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A Literatur� - Era colonial OBS: 1) Quinhentismo = Grandes Navegações e o expansionismo comercial português. 2) Barroco = Contra Reforma. 3) Arcadismo = iluminismo. Literatura é contexto - para cada movimento ESTÉTICO/LITERÁRIO, há um contexto histórico, social e político. Contexto histórico - I. Média (TEOcentrismo) - o poder é impositivo e vem de cima para baixo. - O poder político estava ligado ao FEUDALISMO. - Não há mobilidade social. Por conta desta estrutura as relações sentimentais são impossíveis para pessoas de classes diferentes. - Reforma Protestante (divisão da Igreja). * Com o final da I. Média, Portugal assiste a construção do Humanismo (Gil Vicente - O Auto da Barca do Inferno) - trilogia das Barcas. Essa obra de Gil Vicente é influenciada pela "Divina Comédia''. Inferno de Dante. A Idade Média nos apresenta o MANIQUEÍSMO. No Humanismo, teremos a construção atualizada do TEATRO. O Teatro Gil Vicente é alicerçado nos AUTOS. -AUTO é todo tipo de peça medieval que encena fatos religiosos. - Esse princípio histórico trouxe a ideia da RAZÃO, EQUILÍBRIO DA CIÊNCIA. Indicação fílmica; O Nome da Rosa. Europa: Literatura que se forma em Portugal. (Trovadorismo, Humanismo e o Classicismo) Brasil: Era Colonial Quinhentismo: 1500 a 1600 (não é uma escola literária) ● Marcado pelas grandes navegações e necessidade expansionista e pela corrida metalista ● ocorrências históricas e documentais. ● Quinhentismo é o período de descoberta do Brasil, momento em que os portugueses escreveram sobre o país (leitura informativa, descritiva). Conta a Portugal o clima, o cenário… ● Viajantes, cronistas, padres jesuítas e etc. 1)Período de viagens/período de crônicas 2) Período Jesuítico (aqui surgem os primeiros textos literários) 3) Descobrimento do Brasil Pero Vaz de Caminha- escreve uma carta contando o descobrimento "Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos.” Características da carta: ● produzida pelos viajantes ● descritivismo da fauna, flora e nativo brasileiro ● exaltação da terra ● preocupação com a conquista material ● sem preocupação estética ● grande valor histórico e documental Leitura catequética: ● produzida pelos jesuítas ● temas teocêntricos ● na poesia, versos redondilhos ● preocupação estética ● tom didático pedagógico ● preocupação com a conquista espiritual Padre José de Anchieta Objetivos da carta: Dilatar o comércio mercantilista português e a fé cristã. Idade Moderna - Portugal promove o expansionismo comercial. Portugal tinha o interesse em conquistar novas terras e descobrir metais preciosos. Quinhentismo = Grandes Navegações - expressão do século XVI Barroco = Contra Reforma - expressão do século XVII Barroco em Portugal: 1580: ano da morte de Luís de Camões. 1756: Fundação da Arcádia Lusitana e o surgimento de um novo estilo. Padre Antônio Vieira: maior representante do Barroco literário em Portugal. Lembre-se: Classicismo → Barroco (ou seiscentismo) → Arcadismo(ou seiscentismo) Contexto histórico: O Barroco em Portugal iniciou-se durante o período de colonização do Brasil. Diversos conflitos com os holandeses e espanhóis. Enfraquecimento português: grande crise econômica, política e social. Portugal estava sob o domínio espanhol e lutava pela independência (conquistada somente em 1640). Europa: crise entre o humanismo renascentista e o medievalismo religioso. O Barroco foi um momento de transição: diversas descobertas científicas incitaram muitas dúvidas, sobretudo no campo religioso. Reforma Protestante de Martinho Lutero: enfraquecimento na Igreja Católica. Principais características: ● Exagero e minúcia nos detalhes ● Temática religiosa e profana ● Dualidade e complexidade ● Uso de figuras de linguagem (ex:antítese) ● Teocentrismo X Antropocentrismo ● Cultismo e conceptismo Cultismo (ou Gongorismo): jogo de palavras. -Influenciado pelo poeta espanhol Gôngora. -Linguagem rebuscada, ornamental e cultural, valorizando a forma textual. Conceptismo (ou Quevedismo): jogo de ideias e conceitos. -Baseado na poesia do espanhol Quevedo. -Racionalismo e o pensamento lógico. -Seu principal objetivo é convencer o leitor. Principais autores: -Padre Antônio Vieira (1608 – 1697) -Sermão de Santo Antônio aos peixes (1654) -Sermão da Sexagésima (1655) -Sermão do Bom Ladrão (1655) -Padre Manuel Bernardes (1644 – 1710) -Francisco Manuel de Melo (1608 – 1666) Arcadismo: 1) Falar sobre o Arcadismo é atribuir sentidos a uma necessidade de vida mais simples e próxima do ambiente natural = CAMPO/NATUREZA. - paradoxo se estabelece entre o CAMPO x CIDADE. 2) Falar sobre o Arcadismo é atribuir sentidos a uma necessidade de vida mais simples e próxima do ambiente natural = CAMPO/NATUREZA. - paradoxo se estabelece entre o CAMPO x CIDADE. - Iluminismo (século das luzes). O pensamento iluminista representa uma fase importante de transformações no campo da cultura europeia Na Inglaterra e na França forma-se uma burguesia que passa a dominar economicamente o Estado. O conceito de Burguesia varia com o passar do tempo. Lembrando: Burguesia é um termo com vários significados históricos, sociais e culturais. A palavra se origina do latim burgos, significando "cidade", adaptada para várias línguas europeias. Burgueses, por extensão, eram os habitantes dos burgos, em oposição aos habitantes do campo. Na Idade Média o conceito se limitou a uma específica classe social formada nos burgos, conhecida como a burguesia propriamente dita, que detinha o direito de cidadania, o qual acarretava vários privilégios sociais, políticos e econômicos. A burguesia no século XVIII ganha um novo tom conceitual e ela passa a ser a classe detentora de uma cultura particular, meios econômicos baseados em capitais e uma visão materialista do mundo.Arcadismo é também sinônimo de simplicidade, de presença da natureza, de imitação da vida dos gregos de influência clássica/renascentista. O arcadismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século XVIII, mais precisamente entre 1756 e 1825, também denominada de setecentismo ou neoclassicismo. O nome "arcadismo" é uma referência à Arcádia, região campestre do Peloponeso, na Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética. ARCÁDIA (LOCAL IMAGINÁRIO) - eis aqui um local de reunião dos intelectuais, artistas que discutem a razão, a ciência em detrimento do pensamento do Barroco. Neste lugar imaginário reina a felicidade, a simplicidade e a paz em um ambiente idílico habitado por uma população de pastores que vivem em comunhão com a natureza, como na lenda do nobre selvagem. O mundo atual é baseado num NEGÓCIO. Negação do ócio Negócio. ÓCIO = tempo que preciso ter para mim - ele até estimula a criação com mais tranquilidade. O pensamento árcade diz que é preciso utilizar o campo, a natureza como fontes de inspiração. Dica filosófica: a ideologia árcade dialoga, guardadas devidas proporções, com a filosofia do ESTOICISMO e EPICURISMO. Não será utilizado o volume de figuras de linguagens como o Barroco utiliza. Os árcades negam uma linguagem ornamentada Os árcades não utilizam CULTISMO nem o CONCEPTISMO ARCADISMO = neoclassicismo, período setecentista e na literatura brasileira, também posso chamar de Escola Mineira. O pastoralismo, que é a teoria dos PSEUDÔNIMOS, refere-se à ideia da anulação de sua posição social e financeira para que se possa escrever com liberdade. Equipara ricos e pobres, poderosos e não poderosos no mesmo patamar. Banksy Bucolismo é a presença da natureza bela, tranquila, aprazível, gostosa, contemplativa.... ARCADISMO NO BRASIL: – Séc. XVIII: BRASIL COLÔNIA – Ciclo da Mineração (Minas Gerais). – Ida dos filhos da elite mineira para a Europa: contato com a cultura iluminista neoclássica dominante. • Eles trouxeram o Arcadismo para o Brasil – Choque entre culturas: árcade (trazida da Europa) e barroca (predominante no Brasil). •O Barroco predominava no Brasil Principais Autores: Cláudio Manuel da Costa * Inaugura o Arcadismo no Brasil com o livro Obras (1768). – Autor de transição: apresenta as características árcades, mas, também, traços barrocos. – Ele é o mais velho. Tomás Antônio Gonzaga: –Marília de Dirceu Principais características: Uso de pseudônimos: poesia como construção artística. Fingimento poético: o poeta escreve como se fosse um camponês. Marca neoclássicas: referências em latim, valorização dos clássicos, etc. Alvarenga Peixoto: autor menos expressivo. Poemas épicos – O Uraguai, de Basílio da Gama – O Caramuru, de Santa Rita Durão. ● Contextualização do Arcadismo no Brasil – referências à paisagem de Minas Gerais, Vila Rica, etc. Poesia satírica – Cartas Chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga. * Por meio de pseudônimo, o autor criticava o governador da época O Arcadismo mostra como uma vida no campo é mais vantajosa que uma vida no meio urbano 04/03/2021 Romantismo * Transição do século XVIII para o XIX + 1807/1808 Ascensão napoleônica a invasão aos territórios de Portugal. Expulsão da Família real que veio para o Brasil. A Europa vive um ambiente intelectual de muita rebeldia e de muitos questionamentos e, também, de posturas identitárias que buscavam liberdades. Na esfera política, os sistemas despóticos estão em decadência e ao mesmo tempo em crescimentos, está o liberalismo político O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os Estados nacionais na Europa. No romantismo encontraremos uma postura UFANA. O que é ufanismo? Ufanismo é um nacionalismo exacerbado/exagerado. No romantismo encontraremos uma postura UFANA. Atenção! O Romantismo tem uma ligação com o nacionalismo. A partir do Romantismo, principalmente no Brasil, passamos a falar em COR LOCAL. Cor Local são as características próprias de um povo/nação. O Romantismo é pensado, estruturado, organizado pela burguesia para atender seus próprios anseios. ● Há características básicas que estão em todos os lugares que abordaram o Romantismo, tais como: ● Egocentrismo (o indivíduo é encarado como o centro do mundo) ● Sentimentalismo exacerbado. ● Nacionalismo. Para evidenciá-lo, os textos abordam sobre a cor local. ● Idealização do amor e da mulher da ideia de pátria (UFANISMO). ● Tom depressivo (discurso que exalta a fuga da realidade, seja pela morte, seja pelo sonho ou ainda pela própria arte, pessimismo, melancolia...). O crescimento da burguesia francesa estimula a criação da Belle Époque (bela época, a época áurea). BELLE ÉPOQUE - foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa (começou no fim do século XIX em 1871, e durou 1914). - Esse é o período de grande efervescência na cultura francesa e que irá se espalhar pelo mundo, como por exemplo os CABARÉS, o CANCÃ, o CINEMATÓGRAFO. Dica: nesse contexto, a arte toma novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau. A Belle Époque foi representada por uma cultura urbana de divertimento, incentivada pelo desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte, os quais aproximaram ainda mais as principais cidades do planeta. 1)A obra inaugural do Romantismo foi "Os Sofrimentos do jovem Werther" do escritor Goethe (essa obra tem um quê de autobiográfico). 2) O indígena no Arcadismo é uma elemento característico da poesia, sobretudo do período épico (há elementos históricos que fazem referência ao modo de vida de uma época); ao passo que no Romantismo, ele é um elemento simbólico que melhor representa a estrutura natural livre de uma nação. É aqui que ele alcança a condição de HERÓI. ● Cor Local (valorizaçãodos elementos que marcam um povo, uma nação). O que mais marca a nossa estrutura de cor local é nossa relação com a natureza = FAUNA e da FLORA. ● Construção do discurso nacionalista = UFANISMO (nacionalismo exacerbado). Dica: essa construção passa, obrigatoriamente, pela força heroica )esse herói é o símbolo dos elementos nacionais). Lembrete: o Romantismo surge na Alemanha num período militar, de construção de força e de identidade muito fortes e também na Inglaterra e, fundamentalmente, na França em razão da revolução francesa que marcou até hoje aquele país e que se estendeu por toda a Europa. - Valorização do regionalismo (aspectos culturais, folclóricos). Esses são valores que marcam efetivamente a cultura de um povo. Atenção! É no Romantismo que construiremos um projeto nacionalista, ainda que saibamos que não nos libertamos totalmente do discurso europeu. Atenção! O Romantismo sofreu influência medieval nos aspectos culturais. 1) O uso de características da cantiga de amor (amor suserano e vassalo, amor impossível, platônico). 2) Cavaleiro medieval (a história da cavalaria diz muito sobre a bravura do ser, fato que influenciará o discurso construído sobre o índio natural). - O indígena herói na literatura do romantismo é uma espécie de Cavaleiro medieval redivivo. 3) As marcas da religiosidade, sobretudo católica (os indígenas sofrerão com o batismo católico , consequentemente, com a anulação de sua cultura). O índio sofreu com a teoria rousseauniana. ● Dica: parte dos textos do romantismo, principalmente na primeira fase poética, foram escritos com versos curtos (redondilhas), outra influência dos textos trovadorescos/medievais. ● Em nossa primeira fase da poesia do Romantismo, Gonçalves Dias é um dos maiores expoentes desta fase e de toda a estética e sua poesias tem três temática: ● Primeira temática: nativismo (os valores e marcas de um povo/nação). Desta temática, surge um dos mais importantes poemas da história da literatura brasileira, que é "CANÇÃO DO EXÍLIO" = hino do romantismo. ● Segunda temática: indianismo (condição do herói e das lutas e das tribos que compunham a nossa história - força, bravura, guerreiro). ● Terceira temática: sentimentalismo a uma mulher/amor (aborda-se a ideia do amor que pode trazer sofrimento, mas jamais fará com que o poeta queira morrer). Romantismo - Contexto Histórico ● Surgimento na Europa, no século XVIII, indo até meados do século XIX. ● Influenciou a literatura, a pintura, a música, e a arquitetura. ● Movimento de oposição ao Classicismo, ao Racionalismo e ao Iluminismo. ● Romantismo no Brasil: final do século XVIII. Início na Europa: Base do sentimentalismo romântico e do escapismo pelo suicídio estabelecidas pelo romance Os sofrimento de jovem Werther, de Goethe (1774). Inglaterra no início do século XIX - poesia ultra-romântica, de Lord Byron, e romance histórico de Ivanhoé Walter Scott. Manon Lescut, de Prévost (1731). História de Tom Joses, de Henry fielding (1749). Principais Características: ● Oposição ao clássico; ● Estrutura longa do texto em prosa; ● Desenvolvimento de uma trama central; ● Narrativa ampla refletindo uma sequência de tempo; ● O indivíduo passa a ser o centro das atenções; ● Surgimento de um Público Consumidor (origem nos folhetins); ● Uso de Versos Livres e Versos Brancos na poesia; ● Exaltação do nacionalismo, da natureza e da pátria; ● Idealização da sociedade, do amor, e da mulher; ● Criação de um herói nacional; ● Sentimentalismo e supervalorização das emoções pessoais; ● Subjetivismo egocentrismo; ● Saudades da infância; ● Fuga da realidade. Romantismo: ● Ausência de modelo a ser seguido ● Individualismo ● Visão pessoal e subjetiva ● Resgate da idade média ● Cristianismo ● Imaginação ● Sensibilidade ● Folclore ● Imagem sentimental e objetiva do homem e da mulher Classicismo: Segue um padrão clássico Universalidade Visão impessoal e objetivo Antiguidade clássica Paganismo Inteligência Razão Erudição Imagem racional do homem e da mulher Nacionalismo: ● Incentivo à exaltação da natureza pátria; ● Retorno ao passado histórico, resgate de grandes batalhas; Criação do Herói Nacional: - Europa - Cavaleiro medieval - Brasil - indígena ● Natureza vista como uma extensão da Pátria ou refúgio. Sentimentalismo romântico: ● Exagero; ● Intensidade; ● Amor sofrido ● Derrota do ego, frustração,tédio. Fahrenheit 451- 18/03/21 Toda sociedade sem futuro, sem ideias... - é um passo fácil para a dominação e para a opressão. Vale ressaltar que a história provou que os sistemas dominadores totalitários surgem desses aspectos. Fahrenheit 451 é um romance distópico de ficção científica soft, escrito por Ray Bradbury (1920-2012) e publicado pela primeira vez em 1953. A narrativa apresenta um período da criação da televisão, logo, o conhecimento será compartimentalizado e embarcado nesta mídia para que a leitura seja considerada obsoleta. As sociedade dependerão de programações aborrecentes, fúteis… A tecnologia surgiu e ela é fundamental para o desenvolvimento humano, mas onde se encontram as pessoas de fato, os sentimentos. A narrativa, na perspectiva da DISTOPIA, termo também refere-se a um lugar, época ou estado imaginário em que se vive sob condições de extrema opressão, desespero ou privação. Esses sistemas dominadores, TOTALITARISMO, AUTORITARISMO são patrocinadores de DISTOPIAS. O surgimento das tecnologias, inseridas nesse contexto, são ferramentas potentes para esses sistemas na funcionalidade dos controles por parte do estado ou de instituições ou corporações, ou ainda, como ferramenta de opressão, por ter escapado ao controle humano. Viver de forma LAICA em seu mais profundo sentido, fundamenta a liberdade de se poder pensar livre e se dizer o que se quer sem ser patrulhado. A narrativa trata de um futuro inespecífico em uma América hedonista e anti-intelectual que perdeu totalmente o controle. - nessa sociedade (ficcional/americana/mundo)a leitura é proibida e quem fosse pego lendo, era no mínimo trancado num hospício. - Muitos livros foram considerados ilegais (a queima de livros simbólica ou real, é uma forma de patrulhar e de deformar uma sociedade). - O protagonista GUY MONTAG é bombeiro e cumpria todas as ordens do Estado e seu chefe o Capitão Beatty é a representatividade da opressão, da violência e do retrocesso, sobretudo aos ideais do conhecimento. - O papel de nosso protagonista era o de queimar livros, casas ou de perseguir pessoas contrárias a esse regime. - Esse novo mundo quando for surgir, só será bem feito se essas pessoas que outrora liam livros ocultos começam a revelar-se, explicando a todos os demais de onde vieram de que forma o conhecimento que detêm poderá transformar a vida de todos de forma positiva. Cabe ao Estado a construção de políticas públicas que minorem as carências, que estimulem a construção educativa/cultural. Divisão do livro: A lareira e a salamandra (primeira parte) - O protagonista concorda com seu trabalho e aparentemente se sente feliz. Na realidade ele age apenas como um funcionário do governo que cumpre ordens e não possui caráter contestador. - Essa é uma crítica a uma sociedade alienada, fútil e emburrecida que gasta seu tempo precioso consumindo os programas televisivos. Essa é a única formação para muitos. - Nessa fase, o protagonista conhece Clarissa (aqui está o início de sua crise existencial). Clarisse, uma jovem que tem o sonho de ser professora e que lhe provoca alguns questionamentos acerca da vida e da felicidade. Essa personagem é crucial para aguçar o desejo de mudança que estava adormecido em Guy. - Nesta passagem, o livro é METALINGUÍSTICO. A peneira e a areia (segunda parte) A proporção que ele vai lendo os livros, o mundo torna-se estranho, ele passa a se questionar e a questionar o mundo. Isto é tão impactante que até a esposa Mildred, completamente fútil, ele passa a questionar. O conhecimento liberta e a ignorância aprisiona. Em busca de conhecimento, o bombeiro encontra-se com o Sr. Faber, um professor bastante culto que lhe mostra o poder dos livros. Juntos, os dois elaboram um plano para destruir o corpo de bombeiros. Atenção! Há um antagonista que é o Capitão Beatty (chefe dos bombeiros), ele representa o atraso cultural, o retrocesso, a violência… O brilho incendiário (terceira parte) - A perda da casa que foi queimada. Montag precisa seguir novos caminhos e eles só serão saudáveis se forem pela via de uma nova estrada, a do conhecimento. O papel dos professores é o de ilustrar, fazer com que as escritas se constituam, as memórias sociais, políticas, culturais se perpetuem. Granger: intelectual que lidera os professores fugitivos que lêem os livros para guardá-los na memória. Eis aqui o guardião do futuro melhor de um povo. Sabujo: perseguidor de ideologias contrárias a um pensamento ditatorial, é uma espécie de cachorro mecânico programado para perseguir e matar intelectuais que possuem livros. Esse personagem existe apenas na obra literária. Segunda parte da I UNIDADE: TEOGONIA (narrativa que evidencia o nascimento dos deuses e seus respectivos poderes) COSMOGONIA (narrativa que evidencia o nascimento do universo e os poderes da natureza). O mito é uma narrativa fantástica que possui o objetivo de explicar a origem de tudo aquilo que existe e é considerado importante para um determinado povo. As narrativas fantástica compreendida como verdadeira, que dá conta de explicar a origem de tudo o que é relevante para a vida humana. Com o advento da racionalidade, da lógica, as ideias míticas vão se ficcionalizando, apenas. Na contemporaneidade, há a criação dos falsos mitos (eles estão dentro de um mundo digital e de um imaginário salvacionista para muitos). Nossa história foi pautada no processo de mitificação ( O brasil sempre criou modelos de heróis para responder por sua própria história), assim como o Romantismo, no primeiro momento, mitificou muito. No romantismo temos um mito = INDÍGENA = HERÓI. O romantismo brasileiro construiu mitos que influenciaram não só o conhecimento da história nacional, mas o desenvolvimento de seu meio cultural e institucional. Chamamos de Indianismo a corrente romântica de valorização deste indígena que se viu na literatura brasileira e que consolidou nosso discurso de nacionalidade. Nossa história, inicialmente no romantismo, é contada resgatando elementos históricos (independência política do Brasil), folclóricos, rituais, aspectos culturais, sobretudo os que estão ligados à grandiosa riqueza da natureza. O Romantismo vai contar histórias que retratam a ideologia de um país no processo de consolidação de sua liberdade. Aqui estão as marcas que ilustram nossa IDENTIDADE. O indianismo romântico ganha contornos nacionalistas. O índio era o passado histórico da recém-independente nação: era o genuíno filho da terra, o verdadeiro brasileiro.. Elevar o indígena (nosso primeiro brasileiro, o habitante genuíno desta terra) a categoria de herói, de nosso mito ajuda na narrativa da consolidação dos ideais nacionalistas. O indígena como nós conhecemos no Arcadismo e no Romantismo já é visto como herói (apenas no Romantismo) e isso se deve ao "mito do bom selvagem" de Rousseau que afirma que todos nascem bons e que a sociedade os corrompe. Nosso nacionalismo parece postiço. No Romantismo temos uma poesia dividida em fases: ● Poesia indianista/nativista (evidenciamos os aspectos históricos de uma nação, daí nosso discurso de nacionalismo UFANO). ● O nacionalismo ufano é marcado pela COL LOCAL (características peculiares de um povo ou de uma nação). Valorização dos aspectos folclóricos, regionais, nos rituais, nos aspectos culturais e, sobretudo, na evidência de uma rica e grandiosa natureza. FAUNA e FLORA. ● A representatividade heróica (SIMBOLISMO). Ele representa perfeitamente este espaço nacional. ● Aqui existem narrativas que mostram o ambiente nativo, o poder doherói, dos valores de uma nação (símbolos que configuram este discurso). Observação especial: o Romantismo foi também influenciado por aspectos medievais, tais como: cantiga de amor (o amor aqui é vassalo e suserano); cavaleiro medieval (representatividade da força, do guerreiro...); religiosidade (meio de melhor transformar pessoas, no caso do índio, eles passam a ser monoteístas); alguns textos são escritos em redondilhas. Romantismo - fases da poesia : (08/04/21) I - Indianista/nativista Dica: nesta fase, a poesia de Gonçalves Dias é marcada por três temáticas: NATIVISTA, INDIANISTA e LÍRICO-AMOROSA. Na temática Indianista de G. Dias, o indígena é apresentado em sua forma brava, guerreira... Eis aqui o movimento de resistência indígena. Obs.: no projeto nacionalista, também irá fazer parte o escritor José de Alencar. A ideologia indigenista tem algumas diferenças nas posturas de G. Dias e nas de Alencar. Segunda geração da poesia do Romantismo: - Ultrarromântica, byronismo, mal do século. Dica: essa postura individualista e muito sofrível tem explicações históricas e sociais. A partir de 1840 os discursos nacionalistas começam a não terem força para um grupo de jovens na França e na Inglaterra. Entre 1850 e 1860 ocorreu uma ruptura nesses discursos por parte desses jovens. Eles se fecharam em seus mundos. A causa do grande individualismo que viveu parte desses europeus. Sentimento de descrença em tudo e em todos. A esses jovens, coube o lugar do sofrimento, do tédio e da melancolia da vida e, fundamentalmente, do desejo de morrer para aliviar a dor da vida. Atenção! O eco da postura desses jovens veio de Lord Byron, poeta inglês que cria a teoria do SPLEEN (tédio e a melancolia da vida) e do livro publicado por Goethe "Os Sofrimentos do Jovem Werther" EFEITO WERTHER. A mulher é vista como Virginal ( intocável) Relações abusivas. arbitrário tirano absolutista autocrático autoritário cesarista cesarismo despótico discricionário ditatorial dominador dominante prepotente tirânico optativo autocrata ou autocrata déspota Aula do dia- (15/04/21) A escravidão existe? -Do ponto de vista constitucional, não, mas do ponto de vista sociológico, sim. -Todo texto é baseado em um contexto, mas ele é um grande pretexto para discutirmos várias questões que inquietam uma sociedade. -A escravidão foi um sistema muito utilizado no mundo todo. -Os latifundiários dos séculos XVI, XVII e XVIII e de parte do XIX lucram e muito com essa mão de obra barata, sobretudo o nosso colonizador. -A literatura exerce papéis e entre eles, há um que está ligado ao engajamento, ao ativismo que é o movimento em que os autores utilizam seus textos para reverberar graves problemas de uma sociedade. -Os textos sociais de Castro Alves são escritos num período em que os negros já escravizados no continente africano foram transladadso à força para outros continentes. O processo de colonização africana. -A África era tribal e essas tribos eram rivais e algumas delas eram extremamente inimigas. Escravos que saíram A – Serra Leoa – 66.974 B – Costa do Ouro – 80.597 C – Baía de Benin – 222.407 D – Baía de Biafra – 217.781 E – Congo e Angola – 952.937 F – Moçambique – 236.504 Escravos que chegaram 1 – Carolina (EUA) – 47 mil 2 – Cuba – 502.998 3 – Jamaica – 69 mil 4 – Guiana – 65.049 5 – Bahia – 161.883 A construção da Identidade nacional, a partir dos textos de Castro Alves, ganha um novo impulso/viés, sobretudo na luta pela inclusão deste povo em nossa história. A cultura brasileira é híbrida e os africanos contribuíram e muito. Caminha ao lado de Castro Alves discursos importantes na luta histórica e sociológica no Brasil, como os de: Luís Gama, José do Patrocínio e Ruy Barbosa. A historicidade que está nos textos da literatura, são gestos de leitura que nos conduz a contextos para que melhor possamos interpretar o mundo em que vivemos. O desterro dos mortos- 22/04/21 Tirar, desterrar algo, alguém que submerso. - Destrói a ideia que temos sobre a morte. - Nesta narrativa, os contos apresentam uma polissemia (vários sentidos) sobre a morte. - As narrativas nos dão conta de que a morte não é o fim de tudo, ela pode nos trazer momentos edificantes (aprendizados e aprendizagens). - A vida é feita de experiências e a cada uma delas, vamos amadurecendo. Atenção! O livro leva os leitores a refletir sobre as relações humanas e sua própria existência diante do progressivo processo de desumanização da sociedade contemporânea. Há uma dimensão filosófica sobre a ideia da morte. Para a filosofia, a função da morte seria nos ensinar a viver. Não importa se você viveu muitos ou poucos anos, o que importa é a forma e a maneira como você aproveitou esse tempo. - Todos os contos são marcados por um lirismo. Eis aqui uma prosa poética. - As narrativas se unem em torno dos temas de morte, dor, perda, culpa, decepção, solidão e rompimento, que são revelados pelo personagem-narrador. As experiências de perda conduzem o narrador à sua própria transformação e ao encontro consigo mesmo. - São histórias ficcionais, mas que estabelecem pleno valor com nossa realidade. O conto "O sorriso da estrela" - Estela luta para apresentar, manifestar seu amor puro ao seu único irmão. Enquanto Estela era todo amor, Pedro era todo ódio, raiva, desprezo… - A morte de Estela ocorreu, mas o foco não é ela, na verdade, a grande ideia é a forma como a morte reestruturou a vida de Pedro. O conto tematiza a tristeza de Pedro e como a morte de Estela o afetou, que mesmo com o passar dos anos, a saudade, a memória, a melancolia e a visão da morte da irmã como algo além do carnal, o sorriso de Estela permanece pelo olhar da estrela, a estrela que sorri eternamente para Pedro, visto que o cuidado ultrapassa os limites. Fique ligado! Em um misto de saudade e culpa por não ter se apercebido daquele sentimento antes, Pedro se dá conta da amabilidadede Estela, que agora se encontra morta. Conto - "O avô e o rio" - O neto neste conto não tem pai e nem tampouco mãe (eles não são apresentados). Há uma sensação de orfandade. - Há uma linda e perfeita relação entro o avô e o neto. - O neto neste conto não tem pai e nem tampouco mãe (eles não são apresentados). Há uma sensação de orfandade. - Há uma linda e perfeita relação entro o avô e o neto. - Durante muito tempo o avô labutava com suas terras e tentava impedir o avanço do rio (RIO = é algo real e marcado por vários simbolismos). - O tempo está fazendo a vida seguir seu curso, o avô percebe neste tempo corrido de que precisa ensinar o mais rápido possível ao neto, a luta pela sobrevivência na vida. Anote aí! Narra a luta de um homem com um rio que invade suas terras, ao mesmo tempo em que descreve a relação entre um neto e seu avô e enfatiza temas como aprendizado, conhecimento e herança, tanto no nível material como emocional, legados familiares que passam de pais e avós para filhos e netos. - O grande ensinamento é o de ensinar a viver, a andar, a labutar, a sobreviver... - O conto traz muito a ideia do ensinamento, da aprendizagem, aprendizado que a vida nos oferta pela via de algumas pessoas que cruzam nossas vidas. - O tempo é cruel com a idade - que o neto vai percebendo o avô perdendo as forças (ENVELHECIMENTO). Nesta narrativa os dois se dão conta de que só tem um ao outro, são de fato solitários e um cuida do outro.... - Ao longo do processo, o neto narrador vai contando essas histórias e nos apresentando um certo ar de bucolismo do espaço, mas também a dureza da natureza que cumpre seu papel, tomando de volta seus espaços ou arrebatando a vida no seu tempo certo ou não. - Há momentos na vida que nós não contaremos mais com algumas pessoas que amamos, daí o desafio educativo dessas pessoas para nos ensinarem uma forma boa de caminhar pela vida, de edificarem nossas existências… Romance do Romantismo É no romantismo que teremos a primeira experiência com as narrativas (romances) e nelas contaremos os aspectos culturais e sociais da classe consumidora. As narrativas são triviais e estão preocupadas em evidenciar o vestuário, a ficção/fantasia das relações, o amor perfeito, o final feliz, a redenção, a moralidade, os bons costumes, os bons valores.... O público consumidor era formado em geral por jovens meninas burguesas. A origem do romance romântico brasileiro é folhetinesca Toda narrativa do Romantismo é alicerçada sobre o MANIQUEÍSMO. Bem = virtudes, bons valores, altruísmo, resiliência - aqui está o lugar do herói, do mocinho, do protagonista. IRACEMA - a palavra é um anagrama da palavra AMÉRICA Nesta narrativa Iracema com seu amado Martim protagonizam as histórias e Irapuan antagoniza porque Martim roubou o direito deste casar-se com Iracema. As narrativas retratam tradições, linguagem fluente e de fácil acesso com tramas fáceis e com grande otimismo burguês. A urbanidade brasileira está centrada no R. Janeiro foi fundamental para o surgimento deste novo gênero. As narrativas romanescas sofrem as influências dos costumes urbanos e das amenidades das zonas rurais, retoma o mito do cavaleiro medieval, que agora é o herói local. Dica: Os romances são mecanismos narrativos que contribuíram para a popularização da leitura e de nossa nacionalização das letras. Está intimamente ligado ao reconhecimento dos espaços nacionais, o campo, a selva e a cidade. Se no passado o romance foi uma brilhante criação e alternativa para se difundir a cultura e a leitura, a novela aprimorou e os seriados da atualidade ressignificam esse contexto. É possível encontrarmos personagens com tensões medianas psicológicas, mas jamais com grandes complexidades e nem tampouco profundidades psicológicas. Romances tradicionais e os de transição. Personagens heróicos convencionais e os picarescos (esféricos). Há um destaque para José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida e Joaquim Manuel de Macedo. José de Alencar arquitetou um projeto para escrever romances com os variados temas e as variadas regiões do Brasil (projeto de retratar o brasil pela via dos romances = IDENTIDADE NACIONAL). Eis o primeiro momento que teremos um romance regionalista e aqui não se faz críticas e nem tampouco denúncias. COR LOCAL. Lembrete: ler o livro Lucíola de José de Alencar. Preparação para a leitura: - Pesquisar sobre o contexto social, político e histórico da época (segunda metade do século XIX). - Características da narrativa urbana de José Alencar. - Pesquisa sobre a história de José de Alencar. Prosa do romantismo - parte II - Tipos de romances (temáticas): 1) Romance histórico. 2) Romance indianista. Dica: algumas narrativas indianistas dialogam com elementos históricos. - Os romances indianistas recuperam alguns fatos históricos do Brasil. 3) Romance Urbano. - Narrativas mais tradicionais (festas, bailes, saraus, comportamentos, vestuário...). - Crítica dos costumes e dos interesses (nocivos). - Narrativa que aborda a periferia e um modelo de herói às avessas. * Romances indianistas: Alencar constrói uma trilogia para a abordar nossa construção identitária. UBIRAJARA (aqui a narrativa apresenta um indígena ainda quimicamente puro e lutando contra a cultura do colonizador). - Esse indígena é o protagonista da história e o representante da base de formação do povo brasileiro (essa é a visão do romantismo). - O romance reconstrói a imagem do indígena e defende sua cultura e tenta evidenciar as diferenças entre ele e os europeus. Observação geral: nos romances indianistas de Alencar, há uma busca para resgatar os valores intrinsecamente indígenas, exaltando-os, enquanto criticava os valores trazidos pelos europeus. O GUARANI (aqui temos uma narrativa em que o indígena já mantém contato com o homem branco e vai perdendo suas referências). - Resgate da cavalaria medieval que será atribuída a PERI (protagonista forte, bravo e guerreiro).- Há valores sentimentais de idealização e de uma relação proibida - o amor de PERI (indígena) por CECI (branca portuguesa). Dica: o romance é publicado no séc. XIX, mas ele retrata o universo cultural do Brasil do final do século XVII - Eis aqui o processo de colonização do Brasil. - Há também aspectos bíblicos. - O batismo de Peri representa a destruição do politeísmo (cultura indígena) e a sobreposição de valores Atenção! Alencar estimula a criatividade do leitor a imaginar que a possível relação de Peri e Ceci poderá representar a reconstrução da nação agora com valores miscigenados. IRACEMA (aqui já temos o indígena possuído pelo branco português e tendo sua cultura invadida de certa forma). - Essa narrativa traduz a formação do povo brasileiro. IRACEMA é um anagrama da palavra AMÉRICA. O romance é considerado por muitos “um poema em prosa” e narra a história de uma índia tabajara que se apaixona por um colonizador europeu. Utilizando-se desse encontro entre a índia e o seu amado. José de Alencar faz uma alegoria do processo de colonização do Brasil e de toda a América. O romance "Memórias de um Sargento de Milícias” é a primeira narrativa do romantismo com linguagem e personagens populares/simples que será aceita pela ideologia dessa estética. modelo de anti herói Pícaro O Pícaro veio de uma herança da literatura espanhola - gênero picaresco O Pícaro pode aprontar horrores, mas não tem o caráter comprometido, logo ele tem chances de redenção Os romances românticos não fazem crítica, às críticas só ocorreram nos romances de transição - A tese da prostituição para Lúcia é uma obrigação contra a sua vontade e os lucros desta empreitada salvaria toda a família. A prostituição é um autopunição. - Há uma hipocrisia social no olhar para modelos de mulher como Lúcia. - Há olhares do passado e do presente preconceituosos na formação das relações. Quem grita mais alto são os valores moralistas sociais. Aula do dia 27/05/2021- Arte da pintura do romantismo Período do romantismo Romantismo: Revolução francesa OBS: estética influencia comportamento, a literatura de uma arte está presa ao contexto Trabalhar com a arte = trabalhar com uma historicidade Há uma relação diretamente proporcional com uma historicidade específica OBS: no romantismo a racionalidade foi abandonada. As telas retratam a expressividade do artista. •Existe um olhar subjetivo que pode vir das questões políticas até as sócias. • sentimentos estão em jogo (identidade: cor local, melancolia, morte, guerras, angústia, dor…) As marcas que identificam uma região são suas cores Dica: a pintura do romantismo é marcada pela dramaticidade. •Ponto de vista sobre a tela OBS: Do ponto de vista discursivo não há neutralidade, não existe NINGUÉM neutro, há sempre um pouco do que se pensa sobre o fato. Quando alguém pinta uma tela, ele expressa o seu posicionamento sobre determinado assunto, ele grita sobre os seus sentimentos. Lembrete: os textos podem ser verbais, não verbais e mistos.. Dica 2: há um instando uso de cores, um trabalho com a luminosidade. Os pintores do racismo não trabalham com a técnica clara ou escuro Pintor do Brasil (séc. XIX) - Não são brasileiros mas viveram um tempo aqui e resgataram hábitos e costumes dos negros e indígena, habitações (conjunções civis). •Rugendas •Debret. OBS: o equilíbrio, impessoalidade e a racionalidade não fazem parte do romantismo. Eugène Delacroix- suas telas são marcadas por eventos históricos muito específicos, por questões identitárias e com a utilização de uma intensa paleta de cores. Suas telas tem muito dos processos de historicidade e identidade. Elas excitam o espectador. Francisco Goya 2 SEMESTRE: Aula do dia 22/05/21 Realismo: Brasil 1881 •Memorias Póstumas De Brasil Cubas - Machado de assim Agentes dos discurso - Analista da burguesia brasileira Indicações: Tenda dos milagres Teoria do mestiçagem - Nina Rodrigues > a mestiçagem era ruim Teoria - Gilberto Freire •Pesquisar sobre a historiadora Lília Moritz Fragilidade masculina (emotiva) - professor edípico “O ciumento cria uma narrativa que só é verdade para ele” Rio de Janeiro < ética e moral 1890 a Inglaterra bota a faca no pescoço de Portugal Reações interessaras (nocivas) = desvalores humanos -Fins justitificam os meios A ética nicômano de Aristóteles Os realistas são individualistas •Crítica (ironia), hipocrisia, dissimulação, mentira, adultério… Cesare Lombroso = Deliquentes nato Trilogia > Mpbc Quincas Borba Dom casmutto Parasitismo social Sociedade da seficificaçao Quincas Borba: 1) insônia de Sé Atribuiu o próprio nome ao cachorro 2) Haverá o encontro do casal palha com Rubião (estação de trem) •Casal Palha - espertos, golpistas… •Rubião- raiz do interior de M.G simples e ingênuo Realismo no Brasil: - Começa na segunda metade do século XIX (o Realismo vem em sequência ao Romantismo) -Caracteriza-se pela abordagem objetiva da realidade e pelo interesse por temas sociais, reagindo ao subjetivismo do Romantismo. - O Realismo manifesta-se em prosa: romance - apresenta os problemas sociais, psicológicas do homem e de tese; • Romance de tese: cria tese sobre o posicionamento da sociedade daquela época. - Nesse momento, a literatura realista deixa de ser mera distração ou lazer e passa a preocupar-se com a crítica às instituições (Igreja Católica) e a hipocrisia da burguesia; - Também critica a escravidão, os preconceitos raciais e a sexualidade são os principais temas, tratando-os com linguagem, clara, direta e objetiva; - Marco inicial no Brasil (1881): Publicação de Memórias Póstumas de Brás Cuba de Machado de Assis; OBS: Machado de Assis também participou do Romantismo. Contexto Histórico - Surge durante o fracasso da Revolução Francesa e dos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. - Sociedade dividida em Operários x Burguesia;- Oposição ao que foi vivido no Romantismo; - Progresso tecnológico: avanço da energia elétrica, surgimento de novas máquinas (ex: carro); - Pensamento filosófico mais influente: Positivismo que analisa a realidade através das observações e constatações racionais; Principais Características - Reprodução da realidade observada; - Objetividade no compromisso com a verdade; - Personagens baseados em indivíduos comuns (Figuras humana não idealizadas); - Exposição das condições sociais e culturais das personagens; - Lei da casualidade: toda ação tem uma reação; - Linguagem de fácil entendimento; - Contemporaneidade e preocupação em mostrar personagens nos aspectos reais, até mesmo de miséria; Aula do dia 12/08 - 05/08 - Quincas Borba, uma proposta de análise. 1881 e 1981 Estrutura: 1) Tempo narrativo: •Segundo reinado (decadência) •Poucos são os anos referencialização 2) O espaço narrativo: Brasil —> Rio de Janeiro (século 19) Barbacena (interior de Minas Gerais) Obs: é desse espaço que Rubião vem •Rio de Janeiro 3) Narrador da história: •Terceira pessoa,, narrador onisciente 4) Linguagem: •Rebuscada, metafórica e extremamente irônica Dica: A narrativa traz elementos deterministas e Darwinistas Meio + evolução —> -Rubião vai estaguinou Aí vencido, o ódio… Ao vencedor as batatas… •Teoria do humanitismo Análise : Início da narrativa : Quincas, o filósofo morto e sua Herança que foi risada para seu cuidador e “amigo” Quincas cachorro = Ironia Morre o homem, mas o nome, a história dele não pode morrer •Rubião está transladando para o R.J e vai de trem • Casal Palha (Cristiano e Sofia) -Palha vira sócio de Rubião -Possível triângulo amoroso Rubião ———— Sofia ————— Cristiano Sofia- Carlos Maria e Cristiano Palha Frustrações 1) Perceber que foi enganado por Sofia e saber que suas heranças estavam em perigo. 2) Ver o casamento de Maria Benedita Obras do realismo Politização -Aspectos políticos e sociais DICA: Não há pinturas com realidades inimagináveis ● Realidade comprovada ● Verosimilhança Denúncia das desigualdades sociais DICA: Não há preocupação em expressar sentimentos Gustave Courbet: principal pintor do realismo OBS: A arte (literatura e plásticas) realista é baseada em criticidade, pois seu interesse é o de expor o ser humano e as situações como elas são. Aula dia 26/08 Conto : “Seminário dos ratos” Para dia 02/09 Romance: - o ateneu (Zaul Pompeia) Pintura: •Realismo ——> exposição da realidade como ela é: verosimilhança •Naturalismo ——-> exposição da realidade mais miserável Temas: prostituição, sexualização, violência, miseralibilide do ser e da sociedade. Naturalismo: -Excesso de cientificismo -Método experimental -Determinação/Darwinismo -Zoomorifização -Ideia de raça Romance de tese —-> *Negro - mestiço- mulato *Imigração era fundamental Habitações: Moradia no Brasil •Segregação: Preconceito 1881 —- 1888 RJ- Modernização, Eugenia, doenças instalam-se no Brasil, políticas higienista (culpado=negro)- OBS: Os naturalistas trabalham com a ideia da degeneração dos corpos Aula do dia 02/09/2021 O conto "O Seminário dos Ratos" de Lygia Fagundes Telles se localiza contextualmente na década de 1970, logo o aspecto mais marcante é a Ditadura Militar. Lygia encaixa-se na terceira geração modernista para a geração pós moderna. Sua escrita apresenta-se como de resistência, pois as questões sociais, políticas e humanas são muito presentes. Vale ressaltar que em suas narrativas, encontraremos marcas psicológicas e existenciais e também uma perspectiva da literatura fantástica = sobrenatural. Estrutura do conto: 1) Narrativa em Terceira Pessoa. 2) Espaço da Narrativa (aparentemente é São Paulo) e a ação se desenrola num casarão longe da cidade, local que irá acontecer o VII Seminário dos Ratos. Tempo narrativo (há uma leitura contextual do cronológico, mas toda a ação ocorre com marcas psicológicas. Personagens - não são nominalizadas, elas são atribuídas aos cargos que ocupam e em alguns momentos, haverá uma comparação animalesca, fato que se encaixa na proposta de ZOORMORFIZAÇÃO. Dica: a narrativa é marcada por várias alegorias. A narrativa é marcada por uma extrema criticidade, a partir das várias alegorias expostas sobre as nossas estruturas político-burocráticas. Fique ligado! Seus livros costumam enfocar a classe média paulista, flagrando sempre o seu cotidiano, o que dá a seus textos um tom entre detalhista e realista. Ela vai além dos rótulos e adora os detalhes, sobretudo um modelo narrativo realista, assim como a perspectiva de entrar na mente das personagens. O conto nos convida a pensarmos na simbologia e na representação exercida pelos RATOS. Os ratos são de certa forma, transformados em personagens que ocuparão o lugar real das pessoas (alegoria é para dizer que as instituições que já andam muito corrompidas e gastadoras, serão totalmente ocupadas por roedores muito mais agressivos). Literatura fantástica = aventa aspectos sobrenaturais e nela, encontramos elementos INSÓLITOS. A pígrafe já é um grande resumo das ocorrências futuras - "...Que século, meu Deus! Diziam os ratos. E começavam a roer o edifício." A pígrafe já é um grande resumo das ocorrências futuras - "...Que século, meu Deus! Diziam os ratos. E começavam a roer o edifício." Aula do dia 30/09/2021 Corrente realista •Assuntos impessoais (não há poesias sobre angústia e etc) •A pose dia parlasiana usa a linguagem rebuscada, formal, sem erros ortográficos. Parnasio —-> pastores = poetas Esquema de rimas: Nomenclatura 1) ABBA= interpolara ou oposta 2) AABB= emparelhada 3) ABAB= alternada/encadeada Qualidade das rimas: 1) Ricas= classes gramaticais diferentes 2) Pobres= classes gramaticais iguais Redondilha (I.Média) - Maior= sete sílabas - Menor= cinco sílabas I. Decassílaba= 10 II. Alexandrismo= 12Soneto —> estrutura física de poesia marcada por 14 versos Marca características do parnasianismo ● Objetividade, predomínio de descrições e uso da ordem indireta ● Arte pela arte: aproximação entre arte literária e artes plásticas ● Visão mais carnal que espiritual do amor: a poesia amorosa dos parnasianos está mais próxima do relacionamento humano comum; as figuras femininas não são idealizada (elas são sensualizadas) ● A mulher para os parnasianos é comparada a uma estatueta grega, logo, suas formas prescindam ser tão perfeitas como. ● Inspiração na antiguidade clássica (paganismo greco-latino) e gosto por coisas e fatos exóticos ● Purismo gramatical ou preciosismo vocabular ● Impessoalidade: o poeta deve conter sua emoções, preocupar-se somente com a perfeição de seu verso, não se envolver emocionalmente com o assunto de que trata. Aula do dia 07/10 ❗ Estrutura da poesia 1) Metrificação ● Redondilha (I.média) -Maior: sete sílabas… -Menor: Cinco sílabas… ● Decassílabo (Renascimento) Dicas: I. Sonoridade do verso (separação ou união) das palavras. II. Vogal (unida/separada) OBS: A união será feita com as vogais. Vale ressaltar que não se une consoante consoante, nem tampouco vogal com consoante, com exceção da palavra terminada em vogal e da próxima iniciada com a consoante H. ● Alexandrino = 12 sílabas 2) Rima I. Qualidade: Rica (rima com palavras de classes gramaticais diferentes) e pobre (rima com palavras de classes gramaticais iguais) II. Posição -Externa (nomenclatura) 1) ABAB= alternadas/encadeada 2) AABB= emparelhada 3) ABBA= interpolada/oposta OBS: As poesias parnasianas são, quase que com frequência, regulares em sua metrificação. Terra sonâmbula - 21/10 -Representação Lembrete : •Portugal *Colonização *Descolonização -Imperialismo é crime -Imperialismo ————> Moçambique 1) Domínio externo (1975) 2) Domínio interno 2.1 Renamo 2.2 Frelimo Narrativa 1) A história miudinga (Sem memória e abandonado) e de Tauhir (Homem velho, maduro e cuidador) -Existe uma história dentro da história 2) A história de Kindzu (escreveu o caderno) . Simbolismo •Século 19 (últimos 12 anos) •Movimento francês Contexto histórico/ social: 1) Revolução Industrial -Os simbolistas estão apartados deste sistema. 2) Demandas de exclusão social. 3) Instabilidade emotiva ❗ Depressão, angústia e tristeza ❗ DICA: Os simbolistas tentaram conciliar a matéria com o espírito. (Duas coisas completamente oposta/complexidade) Conflito existencial OBS: O poeta simbolista vai aumentar a sua dor Atenção : Dores metafísicas -Angústia -Melancolia -Satanismo -Expressividade ligada ao sofrimento II) Miticismo -o misticismo tem a ver com o processo de espiritualismo •Sublimação: passagem da dor para a leveza (através do espiritualismo, morte/suicidio, satanismo) Transcendentalismo OBS: Os poetas simbolistas optam por clores claras, preferencialmente ou branco, como forma de trazer a espiritualidade. E como forma de aliviar as dores físicas. OBS: Os poetas simbolistas eram chamados por crepulisyas e decadentista. Os simbolistas resgataram a relação do homem com o sagrado. Pois a revolução industrial afasta o homem do sagrado por causa do materialismo. Integração do homem com a vida cósmica (busca pelo sentimento de totalidade)
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