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Semana 11

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Vitória Stéfanny Cunha Araujo 
Turma 7 6º período 
Semana 11 
 
Tema: Hepatite C - diagnóstico 
 
1. Como podemos, do ponto de vista laboratorial, definir um paciente que já teve contato com o Vírus da Hepatite C como "caso ativo" 
e como "cicatriz sorológica"? 
 
® Geralmente, os anticorpos começam a surgir na primeira semana da doença e alcançam títulos máximos em torno da terceira e 
quarta semanas. Os títulos decaem progressivamente e persistem baixos durante meses e até anos. Este fato dificulta a avaliação, no 
sentido de se concluir, diante de um exame reagente, se estamos diante de uma infecção em atividade ou de uma infecção passada 
(cicatriz sorológica). 
• Por esta razão, recomenda-se comparar duas amostras de soro, a primeira colhida na fase aguda da doença e a segunda, duas 
a três semanas após. 
o O aumento de 4 vezes ou mais (2 ou mais diluições) no título de anticorpos da 1 para a 2 amostra confirma o 
diagnóstico de infecção aguda. 
o Se houver um resultado não-reagente na primeira amostra e um resultado reagente com título maior ou igual a 1:200 
na segunda amostra, teremos o que se conhece como soroconversão, o que também confirma o caso. 
® Deve-se ressaltar que o uso precoce de antibióticos pode interferir na resposta imunológica, alterando os títulos de anticorpos. Por 
esta razão, muitos pacientes não chegam a apresentar soroconversão ou o aumento de 4 vezes ou mais nos títulos entre a primeira e a 
segunda amostra, o que impediria a sua confirmação se não fossem realizados outros exames laboratoriais confirmatórios 
(isolamento, PCR e outros). 
® Excepcionalmente, quando se conta apenas com uma amostra sangüínea com teste de microaglutinação reagente, com título igual ou 
maior que 1:800, confirma-se o caso. 
 
 
 
2. Como proceder em caso de acidentes de trabalho com perfurocortantes para, do ponto de vista laboratorial, afastar contágio pelo 
vírus da Hepatite C? 
 
® Até o momento não existe nenhuma profilaxia pós-exposição contra o HCV. A incubação do HCV é de duas a 24 semanas (em média 
seis a sete semanas). Pode ocorrer alteração na TGP em torno de 15 dias e a positividade do RNA-HCV (PCR – reação em cadeia da 
polimerase) aparece entre oito e 21 dias. O Anti-HCV (3. geração) já pode ser detectado cerca de seis semanas após a exposição. 
Considerando que a positivação do Anti-HCV pode ser tardia e que grande parte dos profissionais acidentados terão a eliminação 
espontânea do vírus até 70 dias após a exposição, é recomendada a realização do RNA-VHC qualitativo (que já se apresenta 
detectável dias após a contaminação) 90 dias após a data do acidente. Caso positivo, o profissional acidentado será orientado a 
realizar o tratamento. Dessa forma, o acompanhamento preconizado para trabalhadores que se acidentaram com fonte HCV positiva 
TIC’s 
 
 
 
ou desconhecida consiste na realização dos seguintes exames: Nos locais que disponham de laboratórios de Biologia Molecular, 
realizar: 
 
 
 
® Em caso de soroconversão deve-se realizar teste confirmatório por PCR. Quando se identifica precocemente a infecção pelo HCV, o 
acidentado deve ser informado sobre a possibilidade de tratamento e encaminhado para um serviço de referência. Prevenção da 
transmissão secundária: 
® O profissional de saúde exposto ao vírus da hepatite C precisa tomar precauções especiais para transmissão secundária, durante o 
período de seguimento. Deve evitar doação de sangue, plasma, órgãos, tecidos ou sêmen. Sugere-se adotar práticas sexuais seguras e 
evitar a gravidez. Não há necessidade de interromper o aleitamento materno. 
 
 
Referências 
 
DE COMPLEXIDADE DIFERENCIADA, Protocolos. Exposição a Materiais Biológicos. 2009. 
 
Jordan J Feld, MD, MPH. Clinical manifestations, diagnosis, and treatment of acute hepatitis C virus infection 
in adults. UpToDate, 13/08/2020. Available from: https://www.uptodate.com/contents/clinical-
manifestations-diagnosis-and-treatment-of-acute-hepatitis-c-virus-infection-in-
adults?search=hepatite%20c%20diagnostico&source=search_result&selectedTitle=2~150&usage_type=defa
ult&display_rank=2#H1 
 
SILVA, Ana Isabel Coelho Dias da et al. Perfil de imunização e marcadores sorológicos da Hepatite B na 
população indígena do Alto Rio Negro do município de São Gabriel da Cachoeira-AM. 2017. Tese de 
Doutorado.

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