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Anatomia do Sistema Respiratório(1)

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DESCRIÇÃO
Anatomia topográfica e funcional dos elementos que compõem o sistema respiratório,
correlacionando-os ao contexto clínico e cirúrgico.
PROPÓSITO
Entender aspectos morfofuncionais do sistema respiratório e seus constituintes é fundamental
para sua atuação como profissional de saúde.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os conceitos gerais da anatomia do sistema respiratório e as vias aéreas superiores
MÓDULO 2
Reconhecer os elementos que compõem as vias aéreas inferiores e a respiração
INTRODUÇÃO
As células do corpo usam continuamente o oxigênio ( ) para realizar diversas ações
metabólicas. Ao mesmo tempo, essas reações liberam dióxido de carbono ( ).
Como uma quantidade excessiva de produz acidez (que pode ser tóxica para as células),
o excesso de precisa ser eliminado de forma rápida e eficiente. Os sistemas
cardiovascular e respiratório trabalham em conjunto para fornecer e eliminar o . O
sistema respiratório fornece a troca gasosa (hematose) e o sistema cardiovascular transporta
o sangue contendo os gases para os pulmões e as células do corpo.
A falha de qualquer um dos sistemas interrompe a homeostase, causando a morte rápida das
células por falta de oxigênio e acúmulo de produtos residuais. Além de trabalhar nas trocas
gasosas, o sistema respiratório também participa da regulação do pH sanguíneo, contém
receptores para o olfato, filtra o ar inspirado, produz sons e livra o corpo do calor do ar exalado.
Agora, vamos estudar a anatomia e a função do sistema respiratório. No primeiro módulo,
iremos abordar os aspectos gerais do sistema respiratório, suas funções e os elementos que
compõem as vias aéreas superiores. Já no segundo módulo, iremos abordar os órgãos que
participam das vias aéreas inferiores e detalhar como se dá a ventilação pulmonar.
MÓDULO 1
 Identificar os conceitos gerais da anatomia do sistema respiratório e as vias aéreas
superiores
O2
CO2
CO2
CO2
O2 CO2
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GENERALIDADES SOBRE O SISTEMA
RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é composto por nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões.
Esses elementos podem ser classificados de acordo com sua estrutura ou função.
Estruturalmente, o sistema respiratório consiste em duas partes:
As vias aéreas superiores, que incluem o nariz, a cavidade nasal, a faringe, a laringe e as
estruturas associadas;
As vias aéreas inferiores, que incluem a traqueia, os brônquios e os pulmões.
Veja a figura a seguir.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Elementos do sistema respiratório.
Funcionalmente, o sistema respiratório também é divido em duas partes:
A porção (ou zona) condutora consiste em uma série de cavidades e tubos interconectados
tanto fora quanto dentro dos pulmões. Esses incluem nariz, cavidade nasal, faringe, laringe,
traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Sua função é filtrar, aquecer e
umedecer o ar e conduzi-lo aos pulmões.
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A porção (ou zona) respiratória consiste em uma tubulação e tecidos dentro dos pulmões onde
ocorre a hematose. Essa porção inclui os bronquíolos respiratórios, os dutos alveolares, os
sacos alveolares e os alvéolos que lembram um cacho de uva.
O sistema respiratório:
1
Realiza a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o sangue e o ar.
Participa da fonação emitindo a fala e outras vocalizações, como choro e risada.
2
3
Fornece o sentido do olfato, que é importante nas interações sociais, na seleção de alimentos e
detecção de perigos (como vazamento de gás ou comida estragada).
Atua no equilíbrio ácido-base: ao eliminar o ajuda a controlar o pH dos fluidos corporais.
O excesso de reage com a água e libera íons de hidrogênio. Portanto, se o sistema
respiratório não acompanhar a taxa de produção de , o se acumula e os fluidos
corporais apresentam um pH anormalmente baixo (acidose).
4
CO2
CO2
CO2 H
+
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5
Auxilia a regular a pressão arterial, visto que os pulmões realizam uma etapa na síntese de um
vasoconstritor denominado angiotensina II.
Auxilia na circulação: a respiração cria gradientes de pressão entre o tórax e o abdômen que
promovem o fluxo de linfa e sangue venoso.
6
7
Expulsa conteúdo da cavidade abdominal, das vias digestória e urinária: respirar fundo e
prender a respiração enquanto contrai os músculos abdominais (manobra de Valsalva) ajuda a
expelir o conteúdo abdominal durante a micção, defecação e parto.
ELEMENTOS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES
NARIZ E CAVIDADE NASAL
O nariz é um órgão especializado na entrada do sistema respiratório que consiste em uma
porção externa e uma porção interna dentro do crânio chamada cavidade nasal. O nariz externo
é a porção do nariz visível na face e consiste em uma estrutura de suporte de osso e
cartilagem hialina coberta por músculo e pele. O osso frontal, ossos nasais e maxilas formam a
estrutura óssea do nariz externo.
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A porção cartilaginosa do nariz externo consiste em várias peças de cartilagem hialina
conectadas entre si e certos ossos do crânio revestidos por tecido conjuntivo fibroso. Os
componentes da estrutura cartilaginosa são: a cartilagem septal nasal, que forma a porção
anterior do septo nasal; as cartilagens nasais laterais, inferiores aos ossos nasais; e as
cartilagens alares, que formam a asa do nariz. Já a parte óssea do septo nasal é composta
pelo osso vômer e pelo osso etmoide.
Por consistir em cartilagem hialina flexível, a estrutura cartilaginosa do nariz externo é um tanto
flexível. Na superfície inferior do nariz, existem duas aberturas chamadas de narinas (ou
aberturas nasais anteriores).
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
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 Anatomia do nariz.
O nariz tem várias funções: aquece, limpa e umidifica o ar inalado, detecta odores na corrente
de ar e serve como uma câmara de ressonância que amplifica a voz. Ressonância nesta
situação significa prolongar, amplificar ou modificar um som pela vibração.
A cavidade nasal começa em uma pequena câmara dilatada chamada de vestíbulo nasal, logo
na parte interna de cada narina, limitada pela asa do nariz, e se estende até as aberturas nasais
posteriores (coanas), que comunicam a cavidade nasal com a nasofaringe.
O vestíbulo nasal é revestido por epitélio escamoso estratificado, assim como a pele da face e
por sua vez possui pelos duros, as vibrissas, que bloqueiam partículas grandes transportadas
pelo ar do nariz. A cavidade nasal é dividida em metades direita e esquerda (fossas nasais) por
uma parede de osso e cartilagem hialina, o septo nasal.
O septo tem três componentes: o osso vômer, que forma a parte inferior; a lâmina
perpendicular do osso etmoide, que forma a parte superior; e a cartilagem septal nasal, que
forma a parte anterior do septo.
O teto da cavidade nasal é formado pelos ossos etmoide e esfenoide, e o palato duro forma
seu assoalho. O palato separa a cavidade nasal da cavidade oral e permite que um indivíduo
respire enquanto mastiga os alimentos. A cavidade nasal recebe conteúdo dos seios
paranasais e dos dutos nasolacrimais das órbitas.
A maior parte da cavidade nasal é ocupada por três ossos cobertos por membrana mucosa - as
conchas nasais superior, média e inferior, que se projetam das paredes laterais em direção ao
septo. Na verdade, as conchas nasais superior e média são projeções ósseas do osso etmoide,
enquanto a concha nasal inferior é um osso separado. Antigamente eram conhecidas como
ossos turbinados.
Abaixo de cada concha há uma passagem de ar estreita chamada de meato nasal (superior,médio e inferior). São passagens estreitas, e a turbulência produzida pelas conchas garantem
que a maior parte do ar entre em contato com a membrana mucosa em seu caminho. Ao fazê-
lo, a maior parte da poeira do ar adere ao muco e o ar capta a umidade e o calor da mucosa.
As conchas nasais, portanto, permitem que o nariz purifique, aqueça e umidifique o ar de
maneira mais eficaz do que se o ar tivesse um fluxo desobstruído através de um espaço
cavernoso.
O meato nasal superior situa-se entre a concha nasal superior e a média e recebe conteúdo das
células etmoidais posteriores e o seio esfenoidal. O meato nasal médio está localizado entre a
concha nasal média e a concha nasal inferior e recebe conteúdo das células etmoidais
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anteriores e médias, do seio frontal e do seio maxilar. Já o meato nasal inferior, situado entre a
concha nasal inferior e o palato duro, recebe conteúdo do ducto nasolacrimal. Essas
comunicações explicam as mudanças na voz em casos de sinusites e outras afecções que
geram muco por parte das células epiteliais respiratórias. Veja essas estruturas na figura a
seguir.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Cavidade nasal.
Em relação ao seu revestimento epitelial, a porção superior da cavidade nasal, adjacente ao
teto, é revestida por epitélio olfatório, que garante a detecção de odores graças a células
sensoriais.
O resto da cavidade nasal, exceto o vestíbulo, é revestido por epitélio respiratório (porção
respiratória). Ambos são epitélios colunares pseudoestratificados ciliados. Desse modo, a
cavidade nasal pode ser dividida em três partes:
VESTÍBULO
Revestido por pele e que contém as vibrissas.
REGIÃO RESPIRATÓRIA
Revestida por epitélio respiratório.
à Ó
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PORÇÃO OLFATÓRIA
Revestida por epitélio olfatório.
Veja na figura a seguir.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Porção olfatória da cavidade nasal. Note os filetes nervosos provenientes do nervo
olfatório.
No epitélio olfatório, os cílios são imóveis e servem para detectar moléculas de odor. No
epitélio respiratório, eles são móveis e servem para mover o muco nasal. O epitélio respiratório
possui células caliciformes que secretam muco e células ciliadas que o impulsionam
posteriormente em direção à faringe. A mucosa também contém glândulas mucosas na lâmina
própria (a camada de tecido conjuntivo abaixo do epitélio), que também auxiliam na produção
de muco.
Poeira inalada, pólen, bactérias e outros materiais estranhos aderem ao muco e são engolidos;
eles são digeridos ou passam pelo trato digestivo em vez de contaminar os pulmões. A lâmina
própria também é povoada por linfócitos que montam defesas imunológicas contra patógenos
inalados.
A irrigação do nariz externo é dada principalmente por ramos da artéria facial e oftálmica. A
inervação cutânea vem dos nervos oftálmico e maxilar, ramos do nervo trigêmeo (quinto par de
nervo craniano).
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A irrigação e inervação da cavidade nasal é mais complexa. A irrigação provém de ramos da
artéria carótida interna e da carótida externa. Os ramos da carótida externa (proveniente da
artéria maxilar) que auxiliam na irrigação da cavidade nasal são:
 Artéria esfenopalatina
 Artéria palatina maior
 Artéria labial superior
 Artéria nasal lateral
Já os ramos que se originam da carótida interna são:
 Artéria etmoidal anterior
 Artéria etmoidal posterior
Com exceção da artéria nasal lateral, as demais formam um verdadeiro plexo vascular no septo
nasal conhecido como plexo de Kiesselbach (ou área de Little). Essa rede vascular é
frequentemente a causa de sangramentos nasais (epistaxes). Veja na figura seguinte:
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 O plexo de Kiesselbach.
A drenagem venosa do nariz externo segue as artérias. Algumas veias drenam para a veia
facial, plexo pterigoideo e veia oftálmica. Em alguns indivíduos, podemos encontrar uma veia
que sai da cavidade nasal em direção ao seio sagital superior, pelo forame cego no osso
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frontal. Trata-se de uma veia emissária que permite a passagem de infecções da cavidade
nasal para a cavidade craniana.
Vimos anteriormente que a cavidade nasal pode ser dividida em três porções: o vestíbulo, a
porção olfatória e a porção respiratória. A porção olfatória recebe ramos do nervo olfatório
(primeiro par de nervo craniano) para a olfação. As três porções recebem ramos do nervo
oftálmico e maxilar que suprem sensitivamente a cavidade nasal.
A inervação secretomotora das glândulas mucosas nas cavidades nasais e seios paranasais é
feita por fibras parassimpáticas do nervo facial, que se juntam a ramos do nervo maxilar na
fossa pterigopalatina.
 ATENÇÃO
Um septo desviado é aquele que não corre ao longo da linha média da cavidade nasal. Esse
desvio de septo pode bloquear o fluxo de ar para o lado estreito do nariz, dificultando a
respiração por essa metade da cavidade nasal. O desvio, geralmente, ocorre na junção do osso
vômer com a cartilagem septal. Desvios septais também podem ocorrer devido a
anormalidades de desenvolvimento. Se o desvio for grave, pode bloquear totalmente a
passagem nasal. Se ocorrer inflamação, pode causar congestão nasal, bloqueio das aberturas
dos seios paranasais, sinusite crônica, dor de cabeça e sangramento nasal. A condição
geralmente pode ser corrigida ou melhorada cirurgicamente.
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Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Um septo desviado comparado com um septo alinhado.
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SEIOS PARANASAIS
São cavidades encontradas no interior dos ossos maxilares, frontais, esfenoide e etmoide. A
inflamação dos seios paranasais é chamada de sinusite.
Suas paredes estão compostas por osso compacto e são revestidas por um muco periósteo
contínuo com a mucosa respiratória da cavidade nasal, sendo o epitélio similar ao epitélio
pseudoestratificado cilíndrico ciliado (epitélio respiratório). Desse modo, produzem muco que é
drenado para a cavidade nasal. Devido a essa comunicação, resfriados podem se tornar
sinusites e vice-versa, além de permitir a propagação de demais doenças.
 VOCÊ SABIA
Os seios paranasais são muito pequenos, velados no recém-nascido e só adquirem o tamanho
final na vida adulta, variando intensamente de um indivíduo para outro. Os seios paranasais
diminuem o peso dos ossos do crânio e possuem papel na fonação.
Durante a infância, devido a um grande desenvolvimento do crânio e da região médio-facial,
ocorre aumento considerável do tamanho dos seios paranasais ao redor da cavidade orbitária.
Próximo dos 15 anos de idade, o seio etmoidal já estará totalmente desenvolvido; o seio
maxilar atinge sua plenitude com a erupção dentária. O seio frontal inicia seu desenvolvimento
aos 2 anos de idade e sua pneumatização a partir da migração de uma célula etmoidal para o
osso frontal, por volta dos 6 anos de idade.
Todos os seios paranasais comunicam-se com a cavidade nasal pelos seus óstios de
drenagem. Apesar do seu desenvolvimento definitivo só ser alcançado depois dos 15 anos de
idade, a sinusite frontal pode aparecer a partir dos 7 ou 8 anos de vida.
SEIO MAXILAR
É o maior dos seios paranasais. Situa-se no corpo dos ossos maxilares. Seu formato lembra
uma pirâmide, cujo ápice é o processo zigomático da maxila. Seu teto é formado pelo assoalho
da órbita e seu assoalho é o processo alveolarda maxila. No seu interior, podem ser
observadas elevações que correspondem aos primeiros e segundos dentes molares. Essa
relação é importante, pois alguns casos de sinusite que afetam esse seio podem refletir em dor
de dente. Como já visto, o seio maxilar drena para o meato nasal médio.
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SEIO FRONTAL
É encontrado nos ossos frontais, dividido do seio contralateral por um septo ósseo. O seio
frontal varia bastante e possui frequentemente tamanhos diferentes entre os lados. Pode
invadir a órbita, assim como a fossa anterior do crânio. O seio frontal se abre no meato médio
diretamente ou pelo ducto frontonasal.
SEIO ETMOIDAL
O seio etmoidal, na verdade, compreende pequenas, mas numerosas cavidades no osso
etmoide, entre a órbita e a cavidade nasal. Essas cavidades são chamadas coletivamente de
células etmoidais. Podem ser classificadas em grupos anterior, médio e posterior. As células
posteriores drenam para o meato superior, enquanto as células anteriores e médias drenam
para o meato nasal médio.
SEIO ESFENOIDAL
Está situado no corpo do osso esfenoide e possui tamanho variável. Pode se estender até o
osso occipital. Drena para o recesso esfenoetmoidal no meato nasal superior. Ele é dividido no
centro por um septo ósseo. Sua parede anterior é formada por pequenas lâminas finas e
curvadas. Superiormente ao seio esfenoidal encontram-se o quiasma óptico, os nervos ópticos
e a hipófise, sendo uma via de acesso para a retirada dessa glândula.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Seios paranasais.
 FARINGE
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A faringe pode ser considerada um túnel musculofascial que liga as cavidades oral e nasal na
cabeça até a laringe e o esôfago no pescoço. A cavidade faríngea é uma via comum para o ar e
os alimentos, portanto, uma porta de comunicação entre os sistemas respiratório e digestório.
A faringe se fixa na base do crânio, superiormente, e é contínua abaixo, aproximadamente ao
nível da sexta vértebra cervical, com a parte superior do esôfago. As paredes da faringe são
abertas anteriormente para a cavidade nasal, cavidade oral e laringe. Com base nessas
relações, a faringe é subdividida em três regiões: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Anatomia de parte da cavidade nasal, dos seios paranasais e as divisões da faringe.
As aberturas nasais posteriores para a nasofaringe são denominadas coanas, enquanto a
abertura da cavidade oral para a orofaringe é denominada istmo das fauces e a abertura da
laringe para a laringofaringe é chamada de ádito da laringe.
Além dessas aberturas, a cavidade faríngea está relacionada anteriormente ao terço posterior
da língua e à face posterior da laringe. As tubas auditivas se abrem nas paredes laterais da
nasofaringe e as tonsilas linguais, faríngeas e palatinas estão situadas na superfície profunda
das paredes faríngeas. Uma relação bastante importante da faringe é com a coluna vertebral:
está separada posteriormente dessa pelo espaço retrofaríngeo, que contém tecido conjuntivo
frouxo.
A parede faríngea é formada por músculos e por fáscia. Os intervalos entre os músculos são
reforçados pelas fáscias. Os músculos da faringe podem ser divididos em dois grupos de
acordo com a orientação das suas fibras: constritores e longitudinais.
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Músculos constritores da faringe
Os três músculos constritores de cada lado são os principais contribuintes para a estrutura da
parede faríngea e seus nomes indicam sua posição: músculos constritores superior, médio e
inferior.
Posteriormente, os músculos de cada lado se fixam na rafe faríngea. Anteriormente, esses
músculos se prendem aos ossos e ligamentos relacionados às margens laterais das cavidades
nasal e oral e da laringe.
Os músculos constritores se sobrepõem, de modo que o constritor médio cobre a parte inferior
do constritor superior e o constritor inferior cobre a parte inferior do constritor médio.
Coletivamente, os músculos contraem ou estreitam a cavidade faríngea. Quando os músculos
constritores se contraem sequencialmente, ou seja, de cima para baixo (durante a deglutição),
eles movem o bolo de alimento para o esôfago.
 Músculo constritor superior da faringe
 Músculo constritor médio da faringe
 Músculo constritor inferior da faringe
Músculos longitudinais da faringe
Também são em número de três. São nomeados de acordo com suas origens. Esses músculos
se dirigem à parede da faringe e a elevam. Durante a deglutição, puxam a parede faríngea para
cima e auxiliam na movimentação do bolo alimentar através da faringe para o esôfago.
 Músculo estilofaríngeo
 Músculo salpingofaríngeo
 Músculo palatofaríngeo
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Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Músculos faríngeos.
PORÇÕES DA FARINGE
 NASOFARINGE
A nasofaringe fica posterior às coanas e ao palato mole. Recebe as tubas auditivas (de
Eustáquio) do ouvido médio e aloja a tonsila faríngea. O ar inalado gira 90° para baixo ao
passar pela nasofaringe. Partículas relativamente grandes (>10μm) geralmente não
conseguem fazer a curva por causa de sua inércia. Elas colidem com a parede posterior da
nasofaringe e aderem à mucosa próxima à tonsila tubária, que está posicionada para responder
aos patógenos transportados pelo ar.
 ATENÇÃO
O aumento da tonsila faríngea, também conhecido como adenoide, pode ocluir a nasofaringe
de forma que a respiração só seja possível pela cavidade oral. Sendo assim, a adenoide é
removida cirurgicamente.
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Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Uma adenoide aumentada.
 OROFARINGE
A orofaringe é um espaço posterior à raiz da língua. Ele se estende da ponta inferior do palato
mole até a ponta superior da epiglote. Sua borda anterior é formada pela base da língua e pelo
istmo das fauces, a abertura da cavidade oral na faringe. Na parte faríngea da língua, grandes
coleções de tecido linfoide (as tonsilas linguais) podem ser encontradas.
Nas paredes laterais da orofaringe estão os arcos ou pregas palatoglosso e palatofaríngeo, e
as tonsilas palatinas situam-se entre eles. O arco palatoglosso é uma prega de membrana
mucosa que cobre o músculo palatoglosso. O intervalo entre os dois arcos palatoglossais é
denominado istmo das fauces e marca o limite entre a cavidade oral e a orofaringe, como já
vimos. O arco palatofaríngeo é uma prega de membrana mucosa que recobre o músculo
palatofaríngeo.
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Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski.
 Orofaringe.
Ao conter líquido ou sólidos na cavidade oral, o istmo das fauces é fechado pela depressão do
palato mole, elevação da parte posterior da língua, em um movimento em direção à linha média
das pregas palatoglossal e palatofaríngea. Isso permite que uma pessoa respire enquanto
mastiga ou manipula o material na cavidade oral.
Na deglutição, o istmo das fauces é aberto, o palato é elevado, a cavidade laríngea é fechada e
o alimento ou líquido é direcionado para o esôfago. Uma pessoa não pode respirar e engolir ao
mesmo tempo porque as vias aéreas estão fechadas em dois locais, o istmo da faringe e a
laringe.
 LARINGOFARINGE
A laringofaringe se estende da margem superior da epiglote até a porção superior do esôfago
na altura da sexta vértebra cervical. A entrada da laringe se abre na parede anterior da
laringofaringe, portanto, a parede anterior da laringofaringe consiste na face posterior da
laringe. Na laringofaringe, há um par de recessosmucosos (fossas piriformes) entre a parte
central da laringe e a porção posterolateral das lâminas da cartilagem tireoide. As fossas
piriformes formam canais que direcionam sólidos e líquidos da cavidade oral ao redor da
abertura laríngea elevada e para o esôfago.
 VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
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A faringe é suprida por inúmeros vasos. A porção superior é suprida por ramos da carótida
externa. Já a porção inferior é suprida por ramos da artéria subclávia.
As veias que drenam a faringe formam um plexo venoso faríngeo ao redor da parede. Esse
plexo drena superiormente para o plexo pterigoideo, na fossa infratemporal e inferiormente
para a veia facial e veia jugular interna.
Os vasos linfáticos da faringe drenam para os linfonodos cervicais profundos, assim como
linfonodos retrofaríngeos, paratraqueais e infra-hióideos.
A inervação motora e sensorial (exceto para a região nasal) da faringe é fornecida por ramos
dos nervos vago e glossofaríngeo, que formam um plexo na fáscia externa da parede faríngea.
Os ramos faríngeos provenientes do vago surgem do gânglio cervical inferior e inervam toda a
musculatura da faringe, com exceção do músculo estilofaríngeo, que recebe um ramo do
glossofaríngeo.
A inervação sensitiva é diferente de acordo com a porção estudada. A nasofaringe recebe
fibras de um ramo faríngeo do nervo maxilar. A orofaringe é inervada sensitivamente pelo
glossofaríngeo, ao emitir ramos para o plexo faríngeo. E a laringofaringe é suprida pelo nervo
vago.
 LARINGE
A laringe, além de participar do sistema respiratório ao conduzir ar, é o principal órgão da
fonação. A cavidade da laringe é contínua abaixo com a traqueia e acima se abre na faringe
imediatamente posterior e ligeiramente inferior à língua e à abertura posterior (istmo das
fauces) da cavidade oral.
A estrutura da laringe consiste em nove cartilagens. As três primeiras são ímpares e grandes. A
mais superior, a cartilagem epiglótica, é uma placa cartilaginosa em forma de folha. A maior, a
cartilagem tireoide, tem esse nome devido ao seu formato semelhante a um escudo. Ela cobre
amplamente os aspectos anterior e lateral da laringe.
O pomo de Adão é uma projeção anterior da cartilagem tireoide chamada proeminência
laríngea. A testosterona estimula o crescimento dessa proeminência, que, portanto, é maior
nos homens do que nas mulheres. Inferior à cartilagem tireoide encontra-se a cartilagem
cricoide, semelhante a um anel.
As cartilagens restantes são menores e ocorrem em três pares. Posteriormente à cartilagem
tireoide estão as duas cartilagens aritenoides e, anexadas às suas extremidades superiores,
está um par de pequenos chifres, as cartilagens corniculadas (elástica e de ocorrência
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variável). As cartilagens aritenoide e corniculada funcionam na fala. Um par de cartilagens
cuneiformes suporta os tecidos moles entre as aritenoides e a epiglote.
Na cartilagem aritenoide, o processo vocal e o processo muscular servem de ponto de fixação,
respectivamente, do músculo e ligamento vocal e do músculo vocal.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Anatomia da laringe.
Um grupo de ligamentos fibrosos une as cartilagens da laringe e forma um sistema de
suspensão para as vias aéreas superiores. O ligamento tireo-hióideo conecta a laringe ao osso
hioide acima dela e, abaixo, o ligamento cricotraqueal mantém fixa a traqueia à cartilagem
cricoide. Eles são chamados coletivamente de ligamentos extrínsecos porque ligam a laringe a
esses outros órgãos. Os ligamentos intrínsecos estão contidos inteiramente na laringe e ligam
suas nove cartilagens umas às outras. Um deles é o ligamento cricotireóideo, que une as
cartilagens homônimas.
 ATENÇÃO
Em emergências, quando a via aérea está bloqueada acima do nível das pregas vocais, o
ligamento cricotireóideo mediano pode ser perfurado (cricotireoidotomia) para estabelecer
uma via aérea. Exceto por pequenos vasos e a presença ocasional de um lobo piramidal da
glândula tireoide, normalmente, existem poucas estruturas entre o ligamento cricotireóideo
mediano e a pele. Este procedimento é chamado de cricotireoidotomia.
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Os músculos intrínsecos profundos atuam nas cordas vocais e os músculos extrínsecos
superficiais conectam a laringe ao osso hioide e elevam a laringe durante a deglutição. Os
músculos extrínsecos são chamados de músculos supra e infra-hióideos, de acordo com a
relação deles com o osso hioide.
Na cavidade da laringe, existem dois ligamentos vestibulares fibrosos que se estendem
formando a letra “V” a partir do ponto médio da cartilagem tireoide na frente para duas
pequenas cartilagens posteriormente. Eles suportam as pregas vestibulares, que fecham a
laringe durante a deglutição para proteger contra asfixia.
Inferiores e paralelos a esses estão os ligamentos vocais, que sustentam as cordas vocais
(pregas vocais). As cordas vocais e a abertura entre elas são chamadas coletivamente de
glote. As cordas vocais são cobertas por epitélio escamoso estratificado, mais adequado para
suportar a vibração e o contato entre as cordas que ocorrem durante a fala.
Os músculos intrínsecos controlam as cordas vocais puxando as cartilagens corniculada e
aritenoide, fazendo com que as cartilagens girem. Dependendo de sua direção de rotação, as
cartilagens aritenoides abduzem ou aduzem as cordas vocais. O ar forçado entre as cordas
vocais aduzidas provoca uma vibração que produz um som agudo quando as cordas estão
relativamente tensas e um som mais grave quando elas estão mais relaxadas.
Nos homens adultos, as cordas vocais são mais longas e grossas, vibram mais lentamente e
produzem sons mais graves do que nas mulheres. A intensidade é determinada pela força do ar
que passa entre as cordas vocais. Embora as cordas vocais produzam a maioria dos sons, elas
não produzem fala inteligível. Os sons grosseiros provenientes da laringe podem ser
comparados ao chamado de um pato. Esses sons são formados em palavras por ações da
faringe, cavidade oral, língua e lábios.
 VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
A laringe é suprida majoritariamente pelas artérias laríngeas superior e inferior:
Artéria laríngea superior
Surge da artéria tireoidea superior, proveniente da artéria carótida externa.

Artéria laríngea inferior
É um ramo da artéria tireoidea inferior, proveniente do tronco tireocervical da artéria subclávia.
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A drenagem venosa é dada pelas veias laríngeas superior e inferior. A veia laríngea superior
drena para a jugular interna, enquanto a veia laríngea inferior drena para a veia braquiocefálica
esquerda.
Os vasos linfáticos acima das pregas vocais levam linfa para os linfonodos cervicais
profundos. Já aqueles localizados abaixo das pregas vocais levam linfa para linfonodos
situados na frente do ligamento cricotireóideo e da traqueia.
A inervação sensitiva e motora da laringe é dada por ramos laríngeos do nervo vago. Um
desses nervos, o nervo laríngeo recorrente, devido à sua localização profunda, pode ser
lesionado durante cirurgias no pescoço, principalmente em tireoidectomias. A lesão no nervo
laríngeo recorrente causa paralisia de um dos músculos da laringe, causando dificuldade na
fala, rouquidão na voz ou perda total da voz, assim como dispneia durante atividades físicas,
esse músculo é o cricoaritenoide posterior.
 ATENÇÃO
Ao conjunto de aglomerados de tecido linfoide localizados na cavidade oral composto pelas
tonsilas faríngea, palatina e lingual, denomina-se anel linfático de Waldeyer. Este anel apresenta
uma rica comunicação da vasos linfáticos entre as tonsilas protegendo a entrada dos sistemas
digestório e respiratório e constituindo um sistemade defesa do organismo contra agentes
nocivos do meio externo. O sistema linfoide é muito desenvolvido na criança e há quem diga
que se atrofia com a idade. Nas infecções da faringe em crianças, as tonsilas podem aumentar
muito de volume, causando obstrução parcial ou total dos orifícios. Neste caso, as adenoides
podem dificultar a respiração nasal por obstrução das coanas e a tonsila tubária pode impedir
a drenagem da tuba, facilitando a instalação de otite média.

CONCEITOS GERAIS DA ANATOMIA DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO E AS VIAS AÉREAS
SUPERIORES
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O especialista Silvio Rodrigues Marques Neto faz um breve resumo do módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL DAS FUNÇÕES A SEGUIR NÃO FAZ PARTE DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO?
A) Hematose
B) Fonação
C) Olfato
D) Expulsão de conteúdo da cavidade abdominal de via digestória e urinária.
E) Eliminação de gradientes de pressão entre o tórax e o abdômen.
2. SABEMOS QUE O AR INSPIRADO PASSA INICIALMENTE PELAS NARINAS E
CAVIDADES NASAIS. NESSE LOCAL ENCONTRAMOS PELOS (VIBRISSAS ) E
MUCO QUE ATUAM, EXCETO:
A) Retirando impurezas do ar, como poeira.
B) Adaptando a temperatura corporal e umedecendo o ar.
C) Auxiliando no processo de hematose.
D) Atuando como barreira mecânica à entrada de micro-organismos (insetos).
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E) Retirando impurezas do ar, como agentes patogênicos.
GABARITO
1. Qual das funções a seguir não faz parte do sistema respiratório?
A alternativa "E " está correta.
 
O sistema respiratório apresenta diversas funções, dentre elas, cria gradientes de pressão entre
o tórax e o abdômen que promovem o fluxo de linfa, retorno venoso do abdome para tórax –
auxiliando os sistemas cardiovascular, digestório e urinário.
2. Sabemos que o ar inspirado passa inicialmente pelas narinas e cavidades nasais. Nesse
local encontramos pelos (vibrissas ) e muco que atuam, exceto:
A alternativa "C " está correta.
 
O processo de hematose é um evento fisiológico de troca gasosa ( ) entre
diferenças de pressões na inspiração-expiração.
MÓDULO 2
 Reconhecer os elementos que compõem as vias aéreas inferiores e a respiração
ELEMENTOS DAS VIAS AÉREAS INFERIORES
TRAQUEIA
A traqueia é um tubo de cerca de 9-15cm de comprimento, 2,5cm de diâmetro interno proximal
e 1,5cm distalmente. Situada anteriormente ao esôfago, é formada por 16 a 20 anéis de
O2  −   CO2
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cartilagem hialina em formato de C, alguns dos quais são palpáveis entre a laringe e o esterno.
Os anéis de cartilagem reforçam a traqueia e evitam que ela entre em colapso quando o ar é
inalado. A parte aberta do C fica voltada posteriormente e permite espaço para o esôfago se
expandir conforme o alimento engolido passa. Esse espaço é ocupado por tecido muscular liso
denominado músculo traqueal.
A contração ou relaxamento desse músculo estreita ou alarga a traqueia para ajustar o fluxo de
ar para as condições de repouso ou exercício. A camada mais externa da traqueia, chamada de
adventícia, é um tecido conjuntivo fibroso que se funde com a adventícia de outros órgãos do
mediastino.
O revestimento interno da traqueia é dado por um epitélio colunar pseudoestratificado
composto principalmente de células caliciformes secretoras de muco e células ciliadas.
O muco aprisiona as partículas inaladas e a batida ascendente dos cílios leva o muco
carregado de detritos em direção à faringe, onde é engolido. Este mecanismo de remoção de
detritos é denominado escada rolante mucociliar. O tecido conjuntivo abaixo do epitélio
traqueal contém nódulos linfáticos, glândulas serosas e mucosas e as cartilagens traqueais.
Ao nível do ângulo esternal (de Louis) e da margem superior da quinta vértebra torácica, a
traqueia bifurca-se nos brônquios direito e esquerdo. A cartilagem traqueal mais inferior possui
uma crista mediana interna chamada carina, que direciona o fluxo de ar para a direita e a
esquerda.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Pulmão e traqueia.
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Várias condições podem bloquear o fluxo de ar obstruindo a traqueia: os anéis de cartilagem
que sustentam a traqueia podem ser esmagados acidentalmente; a membrana mucosa pode
ficar inflamada e inchar tanto que sua luz é obstruída; o excesso de muco secretado por
membranas inflamadas pode obstruir as passagens respiratórias inferiores; um grande objeto
pode ser inalado; ou um tumor cancerígeno pode se projetar para as vias respiratórias.
Dois métodos são usados para restabelecer o fluxo de ar após uma obstrução traqueal:
 
Imagem: Shutterstock.com
TRAQUEOTOMIA
Se a obstrução estiver acima do nível da laringe, uma traqueotomia pode ser realizada. Nesse
procedimento, uma incisão na pele é seguida por uma curta incisão longitudinal na traqueia
abaixo da cartilagem cricoide. Um tubo traqueal é então inserido para criar uma passagem de
ar de emergência.
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Imagem: Shutterstock.com
INTUBAÇÃO
Um tubo é inserido pela boca ou nariz e passado inferiormente pela laringe e traqueia. A parede
firme do tubo afasta qualquer obstrução flexível e o lúmen do tubo fornece uma passagem para
o ar; qualquer muco que obstrua a traqueia pode ser aspirado pelo tubo.
BRÔNQUIOS
A partir do momento em que a traqueia se bifurca, ao nível da quinta vértebra torácica, ela gera
um brônquio principal direito e um brônquio principal esquerdo.
O brônquio principal direito mede cerca de 2 a 3cm de comprimento e é um pouco mais largo e
vertical do que o esquerdo; consequentemente, os corpos estranhos inalados se alojam mais
frequentemente no brônquio principal direito do que no esquerdo. A intubação seletiva pode
ocorrer devido à anatomia.
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Pouco antes de entrar no pulmão, o brônquio principal direito emite um brônquio lobar superior.
Os brônquios principais e lobares entram no hilo pulmonar juntos. O brônquio lobar superior se
projeta no lobo superior do pulmão, e o brônquio principal continua um pouco mais adiante e se
ramifica nos brônquios lobares médio e inferior para os dois lobos inferiores do pulmão.
O brônquio principal esquerdo tem cerca de 5cm de comprimento e é mais estreito e mais
horizontal do que o direito. Ele entra no hilo do pulmão esquerdo antes de se ramificar e, em
seguida, emite os brônquios lobares superior e inferior para os dois lobos desse pulmão. Em
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ambos os pulmões, cada brônquio lobar ramifica-se em brônquios segmentares. Cada um
deles ventila uma unidade funcionalmente independente de tecido pulmonar, chamada de
segmento broncopulmonar. Existem dez destes no pulmão direito e oito no esquerdo.
Os brônquios principais são formados, assim como a traqueia, por cartilagens hialinas em
forma de C. Todos os brônquios são revestidos por um epitélio colunar pseudoestratificado
ciliado, mas as células ficam mais curtas e o epitélio mais fino à medida que vai se
ramificando. A lâmina própria abaixo do epitélio possui glândulas mucosas e agregados de
tecido linfoide (tecido linfático associado à mucosa, os MALTs (do inglês, mucosa-associated
lymphoid tissue.) ), que respondem aos potenciais patógenos inalados.
Todas as divisões da árvore brônquica possuem uma quantidade substancial de tecido
conjuntivo elástico, que contribui para o recuo que expele o ar dos pulmões em cada ciclo
respiratório. A mucosa também tem uma camada bem desenvolvida de músculo liso, a
muscular da mucosa, que regula o diâmetro das vias aéreas e o fluxo de ar.
PULMÃO E PLEURA
Os pulmões sãoórgãos pareados em forma de cone na cavidade torácica. Eles são separados
um do outro pelo coração e por outras estruturas do mediastino, que dividem a cavidade
torácica em duas câmaras anatomicamente distintas. Como resultado, se o trauma causar o
colapso de um pulmão, o outro pode permanecer expandido.
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Imagem: John Pierce/wikimedia commons/Domínio público.
Cada pulmão é envelopado e protegido por uma membrana serosa de dupla camada chamada
de pleura. A camada superficial, denominada pleura parietal, reveste a parede da cavidade
torácica; a camada profunda, a pleura visceral, cobre o parênquima pulmonar. Entre a pleura
visceral e parietal existe um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém uma pequena
quantidade de fluido lubrificante secretado pelas membranas. A pleura parietal apresenta
algumas reflexões como as partes diafragmática, costal, mediastinal e cervical.
O líquido pleural reduz o atrito entre as membranas, permitindo que deslizem facilmente uma
sobre a outra durante a respiração. O líquido pleural também auxilia na aderência entre as
lâminas. Cavidades pleurais separadas circundam os pulmões direito e esquerdo. Nos estágios
iniciais, a inflamação da membrana pleural, chamada de pleurite, pode causar dor, devido ao
atrito entre as camadas parietal e visceral da pleura. Se a inflamação persistir, o excesso de
líquido se acumula no espaço pleural, uma condição conhecida como derrame pleural. Durante
o derrame pleural, na posição de pé, o recesso costodiafragmático pode acumular líquido
devido à ação da gravidade, o que pode ser observado em exames de imagem como raios X ou
tomografia computadorizada.
 ATENÇÃO
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A remoção do líquido excessivo na cavidade pleural pode ser realizada sem lesar o tecido
pulmonar, inserindo uma agulha anteriormente no sétimo espaço intercostal, um procedimento
denominado toracocentese. A agulha é passada ao longo da borda superior da costela inferior
para evitar danos aos nervos intercostais e aos vasos sanguíneos. Abaixo do sétimo espaço
intercostal corre-se o risco de penetração no diafragma.
Os pulmões se estendem desde o diafragma até ligeiramente acima das clavículas e repousam
contra as costelas anterior e posterior. A base do pulmão é larga e está situada inferiormente,
além disso, é côncava e se encaixa na superfície convexa do diafragma.
O ápice do pulmão é estreito, quase piramidal ou cônico, e está situado superiormente. A
superfície do pulmão encostada às costelas, a superfície costal, corresponde à curvatura
arredondada das costelas. A superfície mediastinal (medial) de cada pulmão contém uma
região, o hilo, pela qual brônquios, vasos sanguíneos pulmonares, vasos linfáticos e nervos
entram e saem. Essas estruturas são mantidas juntas pela pleura e pelo tecido conjuntivo e
constituem a raiz do pulmão.
Medialmente, o pulmão esquerdo contém uma concavidade, a incisura cardíaca, na qual se
encontra o ápice do coração. Devido ao espaço ocupado pelo coração, o pulmão esquerdo é
cerca de 10% menor que o direito. Embora o pulmão direito seja mais espesso e largo, também
é um pouco mais curto que o esquerdo, porque o diafragma é mais alto no lado direito,
acomodando o fígado que fica abaixo dele.
Os pulmões ocupam a maior parte da cavidade torácica. O ápice dos pulmões fica superior ao
terço medial das clavículas e é a única área deles que pode ser palpada. As superfícies anterior,
lateral e posterior dos pulmões encontram-se contra as costelas. A base dos pulmões se
estende desde a sexta cartilagem costal anteriormente até o processo espinhoso da décima
vértebra torácica, posteriormente.
A pleura se estende cerca de 5cm abaixo da base, da sexta cartilagem costal anteriormente à
décima segunda costela posteriormente. Assim, os pulmões não preenchem completamente a
cavidade pleural nessa área.
Ambos os pulmões têm uma fissura oblíqua, que se estende inferior e anteriormente; o pulmão
direito também tem uma fissura horizontal. A fissura oblíqua no pulmão esquerdo separa o
lobo superior do inferior. No pulmão direito, a parte superior da fissura oblíqua separa o lobo
superior do inferior; a parte inferior da fissura oblíqua separa o lobo inferior do lobo médio, que
é limitado superiormente pela fissura horizontal.
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Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Diagrama dos pulmões. Note a presença das fissuras dividindo os lobos pulmonares.
Os pulmões recebem sangue por meio de dois conjuntos de artérias: artérias pulmonares e
artérias brônquicas:
ARTÉRIAS PULMONARES
ARTÉRIAS BRÔNQUICAS
O sangue desoxigenado passa pelo tronco pulmonar, que se divide em uma artéria pulmonar
esquerda que entra no pulmão esquerdo e uma artéria pulmonar direita que entra no pulmão
direito. O retorno de sangue oxigenado para o coração ocorre por meio das quatro veias
pulmonares, que drenam para o átrio esquerdo.
Uma característica única dos vasos sanguíneos pulmonares é sua constrição em resposta à
hipóxia (baixo nível de ). Em todos os outros tecidos do corpo, a hipóxia causa dilatação dos
vasos sanguíneos para aumentar o fluxo sanguíneo. Nos pulmões, entretanto, a vasoconstrição
em resposta à hipóxia desvia o sangue pulmonar de áreas mal ventiladas dos pulmões para
regiões bem ventiladas para uma troca gasosa mais eficiente. Esse fenômeno é conhecido
como relação ventilação-perfusão porque a perfusão (fluxo sanguíneo) para cada área dos
pulmões corresponde à extensão da ventilação (fluxo de ar) para os alvéolos nessa área.
Ramificam-se da aorta, transportam sangue oxigenado para os pulmões. Esse sangue
perfunde, principalmente, as paredes musculares dos brônquios e bronquíolos. No entanto,
existem conexões entre ramos das artérias brônquicas e ramos das artérias pulmonares; a
O2
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maior parte do sangue retorna ao coração pelas veias pulmonares. Parte do sangue drena para
as veias brônquicas, ramos do sistema ázigo e retorna ao coração pela veia cava superior.
A inervação dos pulmões é dada pelos plexos pulmonares formado por ramos do nervo vago
(fibras parassimpáticas pré-ganglionares) e ramos dos troncos simpáticos (fibras simpáticas
pós-ganglionares). Essa inervação atua no músculo liso do órgão. O nervo vago é responsável
também pela inervação sensitiva dos pulmões.
BRONQUÍOLOS, DUCTOS ALVEOLARES E ALVÉOLOS
Os bronquíolos são continuações das vias aéreas que não possuem cartilagem e têm 1mm ou
menos de diâmetro. A porção do pulmão ventilada por um bronquíolo é chamada de lóbulo
pulmonar.
O epitélio dos bronquíolos começa como colunar pseudoestratificado ciliado nas passagens
maiores e mais proximais. À medida que o bronquíolo se ramifica, ele fica mais fino e se
transforma em epitélio colunar simples e, finalmente, em epitélio cúbico simples. Os
bronquíolos não têm glândulas mucosas e células caliciformes, mas são ciliados.
É importante que os cílios continuem mais profundamente nas vias aéreas do que as glândulas
mucosas e as células caliciformes. Essa conformação garante que o muco drenado
distalmente ainda possa ser capturado pelos cílios em movimento e eliminado das vias aéreas.
Além do epitélio, a mucosa dos bronquíolos consiste principalmente de músculo liso.
Cada bronquíolo se divide em 50 a 80 bronquíolos terminais, os ramos finais da divisão
condutora; existem cerca de 65.000 deles em cada pulmão. Eles medem 0,5mm ou menos de
diâmetro. Cada bronquíolo terminal emite dois ou mais bronquíolos respiratórios menores, que
possuem alvéolos em suas paredes. Nesses bronquíolos terminais, a cartilagem é substituída
por músculo liso com arranjo de porta pantográfica.
Os bronquíolos respiratórios são o inícioda divisão respiratória. Suas paredes têm músculos
lisos escassos, e os menores deles são não ciliados. Cada bronquíolo respiratório se divide em
duas a dez passagens alongadas de paredes finas chamadas ductos alveolares, que também
possuem alvéolos ao longo de suas paredes.
Os ductos alveolares e divisões menores têm epitélios escamosos simples não ciliados. Os
ductos terminam em sacos alveolares, que são aglomerados de alvéolos dispostos em torno
de um espaço central denominado átrio. Como o ar na divisão condutora do trato respiratório
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não pode trocar gases com o sangue, o lúmen da divisão condutora é chamado de espaço
morto anatômico.
Em um estado de relaxamento, as fibras nervosas parassimpáticas (do nervo vago) estimulam
a musculatura da mucosa e mantêm as vias aéreas parcialmente contraídas. Isso minimiza o
espaço morto para que uma porcentagem maior do ar inspirado vá para os alvéolos, onde
podem oxigenar o sangue. Durante atividades físicas, os ramos provenientes do Sistema
Nervoso Simpático estimulam o relaxamento do músculo liso que, por sua vez, dilatam as vias
aéreas.
Embora isso aumente o espaço morto, também permite que o ar flua mais fácil e rapidamente,
de modo que os alvéolos sejam melhor ventilados em proporção às demandas do exercício. O
aumento do fluxo de ar mais do que compensa o aumento do espaço morto. Os bronquíolos
exercem o maior controle sobre o fluxo de ar por duas razões:
 Eles são os componentes mais numerosos da divisão de condução.
 Com seu músculo liso bem desenvolvido e falta de cartilagem restritiva, eles podem alterar o
diâmetro mais do que as passagens de ar maiores.
O estreitamento dos bronquíolos é denominado broncoconstrição e o alargamento é
denominado broncodilatação. Os pulmões recebem sangue das artérias pulmonares e
brônquicas. Ramos da artéria pulmonar seguem a árvore brônquica em seu caminho para os
capilares que circundam os alvéolos, onde ocorre a troca gasosa. Ramos das artérias
brônquicas suprem os brônquios, bronquíolos e alguns outros tecidos pulmonares; eles não se
estendem aos alvéolos.
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Imagem: Shutterstock.com
Um alvéolo é uma bolsa externa revestida por epitélio escamoso simples sustentada por uma
fina membrana basal elástica; um saco alveolar consiste em dois ou mais alvéolos que
compartilham uma abertura comum. As paredes dos alvéolos consistem em dois tipos de
células epiteliais alveolares. As células alveolares tipo I mais numerosas (epiteliais pulmonares
escamosas) são células epiteliais escamosas simples que formam um revestimento quase
contínuo da parede alveolar.
As células alveolares do tipo II, também chamadas de células septais, são em menor número e
encontram-se entre as células alveolares do tipo I. As células alveolares finas do tipo I são os
principais locais de troca gasosa. As células alveolares do tipo II, células epiteliais
arredondadas ou cuboidais com superfícies livres, contêm microvilosidades que secretam
fluido alveolar, auxiliando a manter a umidade da superfície entre as células e o ar.
No fluido alveolar, está o surfactante, uma mistura complexa de fosfolipídios e lipoproteínas. O
surfactante diminui a tensão superficial do fluido alveolar, o que reduz a tendência dos alvéolos
ao colapso e, portanto, mantém sua permeabilidade.
Associados à parede alveolar estão macrófagos alveolares, que removem partículas finas de
poeira e outros detritos dos espaços alveolares. Também estão presentes fibroblastos que
produzem fibras reticulares e elásticas.
Subjacente à camada de células alveolares do tipo I está uma membrana basal elástica. Na
superfície externa dos alvéolos, a arteríola e a vênula do lóbulo se dispersam em uma rede de
capilares sanguíneos que consistem em uma única camada de células endoteliais e membrana
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basal. A troca de e entre os espaços aéreos nos pulmões e o sangue ocorre por
difusão através das paredes alveolar e capilar, que juntas formam a membrana respiratória.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Alvéolo pulmonar e a troca de gases (hematose).
MOVIMENTOS DA RESPIRAÇÃO
A função essencial dos pulmões é oxigenar o sangue. Tal função ocorre em três etapas:
ventilação, difusão e fluxo sanguíneo dos capilares pulmonares.
A ventilação é realizada pelos músculos respiratórios (como, por exemplo, o diafragma e os
intercostais). Apesar de serem esqueléticos, o ato de respirar é controlado por um centro
respiratório no tronco encefálico. Essa atividade pode ser regulada (respirar mais lenta ou
rapidamente) de acordo com nossa vontade, porém, é impossível suprimir esse reflexo de
forma permanente.
O nome que se dá à quantidade de vezes que um indivíduo respira por minuto é frequência
respiratória e, em condições normais, em média, um indivíduo realiza de 11 a 14 incursões
respiratórias por minuto.
A respiração ocorre graças a uma diferença de pressão entre o ar dos pulmões e o ar
atmosférico. Sendo assim, o ar sai do pulmão quando a pressão pulmonar é maior que a
atmosférica e entra no pulmão quando a pressão atmosférica é maior que a pulmonar.
O2 CO2
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A ventilação tem duas etapas, a inspiração e a expiração, que serão descritas a seguir.
INSPIRAÇÃO
Ocorre quando o ar entra nas vias aéreas e chega ao pulmão. Antes de cada inspiração, a
pressão do ar dentro dos pulmões é igual à pressão atmosférica. Para que o ar flua para os
pulmões, a pressão dentro dos alvéolos deve ser inferior à pressão atmosférica. Essa condição
é alcançada com o aumento do tamanho dos pulmões. A pressão de um gás em um recipiente
fechado é inversamente proporcional ao volume do recipiente.
Isso significa que, se o tamanho de um recipiente fechado é aumentado, a pressão do gás
dentro do recipiente diminui, e se o tamanho do recipiente diminui, a pressão dentro dele
aumenta. Essa relação inversa entre volume e pressão é conhecida como lei de Boyle.
Para que a inspiração ocorra, os pulmões devem se expandir, o que aumenta o volume do
pulmão e, portanto, diminui a pressão nos pulmões para abaixo da pressão atmosférica. O
primeiro passo para expandir os pulmões durante a inspiração tranquila, normalmente, envolve
a contração do músculo principal da inspiração, o diafragma, com resistência dos intercostais
externos.
O músculo mais importante da inspiração é o diafragma, um músculo situado
transversalmente em forma de cúpula que compõe o assoalho da cavidade torácica. É inervado
por fibras dos nervos frênicos, que emergem da medula espinhal.
A contração do diafragma causa seu achatamento, baixando sua cúpula. Isso aumenta o
diâmetro vertical da cavidade torácica. A contração do diafragma é responsável por cerca de
75% do ar que entra nos pulmões durante a respiração calma. Os próximos músculos de
inspiração mais importantes são os intercostais externos. Quando esses músculos se
contraem, eles elevam as costelas. Como consequência, ocorre um aumento dos diâmetros
anteroposterior e lateral da caixa torácica. A contração dos intercostais externos é responsável
por cerca de 25% do ar que entra nos pulmões durante a respiração normal.
Durante a inspiração calma, a pressão entre as duas camadas pleurais na cavidade pleural,
chamada pressão intrapleural (intratorácica), é sempre subatmosférica (menor que a pressão
atmosférica). À medida que o diafragma e os intercostais externos se contraem e o tamanho
total da cavidade torácica aumenta, o volume da cavidade pleural também aumenta, o que faz
com que a pressão intrapleural diminua, consequentemente, há uma diminuição da pressão
intrapulmonar (alveolar).
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Estabelece-se assim uma diferença de pressão entre a atmosfera e os alvéolos. Como o ar
sempre flui de uma região de pressão mais alta para uma região de pressão mais baixa, ocorre
a inspiração.
Durante inspirações profundas e vigorosas, os músculos acessórios da inspiração também
participam do aumento do tamanho da cavidade torácica. Os músculos são assim chamados,
porque fazem pouca ou nenhuma contribuição durante a inspiração calma, mas, durante o
exercício ou ventilação forçada, eles podem se contrair vigorosamente.
Os músculos acessórios da inspiração incluem os esternocleidomastoideos, que elevam o
esterno; os escalenos, que elevam as duas primeiras costelas; e os peitorais menores, que
elevam da terceira à quinta costelas.
 
Imagem: Shutterstock.com. Adaptado por Marcio Antonio Babinski
 Papel do diafragma na respiração. A inspiração pode ser vista ao lado esquerdo, enquanto a
expiração está representada no lado direito.
EXPIRAÇÃO
Ocorre graças a uma diferença de pressão, mas, nesse caso, o gradiente é na direção oposta: a
pressão nos pulmões torna-se maior do que a pressão atmosférica. A expiração normal
durante uma respiração tranquila, ao contrário da inalação, é um processo passivo, porque
apenas o relaxamento das musculaturas está envolvido.
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Em vez disso, a expiração resulta do recuo elástico da parede torácica e dos pulmões, ambos
os quais têm uma tendência natural de saltar para trás depois de terem sido alongados. Duas
forças dirigidas para dentro contribuem para o recuo elástico:
 A recuo das fibras elásticas que foram esticadas durante a inalação.
 A tração para dentro da tensão superficial devido ao filme de fluido alveolar.
A expiração começa quando os músculos inspiratórios relaxam. À medida que o diafragma
relaxa, sua cúpula se move superiormente devido à sua elasticidade. Em seguida, os
intercostais externos relaxam e as costelas ficam deprimidas. Esses movimentos diminuem os
diâmetros vertical, lateral e anteroposterior da cavidade torácica, o que diminui o volume
pulmonar. Por sua vez, a pressão alveolar aumenta e o ar flui da área de pressão mais alta nos
alvéolos para a área de pressão mais baixa, na atmosfera.
A expiração torna-se ativa apenas durante a respiração forçada, como ocorre ao tocar um
instrumento de sopro ou durante o exercício. Durante esses momentos, os músculos da
expiração – os abdominais e os intercostais internos – se contraem, o que aumenta a pressão
na região abdominal e no tórax. A contração dos músculos abdominais move as costelas
inferiores para baixo e comprime as vísceras abdominais, forçando o diafragma superiormente.
A contração dos intercostais internos, que se estendem inferior e posteriormente entre as
costelas adjacentes, puxa as costelas para baixo. Embora a pressão intrapleural seja sempre
menor que a pressão alveolar, ela pode exceder brevemente a pressão atmosférica durante
uma expiração forte, como durante uma tosse.
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ELEMENTOS QUE COMPÕEM AS VIAS AÉREAS
INFERIORES E A RESPIRAÇÃO
O especialista Silvio Rodrigues Marques Neto vai fazer um breve resumo do módulo.
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE A TRAQUEIA, LEIA AS AFIRMATIVAS A SEGUIR: 
 
I. A TRAQUEIA SITUA-SE MEDIANA E ANTERIORMENTE AO ESÔFAGO. 
II. APENAS NA SUA TERMINAÇÃO, DESVIA-SE LIGEIRAMENTE PARA A
ESQUERDA. 
III. INTERNAMENTE, A TRAQUEIA É FORRADA POR MUCOSA, NA QUAL
ABUNDAM GLÂNDULAS, E O EPITÉLIO É CILIADO, FACILITANDO A EXPULSÃO
DE MUCOSIDADES E CORPOS ESTRANHOS. 
 
A) Somente a afirmativa I está incorreta.
B) Somente a afirmativa II está incorreta.
C) Somente a afirmativa III está incorreta.
D) Todas as afirmativas estão corretas.
E) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
2. DURANTE EXAME FÍSICO DETALHADO DO TÓRAX E PULMÕES, É
NECESSÁRIO QUE O PROFISSIONAL DE SAÚDE ESTEJA FAMILIARIZADO COM
PONTOS DE REPARO ANATÔMICO (REFERÊNCIA) DO TÓRAX. UM DESSES
PONTOS É O ÂNGULO DE LOUIS (ESTERNAL), UMA SALIÊNCIA VISÍVEL E
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PALPÁVEL NA JUNÇÃO MANUBRIOESTERNAL QUE NOS AUXILIA A NIVELAR
ELEMENTOS ANATÔMICOS DO MEDIASTINO INFERIOR. ESTE É O PONTO DE
ARTICULAÇÃO COM A _______COSTELA. 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA QUE COMPLETA CORRETAMENTE A
AFIRMATIVA ANTERIOR:
A) Primeira
B) Segunda
C) Terceira
D) Quarta
E) Quinta
GABARITO
1. Sobre a traqueia, leia as afirmativas a seguir: 
 
I. A traqueia situa-se mediana e anteriormente ao esôfago. 
II. Apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a esquerda. 
III. Internamente, a traqueia é forrada por mucosa, na qual abundam glândulas, e o epitélio é
ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. 
 
A alternativa "B " está correta.
 
A traqueia bifurca-se em brônquios direito e esquerdo ao nível da margem superior da quinta
vértebra torácica. Antes de bifurcar apresenta leve desvio para a direita, pois o brônquio direito
é levemente mais alto, retilíneo e de maior diâmetro que o esquerdo. Isso leva inclusive à
tendência de intubação seletiva.
2. Durante exame físico detalhado do tórax e pulmões, é necessário que o profissional de
saúde esteja familiarizado com pontos de reparo anatômico (referência) do tórax. Um desses
pontos é o ângulo de Louis (esternal), uma saliência visível e palpável na junção
manubrioesternal que nos auxilia a nivelar elementos anatômicos do mediastino inferior. Este
é o ponto de articulação com a _______costela. 
Assinale a alternativa correta que completa corretamente a afirmativa anterior:
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A alternativa "B " está correta.
 
O ângulo esternal (de Louis ) está situado na junção manubrioesternal e se articula com a
segunda costela. Encontra importância no exame físico, de imagem e procedimentos no tórax.
Ao nivelar com a margem superior da quinta vértebra torácica, separa o mediastino superior do
inferior, e nos auxilia no entendimento da topografia e sintopia da traqueia, arco da aorta, veia
cava superior.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema respiratório atua em conjunto com o sistema circulatório. Isto é, enquanto um é
responsável por realizar a hematose, o outro leva o oxigênio e nutrientes para todos os tecidos
do corpo humano. Sendo assim, o sistema respiratório é essencial para a manutenção da vida.
Além disso, observamos que o sistema respiratório tem papel na regulação do pH do sangue,
na manutenção da pressão arterial, no sentido do olfato e na fala.
Vimos que os elementos que compõem o sistema respiratório podem ser divididos em vias
aéreas superiores e inferiores ou, funcionalmente, em parte condutora (que conduz e modifica
algumas características do ar) e parte respiratória, que faz a troca de gases.
Observamos que o sistema respiratório possui uma comunicação importante com o sistema
digestório, graças à faringe e a suas porções. Nesse sentido, é necessário relembrar que a
faringe continua com o esôfago, enquanto a laringe continua pela traqueia, sendo duas vias
separadas e que, graças a mecanismos esfinctéricos, impedem que o bolo alimentar vá para a
via respiratória.
Por fim, descrevemos as vias aéreas inferiores e as divisões microscópicas das estruturas
pulmonares e bronquiais, que são as responsáveis por trocarem gás carbônico por oxigênio no
sangue. Ainda, descrevemos os movimentos realizados durante a respiração, que permitem a
entrada e a saída de ar das vias respiratórias graças a diferenças de pressão.
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AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro:
Atheneu, 2011. p. 780.
DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Gray's Anatomyfor Students. 3. ed. Churchill
Livingstone, 2015.
GARDNER, E.; GRAY, D. J.; O'RAHILLY, R. R. Anatomia - Estudo Regional do Corpo Humano. 4. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.
GOSS, C. M. Gray Anatomia. 29. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1977.
HARTL, D. M.; TRAVAGLI, JP.; LEBOULLEUX, S.; BAUDIN, E.; BRASNU, D. F.; SCHLUMBERGER, M.
Clinical review: Current concepts in the management of unilateral recurrent laryngeal nerve
paralysis after thyroid surgery. J Clin Endocrinol Metab., 2005.
LATARJET, M.; LIARD, A.R. Anatomía Humana. 4. ed. Madrid: Editorial Medica Pan-Americana,
2011.
MOORE, K.L.; DALLEY II, A.F.; AGUR, A.M.R. Clinically oriented anatomy. 8. ed. Philadelphia:
Lippincott Williams & Wilkins, 2019.
SALADIN, K. S. Human Anatomy. New York: McGraw Hill, 2017.
SNELL, R. S. Clinical anatomy by regions. Lipincott Williams & Wilkins, 2012.
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TESTUT, L.; JACOB, O. Tratado de Anatomía Topográfica con aplicaciones médicoquirúrgicas.
8. ed. Madrid: Salvat, 1952.
TESTUT, L.; LATARJET, A. Tratado de Anatomía Humana. 9 ed. Barcelona: Salvat, 1958.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Principles of Anatomy & Physiology. New Jersey: John Wiley
& Sons, 2014.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados:
Leia:
 O trabalho publicado por Ayesha Tabassom e Julia J. Cho. (2018) “Epistaxis”, que
disserta a respeito do fenômeno de sangramento nasal (epistaxe) e sua relação com a
rede vascular arterial do septo nasal (plexo de Kiesselbach) (em inglês).
Assista ao vídeo:
 “Intubation and Mechanical Ventilation”, na plataforma YouTube (canal Covenant
Health), que apresenta uma animação explicando conceitos da respiração abordados no
texto e demonstração do procedimento de intubação orotraqueal, com narração em
inglês.
 “How the Larynx Produces Sound”, na plataforma YouTube (canal Bethea Medical
Media), que tem uma animação detalhando a anatomia da laringe e como este órgão é
capaz de emitir sons, com texto em inglês.
 “Mecanismo de respiração no homem”, na plataforma YouTube (canal XD Education),
que apresenta uma animação sobre os movimentos da respiração, com explicação em
português.
CONTEUDISTA
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Marcio Antonio Babinski
 CURRÍCULO LATTES
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