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1- O Conceito Kleiniano de Complexo de Édipo se difere em partes do conceito desenvolvido por Freud, já que para Melanie Klein: A. O Complexo de Édipo pode ser verificado quando a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância e dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar. B. O Complexo de Édipo é o momento em que os impulsos sexuais da criança passam a ser direcionados ao progenitor do sexo oposto. C. No momento em que o bebê se relaciona com um de seus progenitores de forma discriminada, ou seja, quando percebe que sua aproximação de um deles, objeto bom, o faz sentir-se mais seguro. D. O Complexo de Édipo se inicia quando surge na criança o medo da perda do objeto bom, momento em que a ansiedade persecutória perde força e os impulsos amorosos, ao contrário, tornam – se mais fortes. E. A chegada ao Complexo de Édipo representa uma conquista tardia no processo de amadurecimento, pois é preciso que a criança tenha passado com sucesso outras etapas no desenvolvimento emocional. 2 - Para Figueiredo (2004), Melanie Klein é um nome de grande importância e peso no cenário psicanalítico contemporâneo. Suas contribuições ao campo da psicanálise representaram uma ampliação e uma renovação da técnica analítica. Tendo em vista o percurso histórico da psicanálise kleiniana, assinale a alternativa CORRETA: A. Melanie Klein tem uma forte ligação teórica com a psicanálise. Seu primeiro contato com a mesma se deu diretamente com Freud, em uma conferência que ele proferia em Budapeste. Maravilhada com a proposta freudiana, Melanie Klein se torna uma leitora assídua da obra. B. Em Berlim, no início de sua carreira e antes de iniciar seu trabalho com crianças, Melanie Klein estabelece a análise de psicóticos e borderlines como uma área legítima da clínica psicanalítica a partir de um fazer clínico singular. C. Apesar do interesse mútuo pela psicanálise com crianças, Melanie Klein e Anna Freud tinham claras divergências teóricas, diferenças estas que em Londres contribuíram para a separação entre os kleinianos e freudianos. D. Melanie Klein possuía um espírito muito criativo e inovador, se propondo a discutir e desenvolver muitas idéias consideradas polêmicas mesmo dentro do meio psicanalítico. Sua impecável formação acadêmica e seu refinado estilo de escrita, a protegeram de maiores críticas ou ataques pessoais. E. A autora em questão é a principal integrante do grupo kleiniano inglês. Este grupo, que era muito forte e coeso, dominou o cenário psicanalítico internacional durante as décadas de 40 e 50, obtendo alcance teórico mundial. 3 - A teoria desenvolvida por Melaine Klein é considerada por muitos psicanalistas de imensa contribuição para a Psicanálise, principalmente os conceitos sobre o desenvolvimento primitivo do psiquismo. Contudo, verificamos em sua biografia que apesar de viver em um rico meio cultural, artístico e filosófico não cursou uma universidade sendo considerada uma analista leiga. Sendo assim, Melanie Klein iniciou seus primeiros contatos com a psicanálise a partir de: A. Observações de crianças que estavam no período de latência. B. Por indicação de amigos que estudavam psicanálise. C. Por meio de diversas leituras de obras de autores que teorizavam sobre o porquê da guerra. D. Primeiramente pela leitura de Freud e logo em seguida pela experiência de análise como paciente de Sándor Ferenczi. E. Pela experiência de análise como paciente de Freud. 4 - O bebê kleiniano representa alguém atormentado por necessidades e tensões internas e externas, que para suportar o mundo e vivências pós-natais utiliza-se de um importante e muito primitivo mecanismo de defesa contra estas angústias. Este primeiro mecanismo utilizado pelo ego frágil e indefeso denomina-se: A. Clivagem do objeto. B. Angústia primária. C. Sublimação. D. Atitude psíquica. E. Clivagem do ego. 5 - De acordo com Klein, precocemente o bebê se dá conta do seio como fonte de vida e de experiências boas, por isso o pequeno bebê direciona ao seio: A. Reparação e gratidão. B. Inveja e voracidade. C. Pulsão de vida. D. Amor. E. Ansiedades persecutórias 6 - Em sua teoria, M. Klein afirma que os mecanismos da projeção e da introjeção funcionam desde o início da vida pós-natal, como algumas das primeiras atividades do ego infantil. De acordo com esta teoria identifique abaixo o que envolve o uso destes mecanismos em período tão precoce do desenvolvimento. I. Projeção e introjeção estão a serviço das fantasias inconscientes do bebê contribuindo para amenizar angústias internas e ambientais. II. Para Klein o ego rudimentar do bebê recorre a estes mecanismos por sua razoável discriminação da realidade. III. Os mecanismos de projeção e introjeção de objetos, situações externas, pulsões e fantasias inconscientes se misturam e constroem o mundo interno. IV. A ansiedade persecutória conduz o bebê á projetar suas emoções sobre a mãe convertendo-a num objeto bom. Assinale a alternativa correta: A. É correto o que se afirma em I, II e III. B. É correto o que se afirma em II e IV. C. É correto o que se afirma em I e III. D. É correto o que se afirma em I e IV. E. É correto o que se afirma em II, III e IV. 7 - De acordo com Melaine Klein na posição Esquizo-Paranóide torna-se evidente que: A. A cisão dos objetos ocorre pela necessidade de aniquilar o objeto bom. B. A pulsão de morte ao ser defletida anula todas as fantasias de ameaça ao eu. C. A cisão dos objetos torna suportável o existir, ante as pressões internas e externas a que está sujeito o bebê. D. A introjeçao e projeção garantem no psiquismo da inveja e dos impulsos destrutivos. E. A cisão decorre da necessidade de reparação, para restaurar o dano causado ao objeto. 8 - A posição Depressiva definida por Klein representa uma nova organização da vida mental, constituindo um momento chave para o desenvolvimento e a normalidade, por quê? I. Os interesses narcisistas da posição esquizo-paranoide mudam para a preocupação central que agora o ego tem que cuidar e observar seus objetos, externos como internos. II. Nesta configuração o bebê começa a reconhecer o sentimento de amor e dependência para com os pais, junto ao desamparo do ego e o ciúme sem causa especifica. III. O vínculo com a realidade externa se modifica, fica mais realista, com melhor reconhecimento dos aspectos bom ou maus. IV. Há uma menor discriminação entre fantasias e realidade, assim como realidade externa e interna. Assinale a alternativa correta: A. É correto o que se afirma em II, III e IV. B. É correto o que se afirma em I, II e IV. C. É correto o que se afirma em II e III. D. É correto o que se afirma em III e IV. E. É correto o que se afirma em I, II e III. 9 - As defesas maníacas têm um importante papel na posição depressiva, pois: I. Servem para enfrentar suportar positivamente os sentimentos depressivos.. II. São defesas que se estabelecem pela culpa do bebê ao perceber os estragos cometidos e pela alta capacidade de consertar o que danificou. III. Defesas maníacas coincidem com aceitação da condição de dependência. IV. Denominam-se “maníacas”, pois ao invés do reconhecimento do outro como importante, ele é tomado como prescindível e desnecessário. Assinale a alternativa correta: A. É correto o que se afirma em II e III. B. É correto o que se afirma em II. C. É correto o que se afirma em I e II. D. É correto o que se afirma em IV. E. É correto o que se afirma em I e IV. 11 - De acordo com Melaine Klein a inveja é constitucional ao homem, isto equivale a dizer que: A. A ocorrência da inveja dependerá dos bons atributos do objeto bom. B. Nosmomentos precoces do desenvolvimento sua ocorrência independe dos atributos do objeto, pois sua ocorrência é derivada da pulsão de morte. C. A ocorrência da inveja depende da experiência dos sentimentos ameaçadores advindos do mau objeto. D. Nos momentos precoces do desenvolvimento a ocorrência da inveja dependerá dos atributos do objeto, pois sua ocorrência é derivada da pulsão de morte. E. A inveja primária só se manifesta ante às frustrações e privações da vida pós-natal. 12 - As fantasias ocorrem no nível inconsciente da mente e podem, eventualmente, tornarem-se conscientes, inclusive no processo analítico, assim é correto afirmar que: A. Constituem-se na "matéria prima" do inconsciente e por permearem a vida mental podem interferir no comportamento manifesto dos indivíduos e disso decorre a necessidade de interpretação dos conteúdos subjacentes a elas. B. As interpretações da transferência no processo psicanalítico kleiniano não devem ter como foco as fantasias, pois estas são oriundas da realidade psíquica e excedem os limites da análise. C. As fantasias, como substrato da vida mental, representam também pulsões, ansiedades e defesas, por isso dispensam interpretações. D. A relação transferencial deve considerar todos os aspectos da realidade psíquica, contudo esta atualização junto ao analista não contribui à melhora da capacidade de elaboração. E. A interpretação como um elemento da técnica psicanalítica deve ser direcionada à realidade factual do paciente, onde as fantasias inconscientes perdem sua potência, devido a elaboração. 13 - A atualização da história do paciente na transferência é um fenômeno psíquico que ocorre em todas as relações, nela todas as fantasias, ansiedades e defesas do mundo interno do indivíduo são expressas nas situações vividas no cotidiano. De acordo com Klein, podemos considerar que a transferência no processo analítico kleiniano deve: I. Ser considerado como a externalização de relações de objeto que são revividas na dupla analítica. II. Ser considerada como a resposta que reproduz protótipos de conflitos e defenas ante à pressão exercida pela ansiedade. III. Considerar que sua origem tem como protótipo as primeiras relações objetais. IV. Considerar que as fantasias que revelam o mundo interno do paciente adulto são sempre conscientes. Assinale a alternativa correta: A. É correto o que se afirma em I e IV. B. É correto o que se afirma em I, II e IV. C. É correto o que se afirma em I e III. D. É correto o que se afirma em II e IV. E. É correto o que se afirma em I, II e III. 14 - Num dia frio e chuvoso, uma paciente adulta de 35 anos entra na sessão demonstrando grande sofrimento físico e emocional, como se estivesse com dor. Após deitar-se no divã, mantém-se em silêncio para depois iniciar um discurso poli queixoso sobre todos os infortúnios a que estava submetida neste momento de sua vida (perda do emprego, rompimento amoroso, perda de uma amizade recente, brigas com a mãe com quem mora). Continua reclamando e diz que nada para ela dá certo, tudo parece estar desabando em sua cabeça, por isso é uma pessoa muito infeliz, por último completa que isso talvez o analista não entenda, pois “é difícil entender minha condição quando se está na proteção de um consultório tranquilo, confortável, quentinho e gostoso” (sic). Num processo analítico, como deve ser manejada a transferência? A. A paciente traz para as novas relações, inclusive a analítica, toda sua história, seus objetos internos, seus medos e esperanças e transfere-as para a situação atual, por isso o analista deve ajudá-la a compreender o quanto a dimensão de tais dificuldades sem, necessariamente relacioná-las ao seu passado remoto. B. Uma interpretação transferencial seria capaz de impedir novos ataques ao analista. C. A melhor interpretação transferencial seria aquela que comunicasse à paciente a experiência emocional daquele momento: seu sofrimento pelo desamparo sentido, seu ódio por sentir-se abandonada e sua inveja do bem estar que pressupõe ser a condição do analista. D. A melhor interpretação transferencial seria aquela que comunicasse à paciente seu desespero por não conseguir o quê quer e quando quer, ajudando-o a compreender intelectualmente tais dificuldades. E. Uma interpretação transferencial adequada resguardaria a imagem do analista, como um bom pedagogo. 15 - Quando nos referimos ao setting psicanalítico no contexto infantil e pela adoção da Técnica do Brinquedo podemos afirmar que: A. A criança brinca e encontra no lúdico uma forma de mostrar o que se encontra no registro do inconsciente e enquanto técnica deve ser preterida em relação à interpretação dos sonhos, sonhos diurnos e dos desenhos. B. Considerando sua função catártica, o jogo inibe a elaboração de situações excessivas ao ego e favorece a assimilação dos fatos cotidianos. C. A proposta do brincar, dentro do processo psicanalítico, propicia a liberdade de expressão da criança, pois é uma atividade plena de sentido. D. Pela possibilidade de expressão dos conflitos a criança potencializa o medo nos objetos internos e na realidade externa. E. Pela expressão dos conflitos o brinquedo impede o estabelecimento de conexão entre fantasia e realidade.
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