Controle de estímulos

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Controle de estímulos 
- o papel do contexto; 
- quais são as coisas que acontecem antes de uma resposta ocorrer? 
- não ficamos emitindo todos os comportamentos que fazem parte do nosso repertório 
comportamental toda hora, ao contrário, agimos de acordo com cada ocasião. 
- o controle de estímulos é a influência dos estímulos antecedentes sobre o 
comportamento, isto é, o efeito que o contexto tem sobre o comportamento. O 
contexto não determina o comportamento, mas influencia e faz parte da 
contingência como um todo. 
- tem relação com as consequências do responder, ou seja, o que é anterior a 
resposta tem uma influencia sobre a consequência: 
 - estímulos antecedentes associados ao reforço aumentam a possibilidade de o 
comportamento ocorrer; 
 - estímulos antecedentes que sinalizam a extinção ou punição diminuem a 
probabilidade de um comportamento ocorrer; 
 
 
 
 
 
 
- aquelas que se emitidas em um determinado contexto produziram consequências 
reforçadoras. Uma pessoa que consegue discriminar em determinada situação como 
ela vai se comportar. 
- a discriminação operante fala de toda a contingência. É o processo no qual 
respostas específicas ocorrem apenas na presença de estímulos específicos. OBS: os 
estímulos antecedentes controlam qual resposta produzirá uma consequência 
reforçadora (adaptativo). 
- o estímulo discriminativo fala apenas do estímulo antecedente. 
- resposta operante: que altera e transforma o mundo. 
- estímulos discriminativos: são estímulos que são apresentados antes do 
comportamento e controlam sua ocorrência. Quando você já passou por uma 
Resposta operante Contexto 
Resposta operante 
discriminada 
 
 
experiência anterior com aquele estímulo e consegue discriminá-lo dentro do 
ambiente. 
Estímulos discriminativos (ou Sd) 
- estímulos que sinalizam que uma dada resposta será reforçada. Se comportar e 
receber reforço como consequência. 
- exemplo: um relógio marcando x horas na noite de quinta é um SD que sinaliza que 
ligar a TV na emissora que passa o programa será reforçado com o programa 
desejado. 
- exemplo 2: luz acesa na caixa de Skinner sinaliza que as respostas de pressão à barra 
serão reforçadas com água, enquanto a luz apagada sinaliza que as respostas não 
serão reforçadas. 
Estímulos neutros ou delta (Sdelta) 
- estímulos que sinalizam que uma resposta não será reforçada, isto é, sinalizam a 
indisponibilidade do reforço ou sua extinção. Não adiante emitir uma resposta, pois ela 
não terá reforço. 
- exemplo: o relógio marcando outro horário, se constitui no estímulo delta para 
respostas de ligar a TV para ver o programa desejado. 
- dizemos que um estímulo está discriminando quando responde na presença dos 
estímulos discriminativos e não emite resposta na presença dos estímulos delta. 
- estímulo discriminativo para uma resposta pode ser estímulo delta para outra ou ao 
contrário. 
- a pessoa poder discriminar aquilo que ela precisa para poder lidar com situações 
que ela vai obter as consequências. Que repertório ou resposta do meu repertório eu 
vou utilizar para aquela determinada situação para que eu obtenha uma 
consequência reforçadora? 
- controle discriminativo de estímulos: quando um determinado comportamento tem 
alta probabilidade de ocorrer na presença do estímulo discriminativo e baixa 
probabilidade de ocorrência na presença do estímulo delta. Exemplo: 
comportamento de pedir algo ao pai ou a mãe: 
 - cara zangada: estímulo delta para pedir algo (pedidos geralmente negados – 
extinção) 
 - cara feliz: estímulo discriminativo para pedir algo (geralmente atende aos 
pedidos – reforço) 
- OBS: criar condições para fazer o pedido, como no exemplo da cara 
emburrada do pai em que o filho pode criar situações para ele ficar feliz, como 
oferecer uma massagem. 
- treino discriminativo: reforçar um comportamento na presença de um estímulo 
discriminativo e extinguir o mesmo comportamento na presença do estímulo delta. 
Esse treino chamamos de reforçamento diferencial. 
- exemplo 1: praticamente toda a nossa aquisição de linguagem depende de treinos 
discriminativos. Todas as palavras que sabemos ler e usar corretamente, os nomes das 
pessoas, dos objetos e das cores. 
- exemplo 2: comporta-se de uma determinada maneira na sala de aula e outra em 
bares, de uma maneira na casa dos pais e de outra com os amigos. 
- OBS: estímulo discriminativo não elicia (provoca) respostas; o comportamento 
operante, de um operante discriminado, entende-se que o estímulo apenas fornece o 
contexto, dá/aumenta as chances para que o comportamento ocorra. 
- é quando uma resposta é emitida na presença de novos estímulos que partilham 
uma propriedade física com o estímulo discriminativo, na presença do qual a resposta 
fora reforçada no passado. 
- exemplo: abrir uma garrafa de Coca-Cola, pois já abriu uma garrafa de água. 
- um organismo está generalizando quando emite uma mesma resposta na presença 
de estímulos que se parecem com um estímulo discriminativo. 
- mais provável ocorrer generalização - quanto mais parecido novo estímulo for com o 
estímulo discriminativo. 
- guardamos uma experiência anterior e esta com qualquer estímulo do ambiente irá 
ajudar a lidar com situações futuras semelhantes. 
- o que conta na generalização é a similaridade física dos estímulos, como por 
exemplo, uma bola de futebol e uma bola de vôlei, mas uma bola de futebol 
americano, para uma criança, não seja considerada de fato uma bola. 
- gradiente de generalização: quanto mais diferente for o estímulo do estímulo 
discriminativo, menor serão as chances de a resposta aprendida ocorrer. 
- efeito do reforçamento diferencial sobre o gradiente de generalização: 
 - mais estreito, ou seja, diminui a generalização e aumenta a discriminação; 
 - exemplo: criança que chamava todos os homens adultos barbudos de pai; 
Uma criança que não aprendeu a discriminar, é muito capaz que ela generalize, mas 
a partir do momento que ela aprender a discriminar a generalização então diminui. 
- efeito do reforçamento adicional sobre o gradiente de generalização: 
 - o reforçamento adicional consiste em reforçar a resposta nas demais 
variações de um estímulo discriminativo. 
 - exemplo: dizer avião na presença de um avião de caça; Encontro as 
propriedades que neles são semelhantes e coloca-se tudo dentro de uma mesma 
classe. 
- conjunto de estímulos que servem de ocasião para uma mesma resposta. 
- classe por similaridade física (generalização): os estímulos servem como ocasião 
para uma mesma resposta por partilharem propriedades físicas. 
- classes funcionais: são compostas por estímulos que não se parecem, mas tem a 
mesma função/utilidade. Os estímulos são agrupados arbitrariamente em uma classe 
apenas por servirem de ocasião para uma mesma resposta, exemplo: os instrumentos 
que não possuem similaridade física, mas possui em comum a função de fazer música. 
Visão da análise do comportamento 
- para ela não existe um processo mental chamado “atenção”; 
- Skinner, ao explicar a qual estímulo ou dimensão respondemos, por um filtro não 
estamos explicando nada, a não ser que expliquemos o comportamento do filtro; 
- não é a atenção que escolhe a qual estímulos responderemos, na verdade nos 
comportamos sobre o controle discriminativo dos estímulos do ambiente; a partir do 
momento que eu já tive uma experiência anterior com aquele controle discriminativo, 
numa situação semelhante isso que vai selecionar que comportamento ou resposta 
irei emitir; 
- ter atenção é comportar-se sob determinado controle de estímulos; tem a ver com 
nossa história de reforçamento e punição de cada pessoa. Eu me atento para algo, 
pois me comporto em relação a ela. 
Visão mentalista 
- existe um processo mental chamado “atenção”; 
- uma espécie de filtro ou seletor de canais responsável pela decisão de quais 
informações entraram em nossa mente; 
- a atençãoé quem escolhe o que deseja focar. 
 
 
 
- técnica de esvanecimento: consiste em manipular gradativamente uma dimensão 
do estímulo para facilitar sua discriminação, buscar o que diferencia uma coisa de 
outra (como a diferença entre p e b e ela deve ser acentuada), exemplo: usar 
tracejados diferentes para ensinar uma criança a escrever. 
- OBS: se queremos que um organismo atente à uma propriedade do estímulo e ignore 
as demais, devemos treiná-lo para isso. 
 
- ações diferentes em situações diferentes. 
- clínica: ajudar, por exemplo, o paciente a discriminar seus sentimentos, para que ela 
possa descrever/auto descrever os seus sentimentos e pensamentos como seus, 
diferenciando-os de outras pessoas e entre eles. Boa auto observação, fazer parte de 
uma comunidade verbal e ter um treino discriminativo. 
- às vezes a pessoa aprende a nomear apenas sentimentos mais simples. 
- ações semelhantes diante de estímulos com características semelhantes. 
- Skinner usa o termo abstração em substituição ao termo formação de conceitos, 
tradicionalmente utilizado em psicologia. 
- formação de conceitos: implica noção de que um conceito como objeto é formado 
“na mente da pessoa”. 
- abstrair: emitir um comportamento sob controle de uma propriedade (ou algumas 
propriedades) do estímulo, que é comum a mais de um estímulo e, ao mesmo tempo, 
não ficar sob o controle de outras propriedades (ignorá-las), exemplo: ao pronunciar 
“mesa” na presença de mesas diferentes, existe uma propriedade que estamos 
conceitualmente reforçando e existem outras propriedades que não estamos 
reforçando (reforçado: o fato da mesa ser um lugar plano, poder colocar coisas nela, 
função semelhantes que as une que é chamado de abstrair, considerar a função 
igual, eu abstraio propriedades desse objeto que é o que faz classifica-los como uma 
mesma coisa ... não reforçando: cores diferentes, componentes diferentes, seu 
apoio/pés). 
- reforçamento diferencial e adicional na abstração. 
- reforçamento diferencial: estabelece discriminação entre classes diferentes. Exemplo: 
ventiladores, mas diferencial, como um ser de chão e outro de teto, onde eu o coloco 
é que prevalece sua diferença. 
- reforçamento adicional: garante a generalização dentro da mesma classe. Exemplo: 
posso pegar diversos ventiladores e coloca-los dentro de uma mesma classe, pois 
todos possuem propriedades semelhantes que seria ventilar o ambiente.