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Alisson Braga METABOLISMO ANAERÓBICO – Via Glicolítica Metabolismo é o conjunto de reações químicas que ocorrem num organismo vivo com o fim de promover a satisfação de suas necessidades energéticas. Os carboidratos, lipídios e proteínas são produtos de alto conteúdo energético que são energéticos pelos animais. Esses compostos seguem vias metabólicas diferentes, para produzir compostos essenciais para a vida. O metabolismo tem quatro funções específicas: 1 – Obter energia química pela degradação de nutrientes. 2 – converter as moléculas dos nutrientes em unidades precursoras das macromoléculas. 3 – Organizar essas moléculas em polímeros. 4 – Sintetizar e degradar biomoléculas. Todas essas reações são organizadas em diferentes vias metabólicas e cada enzima participa de uma reação específica. As vias metabólicas são dividias em dois conjuntos: · Catabolismo – Conjunto de vias metabólicas produtoras de energia e degradam biomoléculas. · Anabolismo – Conjunto de vias metabólicas que gastam energia para poder sintetizar as moléculas. Anabolismo – As biomoléculas como Aminoácidos, Monossacarídeos; ácidos graxos e transformar em moléculas mais complexas como Proteínas, Polissacarídeos e os Lipídeos. Para poder organizar é necessário um gasto de ATP (NADH, NADPH, FADH2). Catabolismo – As moléculas que tem alto grau de organização, como as Proteínas; Polissacarídeos; Lipídeos. Toda a quebra dessas moléculas libera energia que é utilizada para restabelecer a via metabólica do anabolismo. As vias metabólicas elas são independentes, porém coordenadas. Por exemplo, em bactéria, mais de 1.000 reações podem acontecer ao mesmo tempo e isso só possível por causa das ENZIMAS! A regulação das enzimas regula o metabolismo todo. Exemplo: se não tiver a enzima A, essa via metabólica ao lado não pode ocorrer. Via metabólica da Glicose: · Oxidação completa da glicose libera 2840 kj/mol (180g) · Fácil de estocar (glicogênio e amido) · Molécula versátil que pode ser convertida em aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos etc. · No caso das plantas, a glicose é produzida por organismos fotossientéticos, fotossíntese GLICÓLISE = Conjunto de reações enzimáticas que levam à degradação de uma molécula de glicose em duas moléculas de piruvato. A glicose ela pode ser: Polimerizada: amarzenamento de energia; polímeros estruturais. Quebra: geração de energia (por 2 vias: pentoses e glicólise) Remanejamento: utilização em outras vias biossintéticas. A glicólise: · Vai ocorrer no citoplasma · Cerca de 10 reações · Fase preparatória · Fase de pagamento · Geração de 2 ATP e 2 NADH 1 - A fase preparatória 1 – Fosforilação da glicose com a quebra de um ATP em ADP 2 – São gastas 2 moléculas de ATP. 3 – essa fase termina com a formação do gliceroldeído 3-fosfato. 2 – Fases de pagamento É nessa fase que vão gerar moléculas de ATP que vão suprir as que foram utilizadas na primeira fase e ainda vão gerar mais ATP. 1 – Oxidação com fosforilação vai formar o NADH 2 – primeira reação de formação de ATP, que vai ser quebra da ligação de fosfato. PASSO A PASSO 1 – A glicose entra na célula através dos transportadores (GLUT). 2 – A PRIMEIRA REAÇÃO de quebra da glicose ocorre pela enzima HEXOQUINASE que vai fosforilar a glicose a partir de uma quebra de ATP. A hidroxila da glicose vai formar uma ligação covalente com o ATP da enzima e vai quebrar a ligação, liberando a glicose-6-fosfato e o ADP. Após a fosforilação os transportadores GLUT não reconhecem mais a glicose, o que impede da glicose sair da célula. Existem vários tipos de HEXOQUINASE e elas podem ser encontradas em diversos tecidos. Hexoquinase x Glicoquinase (HEXOQUINASE IV) Hexoquinase: · presente na maioria dos tecidos · km baixo = 0,5 mM (alta afinidade por glicose) · Vmax baixo (baixa capacidade) · Não é induzida por insulina · Inibição alastrérica pelo produto (glicose-6-fosfato) · Controla a concentração de glicose na célula. Glicoquinase: · Presente nos hepatócitos e células B pancreáticas. · Km alto = 8 mM (baixa afinidade por glicose) · Vmax alto (alta capacidade) · É induzida por insulina · Não sobre inibição pelo produto (proteína reguladora do fígado). · Controla a concentração de glicose plasmática (glicemia). · SEGUNDA REAÇÃO Quando essa molécula segue pela via da glicólise, a segunda reação que essa molécula sofre é uma isomerização, que ocorre pela Fosfoglicose isomerase e ela vai transformar a glicose-6-fosfato em uma frutose-6-fosfato. E isso acontece para termos uma molécula mais simétrica, já que posteriormente vai ser necessária a quebra dessa molécula. · TERCEIRA REAÇÃO Essa reação é catalisada pela fosfofrutoquinase 1e vai envolver a quebra de uma molécula de ATP e vamos ter uma molécula de frutose fosforilada em suas duas extremidades, gerando assim a molécula de Frutose 1,6-bifosfato. Essa enzima ela esta relacionada com o comprometimento dessa molécula pra via glicolítica. Porque quando a molécula sofre a reação da Fosfofrutoquinase 1 ela não tem mais como seguir para as outras vias (pentose e glicogênese), por isso o comprometimento, pois não há retorno. OBS: quando uma enzima termina com quinase significa que ela esta envolvida com transferência de fosfato. É por isso que a Fosfoquinase 1 precisa ser bem regulada, então ela vai ser regulada: · Catalisa a reação irreversível de formação da FRUTOSE 1,6 BIFOSFATO · Pode ser regulada alostericamente de acordo com o nível de energia da célula. (EX: quando a célula tiver muita concentração de AMP ou ADP que significa pouca energia, então é necessária a via glicolítica. Quando a célula tem muita concentração de ATP, então a glicólise é dispensada). Por isso a regulação. O ATP se liga ao sítio ativo da Fosfofrutoquinase 1 e isso indica que a célula não precisa mais produzir energia. ATP – INATIVA A ENZIMA AMP E ADP – ATIVA A ENZIMA · Pode ser inibida alostericamente por CITRATO. · No fígado, existe uma possibilidade adicional de regulação da PFK-1 -> frutose-2,6-bifosfato. FRUTOSE 2,6-BIFOSFATO · Não é um intermediário da glicólise. · É uma molécula reguladora (fígado) produzida para regular a glicólise. · Ativa a Fosfofrutoquinase 1. QUARTA REAÇÃO A reação de quebra da glicose agora é feita pela ALDOLASE e essa reação vai gerar 2 novas moléculas que são o Diidroxicetona fosfato e o Gliceraldeído 3-fosfato gerando assim duas moléculas que não são iguais, porém, são isômeras. Portanto, é possível se transformar em duas moléculas iguais com uma quinta reação. · QUINTA REAÇÃO Como a quarta reação não geraram duas moléculas iguais, uma isomerase a Triose fosfato isomerase. Essa enzima consegue converter a Diidroxicetona fosfato em Gliceraldeído 3-fosfato e vice-versa. Fim da primeira fase da glicólise. A glicólise continua com duas moléculas de Gliceroldeído-3-fosfato. · SEXTA REAÇÃO Essa sexta reação vai acontecer mais uma fosforilação, porém não vai utilizar um ATP, a fosforilação vai acontecer através de um fosfato inorgânico e vai gerar um NADH (NAD+ + H+). E quem vai catalisar essa reação é a Gliceraldeído 3P desidrogenase. O gliceraldeído vai se ligar covalentemente à enzima, formando um intermediário que vai ser oxidado (remoção de elétrons e íons H+) e com isso a formação do NADH e é justamente esse intermediário que vai impedir essa liberação dessa energia. O fosfato inorgânico é inserido na molécula, ocorre a quebra da ligação covalente, então teremos o produto e a regenaração da enzima. OBS: Ocorrem primeiro uma oxidação que é favorável e uma fosforilação que é desfavorável porque ocorre a partir de um fosfato inorgânico, e juntando essas duas reações, é uma reação menos desfavorável. · SETIMA REAÇÃO A Fosfoglicerato quinase catalisa uma reação onde o 1,3-bifosfoglicerato vai doar um fosfato para um ADP formando uma molécula de ATP. · OITAVA REAÇÃO É também uma isomerização, onde vai ser trocado o fosfato de lugar. A fosfoglicerato mutase vai alterar a posição do fosfato. · NONA REAÇÃO Ocorre uma desidratação que é catalisada pela EnolaseDeixando o fosfato próximo de uma carga negativa e também próximo de uma dupla ligação, já que ocorreu a desidratação. · DÉCIMA REAÇÃO Aqui ocorre justamente a remoção desse fosfato com a formação de uma molécula de ATP. Essa reação é catalisada pela Piruvato quinase. O fosfato do fosfoenolpiruvato vai direto para a molécula de ATP. Esse tipo de reação é conhecido como fosforilação em nível de substrato. A glicólise é uma via metabólica que é termodinamicamente favorável. No final, a via glicolítica gera 2 moléculas de NADH e 4 de ATP. Toda essa energia é preservada em forma de outras moléculas. RESULTADO: 2 piruvato + 2 NADH + 2H+ + 2ATP + 2 H2O. PIRUVATO QUINASE: essa enzima precisa ser bem regulada. · Alostericamente ativada por frutose 1,6-bifosfato. · Alostericamente inativada por indicadores de alta energia (ATP, Acetil-CoA e ácidos graxos de cadeia longa, Alanina).
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