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ANÁLISE DA PRODUÇÃO FILME, NA PERSPECTIVA DOS DESDOBRAMENTOS DA TEORIA PSICANALÍTICA.

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1 
 
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 ANÁLISE DA PRODUÇÃO FILME, NA PERSPECTIVA DOS 
DESDOBRAMENTOS DA TEORIA PSICANALÍTICA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA BEATRIZ VIEIRA DE JESUS - RA: N457163 
DANIELA DE SOUZA GALVÃO - RA: D986724 
HELLEN MATTOS FERREIRA - RA: N447354 
JANICLEIDE SIMÕES DOS SANTOS - RA: N4453E0 
LETICIA FIGUEIREDO LIMA - RA: N5185D4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Pinheiros - São Paulo 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
ANA BEATRIZ VIEIRA DE JESUS - RA: N457163 
DANIELA DE SOUZA GALVÃO - RA: D986724 
HELLEN MATTOS FERREIRA - RA: N447354 
JANICLEIDE SIMÕES DOS SANTOS - RA: N4453E0 
LETICIA FIGUEIREDO LIMA - RA: N5185D4 
 
 
 
ANÁLISE DA PRODUÇÃO FILME NA PERSPECTIVA DOS 
DESDOBRAMENTOS DA TEORIA PSICANALÍTICA. 
 
 
 
 
 
Trabalho de análise de obra cinematográfica, a partir 
 dos conteúdos programáticos da disciplina 
 Desdobramentos da Teoria Psicanalítica do curso de 
 Psicologia da UNIP. 
 
Prof. Espec. Flávio Rossi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Pinheiros - São Paulo 
 2021 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................04 
2. SINOPSE DO FILME.....................................................................................05 
3. TEORIA DE MELANIE KLEIN......................................................................06 
3.1 TEORIA DE DONALD WINNICOTT............................................................08 
4. DESENVOLVIMENTO...................................................................................09 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................11 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho consiste em analisar na perspectiva da teoria 
Kleiniana, de Melanie Klein, psicanalista austríaca, e Donald Winnicott, pediatra 
e psicanalista inglês influente no campo das teorias das relações objetais e do 
desenvolvimento psicológico. 
O filme ‘O Quarto de Jack’, que retrata o cotidiano da mãe e de seu filho 
que estão em um cativeiro, e como sobrevivem neste ambiente. Descrevendo 
brevemente sobre o conteúdo do filme, e em seguida relacionando os 
fenômenos observados com os conceitos da abordagem psicanalítica. E por 
fim as conclusões acerca do que foi analisado e explicado nesta 
perspectiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pediatra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicanalista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra
5 
 
2. SINOPSE DO FILME 
 
 
Joy foi sequestrada quando tinha apenas 17 anos, e obteve um filho ao 
qual deu o nome de Jack, fruto do abuso sexual de seu sequestrador, chamado 
por ela de velho Nick. O filme mostra a rotina diária, desta jovem mãe e seu 
filho, e os desafios que enfrentam vivendo trancados num pequeno quarto. 
Ao chegar o quinto aniversário de Jack, sua mãe decide revelar a ele, 
que existe um mundo melhor fora do quarto, e planeja uma fuga, que depois de 
uma tentativa falha, é concluída com sucesso. E ao conseguir fugir Jack vai até 
a polícia que encontra sua mãe e daí em diante começam as novas 
dificuldades dos dois vivendo a vida fora do cativeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3. TEORIA DE MELANIE KLEIN 
 
 
Na teoria de Melanie Klein, o Complexo de Édipo surge bem antes do 
que é apontado por Freud – assim que nasce, o indivíduo já começa a ter 
ansiedades persecutórias por causa da perda da vida uterina, ego arcaico. A 
dualidade entre a ansiedade e o conforto e aconchego que podem ser dados 
pela mãe presume a relação com a “mãe boa”, ou seja, aquela que vai proteger 
o indivíduo contra as forças do mal. A partir da formação da ideia desse objeto 
ideal, a perda e recuperação desse objeto passam a ser uma parte essencial 
da vida emocional infantil e, a forma com que a criança trata esse objeto, está 
diretamente relacionada à forma como a criança encara a vida. 
A questão da voracidade é abordada na teoria de Melanie Klein, sendo o 
determinante de como a criança encarará a vida e que pode ser vista desde a 
amamentação. Essa voracidade pode ser incrementada ou inibida pela 
ansiedade persecutória. Contudo, se essa questão da voracidade fracassar, 
uma necessidade de atenção desejada ou presença das pessoas, sensação 
que não suportará ficar sozinha, pode surgir na criança. Surge aí a Posição 
depressiva, que é quando a criança percebe que atrapalha a mãe, ocupa seu 
tempo e abdica de coisas para si para cuidar dela, e, em seguida, a Posição 
Paranóide, onde essa criança irá se preocupar muito com o que a mãe está 
sentindo e evitar trazer ou causar problemas para a mãe. 
A criança tem medo da retaliação e as pulsões formarão fantasias – 
pulsão de vida seria um sinônimo de destruir e a pulsão de morte seria um 
sinônimo de organizar. A distinção entre ego e self é registrada a partir de que 
o ego intermedia as relações internas de pulsão de vida e morte e o self seria o 
todo, todas as instâncias da personalidade. Já o superego precoce, que causa 
medo na criança, surge a partir das fantasias de retaliação. Esse sistema de 
fantasias que se centram no mundo interno da criança são de extrema 
importância para o desenvolvimento do ego, pois, de acordo com Klein 
(Leader, 2001), pode ser considerada uma estrutura através da qual o sujeito 
se relaciona com os objetos exteriores. A vida fantasmática auxilia o sujeito na 
formação da impressão de seu mundo externo e interno, através dos processos 
de introjeção e projeção (Klein, 1986a). 
7 
 
A introjeção corresponde ao mecanismo primitivo do bebê de 
introjetar todos os objetos — começando pelo seio materno, seguido 
pelo polegar, por brinquedos, etc. Já a projeção tem sua origem nas 
identificações projetivas que a criança de tenra idade faz em suas 
fantasias. Como ela ainda não estabeleceu a distinção entre o seu 
corpo e o corpo de sua mãe, ela percebe este como um 
prolongamento dela mesma. (OLIVEIRA, Marcela Pereira de, 2007, p. 
87) 
A vida da criança se constitui da sua relação com seu objeto primário, 
esse que tanto interna como externamente, são influenciados pelas frustrações 
e gratificações que fazem parte da vida cotidiana do indivíduo. Se a criança 
acaba passando por situações desagradáveis, com muitas frustrações, e se 
sente insatisfeita, a ideia de uma “mãe ruim” é formada. 
De acordo com a teorização kleiniana e de suas seguidoras — Heimann 
(1986), Isaacs (1986) e Segal (1966) — as fantasias são inatas no sujeito, 
representações dos instintos, os quais agem na vida desde o nascimento 
(OLIVEIRA, 2007, p. 83). Elas apresentam componentes somáticos e 
psíquicos, dando origem a processos pré-conscientes e conscientes, e acabam 
por determinar, desta forma, a personalidade. Pode-se concluir que as 
fantasias são a forma de funcionamento mental primária, de extrema 
importância neste período inicial da vida. 
No caso de crianças pequenas, suas fantasias inconscientes 
são expressas, simbolicamente, através de sua atividade lúdica, 
cabendo ao analista a interpretação destas brincadeiras, de forma a 
elucidar as fantasias subjacentes a elas e analisá-las. Qualquer tipo 
de brincadeira é um possível continente de fantasias e desejos 
inconscientes. (OLIVEIRA, 2007, p. 96) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
3.1 TEORIA DE WINNICOTT 
 
 
Para Winnicott é primordial a relação entre pais e as crianças, pois estes 
serão os primeiros a darem suporte para a continuidade de serem quem são. 
 O amadurecimentosegue dependendo de dois fatores: a curiosidade 
originária e a provisão ambiental suficientemente boa (ambiente facilitador) a 
primeira só se dá em função da segunda 
 Compreendem os estágios iniciais do desenvolvimento: estágio pré-
natal, nascimento, período imediato e a primeira mamada teórica, está 
compreendida no momento ilusório, se dá a relação com a mãe 
suficientemente boa, estabelece a área de superposição entre interno e 
externo, onde se cria o primeiro vínculo do bebê com a realidade. 
A mãe suficientemente boa é aquela que supre as necessidades de seu 
bebê e sente prazer em fazer isto, se identifica com o bebê, mas isso não a 
salva de sentir ódio pelo seu bebê, manifestado em canções malvadas para 
fazê-lo dormir. 
Nos referindo ao objeto transicional, é um objeto eleito pela criança, no 
qual se sentirá seguro e procurará em momentos de tristeza, por exemplo. Se 
recusando a largá-la, o objeto pode ser comparado à mãe, vivenciada como um 
objeto bom. 
 O autor também nos traz os conceitos de verdadeiro e falso self em 
1960. Verdadeiro Self também compreendido como self autêntico, real ou 
original, e o falso self compreendido vulnerável, superficial. O verdadeiro Self 
se origina quando há organização psíquica dos indivíduos. Já a submissão do 
bebê perante a mãe resulta na iniciação do falso self, resultante na 
incapacidade materna de compreender e satisfazer necessidades do bebê. 
Também atua no desenvolvimento como defesa diante a exigência de 
adaptação da criança ao meio ambiente onde vive. 
 
 
 
 
 
9 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
 
O personagem Jack fantasia ao longo de quase todo o filme, ele acorda 
e dá bom dia para todos os objetos do quarto, como se fossem pessoas, 
personificando assim as coisas, e dando vida a sua rotina solitária com a mãe 
no pequeno cubículo. Melanie Klein explica o fantasiar como a forma de 
funcionamento mental primária, sendo extremamente importante no começo da 
vida, como ocorre em Jack que tem cinco anos de idade, e as fantasias 
apresentam componentes somáticos e psíquicos, dando origem a processos 
pré–conscientes e conscientes, e acabam por determinar, desta forma, a 
personalidade. Sua origem está na percepção sensorial e determina a atitude 
da criança em relação a seus objetos, pelo fato de estar presente nos 
mecanismos de introjeção e projeção (HEIMANN, 1969, 1986). 
“Eu vou crescer bastante e ficar gigante, olha mãe, eu sou forte igual o 
sansão, eu vou ser igual ao Jack, matador de gigantes, vou subir pela 
claraboia, e subir pelo espaço com meu cachorro Lucky…" diz o garoto para 
sua mãe. (Jack, O quarto de Jack, 2016). 
A fantasia é algo característico da infância, e é expressa de modo 
simbólico, por meio de brincadeiras e jogos. Jack brinca o tempo todo com sua 
mãe e sozinho dentro do quarto. Por trás de cada forma de atividade lúdica, 
encontra-se um processo de descarga de fantasias masturbatórias, que 
operam na forma de uma contínua motivação para o ato de brincar. 
Porém outro autor da psicanálise pode explicar o brincar de outra 
perspectiva, Donald Winnicott, admirador do trabalho de Melanie Klein, 
redimensionou a brincadeira, situando o brincar como fundamental para o 
trabalho com crianças, reconhecendo o valor que essa atividade possuía em si, 
instituída como atividade insubstituível do mundo infantil, mas que também 
fazia parte do mundo adulto. Sendo para ele uma brincadeira muito além de 
imaginar ou desejar, “brincar é o fazer”. 
Em uma das cenas, o garoto está deitado no tapete, e avista um rato, 
coloca migalhas de comida no chão, para que ele pudesse se alimentar, e 
assim que o ratinho se aproxima, sua mãe logo em seguida joga um objeto, 
matando o animal, o menino fica descontente com a atitude da mãe, diz que o 
rato era uma coisa viva e real, e que ele era seu amigo, a mãe argumenta que 
10 
 
o rato está bem, no quintal da casa dele com sua mãe, o garoto contesta a fala 
da mãe. E se inicia uma discussão sobre as coisas que são ou não reais no 
ambiente em que vivem, e o que há fora dele. 
Winnicott ao contrário de Klein interessava-se mais pela dependência do 
sujeito em relação ao ambiente. Joy, mãe de Jack, atua como facilitador do 
ambiente para seu filho, como ego auxiliar, até que ele possa tornar-se ele 
próprio sujeito de si. 
Fornecendo a proteção necessária ao ego frágil do garoto, sendo assim, 
pela visão de Winnicott como a mãe suficientemente boa. A mãe 
suficientemente boa repetidamente alimenta a onipotência, dá força ao seu ego 
fraco e o verdadeiro self começa a se formar. 
No dia seguinte ao seu aniversário, ele ganha seu primeiro presente, um 
carrinho remoto. A noite ele deitada na cama começa a brincar, sua brincadeira 
era de que o carinho era o monstro e que estava atacando-o, Jack fala “mãe o 
carrinho está me atacando” sua a mãe em resposta diz “oh não”, como forma 
de alimentar e contribuir assim para a fantasia do filho, possibilitando ao garoto 
quebrar barreiras da realidade, viver uma experiência, é uma forma de "viver", 
transitando entre o subjetivo e o objetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Este presente trabalho nos proporcionou conhecer de maneira mais 
detalhada os conceitos das teorias dos psicanalistas Melaine Klein e Donald 
Winnicott acerca da análise com crianças. Faz o parâmetro e relação das 
teorias com o filme “O Quarto de Jack" que nos comprova estes mesmos 
conceitos. Podemos, durante a elaboração do trabalho, notar tanto nas teorias 
de Klein e Winnicott quanto no filme, como o ambiente e a relação com a mãe 
influenciam no desenvolvimento da criança. O desenvolvimento emocional 
infantil sendo representado pela sua relação com o ambiente e o cuidador é a 
base para estabelecer a maturação, tanto de Jack quanto do desenvolvimento 
de qualquer criança. No filme é observado a importância do relacionamento 
equilibrado entre mãe e filho durante os anos em que eles viveram no cativeiro, 
assim, tendo uma boa adaptação às necessidades de Jack, Joy abre espaço 
para o desenvolvimento dos processos de maturação. Na medida do possível 
Joy ofereceu um ambiente amoroso ao seu filho, estimulando as fantasias, 
criando uma rotina estabelecendo obrigações, regras, e dizendo “não” quando 
necessário. 
A fantasia é fundamental para a construção do sujeito, tanto quanto a 
inserção da realidade concreta, ajudando a formar o aparelho psíquico e os 
processos de pensamento. Entendemos, a partir do filme, que, se a criança é 
privada do concreto e a fantasia toma conta de sua relação com o mundo, 
assim como aconteceu com Jack, as frustrações se tornam presentes: há 
dificuldade de aceitação do que está fora de seu mundo de fantasia, e a 
relutância para aceitar a convivência com o mundo real e concreto é 
perceptível nas interações e forma da criança lidar com o que é o concreto. A 
criança pode vir a desenvolver um filtro para com a realidade, absorvendo o 
que ela pensa o que é real e não o que realmente existe. O mundo exterior, 
quando não apresentado e inserido à convivência da criança de maneira 
correta, parece algo distante e ilusório, que ela não se apropriará e terá 
dificuldades de inserção. 
 
Por fim, para atingir a posição de “mãe boa”, muitas mães acabam por, 
ou privar em excesso os seus filhos, ou não impor limites. Ambas as situações 
12 
 
podem afetar a criança no futuro, seja em questão da construção de mundo, 
nas interações sociais e até nas ações que elas tomarão e irão desenvolver 
quando chegarem à maturidade, caso não tenham a mesma adiantada ou 
atrasada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FULGENCIO, Leopoldo. O brincar como modelo do método de tratamento 
psicanalítico. Rev. bras. psicanál, São Paulo , v. 42, n. 1, p. 123-136, mar. 
2008 . Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 out. 2021. 
 
KAWAGOE, Vanêssa R. P.; SONZOGNO, Maria Cecília. Uma investigação 
sobre o brincar de Winnicott, no tempo e no espaço da creche: contribuições da 
Psicanálise para a Educação. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 23, n. 72, p. 
203-212, 2006 . Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
84862006000300003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 out. 2021. 
 
Knijnik M. Falso self, pseudomaturidade, segunda pele e identificaçao adesiva: 
uma revisao sobre os conceitos. Rev. bras. psicoter. 2011;13(2):81-91 
 
OLIVEIRA, Marcella Pereira de. A fantasia em Melaine Klein e Lacan. Mental, 
Barbacena , v. 6, n. 11, p. x, dez. 2008 . Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
44272008000200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 out. 2021. 
 
PEREIRA DE OLIVEIRA, Marcella. Melanie Klein e as fantasias 
inconscientes. Winnicott e-prints, São Paulo , v. 2, n. 2, p. 1-19, 2007 . 
Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
432X2007000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 out. 2021.

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