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ATLAS DE PARASITOLOGIA

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA E MICROBIOLOGIA 
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATLAS DE PARASITOLOGIA 
 
HELLEN SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
JULHO/ 2021 
2 
 
Sumário 
AULA 1: AMEBÍASE ............................................................................................................................ 3 
AULA 2: GIARDÍASE ........................................................................................................................... 5 
AULA 3: TRICOMONÍASE .................................................................................................................... 6 
AULA 4: LEISHMANIOSE ..................................................................................................................... 7 
AULA 5: DOENÇA DE CHAGAS ............................................................................................................ 8 
AULA 6: MALÁRIA.............................................................................................................................. 9 
AULA 7: TOXOPLASMOSE ...................................................................................................................11 
AULA 8: ESQUISTOSSOMOSE..............................................................................................................13 
AULA 9: TENÍASE E CISTICERCOSE........................................................................................................15 
AULA 10: ASCARIDÍASE.......................................................................................................................17 
AULA 11: ENTEROBIOSE......................................................................................................................19 
AULA 12: TRICURIOSE.........................................................................................................................20 
AULA 13: ESTRONGILOIDÍASE..............................................................................................................22 
AULA 14: ANCILOSTOMOSE................................................................................................................23 
AULA 15: MIÍASES...............................................................................................................................25 
AULA 16: ECTOPARASITOS..................................................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Roteiro de aulas práticas 
AULA 1: Amebíase 
- Agente etiológico: Entamoeba histolytica 
 Trofozoíto Cisto 
 
 
A Entamoeba histolytica pode se apresentar na forma de trofozoíto ou cisto 
dependendo da fase em que se encontra. Em forma de trofozoíto, também é chamada 
de forma vegetativa, medindo de 20 até 40 μm, podendo chegar até 60 μm nas formas 
obtidas de lesões tissulares; em culturas ou disenterias, eles medem entre 20 e 30 μm. 
O trofozoíto geralmente contém um único núcleo, apresenta-se pleomórfico, ativo, 
alongado, com emissão contínua e rápida de pseudópodes, grossos e hialinos; costuma 
apresentar movimentos direcionais. Em casos de disenteria é provável encontrar 
eritrócitos no citoplasma, o qual se apresenta em ectoplasma, claro e hialino, e 
endoplasma, finamente granuloso, com vacúolos e restos de substâncias alimentares. O 
núcleo é bem visível e destacado, normalmente é esférico; a membrana nuclear é 
bastante delgada e a cromatina justaposta internamente a ela é formada por pequenos 
grânulos, uniformes no tamanho e na distribuição, remetendo um aspecto de anel, sendo 
comparado a uma aliança de brilhante; na parte central do núcleo é encontrado o 
cariossoma, também denominado endossoma, assemelhando-se a uma roda de carroça. 
Já os cistos são esféricos ou ovais, apresentando um tamanho entre 8 e 20 μm 
de diâmetro. Em preparações a fresco aparecem como corpúsculos hialinos e claros, 
seus núcleos são pouco visíveis. Entretanto, quando corados os núcleos se tornam bem 
visíveis e variam em uma quantidade de um a quatro, com uma cor castanho-escuro; a 
membrana nuclear é mais escura devido ao revestimento da cromatina; o cariossoma é 
Cariossoma Núcleo 
Eritrócito 
Núcleo 
Cariossoma 
Corpo cromatoide 
4 
 
pequeno e está localizado no centro do núcleo. Quando os cistos apresentam corpos 
cromatoides, estes se apresentam na forma de bastonetes ou charutos, com pontas 
arredondadas. No citoplasma dos cistos também podem ser encontradas reservas de 
glicogênio chamadas de “vacúolos de glicogênio”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
AULA 2: Giardíase 
- Agente etiológico: Giardia lamblia/ Giardia duodenalis/ Giardia intestinalis 
 
A Giardia apresenta duas formas evolutivas: o trofozoíto e o cisto. O trofozoíto é 
encontrado no intestino delgado, sendo a forma responsável pelas manifestações 
clínicas na infecção. Quanto às suas características morfológicas tem formato de pêra, 
simetria bilateral, mede 20 μm de comprimento por 10 μm de largura e apresenta quatro 
pares de flagelos (um anterior, um posterior, um ventral e um caudal). A face dorsal é 
lisa e convexa, enquanto a face ventral é côncava, apresentando uma estrutura 
semelhante a uma ventosa, conhecida como disco ventral. Abaixo do disco, na face 
ventral, é possível observar a presença de uma ou duas formações paralelas, em formato 
de vírgula, denominadas corpos medianos. No interior do trofozoíto são encontrados dois 
núcleos idênticos do ponto de vista morfológico e genético. 
O cisto é a forma responsável pela transmissão do parasito, ou seja, é a forma 
infectante. Ele é oval ou elipsoide, com aproximadamente 12 μm de comprimento por 8 
μm de largura e apresenta uma parede externa glicoproteica. Internamente, no 
citoplasma, é possível visualizar dois ou quatro núcleos, número variável de axonemas 
e no polo oposto aos núcleos, os corpos escuros na forma de meia-lua. 
 
 
 
Trofozoíto 
Cisto 
Flagelo anterior 
Corpos medianos 
Disco ventral 
Núcleo com cariossoma central 
Flagelo Posterior 
Flagelo caudal 
Flagelo ventral 
Núcleo 
Axonema 
6 
 
AULA 3: Tricomoníase 
- Agente etiológico: Trichomonas vaginalis 
 
 
 
O Trichomonas vaginalis é uma célula polimorfa, o parasito é tipicamente 
elipsoide, piriforme ou oval, medindo em média 9,7 μm de comprimento por 7,0 μm de 
largura, além disso, apresenta somente o estágio de trofozoíto. Essa espécie possui 
quatro flagelos anteriores livres e desiguais em tamanho, membrana ondulante e a costa, 
que se origina do complexo citossomal. O axóstilo é uma estrutura rígida e hialina que 
se projeta através do centro do organismo, prolongando-se até a extremidade posterior 
e conecta-se anteriormente a uma pequena estrutura em forma de crescente, a pelta. O 
aparelho parabasal consiste em um corpo em forma de “V”, associado a dois filamentos 
parabasais, ao longo dos quais se dispõem o aparelho de Golgi composto por vesículas 
paralelas achatadas. O núcleo é elipsoide próximo a extremidade anterior, com uma 
dupla membrana nuclear e frequentemente apresenta um pequeno nucléolo. O 
Trichomonas vaginalis tem como habitat o trato urogenital. 
 
 
 
 
 
 
 
Flagelo anterior 
Corpo parabasal e aparato de Golgi 
Membrana Ondulante 
Flagelo posterior 
Axóstilo 
Núcleo 
7 
 
AULA 4: Leishmaniose 
- Agente etiológico: Leishmania sp. 
 
 
A forma promastigota é alongada em cuja região anterior emerge um flagelo. O 
núcleo assemelha-se ao existente na forma amastigota e está localizado na porção 
média do corpo. O cinetoplasto situa-se na região anterior, podendo variar sua posição. 
Quanto ao tamanho das formas promastigotas é variável,medindo entre 16 até 40 mm 
de comprimento por 1,5 até 3 mm de largura, incluindo o flagelo que frequentemente é 
maior que o corpo. A forma amastigota é tipicamente ovoide ou esférica. O cinetoplasto 
está localizado na maioria das vezes próximo ao núcleo e tem formato de um bastão 
pequeno. Essa forma não apresenta flagelo livre e seu tamanho varia entre 1,5 até 3 mm 
por 3 até 6,5 mm. As formas amastigotas são encontradas parasitando células do 
sistema mononuclear fagocitário do hospedeiro vertebrado, principalmente macrófagos 
residentes na pele, enquanto as formas promastigotas são encontradas no tubo digestivo 
dos flebotomíneos livres ou aderidas ao epitélio intestinal. É importante destacar que a 
infecção do inseto ocorre quando a fêmea pica o vertebrado infectado. 
 
 
 
 
 
 
 
Promastigota 
Amastigota 
Flagelo 
Cinetoplasto 
Núcleo 
Corpúsculo basal 
Axonema 
Núcleo 
Cinetoplasto 
Corpúsculo basal 
Axonema 
8 
 
AULA 5: Doença de Chagas 
- Agente etiológico: Trypanossoma cruzi 
 
 
As formas amastigotas são encontradas intracelularmente nos hospedeiros, 
enquanto as formas tripomastigotas são encontradas extracelularmente, e essas formas 
são infectantes para células in vitro e para vertebrados. À microscopia eletrônica em 
todas as formas evolutivas do Trypanossoma cruzi observa-se uma organela especial 
denominada cinetoplasto, que constitui uma mitocôndria modificada, rica em DNA. No 
hospedeiro invertebrado são encontradas inicialmente formas arredondadas com flagelo 
circundando o corpo, denominadas esferomastigotas presentes no estômago e intestino 
do triatomíneo; formas epimastigotas presentes em todo o intestino e reproduzidas em 
meio a cultura celular e tripomastigotas no reto. Lembrando que o tripomastigota constitui 
a forma mais natural de infecção para o hospedeiro vertebrado. Amastigotas, 
epimastigotas e tripomastigotas interagem com células do hospedeiro vertebrado e 
apenas as epimastigotas não são capazes de nelas se desenvolver e multiplicar. 
 
 
 
 
 
 
Epimastigota 
Tripomastigota 
Amastigota 
Núcleo 
Cinetoplasto 
Membrana ondulante 
Flagelo 
Cinetoplasto 
Núcleo 
Flagelo 
Membrana 
ondulante 
Núcleo 
Cinetoplasto 
 
9 
 
AULA 6: Malária 
- Agente etiológico: Plasmodium sp. 
 
 
 
 
 
 
 
Os plasmódios variam individualmente em tamanho, forma e aparência, conforme 
seu estágio de desenvolvimento e suas características específicas. As formas evolutivas 
extracelulares capazes de invadir as células hospedeiras são: esporozoítos, merozoítos 
e oocineto, as quais possuem um complexo apical formado por organelas conhecidas 
como roptrias e micronemas. Quando observados por microscopia eletrônica, estas 
formas do parasito apresentam uma membrana externa simples e uma membrana 
interna dupla, a qual é fenestrada e incompleta, principalmente na extremidade anterior, 
onde está localizado o complexo apical 
O esporozoíto é alongado, medindo cerca de 11 μm de comprimento por 1 μm de 
largura e apresenta um único núcleo central, sua estrutura interna é semelhante nas 
diferentes espécies de plasmódios, sendo a sua membrana formada por duas camadas, 
Aparelho de Golgi 
Núcleo 
Retículo 
Endoplasmático 
Mitocôndria 
Microtúbulos 
Complexo Apical 
Esporozoíto 
Anéis Polares 
Microtúbulos 
Apicoplasto 
Mitocôndria Núcleo 
Retículo 
Endoplasmático 
Aparelho de Golgi 
Micronema 
Merozoíto 
Roptrias 
Roptrias 
Oocineto 
Grânulos densos Micronemas 
Núcleo 
10 
 
com a camada mais externa formada principalmente pela proteína CS, a qual participa 
de diversas interações celulares durante o ciclo vital do parasito. Os merozoítos são 
células similares e capazes de invadir somente hemácias. Apresentam uma estrutura 
semelhante à dos esporozoítos, porém menores e arredondados, com 1 a 5 μm de 
comprimento por 2 μm de largura e tendo uma membrana externa composto por três 
camadas. O oocineto tem uma forma alongada de aspecto vermiforme, móvel, com 
comprimento entre 10 e 20 μm, contendo núcleo volumoso e excêntrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
AULA 7: Toxoplasmose 
- Agente etiológico: Toxoplasma gondii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O T. gondii pode ser encontrado em vários tecidos, células (exceto em hemácias) 
e líquidos orgânicos. As formas infectantes que o parasito apresenta durante o ciclo 
Retículo endoplasmático 
Membrana plasmática 
Membrana Interna 
Micronemas 
Grânulos densos 
Roptrias 
Conóide 
Microtúbulos 
Apicoplasto 
Mitocôndria 
Núcleo 
Taquizoíto 
Bradizoítos 
Oocisto 
Corpo residual 
Núcleo 
Esporozoíto 
Esporocisto 
Parede do 
oocisto 
12 
 
biológico são: taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos. Essas três formas apresentam 
organelas citoplasmáticas características do Filo Apicomplexa que constituem o 
complexo apical: conoide, anel polar, microtúbulos subpeculiares, roptrias, micronemas, 
e grânulos densos. 
 O taquizoíto é a forma encontrada durante a fase aguda da infecção. Apresenta-
se com a forma aparente de uma banana ou meia-lua, com uma das extremidades mais 
afilada e a outra arredondada, medindo cerca de 2 x 6 μm, com o núcleo em posição 
mais ou menos central. É uma forma móvel, de multiplicação rápida, encontrada dentro 
do vacúolo parasitóforo em várias células, bem como em líquidos orgânicos e excreções. 
O bradizoíto é encontrado em vários tecidos, geralmente durante a fase crônica da 
infecção. São encontrados dentro do vacúolo parasitóforo de uma célula, cuja membrana 
forma a cápsula do cisto tecidual. Além disso, se multiplicam lentamente dentro do cisto. 
O oocisto é a forma de resistência que possui parede dupla bastante resistente às 
condições do meio ambiente. São produzidos nas células intestinais de felídeos não 
imunes e eliminados imaturos junto com as fezes, eles são esféricos e medem cerca de 
12,5 x 11,0 μm e após a esporulação no meio ambiente contém dois esporoscistos, com 
quatro esporozoítos cada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
AULA 8: Esquistossomose 
- Agente etiológico: Shistosoma mansoni 
 
 
 
 
Macho Fêmea 
Ventosa Oral 
Esôfago 
Testículos 
Ceco Intestinal 
Boca 
Ventosa Ventral 
Poro Genital 
Vesícula seminal 
Canal Ginecóforo 
Intestino 
Ventosa Oral 
Boca 
Ventosa Ventral 
Vulva 
Faringe 
Útero 
Ovário 
Glândulas vitelinas 
Ovo 
Oótipo 
Ovário 
Ovos em diferentes 
estádios: 
I – 1º estádio 
II – 2º estádio 
III – 3º estádio 
IV – 4º estádio 
V – 5º estádio 
 
Miracídio 
Terebratorium 
Glândula de penetração 
Glândulas adesivas 
Células flama 
Túbulos excretores 
Poro excretor 
Células flama 
Cercária 
Ventosa oral 
Poro oral 
Ceco 
Glândula de penetração 
Ventosa ventral 
Primórdio genital 
Ductos das 
glândulas 
de 
penetração 
14 
 
A morfologia do S. mansoni macho, em fase adulta, se caracteriza por apresentar 
um tamanho em cerca de 1 cm, cor esbranquiçada com tegumento recoberto de 
minúsculas projeções. Além disso, apresenta o corpo dividido em duas porções: anterior, 
onde encontra-se a ventosa oral e ventral, e a porção posterior, onde se localiza o canal 
ginecóforo. A fêmea do S. mansoni mede cerca de 1,5 cm e tem cor mais escura devido 
ao ceco com sangue semi-digerido, com tegumento liso. Em sua porção anterior 
encontra-se a ventosa oral e o acetábulo, e logo depois a vulva, o útero (com um ou dois 
ovos) e o ovário. E sua metade posterior é preenchida pelas glândulas vitogênicas e pelo 
ceco. O ovo mede cerca de 150 μm de comprimento por 60 de largura, com um formato 
oval, apresentado um espículo na parte mais larga. Quando está maduro é notório um 
miracídio formado, devido a transparência de sua casca, sendo importante destacar que 
o ovo maduro é a forma usualmente encontradanas fezes. O miracídio apresenta forma 
cilíndrica, com dimensões médias de 180 μm de comprimento por 64 μm de largura, seu 
sistema excretor é composto por células flama que estão em um número de quatro, 
apresentando-se em pares, e o seu sistema nervoso é muito primitivo. As cercarias 
apresentam um comprimento total de 500 μm, cauda bifurcada medindo 230 por 50 μm 
e corpo cercariano com 190 por 70 μm. Verifica-se um sistema excretor constituído de 
quatro pares de células flama. Além disso, observa-se duas ventosas, sendo a ventral a 
mais desenvolvida, e é principalmente através dela que a cercaria fixa-se na pele do 
hospedeiro no processo de penetração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
AULA 9: Teníase e Cisticercose 
- Agente etiológico: Taenia saginata e Taenia solium 
 
 
 
 
 
 
A T. saginata e T. solium apresentam corpo achatado, dorsoventralmente em 
forma de fita, dividido em escólex ou cabeça, colo ou pescoço e estróbilo ou corpo. São 
de cor branca leitosa com a extremidade anterior bastante afilada de difícil visualização. 
Na T. saginata, o escólex é quadrangular, sem rostro e sem acúleos; os proglotes 
apresentam ramificações uterinas muito numerosas, do tipo dicotômico e saem 
ativamente no intervalo das defecações; o cisticerco não apresenta acúleos; e não foi 
comprovada a capacidade de levar à cisticercose humana. Na T. solium, o escólex é 
globoso, com rostro e com dupla fileira de acúleos; os proglotes apresentam ramificações 
uterinas pouco numerosas, do tipo dendrítico e saem passivelmente com as fezes; o 
cisticerco apresenta acúleos; e foi comprovada a capacidade de levar à cisticercose 
humana. Quanto aos ovos, eles são indistinguíveis. Tanto a T. saginata quanto a T. 
Rostelo 
Escólex 
(cabeça) 
 Ventosa 
Proglote 
imaturo 
Proglote maduro 
Testículo 
Vagina 
Poro 
Genital 
Útero 
Proglote 
Ovário 
Gancho 
Glândula de germinação 
Colo 
Canal 
espermático 
Verme 
adulto 
Ganchos 
Ventosas 
Escólex 
Colo 
Taenia solium Taenia saginata 
Cisticercos 
Rostro 
Ventosa 
Colo 
Vesícula Forma encontrada nos tecidos 
16 
 
solium, na fase adulta, vivem no intestino delgado humano, já o cisticerco da T. solium é 
encontrado no tecido subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e no olho de suínos e 
acidentalmente em humanos. O cisticerco da T. saginata é encontrado nos tecidos dos 
bovinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
AULA 10: Ascaridíase 
- Agente etiológico: Ascaris lumbricoides 
 
As formas adultas do A. lumbricoides são longas, robustas, cilíndricas, com as 
extremidades afiladas. O macho, verme adulto, apresenta cor leitosa e mede cerca de 
20 a 30 cm de comprimento por 2 a 4 mm de largura. A boca é contornada por três fortes 
lábios com serrilha de dentículos e sem interlábios. O reto é encontrado próximo a 
extremidade posterior. Apresenta um testículo filiforme e enovelado, e dois espículos 
iguais que funcionam como órgãos acessórios da cópula. A extremidade posterior 
fortemente encurvada para a face ventral é o caráter sexual externo que o diferencia da 
fêmea, a qual mede cerca de 30 a 40 cm de comprimento por 3 a 6 mm de largura. A 
fêmea apresentar cor, boca e aparelho digestivo semelhantes aos do macho. 
Apresentam dois ovários filiformes e enovelados que continuam como ovidutos, 
diferenciando em úteros. Além disso, sua extremidade posterior é retilínea. Os ovos são 
originalmente brancos e adquirem cor castanha devido ao contato com as fezes, medem 
cerca de 50 x 60 μm, são ovais e com cápsula espessa em razão da membrana 
mamilonada. Em infecções moderadas, os vermes adultos são encontrados no intestino 
delgado, principalmente no jejuno e íleo, e em casos de infecções intensas ocupam toda 
Fêmea 
Macho 
Útero 
Esôfago 
Vulva 
Ovário 
Intestino 
Esôfago 
Intestino 
Testículo 
Cloaca 
Papilas 
Espículas 
Canal 
deferente 
Ânus 
Oviduto 
18 
 
a extensão do intestino delgado, lembrando que podem ficar presos à mucosa, com 
auxílio dos lábios ou migrarem pela luz intestinal, e o seu ciclo biológico é monoxênico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
AULA 11: Enterobiose 
- Agente etiológico: Enterobius vermicularis 
 
 
 
 
O E. vermiculares apresenta dimorfismo sexual, com algumas características 
comuns para os dois sexos como cor branca e filiformes. A boca é pequena, seguida de 
um esôfago claviforme, terminando em um bulbo cardíaco. A fêmea mede cerca de 1 cm 
de comprimento por 0,4 mm de diâmetro, apresenta cauda pontuda e longa, a vulva que 
abre na porção média anterior e uma curta vagina que se comunica com os dois úteros. 
O macho mede cerca de 5 mm de comprimento por 0,2 mm de diâmetro, tem cauda 
recurvada em sentido ventral, com espículo e apresenta um único testículo. O ovo mede 
cerca de 50 μm de comprimento por 20 μm de largura, apresenta um formato semelhante 
a letra D, pois tem um lado convexo e outro côncavo, além disso, possui membrana 
dupla, lisa e transparente. Os machos e as fêmeas vivem no ceco e apêndice, sendo as 
fêmeas encontradas na região perianal. O ciclo biológico desses parasitos é monoxeno, 
sendo importante destacar que após a cópula, os machos são eliminados juntamente 
com as fezes e morrem, enquanto a fêmea repleta de ovos se desprende do ceco em 
direção ao ânus, sendo o prurido anal a alteração mais intensa e frequente. 
Fêmea Macho 
Boca 
Vesícula 
Esôfago 
Bulbo esofágico 
Intestino 
Vulva 
Reto 
Ânus 
Útero 
Vesícula 
Boca 
Esôfago Bulbo esofágico 
Cloaca 
Espícula 
Intestino 
Testículo 
20 
 
AULA 12: Tricuriose 
- Agente etiológico: Trichuris trichiura 
 
 
 
O T. trichiura adulto mede cerca de 3 a 5 cm de comprimento, sendo os machos menores 
que as fêmeas. A boca é localizada na extremidade anterior, sendo essa estrutura 
simples e sem lábios, podendo ser observado um pequeno estilete, seguido por um longo 
e delgado esôfago, o qual ocupa cerca de 2/3 do comprimento total do verme, e a 
superfície ventral esofagiana apresenta a Camada Bacilar, estrutura que pode estar 
associada à regulação osmótica e iônica. Já na parte posterior, encontra-se o sistema 
reprodutor simples e o intestino, que termina no ânus. O macho apresenta testículo único 
e espículo, sendo esta região curvada. Na fêmea é possível observar o ovário, seguido 
do útero, o qual contém muitos ovos não embrionados. Os ovos medem cerca de 50-54 
μm de comprimento por 22 mm de largura, tem formato elíptico com poros salientes e 
transparentes, preenchidos por material lipídico. Esses vermes adultos são encontrados 
Fêmea Macho 
Testículo 
Cloaca 
Espículo 
Ducto ejaculatório 
Canal 
deferente 
Intestino 
Anel 
nervoso 
Boca 
Ovário 
Oviduto 
Intestino 
Úteros 
Vagina 
Vulva 
Anel nervoso 
Esôfago 
Boca 
21 
 
no intestino grosso de humanos, quando infectados e apresentam ciclo monóxeno. Essa 
infecção é mais prevalente em região de clima quente e úmido e condições sanitárias 
precárias, fatores que contribuem para a contaminação ambiental e para a sobrevivência 
dos ovos do parasito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
AULA 13: Estrongiloidíase 
- Agente etiológico: Strongyloides stercoralis 
 
 
 
 
Fonte: Livro do Neves. 
A fêmea parasita possui corpo cilíndrico com aspectos filiforme longo, 
extremidade anterior arredondada e posterior afilada, medindo de 1,7 a 2,5 mm de 
comprimento por 0,03 a 0,04 mm de largura. Apresenta cutícula transparente e fina, 
levemente estriada no sentido transversal em toda a extensão do corpo e não há 
receptáculo seminal. A fêmea que coloca de 30 a 40 ovos por dia é ovovivípara, pois 
elimina na mucosa intestinal o ovo já larvado, a larva rabditoide que é libertada ainda no 
interior do hospedeirotorna-se a forma evolutiva de fundamental importância no 
diagnóstico. A fêmea de vida livre possui aspecto fusiforme com extremidade anterior 
arredondada e posterior afilada, medindo de 0,8 a 1,2 mm de comprimento por 0,05 a 
0,07 mm de largura. Apresenta cutícula fina e transparente com finas estriações e 
receptáculo seminal. O macho de vida livre possui aspecto fusiforme com extremidade 
anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente, medindo cerca de 0,7 mm de 
comprimento por 0,04 mm de largura. Os ovos são elípticos, de parede fina e 
transparente, praticamente idênticos aos do ancilostomídeos, podem ser observados nas 
fezes de indivíduos com diarreia grave ou após a utilização de laxantes. As larvas 
rabditoides originárias das fêmeas parasitas são praticamente indistinguíveis das 
originadas de vida livre. As larvas filarioides são longas correspondendo à metade do 
comprimento da larva, esta é a forma infectante do parasito. 
Fêmea 
parasita 
Fêmea 
de vida 
livre 
Macho 
de vida 
livre 
Larva 
rabditóide 
Larva 
filarióide 
Ovo embrionado 
Ovo larvado 
an = ânus; bo = boca; ca = cauda entalhada; cl = cloaca; ep = espículo; es = esôfago; in = 
intestino; ov = ovário; pg = primórdio genital nítido; te = testículo; ut = útero divergente; vb = 
vestíbulo bucal curto; vu = vulva. 
23 
 
AULA 14: Ancilostomose 
- Agente etiológico: Ancylostoma duodenale/ Ancylostoma ceylanicum/ Necator 
americanus 
 
 
Cápsula bucal 
Intestino 
Testículo 
Vesícula seminal 
Ducto ejaculatório 
Espículo 
Cloaca 
Bursa copulatória 
Ovário 
Vulva 
Útero 
Ovijetor 
Macho Fêmea 
Ancylostoma duodenale 
 
A. duodenale A. ceylanicum 
Necator americanus 
Extremidade posterior da fêmea 
de A. duodenale 
 
Extremidade posterior da fêmea 
de N. americanus 
 
Extremidade posterior do macho 
de N. americanus 
 
24 
 
A A. duodenale, adulto macho e fêmea, são cilindriformes, com a extremidade 
anterior curvada dorsalmente, cápsula bucal grande e profunda, com dois pares de 
dentes ventrais na margem interna da boca e um par de dentes triangulares subventrais 
no fundo da boca. A fêmea é maior que o macho e apresenta a extremidade posterior 
afilada. A A. ceylanicum adulto tem morfologia semelhante a A. duodenale, diferindo por 
apresentar dois pares de dentes da cápsula bucal formados por um dente grande e um 
dentículo. O N. americanus adulto tem forma cilíndrica, com extremidade cefálica bem 
recurvada dorsalmente, cápsula bucal profunda margeada por duas lâminas cortantes, 
seminulares, de situação subventral e duas outras lâminas cortantes subdorsais, além 
de um dente longo situado no fundo da cápsula bucal que é sustentado por uma placa 
subdorsal e duas lancetas triangulares subventrais. O macho é menor que a fêmea. Os 
ancilostomídeos apresentam ciclo biológico direto, não necessitando de hospedeiros 
intermediários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
AULA 15: Miíases 
- Agente etiológico: Cochliomuia sp. / Dermatobia hominis 
 
 
 
Existem várias classificações para miíases conforme a localização, biologia da 
mosca e o tipo do tecido em que ocorre. A espécie Cochliomyia hominivorax, é conhecida 
como mosca-varejeira, ela é robusta medindo cerca de 8 mm de comprimento, possui 
cor verde com reflexos azul-metálico em todo o tórax e abdome, o mesonoto apresenta 
Cochliomyia 
Sarcophagidae 
Larva de C. 
hominivorax 
Larva de C. 
macellaria 
Mosca hematógafa, 
veiculando ovos de 
Dermatobia hominis 
26 
 
três faixas negras, olhos de cor avermelhada, o resto da cabeça amarelo-brilhante, 
pernas alaranjadas e é a mosca causadora de miíase primária desde o sul dos EUA até 
o norte do Chile e Argentina. As mascos da família Sarcophagidae são de médias a 
grandes, medindo cerca de 6 a 10 mm de comprimento, apresentam cor acinzentada, 
mesotórax possui três faixas negras longitudinais e abdome axadrezado. A Dermatobia 
hominis é uma mosca robusta, medindo cerca de 12 mm de comprimento, a cabeça 
apresenta a parte superior e os olhos marrons, enquanto a parte ventral é castanha, 
tórax acinzentado com manchas longitudinais, indistintas e de cor escura. É importante 
pontuar que as larvas de moscas que completam seu ciclo ou pelo menos parte do seu 
desenvolvimento normal dentro ou sobre o corpo de um hospedeiro vertebrado podem 
ser classificadas como causadoras de miíases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
AULA 16: Ectoparasitos (Pulgas e piolhos) 
- Agente etiológico: Yersinia pestis (Peste Bubônica) 
 
 
 
 
Ctenocephalides 
felis felis - fêmea 
Xenopsylla 
cheopis - macho 
A = sensilium 
B = espermateca 
C = tíbia posterior 
D = peças bucais 
E = ctenídeo genal 
F = olho 
G = cerdas pós-antenais 
H = ctenídeo pronotal 
A = sensilium 
B = órgão copulador 
C = peças bucais 
D = antena 
E = cerdas pós-antenais 
F = sutura mesopleural 
Ctenocephalides sp. 
Xenopsylla cheopis 
Fêmea do Ctenocephalides sp. 
Pulex irritans 
Macho do Ctenocephalides sp. 
28 
 
 
As pulgas são insetos pequenos que medem de 1 a 3 mm, de cor castanho-escuro 
e corpo achatado lateralmente. Os machos se diferem das fêmeas por apresentar um 
tamanho menor e pela morfologia dos órgãos genitais. As pulgas adultas são 
hematófagas obrigatórias, alimentando-se diretamente nos capilares, cada espécie tem 
um hospedeiro próprio, daí a possibilidade de transmissão da peste e outras doenças ao 
homem. A Pulex irritans que mais frequentemente ataca o homem, é cosmopolita e muito 
encontradiça em casas velhas e antigos cinemas, sua picada pode causar pulicose. A 
Xenopsylla cheopis é a pulga dos ratos domiciliares e comensais, é cosmopolita e a 
principal espécie transmissora da peste bubônica e tifo murino entre roedores 
domiciliares, podendo depois passar para o homem. A Ctenocephalides sp. são as 
pulgas de carnívoros e frequentemente podem ser encontradas parasitando 
indiferentemente cães e gatos. Os piolhos são insetos pequenos, sem asas, achatados 
dorsoventralmente e com o aparelho bucal picador-sugador, a cabeça é mais estreita 
que o tórax, no tarso nota-se uma garra que se opõe a tíbia, formando uma pinça, com 
a qual o inseto se fixa ao pelo ou fibra. Em Pediculus, o corpo é aproximadamente 2-3 
vezes mais longo do que largo e os três pares de pernas são de mesmo comprimento e 
largura, em contraposição à Pthirus. Nos dois gêneros, macho e fêmea podem ser 
Diferenciação morfológica 
entre Pulicidae e Tungidae 
Pulex irritans 
Tunga penetrans 
Ovo (lêndea) 
“Pediculus capitis” fêmea 
Pthirus pubis fêmea 
Piolho 
29 
 
diferenciados pela extremidade abdominal que é arredondada nos machos e provida de 
uma reentrância nas fêmeas.

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