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LISTA 04 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

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LISTA DE EXERCÍCIOS 04 – CORROSÃO 
 
1. Defina o conceito de corrosão. É um conceito que se aplica somente para metais, 
cite alguns exemplos? 
A corrosão é um processo de deterioração dos metais que acontece por meio da ação de 
processos eletroquímicos das reações de oxirredução que ocorrem em um ambiente corrosivo. 
A ação corrosiva faz com que o material metálico deixe de ser metal e perca as suas 
propriedades originais. Podemos citar como exemplo o aço, que é uma liga metálica formada, 
principalmente, de Ferro (Fe) e Carbono (C). Quando um objeto de aço é exposto a um meio 
corrosivo a sua superfície começa a se modificar, se transformando com o tempo em óxido de 
ferro, a ferrugem, que é o produto da corrosão do aço. 
2. Selecione alguns exemplos de corrosão direta e corrosão indireta? 
Os processos de corrosão podem ser definidos em dois tipos: a corrosão direta (química) 
e a corrosão indireta (eletroquímica). No processo corrosivo direto, o material metálico sofre 
interação direta do ambiente agressivo (corrosivo) no qual ele se encontra, formando produtos 
de corrosão. Os elétrons do metal que são cedidos são doados ao oxidante na própria região de 
produção. Já o processo indireto (eletrocorrosão), é causado pela presença de reações de 
oxidação e redução (pilhas ou pares galvânicos em um curto-circuito) e a passagem de íons no 
meio (eletrólito), onde os elétrons são produzidos na região do ânodo e consumidos no cátodo. 
Alguns exemplos desses tipos de corrosão são citados a seguir. 
● Corrosão Direta: Formação de carepa da laminação em processos siderúrgicos, 
corrosão de Zn por H2SO4, degradação de polímeros, formação da ferrugem, etc.; 
● Corrosão Indireta: Pilhas galvânicas, corrosão de estruturas de concreto armado, etc. 
3. Se você tivesse que escolher um metal para revestir o casco de um navio, qual 
escolheria? 
Se o objetivo é manter o casco do navio protegido, é necessário que o metal seja de um 
tipo que possua um baixo potencial de redução, tornando-o capaz de sofrer oxidação no lugar 
do casco da embarcação. Alguns exemplos de metais que possuem baixos potenciais de redução 
são: os metais alcalinos, alcalinos terrosos, alumínio e zinco. 
4. Contextualize o problema da corrosão de armaduras em estruturas de concreto no 
cenário mundial e nacional. 
Em um contexto mundial e nacional, o processo de corrosão de armadura no concreto 
armado é visto como uma patologia grave que ocorre quando as condições e medidas de 
proteção proporcionadas pelo cobrimento de concreto são realizadas de maneira insuficiente. 
Como exemplo de medidas de proteção efetivas, podemos citar o processo de 
impermeabilização - com formadores de película, hidrofugantes de superfície (poro aberto) e 
bloqueadores de poros - no concreto armado, conferindo assim uma proteção adicional contra 
ação dos agentes agressivos nocivos presentes do meio corrosivo. 
5. Descreva os seguintes tipos de corrosão: generalizada irregular e localizada por 
pites. 
A corrosão generalizada é o tipo de corrosão que é caracterizada pelo desgaste de 
maneira uniforme sobre a superfície do material metálico, ou seja, a corrosão atinge áreas 
extensas do metal. Já na corrosão localizada, o desgaste do material pelo processo corrosivo 
ocorre em uma região limitada, com tendência de se aprofundar mais rapidamente do que no 
processo anterior. 
6. Explique como ocorre a despassivação da armadura nos casos da carbonatação do 
concreto e ação dos íons cloreto. 
A despassivação da armadura é um processo referente à qualidade da película de 
passivação, dos seus componentes, que formam o concreto, que quando possui uma baixa 
qualidade concede condições para o início do processo de corrosão estrutural do material, 
diminuindo então a sua durabilidade. Os principais mecanismos de despassivação da armadura 
nas estruturas de concreto são: carbonatação e íons de cloreto. O primeiro, a carbonatação, 
diminui o nível do pH presente no meio circundante da armadura para níveis nos quais a 
passivação plena da armadura não é capaz de ser mantida de maneira normal. Já no segundo 
mecanismo de despassivação, provocado pela ação dos íons de cloreto, a presença dessas 
partículas de cloreto - em uma quantidade suficiente - é capaz de romper essa película passiva, 
que atua como uma camada, de forma localizada e consistente. 
7. Qual a importância da presença de umidade para as reações de carbonatação? 
O teor de umidade presente nos poros de um material cimentício é um fator 
preponderante para a difusão do dióxido de carbono (CO2), que é gerado no processo de 
carbonatação do concreto. Em situações nas quais o grau de umidade é muito elevado a água 
(H2O) acaba por obstruir os poros, dificultando o processo de difusão. Por outro lado, nos casos 
de baixas umidades, a difusão não ocorre pela ausência do agente transportador do gás para o 
interior do material (concreto) e, também, pela insuficiência de moléculas de H2O para reagir 
com o CO2. 
8. Como o teor de umidade na rede porosa do concreto influencia o avanço da frente 
de carbonatação? 
Considerando que a propriedade de resistividade superficial do concreto é influenciada 
pela porosidade do material, se o concreto possuir um teor de umidade muito elevado o material 
em questão pode sofrer de maneira mais grave a carbonatação. Este fator é proporcionado tanto 
pela composição química da solução presente nos poros quanto pelo teor de umidade presente 
na rede porosa do material. A depender do grau de umidade, o nível de resistência que um 
material possui pode variar de maneira muito significativa. 
9. Por que a corrosão por cloretos, em geral, tem um efeito mais danoso para a 
estrutura do que a corrosão por carbonatação do concreto. 
No caso da corrosão por íons de cloreto, este efeito é mais danoso devido à ação desses 
íons que possuem comportamento corrosivo e são capazes de romper pontos específicos da área 
correspondente a película de passivação do material. Deste rompimento, surgem zonas 
destinadas à corrosão, que são áreas com alta atividade na superfície, como por exemplo as 
zonas de corrosão por pites (no caso da corrosão por íons de cloretos).

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