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Radiologia Receptores de imagem e processamento radiográfico Histórico → 1885 - Aconteceu a descoberta da radiação X - Primeira radiografia dentária - Realizada com filme fotográfico - O tempo de exposição era de 25min → 1913 - Primeiro filme radiográfico - Base de nitrato de celulose - Emulsão em uma face - Nesse ano aconteceu o incêndio no hospital em Ohio provocado pelo nitrato de celulose, pois ele é altamente inflamável. Com isso, decidiram procurar outra opção para substituir ele. → 1960 - Foi descoberto o filme a base de poliéster, que é usado até hoje. Filmes Base A base é de poliéster (semirrígido), ela possui um pouco de flexibilidade, é translucido, pode ser verde ou azulado, serve de suporte a emulsão e não é alterada pela solução de processamento. Camada adesiva Essa camada vai unir a base a emulsão. Emulsão É a parte sensível do filme, pois estão presentes os componentes sensíveis, que vão formar a imagem, sendo que ela está presente de ambos os lados do filme, com isso, ela é de dupla emulsão. → Matriz É como se fosse uma gelatina, que fica preso nas duas faces do filme. Ela serve como suporte para os cristais e também para absorver as soluções de processamento. → Cristais halogenados de Prata Os cristais são brometo e iodeto de prata, sendo que sua forma e distribuição variam conforme o tipo de filme. Eles que são a parte sensível do filme, sendo que são eles que vão ser sensibilizados pela radiação x, para que aconteça a formação da imagem. Camada protetora É a camada adicional da matriz, ela protege o filme contra danos mecânicos e contaminação. Classificação → Exposição direta Os filmes são expostos somente à radiação X, isso é feito no Screen. → Exposição indireta Eles são usados em conjunto com placas intensificadoras, isso acontece no Screen. Gabriely Belardi – Ondonto FHO Gabriely Belardi – Odonto FHO Esse tipo de filme responde a pequenas doses de radiação X. Geralmente eles são usados em técnicas de radiografia extrabucais, pois respondem a doses menores de radiação do que os de exposição direta, mas área de exposição é maior do que quando usado o de exposição direta. Esses filmes suportam a placa intensificadora, deixando a placa em intimo contato com o filme. Para ele ser usado, precisa que junto utilize o Chassi. Atualmente esse tipo de filme não é tão usado, e assim não precisa se preocupar. Utilização → Filmes intraorais (exposição direta) Eles vão ser usados em periapicais, interproximais (Bitewings) e em oclusais. Ele é composto por: Pit Localizador Também chamado de picote, ele serve para a orientação do filme, o lado convexo tem que ficar em direção aos feixes de raios X (voltada para o lado externo da boca) e também tem que extar voltado para a oclusal. O pit também vai ajudar na orientação direito e esquerdo, o lado convexo deve estar voltado para o observador, quando for ver, pois se o filme não estiver posicionado da forma correta não será possível saber qual lado da boca você está vendo. Papel preto Esse papel serve para proteger o filme da luz e de atritos mecânicos. O filme fica embalado dentro dele. Lamina de Chumbo Essa lamina fica posicionada atrás do filme, ele tem a função de reduzir a radiação que vai chegar até paciente, além disso ele vai absorver a radiação de espalhamento (radiação secundária). Se não tivesse essa lamina, áreas que estão fora da região de interesse receberiam radiação, além de possivelmente ocorrer a formação de véu, que é uma linha branca no meio da imagem, causada pelo espalhamento de raios. Nessa lamina vai estar presente um decalque em forma de escama de peixe, que vai indicar quando esse filme foi exposto do lado ao contrário. Envelope plástico Esse envelope vai proteger o filme contra a luz e umidade, funcionar como controle de infecção. Ele vai indicar algumas características no filme, que são: a localização do picote, qual é o lado sensível e as especificações do filme (tipo de filme usado e velocidade). Quando for colocar o filme na boca, ele vai estar dentro do plástico. → Filmes extraorais (exposição indireta) Esses filmes são usados em panorâmicas e cefalométricas, eles são maiores do que os de exposição intraoral. Direta X Indireta Na direta, a dose de exposição é maior e a resolução também. Na indireta, a dose de exposição é menor, mas a resolução também é menor. - Periapical : registra coroa, raiz e periápice - Interproximal (Bitewings): registra a coroa dos dentes superiores e inferiores na mesma imagem. Além disso eles detectam caries interproximais e com eles é possível realizar uma avaliação da crista óssea alveolar. - Oclusal: essa registra áreas maiores da maxila e da mandíbula. Tamanho Os filmes radiográficos podem possuir diversos tamanhos. → Filmes intraorais - Tamanho 0: 22x35mm - Tamanho 1: 24x40mm - Tamanho 2: 30x40mm - Tamanho 3: 27x54mm - Tamanho 4: 57x76mm Os mais comumente usados são o de tamanho 3 e 4. → Filmes extraorais Esses filmes possuem 7 tamanhos diferentes, sendo eles: - 20x25 cm - 18x24 cm - 13x18 cm - 13x30 cm - 15x30 cm - 24x30 cm - 30x4o cm Quantidade Quando compramos esses filmes, eles podem ser simples (com apenas um filme receptor de imagem) ou duplo (vem dois filmes receptores de imagem juntos), com esse, saia duas copias, sem precisar expor o paciente duas vezes a radiação. Hoje em dia os filmes duplos não são mais tanto utilizados, eles antigamente serviam para quando o paciente tinha convenio, pois um ficava no prontuário, e o outro era enviado para o convênio. Hoje o cirurgião dentista manda a foto da radiografia para o convênio. Sensibilidade É a eficácia com que o filme responde à radiação, e também a capacidade com que e esse filme produz imagens com mais ou menos radiação. Quanto maior a sensibilidade do filme, mais rápido ele vai reagir, e menos radiação ele vai precisar. O grupo F é o mais eficiente, sendo que o A, B e C hoje em dia nem são mais produzidos. O que vai determinar essa maior ou menor sensibilidade dos filmes, são a área dos cristais, quanto maior a área do cristal, menor vai ser a exposição e menor a resolução também. Isso acontece, pois se o cristal é maior, a radiação tem mais facilidade de encontrar esses cristais na hora de agir. Mesmo essa maior sensibilidade resultando em uma diminuição da resolução, ainda sim é preferível que utilize os filmes que tem uma maior sensibilidade, pois o objetivo é sempre diminuir mais a quantidade de radiação a qual o paciente vai ser exposto. Armazenagem dos filmes Os filmes terão que ser armazenados, longe do calor, humidade e da radiação X. Formação da imagem Quando acontece a interação da radiação com os íons brometos, ele começa a perder elétrons, só que esse íon tem maior afinidade com as áreas de sensibilidade do filme. Porém, essa área é negativa, e ela começa a atrair íons de prata, e com isso começa a formar as áreas de sensibilidade de fato, com a formação das áreas de prata metálica, sendo que nessas áreas serão formadas as imagens de fato, que será chamada de imagem latente, a imagem real só é formada depois do processamento - É uma imagem invisível produzida na emulsão do filme pela luz ou pelos Raios X e é convertida em imagem visível através do processamento - A radiação irá atingir a emulsão modificando os sais de prata nela existentes que irão formar uma película de prata em cada cristal -O conjunto dessas partículas de sais de prata modificados formam a imagem latente Processamento radiográfico Definição Tem como objetivo transformar a imagem latente em imagem visível e permanente. Esseprocesso pode ser realizado de maneira manual ou automática, e ele possui 5 etapas. Revelação O filme vai ser colocado em uma solução reveladora, que tem como função principal reduzir os íons de prata nos cristais com imagem latente da emulsão, para cristais de prata metálica (negra). Essa etapa serve para evidenciar as áreas radiolúcidas, que são as partes mais escura. Na solução reveladora: Existem dois agentes de revelação, que são a fenidona e hidroquinona, ambos são agentes redutores. Além deles, também está presente o hidróxido de sódio/potássio, que são agentes ativadores, com a função de manter o pH em 10 e expandir a emulsão. Outra substância presente é o sulfeto de sódio, que é um agente preservativo, com a função de estender a vida útil da solução e também é um antioxidante. A temperatura da solução vai fazer com que haja uma variação no tempo que vai levar para a revelação acontecer, quanto maior a temperatura, menor é o tempo que leva. Outro fator que influencia no tempo, é a concentração da solução reveladora. Só vai deixar pouco tempo, quando a exposição de radiação foi muito alta ou a solução está muito concentrada. É recomendado nesse caso, sempre perguntar para o técnico, quanto tempo ele aconselha deixar o filme na solução. Se deixar muito tempo na solução reveladora, a imagem ficará escura. Lavagem intermediária Essa etapa tem como função, remover a solução reveladora da emulsão, desacelerar o processo de revelação e remover o ativador. Para isso, tem que realizar o enxague por 20s em agua limpa. Fixação É colocada a emulsão em uma solução fixadora, que tem como função remover os cristais não reduzidos, aqueles que não foram revelados, pois foram menos sensibilizados pela radiação. Nesse processo, vai ser possível ver as imagens radiopacas. Na solução fixadora é composta por: O agente clareador, que é o tiossulfato de amônio, que vai se ligar aos íons prata não reduzidos, formando moléculas hidrossolúveis. O agente acidificador que é o ácido acético, que tem como função mante o pH (4,0) e também de bloquear a revelação. O agente preservativo que é o sulfeto de sódio, que estende a vida útil da solução e é antioxidante. O agente endurecedor que é o alúmen de potássio, que impede o amolecimento da emulsão e dá maior resistência á danos mecânicos. O tempo que vai ser deixado, também vai variar da sua concentração, e da sua temperatura, segue a mesma regra que o revelador. Lavagem final Ela vai remover os íons de tiossulfeto e os complexos tiossulfato, se eles não forem removidos, sofrem oxidação e tornam o filme amarelado. Nessa etapa, o filme será lavado em agua corrente limpa, por 5 minutos. Tipos de processamento O processamento pode ser feito de forma manual ou aromática. → Automática É utilizada a processadora automática, que vai realizar todo o processo sozinha → Manual Quando feito de forma manual, ele pode ser realizado na câmara escura portátil, câmara escura quarto ou câmara escura labirinto. Secagem A secagem após a realização do processamento manual, tem que ser realizada em temperatura ambiente ou secadoras, ambiente sem poeira, temperatura menor que 49º e em ar indireto. Manutenção da solução → Revelador e fixador - Alguns equipamentos possuem sistemas de renovação automáticos. - As soluções devem ser recarregadas a ada manhã, utilizando a quantidade recomendada. - Deve ser realizada a limpeza do sistema de transporte diariamente. Gerenciamento de resíduos Os resíduos devem ser descartados adequadamente, pois tem a prata da emulsão e a lamina de chumbo. Eles devem ser mandados para descarte através de serviços especiais de coleta. Receptores digitais Direto Aquele que a imagem é automaticamente visualizada no computador após ser obtida. Nesse sistema, a energia recebida é coletada em um material semicondudor, que pode ser CCD (dispositivo de carga acoplada), CMOS (Semicondutor de óxido de metal complementares) e painel plano. A vantagem desse dispositivo, é que ele realiza a disponibilização imediata da imagem. Já as desvantagens são seu tamanho, em alguns casos possui cabo e tem uma alta vulnerabilidade. Além disso, a área sensível desse material é menor, o que faz com que se torne mais difícil de visualizar a imagem. Câmara escura portátil - Nela, a temperatura da solução vai determinar o tempo eu o filme deverá permanecer na solução. - Composta por três potinhos, em que cada um vai estar uma das soluções. É muito importante prestar atenção na ordem deles, para não começar pela solução fixadora. Semi direta São placas de fosforo fotoestimulável (PSP), que absorvem e armazenam a energia recebida, e quando estimuladas liberam essa energia em forma de luz. Após a exposição, essas placas terão que ser saneadas, para que consiga obter a imagem.
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