdividida em: parte nasal da faringe, parte oral da faringe e parte laríngea da faringe; Marianne Barone (15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (15A) Anatomia Descritiva II – Prof. Osvaldo Pelozo Júnior • Os coános (aberturas que limitam a parte anterior da cavidade nasal e a parte nasal da faringe posteriormente) são mais estreitos e são menores, assim, existe uma maior facilidade de obstrução pelo tecido linfoide, chamado de tonsila faríngea ou adenoide, que ao aumentar de tamanho, adquire o nome da carne esponjosa; • O recém-nascido quando tem seus coános obstruídos pela adenoide em meio a um processo infeccioso não consegue respirar pelo nariz, então, ocorre um condicionamento de respiração pela boca. → Tuba auditiva: • Possui cerca de 1,7cm de comprimento, representando metade do comprimento do adulto; • A tuba auditiva é mais horizontal quando comparada a do adulto, que é mais oblíqua; • O toro tubário é menos volumoso. Tuba auditiva (adulto): • Estabelece comunicação entre a parte nasal da faringe e a orelha média; • Equalização dos níveis de pressão entre o ambiente externo e a orelha média; • Aproximadamente 3,6cm de comprimento; • Possui uma parte óssea com 1,2cm relacionada com o canal carótico, e sua parte cartilagínea com 2,4cm, que se projeta na parte nasal da faringe; • Istmo da tuba auditiva: união das partes óssea e cartilagínea; • É aberta pela ação dos músculos tensor e levantador do véu palatino, que estão inseridos na parede externa da tuba; • São relacionadas a deglutição e ao bocejo. → Vias aéreas superiores: • Os recém-nascidos, até a idade de cerca de 6 meses de vida extrauterina, possuem a capacidade de inspirar e expirar ao mesmo tempo que deglutem, de forma que, ele não precisa parar de se amamentar para respirar; • Respiração silenciosa: boca fechada à ar entra pelas narinas à cavidade nasal à parte nasal da faringe à parte oral da faringe à ádito da laringe à laringe à traqueia à brônquios à pulmões; • O ar passa da cavidade nasal diretamente para a laringe e vias aéreas inferiores; • A passagem do ar inspirado e expirado é a mesma; • No recém-nascido a faringe é mais curta e o palato mole e a epiglote sobrepõem-se entre si durante a amamentação, permitindo o mecanismo de respirar e deglutir ao mesmo tempo; • A sobreposição epiglote em relação a úvula palatina permite a formação 3 canais, sendo 2 deles laterais e 1 medial, por onde passa o ar e entra diretamente na via aérea inferior; • A comida é desviada para os canais laterais de cada lado do palato mole e da epiglote sendo direcionada para o esôfago, passando lateralmente a laringe e segue diretamente para o esôfago e o estômago; • Os canais são formados pela subida da laringe + sobreposição da epiglote e da úvula; • Conforme a faringe cresce, ocorre um afastamento da epiglote com a úvula palatina, que impede a sobreposição das duas estruturas e não ocorre a formação dos canais; • No adulto a faringe é mais longa e a parte oral da faringe é uma cavidade comum para a passagem do alimento e do ar, resultando na chamada encruzilhada aerodigestiva, em que, apenas passa ou ar ou alimento, não permitindo a passagem dos dois juntos. → Laringe: • Mede aproximadamente 2cm de comprimento; • As dimensões absolutas são de aproximadamente 1/3 quando comparadas com a do adulto; • Laringe mais superior: glote no mesmo plano horizontal do corpo CIII–CIV, em uma altura mais alta para permitir a sobreposição. No adulto, representada entre CIV–CV, em uma altura mais baixa; • Epiglote: mais longa, menos flexível e mais horizontalizada, contribuindo para a formação dos canais comuns (laterais e medianos). Está no mesmo plano horizontal do dente do Áxis. No adulto, está na altura do corpo de CIII; • As diferenças sexuais surgem por volta do 3º ano, em que: - Ela é maior e mais longa nos meninos; - O ângulo entre as lâminas da cartilagem tireóidea é maior nas meninas, equivalendo a 120º (obtuso) nas meninas, enquanto nos meninos tem valor de 90º (agudo, causando uma proeminência laríngea visível no pescoço do indivíduo masculino); - Quanto maior o ângulo, maior a tendência de uma voz mais aguda. Quanto menor o ângulo maior a tendência de uma voz mais grave; • A mucosa é mais fina, com uma lesão mais fácil e uma tendência maior de edema, principalmente em casos de intubação; • A estimulação mecânica da laringe pode desencadear estimulação vagal (ela é inervada por ramos do nervo vago, atingindo os nervos laríngeos superior e recorrentes), resultando em bradicardia pela estimulação simpática. → Traqueia: • Possui 4cm de comprimento e 3,5mm de diâmetro, sendo mais calibrosa na porção superior. No adulto, tem cerca de 12cm; • Durante o crescimento há um aumento proporcional em todos os eixos. No adulto, 12/2,5/16 a 20 arcos de cartilagem, possuindo a mesma quantidade no recém- nascido, aumentando apenas em comprimento; • Diâmetro: é calculado em mm proporcional à idade em 25 anos; à 4 anos = 4mm/10 anos = 10mm/20 anos = 20 mm e, no adulto, o diâmetro é cerca de 2,5cm • A bifurcação da traqueia ocorre num plano horizontal mais superior (TIII–TIV), enquanto no adulto ocorre na margem inferior de TV; • As cartilagens traqueais do recém- nascido estão mais próximas, causada pelo menor tamanho dos ligamentos anulares, estes que possuem um maior crescimento na puberdade. → Pulmões: • Possuem frequência respiratória de 40/44RPM, enquanto nos adultos em repouso equivalem a 12/15RPM; • Sua sintopia óssea sofre poucas mudanças ao longo do crescimento, ou seja, o contato dos pulmões com as costelas não tem tanta mudança durante o crescimento, sendo mudanças mais expressivas no alongamento do tórax e do abdome (= tronco); • O peso dospulmões é 20 vezes menor que no adulto, sendo mais curtos e largos quando comparados com o período adulto, que tem o eixo longitudinal mais alongado. Seu peso é de 30g, quando nos adultos equivale a 600g; • O tórax e o abdome de um recém-nascido têm um eixo longitudinal menor que o do adulto, principalmente por influência do diâmetro do fígado, que possui, proporcionalmente, um tamanho maior que o do adulto, exercendo influência na disposição das vísceras. Brônquios e alvéolos: • As características dos brônquios principais têm mesmos critérios anatômicos do adulto; • Assim, o brônquio principal direito é mais curto, calibroso e vertical enquanto o brônquio principal esquerdo é mais longo, horizontalizado e com calibre menor; • Ao nascimento, existem cerca de 25 milhões de alvéolos em cada pulmão, valor que atinge 300 a 350 milhões de alvéolos em cada pulmão no adulto; • O crescimento do pulmão em tamanho decorre do aumento dos números de alvéolos em cada um deles, o contrário que ocorre em músculos, que tem seu aumento causado pelo aumento de volume de cada fibra muscular, que não aumentam em número; • A área de superfície de troca gasosa no recém-nascido equivale a 2,8m2, com 8 anos equivale a 32m2 e no adulto, o valor cresce para 75m2 • As vias aéreas de menor calibre apresentam um crescimento mais lento, predispondo a uma inflamação das vias aéreas inferiores. → Períodos de desenvolvimento pulmonar: • Glandular ou pseudoglandular: 6ª até a 16ª semana; • Canalicular: 16ª à 26ª semana; • Sacular: 26ª semana ao nascimento; • Alveolar: final do período fetal até 8 anos. Período glandular ou pseudoglandular: • 6ª até a 16ª semana de vida intrauterina; • Ele recebe esse nome por ter um desenvolvimento semelhante a uma glândula endócrina ou exócrina; • No final do período todos os elementos principais do pulmão já aparecem, exceto os alvéolos, ou seja, possui a traqueia, brônquios principais, brônquios lobares (superior, médio e inferior) e brônquios segmentares bem desenvolvidos; • Em corte histológico, é possível observar os bronquíolos terminais e os capilares sanguíneos, não possuindo os bronquíolos respiratórios, além do epitélio coloidal; • Na 6ª semana, já são presentes as pleuras visceral, parietal e a cavidade pleural; • A respiração não é possível, sendo esta uma característica morfofuncional incompatível com a vida extrauterina, por não acontecer a troca gasosa. Período canalicular: • 16ª até a 26ª semana de vida intrauterina; • Aumenta consideravelmente a vascularização do tecido pulmonar; • A luz dos brônquios e bronquíolos torna- se maior; • Os bronquíolos respiratórios e ductos alveolares se desenvolvem a partir dos bronquíolos terminais (24 semanas – 6 meses); • Apesar da possibilidade de funcionamento no mecanismo respiratório, torna-se muito baixo o índice de sobrevivência, já que os sistemas orgânicos estão relativamente imaturos (fígado ou rins, por exemplo), ou seja, não é viável com a vida, ainda com a administração do surfactante exógeno para evitar o colabamento do alvéolo; • Para que ocorre a troca gasosa é preciso que haja uma fina camada no epitélio no alvéolo, assim, para que haja interface alvéolo-capilar, é importante que tenham células alveolares do tipo 1; • Com 16 semanas o alvéolo é coberto pelo chamado epitélio coloidal, que não permite a ocorrência dessa interface alvéolo-capilar • Na 24ª semana os capilares possuem maior contato com alvéolo, permitindo a difusão e trocas gasosas; • O início do período tem o feto como inviável e o final dele o feto torna-se compatível com a vida; • O nascimento feto é viável a partir de 22 semanas, equivalente a 5 meses e meio. Período sacular: • 26ª semana até o nascimento; • Surgem células especializadas do epitélio respiratório; - Células alveolares do tipo I: onde ocorrem as trocas gasosas; - Células alveolares do tipo II ou pneumócitos: secretam surfactante pulmonar; • O surfactante diminui a tensão superficial na interface alvéolo-ar, aumentando a complacência pulmonar e diminuindo o trabalho inspiratório; • Sua produção varia em fetos de diferentes idades de gestação, aumentando, principalmente, durante as 2 últimas semanas de gestação; • Durante a 26ª-27ª semanas, caso ocorra o nascimento, é necessária a administração de surfactante exógeno, para permitir a viabilidade do feto; • Fatores importantes para o desenvolvimento pulmonar: - Espaço torácico adequando para o crescimento pulmonar; - Movimentos respiratórios fetais. Durante o período fetal, o feto realiza movimentos respiratórios, com entrada do líquido amniótico e permitindo o condicionamento dos músculos respiratórios, que exercem força suficiente e auxiliam o desenvolvimento pulmonar; - Volume adequado de líquido amniótico; • Movimentos respiratórios na vida intrauterina: - Exercem força suficiente para aspirar pequena quantidade de líquido amniótico pelos pulmões, fundamentais para o desenvolvimento pulmonar; - Condicionamento dos músculos da respiração; • A transição de dependência da placenta para as trocas gasosas requer adaptações: - Produção adequada de surfactante; - Transformação dos pulmões de órgãos secretores em órgãos de trocas de gases. Os pulmões secretam bradicina, que é importante para o fechamento das aberturas existentes no sistema circulatório; - Estabelecimento da circulação pulmonar em sincronismo com a sistêmica; • Os alvéolos maduros característicos somente se formam depois do nascimento. Período alveolar: • Nascimento aos 8 anos de idade; • Ao nascimento, os pulmões estão preenchidos pela metade de líquido amniótico. A eliminação desse líquido ocorre por 3 vias: - Boca e nariz, influenciada pela pressão no tórax durante o parto normal, pela compressão que ocorre ao passar pelas aberturas pélvicas e pela vagina; - Capilares venosos pulmonares; - Capilares linfáticos; • Nas vias aéreas superiores, é realizada uma sucção para retirada do líquido amniótico; • Ao final do período fetal, os pulmões são capazes de respiração porque a membrana alvéolo capilar, uma barreira de difusão respiratória ou membrana respiratória, é suficientemente fina para permitir as trocas de gases; • Há um aumento do número de ductos alveolares e alvéolos, até os 8 anos de vida; • A maior parte do crescimento dos pulmões resulta do aumento do número de bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos, e não do aumento do tamanho dos alvéolos; • Do 3º ao 8º ano de vida, aproximadamente, o número de alvéolos imaturos continua a aumentar; • Os alvéolos imaturos possuem o potencial de formar alvéolos adicionais e, quando estes aumentam de tamanho, tornam-se alvéolos maduros; • Quantidade de alvéolos: - Recém-nascido a termo: 25 milhões de alvéolos em cada pulmão; - 8 anos: 300 milhões de alvéolos em cada pulmão; - Adulto: 350 milhões de alvéolos em cada pulmão; • Novos bronquíolos respiratórios e novos alvéolos são originados de bronquíolos terminais, principalmente no período alveolar. → Músculos da respiração: • Os músculos da respiração são pouco resistentes à fadiga; • O músculo diafragma é o principal músculo na determinação do volume e expansibilidade pulmonar; • Os músculos intercostais internos e externos possuem pouca ação como inspiratórios e expiratório, agindo mais como fixadores dos arcos costais. Sistema Digestório → Cavidade oral e língua: • Palato duro: 5 a 6 pregas transversais, importantes no atrito com as mamas da mãe durante a sucção na amamentação. Podem desaparecer no adulto; • O palato duro é mais curto, largo (menor concavidade = maior distância entre os arcos dentais) e ligeiramente arqueado, sendo, no adulto, profundamente arqueado; • Língua: curta e larga, com 4cm de comprimento, 2,5cm de largura e 1cm de espessura; • Dentes decíduos: - 6 meses: incisivos centraisinferiores; - 7 meses: incisivos laterais inferiores; - 7 meses e meio: incisivos centrais superiores; - 9 meses: incisivos laterais superiores; - 12 meses: primeiros molares inferiores; - 14 meses: primeiros molares superiores; - 16 meses: caninos inferiores; - 18 meses: caninos superiores; - 20 meses: segundos molares inferiores; - 24 meses: segundos molares superiores; - Total: 20 dentes (8 incisivos, 4 caninos e 8 molares); • A substituição pelos permanentes tem início aos 8 anos, pelos incisivos e seguindo a mesma ordem de erupção dos dentes decíduos. Totalizam 32 dentes (8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares). → Glândulas salivares: • Possuem peso relativo proporcional com o adulto; - Parótida: 1,8g, sendo mais arredondada quando comparada com a do adulto; - Submandibular: 0,84g; - Sublingual: 0,42g; • Elas adquirem características histológicas do adulto com 2 anos após o nascimento. → Esôfago: • Limitado da cartilagem cricóidea até a cárdia, tendo cerca de 8–10cm de comprimento. No adulto, equivale a 23– 30cm; • Possui um diâmetro de 0,5cm, este que é medido com um cateter. → Cavidade abdominopélvica: • O esqueleto costal do recém-nascido oferece menos proteção à cavidade abdominal quando comparada com o adulto; • O tronco de recém-nascido tem um eixo longitudinal menor tanto do tórax quanto do abdome e um tórax mais volumoso, no formato de tonel (= mais arredondado, sendo patológico em adulto); • Com o crescimento longitudinal, as costelas acabam por proteger os órgãos torácicos e abdominais, • O rebordo costal protege apenas parte do fígado no recém-nascido, enquanto no adulto é totalmente protegido pelas costelas. → Estômago: • Todas as subdivisões do estômago adulto já estão presentes no recém-nascido, ou seja, ele já é dividido em cárdia, corpo, fundo e piloro; • No total, ao nascimento, existem 2 milhões de glândulas gástricas, enquanto no adulto esse valor equivale a 25 milhões; • Possui seu eixo longitudinal mais horizontalizado, devido a influência da grande proporção do fígado quando comparada às outras vísceras; • Capacidade: varia de acordo com os hábitos do indivíduo ao longo da vida; - Nascimento: 30mL; - 2ª semana de vida extrauterina: 75 mL; - 8ª semana de vida extrauterina: 100mL; - Adulto: 1000–1500mL. Idade Capacidade (mL) Nascimento 10–20 1 semana 30–90 2–3 semanas 75–100 1 mês 90–150 3 meses 150–200 1 ano 210–310 2 anos 500 10 anos 750–900 16 anos 1500 Adulto 2000–3000 → Intestino delgado: • O duodeno, jejuno e íleo possuem cerca de 3m a 3,5m de comprimento; - Duodeno: 7,5–10cm de comprimento; - Jejuno: 2/5 proximais, ou seja, 1,2m; - Íleo: 3/5 distais, ou seja, 1,8m; • Ele aumenta cerca de 50% durante o 1º ano; • O mesentério é tão fino que é praticamente transparente; • Os linfonodos mesentérios são conhecidos como Placas de Peyer, que é o conjunto dos linfonodos que são responsáveis pela • No adulto, possui pouco mais de 6 metros. → Intestino grosso: • Comprimento do recém-nascido: equivale a 66cm. No adulto, o valor é de 1,5m; • O ceco se afunila no apêndice vermiforme, formando a terminação cecal cônica. No adulto, ele possui um formato mais arredondado; • O apêndice vermiforme é proporcionalmente maior quando comparado ao adulto; • As tênias do ceco estão presentes ao nascimento (livres, omental e mesocólica) nas paredes do intestino grosso; •As saculações do colo (haustrações) ainda ausentes ao nascimento, assim, a parede do intestino é lisa. Seu surgimento ocorre aos 6 meses e melhor definição apenas com 3 ou 4 anos. → Fígado: • No adulto pesa 1500g e representa aproximadamente 2,5% do peso corporal; • No recém-nascido pesa 140g e equivale à 4% do peso corporal, ocupando cerca de 2/5 do abdome, proporcionalmente, no recém-nascido, tem o dobro do peso quando comparado ao adulto; • Durante o período fetal, o fígado tem uma função imunológica, produzindo linfócitos juntamente com os linfonodos e no timo, função que é perdida ao nascimento; • Vesícula biliar: possui comprimento de 2cm e largura 1cm. → Pâncreas: • Peso: - Recém-nascido: 3 a 5g; - 6 meses: 10g; - Adulto: 120g; • Comprimento: 4 a 6m; • Espessura: 1 a 2cm. Sistema Urinário → Rins: • A função renal tem início desde o período fetal, de forma que, até a 12ª semana de gestação o líquido amniótico é produzido a partir do plasma da mãe; • A partir do 1º trimestre, o rim passa a ser responsável pela produção do líquido amniótico. O feto deglute o líquido amniótico, que é reciclado no rim e liberado com a urina; • Quantidade de urina: 30mL por micção; • Aspecto da urina: é pálida, transparente e de densidade baixa, adquirindo característica semelhante com a do adulto a partir do 3º mês de vida extrauterina; • São lobulados ao nascimento e desaparecem por volta do 4º ou 5º ano; • Funcionamento pleno a partir 2º mês; • Dimensões: 4 a 5cm de comprimento, 2cm de largura, 1,4cm de espessura e o peso ambos os rins equivale a 20–35g; • No adulto, 10 a 12cm de comprimento, 5 a 7cm de largura, 2,5cm de espessura e o peso ambos os rins equivale a 170g. → Ureteres: • Possui de 6,5–7cm de comprimento; • Eles são mais calibrosos no recém- nascido, característica que permite o refluxo vesico-ureteral, por isso, possuem maiores possibilidades de infecções urinárias. → Bexiga urinária: • Localizada na cavidade abdominal do recém-nascido e na infância; • Ocupa a cavidade pélvica na puberdade, em razão do aumento do eixo longitudinal pelo crescimento; • Está numa posição intermediária entre a cicatriz umbigo e a sínfise púbica, podendo ser palpada em caso de exame físico; • Uraco: canal que liga o ápice da bexiga ao alantoide da placenta, drenando parte da urina que o feto não utiliza na reciclagem em líquido amniótico. O uraco tende a ser fechado e, caso não ocorra esse fechamento, ocorre um refluxo da urina pela cicatriz umbilical quando o feto chora, comprimindo o abdome e resultando nesse fenômeno chamado de uraco-patente; • Ao nascimento contém uma pequena quantidade de urina. → Glândulas suprarrenais: • 1/3 do peso do rim (33%); • No adulto: 1/20 (5%) do peso do rim; • Dimensões: 2,5cm de comprimento, 3cm de largura e 0,9cm de espessura; • No adulto, 3cm de comprimento, 4,5cm de largura e 1cm de espessura. Sistema Genital → Genitais masculinos externos: • Uretra masculina do recém-nascido 6,2cm e triplica de comprimento no adulto; • Pênis: o prepúcio costuma estar aderido a glande e é estreito; - Fimose: ocorre quando não é possível retrair o prepúcio para observar a glande. → Genitais femininos externos: • Os lábios maiores do pudendo são relativamente grandes do recém-nascido, de forma que, praticamente recobrem os lábios menores; • O clitóris é relativamente maior. → Genitais masculinos internos: • Ambos os testículos do recém-nascido pesam 0,85g e no adulto pesam 45g; • No início da 9ª semana de desenvolvimento tem início a diferenciação dos genitais; • Não há produção de espermatozoides ao nascimento; • Em 90% dos recém-nascidos a termo os testículos já completaram sua migração para o escroto, visto que eles são formados no abdome, tendo início a migração na 11ª semana; - Criptorquidia: 3 a 4% dos recém- nascidos. Ocorre quando há uma interrupção da migração do testículo do abdome para o saco escrotal, ficando preso no canal inguinal; • Próstata: proporcionalmente maior (por influência hormonal materna – ocitocina). A cavidade pélvica do recém-nascido é ocupada apenas por ela e pelo reto, pesando 82g; - Dimensões do recém-nascido: 1,4cm de largura, 1,4cm de comprimento vertical e 0,7cm de espessura anteroposterior; - Dimensões do adulto: 4,0cm de largura, 3,0cm de comprimento vertical e 2,0cm de espessura anteroposterior; • As glândulas seminais são relativamentegrandes. → Genitais femininos internos: • Ovários: crescem rapidamente durante o último período fetal (a partir da 31ª semana). Relativamente grandes ao nascimento; - Peso: 0,3g; • Útero: até a puberdade a sua localização abdominal, depois pélvica, possuindo seu peso de 4g; - Dimensões do recém-nascido: 3,5cm de comprimento, 2,0cm de largura entre as tubas e 1,3cm de espessura; - Dimensões do adulto: 7,5cm de comprimento, 5,0cm de largura entre as tubas e 2,5cm de espessura; • Vagina: é curta no recém-nascido; - Dimensões do recém-nascido: 3,5cm de comprimento e 1,5cm diâmetro; - Dimensões do adulto: 7,5cm de comprimento da parede anterior e 9,0cm de comprimento da parede posterior. → Canal inguinal: Canal inguinal masculino: • Gubernáculo masculino: cordão fibroso que une o testículo primordial à parede anterolateral do abdome no local do futuro anel inguinal profundo; • Começa a atravessar o canal durante a 28ª semana (7 meses) e leva aproximadamente 3 dias; • Aproximadamente 32ª semana o testículo entra no escroto; • Ao nascimento, deve ser palpável no escroto. Gubernáculo feminino: • Trata-se de um cordão fibroso que une o ovário e o útero primordial ao lábio maior do pudendo; • Ele é representado no período pós-natal pelos ligamentos útero-ovários e redondos no útero; • Os ligamentos útero-ovários impedem a descida dos ovários em direção ao canal inguinal. Desenvolvimento: • Os canais inguinais são mais estreitos no sexo feminino, visto que, nele passam apenas o ligamento do útero e o ramo genital do nervo genitofemoral, enquanto no sexo masculino passam ducto deferente, artéria gonadal, veia gonadal e ramo genital do nervo genitofemoral, sendo mais espesso; • Nos lactentes de ambos os sexos são mais curtos e muito menos oblíquos em relação aos adultos; • Os anéis inguinais superficiais em lactentes situam-se quase diretamente anteriores aos anéis inguinais profundos. Adulto: • Formado pela descida do testículo (período fetal); • O sentido inferomedial na parede anterolateral do abdome; • Possui aproximadamente 4cm de comprimento nos adultos; • Ele é paralelo e superior à metade medial do ligamento inguinal; • Ele é revestido, internamente, por uma projeção da fáscia transversal (fáscia interna do canal inguinal).
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