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Controle de estímulo

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Controle de estímulo: o papel do contexto
- Por que nos comportamos de forma diferente em diferentes situações? 
- O que acontece após o comportamento (consequência) e o que acontece antes do comportamento (ou o contexto em que o comportamento acontece) exerce controle sobre ele. 
- Controle de estímulos, refere-se ao efeito que o contexto tem sobre o comportamento (influências dos estímulos antecedentes sobre o comportamento) 
- Os eventos antecedentes também influenciam o comportamento operante, mesmo que a consequência seja o principal determinante. Sendo assim, estímulos relacionados ao reforço aumento a probabilidade de acontecer novamente o comportamento e estímulos relacionados a punição ou extinção diminuem a probabilidade de um comportamento ocorrer, quando apresentados. 
Discriminação operante e operante discriminado 
- Comportamento operante é aquele que produz mudanças no ambiente e que é afetado por elas. 
- Quando inserimos o contexto no comportamento operante, começamos a chama-lo de comportamento operante discriminado (comportamentos emitidos em um determinado contexto, que produzirão consequências reforçadoras). 
- Fazendo uma referência ao controle do comportamento por eventos antecedentes, podemos dizer que: estímulos consequentes cuja apresentação aumenta a probabilidade de um comportamento, é chamado de reforço; estímulos que são apresentados antes do comportamento e controlam sua ocorrência é chamado de estímulos discriminativos. 	
- Ao inserir este novo termo a contingencia (R -> C), passamos a conhecer a unidade básica de análise do comportamento: a contingencia de três termos (SD – R -> C)	(estímulo discriminativo – resposta -> consequência). 
- Discriminação operante: processo comportamental básico no qual as respostas específicas ocorrem apenas na presença de estímulos específicos. Ex: abrimos a lata de Coca puxando o anel, entretanto abrimos garrafa de Coca rosqueando a tampa. 
- Os estímulos antecedentes controlam qual resposta produzirá uma consequência reforçadora. Ex: Avó chamando um neto pelo nome do outro neto. 
Contingência tríplice ou contingência de três termos 
- Todos os comportamentos operantes serão analisados de acordo com a contingencia tríplice. Ocasião/ antecedente (O), resposta (R) e consequência (C). Com isso, analisar funcionalmente um comportamento exige, verificar as circunstancias em que ocorre e quais são suas consequências mantenedoras. 
O – R -> C
- Ocasião pode se configurar em um estímulo discriminativo ou estímulo delta. 
- Resposta diz respeito à topografia (forma) da resposta. 
- Consequência pode ser reforçadora, punitiva ou apenas não ter (extinção).
Estímulo discriminativo (SD’s) 
Estímulos que sinalizam que uma dada resposta será reforçada. Ex: ligar a TV 11h para assistir Super Choque.
SD tem uma relação com a consequência. 
Estímulo delta S
Estímulos que sinalizam que uma resposta não será reforçada, sinalizam a indisponibilidade do reforço ou sua extinção. Ex: relógio marcando qualquer horário (sem ser período em que passa Super Choque) e eu ligar a TV. 
O organismo está discriminando quando responde na presença dos estímulos discriminativos e não emite resposta na presença dos estímulos delta. 
Treino discriminativo e controle de estímulos 
- O controle discriminativo de estímulos foi estabelecido quando um determinado comportamento tem alta probabilidade de ocorrer na presença do SD e baixa na presença do S .
- Bem cedo aprendemos a discriminar as expressões faciais dos pais. “Cara feia” é um S para pedir algo, e uma “cara boa” é um SD para o mesmo comportamento. Conseguimos fazer isso, porque passamos por um treino discriminativo, que consiste em reforçar um comportamento na presença de um SD e extinguir o mesmo comportamento na presença do S , este treino chama-se reforçamento diferencial. Quando o pai está de “cara boa” , peço algo e ele me dá (reforço); quando ele está de “cara brava”, os pedidos são negados (extinção). Depois de vários pedidos reforçados na “cara boa” e outros negados na presença da “cara feia”. O indivíduo vai fazer os pedidos sempre que o pai estiver com a “cara boa”.
SD ’s eliciam (produzem) as respostas? 
SD ’s não eliciam (provocam) as respostas. 
Comportamento respondente – o estímulo elicia (produz) uma resposta 
Ex: Alfinetada no braço -> contração do braço 
Comportamento operante, de um operante discriminado – o estímulo apenas fornece contexto, dá chance para que a resposta ocorra 
Ex: Alfinetada no braço -> dizer “ Ai, isso dói”
Um cisco no olho elicia a resposte de lacrimejar. Ao ver o cisco, você pode dizer “isto é um cisco, vou tirá-lo”, bem como você pode ser o cisco, mas não dizer nada. 
Generalização de estímulos operantes 
- Utiliza-se o termo generalização de estímulos operante para se remeter a circunstancias em que uma resposta é emitida na presença de novos estímulos que partilham alguma propriedade física com o SD, na presença do qual a resposta fora reforçada no passado. Um organismo está generalizando quando emite uma mesma reposta na presença de estímulos que parecem com um SD. Ex: Criança falando AuAu quando vê qualquer cachorro. 
- É mais provável de ocorrer quanto mais parecido o novo estímulo for do SD.
- Similaridade física dos estímulos. Quanto maior a similaridade física entre os estímulos, maior será a probabilidade de generalização. 
- É um processo que permite com que novas respostas sejam aprendidas de forma rápida, não sendo necessária a modelagem direta da mesma reposta para cada novo estímulo. 
Gradiente de generalização 
Forma de saber o quanto de generalização está ocorrendo. 
Mostra a frequência de um comportamento emitido na presença de diferentes variações de um SD.
Teste de generalização 
Para calcular o gradiente de generalização. 
Deve ser feito em extinção, para que a reposta passe a ocorrer apenas na presença de X estímulo, e não na presença dos demais estímulos. Caso contrário, acontecerá uma generalização muito maior. Não pode envolver muitas apresentações dos estímulos, senão a frequência do ato de responder em quaisquer estímulos chegará a zero. 
Quanto mais larga a curva, maior a generalização, já que estará ocorrendo um número maior de respostas em outras variações de SD. Contudo, quanto menor a generalização, mais estreita será a curva, devido a maior discriminação, pois o responder será observado apenas na presença de poucos estímulos. 
 Efeito do reforçamento diferencial sobre o gradiente de generalização 
O reforçamento diferencial produz um gradiente de generalizações mais estreito, ou seja, diminui a generalização e aumenta a discriminação. 
Ex: Quando o comportamento de dizer “mamãe” é reforçado na presença apenas da mãe, e não na presença de outras mulheres adultas, a criança passará a dizer “mamãe” apenas na presença de sua mãe. Estará discriminando. 
Efeitos do reforçamento adicional sobre o gradiente de generalização 
O reforçamento adicional consiste em reforçar a resposta nas demais variações de um SD. 
Ex: Dizer “carro” na presença de um Uno. Dizer “avião”, na presença de um avião de caça. 
Classes de estímulos 
- Um conjunto de estímulos que servem de ocasião para uma mesma resposta formam uma classe de estímulos. 
Classes por similaridade física (generalização) 
Os estímulos servem como ocasião para uma mesma resposta por partilharem propriedades físicas. 
Ex: os “sapatos” são unidos em uma classe de estímulos por possuírem similaridades físicas. “Maças” atribuímos a vários tipos de maças diferentes. 
Classes funcionais 
São compostas por estímulos que não se parecem, mas que servem de ocasião para uma mesma resposta. 
Ex: Chamar “instrumentos musicais” o piano, a bateria e a guitarra. Pois possuem funções iguais. 
O atentar (atenção como um comportamento) 
- Para a Análise Do Comportamento, não existe um processo mental chamado “atenção” que decide por nós à qual estímulo responderemos, ao qual prestaremos atenção. Já que, segundo a visão mentalista, a atenção seria uma espécie de filtro ou seletor de canais responsável peladecisão de quais informações podem entrar em nossas mentes. 
- Segundo Skinner, não é a atenção que escolhe à qual estímulos responderemos; na verdade comportamo-nos sobre o controle de discriminativo dos estímulos do ambiente. Assim, ter atenção é comportar-se sob determinado controle de estímulos. Ex: atentamos a um filme caso consigamos discutir a seu respeito após vê-lo. 
- Atentaremos a suas determinadas propriedade, dependendo de nossa história de reforçamento e punição. Estímulos que sinalizam consequências importantes no passado têm uma probabilidade maior de exercer o controle sobre nosso comportamento. Ex: Um poste passa a controlar o comportamento dos motoristas após a colocação dos radares de velocidade. 
- Experimento de Reynolds com os pombos pág. 107, 108 e 109. 
- Estabelecer um controle adequado de estímulos é usar a técnica chamada de esvanecimento (fading). Ela consiste em manipular gradativamente uma dimensão do estímulo para facilitar sua discriminação. Por exemplo colorir com diferentes cores as letras p e b (que tem um som semelhante) e aos poucos ir modificando as cores até chegar em ambas pretas. 
Abstração (o comportamento de abstrair) 
- Skinner utiliza o termo “abstração” em substituição do termo mentalista “formação de conceitos”. 
- Abstrair é emitir um comportamento sob controle de uma propriedade do estímulo, que é comum a mais de um estímulo e, ao mesmo tempo, não fica sob o controle de outras propriedades (ignorá-las). Ex: quando dizemos “caneta” ma presença de diversas canetas diferentes, estamos sob controle de algumas propriedades e ignorando outras, como cor, forma, tamanho, material e etc. 
Reforçamento diferencial e adicional na abstração 
Uma abstração pode ser definida também como generalização dentro de uma mesma classe e uma discriminação entre classes diferentes. Ex: Uma pessoa abstrai quando chama de brinquedo diferentes tipos de brinquedos, ou seja, generaliza dentro da classe dos diferentes brinquedos. 
Para que alguém aprenda isso, é necessário que ocorra reforçamento adicional para incluir novos brinquedos á classe de brinquedos e reforçamento diferencial para extinguir a reposta verbal “brinquedo” na presença de outros estímulos. 
Reforço adicional garante a generalização dentro da mesma classe 
Reforçamento diferencial estabelece a discriminação entre classes diferentes
Encadeamento de respostas e reforço condicionado 
-O comportamento produz consequências e elas alteram a probabilidade do comportamento reincidir. 
- Reforço (ou consequência reforçadora) é a consequência que aumenta a probabilidade de um comportamento acontecer. 
- Algumas consequências do comportamento são naturalmente reforçadoras. Ex: apresentação de comida para alguém que está o dia inteiro sem comer. 
- Apresentação de comida é o reforço incondicionado (não envolve história de aprendizagem). No entanto a maioria dos comportamentos operantes ocorrem em ambiente natural (fora do laboratório) onde não tem como consequência direta a produção de um reforço incondicionado. ... História do rato indo beber água (pág. 111 e 112). Assim, vemos que pela associação, o reforço incondicionado passa a ser reforço condicionado. Ex: Comer em certa hora do dia. 
- Cadeia comportamental (ou cadeia de resposta) uma sequência de comportamentos que produzem uma consequência que só pode ser produzida se todos os comportamentos envolvidos foram emitidos em uma certa ordem. 
- Sendo assim, o reforço condicionado possui função de (1) consequência reforçadora para o comportamento que a produz e (2) estímulo discriminativo para a ocorrência do próximo comportamento. 
Reforçadores condicionados generalizados e reforçadores condicionados simples
Alguns reforçadores condicionados podem servir de ocasião para muitas respostas diferentes. 
Reforçadores condicionados generalizados: 
· São reforçadores porque aumentam a probabilidade de ocorrência de uma resposta; 
· São condicionados por que dependem de uma história de aprendizagem e têm dupla função: estímulo discriminativo para o comportamento que sucede o reforço para o que o antecede; 
· São generalizados por servir de ocasião para várias respostas diferentes. 
Ex: dinheiro, com dinheiro posso emitir uma série de comportamentos (comer, cursar faculdade, pegar um Uber, comprar um livro e etc.) 
Não é necessária uma privação específica para que esse reforçador tenha seu efeito. Ex: não é necessária uma privação de sono, sede, contato social, fome e etc, para que o dinheiro tenha efeito. 
Um importante reforçador condicionado generalizado é a atenção de outro indivíduo.

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