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JARDINISMO DE INTERIORESJARDINISMO DE INTERIORES CONHECIMENTOS ECONHECIMENTOS E DIRETRIZES APLICADOS AODIRETRIZES APLICADOS AO JARDINISMOJARDINISMO Autor: Dra. Tamara Zamadei Revisor : Fernanda Delmutte de Andrade IN IC IAR introduçãoIntrodução Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) a mais uma unidade! Desde a elaboração do projeto de jardim até a execução, você, como futuro pro�ssional, terá contato com diferentes indivíduos. É importante que compreenda como agir de forma pro�ssional no entendimento das necessidades do cliente, bem como na relação com a equipe de projeto. O conteúdo inicial versa sobre esse tema. No decorrer da unidade, é abordada a ABNT NBR 9050, norma que estabelece parâmetros sobre acessibilidade em edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Também são trazidas informações e dicas sobre plantio em vasos: cuidados, escolha de espécies, composição. E uma nova tendência no jardinismo: a �oresta urbana, ou indoor jungle. Por �m, no fechamento da unidade, são vistas as etapas de um projeto paisagístico. Bons estudos! Ler, ouvir e colocar em prática: o processo de ensino-aprendizagem se dá por meio dessas ações. No jardinismo de interiores, não é diferente. Após reter todo o conhecimento aqui disponibilizado, é importante que você coloque em prática o que foi aprendido e aprimore as competências inerentes. Cognição Florio (2011, p. 162) a�rma que “em arquitetura não há uma única solução para o mesmo problema [...], os problemas que cada arquiteto identi�ca a partir das mesmas condicionantes e restrições impostas pelo contexto implicam diferentes possibilidades”. Portanto, o processo de construção do conhecimento se dá de diferentes formas. A aquisição do conhecimento em ciências que transpõem a teoria exige a experimentação. Faz-se necessário colocar em prática o que foi aprendido para que haja �xação e aprimoramento. Para Florio (2011), é necessário que os estudantes transformem os “conhecimentos implícitos” em “explícitos”. Nessa área de estudo, é preciso que toda a problemática de um projeto seja observada e resolvida, é necessário analisar o todo, e não somente as partes. É na prática que podemos identi�car potencialidades e fragilidades. Além da necessidade de aplicar a teoria aos problemas práticos, Conhecimentos emConhecimentos em ConstruçãoConstrução devemos desenvolver algumas competências pro�ssionais. Vejamos abaixo as principais. Competências Algumas competências são essenciais ao pro�ssional que trabalha com jardinismo, entre elas estão as habilidades de comunicação e expressão e o trabalho em equipe. As habilidades de comunicação e expressão são necessárias no mercado de trabalho para que haja bons resultados em projetos. Entender as necessidades do cliente e fazer-se entender é crucial nos processos de elaboração e execução de obras. Como o jardinismo é uma área interdisciplinar, que abrange vários especialistas de diferentes formações desde a elaboração até a execução do projeto, saber trabalhar em equipe é imprescindível. Isso pode parecer fácil, mas nem sempre é. O trabalho em equipe exige gerenciamento de con�itos, clareza nos acordos de negócio, respeito, con�ança. Na elaboração e na execução da obra, têm-se vários pro�ssionais trabalhando em diferentes partes, mas de forma a somar e complementar o todo, portanto, com um mesmo objetivo �nal. Dessa forma, é interessante que você, aluno, possa ter esse tipo de experiência já durante a sua formação. Elaboração e apresentação de projetos em equipe durante as aulas favorecem a vivência na prática de situações que você encontrará no futuro. praticarVamos Praticar Competências se referem às qualidades que um indivíduo deve apresentar para realizar determinada atividade ou função. Assinale abaixo a alternativa que apresenta uma competência relacionada à interdisciplinaridade característica do jardinismo. a) Atitudes de inovação. b) Trabalho em equipe. c) Motivação. d) Pensamento crítico. e) Criatividade. A elaboração de projetos paisagísticos deve seguir parâmetros ditados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas para assegurar que a obra detenha características desejáveis, entre elas, qualidade, segurança e respeito ambiental (ABNT, s.d.). Entre as normas a serem seguidas durante a elaboração e a implementação de um jardim, está a NBR 9050 – Acessibilidade a edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Vejamos a seguir interfaces e diretrizes. Interfaces Editada pela primeira vez em 1994, a Norma Brasileira NBR 9050 foi elaborada com vistas a assegurar a acessibilidade de pessoas portadoras de de�ciência ou com mobilidade reduzida – em caráter temporário ou permanente, a edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Conforme de�nido no artigo 3º, inciso IX, da Lei Federal n. 13.146, de 6 de julho de 2015, entende-se por pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, di�culdade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da �exibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso (BRASIL, 2015, p. 1). NBR 9050NBR 9050 Em vista disso, construções novas devem ser planejadas e as já existentes, adaptadas para que esses cidadãos possam ter livre acesso e usufruir de todas as suas funcionalidades de forma autônoma, tanto em locais públicos quanto privados. Faz-se necessário re�etir acerca dos usuários a que se destinam as áreas ajardinadas. No caso de jardins públicos, os cuidados devem ser redobrados, pois estão acessíveis a toda a população. Já na hipótese de um jardim particular de propriedade privada, as adequações podem ser pontuais para atender às necessidades dos usuários. Portanto, como as �nalidades e as composições dos jardins são diversas, nem todos os parâmetros técnicos são aplicáveis, mas, dentro do que é possível e necessário, deve-se segui-los para que o projeto possa ser considerado acessível. Diretrizes A NBR 9050 “estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edi�cações às condições de acessibilidade” (ABNT, 2015, p. 1). A norma lista dimensões referenciais baseadas em parâmetros antropométricos de pessoas com de�ciência ou mobilidade reduzida, em pé ou fazendo uso de cadeira de rodas. Tais proporções devem ser levadas em conta no planejamento de espaços, para o deslocamento; a transposição de obstáculos; manobras; áreas de aproximação, alcance e transferência. Aplicando-se esses parâmetros ao jardinismo de interiores, é necessário que os caminhos sejam cuidadosamente planejados, possibilitando liberdade de locomoção. Deve-se observar a disposição dos elementos arquitetônicos e das plantas. A norma também traz as simbologias a serem utilizadas para indicar a acessibilidade. Além da sinalização visual, a tátil e a sonora também são indispensáveis no caso de jardins acessíveis a pessoas com de�ciência visual e/ou auditiva. Algumas regras são �xas aos acessos e à circulação, entre elas: pisos devem ter superfície regular, serem �rmes, estáveis e antiderrapantes, com pouca inclinação; deve-se evitar o uso de grelhas e juntas de dilatação no espaço destinado à circulação. Rampas e corrimãos têm dimensões e posições previamente estabelecidas. Figura 3.1 - Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé conforme a ABNT NBR 9050 Fonte: ABNT (2004, p. 5). O planejamento das composições vegetais e a disposição dos demais elementos de projeto também devem seguir critérios especí�cos: 9.10.1 Os elementos da vegetação tais como ramos pendentes, plantas entouceiradas, galhos de arbustos e de árvores não devem interferir com a faixa livre de circulação. 9.10.2 Muretas, orlas, grades ou desníveis no entorno da vegetação não devem interferir na faixa livre de circulação. 9.10.3 Nas áreas adjacentes à rota acessível não são recomendadasplantas dotadas de espinhos; produtoras de substâncias tóxicas; invasivas com manutenção constante; que desprendam muitas folhas, �ores, frutos ou substâncias que tornem o piso escorregadio; cujas raízes possam dani�car o pavimento. 9.10.4 O dimensionamento e o espaçamento entre os vãos das grelhas de proteção das raízes das árvores devem atender a 6.1.5: [...] 6.1.5 Grelhas e juntas de dilatação As grelhas e juntas de dilatação devem estar preferencialmente fora do �uxo principal de circulação. Quando instaladas transversalmente em rotas acessíveis, os vãos resultantes devem ter, no sentido transversal ao movimento, dimensão máxima de 15 mm (ABNT, 2015, p. 40, 97). Seguindo à risca o que estabelece a NBR 9050, evitam-se acidentes e possibilita-se o uso igualitário do jardim entre todos os seus possíveis usuários. praticarVamos Praticar A NBR 9050 estabelece parâmetros de acessibilidade. Entre as previsões, estão dimensões referenciais ao planejamento de espaços para deslocamento de pessoas em pé e utilizando cadeiras de rodas. Além das especi�cações para construção civil, essa norma também estabelece critérios de adequação a quais itens? Assinale a alternativa correta. a) Mercado de trabalho. b) Softwares e tecnologia. c) Ensino. d) Mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. e) Cultura e arte. Com a população crescendo em ritmo acelerado nas cidades, a tendência é a verticalização urbana, com imóveis possuindo cada vez menos espaços abertos. De fácil plantio e cuidadas, plantas em vasos podem ser cultivadas no interior dessas residências ou áreas comerciais, incorporando a natureza em ambientes construídos. Plantas em vasos possuem caráter decorativo, propiciando sensações de equilíbrio e serenidade. Também podem ser utilizadas de forma funcional, como para separar ambientes contíguos. Não há local especí�co para dispô-los nos ambientes, sejam externos ou internos, devendo ser indicados no projeto e/ou justi�cados no memorial (NIEMEYER, 2019). Plantio e Cuidados Um dos segredos para o sucesso do plantio em vasos é o uso do substrato correto. No mercado podem ser encontradas várias fórmulas comerciais prontas para as mais diferentes espécies. Além disso, é possível montar o substrato conforme desejado. Os substratos podem ser classi�cados em (SENAR, 2017): naturais: advindos diretamente da natureza (turfa, serapilheira, areia); sintéticos: materiais industrializados como isopor e espuma fenólica; minerais: elementos minerais naturais, como a vermiculita e a argila expandida; VasosVasos orgânicos: elementos orgânicos como �bra de coco, casca de arroz, pinus e serragem. Lembra-se do conteúdo visto no capítulo de infraestrutura? A drenagem é um dos pontos principais que devem ser observados durante a montagem das camadas de substrato. O acabamento dos vasos pode ser realizado com diversos materiais, entre eles: argila expandida, casca de pinus, seixos, lascas e palhas. A cobertura morta, além de servir como decoração, ajuda no controle da umidade e da temperatura do solo. Agora que você já sabe como realizar o plantio em vasos, é bom tomar alguns cuidados (DURANTE, 2016): A quantidade de regas deve ser realizada em função da espécie e das condições climáticas. Lembre-se: as plantas são mais resistentes à falta de água do que ao excesso; Plantas expostas a ventania constante devem ser regadas e adubadas com maior frequência; 1) cobrir o furo no fundo do vaso com um pedaço de telha, permitindo assim a passagem de água sem que a abertura seja obstruída com o tempo; Frutíferas plantadas em vaso devem ser regadas com maior frequência em comparação ao plantio direto na terra; Os melhores horários para cuidar das plantas são de manhã e no �nal da tarde quando os estômatos (estruturas responsáveis pela entrada e pela saída de ar e água) estão abertos; Um dos erros mais comuns do plantio em vasos é utilizar um recipiente menor do que a planta realmente necessita, tome cuidado na hora da escolha. Seleção de Espécies Na escolha das espécies vegetais que irão compor o jardim em ambientes internos, deve-se seguir as condições de luminosidade do local. Como visto nos capítulos anteriores, as plantas possuem diferentes tolerâncias à luz, e isso deve ser priorizado na seleção e na disposição dos vasos em ambientes externos e internos. Como a escolha baseada na luminosidade já foi vista anteriormente, neste subcapítulo iremos nos basear em outras questões inerentes, como a morfologia das plantas e a estética dos ambientes. Com relação às características morfológicas, a con�guração e o tamanho das raízes, além de determinar as espécies que podem ou não ser plantadas em vasos, in�uenciam na escolha do tamanho destes. Plantas com raízes axiais exigem vasos mais profundos, enquanto que espécies de raízes fasciculadas devem ocupar vasos rasos e largos (NIEMEYER, 2019). Durante (2016, p. 124) dá mais algumas dicas quanto à escolha do vaso: vasos bojudos, de 50 x 50 cm, são bons para o desenvolvimento de plantas como a licuala. Vasos compridos e estreitos, de 1 x 0,40 m, �cam bem com plantas baixas e volumosas, como o pacová. Vasos esféricos e de boca estreita exigem plantas de tronco único e forma escultórica, como bambu-mossô. Os pequenos, de 40 x 40 cm, combinam com plantas menores, como antúrio e lírio-da-paz. Floreiras criam visuais lineares e delimitam espaços, funcionando como guarda-corpo. Opte por moreias e mini-ixoras nesses modelos. Já as bacias são utilizadas com plantas baixas, ervas, temperos e forrações. Na sala, �cam bem com plantas como a pata-de-elefante, que tem tronco pequeno e escultórico. Segundo Niemeyer (2019), aspectos morfológicos diferenciados podem contribuir como destaques no contexto do design. A seleção das espécies pode ser baseada nos princípios estéticos de composição: Contraste - estilo, tamanho dos vasos e morfologia das plantas são utilizados para provocar situações de contraste ou harmonia; Dominância - é possível trabalhar com espécies de diferentes portes, colocando-as em evidência no espaço ou acentuando a importância visual de outros elementos; Equilíbrio - morfologia, porte, coloração e tipo de vaso são elementos que atribuem pesos à decoração, podendo ser manejados de acordo com o objetivo a ser alcançado; Proporção - ambientes amplos ou de pé-direito alto estabelecem harmonia com plantas de copa irregular, espalhada ou com tronco inclinado, desde que de grande porte. Planta e vaso também devem ser proporcionais. Unidade - solitárias ou em conjunto, é necessário que a combinação �nal seja equilibrada e harmoniosa; Ritmo - o movimento pode ser trabalhado com plantas de diferentes alturas e texturas. Vasos agrupados e intercalados criam ritmo; Ênfase - diferenciação de porte, morfologia, coloração ou textura podem ser utilizadas para dar ênfase à planta em vaso. Floresta Urbana ou Indoor Jungle Tendência em decoração de interiores, a �oresta urbana, em inglês indoor jungle, vem da arquitetura escandinava e consiste na utilização de diferentes tipos de plantas na ornamentação dos ambientes (PESSOA, 2018). O conceito busca trazer o máximo de verde aos ambientes internos residenciais ou comerciais das grandes cidades. Para isso, abusa-se de plantas em vasos, suspensas ou não, dispostas sobre o mobiliário ou mesmo no chão. O importante é concentrar uma grande quantidade de vegetação no mesmo espaço! Para dar a sensação de “volume” de vegetação ao ambiente, plantas pendentes suspensas, como a samambaia, podem ser combinadas com arbustos ou palmeiras em vasos. Lembrando que é necessário observar os aspectos morfológicos e �siológicos das plantas durante a seleção das espécies para composição. praticarVamos Praticar O sucesso do plantio em vasos está condicionado ao preparo do substrato e à montagem das camadas. Deve-se tomar cuidado com a drenagem, evitando o acúmulo de água nos Figura 3.3 - Jardim interno projetado no conceito indoor jungle Fonte: tontectonix / Freepik. vasos. Assinalea alternativa que apresenta um material que pode ser utilizado para auxiliar na drenagem. a) Argila expandida. b) Vermiculita. c) Adubo mineral. d) Areia. e) Manta geotêxtil. Um projeto paisagístico é estruturado em várias etapas, desde a de�nição dos objetivos até a execução propriamente dita da obra. Vejamos a seguir quais são essas etapas e no que consistem. Elaboração A elaboração de um projeto paisagístico envolve fases preliminares de investigação das necessidades e das expectativas do cliente. O primeiro passo consiste na de�nição do objetivo para o qual o jardim será criado. É importante a correta descrição da �nalidade para o qual está sendo projetado e quais serão os usuários. Para selar a negociação entre as partes, de um lado, o contratante que deseja a elaboração de um projeto paisagístico e, do outro, o pro�ssional contratado, é elaborada uma minuta de contrato. A minuta de contrato nada mais é do que um rascunho inicial de um contrato, onde são expostas as negociações. No caso de uma minuta de contrato de serviços em paisagismo, deve �car claro quais são as obras que serão realizadas, prazos, pagamentos, possíveis rescisões, entre outros assuntos pertinentes. Os conselhos de classe pro�ssionais costumam deliberar modelos de contratos a serem utilizados na prestação de serviços. Após a celebração do contrato, iniciam-se os estudos preliminares, que consistem no levantamento do maior número de informações do espaço para o qual será Etapas de ProjetoEtapas de Projeto elaborado o projeto. É imprescindível que sejam mapeados os limites do terreno, o relevo e os elementos já existentes, como rede elétrica e de abastecimento de água, para viabilizar o planejamento. Entre as mais variadas características que podem ser investigadas quanto ao espaço em que a obra será alocada, têm-se: ● levantamento planialtimétrico e cadastral do espaço de intervenção, com um inventário de todos os elementos existentes (a�oramentos rochosos, cursos d’água, vegetação existente, curva de nível, forma das montanhas, edi�cações existentes e propostas etc.). Dependendo da escala envolvida, é necessário analisar sua �siologia topográ�ca com gradiente de declividade do terreno; ● particularidades da paisagem, tendo em vista os enquadramentos previstos; ● mapeamento das sombras, quando limitado por edi�cações circunvizinhas; ● restrições legais dos órgãos públicos; ● análise do solo em laboratório (granulométrica, fertilidade, pH) para �ns de reconhecimento do substrato e posterior plantio do componente vegetal; ● condições climáticas e zoológicas (no caso de intervenção em áreas naturais) como: temperatura média, regime de chuvas, direção dos ventos dominantes, nevoeiros, presença de fauna etc.; ● programa de necessidades (desejos e expectativas do cliente). Quando tratar de área pública, é necessária consulta à população residente, com o objetivo de levantar necessidade de equipamentos de esporte e lazer (quadras esportivas, playgrounds etc.); ● estudos de potencialidade do espaço e possíveis impactos ambientais envolvidos (NIEMEYER, 2019, p. 59-60). Após análise de todos os dados acerca do local e dos interesses do cliente, soluções de possíveis problemas e de�nições de intervenções, é possível elaborar o anteprojeto. Apresentação de Projetos A apresentação do que se pretende executar inicia-se com o anteprojeto, que consiste em uma apresentação prévia do projeto. Apesar de ser uma mostra preliminar, deve apresentar estimativas de custo e todos os elementos necessários (mobiliário, vegetação, drenagem, iluminação) para que possam ser realizados ajustes. Após aprovação do anteprojeto, dá-se continuidade ao projeto executivo. Essa fase exige representação grá�ca completa com exatidão de escala e é apresentada por meio de vistas tridimensionais, plantas baixas, planilhas e memoriais. O importante é que o cliente possa visualizar da melhor forma qual será o produto �nal. Os memoriais descritivo e botânico compõem o projeto executivo. O descritivo tem como objetivo detalhar todo o projeto para que seja executado. Contém identi�cação e objetivos, especi�cação dos materiais escolhidos (pavimentação, mobiliário, iluminação) com imagens para referência, além de recomendações quanto à execução e à manutenção do jardim. O memorial botânico busca descrever as espécies vegetais que serão implantadas. Constam nesse documento nomes populares e cientí�cos das espécies, imagens de referência, descrições morfológicas e �siológicas, técnicas de cultivo e recomendações quanto a pragas. praticarVamos Praticar “Identi�cação, justi�cativa e objetivo do design; razões estéticas, funcionais e ecológicas da vegetação empregada; croquis; normas de implantação, execução e manutenção do jardim; orçamento, observações e anexos, tais como levantamento planialtimétrico, cadastro de registro e/ou sanidade das mudas, cópias da ART”. PETRY, C. Paisagens e paisagismo: do apreciar ao fazer e usufruir. Passo Fundo, RS: Editora Universidade de Passo Fundo, 2014. p. 72. Assinale a alternativa correta que apresenta a etapa do projeto paisagístico que deve apresentar os itens descritos anteriormente. a) Minuta de contrato. b) Estudo preliminar. c) Anteprojeto. d) Orçamento. e) Projeto executivo. indicações Material Complementar LIVRO Minhas plantas: jardinagem para todos Carol Costa Editora: Paralela Comentário: Neste livro, a paisagista, jornalista e apresentadora Carol Costa apresenta, de forma descontraída e com linguagem de fácil entendimento, dicas de como cultivar e manter um jardim. Há capítulos dedicados à escolha das plantas, especi�cidades sobre suculentas e orquídeas, entre outros assuntos relacionados. A leitura é indicada para todos os tipos de público. FILME O Jardim Secreto Ano: 1993 Comentário: Após perder seus pais, a garota Mary Lennox muda-se para a mansão de seu tio. Na residência, encontra um jardim secreto. Mary também descobre que tem um primo doente e o leva para conhecer o jardim, milagrosamente, o garoto que não andava passa a caminhar. O �lme aborda dois assuntos vistos na unidade, as áreas ajardinadas e a acessibilidade. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer a seguir. TRA ILER conclusão Conclusão Você concluiu mais uma unidade e nela pôde observar os conhecimentos que estão em construção nesta disciplina, como se dá o processo de ensino-aprendizagem e as competências essenciais à prática pro�ssional. Com o estudo realizado até aqui, compreendeu a necessidade de seguir os parâmetros da norma NBR 9050 na elaboração e na execução do projeto para que ele seja considerado acessível. Mais um atrativo às obras que você será responsável por realizar. Ademais, considerações sobre o plantio em vasos lhe permitirão diversi�car os jardins que você projetará no futuro e a compreensão das etapas de um projeto paisagístico facilitará o desenvolvimento destes. referências Referências Bibliográ�cas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Acessibilidade a edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos: NBR 9050. 3. ed. 2015. Disponível em: https://www.mdh.gov.br/biblioteca/pessoa-com-de�ciencia/acessibilidade-a- edi�cacoes-mobiliario-espacos-e-equipamentos-urbanos/. Acesso em: 10 dez. 2019. BRASIL. Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com De�ciência (Estatuto da Pessoa com De�ciência). Diário O�cial da União, Brasília, DF, 7 jul. 2015. Seção 1, p. 2. COSTA, C. Minhas plantas: jardinagem para todos. Rio de Janeiro: Paralela, 2017. https://www.mdh.gov.br/biblioteca/pessoa-com-deficiencia/acessibilidade-a-edificacoes-mobiliario-espacos-e-equipamentos-urbanos/ DURANTE, S. Manual de Jardinagem. Casa e Jardim, São Paulo, 2016. p. 118-127. FLORIO, W. Análise do processo de projeto sobre a teoria cognitiva: sete di�culdades no atelier. Arquiteturarevista, São Leopoldo, v. 7, n. 2, p. 161-171, 2011. FORTES, A. Fotos coloridas. In: NEAIME, L. Os segredosdo plantio em vasos. Revista Natureza, São Paulo, 2017. Disponível em: https://revistanatureza.com.br/os- segredos-do-plantio-em-vasos/. Acesso em: 13 dez. 2019. NEAIME, L. Os segredos do plantio em vasos. Revista Natureza, São Paulo, 2017. Disponível em: https://revistanatureza.com.br/os-segredos-do-plantio-em-vasos/. Acesso em: 13 dez. 2019. NIEMEYER, C. A. C. Paisagismo no planejamento arquitetônico. 3. ed. Uberlândia, MG: EDUFU, 2019. PESSOA, D. Urban jungle (ou selva urbana) é tendência na decoração. Veja Rio, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://vejario.abril.com.br/cidades/urban-jungle-ou- selva-urbana-e-tendencia-na-decoracao/. Acesso em: 13 dez. 2019. PETRY, C. Paisagens e paisagismo: do apreciar ao fazer e usufruir. Passo Fundo, RS: Editora Universidade de Passo Fundo, 2014. SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Plantas ornamentais: jardinagem. Brasília: SENAR, 2017. https://revistanatureza.com.br/os-segredos-do-plantio-em-vasos/ https://revistanatureza.com.br/os-segredos-do-plantio-em-vasos/ https://vejario.abril.com.br/cidades/urban-jungle-ou-selva-urbana-e-tendencia-na-decoracao/
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