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APOSTILA JARDINISMO UNID 3

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JARDINISMO DE INTERIORESJARDINISMO DE INTERIORES
CONHECIMENTOS ECONHECIMENTOS E
DIRETRIZES APLICADOS AODIRETRIZES APLICADOS AO
JARDINISMOJARDINISMO
Autor: Dra. Tamara Zamadei
Revisor : Fernanda Delmutte de Andrade
IN IC IAR
introduçãoIntrodução
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) a mais uma unidade!
Desde a elaboração do projeto de jardim até a execução, você, como futuro
pro�ssional, terá contato com diferentes indivíduos. É importante que compreenda
como agir de forma pro�ssional no entendimento das necessidades do cliente, bem
como na relação com a equipe de projeto. O conteúdo inicial versa sobre esse tema.
No decorrer da unidade, é abordada a ABNT NBR 9050, norma que estabelece
parâmetros sobre acessibilidade em edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos. Também são trazidas informações e dicas sobre plantio em vasos: cuidados,
escolha de espécies, composição. E uma nova tendência no jardinismo: a �oresta
urbana, ou indoor jungle.
Por �m, no fechamento da unidade, são vistas as etapas de um projeto paisagístico.
Bons estudos!
Ler, ouvir e colocar em prática: o processo de ensino-aprendizagem se dá por meio
dessas ações. No jardinismo de interiores, não é diferente. Após reter todo o
conhecimento aqui disponibilizado, é importante que você coloque em prática o que
foi aprendido e aprimore as competências inerentes.
Cognição
Florio (2011, p. 162) a�rma que “em arquitetura não há uma única solução para o
mesmo problema [...], os problemas que cada arquiteto identi�ca a partir das
mesmas condicionantes e restrições impostas pelo contexto implicam diferentes
possibilidades”. Portanto, o processo de construção do conhecimento se dá de
diferentes formas.
A aquisição do conhecimento em ciências que transpõem a teoria exige a
experimentação. Faz-se necessário colocar em prática o que foi aprendido para que
haja �xação e aprimoramento.
Para Florio (2011), é necessário que os estudantes transformem os “conhecimentos
implícitos” em “explícitos”. Nessa área de estudo, é preciso que toda a problemática
de um projeto seja observada e resolvida, é necessário analisar o todo, e não
somente as partes. É na prática que podemos identi�car potencialidades e
fragilidades. Além da necessidade de aplicar a teoria aos problemas práticos,
Conhecimentos emConhecimentos em
ConstruçãoConstrução
devemos desenvolver algumas competências pro�ssionais. Vejamos abaixo as
principais.
Competências
Algumas competências são essenciais ao pro�ssional que trabalha com jardinismo,
entre elas estão as habilidades de comunicação e expressão e o trabalho em  equipe.
As habilidades de comunicação e expressão são necessárias no mercado de trabalho
para que haja bons resultados em projetos. Entender as necessidades do cliente e
fazer-se entender é crucial nos processos de elaboração e execução de obras.
Como o jardinismo é uma área interdisciplinar, que abrange vários especialistas de
diferentes formações desde a elaboração até a execução do projeto, saber trabalhar
em equipe é imprescindível. Isso pode parecer fácil, mas nem sempre é.
O trabalho em equipe exige gerenciamento de con�itos, clareza nos acordos de
negócio, respeito, con�ança. Na elaboração e na execução da obra, têm-se vários
pro�ssionais trabalhando em diferentes partes, mas de forma a somar e
complementar o todo, portanto, com um mesmo objetivo �nal.
Dessa forma, é interessante que você, aluno, possa ter esse tipo de experiência já
durante a sua formação. Elaboração e apresentação de projetos em equipe durante
as aulas favorecem a vivência na prática de situações que você encontrará no futuro.
praticarVamos Praticar
Competências se referem às qualidades que um indivíduo deve apresentar para realizar
determinada atividade ou função. Assinale abaixo a alternativa que apresenta uma
competência relacionada à interdisciplinaridade característica do jardinismo.
a) Atitudes de inovação.
b) Trabalho em equipe.
c) Motivação.
d) Pensamento crítico.
e) Criatividade.
A elaboração de projetos paisagísticos deve seguir parâmetros ditados pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas para assegurar que a obra detenha
características desejáveis, entre elas, qualidade, segurança e respeito ambiental
(ABNT, s.d.). Entre as normas a serem seguidas durante a elaboração e a
implementação de um jardim, está a NBR 9050 – Acessibilidade a edi�cações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Vejamos a seguir interfaces e diretrizes.
Interfaces
Editada pela primeira vez em 1994, a Norma Brasileira NBR 9050 foi elaborada com
vistas a assegurar a acessibilidade de pessoas portadoras de de�ciência ou com
mobilidade reduzida – em caráter temporário ou permanente, a edi�cações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Conforme de�nido no artigo 3º, inciso
IX, da Lei Federal n. 13.146, de 6 de julho de 2015, entende-se por pessoa com
mobilidade reduzida:
aquela que tenha, por qualquer motivo, di�culdade de movimentação,
permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da
�exibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso,
gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso (BRASIL, 2015, p.
1).
NBR 9050NBR 9050
Em vista disso, construções novas devem ser planejadas e as já existentes, adaptadas
para que esses cidadãos possam ter livre acesso e usufruir de todas as suas
funcionalidades de forma autônoma, tanto em locais públicos quanto privados.  
Faz-se necessário re�etir acerca dos usuários a que se destinam as áreas ajardinadas.
No caso de jardins públicos, os cuidados devem ser redobrados, pois estão acessíveis
a toda a população. Já na hipótese de um jardim particular de propriedade privada, as
adequações podem ser pontuais para atender às necessidades dos usuários.
Portanto, como as �nalidades e as composições dos jardins são diversas, nem todos
os parâmetros técnicos são aplicáveis, mas, dentro do que é possível e necessário,
deve-se segui-los para que o projeto possa ser considerado acessível.
Diretrizes
A NBR 9050 “estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto
ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de
edi�cações às condições de acessibilidade” (ABNT, 2015, p. 1). A norma lista
dimensões referenciais baseadas em parâmetros antropométricos de pessoas com
de�ciência ou mobilidade reduzida, em pé ou fazendo uso de cadeira de rodas. Tais
proporções devem ser levadas em conta no planejamento de espaços, para o
deslocamento; a transposição de obstáculos; manobras; áreas de aproximação,
alcance e transferência.
Aplicando-se esses parâmetros ao jardinismo de interiores, é necessário que os
caminhos sejam cuidadosamente planejados, possibilitando liberdade de locomoção.
Deve-se observar a disposição dos elementos arquitetônicos e das plantas.
A norma também traz as simbologias a serem utilizadas para indicar a acessibilidade.
Além da sinalização visual, a tátil e a sonora também são indispensáveis no caso de
jardins acessíveis a pessoas com de�ciência visual e/ou auditiva.
Algumas regras são �xas aos acessos e à circulação, entre elas: pisos devem ter
superfície regular, serem �rmes, estáveis e antiderrapantes, com pouca inclinação;
deve-se evitar o uso de grelhas e juntas de dilatação no espaço destinado à
circulação. Rampas e corrimãos têm dimensões e posições previamente
estabelecidas.
Figura 3.1 - Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé conforme a
ABNT NBR 9050
Fonte: ABNT (2004, p. 5).
O planejamento das composições vegetais e a disposição dos demais elementos de
projeto também devem seguir critérios especí�cos:
9.10.1 Os elementos da vegetação tais como ramos pendentes, plantas
entouceiradas, galhos de arbustos e de árvores não devem interferir com
a faixa livre de circulação.
9.10.2 Muretas, orlas, grades ou desníveis no entorno da vegetação não
devem interferir na faixa livre de circulação.
9.10.3 Nas áreas adjacentes à rota acessível não são recomendadasplantas dotadas de espinhos; produtoras de substâncias tóxicas; invasivas
com manutenção constante; que desprendam muitas folhas, �ores, frutos
ou substâncias que tornem o piso escorregadio; cujas raízes possam
dani�car o pavimento.
9.10.4 O dimensionamento e o espaçamento entre os vãos das grelhas de
proteção das raízes das árvores devem atender a 6.1.5:
[...]
6.1.5 Grelhas e juntas de dilatação
As grelhas e juntas de dilatação devem estar preferencialmente fora do
�uxo principal de circulação. Quando instaladas transversalmente em
rotas acessíveis, os vãos resultantes devem ter, no sentido transversal ao
movimento, dimensão máxima de 15 mm (ABNT, 2015, p. 40, 97).
Seguindo à risca o que estabelece a NBR 9050, evitam-se acidentes e possibilita-se o
uso igualitário do jardim entre todos os seus possíveis usuários.
praticarVamos Praticar
A NBR 9050 estabelece parâmetros de acessibilidade. Entre as previsões, estão dimensões
referenciais ao planejamento de espaços para deslocamento de pessoas em pé e utilizando
cadeiras de rodas. Além das especi�cações para construção civil, essa norma também
estabelece critérios de adequação a quais itens? Assinale a alternativa correta.
a) Mercado de trabalho.
b) Softwares e tecnologia.
c) Ensino.
d) Mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
e) Cultura e arte.
Com a população crescendo em ritmo acelerado nas cidades, a tendência é a
verticalização urbana, com imóveis possuindo cada vez menos espaços abertos. De
fácil plantio e cuidadas, plantas em vasos podem ser cultivadas no interior dessas
residências ou áreas comerciais, incorporando a natureza em ambientes construídos.
Plantas em vasos possuem caráter decorativo, propiciando sensações de equilíbrio e
serenidade. Também podem ser utilizadas de forma funcional, como para separar
ambientes contíguos. Não há local especí�co para dispô-los nos ambientes, sejam
externos ou internos, devendo ser indicados no projeto e/ou justi�cados no memorial
(NIEMEYER, 2019).
Plantio e Cuidados
Um dos segredos para o sucesso do plantio em vasos é o uso do substrato correto.
No mercado podem ser encontradas várias fórmulas comerciais prontas para as mais
diferentes espécies. Além disso, é possível montar o substrato conforme desejado.
Os substratos podem ser classi�cados em (SENAR, 2017):
naturais: advindos diretamente da natureza (turfa, serapilheira, areia);
sintéticos: materiais industrializados como isopor e espuma fenólica;
minerais: elementos minerais naturais, como a vermiculita e a argila
expandida;
VasosVasos
orgânicos: elementos orgânicos como �bra de coco, casca de arroz, pinus e
serragem.
Lembra-se do conteúdo visto no capítulo de infraestrutura? A drenagem é um dos
pontos principais que devem ser observados durante a montagem das camadas de
substrato.
O acabamento dos vasos pode ser realizado com diversos materiais, entre eles: argila
expandida, casca de pinus, seixos, lascas e palhas. A cobertura morta, além de servir
como decoração, ajuda no controle da umidade e da temperatura do solo.
Agora que você já sabe como realizar o plantio em vasos, é bom tomar alguns
cuidados (DURANTE, 2016):
A quantidade de regas deve ser realizada em função da espécie e das
condições climáticas. Lembre-se: as plantas são mais resistentes à falta de
água do que ao excesso;
Plantas expostas a ventania constante devem ser regadas e adubadas com
maior frequência;
1)
cobrir o furo no fundo do vaso com um
pedaço de telha, permitindo assim a
passagem de água sem que a abertura seja
obstruída com o tempo;
Frutíferas plantadas em vaso devem ser regadas com maior frequência em
comparação ao plantio direto na terra;
Os melhores horários para cuidar das plantas são de manhã e no �nal da
tarde quando os estômatos (estruturas responsáveis pela entrada e pela
saída de ar e água) estão abertos;
Um dos erros mais comuns do plantio em vasos é utilizar um recipiente
menor do que a planta realmente necessita, tome cuidado na hora da
escolha.
Seleção de Espécies
Na escolha das espécies vegetais que irão compor o jardim em ambientes internos,
deve-se seguir as condições de luminosidade do local. Como visto nos capítulos
anteriores, as plantas possuem diferentes tolerâncias à luz, e isso deve ser priorizado
na seleção e na disposição dos vasos em ambientes externos e internos.
Como a escolha baseada na luminosidade já foi vista anteriormente, neste
subcapítulo iremos nos basear em outras questões inerentes, como a morfologia das
plantas e a estética dos ambientes.
Com relação às características morfológicas, a con�guração e o tamanho das raízes,
além de determinar as espécies que podem ou não ser plantadas em vasos,
in�uenciam na escolha do tamanho destes. Plantas com raízes axiais exigem vasos
mais profundos, enquanto que espécies de raízes fasciculadas devem ocupar vasos
rasos e largos (NIEMEYER, 2019).
Durante (2016, p. 124) dá mais algumas dicas quanto à escolha do vaso: vasos
bojudos, de 50 x 50 cm, são bons para o desenvolvimento de plantas como a licuala.
Vasos compridos e estreitos, de 1 x 0,40 m, �cam bem com plantas baixas e
volumosas, como o pacová. Vasos esféricos e de boca estreita exigem plantas de
tronco único e forma escultórica, como bambu-mossô. Os pequenos, de 40 x 40 cm,
combinam com plantas menores, como antúrio e lírio-da-paz. Floreiras criam visuais
lineares e delimitam espaços, funcionando como guarda-corpo. Opte por moreias e
mini-ixoras nesses modelos. Já as bacias são utilizadas com plantas baixas, ervas,
temperos e forrações. Na sala, �cam bem com plantas como a pata-de-elefante, que
tem tronco pequeno e escultórico.
Segundo Niemeyer (2019), aspectos morfológicos diferenciados podem contribuir
como destaques no contexto do design. A seleção das espécies pode ser baseada nos
princípios estéticos de composição:
Contraste - estilo, tamanho dos vasos e morfologia das plantas são utilizados
para provocar situações de contraste ou harmonia;
Dominância - é possível trabalhar com espécies de diferentes portes,
colocando-as em evidência no espaço ou acentuando a importância visual de
outros elementos;
Equilíbrio - morfologia, porte, coloração e tipo de vaso são elementos que
atribuem pesos à decoração, podendo ser manejados de acordo com o
objetivo a ser alcançado;
Proporção - ambientes amplos ou de pé-direito alto estabelecem harmonia
com plantas de copa irregular, espalhada ou com tronco inclinado, desde
que de grande porte. Planta e vaso também devem ser proporcionais.
Unidade - solitárias ou em conjunto, é necessário que a combinação �nal
seja equilibrada e harmoniosa;
Ritmo - o movimento pode ser trabalhado com plantas de diferentes alturas
e texturas. Vasos agrupados e intercalados criam ritmo;
Ênfase - diferenciação de porte, morfologia, coloração ou textura podem ser
utilizadas para dar ênfase à planta em vaso.
Floresta Urbana ou Indoor Jungle
Tendência em decoração de interiores, a �oresta urbana, em inglês indoor jungle, vem
da arquitetura escandinava e consiste na utilização de diferentes tipos de plantas na
ornamentação dos ambientes (PESSOA, 2018). O conceito busca trazer o máximo de
verde aos ambientes internos residenciais ou comerciais das grandes cidades. Para
isso, abusa-se de plantas em vasos, suspensas ou não, dispostas sobre o mobiliário
ou mesmo no chão. O importante é concentrar uma grande quantidade de vegetação
no mesmo espaço!
Para dar a sensação de “volume” de vegetação ao ambiente, plantas pendentes
suspensas, como a samambaia, podem ser combinadas com arbustos ou palmeiras
em vasos. Lembrando que é necessário observar os aspectos morfológicos e
�siológicos das plantas durante a seleção das espécies para composição.
praticarVamos Praticar
O sucesso do plantio em vasos está condicionado ao preparo do substrato e à montagem
das camadas. Deve-se tomar cuidado com a drenagem, evitando o acúmulo de água nos
Figura 3.3 - Jardim interno projetado no conceito indoor jungle
Fonte: tontectonix / Freepik.
vasos. Assinalea alternativa que apresenta um material que pode ser utilizado para auxiliar
na drenagem.
a) Argila expandida.
b) Vermiculita.
c) Adubo mineral.
d) Areia.
e) Manta geotêxtil.
Um projeto paisagístico é estruturado em várias etapas, desde a de�nição dos
objetivos até a execução propriamente dita da obra. Vejamos a seguir quais são essas
etapas e no que consistem.
Elaboração
A elaboração de um projeto paisagístico envolve fases preliminares de investigação
das necessidades e das expectativas do cliente. O primeiro passo consiste na
de�nição do objetivo para o qual o jardim será criado. É importante a correta
descrição da �nalidade para o qual está sendo projetado e quais serão os usuários.
Para selar a negociação entre as partes, de um lado, o contratante que deseja a
elaboração de um projeto paisagístico e, do outro, o pro�ssional contratado, é
elaborada uma minuta de contrato. A minuta de contrato nada mais é do que um
rascunho inicial de um contrato, onde são expostas as negociações.
No caso de uma minuta de contrato de serviços em paisagismo, deve �car claro quais
são as obras que serão realizadas, prazos, pagamentos, possíveis rescisões, entre
outros assuntos pertinentes. Os conselhos de classe pro�ssionais costumam
deliberar modelos de contratos a serem utilizados na prestação de serviços.
Após a celebração do contrato, iniciam-se os estudos preliminares, que consistem no
levantamento do maior número de informações do espaço para o qual será
Etapas de ProjetoEtapas de Projeto
elaborado o projeto. É imprescindível que sejam mapeados os limites do terreno, o
relevo e os elementos já existentes, como rede elétrica e de abastecimento de água,
para viabilizar o planejamento.
Entre as mais variadas características que podem ser investigadas quanto ao espaço
em que a obra será alocada, têm-se:
● levantamento planialtimétrico e cadastral do espaço de intervenção,
com um inventário de todos os elementos existentes (a�oramentos
rochosos, cursos d’água, vegetação existente, curva de nível, forma das
montanhas, edi�cações existentes e propostas etc.). Dependendo da
escala envolvida, é necessário analisar sua �siologia topográ�ca com
gradiente de declividade do terreno; 
● particularidades da paisagem, tendo em vista os enquadramentos
previstos;
● mapeamento das sombras, quando limitado por edi�cações
circunvizinhas;
● restrições legais dos órgãos públicos;
● análise do solo em laboratório (granulométrica, fertilidade, pH) para �ns
de reconhecimento do substrato e posterior plantio do componente
vegetal;
● condições climáticas e zoológicas (no caso de intervenção em áreas
naturais) como: temperatura média, regime de chuvas, direção dos ventos
dominantes, nevoeiros, presença de fauna etc.;
● programa de necessidades (desejos e expectativas do cliente). Quando
tratar de área pública, é necessária consulta à população residente, com o
objetivo de levantar necessidade de equipamentos de esporte e lazer
(quadras esportivas, playgrounds etc.); 
● estudos de potencialidade do espaço e possíveis impactos ambientais
envolvidos (NIEMEYER, 2019, p. 59-60).
Após análise de todos os dados acerca do local e dos interesses do cliente, soluções
de possíveis problemas e de�nições de intervenções, é possível elaborar o
anteprojeto.
Apresentação de Projetos
A apresentação do que se pretende executar inicia-se com o anteprojeto, que
consiste em uma apresentação prévia do projeto. Apesar de ser uma mostra
preliminar, deve apresentar estimativas de custo e todos os elementos necessários
(mobiliário, vegetação, drenagem, iluminação) para que possam ser realizados
ajustes.
Após aprovação do anteprojeto, dá-se continuidade ao projeto executivo. Essa fase
exige representação grá�ca completa com exatidão de escala e é apresentada por
meio de vistas tridimensionais, plantas baixas, planilhas e memoriais. O importante é
que o cliente possa visualizar da melhor forma qual será o produto �nal.
Os memoriais descritivo e botânico compõem o projeto executivo. O descritivo tem
como objetivo detalhar todo o projeto para que seja executado. Contém identi�cação
e objetivos, especi�cação dos materiais escolhidos (pavimentação, mobiliário,
iluminação) com imagens para referência, além de recomendações quanto à
execução e à manutenção do jardim.
O memorial botânico busca descrever as espécies vegetais que serão implantadas.
Constam nesse documento nomes populares e cientí�cos das espécies, imagens de
referência, descrições morfológicas e �siológicas, técnicas de cultivo e
recomendações quanto a pragas.
praticarVamos Praticar
“Identi�cação, justi�cativa e objetivo do design; razões estéticas, funcionais e ecológicas da
vegetação empregada; croquis; normas de implantação, execução e manutenção do jardim;
orçamento, observações e anexos, tais como levantamento planialtimétrico, cadastro de
registro e/ou sanidade das mudas, cópias da ART”.
PETRY, C. Paisagens e paisagismo: do apreciar ao fazer e usufruir. Passo Fundo, RS: Editora
Universidade de Passo Fundo, 2014. p. 72.
Assinale a alternativa correta que apresenta a etapa do projeto paisagístico que deve
apresentar os itens descritos anteriormente.
a) Minuta de contrato.
b) Estudo preliminar.
c) Anteprojeto.
d) Orçamento.
e) Projeto executivo.
indicações
Material
Complementar
LIVRO
Minhas plantas: jardinagem para todos
Carol Costa
Editora: Paralela
Comentário: Neste livro, a paisagista, jornalista e
apresentadora Carol Costa apresenta, de forma descontraída
e com linguagem de fácil entendimento, dicas de como
cultivar e manter um jardim. Há capítulos dedicados à
escolha das plantas, especi�cidades sobre suculentas e
orquídeas, entre outros assuntos relacionados. A leitura é
indicada para todos os tipos de público.
FILME
O Jardim Secreto
Ano: 1993
Comentário: Após perder seus pais, a garota Mary Lennox
muda-se para a mansão de seu tio. Na residência, encontra
um jardim secreto. Mary também descobre que tem um
primo doente e o leva para conhecer o jardim,
milagrosamente, o garoto que não andava passa a caminhar.
O �lme aborda dois assuntos vistos na unidade, as áreas
ajardinadas e a acessibilidade.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer a seguir.
TRA ILER
conclusão
Conclusão
Você concluiu mais uma unidade e nela pôde observar os conhecimentos que estão
em construção nesta disciplina, como se dá o processo de ensino-aprendizagem e as
competências essenciais à prática pro�ssional. Com o estudo realizado até aqui,
compreendeu a necessidade de seguir os parâmetros da norma NBR 9050 na
elaboração e na execução do projeto para que ele seja considerado acessível. Mais
um atrativo às obras que você será responsável por realizar.
Ademais, considerações sobre o plantio em vasos lhe permitirão diversi�car os jardins
que você projetará no futuro e a compreensão das etapas de um projeto paisagístico
facilitará o desenvolvimento destes.
referências
Referências
Bibliográ�cas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Acessibilidade a edi�cações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos: NBR 9050. 3. ed. 2015. Disponível
em: https://www.mdh.gov.br/biblioteca/pessoa-com-de�ciencia/acessibilidade-a-
edi�cacoes-mobiliario-espacos-e-equipamentos-urbanos/. Acesso em: 10 dez. 2019.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com De�ciência (Estatuto da Pessoa com De�ciência). Diário O�cial da União,
Brasília, DF, 7 jul. 2015. Seção 1, p. 2.
COSTA, C. Minhas plantas: jardinagem para todos. Rio de Janeiro: Paralela, 2017.
https://www.mdh.gov.br/biblioteca/pessoa-com-deficiencia/acessibilidade-a-edificacoes-mobiliario-espacos-e-equipamentos-urbanos/
DURANTE, S. Manual de Jardinagem. Casa e Jardim, São Paulo, 2016. p. 118-127.
FLORIO, W. Análise do processo de projeto sobre a teoria cognitiva: sete di�culdades
no atelier. Arquiteturarevista, São Leopoldo, v. 7, n. 2, p. 161-171, 2011.
FORTES, A. Fotos coloridas. In: NEAIME, L. Os segredosdo plantio em vasos. Revista
Natureza, São Paulo, 2017. Disponível em: https://revistanatureza.com.br/os-
segredos-do-plantio-em-vasos/. Acesso em: 13 dez. 2019.
NEAIME, L. Os segredos do plantio em vasos. Revista Natureza, São Paulo, 2017.
Disponível em: https://revistanatureza.com.br/os-segredos-do-plantio-em-vasos/.
Acesso em: 13 dez. 2019.
NIEMEYER, C. A. C. Paisagismo no planejamento arquitetônico. 3. ed. Uberlândia,
MG: EDUFU, 2019.
PESSOA, D. Urban jungle (ou selva urbana) é tendência na decoração. Veja Rio, Rio de
Janeiro, 2018. Disponível em: https://vejario.abril.com.br/cidades/urban-jungle-ou-
selva-urbana-e-tendencia-na-decoracao/. Acesso em: 13 dez. 2019.
PETRY, C. Paisagens e paisagismo: do apreciar ao fazer e usufruir. Passo Fundo, RS:
Editora Universidade de Passo Fundo, 2014.
SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Plantas ornamentais: jardinagem.
Brasília: SENAR, 2017.
https://revistanatureza.com.br/os-segredos-do-plantio-em-vasos/
https://revistanatureza.com.br/os-segredos-do-plantio-em-vasos/
https://vejario.abril.com.br/cidades/urban-jungle-ou-selva-urbana-e-tendencia-na-decoracao/

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