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Fisiologia Gastrointestinal 1. Qual das seguintes substâncias alimentares necessita de mastigação para digestão? A) Queijo B) Ovos C) Vegetais D) Carne 2. Qual dos seguintes é o principal carboidrato digestível normalmente consumido na dieta humana? A) Amilose B) Celulose C) Maltose D) Amido 3. Qual dos seguintes não é normalmente encontrado em abundância no sangue portal? A) Aminoácidos B) Glicose C) Ácidos graxos de cadeia curta D) Triglicerídios 4. A digestão de qual dos seguintes nutrientes está comprometida mais extensamente nos pacientes com acloridria? A) Carboidrato B) Gordura C) Proteína 5. A proenzima pepsinogênio é secretada principalmente por qual das seguintes estruturas? A) Células acinares do pâncreas B) Células ductais do pâncreas C) Células epiteliais do duodeno D) Glândulas gástricas do estômago 6. Comparada com o plasma, a saliva tem a maior concentração relativa de qual dos seguintes íons em condições basais? A) Bicarbonato B) Cloreto C) Potássio D) Sódio 7. Qual dos seguintes íons tem a maior concentração na saliva em condições basais? A) Bicarbonato B) Cloreto C) Potássio D) Sódio 8. Um homem de 33 anos de idade vai ao médico porque seu peito dói quando ele come, especialmente quando come carne. Ele também arrota excessivamente e tem pirose. Sua esposa se queixa de seu mau hálito. Os raios X mostram o esôfago dilatado. Qual dos seguintes traçados de pressão foi o mais provavelmente obtido no esfíncter esofagiano inferior deste paciente antes e depois da deglutição (indicada pela seta)? A linha pontilhada representa uma pressão de 0 mmHg. A) B) C) D) E) 9. Foram obtidas biópsias da mucosa do antro e do duodeno de uma mulher de 65 anos de idade. Qual dos seguintes hormônios pode ser encontrado nos homogeneizados teciduais de ambas as localizações? A) Colecistoquinina (CCK) B) Peptídio insulinotrópico dependente da glicose (GLIP) C) Gastrina D) Motilina E) Secretina 10. Um menino de 10 anos de idade consome um cheeseburger, batatas fritas e milkshake de chocolate. A refeição estimula a liberação de vários hormônios gastrointestinais. A presença de gordura, carboidrato ou proteína no duodeno estimula a liberação de qual dos seguintes hormônios pela mucosa duodenal? A) Colecistoquinina (CCK) B) Peptídio insulinotrópico dependente da glicose (GLIP) C) Gastrina D) Motilina E) Secretina 11. Qual dos seguintes hormônios é liberado pela presença de gordura e de proteína no intestino delgado e tem um importante efeito na diminuição do esvaziamento gástrico? A) Colecistoquinina (CCK) B) Peptídio insulinotrópico dependente da glicose (GLIP) C) Gastrina D) Motilina E) Secretina 12. Uma experiência clínica é conduzida na qual um grupo de indivíduos recebe 50 g de glicose por via intravenosa e outro grupo recebe 50 g de glicose por via oral. Qual dos seguintes fatores pode explicar por que a carga de glicose oral é eliminada do sangue com uma velocidade mais rápida quando comparada com a carga de glicose intravenosa? (CCK, colecistoquinina; GLIP, peptídio insulinotrópico dependente da glicose; VIP, peptídio intestinal vasoativo) A) Liberação de insulina induzida pela CCK B) Liberação de VIP induzida pela CCK C) Liberação de glucagon induzida pelo GLIP D) Liberação de insulina induzida pelo GLIP E) Liberação de GLIP induzida pelo VIP 13. Qual dos seguintes fatores pode inibir a secreção ácida gástrica? (GLIP, peptídio insulinotrópico dependente da insulina) 14. Os hormônios gastrointestinais têm efeitos fisiológicos que podem ser desencadeados em concentrações normais, bem como efeitos farmacológicos que exigem concentrações maiores que as normais. Qual é o efeito fisiológico direto dos vários hormônios na secreção ácida gástrica? (GLIP, peptideo insulinotrópico dependente da glicose) 15. A fase cefálica da secreção gástrica responde por cerca de 30% da resposta ácida a uma refeição. Qual dos seguintes pode eliminar totalmente a fase cefálica da secreção gástrica? A) Antiácidos B) Anticorpo antigastrina C) Atropina D) Bloqueador H2 da histamina E) Vagotomia F) Simpatectomia 16. Os complexos motores migratórios (CMM) ocorrem aproximadamente a cada 90 minutos entre as refeições e considera-se que sejam estimulados pelo hormônio gastrointestinal, motilina. Ausência de CMM causa aumento em: A) Motilidade duodenal B) Esvaziamento gástrico C) Bactérias intestinais D) Movimentos em massa E) Deglutição 17. A deglutição é um processo complexo que envolve a sinalização entre a faringe e o centro da deglutição no tronco cerebral. Qual das seguintes estruturas é crítica para determinar se um bolo alimentar é pequeno o suficiente para ser deglutido? A) Epiglote B) Laringe C) Dobras palatofaringianas D) Palato mole E) Esfíncter esofagiano superior 18. Uma mulher de 54 anos de idade come uma refeição saudável. Aproximadamente 20 minutos depois, a mulher tem urgência para defecar. Qual dos seguintes reflexos resulta na urgência para defecar quando o estômago é distendido? A) Reflexo duodenocólico B) Reflexo enterogástrico C) Reflexo gastrocólico D) Reflexo intestino-intestinal E) Reflexo retoesfincteriano 19. Qual das seguintes estruturas sofre relaxamento receptivo quando um bolo alimentar é deglutido? A) Fundo e parte proximal do corpo gástrico B) Dobras palatofaringianas C) Faringe D) Esôfago torácico E) Esfincter esofagiano superior 20. Um homem de 65 anos de idade come uma refeição saudável. Aproximadamente 40 minutos depois o esfíncter ileocecal relaxa e o quimo se move para o ceco. A distensão gástrica leva ao relaxamento do esfíncter íleocecal por meio de qual reflexo? A) Reflexo enterogástrico B) Refelxo gastroileal C) Reflexo gastrocólico D) Reflexo intestino-intestinal E) Reflexo retoesfincteriano 21. Uma mulher saudável de 21 anos de idade faz uma grande refeição e, em seguida, faz uma viagem de 3 horas em um ônibus sem banheiro. Vinte minutos depois de comer, a mulher sente uma forte vontade de defecar, porém consegue controlá-la. Qual dos seguintes eventos ocorreu nesta mulher? 22. Um homem de 19 anos de idade é alimentado por via intravenosa por várias semanas depois de um acidente automobilístico grave. A alimentação intravenosa leva à atrofia da mucosa gastrointestinal mais provavelmente pela redução do nível sanguíneo de qual dos seguintes hormônios? A) Apenas colecistoquinina B) Apenas gastrina C) Apenas secretina D) Gastrina e colecistoquinina E) Gastrina e secretina F) Secretina e colecistoquinina 23. Um homem de 62 anos de idade com dispepsia e uma história de úlcera gástrica crônica apresenta dor abdominal. A endoscopia mostra uma grande úlcera na parte proximal do corpo gástrico. As biópsias foram positivas para Helicobacter pylori. Quais dos seguintes são usados clinicamente para o tratamentro das úlceras gástricas de várias etiologias? 24. Um homem de 71 anos de idade com dor no abdome superior e com sangue nas fezes toma AINE para a dor e os engole com uísque. A administração de pentagastrina produziu níveis mais baixos que o previsto de secreção de ácido gástrico. A secreção de qual das seguintes substâncias está mais provavelmente diminuída neste paciente com gastrite? A) Fator intrínseco B) Ptialina C) Renina D) Saliva E) Tripsina 25. Um homem de 84 anos de idade com hematêmese e melena é diagnosticado com uma úlcera duodenal. Um paciente diagnosticado com uma úlcera duodenal provavelmente mostra qual dos seguintes? 26. A lesão da barreira da mucosa gástrica é precursora da úlcera gástrica. Qual dos seguintes pode tanto lesar a barreira da mucosa gástrica quanto estimular a secreção ácida gástrica? A) Sais biliares B) Fator de crescimento epidérmico C) Gastrina D) Helicobacter pylori E) Muco Gabarito comentado:1- C) A mastigação é importante para a digestão de todos os alimentos sólidos. Ela é especialmente importante para a maioria das frutas e dos vegetais porque estes alimentos possuem uma membrana de celulose indigerível circundando a porção nutriente que tem que ser partida para permitir o contato com as enzimas digestivas. 2- D) As três principais fontes de carboidratos na dieta humana normal incluem sacarose principalmente da cana-de-açúcar, do açúcar da beterraba, lactose do leite e uma ampla variedade de grandes polissacarídios conhecidos coletivamente como amido. Embora algumas dietas possam conter uma grande quantidade de celulose, esta substância não pode ser digerida pelo intestino humano e não é considerada como alimento. A maltose é um produto da digestão do amido, porém não é consumida em grandes quantidades na dieta humana. 3- D) Os triglicerídios são digeridos no lúmen intestinal a monoglicerídios e a ácidos graxos livres, os quais são então absorvidos diretamente através da membrana das células epiteliais intestinais. Depois de entrar na célula epitelial, os ácidos graxos e os monoglicerídios são captados pelo retículo endoplasmático liso da célula onde são principalmente usados para formar novos triglicerídios que são subsequentemente liberados na forma de quilomícrons através da base da célula epitelial. Os quilomícrons são absorvidos pelo vaso linfático central no vilo e transportados na linfa através do ducto linfático torácico para o sangue circulante. Assim, a maioria dos triglicerídios contorna a circulação portal. 4- C) Acloridria significa simplesmente que o estômago não consegue secretar ácido clorídrico; ela é diagnosticada quando o pH das secreções gástricas não diminui abaixo de 4 depois da estimulação pela pentagastrina. Quando o ácido não é secretado, a pepsina também não é usualmente secretada; mesmo quando é, a falta de ácido impede que ela funcione porque a pepsina precisa de um meio ácido para sua atividade. Assim, a digestão da proteína fica comprometida. 5- D) O pepsinogênio é o precursor da enzima pepsina. O pepsinogênio é secretado pelas células pépticas ou principais da glândula gástrica (também chamada de glândula oxíntica). Para ser convertido da forma precursora para a forma ativa (pepsina), o pepsinogênio tem que entrar em contato com o ácido hidroclorídrico ou com a própria pepsina. A pepsina é uma enzima proteolítica que digere o colágeno e outros tipos de tecido conjuntivo nas carnes. 6- C) Em condições basais, a saliva contém altas concentrações de íons potássio e bicarbonato e baixas concentrações de íons sódio e cloreto. A secreção primária de saliva pelos ácinos tem uma composição iônica similar a do plasma. À medida que a saliva flui através dos ductos, os íons sódio são ativamente reabsorvidos e os íons potássio são ativamente secretados em troca pelo sódio. Como o sódio é absorvido em excesso, os íons cloreto seguem o gradiente elétrico fazendo com que os níveis de cloreto na saliva diminuam grandemente. Os íons bicarbonato são secretados por um processo de transporte ativo causando uma elevação da concentração de bicarbonato na saliva. O resultado líquido é que, em condições basais, as concentrações de sódio e de cloreto na saliva são cerca de 10% a 15% da do plasma, a concentração de bicarbonato é cerca de três vezes maior que a do plasma e a concentração de potássio é cerca de sete vezes maior que a do plasma. 7- A) Embora a concentração de potássio na saliva seja cerca de sete vezes maior que a do plasma, e a concentração de bicarbonato na saliva seja apenas cerca de três vezes maior que a do plasma, a concentração real de bicarbonato na saliva é de 50 a 70 mEq/L, enquanto a concentração de potássio é de cerca de 30 mEq/L, em condições basais. 8- C) A acalásia é uma situação na qual o esfíncter esofagiano inferior (EEI) não consegue relaxar durante a deglutição. Como resultado, o alimento deglutido não consegue passar do esôfago para estômago. O traçadoC mostra uma alta pressão positiva que não consegue diminuir depois da deglutição, o que é indicativo da acalásia. O traçado A mostra um traçado de pressão normal no nível do EEI, refletindo o relaxamento receptivo típico em resposta ao bolo alimentar. O traçado E é similar ao traçado C, porém as pressões são subatmosféricas. As pressões subatomosféricas ocorrem apenas no esôfago onde ele passa pela cavidade torácica.C) Os hormônios gastrointestinais são secretados pelas células endócrinas localizadas na mucosa. As células endócrinas não estão agrupadas e sim dispersas entre as células epiteliais, tornando virtualmente impossível remover cirurgicamente a fonte de qualquer hormônio gastrointestinal. A gastrina é o único hormônio listado encontrado no antro, porém ela também é encontrada na mucosa duodenal e, em menor extensão, na mucosa jejunal. As células endócrinas secretoras de CCK e de secretina são encontradas no duodeno, jejuno e íleo. As células secretoras de motilina e de GLIP são encontradas no duodeno e no jejuno. 9- B) O GLIP é o único hormônio gastrointestinal liberado por todos os três principais alimentos (gorduras, proteínas e carboidratos). A presença de gordura e de proteína no intestino delgado estimula a liberação de CCK, porém os carboidratos não estimulam sua liberação. A presença de proteína no antro do estômago estimula a liberação de gastrina, porém a gordura e os carboidratos não estimulam sua liberação. A gordura tem um pequeno efeito na estimulação da liberação de motilina e de secretina, porém nenhum dos dois hormônios é liberado pela presença de proteína ou de carboidrato no trato gastrointestinal. 10- A) A CCK é o único hormônio gastrointestinal que inibe o esvaziamento gástrico em condições fisiológicas. Esta inibição do esvaziamento gástrico mantém o estômago cheio por um tempo prolongado, o que é uma razão porque uma refeição contendo gordura e proteína “satisfaz” por mais tempo que uma refeição contendo predominantemente carboidratos. A CCK tem também um efeito direto nos centros de alimentação do cérebro para reduzir ingestão adicional de alimento. Embora a CCK seja o único hormônio gastrointestinal que inibe o esvaziamento gástrico, todos os hormônios gastrointestinais com exceção da gastrina são liberados em alguma extensão pela presença de gordura no intestino. 11- D) O GLIP é liberado pela presença de gordura, carboidrato ou proteína no trato gastrointestinal. O GLIP é um forte estimulador da liberação de insulina, sendo responsável pela observação que uma carga oral de glicose libera mais insulina e é metabolizada mais rapidamente que uma igual quantidade de glicose administrada por via intravenosa. A glicose administrada por via endovenosa não estimula a liberação de GLIP. Nem a CCK nem o VIP estimulam a liberação de insulina. O GLIP não estimula a liberação de glucagon, e o glucagon tem o efeito oposto ao da insulina, isto é, ele diminuiria a velocidade de remoção da glicose do sangue. O VIP não estimula a liberação de GLIP. 12- F) Todos estes fatores podem inibir a secreção gástrica ácida em condições fisiológicas normais. O ácido gástrico estimula a liberação de somatostatina (um fator parácrino), que tem um efeito direto na célula parietal para inibir a secreção ácida, como também um efeito indireto mediado pela supressão da secreção de gastrina. A secretina e o GLIP inibem a secreção ácida através de uma ação direta nas células parietais, como também indiretamente através da supressão da secreção de gastrina. As enterogastronas são substâncias não identificadas liberadas no duodeno e no jejuno que inibem diretamente a secreção ácida. Quando soluções ácidas ou hipertônicas entram no duodeno, segue-se uma diminuição com mediação neural da secreção de ácido gástrico. 13- B) A gastrina estimula a secreção ácida gástrica e, a secretina e o GLIP inibem a secreção ácida gástrica em condições fisiológicas normais. É importante diferenciar osefeitos fisiológicos dos hormônios gastrointestinais de suas ações farmacológicas. Por exemplo, a gastrina e a colecistoquinina (CCK) têm ações idênticas na função gastrointestinal quando grandes doses farmacológicas são administradas, porém eles não compartilham nenhuma ação em concentrações fisiológicas normais. Da mesma forma, o GLIP e a secretina compartilham múltiplas ações quando doses farmacológicas são administradas, porém apenas uma ação é compartilhada em concentrações fisiológicas: a inibição da secreção ácida gástrica. 14- E) A fase cefálica da secreção gástrica ocorre antes que o alimento entre no estômago. Ver, cheirar, mastigar e antecipar o alimento são percebidos pelo cérebro, que, em essência, diz ao estômago para se preparar para uma refeição. Os estímulos para a fase cefálica incluem, assim, mecanorreceptores na boca, quimiorreceptores (odor e paladar), pensamento sobre a comida e hipoglicemia. Como a fase cefálica da secreção de gastrina é mediada inteiramente por intermédio do nervo vago, a vagotomia pode abolir a resposta. Os antiácidos neutralizam o ácido gástrico, porém eles não inibem a secreção gástrica. Um anticorpo antigastrina atenuaria (porém não aboliria) a fase cefálica porque isto não teria efeito na estimulação da secreção ácida pela histamina e acetilcolina. A atropina atenuaria a fase cefálica bloqueando os receptores de acetilcolina nas células parietais; entretanto, a atropina não abole a estimulação de secreção de gastrina pela acetilcolina. Um bloqueador H2 da histamina atenuaria a fase cefálica da secreção gástrica, porém não a aboliria. 15- C) Os complexos motores migratórios (às vezes chamados de compexos mioelétricos interdigestivos) são ondas peristálticas de contração que começam no estômago e migram lentamente em uma direção aboral (oposta à boca) ao longo de todo o intestino delgado até o colo. Transportando resíduos alimentares não digeridos para fora do estômago, através do intestino delgado e para o colo, os CMM funcionam para manter uma contagem bacteriana baixa na parte superior do intestino. A síndrome do crescimento bacteriano exagerado pode ocorrer quando a colonização bacteriana normalmente baixa na parte superior do trato gastrointestinal aumenta significativamente. Deveria estar claro que a ausência de CMM diminuiria a motilidade duodenal e o esvaziamento gástrico. Os CMM não têm efeito direto nos movimentos em massa e nem na deglutição. 16- C) As dobras palatofaringianas localizadas de cada lado da faringe são puxadas medialmente, formando uma fenda sagital através da qual o bolo alimentar tem que passar. Esta fenda tem uma função seletiva, permitindo que o alimento suficientemente mastigado passe, porém impedindo a passagem de objetos maiores. O palato mole é tracionado para cima para fechar a parte posterior das fossas nasais, o que evita que o alimento passe para as cavidades nasais. As cordas vocais da laringe são fortemente aproximadas durante a deglutição e a laringe é puxada para cima e anteriormente pelos músculos do pescoço. A epiglote então se dobra para trás sobre a abertura da laringe. O esfíncter esofagiano superior relaxa, permitindo que o alimento se movimente da parte posterior da faringe para a parte superior do esôfago. 17- C) O reflexo gastrocólico ocorre quando a distensão do estômago (gastro) estimula movimentos em massa no colo (cólico). Todos os reflexos intestinais são denomi nados com a origem anatômica do reflexo como o prefixo, seguida pelo nome do segmento intestinal no qual o desfecho do reflexo é observado, isto é, o reflexo gastrocólico começa no estômago e termina no colo. O reflexo duodenocólico tem uma função similar a do reflexo gastrocólico. Quando o duodeno é distendido, sinais nervosos são transmitidos para o colo, estimulando os movimentos em massa. O reflexo enterogástrico ocorre quando sinais originados nos intestinos inibem a motilidade gástrica e a secreção gástrica. O reflexo intestino-intestinal ocorre quando a distensão excessiva ou lesão de um segmento intestinal sinaliza ao intestino para relaxar. O reflexo retoesfincteriano, também chamado de reflexo da defecação, é iniciado quando as fezes entram no reto e estimulam a vontade de defecar. 18- A) Durante a deglutição, o fundo e a parte proximal do corpo gástrico e o esfíncter esofagiano inferior relaxam aproximadamente ao mesmo tempo. As pressões intraluminais em ambas as regiões diminuem antes da chegada do bolo deglutido. Este fenômeno é chamado de relaxamento receptivo. Como o fundo e a parte proximal do corpo gástrico relaxam com cada deglutição, o estômago pode aceitar um grande volume de alimento com apenas alguns mmHg de aumento na pressão intragástrica. O relaxamento receptivo é mediado por vias aferentes e eferentes no vago. O relaxamento receptivo e a distensibilidade gástrica estão comprometidas depois da vagotomia. As dobras palatofaringianas são importantes para determinar se um bolo alimentar é pequeno o suficiente para ser deglutido. A faringe e o esôfago torácico passam por contrações peristálticas durante a deglutição, porém eles não sofrem relaxamento receptivo. O esfíncter esofagiano superior abre durante a deglutição, porém isto não é considerado como relaxamento receptivo. 19- B) O relaxamento do esfíncter ileocecal ocorre com a alimentação ou logo depois dela. Este reflexo foi denominado reflexo gastroileal. Não está claro se este reflexo é mediado por hormônios gastrointestinais (gastrina e colecistoquinina) ou por nervos autônomos extrínsecos ao intestino. Observe que o reflexo gastroileal é denominado primeiramente com a origem do reflexo (gastro) e, em segundo lugar, com o alvo do reflexo (ileal). Este método de denominação é característico de todos os reflexos gastrointestinais. O reflexo enterogástrico envolve sinais do colo e do intestino delgado que inibem a motilidade gástrica e a secreção gástrica. O reflexo gastrocólico faz com que o colo evacue quando o estômago é distendido. O reflexo intestinointestinal faz com que um segmento intestinal relaxe quando ele é distendido em excesso. O reflexo retoesfincteriano é também chamado de reflexo da defecação. 20- E) O reflexo da defecação (também chamado de reflexo retoesfincteriano) ocorre quando um movimento em massa força as fezes para o reto. Quando o reto é distendido, o esfíncter anal interno relaxa e o reto se contrai empurrando as fezes na direção do ânus. O esfíncter anal externo é controlado voluntariamente e pode ser contraído quando a defecação não é possível. Assim, quando uma pessoa sente vontade de defecar, o esfíncter anal interno é relaxado, o reto está contraindo e o esfíncter anal externo ou está contraído ou relaxado dependendo das circunstâncias. 21- B) A gastrina tem um papel crítico para estimular o crescimento da mucosa por todo o sistema gastrointestinal. 22- C) O tratamento clínico das úlceras gástricas objetiva a restauração do equilíbrio entre a secreção ácida e os fatores protetores da mucosa. Os inibidores da bomba de prótons são fármacos que fazem ligações covalentes e inibem irreversivelmente a bomba H+/K+ trifosfatase de adenosina (ATPase), inibindo efetivamente a liberação de ácido. O tratamento pode ser também dirigido para a liberação de histamina, isto é, bloqueadores H2 como a cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina. Estes agentes bloqueiam seletivamente os receptores H2 nas células parietais. A antibioticoterapia é usada para erradicar a infecção por H. pylori. Os AINE (antiinflamatórios não esteroides) podem causar lesão da barreira mucosa gástrica, que é precursora da úlcera gástrica. 23- A) O fator intrínseco é uma glicoproteína secretada pelas células parietais (i.e., células secretoras de ácido no estômago) que é necessária para a absorção de vitamina B12. O paciente tem capacidade diminuída para secretar ácido por causa da gastrite crônica. Como o ácido e o fator intrínseco são secretados pelascélulas parietais, uma capacidade diminuída de secretar ácido está usualmente associada a uma capacidade diminuída para secretar o fator intrínseco. A ptialina, também conhecida como amilase salivar, é uma enzima que começa a digestão dos carboidratos na boca. A secreção de ptialina não é afetada pela gastrite. A renina, também conhecida como quimosina, é uma enzima proteolítica sintetizada pelas células principais no estômago. Seu papel na digestão é coalhar ou coagular leite no estômago, um processo de considerável importância nos animais muito jovens. Deve ficar claro que a secreção de saliva não é afetada pela gastrite. A tripsina é uma enzima proteolítica secretada pelo pâncreas. 24- D) Os pacientes com úlcera duodenal possuem cerca de dois bilhões de células parietais e podem secretar cerca de 40 mEq H+ por hora. Os níveis plasmáticos de gastrina estão inversamente relacionados com a capacidade secretória ácida por causa de um mecanismo de retroalimentação, pelo qual a acidificação do antro inibe a liberação de gastrina. Assim, os níveis plasmáticos de gastrina estão reduzidos nos pacientes com úlcera duodenal. A secreção ácida maxima e os níveis plasmáticos de gastrina não são diagnósticos para a doença ulcerosa duodenal por causa da significativa superposição com a população normal entre os indivíduos de cada grupo. 25- D) A descoberta do H. pylori e de sua associação com doença ulcerosa, adenocarcinoma, linfoma gástrico e outras doenças tornou esta uma das mais significativas descobertas médicas deste século. H. pylori é uma bactéria Gram-negativa com alta atividade da urease, uma enzima que catalisa a formação de amônia a partir da ureia. A amônia (NH3) é convertida em amônio (NH4+) no ambiente ácido do estômago. O amônio lesa a barreira da mucosa gástrica porque ele lesa as células epiteliais. O H. pylori também aumenta a secreção gástrica ácida, possivelmente aumentando a massa de células parietais. Esta combinação de aumento da secreção ácida juntamente com lesão da barreira da mucosa gástrica promove o desenvolvimento da úlcera gástrica. Os sais biliares podem lesar a barreira da mucosa gástrica, porém eles não têm um efeito clínico significativo na secreção ácida. O fator de crescimento epidérmico, a gastrina e o muco reforçam a barreira da mucosa gástrica.
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