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Anatomia do Recém- Nascido (Características gerais, tegumento comum, ossos, seios paranasais e sistema linfático) O recém-nascido e a criança não são adultos em miniatura. Nomenclatura • Termo ou RN de termo: RN cuja idade gestacional está entre 39 semanas e 40 semanas e 6 dias; • Prematuro ou pré-termo: RN cuja idade gestacional está entre 34 semanas e 36 semanas e 6 dias; • Termo tardio: RN com 41 semanas e 41 semanas e 6 dias; • Pós-termo: RN com 42 semanas ou mais. Períodos etários • Recém-nascido (RN): do nascimento aos 28 dias; • Lactente: de 28 dias até completar o 2º ano; • Criança: de 3 aos 8 anos; • Pré-adolescente: de 9 aos 10 anos; • Adolescente: de 11 aos 21* anos (Seinberg); • Juventude: de 15 aos 24* anos (ONU); • Adulto: após os 21* ou 24* anos. Crescimento e ganho de peso Idade (semanas) CCS (cm) Peso (g) 9–12 5–8 10–45 13–16 9–14 60–200 17–20 15–19 250–450 21–24 20–23 500–820 25–28 24–27 900–1300 29–32 28–30 1400–2100 33–36 31–34 2200–2900 37–38 35–36 3000–3400 • CCS: comprimento craniossacral. Características do recém-nascido • Proporção de líquido corporal: 80% do seu corpo, enquanto esse valor equivale a 60% no adulto; • Maior quantidade de líquido extracelular comparado com o líquido intracelular, o que é invertido no adulto; • A temperatura é de cerca de 36,6º cai após ao nascimento, atingindo 32,7º após aproximadamente 2 horas. O recém- nascido tinha sua temperatura igual durante o desenvolvimento pela temperatura da Marianne Barone (15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (15A) Anatomia Descritiva II – Prof. Marco Antônio de Angelis mãe. Essa queda ocorre pelo hipotálamo que está imaturo e é ativado aos 3 meses de idade; • As medidas a seguir são uma média populacional, variando entre idade e sexo biológico. → Altura e peso corporal: Idade Altura (cm) Peso (kg) Recém- nascido 51 (vértice- calvâneo) 3,3 3 meses 52,5 5 1 ano 79 10 3 anos 97 14,5 6 anos 122 20 9 anos 135 30 15 anos 160 50 Adulto 163 70 → Pressão arterial: Idade P.A. sistólica P.A. diastólica Recém- nascido 75–85 40–50 2 semanas – 4 anos 85 60 5 anos 87 60 6 anos 90 60 7 anos 92 62 8 anos 95 62 9 anos 98 64 10 anos 100 65 11 anos 105 65 12 anos 108 70 → Frequência do pulso: Idade Valor médio Recém-nascido 120 1–11 meses 120 2 anos 110 4 anos 100 6 anos 100 8 anos 90 10 anos 90 Idade Limite inferior do normal Valor médio Limite superior do normal Recém- nascido 70 120 170 1–11 meses 80 120 160 2 anos 80 110 130 4 anos 80 100 120 6 anos 75 100 115 8 anos 70 90 110 10 anos 70 90 110 • Estão relacionados aos fetos pré-maturos, observando os limites superior e inferior de acordo com seu desenvolvimento. Tegumento comum • É o maior sistema do corpo humano, tratando-se da pele, pelos, unhas, glândulas entre outras estruturas; • O hipotálamo desencadeia mecanismos de termorregulação (vasoconstrição, tremor). A pele auxilia na termorregulação. → Funções do tegmento comum: • Proteção do corpo humano; • Termorregulação do organismo: irradiação, condução, convecção e evaporação; • Nutrição dos lactentes: através das glândulas mamárias, que fazem parte do tegumento; • Quando nascem os bebês: os nascidos a termo são capazes de regular sua própria temperatura. Os prematuros são mantidos em ambiente fechado onde a temperatura > temperatura ambiente e seja controlada; - Perda de calor por condução: troca de calor do recém-nascido com o meio ao estar em contato; - Perda de calor por convecção: o calor do recém-nascido tende a subir e o frio do meio ambiente a descer, perdendo o calor para o meio; - Perda de calor por radiação: os mecanismos vasodilatadores geram a perda de calor do corpo; - Perda de calor por evaporação: perda do calor pela a água que deixa o corpo pela sudorese, por uma vasodilatação muito intensa; • Eles têm a pele mais fina, não possuindo, praticamente, gordura subcutânea apresenta uma razão elevada de superfície e volume corporal, fazendo com que os vasos superficiais de sangue percam facilmente calor para o ambiente que o envolve; • Os fetos que nascem com menos que 38 semanas possuem maiores dificuldades na regulação de sua temperatura, por possuírem pele mais fina, não possuem muita gordura subcutânea e a grande quantidade de líquido circulante faz com que ocorra uma perda de temperatura alta pela vasodilatação que ocorre; • Apresentação física do indivíduo ao mundo; • Ele é o maior órgão do corpo humano (16%) da massa total; • Constituído por: pele, pelos, unhas e glândulas (sudoríferas, sebáceas e mamárias). → Pele: • A pele é constituída de duas camadas: - Epiderme: mais externa e é formada por 5 camadas (camadas córnea, lúcida, granular, espinhal e basal), de forma que, a mais voltada para o meio externo é totalmente queratinizada e é trocada em uma maior frequência, sendo mais superficial e a “camada morta”; - Derme: mais interna, espessa e que aloja folículos pilosos, vasos, receptores de tato, temperatura, dor entre outros, sendo o limite entre a pele e a tela subcutânea; • Abaixo da epiderme e derme está a tela subcutânea, formada por tecido adiposo. → Tela subcutânea: • É a camada mais profunda do tegumento comum, também chamada de hipoderme; • Ela é uma camada abaixo da pele que possui 3 camadas: estrato areolar ou superficial, estrato médio ou fáscia superficial e estrato lamelar ou profundo; • Essa camada é responsável por armazenar gordura e, quanto maior a quantidade de gordura, menor será a perda de calor; • As fáscias são formadas por tecido conjuntivo que atua separando as diferentes camadas de gordura; • Os recém-nascidos pré-termos não possuem a camada lamelar, onde é reservada energia e a camada areolar, que forma um “manto”; • A tela subcutânea se desenvolve ao final da gravidez, ou seja, no recém-nascido normal é mais robusta que no recém- nascido prematuro, e esta gordura basicamente se compõe de gordura marrom, e se localiza ao redor do pescoço, entre as escápulas (pescoço do recém- nascido = curto e grosso, sendo contínuo com o tronco), no esterno e como massas espessas posteriores às glândulas supra- renais e aos rins (coxins adiposos). Esta gordura é importante na manutenção da temperatura e na produção de calor (têm relação com a glândula de hibernação dos mamíferos); • Nos adultos, a gordura marrom persiste na loja renal, em uma quantidade bem menor, ao redor das glândulas suprarrenais e ao redor dos rins. O tipo de gordura que é mais encontrado em adultos é a gordura amarela; • Há uma camada chamada de camada fibroadiposa que é presente especialmente nas palmas e plantas (coxim adiposo = "pé- chato em RN"); • Não há depósitos de gordura no feto, mas isso não traz problemas nutricionais, pois a placenta fornece carboidratos que é a principal fonte de calorias para ele. Após nascimento, se desenvolvem depósitos de gordura; • Antes do nascimento ocorrem acúmulo de grandes reservas de carboidratos no fígado e músculos esqueléticos (para suportar os 3 dias após o nascimento, quando o RN começa a mamar), formando a gordura amarela; • A camada aoreolar serve como camada de reserva, sendo utilizada sua energia, enquanto a camada lamelar serve propriamente para armazenamento/ depósito da gordura. → Lanugo: • Ela é a primeira camada do tegumento comum, sendo os pelos primários do recém-nascido; • Tem seu desenvolvimento iniciado no 4º mês fetal; • A maioria é substituída antes do nascimento e, parte dele, após o parto (cílios, sobrancelhas e couro cabeludo são os mais resistentes do lanugo, e por isso, são os últimos a serem trocados), dando origem ao pelo secundário, que são mais finos e permanecem até a puberdade • Na adolescência, surgem os pelosterminais/terciários, que são mais grossos, como pelos em regiões genitais e barba; • A função do lanugo é a proteção do corpo do feto, visto que possuem uma pele fina e muito macia, junto ao vérnix caseoso (secretado por glândulas sebáceas modificadas) um material gorduroso branco e pegajoso que auxilia na manutenção da temperatura do corpo do recém-nascido. → Glândulas sebáceas: • As glândulas sebáceas são desenvolvidas no 4º mês de gestação; • Elas são responsáveis pela secreção do vérnix caseoso, que é responsável pela proteção contra contato frequente com líquido amniótico e do contato no meio externo forma a camada esbranquiçada que recobre o recém-nascido; • O vérnix caseoso também é responsável por impermeabilizar a pele do feto, impedindo as trocas do líquido amniótico com o líquido intracorpóreo do feto, no interior do útero. → Glândulas mamárias: • Os recém-nascidos tem suas glândulas formadas durante a gravidez e, nas mães, ocorre o desenvolvimento dessas glândulas para a alimentação do feto através da lactação; • Na 5ª semana de vida intrauterina o ectoderma forma uma linha chamada de linha láctea, que sai da região axilar até a região da virilha, formando toda a linha mamária, presente em todos os mamíferos (ela regride nos humanos e forma um mamilo de cada lado); • 6ª – 7ª semana: formação dos pontos mamários. Eles regridem na 9ª semana; • As glândulas mamárias são firmes e planas e podem eliminar, também, o colostro (líquido cinza e opalescente), como resultado da estimulação materna para o filho, através da placenta. A ocitocina é produzida no hipotálamo, exercendo função de desenvolvimento das glândulas mamárias, contração das glândulas para secreção do leite, contração uterina e contração da próstata para a ejaculação; • Politelia: permanência da linha mamária. Crânio → Proporção da cabeça: • Equivale a ¼ do comprimento corpo no recém-nascido; • O crânio dos recém-nascidos é basicamente todo neurocrânio, quase sem a presença do viscerocrânio, de forma muito mais acentuada; • No adulto, equivale a 1/12 do comprimento total do corpo (CTC); • Proporções do corpo humano: cabeça x corpo; - Embrião no final do 2º mês: aproximadamente metade do CTC; - Recém-nascido: aproximadamente ¼ do CTC; - 6 anos de vida extrauterina: aproximadamente 1/6 do CTC; - Adulto: aproximadamente 1/8 do CTC; • O crescimento é fibrocartilaginoso, dos chamados fontículos dos recém-nascidos e com o desenvolvimento intermembranoso e com persistência dos fontículos. Desenvolvimento dos ossos da cabeça: • Existem dois tipos de crescimento e de ossificação: - Fibrosa: as membranas permitem o crescimento intermembranoso; - Cartilaginosa: chamado de crescimento endocondral, no interior da cartilagem; • Sinostose: processo de ossificação das membranas, que formam suturas que terminam por serem ossificadas; • A calvária é formada por uma dupla camada óssea compacta e uma outra esponjosa, sendo chamada de díploe; • Os ossos da calvária dos recém-nascidos são finos, e separados por uma flexível e resistente membrana ao longo das linhas de sutura do crânio (= fontanela), presente em número de 6 normalmente após o nascimento (2 medianas - anterior e posterior - e 4 laterais - duas esfenoidais e duas mastóideas); • A obliteração das fontanelas ocorre a partir do 3º mês após nascimento, e ocorre por crescimento medial dos ossos membranáceos, e, após o 2º ano, devem estar todas fechadas; • Pode ocorrer: - Craniossinostose: o fechamento completo das membranas, em que é interrompido o crescimento do crânio e quando é uma ossificação prematura cranial resulta em microencéfalia; - Escafocefalia: fechamento rápido da sutura sagital (= crânio alongado); - Acrocefalia: fechamento precoce da sutura coronal; - Craniosquise: falta da abóboda craniana, estando associados a anencefalia; - Encefalocele ou meningocele: quando o encéfalo ou apenas as meninges, respectivamente, fazem protusão para fora, devido à falta de alguns ossos craniais, com correção cirúrgica; • Através de punção da fontanela anterior, pode-se fazer coleta de sangue, ou também fazer hidratação. Em recém-nascidos desidratados, o fontículo fica com uma depressão; • As fontanelas e fontículos são presentes após o nascimento e cada um tem seu período de fechamento: - Fontículo anterior: tem seu fechamento até o segundo ano de vida, formando a sutura coronal; - Fontículo posterior: tem seu fechamento no 6º mês de vida, formando a sutura lambdóidea; - Fontículo anterolateral: tem seu fechamento no 2º mês de vida, formando parte da sutura escamosa chamada de ptério; - Fontículo posterolateral: tem seu fechamento no 6º mês de vida, formando parte da sutura escamosa chamada de astério; • Ossos frontais: possuem a sutura frontal mediana (metópica), que geralmente não persiste em adultos. Sem seios frontais ao nascimento, por isso não se deve fazer raio-X para sinusite em recém-nascidos, já que apenas após o 2º ano eles começam a invadir os ossos; • Osso esfenoide: no recém-nascido é constituído por 3 porções (corpo, asas menores e maiores) que se unem após 1 ano e possuem o corpo esponjoso ao nascimento. O seio esfenoidal só aparece após 5 anos. Só se une ao osso occipital pela sincondrose esfeno-occipital (permite o crescimento endocondral) após a puberdade, pois antes disso há uma grande massa de cartilagem que separam esses dois ossos; • Osso occipital: possui 4 porções ao nascimento (parte basilar, 2 laterais e a porção escamosa), unidas por cartilagem, e se colocam ao redor do forame magno. A união de todas elas pode durar até 7 anos; • Osso maxilar: cada maxilar no recém- nascido é baixo e largo. A porção alveolar tem 5 grandes alvéolos, com 5 grandes dentes decíduos. O crescimento posterior ocorre mais no sentido vertical, devido ao desenvolvimento dos seios maxilares, principalmente; • Osso temporal: no recém-nascido possui 3 porções (escamosa, petrosa e timpânica), que são separadas por suturas. Não há processo mastoide ou processo estiloide, o que expõe o nervo facial (passa pelo forame estilomastoide) e o torna propício a sofrer lesões, principalmente no ato obstétrico, • Mandíbula: as 2 metades ósseas unidas por tecido fibroso na sutura mandibular. Após 1º ou 2º ano de vida, eles se unem. Possuem um corpo grande, com alvéolos (dentes decíduos e alguns já permanentes) e seus ângulos são curtos; • Crânio: no recém-nascido possui uma predominância de neurocrânio em relação ao viscerocrânio. • No recém-nascido, os ossos que no adulto são ditos como ossos ímpares são, na verdade, pares e unidos ao crescimento, tratando-se dos ossos frontal, maxila e mandíbula; • Sincondrose esfeno-occipital: ela sofre o processo de sinostose. Ela é uma articulação cartilaginosa que só existe na base do crânio e permite o crescimento endocondral no sentido anteroposterior; • As suturas permitem o crescimento no sentido laterolateral. → Dentes: • Dentes decíduos: começam a aparecer entre os 6 e 9 meses de vida extrauterina, tendo início pelos incisivos, totalizando 20 dentes (8 incisivos, 4 caninos e 8 molares); • A substituição pelos permanentes tem início aos 8 anos de idade, começando, também pelos incisivos e, ao final, totalizam 32 dentes (8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares); • Recém-nascidos e crianças não possuem dentes pré-molares até que ocorra a substituição pelos dentes permanentes; • Ao nascimento há somente as coroas alveolares em baixo da gengiva; • Primeiramente, aparecem os incisivos centrais inferiores (6 meses), laterais inferiores e depois os centrais superiores e laterais superiores; • Quando a criança aprende a mastigar (±1 ano), aparecem os primeiros molares inferiores) e, dois meses depois, os superiores; • O restante dos dentes vai aparecendo com o tempo; •O 3º molar pode ou não aparecer (17 a 21 anos), e tende a desaparecer. → Seios paranasais: • O recém-nascido não possui seio frontal; • Os seios paranasais tem início no desenvolvimento entre o 1º e 2º ano de vida extrauterina, aparecendo nos ossos etmoidal e esfenoidal, tratando-se das células esfenoidal e do seio esfenoidal, nessa mesma ordem; • O seio frontal e seios maxilares tornam- se bem visíveis a partir do 7º ano de vida; • Na puberdade, o desenvolvimento está completo; • Os seios paranasais possuem um desenvolvimento alongado; • O ducto lacrimonasal é o canal aberto com o crescimento da face e desemboca o filme lacrimal no meato nasal inferior, levando, na maior parte das crianças, em casos de processos infecciosos, a desenvolverem pus na região da carúncula. Ele está totalmente desenvolvido até os 7 anos de idade. → Tuba auditiva: • Ela é aberta na nasofaringe; • O recém-nascido tem muita dor de ouvido por ter uma tuba auditiva aberta e mais horizontalizada, enquanto no adulto é fechada e verticalizada, assim, propicia a entrada de secreção na tuba do recém- nascido durante a amamentação, dependendo da posição; • A abertura na nasofaringe é fechada por volta dos 2 anos de idade. Ossos • O recém-nascido possui 270 ossos separados, enquanto na fase adulta são encontrados 212 ossos, incluindo o martelo, bigorna e estribo. → Desenvolvimento dos ossos longos: • Brotamento ósseo cartilagíneo, no período embrionário; • Formação do manguito ósseo pericondral; • Diferenciação em condrócitos hipertrofiados; • Crescimento de um vaso diafisário; • Formação das zonas proximais e distais de crescimento, os chamados discos epifisários; • Surgimento do núcleo epifisário proximal; • Surgimento do núcleo epifisário distal; • Fechamento do disco epifisário distal; • Fechamento do disco epifisário proximal, ao redor dos 18–23 anos. → Características gerais: • Os ossos dos dedos das mãos são os principais utilizados na avaliação do crescimento da criança, através da observação de fases da vida pelas epífises dos ossos dos dedos das mãos, notando se a criança está crescendo mais ou menos que o esperado; • O fechamento completo dos ossos da mão antes da época significa fechamento também dos outros ossos do corpo; • Ossos carpais: - Capitato: é o primeiro a surgir, sendo o maior dos ossos; - Hamato: tem desenvolvimento até o 4º mês; - Escafóide, semilunar, piramidal, trapézio e trapezoide: desenvolvimento no período compreendido dos 2 aos 8 anos; - Pisiforme: desenvolvimento até os 12 anos; • Ossos dos membros inferiores: - Até o 1º ano: desenvolvimento da epífise proximal do fêmur e epífises distais da tíbia e da fíbula. O núcleo ósseo da cabeça do fêmur tem desenvolvimento do 3º ao 5º mês de vida extrauterina - Ossos tarsais: estão formados totalmente até o 3º ano de vida; - A fusão total do osso do quadril só ocorrerá dos 13 aos 20 anos; • Partes do osso: epífise (cabeça), disco epifisário ou placa de crescimento, metáfise (região cartilaginosa) e diáfise (corpo); • Os membros superiores e membros inferiores possuem tamanho proporcional até os 2 anos de idade; • As escápulas e diáfises dos ossos longos já estão ossificados, faltando as epífises e os acidentes ósseos; • O processo coracóide da escápula surgem no 1º ano de vida extrauterina; • A cabeça do úmero, os tubérculos e capítulo surgem no 1º ano de vida extrauterina; • Os demais ossos, inclusive os ossos carpais, são desenvolvidos até a puberdade, um critério semelhante para os ossos dos membros inferiores. → Coluna vertebral: • O recém-nascido não tem tônus da coluna vertebral, pela imaturação da via corticoespinal que atua nos músculos estriados esqueléticos; • Curvaturas: os recém-nascidos apresentam as curvaturas primárias e, posteriormente, são desenvolvidas as curvaturas secundárias; - Curvatura primária: chamada de cifose funcional; - Lordose cervical: ela já é presente de forma rudimentar no feto, aumentando ao redor do 3º–4º mês de vida extrauterina; - Lordose lombar: 9º – 12º mês de vida extrauterina; • Primárias: seguem a posição originária do feto, sendo convexa para trás. São as cifoses torácica e sacral; • Secundárias: atuam como fator de compensação, não seguindo a curvatura original do feto, mas sendo oposta a ela. Ocorre nas lordoses cervical e lombar; • São 4 na fase adulta: - Cifoses torácica e sacral: côncavas anteriormente; - Lordoses cervical e lombar: côncavas posteriormente; • O recém-nascido, primeiramente, levanta o pescoço, depois senta e, por fim, começa a andar, assim, formando a cada estágio uma curvatura diferente; • As curvaturas secundárias são formadas na ordem da curvatura cervical (levantar o pescoço) e, depois, a curvatura lombar (sentar); • Com 4 anos, é mantida a postura da coluna vertebral com o desenvolvimento do trato corticoespinal e trato rubroespinal. → Pelve e fêmur: • 8º mês de VIU: osso sacro é totalmente separado em vértebras, o osso ilíaco possui o ísquio e a púbis totalmente separados, a cabeça do fêmur está separada da sua região do acetábulo; • 12º mês de VEU: o fêmur cresce e desenvolve sua cabeça, o osso ilíaco possui os ossos ísquio e púbis ainda separados e a cabeça do fêmur ocupa um “espaço virtual” no acetábulo; • As três partes do osso do quadril são unidas, na região do acetábulo, por uma ligação cartilagínea em forma de Y e que é ossificada por volta do 13º–18º ano de vida. → Músculos: • Os músculos estriados esqueléticos representam aproximadamente a 25% o peso do recém-nascido, dobrando no adulto. Ex: o recém-nascido de 4kg possui 1kg de massa muscular Sistema linfático → Linfonodos: • Existem quantidades variantes de linfonodos, porém os inguinais formam a maior massa; • Os linfonodos, ao nascimento são róseos e depois mudam de cor conforme a região; • O tamanho dos linfonodos aumenta muito até a idade adulta (20x), porém o número deles não aumenta muito, aumentando cerca de 3x; • A formação de linfócitos no feto ocorre no fígado, medula óssea e timo. Eles param de se formar no fígado antes do nascimento. Aos quatro meses de desenvolvimento, são produzidos nos linfonodos; • O ducto torácico esquerdo é bem visível no feto, já o direito não. → Tonsilas: • Medula óssea vermelha: encontrada em todos os ossos do recém-nascido e criança, bem como nos laminares e irregulares dos adultos, ou seja, diminuindo ao longo do crescimento; • Baço: no recém-nascido e na criança representa importante local de produção de eritrócitos/hemácias. No adulto atua na destruição de eritrócitos velhos e formação de linfócitos B; • Linfonodos: são cerca de 20x menores e o número aumenta em até 3 vezes no adulto; - Placas de Peyer: são os linfonodos mesentéricos, dentro da cavidade abdominal - Anel linfático de Waldeyer: é formado pelas tonsilas palatinas, faríngea e linguais. Trata-se do 2º principal meio de defesa, além do timo, protegendo a via aérea e sistema digestivo. à tonsila faríngea = adenóide → Timo: • Ele é o grande órgão linfático dos recém- nascidos, estando localizados no mediastino superior; • Ele é o principal produtor dos linfócitos T e o principal órgão de proteção; • Possui peso de 10 g, aumentando aumenta até a puberdade, atingindo o máximo do peso nesta fase (30 g) e, então, vai diminuindo. Ele atinge seu tamanho máximo aos 2 anos de idade; • O seu tipo mais comum é o tipo bilobar; • Sua porção cervical repousa sobre a superfície anterior da traquéia e das bainhas carotídeas, sendo ela coberta pelos músculos esterno-hióideo e esterno- tireóideo; • Sua porção torácica, no recém-nascido é coberta pela metade superior do esterno e também pelas 3 primeiras cartilagens costais. A veia braquiocefálica tem íntima relação com o timo, e pode inclusive estar mergulhada nele;• Na infância, o timo se torna mais comprido e estreito (porção cervical vai ficando menor); • Primariamente, é constituído de linfócitos (amadurecimento do SI), e depois, gordura (tecido adiposo paratímico); • Ele desenvolve a polpa branca do baço, também servindo como um fator de proteção no sistema imunológico.
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