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Introdução Direito Eleitoral Privação de direitos políticos

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Perda e suspensão 
1. Há duas formas previstas na Constituição de 
privação de direitos políticos, a saber: perda e 
suspensão. 
2. A ideia de perda liga-se à de definitividade. Embora 
a perda seja sempre permanente, pode-se recuperar o 
que se perdeu. 
3. a suspensão refere-se à interrupção temporária de 
uma relação jurídica em curso. 
• Art. 15. É vedada a cassação de direitos 
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará 
nos casos de: 
I – cancelamento da naturalização por 
sentença transitada em julgado; 
II – incapacidade civil absoluta; 
III – condenação criminal transitada em 
julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV – recusa de cumprir obrigação a todos 
imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5o, VIII; 
V – improbidade administrativa, nos termos do 
art. 37, § 4o. 
4. Nota: Os incisos I e IV têm sido considerados como 
hipóteses de perda de direitos políticos, e os demais 
como de suspensão. 
 
Incapacidade civil absoluta 
1. A incapacidade precisa ser absoluta. 
2. É plenamente capaz para o exercício de atos da vida 
civil a pessoa portadora de deficiência, 
independentemente de esta ser grave ou não, 
temporária ou permanente. Em vez de excluir, cumpre 
ao Poder Público garantir à pessoa com deficiência 
“todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-
los em igualdade de condições com as demais 
pessoas”, assegurando-lhe, inclusive, “o direito de 
votar e de ser votada”, ou seja, de candidatar-se nas 
eleições e “efetivamente ocupar cargos eletivos e 
desempenhar quaisquer funções públicas em todos os 
níveis de governo” (Lei no 13.146/2015, art. 76, caput 
e § 1°). 
 
 
Condenação criminal transitada em 
julgado 
1. O trânsito em julgado de condenação criminal 
implica não só a suspensão de direitos políticos, como 
também a perda de mandato público-eletivo. 
• Para detentores de mandato executivo e 
vereador, o trânsito em julgado da condenação 
criminal por si só implica a perda automática 
de mandato. 
• Já para detentores de mandato legislativo 
(deputado e senador), há regras excepcionais, 
não sendo automática a perda do mandato. No 
caso, incidem os arts. 15, III, e 55, VI, § 2º, 
ambos da CF. De maneira que a perda de 
mandato “será decidida pela Câmara dos 
Deputados ou pelo Senado Federal, por 
maioria absoluta, mediante provocação da 
respectiva Mesa ou de partido político 
representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa”. Essa regra é 
estendida a deputados estadual e distrital, por 
força do disposto nos arts. 27, § 1º, e 32, § 3º, 
da CF. 
 
Recusa em cumprir obrigação a todos 
imposta 
1. Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou 
prestação alternativa: Entre as obrigações legais a 
todos impostas destacam-se o exercício da função de 
jurado e a prestação de serviço militar. 
 
Improbidade administrativa 
1. Improbidade administrativa: São atos que ferem a 
moralidade administrativa: Prevê o art. 37, § 4o, da CF: 
“Os atos de improbidade administrativa importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento 
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem 
prejuízo da ação penal cabível”. 
2. Esse dispositivo foi regulamentado pela Lei no 
8.429/92, que estabelece três espécies de atos de 
improbidade: 
• os que importam enriquecimento ilícito (art. 
9°); 
• os que causam lesão ao patrimônio público 
(art. 10); 
• e os que atentam contra os princípios da 
Administração Pública (art. 11).

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