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resumo cap 47 guyton

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Receptores Sensoriais e Circuitos Neuronais para o Processamento da informação
· Tipos de receptores sensoriais e os estímulos que detectam: mecanorreceptores: que detectam a compressão mecânica ou estiramento do receptor ou dos tecidos adjacentes ao receptor, termorreceptores: que detectam alterações de temperatura, alguns receptores detectam frio, outros o calor, nociceptores: receptores da dor que detectam danos físicos ou químicos que ocorrem nos tecidos, receptores eletromagnéticos que detectam a luz que incide na retina dos olhos e quimiorreceptores que detectam o gosto na boca, o cheiro no nariz, o nível de oxigênio no sangue arterial, a osmolalidade dos líquidos corpóreos, a concentração de dióxido de carbono e outros fatores que compõem a química do corpo
· Sensibilidade diferencial dos receptores: como dois 2 tipos de receptores sensoriais detectam tipos diferentes de estímulos: a resposta é por sensibilidades diferenciadas, cada tipo de receptor é muito sensível a tipo de estímulo para o qual ele é especializado e ao mesmo tempo é insensível a outros tipos de estímulos sensoriais. Logo, os bastonetes e os cones na retina respondem muito a luz, porem não aos limites normais de calor, frio, pressão nos globos oculares ou alterações químicas do sangue. Os osmorreceptores dos núcleos supraópticos no hipotálamo detectam alterações mínimas da osmolalidade dos líquidos corporais, porem não respondem ao som. Os receptores para dor, na pele quase nunca são estimulados pelos estímulos habituais de tato ou pressão, mas ficam muito ativos quando os estímulos táteis se tornam intensos o suficiente para lesar os tecidos
· Modalidade de Sensação – O princípio das Vias Rotuladas: cada um dos tipos de sensibilidade que pode se experimentar, dor, tato, visão, som e etc, é chamado de modalidade sensorial. Sobre o fato de experimentar diferentes modalidades de sensação, as fibras nervosas transmitem apenas impulsos, dessa forma as diferentes fibras nervosas transmitem as diferentes modalidades sensoriais de modo que cada trato nervoso termina em área especifica no SNC e o tipo de sensação percebida quando a fibra é estimulada, é determinado pela região no SN para onde as fibras se dirigem, ex: se fibra de dor for estimulada, o individuo percebe a dor a despeito do tipo de estimulo que excita a fibra. O estímulo pode ser elétrico, o superaquecimento da fibra, a compressão da fibra, ou estimulação da term nervosa dolorosa por lesão das células dos tecidos. Em todos esses casos, percebe-se a dor. Da mesma forma, se fibra para tato for estimulada pela excitação elétrica de receptor tátil ou de outra forma, o individuo percebe o tato porque as fibras táteis se dirigem a áreas encefálicas especificas para o tato. As fibras vindas da retina dos olhos terminam nas áreas visuais cerebrais, as fibras que se originam na cóclea terminam nas áreas cerebrais auditivas, e as fibras térmicas terminam nas áreas associadas a detecção de temperatura. Logo, o princípio das vias rotuladas consiste na especificidade das fibras nervosas para transmitir apenas uma modalidade sensorial
Transdução dos estímulos sensoriais em impulsos nervosos:
· Correntes elétricas locais nas terminações nervosas – potenciais receptores: receptores sensoriais têm uma característica comum: qualquer que seja o tipo de estímulo que excite o receptor, seu efeito imediato é o de alterar o potencial elétrico da membrana do receptor, e essa alteração do potencial é chamada de potencial receptor
· Mecanismos dos potenciais receptores: podem ser excitados de várias maneiras para causar um potencial receptor: 1-por deformação mecânica do receptor que distende a membrana do receptor e abre os canais iônicos, 2-pela aplicação de substância química na membrana que também abre os canais iônicos, 3-pela alteração da temperatura da membrana que altera a permeabilidade dessa, ou 4-pelos efeitos da radiação eletromagnética, como a luz no receptor visual da retina que direta ou indiretamente alteram as características da membrana do receptor e permitem que os íons fluam pelos canais dessa. Em todos os casos, a causa básica da alteração no potencial de membrana é a alteração da permeabilidade dessa que permite que os íons se difundam mais ou menos através da membrana, alterando o potencial transmembrana
· Amplitude máxima do potencial receptor: é cerca de 100milivolts, mas esse nível ocorre apenas com estimulo sensorial de elevada intensidade. É a mesma voltagem máxima registrada nos potencias de ação e é também a alteração da voltagem verificada quando a membrana fica permeável, o máximo possível aos ions sódio
· Relação do Potencial Receptor com os Potenciais de Ação: quando o PR se eleva acima do limiar, para desencadear PA na fibra nervosa conectada ao receptor, ocorrem os potenciais de ação, quanto mais o potencial receptor se eleva acima do limiar, maior fica a frequência dos PA na fibra aferente
· Potencial receptor do Corpúsculo de Pacini – exemplo da função do receptor: o corpúsculo de Pacini contém uma fibra nervosa que se estende por toda a sua região central, circundando essa fibra nervosa central há múltiplas camadas capsulares concêntricas de modo que qualquer pressão exercida, em qualquer região externa do corpúsculo vai alongar, comprimir, ou deformar de alguma forma a fibra central. Apenas a fibra central do corpúsculo de Pacini e uma só das camadas formadoras da cápsula depois da remoção das outras camadas, a terminação da fibra central na cápsula é amielínica porém a fibra fica mielinizada um pouco antes de deixar o corpúsculo e entrar em nervo sensorial periférico.
· A pequena área da fibra terminal que foi deformada pela compressão do corpúsculo e os canais iônicos se abriram na membrana, permitindo que sódio com carga positiva se difunda para dentro da fibra. Esse efeito cria aumento da positividade no interior da fibra: potencial receptor, e esse gera fluxo de corrente: circuito local, que se distribui ao longo da fibra nervosa. Ao atingir o primeiro nodo de Ranvier no interior da cápsula do corpúsculo de Pacini, o fluxo de corrente local despolariza a membrana da fibra desse nodo, desencadeando PA típicos transmitidos ao longo da FN para o SNC
· Relação entre intensidade do estímulo e Potencial Receptor: mostra a variação da amplitude do potencial receptor causada por compressão mecânica mais forte, aumento da forca do estimulo aplicada na região central de corpúsculo de pacini. Com intensidades de estimulação muito altas, a amplitude do potencial gerador aumenta rapidamente no inicio e mais lentamente. A frequência dos PA repetitivos transmitidos pelos receptores sensoriais eleva quase. A estimulação muito intensa dos receptor provoca menos e menos aumentos adicionais do número de PA. Esse principio permite que o receptor seja sensível a experiência sensorial muito fraca e ainda assim seja capaz de não atingir a frequência máxima de disparo até que a experiência sensorial seja extrema. Isso possibilita que o receptor tenha ampla variedade de respostas desde muito fracas até muito intensas
· Adaptação dos receptores: eles se adaptam parcial ou completamente a qualquer estimulo constante depois de certo período. Quando o estimulo sensorial continuo é aplicado, o receptor responde inicialmente com alta frequência de impulsos, seguida por frequência progressivamente menor e por fim frequência de PA muito baixa ou cessam os impulsos. Além do mais, alguns receptores sensoriais se adaptam de modo maior que outros, como os Corpúsculos de Pacini (detectam a pressão tecidual) se adaptam até a extinção em alguns 100 de s, e os receptores nas bases dos pelos se adaptam até a extinção em um segundo ou mais. Todos os outros mecanorreceptores acabam se adaptando quase que completamente, mas alguns necessitam de horas ou dias para fazê-lo, por isso são receptores que não se adaptam. O tempo mais longo medido para a adaptação quase completa desses é de 2 dias, que é o tempo também de adaptação para muitos barorreceptores dos corpos carotídeos e aórticos.Alguns dos outros receptores sem ser mecanorreceptores, como quimiorreceptores e os de dor, provavelmente nunca se adaptam por completo 
· Mecanismos pelos quais os receptores se adaptam: são diferentes para cada tipo de receptor, os mecanorreceptores, como o Corpúsculo de Pacini, a adaptação ocorre em 2 maneiras: primeiro devido ao corpúsculo apresentar uma estrutura viscoelástica quando a forca de compressão é aplicada rapidamente de um lado desse, essa forca é instantaneamente transmitida pelo componente viscoso do mesmo, diretamente para o mesmo lado da fibra nervosa central, gerando um potencial receptor. Mas, em alguns segundos, o liquido no interior desse se redistribui e o PR não é mais provocado, logo o PR aparece no inicio da compressão e desaparece em pequena fração de segundo, mesmo que a compressão continue. O segundo mecanismo é muito mais lento e resulta do processo de acomodação, que ocorre na própria fibra nervosa, mesmo quando a fibra nervosa central continua a ser deformada, a terminação da FN passa a ser acomodada ao estímulo, resultando em progressiva inativação dos canais de sódio, na membrana dessa, significando que o fluxo da corrente de sódio pelos canais fazem com que eles se fechem
· Os receptores de adaptação lenta detectam estímulos de intensidade contínua – receptores tônicos: esses continuam a transmitir impulsos para o SNC durante todo o tempo em que o estimulo estiver presente, ou pelo menos por muitos minutos ou horas. Assim, eles mantem o SNC informado constantemente sobre o estado do corpo e sua relação com o meio ambiente. Ex: os impulsos dos fusos musculares e dos aparelhos tendinosos de golgi possibilitam que o SN seja informado sobre o estado da contração muscular e da carga sobre o tendão a cada instante. Outros receptores: receptores de mácula no aparelho vestibular, receptores de dor, barorreceptores do leito arterial, e quimiorreceptores dos corpos carotídeo e aórtico. Em razão desses poderem continuar a transmitir informações por muitas horas, até mesmo dias, são receptores tônicos.
· Os receptores de adaptação rápida detectam alterações da intensidade do estímulo: os receptores de taxa de variação, de movimento ou fásicos. Não podem ser utilizados para transmitir sinal continuo porque esses são estimulados apenas quando a força do estímulo se altera. Ainda, eles reagem fortemente enquanto está acontecendo alteração de fato, por isso são receptores de transição do estimulo, de movimento ou fásicos. Logo, o Corpúsculo de Pacini é importante para informar ao SN sobre as deformações teciduais rápidas, mas inútil para a transmissão de informações sobre as condições constantes do corpo
· Função preditiva dos receptores de taxa de variação: se a velocidade com que ocorre alguma alteração nas condições do organismo for conhecida, pode-se dizer quais serão essas condições em alguns segundos ou até mesmo minutos mais tarde. Ex: os receptores dos canais semicirculares no aparelho vestibular do ouvido interno detectam a velocidade com que a cabeça começa a mudar de direção quando alguém esta correndo em uma curva, assim, a pessoa pode dizer quanto ela terá de virar nos próximos 2s e pode ajustar o movimentos das pernas antecipadamente para evitar a perda do equilíbrio. Logo, os sinais motores apropriados poderão ser transmitidos para os músculos das pernas para fazer as correções antecipatórias necessárias na sua posição para que a pessoa não caia, a perda dessa função impossibilita a pessoa de correr > integração
· Discriminação: capacidade de diferenciar estímulos sensoriais separar texturas, pesos, separar por comparação, limite: diferença entre as intensidades seja superior a 10% do estímulo, diferencia temperatura,
· Transmissão de sinais de diferentes intensidades pelos tratos nervosos: somação espacial e temporal: uma das características de cada sinal que sempre tem de ser transmitida é a intensidade, as diferentes graduações dessa podem ser transmitidas aumentando-se a quantidade de fibras paralelas envolvidas ou pela elevação da frequência dos PA em uma só fibra. Sendo esses a somação espacial, e temporal, respectivamente
· Somação espacial: o aumento da intensidade do sinal é transmitido usando, progressivamente, um número maior de fibras , área que abrange é o campo receptor ou receptivo da fibra. Uma picada na pele pode estimular simultaneamente terminações de varias fibras para dor, quando a picada é no centro do campo receptor de uma fibra para dor em particular, o grau de estimulação dessa é muito maior do que quando ocorre na periferia do campo, pois o número de terminações nervosas livres no centro do campo é muito maior do que na periferia
· Somação temporal: modo de transmitir sinais com intensidades crescentes é aumentando a frequência dos impulsos nervosos em cada fibra
· Transmissão e processamento dos sinais em grupamentos neuronais: o SNC é composto por milhares/milhões de grupamentos neuronais, alguns desses grupos contem poucos neurônios, enquanto outros tem grande quantidade desses. Ex: todo o córtex cerebral é um só grande grupamento neuronal, outros grupamentos neuronais: os diferentes núcleos da base e os núcleos específicos no tálamo, cerebelo, mesencéfalo, ponte e bulbo. Toda a substância cinzenta dorsal da medula é um grande grupamento de neurônios. Cada grupo neuronal apresenta sua própria organização especial, que faz com que ele processe os sinais de forma própria e única, possibilitando que as associações entre os diversos grupamentos realizem a multiplicidade de funções do SN
· Organização dos neurônios para a transmissão de sinais: fibras aferentes à esquerda e as fibras eferentes à direita. Cada fibra aferente se ramifica por centenas a milhares de vezes, gerando milhares de terminações ou mais que se distribuem por grande área dentro do grupamento de neurônios, fazendo sinapses com dendritos ou corpos celulares dos neurônios desse grupamento. Os dendritos também se arborizam e se espalham por centenas a milhares de um, dentro desse. A área neuronal estimulada por cada fibra nervosa aferente é o campo estimulatório, grande quantidade de terminais de cada fibra aferente se situa no neurônio mais próximo de seu campo, e que progressivamente menos terminais se situam nos neurônios mais distantes 
· Estímulos limiares e sublimiares: excitação ou facilitação: a descarga de um só terminal pré-sináptico excitatório quase nunca provoca um PA no neurônio pós-sináptico, e para induzir a excitação do neurônio, é necessário que grande numero de terminais aferentes o estimule simultaneamente ou provoque descargas repetidas. Área em que todos os neurônios são estimulados pela fibra aferente é a zona de descarga da fibra aferente ou zona excitada/zona limiar, de cada lado, os neurônios estão facilitados mas não excitados, e essas áreas são as zonas facilitadas/zonas sublimiares
· Inibição de grupamento neuronal: algumas das fibras aferentes inibem os neurônios em vez de excitá-los, esse mecanismo é oposto ao da facilitação, e todo o campo das terminações inibitórias é a zona inibitória.O grau de inibição no centro dessa zona, é grande por conta do extenso número de terminações no centro, ele se torna, progressivamente, menor em direção às suas bordas
· Divergência dos sinais que passam pelos grupamentos neuronais: é importante que os sinais fracos que entram em um grupamento neuronal promovam a excitação de grande numero de fibras nervosas, que deixam esse grupamento. Divergencia amplificadora: significa que o sinal aferente se espalha para numero progressivamente maior de neurônios, à medida que passa por ordens sucessivas de neurônios no seu trajeto, é característico da via corticoespinal quando do seu controle da musculatura esquelética quando uma só célula piramidal grande no córtex motor é capaz em condições muito facilitadas, de excitar numero suficiente de neurônios motores que resultem na excitação de até 10.000 fibras musculares. Divergência em tratos múltiplos: o sinal é transmitido em 2 direções, partindo do grupamento neuronal.Ex: as informações ascendentes transmitidas pela medula espinal até as colunas dorsais assumem 2 trajetos no tronco cerebral: para o cerebelo, e para o tálamo e para o córtex cerebral, pelas regiões ventrais do encéfalo. No tálamo, quase todas as informações sensoriais são retrotransmitidas tanto para estruturas ainda mais profundas dessem quanto para regiões discretas do córtex cerebral
· Convergência dos sinais: significa que sinais de aferências múltiplas excitam um só neurônio. Convergência de fonte única: múltiplos terminais de um trato de fibras aferentes terminam no mesmo neurônio: os neurônios nunca são excitados pelo PA de uma só terminação aferente , mas PA vindos de múltiplos terminais convergindo no neurônio, fornecem a somação espacial suficiente para trazer o neurônio ao limiar necessário para a descarga. A convergência pode resultar de sinais aferentes excitatórios ou inibitórios de fontes múltiplas: possibilita a somação de informações de diferentes fontes, e a resposta resultante é o efeito somado de todos os diferentes tipos de informação. É um dos modos pelos quais o SNC correlaciona, soma e separa diferentes tipos de informações
· Circuito Neural com sinais eferentes tanto excitatórios como inibitórios: o sinal aferente para grupamento neuronal gera sinal excitatório eferente em uma direção e ao mesmo tempo sinal inibitório na outra. Esse tipo de circuito é característico do controle de todos os pares de músculos antagonistas e é chamado de circuito de inibição recíproca. Inibição: a fibra aferente excita diretamente a via eferente excitatória mas estimula interneurônio inibitório que secreta substancia transmissora diferente, inibindo a segunda via eferente desse grupamento, esse circuito é importante para evitar a atividade excessiva em muitas partes do encéfalo
· Prolongamento de um sinal por um grupamento neuronal: pós-descarga: o sinal aferente para um grupamento provoca descarga eferente prolongada – chamada pós-descarga
· Pós-descarga sináptica: quando as sinapses excitatórias atuam sobre as superfícies dos dendritos ou do corpo celular do neurônio, desenvolve-se o potencial elétrico pós-sináptico no neurônio que dura muitos milissegundos, especialmente quando algumas substancias transmissoras de ação prolongada estão envolvidas. Enquanto esse potencial permanece, ele pode continuara excitar o neurônio, fazendo com que transmita sequencia continua de impulsos eferentes. Assim, apenas como resultado desse mecanismo, é possível que um só sinal aferente instantâneo gere sinal eferente sustentado (série de descargas repetitivas) que dure por muitos milissegundos
· Circuito reverberante (oscilatório) como causa do prolongamento do sinal: tais circuitos são causados por feedback positivo dentro do circuito neuronal, quando o estímulo retorna excitando novamente uma aferência desse circuito. Como consequência, uma vez estimulado, o circuito pode descarregar-se repetidamente por longo período
· Características do prolongamento do sinal em um circuito reverberante: o estímulo aferente pode durar apenas 1 milissegundo e ainda assim os impulsos eferentes podem durar por muitos milissegundos ou até minutos. A intensidade do sinal eferente aumenta para valor alto no início da reverberação e em seguida diminui até valor crítico no qual ele cessa rápida e completamente. A causa dessa cessação súbita da reverberação é a fadiga das junções sinápticas do circuito, a fadiga além de certo nível crítico reduz a estimulação do próximo neurônio no circuito até abaixo do nível limiar, de modo que o circuito de feedback é interrompido. A duração do sinal total antes de seu termino pode ser controlada por sinais de outras regiões do encéfalo que inibem ou facilitam esse, quase esses mesmos sinais eferentes são registrados nos neurônios motores que excitam o músculo envolvido no reflexo flexor que ocorre após estímulo doloroso no pé
· Sinal eferente contínuo de alguns circuitos neuronais: alguns desses emitem continuamente sinais eferentes mesmo na ausência de sinais aferentes excitatórios, podem causar esse efeito:
· Descarga contínua causada pela excitabilidade neuronal intrínseca: os neurônios descarregam repetidamente se o seu potencial aumenta acima de certo nível limiar, os potenciais de muitos neurônios são suficientemente altos para fazer com que produzem impulsos de forma contínua. Ocorre em muitos neurônios do cerebelo, bem como nos interneuronios da medula. As frequências com que essas células geram impulsos podem ser aumentadas pelos sinais excitatórios ou diminuídas pelos sinais inibitórios, muitas vezes podem reduzir a frequência do disparo pode ser diminuída até zero
· Sinais contínuos emitidos por circuitos reverberatórios como modo de transmitir informações: um circuito reverberante em que a fadiga não é suficiente para impedir a reverberação é fonte de impulsos contínuos, além disso, os impulsos excitatórios que entram no circuito reverberante podem aumentar o sinal eferente, enquanto a inibição pode diminuir ou até mesmo extinguir o sinal
· Sinais eferentes rítmicos: sinal eferente respiratório rítmico se origina nos centros respiratórios do bulbo e da ponte, esse sinal rítmico respiratório continua por toda a vida, outros sinais rítmico como os que causam movimentos de coçar a perna traseira de cão ou os movimentos de marcha, em qualquer animal, exigem estímulos aferentes para os respectivos circuitos para que iniciem os sinais rítmicos. São resultantes de circuitos reverberatórios ou de sucessão de circuitos reverberatórios sequenciais que fornecem sinais excitatórios ou inibitórios de grupamento neuronal para o seguinte, em via circular. Esses sinais podem também aumentar ou diminuir a amplitude dos sinais eferentes rítmicos
· Instabilidade e estabilidade de circuitos neuronais: quase todas as regiões do encéfalo se conectam, direta ou indiretamente, com todas as outras regiões, o que cria um problema sério, se a primeira região excita a segunda, a segunda excita a terceira, a terceira excita a quarta e assim por diante até que o sinal excita novamente a primeira região, ficando claro que o sinal excitatório que chegue em qualquer região do encéfalo desencadearia ciclo contínuo de reexcitação de todas as regiões. Se esse ciclo ocorresse o SN seria inundado por massa de sinais reverberantes sem controle, sinais que não transmitiriam informação alguma, mas ainda assim consumiriam os circuitos encefálicos de modo que nenhum dos sinais contendo informação poderia ser transmitido. Efeito como esse ocorre em amplas áreas encefálicas durante as convulsões epilépticas. Para o SNC impedir que isso ocorra o tempo todo, há dois mecanismos básicos: circuitos inibitórios e fadiga das sinapses
· Circuitos inibitórios como um mecanismo para a estabilização da função do SN: dois tipos desses existem em áreas encefálicas extensas que ajudam a evitar a disseminação excessiva de sinais: circuitos inibitórios de feedback que retornam das terminações das vias de volta para os neurônios excitatórios iniciais das mesmas vias, esses circuitos ocorrem em todas as vias sensoriais e inibem tanto os neurônios aferentes quanto os interneuronios da via sensorial, quando as terminações sensoriais são excessivamente excitadas e o outro tipo é : alguns grupamentos neuronais que exercem controle inibitório difuso sobre amplas áreas do encéfalo: ex: muitos dos núcleos da base exercem influências inibitórias sobre os sistemas de controle dos músculos 
· Fadiga sináptica como meio de estabilizar o SN: a transmissão sináptica fica progressivamente mais fraca quanto mais prolongado e mais intenso for o período de excitação. Além disso, quanto mais curto o intervalo entre reflexos flexores sucessivos, menor a amplitude da resposta reflexa subsequente
· Ajuste automático a curto prazo da sensibilidade da via pelo mecanismo de fadiga: aplicando-se esse fenômeno a outras vias do SNC, as que são muito utilizadas ficam fadigadas, assim ocorre a redução da sua sensibilidade, as que são subutilizadas ficam descansadase suas sensibilidades aumentam. A fadiga e a recuperação dessa é importante a curto prazo para moderar as sensibilidades de diferentes circuitos do SN, essas funções ajudam a manter os circuitos operando em faixa de sensibilidade que permite funcionalidade efetiva
· Alterações a longo prazo na sensibilidade sináptica causadas por regulação automática negativa ou positiva dos receptores sinápticos: as sensibilidades das sinapses a longo prazo podem ser muito alteradas pelo aumento do número das proteínas receptoras nos sítios sinápticos, quando houver hipoatividade, e pela redução do número de receptores quando houver hiperatividade. As proteínas receptoras estão sendo continuamente formadas pelo complexo de golgi e RE e são inseridas na membrana sináptica do receptor, mas quando as sinapses são superutilizadas de modo que excesso de substância transmissora se combine com as proteínas receptoras, muitos dos receptores são inativados e removidos da membrana sináptica. Logo, é fundamental que a regulação positiva e negativa dos receptores, bem como outros mecanismos de controle da sensibilidade sináptica ajustem continuadamente a sensibilidade de cada circuito para o nível quase preciso que é necessário para a função adequada
· Os nociceptores estão presentes nas fibras nervosas das estruturas superficiais e profundas do sistema tegumentar, parede das vísceras e dos vasos sanguíneos e fibras musculares correspondentes do sistema músculo-esquelético. Os nociceptores presentes nas fibras mielínicas finas A-delta (respondem à estimulação mecânica e/ou térmica intensas) e nas fibras amielínicas C (respondem à estimulação mecânica, térmica e/ou química intensas):
· Fibras A: são mielínicas e responsáveis pela transmissão da dor do tipo rápida. Estão localizadas superficialmente na pele, músculos e tendões. São conduzidas com organização somatotrópica precisa e detalhada, por este motivo a dor pode ser precisa e quantificável.
· Fibras C: são amielínicas e responsáveis pela transmissão da dor do tipo lenta. Estão localizadas em estruturas mais profundas de músculos e tendões e nas vísceras. São conduzidas sem organização somatotrópica precisa e por este motivo a dor transmitida pelas fibras lentas C é difícil de ser localizada e quantificada. A atividade dos receptores nociceptivos das fibras C é modulada pela ação de substâncias químicas, denominadas algogênicas (acetilcolina, prostaglandina, histamina, serotonina, bradicinina, leucotrieno, substância P, tromboxana, fator de ativação plaquetária, radicais ácidos e os íons potássio), liberadas em elevada concentração no ambiente tecidual em decorrência de processos inflamatórios, traumáticos e/ou isquêmicos.
· Os nociceptores transmitem as mensagens lesivas sob a forma de impulsos elétricos ao longo dos nervos até a medula espinhal e, em seguida, ao cérebro. Essa transmissão da medula espinhal para as estruturas encefálicas é realizada mediante sistemas neuronais que compõem o trato espinotalâmico

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