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Aula 00
Biologia p/ Perícia Oficial de Alagoas
(Perito Criminal - Biomedicina) 2021
Pré-Edital
Autor:
André Vieira Peixoto Davila
25 de Agosto de 2021
Aula Demonstrativa
 
 
 
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Sumário 
1 - Fragmentação, efeito de borda e perda de biodiversidade ....................................................................... 3 
1.2 - Fragmentação ........................................................................................................................................ 3 
1.3 Efeito de borda ........................................................................................................................................ 4 
1.4 Perda de Biodiversidade ......................................................................................................................... 6 
2- Corredores ecológicos, dispersão de fauna e flora e trocas genéticas. ........................................................ 6 
2.1 Corredor ecológico ................................................................................................................................... 7 
2.2 Dispersão biológica e trocas genéticas .................................................................................................... 9 
3 - Conservação e manejo de populações e de metapopulações in situ e ex situ. .......................................... 11 
3.1 Conservação in situ ................................................................................................................................. 11 
3.2 Conservação ex situ ................................................................................................................................ 11 
4- Introduções indesejadas de animais exóticos ou alóctones e seus efeitos sobre populações e comunidades 
em ambientes naturais. ..................................................................................................................................... 12 
4.1 Invasões biológicas ................................................................................................................................. 12 
5- Estratégias para conservação da diversidade biológica: hotspots (áreas de alta biodiversidade) e centros 
de endemismos. ................................................................................................................................................. 16 
5.1 Hotspots e endemismos ........................................................................................................................... 16 
5.2 Grandes Regiões Naturais ..................................................................................................................... 18 
5.3 Cerrado e mata atlântica como hotspots ............................................................................................... 18 
6- Estratégias de conservação de habitats e de espécies. ............................................................................... 20 
6.1 O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza .......................................................... 21 
6.1.1 Unidades de Proteção Integral ........................................................................................................ 22 
6.1.2 Unidades de Uso Sustentável .......................................................................................................... 23 
6.1.3 Reservas de Biosfera ....................................................................................................................... 24 
André Vieira Peixoto Davila
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6.2 A proteção de vegetação nativa ........................................................................................................... 25 
6.2.1 Áreas de preservação permanente. ................................................................................................ 25 
6.2.2. Reservas legais ............................................................................................................................... 26 
6.3 As estratégias de conservação de espécies ........................................................................................... 27 
6.3.1 O caso Mico Leão Preto .................................................................................................................. 28 
6.3.2 O caso Onça Parda ......................................................................................................................... 29 
6.4 Decisão nos processos de preservação .................................................................................................. 30 
7- Estrutura de populações e manejo sustentável de fauna na natureza e em semiliberdade. ....................... 31 
7.1 Manejo de fauna .................................................................................................................................... 35 
8- Estatística paramétrica e não paramétrica. ................................................................................................. 36 
9- Ecologia da paisagem. ................................................................................................................................ 38 
9.1 Definição de paisagem .......................................................................................................................... 38 
9.2 A importância da escala na ecologia de paisagem .............................................................................. 39 
9.3 Estrutura das paisagens, limiares e conectividade ................................................................................. 41 
10 - Questões Comentadas .............................................................................................................................. 42 
11 - Lista de Questões ...................................................................................................................................... 47 
12 - Gabarito ................................................................................................................................................... 61 
 
 
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1 - FRAGMENTAÇÃO, EFEITO DE BORDA E PERDA DE BIODIVERSIDADE 
 
1.2 - Fragmentação 
 
 Quando tratamos de fragmentação, devemos considerar o termo na sua forma literal: fragmentar é 
dividir, gerando consequentemente a redução do que foi dividido. Assim, fragmentação de um habitat se 
refere a divisão e redução de um habitat. 
 Essa fragmentação pode ocorrer de forma natural, pelo surgimento de barreira naturais, ou por meio 
da atuação humana - construção de estradas e moradias, inundação de regiões devido a formação de 
represas, abertura de trilhas (turismo ecológico), grilagem, desmatamento, extrativismo mineral etc. 
 A redução do habitat tem como efeito imediato o aumento da área de borda e a aproximação do 
centro do fragmento à borda, gerado pela redução da área interna. 
 Podemos citar como consequências à biota: 
1. Redução da capacidade de forrageamento. 
2. Redução da capacidade de colonização e exploração de novos ambientes. 
3. Redução da capacidade dispersiva de espécies vegetais. 
4. Redução das populações gerando efeitos gargalo, aumentando a deriva genética. 
5. Aumento da probabilidade de ocorrência de endocruzamentos. 
6. Alteração das condições físico-químicas da região, geradas por aumento da incidência de luz, água e vento. 
7. Alteração da biodiversidade local. 
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621.3 Efeito de borda 
 
 Para entendermos grande parte dos efeitos que elencamos anteriormente, devemos apresentar o 
conceito de borda e as características que surgem a partir desta parte do habitat. 
 A borda de um habitat (ou fragmento) corresponde ao seu limite, onde haverá contato com habitats 
adjacentes. 
 O efeito de borda se relaciona a fatores que ocorrem nessas regiões, que alteram as características 
gerais daquele habitat (fragmento). Em geral, são efeitos deletérios para as espécies que ali habitam. Cabe 
destacar que algumas espécies generalistas podem ser beneficiadas por este efeito, e.g. aves insetívoras 
terão mais disponibilidade de alimentos devido ao aumento da quantidade de insetos na região (adição de 
insetos de áreas abertas no local da borda). Ele consiste em alterações na composição, abundância e 
estrutura de espécies na área marginal de um habitat. 
 Assim, observam-se alterações nas condições de umidade, luminosidade e temperatura - 
microclimáticas - gerando condições que alteram a estrutura florística local, alterando as cadeias 
alimentares e gerando as alterações na composição e abundância de espécies que nos referimos 
anteriormente. Por se encontrarem em contato com áreas onde ocorreu ação antrópica, as bordas podem 
sofrer com invasões biológicas, inserindo-se espécies que irão competir com as espécies nativas, fato que 
contribui para a alteração estrutural das relações ecológicas locais. Da mesma forma, espécies nativas 
podem se tornar superabundantes nessas áreas, aproveitando-se das alterações locais, como algumas 
espécies de lianas e cipós. 
 Importante entender que o efeito de borda pode ocorrer, em média, de 50 a até 500m adentro do 
fragmento gerado, portanto, quanto menor (e mais isolado) este fragmento, maior o efeito de borda 
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sofrido. Cabe destacar que dependendo da espécie analisada o efeito de borda pode ser muito maior do que 
a média apresentada (podendo atingir quilômetros). 
O termo - efeito de borda - é mais utilizado para ecossistemas terrestres alterados de alguma forma. 
Assim, divide-se o efeito de borda em dois tipos: 
1. Efeito de borda abiótico (ou físico): alterações nas condições microclimáticas. 
2. Efeito de borda biótico: 
 2.1: Direto - alteração na composição da comunidade relacionada diretamente às alterações 
abióticas (elevam a produtividade primária). 
 2.2: Indireto - alterações nas interações entre as espécies (predação, competição etc.). 
Alguns autores consideram o efeito de borda como algo que pode ocorrer naturalmente, quando se 
gera fragmentação por fatores como incêndios, atividade vulcânica, surgimento de corpos d'água etc. Nesses 
casos, o conceito de ecotono é às vezes aplicado ao que tange a região de transição entre os habitats. 
Pelos efeitos acima elencados, pode-se considerar como consequência radical do efeito de borda a 
extinção da biodiversidade nativa. Considera-se também a maior incidência de incêndios e o aumento da 
probabilidade de epidemias. 
A biologia da conservação preconiza para evitar o efeito de borda que unidades de conservação sejam 
criadas no maior tamanho possível, preservando-se ao máximo a matriz ou o meio dos fragmentos, onde 
as condições originais microclimáticas e das comunidades são mantidas. 
São recomendações ambientais para reduzir o efeito de borda: 
1. Proteção dos fragmentos.x 
2. Replantio de espécies nativas. 
3. Implantação de políticas de fiscalização e educação ambiental. 
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4. Criação de unidades de conservação, corredores ecológicos e zonas de amortecimento. 
 
1.4 Perda de Biodiversidade 
 
 Biodiversidade se relaciona a variedade de espécies medida em uma localidade em determinado 
momento. 
 Quando falamos em perda de biodiversidade, estamos tratando da redução da diversidade 
biológica. Lembrando dos conceitos básicos da ecológica, recordaremos que a biocenose está interligada em 
relações que geram certa interdependência. Assim, alterações na sua composição geram desequilíbrios que 
podem levar ao desaparecimento de determinadas espécies e, portanto, à redução da biodiversidade. 
 As causas de perda de biodiversidade são geralmente associadas a ação antrópica, podendo citar: 
alteração de habitats, poluição, uso não sustentável de recursos naturais. 
 Estudos permitem prever características das espécies que sejam relacionadas a maior risco de terem 
suas populações diminuídas. Dentre essas características, podemos citar: elevada especialidade de nicho, 
tamanho (espécies com indivíduos muito grande tendem a desaparecerem mais rápido frente a alterações 
ambientais), espécies topo de cadeia alimentar. 
 
2- CORREDORES ECOLÓGICOS, DISPERSÃO DE FAUNA E FLORA E TROCAS 
GENÉTICAS. 
 
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 2.1 Corredor ecológico 
 
Uma das formas adotadas para mitigar os efeitos da fragmentação de habitats é a criação de 
corredores ecológicos. 
 Tipicamente, esses corredores consistem em áreas florestadas que interligam fragmentos isolados. 
Sua definição é encontrada no inciso XIX do artigo 2 da Lei 9985/2000, onde lemos: "porções de ecossistemas 
naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o 
movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como 
a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que 
aquela das unidades individuais”. 
 Sua existência auxilia no deslocamento de fauna local, permitindo a exploração de diferentes 
habitats e reduzindo a exposição de animais às áreas abertas. 
 
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Figura 1: Corredor ecológico implantando na região do Pontal do Paranapanema pelo IPE. Por Ipe-institutodepesquisasecologicas - Obra do 
próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=40983443 
 
 O deslocamento da fauna tem implicação direta na dispersão de sementes e polinização da flora. O 
aumento da cobertura vegetal local também é efeito direto da implantação desses corredores. 
 Um efeito do deslocamento da fauna é a possibilidade de trocas genéticas. Conforme já estudamos, 
a fragmentação de ambientes gera gargalo populacional aumentando efeitos da deriva genética e 
aumentando a possibilidade de endocruzamentos. A possibilidade de deslocamento da fauna pelos 
corredores pode unir as populações isoladas pelos fragmentos, ampliando o fluxo gênico. 
 A criação de corredores ecológicos se baseia nos conceitos de dispersão biológica. 
 
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2.2 Dispersão biológica e trocas genéticas 
 
 Dispersão biológica se refere à movimentação de qualquer ser vivo, nas suas diferentes fases da vida. 
Essa movimentação permite que os organismos se fixem em ambiente diferentes do local de nascimento. 
 A dispersão passa por três fases, cada uma delas apresentando diferentes pressões sobre o 
organismo: 
1. Partida 
2. Transferência 
3. Liquidação 
 Neste contexto, a dispersão pode ocorrer de forma passiva ou independente, quando o organismose aproveita de movimentos naturais como rios, vento ou animais, ou de forma ativa ou dependente, 
quando a ocorrência da dispersão depende de fatores populacionais locais, ocorrendo em maior grau 
quando a densidade populacional aumenta, gerando maior competição por recursos. Nesse caso, a dispersão 
ocorre por ação direta do organismo. 
 Qualquer processo de dispersão pode gerar vantagens para o organismo que se movimenta, como 
redução da competição, localização de novos recursos e escape de adversidades locais. No entanto, existe 
também um custo biológico associado, relacionado a: gasto de energia com a movimentação, riscos de lesão 
ou morte durante a dispersão ou ainda de não localizar um ambiente favorável, risco de perda de posição 
social em novas comunidades ou ainda, risco de perda de adaptabilidade ao ambiente natal. Neste 
contexto, temos que o ato de dispersar foi selecionado evolutivamente, de forma que dispersões para 
localidades próximas podem ser mais vantajosas do que permanecer no local de nascimento. Mas dispersões 
muito distantes podem aumentar muito os riscos, sendo esse um processo pouco selecionado em termos 
evolutivos. 
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A estratégia de se manter no local do nascimento é denominada filopatria. Ela ocorre quando há 
vantagens na vida em comunidade familiar, seja por proteção, seja por reprodução ou facilidade na obtenção 
de recursos. 
A forma como as dispersões ocorrem varia entre espécies, entre o sexo e entre a idade 
apresentados. São exemplos: vegetais que optam pela produção de sementes específicas durante períodos 
de chuvas, favorecendo a dispersão nessas condições climáticas; aves fêmeas migram mais do que machos; 
alguns insetos apresentam fase larval séssil e fase adulta com maior capacidade dispersiva. 
Uma forma de dispersão é a migração. Ela pode se apresentar de algumas formas: 
1. Salto de dispersão - ocorrem cobrindo longas distâncias. 
2. Difusão - ocorre lentamente, durante gerações, aumentando gradualmente a distribuição de uma 
população. 
3. Migração secular - é uma difusão, mas muito lenta, podendo ser acompanhada de eventos de 
especiação. 
4. Migração diária (sazonal) - ocorrem em períodos curtos podendo abranger pequenas áreas. 
5. Migração irregular - está relacionada com condições de superpopulação local, gerando a dispersão 
de indivíduos para outras regiões evitando assim a competição. 
 A genética de populações apresenta conceitos que estão diretamente relacionados aos processos de 
dispersão. A redução de populações é apontada como fator que aumenta a deriva genética e o aumento dos 
endocruzamentos. O fluxo gênico também é influenciado pelos processos migratórios ou de dispersão, 
promovendo a migração alélica entre populações isoladas. 
 
 
 
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3 - CONSERVAÇÃO E MANEJO DE POPULAÇÕES E DE METAPOPULAÇÕES IN 
SITU E EX SITU. 
 
 Processos de conservação visam impedir que se deteriorem características de uma entidade que 
pode ser um indivíduo ou uma população. Assim, conservar é preservar contra o dano ou perda. 
 Estudaremos dois tipos de conservação: in situ e ex situ. 
 
3.1 Conservação in situ 
 
 Consiste na preservação de espécies e comunidades dentro do ecossistema natural ou original. 
 As espécies apresentam sistemas orgânicos (fisiológicos e comportamentais) adaptados às condições 
geradas pelos seus habitats típicos. A preservação destas características é mais eficiente quando ocorre 
dentro do próprio habitat ou ecossistema. 
 
3.2 Conservação ex situ 
 
 Consiste na preservação fora do ecossistema natural, em cativeiros ou santuários selvagens. É a 
forma de conservação mais antiga e bem estudada. Interessantemente, a técnica era utilizada para 
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aumentar populações de animais de corte e de vegetais de interesse econômico, sendo atualmente utilizada 
para conservação biológica. 
 Tem grande dependência da atuação humana, a qual gera e controla as condições de clima, 
interações biológicas, oportunidade reprodutiva, acesso a recursos etc. Isso demonstra a qualidade artificial 
na qual se insere este método. 
 São exemplos de animais cuja técnica tem se mostrado promissora na recuperação populacional a 
Ararinha-azul e o Mutum-de-Alagoas. 
 Bancos de sementes e conservação de material genético de espécies ameaçadas são consideradas 
estratégias de conservação ex situ. 
 
 
 
4- INTRODUÇÕES INDESEJADAS DE ANIMAIS EXÓTICOS OU ALÓCTONES E 
SEUS EFEITOS SOBRE POPULAÇÕES E COMUNIDADES EM AMBIENTES 
NATURAIS. 
 
4.1 Invasões biológicas 
 
 A introdução acidental ou não de uma espécie exótica em ambiente diverso daquele de sua origem 
natural é considerada um processo inicial da invasão biológica. 
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 Determinadas espécies podem ser introduzidas em ambientes exógenos, não gerando 
necessariamente a invasão. Isso pois a invasão biológica, para se concretizar, depende do sucesso desta 
espécie no novo ambiente. Essa espécie, ao se estabelecer, se torna uma espécie invasora. Importante notar 
que uma espécie "invasora" pode pertencer ao mesmo país, ou estado de onde se origina, bastando ser 
introduzida em ecossistema diferente do seu para ser considerada exótica. Como exemplo, podemos citar 
o pau ferro (Caesalpinia ferrea) que é natural do território brasileiro, mas não da cidade de São Paulo, onde 
foi introduzida. Assim, devemos entender este conceito como se aplicando para além das fronteiras 
políticas, inserindo-se na realidade ecológica analisada. 
 De fato, a invasão biológica é a segunda maior causa de perda de biodiversidade no planeta. 
 São impactos gerados pelos processos de invasão, as alterações em: 
1. Ciclos hídricos 
2. Produtividade do sistema 
3. Disponibilidade de luz 
4. Ciclo do fogo ciclagem de nutrientes 
5. Cadeias e teias alimentares 
6. Relações interespecíficas 
 
Quanto às espécies envolvidas no processo de invasão biológica, podemos ter as seguintes classificações: 
1. Espécie exótica ou introduzida: é aquela proveniente de local diferente, em geral introduzida por 
ação humana. 
2. Espécie exótica casual: introduzida, mas que não gera população persistente. 
3. Espécie exótica naturalizada: torna-se persistente, mas não invade ecossistema local. 
4. Praga: termo que designa uma espécie exótica ou não, mas que é indesejável em determinado 
habitat, gerando impactos. 
5. Invasora: coloniza ecossistemas naturais por elevada dispersão e reprodução, altamente eficiente 
na competição por recursos. 
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6. Superdominante: é nativa, mas se composta como invasora quando há desequilíbrio ambiental 
(e.g. lianas no efeito de borda). 
 
Há na normativa legal diversos dispositivos que tratam do manejo e controle de espécies invasoras. 
Citamos aqui: 
• Lei Municipal de São Paulo nº 10.365/ 1987; 
• Resolução SMA-033/2009; 
• Decreto Federal nº 4.339/ 2002; 
• Lei Federal nº 11.428/ 2006; 
• Portaria SVMA nº 154/ 2009; 
• Resolução CONABIO nº 5 /2009, 
• Estratégia Nacional para Espécies ExóticasInvasoras de 2009; 
• Convenção da Biodiversidade 1992; 
• COP-5 decisão V/8. 
 
A maioria das espécies invasoras no Brasil consistem em animais. Temos cerca de 197 animais 
introduzidos nos ecossistemas do país e cerca de 168 vegetais invasores, constatados em ambientes 
terrestres, marinhos e em águas continentais, sendo a maioria terrestre (em especial vegetais). As espécies 
de animais mais conhecidas são o Javali (Sus scrofa), o coral-sol (Tubastraea spp.), o mexilhão dourado 
(Limnoperna fortunei) e o caracol gigante africano (Achatina fulica). 
 
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Figura 2: ilustração mostrando três animais invasores de ecossistemas brasileiros. Fonte: 
http://www.ibama.gov.br/phocadownload/biodiversidade/especies-exoticas-invasoras/2020/2020-10-29-
Folder_Especies_Exoticas_Invasoras.pdf. 
 
 Estes organismos foram introduzidos por formas diferentes, a depende do ambiente 
examinado: 
1. Marinho: bioincrustação e água de lastro. 
2. Águas continentais: aquicultura irregular e soltura de animais em corpos d'água. 
3. terrestre: soltura de animais de estimação, resíduos de podas e plantas ornamentais. 
 São exemplos de espécies vegetais invasoras: 
• Agave (Agave sp.) 
• Amoreira (Morus sp.) 
• Bambu (Phyllostachys sp.) 
• Café (Coffea arabica) 
• Capim braquiária (Brachiaria sp.) 
• Capim gordura (Melinis minutiflora) 
• Jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosaefolia) 
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• Leucena (Leucaena leucocephala) 
• lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) 
• maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana) 
• pinus, pinheiro (Pinus sp.) 
• palmeira-seafórtia (Archontophoenix cunninghamii) 
• Castanha da praia (Terminalia catappa L.) 
• Coco da Bahia (Cocos nucifera) 
 
 
 
5- ESTRATÉGIAS PARA CONSERVAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA: 
HOTSPOTS (ÁREAS DE ALTA BIODIVERSIDADE) E CENTROS DE ENDEMISMOS. 
 
5.1 Hotspots e endemismos 
 
 Hotspots são áreas biogeográficas que apresentam altas taxas de endemismos, riqueza de espécies 
e que sejam ameaçadas de extinção. O termo foi cunhado por Myers em 1988, quando foram indicados 10 
locais como hotspots. 
Conforme definição da Conservation International (CI) esses hotspots apresentam sua importância 
não somente em decorrência da riqueza de espécies, mas também do grau de endemismo. Essa mesma 
instituição classifica os hotspots mundiais como sendo cerca de 35 regiões, as quais perfazem 2,3% da 
superfície do planeta, mas que abrigam mais de 60% do patrimônio biológico de mamíferos, aves, anfíbios, 
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répteis e vegetais. Para ser considerado hotspot, conforme a CI, a região deve ser ameaçada, apresentando 
3/4 de sua vegetação original e apresentar ao menos 1500 espécies de plantas vasculares endêmicas. 
Importante notar que o conceito de hotspot se relaciona não somente a biodiversidade, mas também ao 
risco que esse ambiente sofre. 
 
Endemismo é termo relacionado a espécies que acontecem somente em uma região 
biogeográfica específica. Tem intensa relação com processos evolutivos relacionados a 
mecanismos de isolamento, podendo depender da capacidade de dispersão dos 
organismos. 
 
 A determinação e classificação dos hotspots é uma importante estratégia de conservação pois, de 
forma quantitativa, identifica áreas biogeográficas que merecem atenção no sentido da preservação. 
São regiões consideradas hotspots: Tumbes-Chocó-Magdalena (Panamá, Colômbia, Equador e Peru), 
Cerrado (Brasil), Chile Central - Florestas Valdivias, Mesoamérica (Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El 
Salvador, Guatemala, Belize e México), Ilhas do Caribe, Província Florística da Califórnia, Floresta de Pinho-
Encino de Sierra Madre (México e Estados Unidos), Florestas da Guiné (África Ocidental), Província Florística 
do Cabo (África do Sul), Plantas Suculentas do Karoo (África do Sul e Namíbia), Madagascar e Ilhas do Oceano 
Índico, Montanhas do Arco Oriental, Florestas afromontanas (África Oriental), Maputaland-Pondoland-
Albany (África do Sul, Essuatíni e Moçambique), Chifre da África, Bacia do Mediterrâneo, Cáucaso, Ghats 
Ocidentais (Índia e Sri Lanka), Montanhas do Centro-Sul da China, Sunda (Indonésia, Malásia e Brunei), 
Wallacea (Indonésia), Filipinas, Regiões da Indo-Birmânia, Himalaias, Região Irano-Anatólica, Montanhas da 
Ásia Central, Japão, China, Sudoeste da Austrália, Nova Caledónia, Nova Zelândia, Ilhas da Polinésia e 
Micronésia (incluindo Hawai), Ilhas da Melanésia Oriental, Mata Atlântica (Brasil). 
 
Cerrado e Mata Atlântica são biomas brasileiros considerados Hotspots. 
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5.2 Grandes Regiões Naturais 
 
 Paralelamente ao desenvolvimento do conceito dos hotspots, pesquisadores indicaram que algumas 
regiões mundiais ainda preservam grande parte de seu patrimônio (mais de 70%) e apresentam elevada 
biodiversidade, sendo alvos importantes para conservação que pode ser menos custosa do que aquela 
despendida aos hotspots. Essas regiões foram chamadas de Grandes Regiões Naturais. Apesar do elevado 
grau de habitat original, são regiões ameaçadas pela atividade humana. 
 No Brasil, apresentam-se três grandes regiões naturais: Amazonia, caatinga e pantanal. 
 
 5.3 Cerrado e mata atlântica como hotspots 
 
 A mata atlântica é bioma que apresenta quase 90% de sua cobertura original já suprimida. São 
catalogadas mais de 8000 espécies endêmicas de plantas e cordados. É ameaçada por caça, extrativismo 
vegetal e invasão de espécies exóticas. Grande parte de seu território protegido se encontra dentro de 
propriedades privadas, o que exige que racionalização e expansão dos sistemas de unidades de conservação. 
Isso também se reforça pelo fato de que cerca de 500 espécies do bioma se encontram ameaçados de 
extinção e são encontradas em áreas desprotegidas. 
 
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Figura 3: o Bugio (Alouatta guariba clamitans), uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Por Kenny Ross - Flickr, CC BY-SA 2.0, 
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=25096345. 
 
 Já o cerrado consiste no maior hotspot do hemisfério ocidental, sendo a região de savana mais 
biodiversa do mundo. É cabeceira (origem) das três maiores bacias hidrográficas da américa do sul: Prata, 
São Francisco e Tocantins. Apresenta pouca área legalmente protegida (cerca de 2%) e cerca de 20% das 
espécies ameaçadas sendo localizadas fora de áreas protegidas, o que eleva a necessidade de políticas de 
preservação para essa região. A invasão de gramíneas africanas, erosão do solo e degradação da vegetação 
do bioma por desmatamentos e queimadas não naturais são as principais ameaças ao bioma. 
 
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Figura 4: beija flor de gravata verde (Augastes scutatus), endêmico do cerrado. Por Nortondefeis - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, 
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=49120261 
 
 
6- ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO DE HABITATS E DE ESPÉCIES.Processos de conservação, além de visarem a proteção do patrimônio natural pelas metodologias já 
estudadas anteriormente, também tem como objetivo a proteção do meio abiótico, por meio da criação de 
áreas protegidas. Podemos ainda inserir neste ramo do conhecimento a compreensão de impactos e as 
melhores formas de amenizar os danos por eles provocados. 
 Assim, estratégias de conservação devem proteger populações para que atinjam níveis de 
autossustentação em períodos longos. Uma definição importante é a de População Mínima Viável, que 
consiste na menor população que apresenta chance de sobreviver por 1000 anos, mesmo sob efeito de 
adversidades ambientais e aleatoriedade genética. 
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 Dentre as estratégias de conservação, a criação de áreas protegidas é a mais eficaz. No Brasil, as leis 
9985/2000 e 12651/2012 normatizam essas estratégias, em especial no que tange a conservação dos 
habitats. Estudaremos essas estratégias a seguir. 
 
6.1 O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza 
 
 Uma unidade de conservação é definida como o espaço físico e seus recursos ambientais, cujos 
limites são determinados e criados pelo Poder Público, que deterá as políticas e controles de uso e manejo 
de seus atributos. Sua criação pode ser precedida por estudos técnicos (exceto estação ecológica ou reserva 
biológica). 
 O sistema no qual se insere a administração dessas unidades é regido pela Lei 9985 de 2000, que 
institui o CONAMA como órgão deliberativo, o Ministério do Meio Ambiente como coordenador e o IBAMA 
e o Instituto Chico Mendes como órgãos executores, responsáveis diretos pela administração das unidades 
de conservação federais, estaduais e municipais. 
 As unidades de conservação se dividem em dois grupos: Unidades de Proteção Integral e Unidades 
de Uso sustentável. Essas últimas podem ser transformadas em unidades de proteção integral, a depender 
de estudos que indiquem essa necessidade, estabelecendo seus limites e necessidades. 
 Todas as unidades de conservação devem apresentar planos de manejo. Este plano deve "abranger 
a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo 
medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas". Na 
prática, nem todas apresentam esse plano, fato que dificulta o trabalho de órgãos licenciadores. Os planos 
de manejo podem, então, determinar os tamanhos das zonas de amortecimento e dos corredores 
ecológicos. 
 Zonas de amortecimento correspondem ao entorno de uma unidade de conservação, onde as 
atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições que visam a redução de impactos. 
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6.1.1 Unidades de Proteção Integral 
 São áreas territoriais de preservação da natureza, sendo permitido uso indireto dos seus recursos, 
exceto os casos previstos em lei. 
 São categorias das unidades de proteção integral e suas características: 
1. Estação Ecológica - região onde se permite apenas pesquisa ou visitação com objetivos 
educacionais. Não se admite áreas particulares. Alterações dos ecossistemas somente são 
autorizadas caso o objetivo seja restauração, coleta para pesquisa ou manejo de espécies. 
2. Reserva Biológica - área de preservação integral, onde podem ocorrer pesquisas e visitações 
educacionais quando autorizadas. São áreas públicas. 
3. Parque Nacional - são áreas nas quais se permite atividades recreativas, visitação e pesquisa. 
Tem como "objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância 
ecológica e beleza cênica". São denominados Parque Estadual ou Parque Natural Municipal, a 
depender de estarem atreladas a estados ou municípios, respectivamente. 
4. Monumento Natural - são territórios criados para preservar sítios naturais raros, singulares ou 
de grande beleza cênica. Pode apresentar áreas particulares, contanto que os proprietários 
atuem em conjunto com as normativas estabelecidas pelos órgãos gestores (caso contrário a 
área pode ser desapropriada). A visitação é permitida, mas condicionada aos planos de manejo, 
assim como as demais categorias. 
5. Refúgio de Vida Silvestre - são áreas cujo objetivo é proteger ambientes naturais onde se 
asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora 
local e da fauna residente ou migratória. Pode apresentar áreas particulares, contanto que os 
proprietários atuem em conjunto com as normativas estabelecidas pelos órgãos gestores (caso 
contrário a área pode ser desapropriada). Pesquisa e visitação dependem de autorização e das 
normativas de manejo da região. 
 
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6.1.2 Unidades de Uso Sustentável 
 Consiste em áreas cujo objetivo é "compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável 
de parcela dos seus recursos naturais”, conforme parágrafo 2 do artigo 7 da referida lei. 
São categorias das unidades de uso sustentável e suas características: 
1. Área de Proteção Ambiental - região onde ocorre ocupação humana e cujo objetivo é 
proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a 
sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Pode apresentar áreas particulares ou 
públicas. São regidas por conselhos regionais compostos por representantes de órgãos 
públicos e da sociedade civil. 
2. Área de Relevante Interesse Ecológico - Consiste em "uma área em geral de pequena 
extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais 
extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo 
manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível 
dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza". Pode 
ser pública ou privada. 
3. Floresta Nacional - área de cobertura florestal predominantemente nativa cujo objetivo é uso 
múltiplo sustentável dos recursos florestais e pesquisa. É pública, devendo ocorrer 
desapropriação de áreas particulares que estejam inseridas na região, sendo admitida 
permanência de populações tradicionais originárias da região quando da sua criação. É 
permitida visitação e pesquisa, respeitando-se manejo e normas locais, determinadas por 
órgão administrativo (Conselho Consultivo), formado por representantes de órgãos públicos, 
sociedade civil e população tradicional. 
4. Reserva Extrativista - área que assegura uso sustentável de recursos e protege populações 
tradicionais cuja subsistência se baseia no extrativismo, na agricultura de subsistência e na 
criação de animais de pequeno porte. O objetivo é proteger o ambiente e o meio de vida e 
cultura dessas populações. Caça e exploração de recursos minerais são proibidas. É de gestão 
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pública, sendo permitida a presença das populações tradicionais somente. É gerida por 
conselho deliberativo que determina o manejo da região. 
5. Reserva de Fauna - área de proteção de animais nativos, terrestres, aquáticos, residentes ou 
migratórios, adequada para estudos científicos. É pública. Visitação permitida. Caça proibida. 
6. Reserva de Desenvolvimento Sustentável - Consiste em "área natural que abriga populações 
tradicionais,cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos 
naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e 
que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da 
diversidade biológica”. Está sujeita a planos de manejo que determinam regiões divididas em 
zonas: de proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores 
ecológicos. É administrada por conselho deliberativo. 
7. Reserva Particular do Patrimônio Natural - trata-se de área privada, perpetuada por registro 
em cartório (Registro Público de Imóveis; termo de compromisso perante órgão ambiental), 
cujo objetivo é preservar a biodiversidade local. É permitida visita e pesquisa conforme 
regulamento. O proprietário poderá receber orientação técnica dos órgãos integrantes do 
SNUC. 
 
6.1.3 Reservas de Biosfera 
Uma reserva de biosfera é um modelo de gestão que visa a implementação de políticas de uso 
sustentável, preservação e melhoria da qualidade de vida de populações de determinadas regiões. A título 
de exemplo, fala-se na reserva da biosfera da Mata Atlântica, que abrange grandes regiões territoriais. Na 
prática, esse tipo de organização é apenas política com poucos efeitos verificáveis no sistema. 
 
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6.2 A proteção de vegetação nativa 
6.2.1 Áreas de preservação permanente. 
 A proteção das florestas nativas nacionais é regida pela Lei 12651 de 2012. A lei determina a 
preservação de determinadas regiões com cobertura vegetal, ou não, "com a função ambiental de preservar 
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de 
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas". Essas regiões são 
chamadas de Áreas de Preservação Permanente. São elas, conforme encontramos na redação da lei: 
1. faixas marginais a cursos d'água, em largura mínima de 30 metros para cursos de 10m, 50m para cursos 
de 10-50m, 100m para cursos de 50-200m, 200m para cursos de 200-600m e 500m para cursos maiores do 
que 600m de largura. 
2. Faixas no entorno de lagos e lagoas, com largura mínima de 100 metros, em zonas rurais, exceto para o 
corpo d’água com até 20 hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 metros; ou 30 metros, em 
zonas urbanas. 
3. as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de 
cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; 
4. as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação 
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; 
5. As encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha 
de maior declive; 
6. as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; 
7. os manguezais, em toda a sua extensão; 
8. as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 
(cem) metros em projeções horizontais; 
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9. no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação 
média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da 
altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado 
por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo 
da elevação; 
10. as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; 
11. a faixa marginal das veredas, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a 
partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado; 
12. as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes 
finalidades: conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; 
proteger as restingas ou veredas; proteger várzeas; abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de 
extinção; proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; formar faixas de 
proteção ao longo de rodovias e ferrovias; assegurar condições de bem-estar público; auxiliar a defesa do 
território nacional, a critério das autoridades militares; proteger áreas úmidas, especialmente as de 
importância internacional. 
 
6.2.2. Reservas legais 
 A lei determina que todo imóvel rural deve manter uma área de cobertura vegetal nativa, a qual se 
denomina reserva legal. Essa área deve representar 20% da área total do terreno, sem prejuízo às demais 
regiões de preservação permanente. A área total deve ser cadastrada, integrando um cadastro ambiental 
rural (CAR), para que se possa analisar e fiscalizar a implantação desse percentual. 
Esse percentual muda quando nos referimos a regiões que integram a Amazonia-legal. Essa 
compreende "os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões 
situadas ao norte do paralelo 13S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44W, do 
Estado do Maranhão”. Nessa região é necessária a constituição de 80% de área quando a propriedade se 
encontra em região de floresta e 35% em área de cerrado. 
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 A lei define o objetivo da Reserva Legal como "assegurar o uso econômico de modo sustentável dos 
recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e 
promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora 
nativa”. 
 
 6.3 As estratégias de conservação de espécies 
 
 As estratégias de conservação de espécies dependem da espécie sob análise. Cada organismo 
apresenta condições comportamentais e fisiológicas que se relacionam com determinados ambientes, de 
forma que essa característica relacionada a sua adaptabilidade exige que essas condições sejam levadas em 
conta quando traçamos estratégias para sua preservação. 
 É comum a adoção de espécies bandeira ou espécies guarda-chuva para que se adote políticas de 
preservação de áreas florestais que são habitat dessas espécies. 
 As espécies mais sensíveis podem ser encontradas em classificação gerada pela IUCN, sigla em inglês 
que significa em português União Internacional para Conservação da Natureza. Essa organização 
internacional classifica populações de acordo com sua condição na natureza, ou estado de conservação. 
 
 
Figura 5: classificação da IUCN. 
 
 A classificação ocorre da seguinte forma: 
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• EX - sigla que representa extinct: não se encontra mais representantes da espécie na natureza. 
• EW - sigla que representa extinct in the wild: encontram-se somente em cativeiro ou áreas de cultivo, 
ou em populações inseridas na natureza. 
• CR - sigla para Criticaly endangerede: corre risco extremo de extinção a curto prazo. 
• EN - sigla para Endangered: corre risco de extinção. 
• VU - sigla para vulnerable: risco de extinção em médio prazo. 
• NT - sigla para Near Threatened: caso não se tomem medidas, pode haver risco de extinção. 
• LC - sigla paraLeast Concern: não há possibilidade de ser extinto nas atuais condições. 
Importante notar que é necessário que se conheça a condição de cada população, o que gera a 
necessidade de acompanhamento e vigilância por parte dos órgãos públicos responsáveis pela 
conservação da biodiversidade local. 
 
6.3.1 O caso Mico Leão Preto 
 Mico Leão Preto (Leontopithecus chrysopygus) é uma espécie de primata que habita o bioma de mata 
atlântica da região do Estado de São Paulo. É uma espécie bandeira para preservação dos ecossistemas onde 
eles ocorrem. Estratégias de restauração, conservação e criação de corredores ecológicos interligando 
fragmentos onde ocorrem populações isoladas destes primatas. Já foi considerada em risco de extinção e 
atualmente é considerada em perigo (ameaçada - EN) de acordo com a classificação da IUCN (União 
Internacional para Conservação da Natureza). 
 O projeto de conservação desta espécie permitiu a criação de uma Unidade de Conservação (Estação 
Ecológica Mico Leão Preto), além de ter gerado grande conhecimento sobre a espécie e ecossistema onde 
ocorre, permitindo a produção de trabalhos de mestrado e ações de educação ambiental conscientizando 
populações sobre a importância de manutenção dessa espécie. 
 É uma espécie que apresenta população viável de longo prazo no Parque Estadual do Morro do Diabo, 
situado no Pontal do Paranapanema. 
 
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Figura 6: Mico Leão Preto. Por Miguelrangeljr - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=38168487. 
 
6.3.2 O caso Onça Parda 
 Na região do município de Campinas, interior do Estado de São Paulo, encontra-se uma rede de 
corredores ecológicos que interliga fragmentos de mata que são habitat da onça parda (Puma concolor). 
Objetiva-se além da proteção de seu habitat, evitando a exposição deste felino a áreas urbanas e 
agropecuárias locais, a proteção de corpos d'água e do solo. O projeto de preservação é chamado de 
Corredor das Onças. 
 A onça parda é espécie símbolo (ou bandeira) nesse caso por representar a luta contra um avanço 
agrícola que isola e degrada seus ambientes naturais. Além disso, por ser topo de cadeia alimentar, ela atua 
controlando espécies de níveis tróficos inferiores, impedindo sua explosão populacional. Ela é considerada 
nível pouco preocupante (LC) na lista da IUCN. 
 
 
 
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Figura 7: Onça parda. Por Bas Lammers - originally posted to Flickr as Puma, CC BY 2.0, 
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=10745962. 
 
6.4 Decisão nos processos de preservação 
 
 Antes de qualquer adoção de medidas de conservação, deve-se decidir o que conservar. Obviamente, 
já se torna evidente que a preservação visa proteção de patrimônio genético da biosfera. No entanto, dentro 
de uma paisagem complexa que se encontra sob forte pressão antrópica, como decidir qual a melhor parte 
a ser preservada, em especial quando não temos situações abarcadas pelas normativas legais anteriormente 
estudada? 
 Alguns parâmetros devem ser utilizados para embasar tal decisão como a utilização de indicadores 
ou representantes de biodiversidade como espécies guarda-chuva ou indicadoras de qualidade ambiental, 
além de indicadores estruturais observados na paisagem e no habitat. A utilização de espécies bandeira é 
demonstrado nos casos estudados anteriormente. A escolha dessas espécies depende dos fatores intrínsecos 
às suas biologias, podendo apresentar variáveis que terão reflexo no processo de conservação: 
• Espécies que exigem determinada área podem indicar tamanhos mínimos para fragmentos a serem 
preservados. 
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• Espécies com limitação de deslocamento determinam espaçamento entre os fragmentos. 
• Espécies especialistas determinam a manutenção de unidades raras. 
Deve-se considerar ainda o entorno do fragmento a ser conservado e o tempo de resposta que a espécie 
irá apresentar quando mudanças estruturais ocorrerem. 
 
 
 
 
7- ESTRUTURA DE POPULAÇÕES E MANEJO SUSTENTÁVEL DE FAUNA NA 
NATUREZA E EM SEMILIBERDADE. 
 
 População é o nível organizacional que integra organismos de uma mesma espécie. Os indivíduos 
que compõem uma população apresentam diferenças particulares que impactam sua sobrevivência e sua 
capacidade reprodutiva (adaptabilidade). Quando estudamos a disposição e ordem das partes de uma 
população, estamos estudando a estrutura dessa população. 
 Assim, podemos dividir as populações sob determinados parâmetros como idade, tamanho dos 
indivíduos, massa, estágio do desenvolvimento etc. Essas divisões permitem estudar condições temporais 
das populações, relacionando sua dinâmica em determinado período. Pode-se, por exemplo, analisar curvas 
de crescimento populacional sob determinados aspectos e verificar se esses aspectos são interessantes 
estatisticamente para tal análise. Como exemplo, podemos citar a utilização de aspectos como tamanho e 
idade para estudos de dinâmica populacional de plantas, o que, a depender da espécie, pode não refletir a 
condição na qual se encontra aquela população. 
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 Tipicamente em ecologia, estudam-se as populações de acordo com sua estrutura espacial, etária e 
sexual. Sendo o primeiro fator relacionado à dispersão populacional e os demais relacionados a padrões 
demográficos. Assim, populações apresentam atributos como fronteiras geográficas, definidas 
particularmente a depender da bionomia da espécie (comportamento); densidade que se representa pela 
razão de quantidade de indivíduos pela área e taxas de crescimento. 
 Classicamente, apresentam-se as pirâmides etárias para análise das populações humanas. Essas 
pirâmides apresentam a relação entre a quantidade de indivíduos e a sua faixa etária. Levando-se em 
consideração a faixa etária reprodutiva, pode-se prever se determinada população se encontra em 
dinâmica estável de crescimento, ou sem crescimento futuro, a depender da quantidade de indivíduos em 
suas bases. 
 
 
Figura 8: Pirâmide populacional. Por CK-12 Foundation, CC BY-NC 3.0. 
 
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Figura 9: Aspectos da dinâmica populacional de acordo com a pirâmide etária. fonte OpenStax College, Biology, CC BY 4.0. 
 
 A estrutura populacional pode ser afetada por taxas de natalidade e de mortalidade. No caso dos 
estudos da mortalidade, podem-se analisar gráficos que apresentam curvas de sobrevivência. Essas curvas 
indicam a expectativa de vida dos indivíduos de uma população, podendo sugerir estratégias de vida. 
Dividem-se em três tipos: 
• Tipo I: Mortalidade maior em idades avançadas (exemplo ocorre em humanos, ) 
• Tipo II: Mortalidade equitativa em todas as idades (ocorre em espécies do gênero Turdus, entre 
outras aves) 
• Tipo III: Mortalidade maior nos estágios iniciais (exemplo Spergula vernalis, além de vegetais, peixes 
e invertebrados marinhos) 
 
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Figura 10: Curvas de sobrevivência. Universidade OpenStax, Biologia, CC BY 4.0. 
 
 Essas curvas podem ajudar na identificação de organismos iteróparos, que são aqueles que se 
reproduzem várias vezes durante a vida (exemplo ocorre em humanos) ou selmeparos, que são aqueles que 
se reproduzem somente uma vez e, em geral, morrem logo após a reprodução (algumas espécies de polvo). 
 Para estudos do tamanho de uma população, pode-se utilizar a técnica de marcação e recaptura. 
Esse método se utiliza dos princípios estatísticos de Lincoln-Petersen, que preconiza que se um determinado 
número de indivíduos de uma população for marcado e libertado, em uma segunda captura, a relação entre 
o número de marcados e capturados é proporcional ao número total de marcados e o número total da 
população. 
 
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7.1 Manejo de fauna 
 
 Considera-se manejo de fauna a intervenção humana ocorrendo de forma sistemática, visando a 
preservação e recuperação de populações de animais silvestres, tendo como princípio a sustentabilidade 
dos atos humanos. São perguntas centrais para entendimento do manejo de determinadas espécies raras: 
qual a probabilidade de que aquela espécie seja extinta em determinado período e qual o tamanho mínimo 
de sua população para impedir ou retardar esse destino? 
 Como preceito, temos que esse manejo deve ser efetuado por especialistas (biólogos, veterinários, 
ecólogos, agrônomos, engenheiros florestais), cujo conhecimento sobre a fauna permite determinar 
protocolos e estruturas adequadas para cada organismo. O manejo deve pressupor esse conhecimento, bem 
como atividades de controle e monitoramento. Esses profissionais podem se utilizar de conhecimento de 
longo prazo, de sua avaliação subjetiva ou de modelos populacionais que permitam prever a minima 
população viável para determinada espécie. 
 O manejo de fauna deve ter como princípio fundamental a teoria do nicho, isto é, o conhecimento 
das condições comportamentais e ecofisiológicas do animal o qual se deseja manejar. Conhecer seus 
padrões de dispersão e deslocamento auxilia bastante neste processo. 
 Deve-se assim, buscar alinhar os conhecimentos bionomicos e de nicho dos animais sob manejo, com 
a alocação de recursos para desenvolvimento da estrutura necessária e adequada para o seu manejo. 
 
 
 
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8- ESTATÍSTICA PARAMÉTRICA E NÃO PARAMÉTRICA. 
 
 Estatística paramétrica parte do princípio de que os dados sob análise apresentam uma distribuição 
de probabilidade, fazendo inferências sobre essa distribuição. É um tipo de estatística pouco robusto há 
necessidade de que as hipóteses nulas estejam corretas. No entanto, por serem mais simples, são facilmente 
computados. 
 Esse tipo de estatística permite extrapolar para uma população considerações acerca de parâmetros 
importantes como média e desvio padrão. 
 Já os métodos não paramétricos não são considerados parâmetros para uma população. Pode-se 
considerar um método não paramétrico se ele for utilizado com dados em escala nominal, em escala ordinal, 
ou na escala de intervalos. Esses métodos são aplicáveis a ciências do comportamento. Seus testes são 
interessantes para análises qualitativas, que exigem poucos cálculos. 
 Qualquer aplicação estatística se inicia com a obtenção de dados. Nos estudos populacionais, a 
contagem de indivíduos é o ponto de partida. Para tanto, vai-se a campo para observação, captura e análise 
de amostras da espécie sob exame. 
 Um problema que pode emergir neste ponto é a falsa ausência de indivíduos, determinadas pela sua 
capacidade de ser detectado ou sua detectabilidade. Ela será influenciada por comportamento ou 
características morfológicas dos organismos como ato de se esconder, mimetização e camuflagem etc. Isso 
pode gerar erros na contagem. Além disso, devemos considerar erros decorrentes de dupla contagem de 
indivíduos, erros na identificação das espécies como falsos positivos e falsos negativos. 
 Assim, o levantamento pode ser efetuado de modo direto, por contagem completa, o que raramente 
é possível; ou por contagem incompleta, gerando a necessidade de uma estimativa por inferência. Esses 
processos iniciais são importantes para a organização das amostras a serem analisadas. Esse processo, 
chamado de desenho amostral, deve ser feito com objetivo de aumentar a precisão diminuir a distorção e 
reduzir o custo do levantamento. 
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 Essa inferência pode, então, apresentar distorções e imprecisões. Esses são gerados por variações 
que podem ser relacionadas à capacidade do próprio observador ou ainda a variações ambientais. 
 São medidas de precisão: 
• Variância: nível de dispersão em torno do valor esperado. 
• Desvio padrão: erro em relação ao esperado. 
• Intervalo de confiança: limites com chances de incluir o valor real em 95% das vezes. 
• Coeficiente de variação: medida relativa entre erro e estimativa pontual, comparável entre estudos. 
Abaixo de 20% é aceitável. Abaixo de 10% é muito bom. 
 
A explanação, previsão e capacidade de generalização dos estudos estatísticos na ecologia dependem 
da utilização de modelos. Esses modelos têm como objetivo o tratamento e redução dos dados, compilando-
os em representações inteligíveis. Assim, modelos são abstrações, aproximações e reduções da realidade, 
refletindo aspectos importantes dos sistemas ecológicos sob análise. 
A escolha de modelos deve ser guiada pelo princípio da parcimônia, pela possibilidade de inserção ou 
remoção de hipóteses, tralhando-se com mais do que uma invariavelmente (múltiplas hipóteses) e levando-
se em conta a força da evidência sob cada hipótese. 
São tipos de modelos: modelo linear clássico (ANOVA), modelo fatorial, modelo aditivo generalizado. 
Outra ferramenta estatística constantemente utilizada é o de Verossimilhança. A lei de 
verossimilhança procurar verificar se dada uma observação sobre um valor, essa observação aproxima-se 
mais de uma hipótese ou de outra. 
São testes clássicos da estatística paramétrica: Qui-quadrado, teste t, anova (análise de variância), 
regressão, regressão múltipla, ancova, regressão logística. 
 
 
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9- ECOLOGIA DA PAISAGEM. 
 
 Ecologia da paisagem é um ramo da ecologia que leva em consideração a geografia de uma região e 
as relações ecológicas observadas nessa localidade bem como o contexto espacial que atua sobre os 
processos ecológicos. 
 
9.1 Definição de paisagem 
 
Paisagem, neste caso, pode ser definida como “um mosaico heterogêneo formado por unidades 
interativas, sendo esta heterogeneidade existente para pelo menos um fator, segundo um observador e 
numa determinada escala de observação", conforme definido pelo Prof. Jean Paul Metzger. 
A paisagem apresenta uma matriz. Essa é a sua unidade funcional e espacialmente dominante. Essas 
unidades de não habitat podem ser favoráveis às espécies do habitat estudado. A matriz atua das seguintes 
formas: 
• regulando efeitos de borda dos fragmentos de habitat; 
• podendo funcionar como fonte de perturbação; 
• funcionando como habitat alternativo para as espécies locais. 
A matriz também controla o fluxo entre os fragmentos, regulando corredorese stepping stones. 
 
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Figura 11: Esquema representando uma paisagem. a e b mostram manchas de habitats. As manchas a são conectadas por corredores. C, D e E 
correspondem a matrizes dessa paisagem. Fonte http://ecologia.ib.usp.br/lepac/bie5770_2012/aula_5_Matriz_2012.pdf. 
 
9.2 A importância da escala na ecologia de paisagem 
 
 Esta área do conhecimento promove algumas mudanças de paradigma pois adiciona o conceito de 
escala nas análises ecológicas, promovendo sua aplicação nos processos de conservação ecológica. Assim, 
análises ecológicas devem levar em consideração aspectos espaciais e a escala no qual se está estudando 
um determinado caso. Importante notar que a percepção do ambiente muda de acordo com o observador, 
com a escala e com a espécie estudada. 
 
E 
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Figura 12: Diferentes escalas de observação sobre uma mancha de habitat, gerando diferentes visões do fragmento, que podem gerar 
diferentes interpretações sobre o que for estudado. Fonte Boscolo & Metzger. Landscape Ecology, v24 (907-918), 2009. DOI 10.1007/s10980-
009-9370-8. 
 
 Desta forma, com o objetivo de se estudar a heterogeneidade de dado ecossistema, deve-se 
considerar a escala em seus mais diversos níveis: escala temporal, geográfica, espacial e de percepção das 
espécies. 
 A ecologia de paisagens permite que se incluam diferentes fatores nas análises ecológicas, como a 
própria atuação do homem em seu aspecto cultural e natural. Além disso, indicadores de paisagem 
ecologicamente escalonados podem ser incluídos nos processos de gestão de conservação, adicionais aos 
dados biológicos locais. Esses indicadores podem ser obtidos por imagens de satélite (sensoriamento 
remoto), por exemplo. 
 Diferentemente da ecologia tradicional, a ecologia de paisagem leva em consideração que o padrão 
de diversidade e distribuição dos organismos é influenciado por: 
• tipo de matriz no qual se insere o ecossistema; 
• efeito de borda dos fragmentos; 
• forma e área desses fragmentos 
• presença de corredores ou de stepping stones. 
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Estes últimos, referem-se à conectividade entre as manchas de uma paisagem. 
 
9.3 Estrutura das paisagens, limiares e conectividade 
 
Os conceitos estruturais da paisagem podem ser dispensados na análise ecológica quando há muito 
habitat, quando o habitat é efêmero e dinâmico, quando a percepção da heterogeneidade fica 
comprometido (não se difere padrões na paisagem), a capacidade de deslocamento da espécie é maior do 
que as distâncias das manchas (ou fragmentos) de habitat. 
 Paisagens reais apresentam limiares. Estes são definidos como "faixas de transição" podendo ser 
críticos quando pequenas mudanças na estrutura espacial da paisagem produzem mudanças bruscas nas 
respostas ecológicas. Os limiares estruturais são característicos de paisagens reais e podem alterar a 
probabilidade de ocorrência de espécies em um habitat. Nesse sentido, a configuração de manchas de 
habitat pode ser tão importante quanto a quantidade de habitat para a ocorrência de espécies em áreas 
fragmentadas. De fato, os efeitos de qualquer fragmentação de habitat devem ser analisados sob o contexto 
da sua conectividade funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
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10 - QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
1. (CS UFG 2019) Nos termos da Convenção sobre Diversidade Biológica, os recursos genéticos são 
mantidos em condições in situ, on farm e ex situ. Essas três formas de conservação são complementares e 
formam, estrategicamente, a base para a implementação de três grandes objetivos da conservação: 
i) conservação da diversidade biológica; 
ii) uso sustentável dos seus componentes e 
iii) repartição dos benefícios derivados do uso dos recursos genéticos. 
Sobre a conservação in situ tem-se o seguinte: 
A) oferece maior segurança na conservação de espécies com sementes recalcitrantes; conserva os 
polinizadores e dispersores de sementes das espécies vegetais; e aproxima as comunidades de agricultores 
e suas práticas agrícolas. 
B) preserva genes por curtos períodos de tempo; permite que em apenas um local seja reunido material 
genético de muitas procedências; e garante melhor proteção à diversidade interespecífica, especialmente 
de espécies de ampla distribuição geográfica. 
C) permite que as espécies continuem seu processo evolutivo; favorece a proteção e a manutenção da vida 
silvestre; e apresenta melhores condições para a conservação de espécies silvestres, especialmente vegetais 
e animais. 
D) mantém os processos evolutivos; não depende de ações permanentes do homem na manutenção de 
grandes quantidades de material genético em um mesmo local; e promove o uso sustentável e a valoração 
de recursos genéticos. 
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Comentários: 
Alternativa C está correta. Em A temos a aproximação de agricultores, quando na realidade a ideia de 
processos de conservação in situ é justamente preservar ao máximo as espécies do contato humano; Em B 
temos que a preservação in situ visa promover o desenvolvimento natural da espécie, podendo aumentar a 
longevidade desta, portanto, preservando sua carga genética por longos períodos de tempo. Em D temos 
que o todo processo de conservação exige manutenção por parte humana, já que o fragmento pode ser 
constantemente degradado. A manutenção é importante em qualquer processo de conservação que não 
seja aquele no qual o homem não atua. 
 
2. (CS UFG 2019) De acordo com o Decreto Federal n. 97.632/1989, a recuperação de áreas degradadas 
é considerada um conjunto de processos resultantes de danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem 
ou reduzem algumas de suas propriedades, tais como a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos 
ambientais. Entre as dimensões de análise, pode-se reconhecer que a restauração tem por finalidades: 
A) eliminar, neutralizar ou transformar contaminantes presentes em subsuperfícies e na atmosfera, ou seja, 
no solo, na água e no ar. 
B) reaproveitar a área para outra finalidade, de acordo com o projeto prévio e em condições compatíveis 
com a ocupação circunvizinha. 
C) devolver ao local o equilíbrio e a estabilidade dos processos atuantes, de modo que as condições 
ambientais se situem às condições anteriores à intervenção. 
D) buscar a reprodução das condições exatas do local degradado, tais como eram antes de serem alteradas 
pela intervenção humana 
 
Comentário 
Resposta D. Processos de restauração ecológica visam recuperar um habitat, tornando-o o mais próximo 
possível do original. A descontaminação relatada em A é parte disso, mas não finalidade total do processo. 
Em B na realidade teremos a proteção dos mananciais; Em C, as condições ambientais talvez não sejam mais 
obtidas, mas tenta-se reproduzir isso nos processos de restauração. 
 
3. (CESPE 2014) 
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Nas figuras acima, é ilustradauma paisagem em dois momentos distintos: na figura I, são representados 
três fragmentos florestais (1, 2 e 3) circundados por áreas de vegetação secundária; na figura II, é ilustrada 
uma rodovia que atravessa o fragmento florestal 1, dividindo-o em dois novos fragmentos (1’ e 1’’). Com 
base nessas informações e nas figuras apresentadas, julgue os itens que se seguem, considerando que uma 
espécie X apresente subpopulações que migram entre os fragmentos 1, 2 e 3 e que as setas nas figuras 
indiquem a direção dessas migrações. 
 
Na figura I, a conexão entre as manchas de hábitat e os movimentos ocasionais dos indivíduos da espécie 
X entre elas caracteriza uma metapopulação. Caso a subpopulação da espécie X se extinga na área 3, essa 
área passará a ser desconsiderada no que diz respeito à área de vida da metapopulação. 
Certo ( ) 
Errado ( ) 
 
Comentário 
Está errada. A área 3 não será desconsiderada pois havendo migração (dispersão) da espécie X é esperado 
que ela recolonize esta área. 
 
 
4. (CSUFG 2019) Estudos ecológicos utilizam testes estatísticos, nos quais o erro-padrão permite ao 
experimentador avaliar se as médias são estatisticamente diferentes entre si. Analise a figura a seguir que 
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mostra a produção média de sementes de plantas em dois locais diferentes (barras) e os seus respectivos 
erros-padrão (linhas). 
 
 
A análise da figura permite inferir que: 
A) embora as médias sejam diferentes em (b), os erros padrão são relativamente grandes e não seria seguro 
concluir que a produção de sementes diferiu entre os dois locais. 
B) embora as médias de (b) sejam iguais, os erros padrão são muito menores e pode ser concluído que a 
produção de sementes foi igual nos dois locais. 
C) embora as médias sejam diferentes em (a), os erros padrão são relativamente grandes e não seria seguro 
concluir que a produção de sementes diferiu entre os dois locais. 
D) embora as médias sejam iguais em (a), os erros padrão são relativamente muito menores e pode ser 
concluído que a produção de sementes foi igual nos dois locais. 
 
 
Comentário 
Resposta C. Em A os erros apresentados no gráfico B são pequenos, sugerindo baixa variabilidade dos dados. 
Em B e D, observa-se nos gráficos que as médias são diferentes. 
 
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5. (Cesgranrio 2010) A equação dN/dt = rN modela como uma população cresce, conforme o tempo 
passa. No entanto, esse modelo apresenta limitações, já que as populações reais 
A) crescem até atingirem um equilíbrio dinâmico. 
B) são invariáveis no tempo. 
C) apresentam taxa de crescimento nula. 
D) possuem recursos ilimitados. 
E) decrescem em progressão geométrica 
 
Comentário 
Resposta A. A questão entra no contexto da dinâmica de populações. A fórmula indica a relação entre a 
variação populacional no tempo e uma taxa de variação de uma população. Assim, fica claro que as 
populações reais variam no tempo, que seu crescimento pode ser nulo mas isso não é regra, que os recursos 
são limitados e que o as taxas de redução podem ocorrer em PG ou PA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 - LISTA DE QUESTÕES 
 
1. (CESPE 2014) No que se refere a hotspots e centros de endemismo, julgue os itens 
a seguir. 
 
Os altos índices de endemismo na Mata Atlântica e na Floresta 
Amazônica caracterizam essas áreas como hotspots. 
 
 
2. (CESPE 2014) No que se refere a hotspots e centros de endemismo, julgue os itens 
a seguir. 
 
As regiões em que se identifica pelo menos uma espécie de 
ocorrência restrita (endêmica) são consideradas áreas de 
endemismo. 
 
 
(CESPE 2014) Nas figuras acima, é ilustrada uma paisagem em dois momentos distintos: na figura I, 
são representados três fragmentos florestais (1, 2 e 3) circundados por áreas de vegetação secundária; na 
figura II, é ilustrada uma rodovia que atravessa o fragmento florestal 1, dividindo-o em dois novos 
fragmentos (1’ e 1’’). Com base nessas informações e nas figuras apresentadas, julgue os itens que se 
seguem (3, 4 e 5), considerando que uma espécie X apresente subpopulações que migram entre os 
fragmentos 1, 2 e 3 e que as setas nas figuras indiquem a direção dessas migrações. 
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3. O efeito de borda decorrente da construção da rodovia será maior no fragmento 1’. 
 
4. As subpopulações das áreas 2 e 3 não interagem geneticamente entre si. Por essa razão, a 
construção da rodovia não modificará o fluxo gênico entre elas. 
 
5. As possíveis consequências da construção da rodovia incluem o aumento da luminosidade e a 
redução da umidade nas bordas dos fragmentos, efeitos que favorecem a proliferação de 
espécies vegetais pioneiras. 
 
(CESPE 2014) No que diz respeito à gestão e ao manejo de unidades de conservação (UCs), julgue os itens 
subsequentes (6 a 9). 
 
6. A elaboração e a utilização do plano de manejo de área protegida são facultativas. 
 
7. Caso se adote gestão compartilhada, as UCs podem ser geridas por organizações da sociedade 
civil de interesse público com objetivos afins ao da unidade, mediante instrumento a ser 
firmado com o órgão responsável por sua gestão. 
 
8. O licenciamento de empreendimento de significativo impacto ambiental localizado em uma 
faixa de três mil metros, a partir do limite da unidade de conservação, e cuja zona de 
amortecimento não esteja estabelecida sujeita-se à autorização do órgão responsável pela 
administração da respectiva unidade de conservação. Reservas particulares de patrimônio 
natural, áreas de proteção ambiental e áreas urbanas consolidadas são empreendimentos aos 
quais se aplica essa regra. 
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9. A legislação referente ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) 
abrangeu o conceito de sistema nacional de unidades de conservação constante de legislações 
federais anteriores e lançou a definição de reserva de desenvolvimento sustentável. 
 
 
(CESPE 2014) Uma reserva de desenvolvimento sustentável federal na Amazônia Legal, de 
expressiva diversidade biológica, é habitada por famílias de pequenos produtores rurais, algumas 
em situação de extrema pobreza, e outras com padrão financeiro mais elevado. 
Tendo a situação acima como referência, julgue os itens que se seguem (10 a 14), com base nas normas 
aplicáveis. 
 
10. Incumbe-se aos órgãos do SISNAMA, entre eles, o ICMBio, a promoção da educação ambiental 
nas reservas de desenvolvimento sustentável. 
 
11. As famílias dos pequenos produtores rurais em situação de extrema pobreza podem se 
beneficiar do Programa Bolsa Verde, por tempo indeterminado, caso cumpram com os 
compromissos assumidos no termo de adesão ao programa. 
 
12. É competência do ICMBio a execução de políticas que coordenam a preservação ambiental e os 
direitos das populações que habitam no local. 
 
13. O ICMBio tem competência para aplicar multas relacionadas a infrações administrativas que 
ocorrerem na reserva de desenvolvimento sustentável e para licenciar atividades efetivas ou 
potencialmente poluidoras que pretendam ser desenvolvidas na área. 
 
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