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LÍLIAM APARECIDA OLEGÁRIO 100 anos de PAULO FREIRE Tema: Um sonhador que realizou o sonho de milhares de pessoas. "Ninguém nasce feito. Vamos, nos fazendo aos poucos, na prática social de que tomamos parte" FREIRE (1997, p.79) Paulo freire (1997) diz: ao entregar-se à experiência de alfabetizar o alfabetizador normalmente se preocupa com métodos processos, técnicas de ensino, materiais pedagógicos. No entanto, a grande preocupação deve ser com a coerência dos objetivos, com a opção política e com a utopia. Paulo Freire defendia um conceito de alfabetização para além da decodificação dos códigos linguísticos, ou seja, não basta apenas saber ler e escrever, mas fazer uso social e político desse conhecimento na vida cotidiana. O pai da Educação Brasileira (se assim eu posso chamar), aplicou um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “A pata nada” “Ivo viu a uva” e “Lulu latia”, Freire trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador da área de construção, usaria, a pá, a colher, metro, cimento, carriola. Para uma doméstica, usaria a palavras geradora, limpeza, cozinha, lavar, passar, pratos, fogão. A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório. Toda essa construção Freire, explica que não há conhecimento pronto e acabado o indivíduo está sempre em construção. Essa era a visão como libertador, conscientizador, esse era o segredo, estava na maneira em que ensinava dos demais. O Círculo de Cultura é uma possibilidade de prática para dialogar, foi através desse método que Freire ficou conhecido mundialmente. Separavam os alunos e professores em duas classes distintas oprimidos e opressores, oprimidos precisam ter estímulos para sua liberdade. O Oprimido apenas recebia as informações sem ter o direito ou poder de arguir enquanto o educador era o detentor do conhecimento. O círculo de Cultura, dispõe as pessoas ao redor de uma roda de pessoas, o professor ensina quem não sabe e aprende e juntos construírem juntas o saber solidário. Cada qual ensina e aprende no círculo de Cultura o diálogo, e passa a ter a experiência didática centrada. Aprender a dizer a sua palavra círculo do debate foi criado por Paulo Freire caracterizado pela construção do conhecimento por meio do diálogo são espaços onde acontece a troca de aprendizados e ensinamentos. É possível perceber o quanto a prática dialógica segundo Freire pode contribuir de forma eficaz para uma pedagogia livre e respeitosa respeito dos alfabetizadores, inicialmente acreditavam que o processo de aprendizagem da leitura e da escrita poderia ser pautado na memorização do alfabeto, no treino da escrita das letras. Não só o processo de formação inicial e continuada dos alfabetizadores, mas também o contato com os alfabetizandos em sala de aula permitiram aos alfabetizadores repensar esta crença e apostar em novas abordagens que valorizassem a cultura, a identidade, a história de vida e a expectativa dos alunos.
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