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Projeto de Paisagismo Residencial (Ead) 3º Semestre/21 UNIDADE I- INTRODUÇÃO AO PAISAGISMO • Introdução; • O Paisagismo e o Paisagista; • Etapas de Trabalho; • Onde Encontramos o Paisagismo. ➢ OBJETIVOS DE APRENDIZADO: Entender a definição do Paisagismo como técnica de planejar e organizar espaços a partir de conhecimentos técnicos de vegetações, estilos, elementos paisagísticos, entre outros; Aprender quais são as responsabilidades do paisagista e sua relação com os demais profissionais envolvidos nos projetos. Introdução Eu detesto essa ideia de que o paisagista só deva conhecer plantas. Ele tem que saber o que é um Piero de la Francesca, mas também compreender o que é um Miró, um Michelangelo, um Picasso, um Braque, um Léger, um Karl Hofer, um Renoir, um Delaunay. Digamos que isto sim, o que eu acho muito importante na vida é não se circunscrever a uma coisa só. Mas eu também gosto de poesia, de música, como de uma sinfonia de Bella Bartok. Eu quero dizer que a vida é a gente saber observar, absorver e, possivelmente, uma coisa que talvez tenha me ajudado muito é que eu nunca perdi a curiosidade pelas coisas. Com a idade que eu tenho sempre tem uma coisa nova, é uma cor, uma coisa que me induz a ver. (MARX, 1992) Fonte: https://bit.ly/30mZUrH Durante o conteúdo da disciplina, veremos a importância do paisagismo para a Arquitetura e Urbanismo, com foco no Projeto de Paisagismo Residencial. No entanto, devemos observar a presença do paisagismo em todos os lugares que frequentamos, como nossa casa, trabalho, ruas, praças e parques. A interação do Homem com a Natureza sempre esteve presente na história da civilização e mostra-se cada vez mais necessária na vida cotidiana. A rotina atribulada e cidades cada vez mais adensadas fazem com que as pessoas busquem na proximidade com a natureza um refúgio, e a busca pela presença do paisagismo residencial, em seus diversos ambientes, vem contribuindo para a necessidade de projetos cada vez mais dinâmicos e funcionais. Nesta Unidade, veremos o que é o Paisagismo, quem é o profissional que trabalha nos projetos, suas responsabilidades e atuações e as etapas de trabalho de um projeto de Paisagismo. Assista aos vídeos sugeridos e aproveite para dar um passeio no Paisagismo Brasileiro. Leia com atenção os itens desenvolvidos na unidade e bons estudos! O Paisagismo e o Paisagista “O paisagismo é uma especialidade da arquitetura e pode ser definido como a arte e técnica de promover o projeto, planejamento, gestão e preservação de espaços livres” (QUEIROZ, 2013, p. 1). Paisagismo é a arte de planejar a paisagem, proporcionando melhoria na qualidade de vida do homem e da sociedade, através da composição de arte e ciência, capaz de permitir a integração do homem com a natureza, seja na escala dos projetos individuais, seja na escala urbana. Além disso, o Paisagismo é aplicado a espaços externos e internos, como, por exemplo, em terrenos urbanos, residências, ruas, praças, parques, escolas, conjuntos habitacionais, estradas, áreas degradadas (represas, pedreiras, áreas de mineração etc.). Presente nas atribuições legais da formação e atuação profissional do Arquiteto e Urbanista, a Arquitetura Paisagística está na Resolução nº. 2, de 17 de junho de 2010, a partir da seguinte definição: III – da Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos, livres e abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial. https://bit.ly/30mZUrH Portanto, a elaboração e desenvolvimento dos projetos de paisagismo devem estar presentes desde a formação acadêmica. Para tanto, o conhecimento das diferentes áreas da ciência que envolvem o paisagismo, o olhar atento às necessidades de interação do homem com a natureza, a compreensão do objeto de estudo e outras questões que são abordadas no projeto de Paisagismo devem fazer parte da formação do arquiteto urbanista. Portanto, a elaboração e desenvolvimento dos projetos de paisagismo devem estar presentes desde a formação acadêmica. Para tanto, o conhecimento das diferentes áreas da ciência que envolvem o paisagismo, o olhar atento às necessidades de interação do homem com a natureza, a compreensão do objeto de estudo e outras questões que são abordadas no projeto de Paisagismo devem fazer parte da formação do arquiteto urbanista. Ainda destacando o conhecimento técnico, na Resolução nº. 2, de 17 de junho de 2010, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo, a disciplina de Paisagismo aparece em diversos artigos e incisos, como parte integrante da formação do profissional. Resolução n.º 2 das diretrizes curriculares, disponível em: https://bit.ly/2MQF8Oh Lei nº. 12.378, de 31 de dezembro de 2010, disponível em: https://bit.ly/3bMqy3Z Na próxima unidade, veremos que a origem da profissão de paisagista se destaca em diferentes períodos da história, desde as culturas antigas, como Pérsia e Egito, até o período contemporâneo. Atualmente, as atribuições do Paisagista estão incluídas na formação e responsabilidades do profissional de Arquitetura e Urbanismo. Ainda segundo as legislações e a prática da profissão, cabe ao arquiteto urbanista, e aqui destacando-se o papel do paisagista, a responsabilidade pelo Projeto, Gestão e Execução do trabalho. No artigo “O que o arquiteto e urbanista pode fazer (segundo legislação)”, de Romullo Baratto, o autor resume algumas das principais atribuições dos profissionais. No caso do paisagismo, destaque para Projeto, Execução e Gestão. Além de outras atribuições, como Assessoria, Consultoria, Assistência Técnica, Vistoria, Mensuração, Laudo, Parecer e outras. Portanto, o projeto de paisagismo deve ser analisado e pensado como um elemento integrador, entre arquitetura, urbanismo, arte, paisagem, enfim, importante elemento de composição de projeto. A profissão de paisagista assume importância cada vez maior em nossos dias. A evidência disso é o crescente número de escolas e cursos atuando na área, bem como a efetiva participação dos profissionais em equipes de projetos no âmbito urbano, municipal e mesmo regional, nas rodovias, em áreas de preservação, em renovação urbana, preservação de patrimônio histórico, entre outros. (BURLE MARX in FIASCHI, 1978, p. 3) O paisagista é um profissional cada vez mais valorizado, diferentemente de alguns anos atrás, em que era visto somente como um jardineiro. Ele é responsável pelo estudo e planejamento dos espaços, pelo desenho do projeto (à mão livre ou no computador) e pelo gerenciamento da implantação e manutenção do mesmo. https://bit.ly/2MQF8Oh https://bit.ly/3bMqy3Z O profissional que trabalha com paisagismo deverá não apenas utilizar seus conhecimentos científicos relacionados à vegetação e elementos de composição no ambiente físico a ser construído, como também deve conhecer outras áreas correlatas ao paisagismo. Ainda seguindo o conceito de aplicação de diferentes áreas de conhecimento, podemos observar o trabalho da Professora Soeni Bellé, que descreve algumas das áreas correlatas de ciência. O paisagismo é uma atividade interdisciplinar, envolvendo conhecimentos de Botânica, Horticultura, Arquitetura, Solos, Climatologia, entre outras ciências básicas e aplicadas. O profissional deve apresentar os seguintes conhecimentos e competências: • Sobre vegetação (fenologia, exigências climáticas e de solo, origem); • Compreensão dos elementos que compõem a paisagem natural (relevo, solo, clima, vegetação); • Conhecimentos sobre elementos arquitetônicos e equipamentos urbanos; • Sensibilidade, criatividade e prática profissional interdisciplinar; • Valorização da identidade sociocultural de uma comunidade, com resgate de aspectos históricos (BELLÉ, 2013). Fenologia: ciência que se dedica ao estudo dos fenômenose/ou relações entre os processos ou ciclos biológicos e o clima. Especialidade da botânica que estuda o desenvolvimento das plantas. O jardim deve ser um lugar de contemplação, aconchegante, agradável esteticamente, onde as pessoas e a natureza convivam em harmonia. A integração do Paisagismo com a arquitetura é fundamental também em um projeto; por isso, quando temos diferentes profissionais desenvolvendo o projeto paisagístico e o arquitetônico, a integração deve acontecer desde o princípio da elaboração e obra. Etapas de Trabalho Paisagista, ou arquiteto paisagista, é o profissional que trabalha com o desenvolvimento, gestão e manutenção de projetos, design em espaços naturais e urbanos, visando à harmonia entre o meio ambiente e espaço das cidades. Ou seja, essa profissional projeta jardins públicos ou privados, praças, parques, áreas comuns em edifícios, zoológicos, canteiros, espaços de lazer e recreação e de monumentos históricos, sítios, entre outros, sempre com o objetivo de interligar a preservação do meio ambiente natural e construído com a estética do design. O profissional também pode participar de projetos multidisciplinares de recuperação de áreas devastadas, trabalhando em conjunto com profissionais de diversas áreas. Fonte: https://bit.ly/3qmlo2D O Paisagista irá trabalhar com projetos tanto em áreas abertas, como fechadas e deverá atuar com equipes multidisciplinares. Para viabilizar um projeto de Paisagismo, são necessárias três etapas: projeto, implantação e manutenção. Por exemplo, se uma pessoa quer fazer o paisagismo de uma área de lazer nos fundos de uma residência, o primeiro passo é fazer o projeto. Projeto O paisagista, juntamente com o cliente e o arquiteto, pode definir a posição e o layout da piscina, da churrasqueira, de um espaço mais íntimo. Pode definir os tipos de piso mais adequados, os elementos funcionais para dar privacidade ao solário da piscina, as massas de vegetação para tornar o espaço mais aconchegante e os elementos estéticos e plantas que irão dar beleza ao jardim. Nas figuras a seguir, podemos observar diferentes elementos aplicados aos projetos. A definição dos espaços elaborados a partir de desenhos de pisos, elementos com água, aplicação de tipos de vegetação variadas, mobiliários, diferentes texturas, enfim, elementos de composição que, projetados em conjunto, compõem o projeto de paisagismo. Na imagem a seguir, podemos observar o projeto de Daniel Nunes, onde a piscina foi elemento central e a área de descanso ganha destaque a partir do mobiliário diferenciado. 1) Diferentes tipos de vegetação; 2) Piso; 3) Piscina; 4) Luminárias; 5) Mobiliário. No projeto de paisagismo de Alex Hanazaki, também observamos a aplicação de diferentes elementos de composição, elementos vivos presentes na diversidade da vegetação e elementos construídos, como piscina e pergolado, além de pisos e mobiliários. 1) Diferentes tipos de vegetação; 2) Piso; 3) Piscina e Cascata; 4) Área de descanço; 5) Pergolado. 1) Diferentes tipos de vegetação; 2) Mobiliário; 3) Piso/circulação; 4) Pedras/ texturas; 5) Água. Na imagem a seguir, vale destacar alguns itens de projeto, como a vegetação como barreira na circulação (item 5), além do aproveitamento da topografia acidentada do terreno na elaboração e execução do projeto. 1) Circulação/escada; 2) Piso; 3) Diversidade de vegetação; 4) Água; 5) Vegetação. Na Unidade veremos de maneira mais detalhada alguns dos principais elementos de composição do projeto de paisagismo. A etapa de Projeto deverá respeitar algumas condicionantes importantes, conhecendo-se a área que deverá ser trabalhada, além de seus usuários. Algumas das principais diretrizes do Levantamento são: • Traçar o perfil do cliente, seus hábitos e costumes e suas necessidades; • Identificar questões do local, como vegetação existente, topografia, preservação do meio ambiente, entre outras; • pesquisar a legislação pertinente ao local do projeto, atentando-se às restrições; • Verificar a existência de infraestrutura para uso de água e iluminação; • Submeter o projeto para a aprovação do contratante (cliente). Após a fase de levantamento, o Paisagista fará um Croqui do projeto, responsável pela primeira representação gráfica do mesmo. Atualmente, alguns profissionais trabalham com softwares desde a primeira etapa; no entanto, o desenho à mão deverá ser valorizado, uma vez que poderá haver a necessidade de mudanças e novas propostas no momento de apresentar o projeto ao cliente. Abaixo alguns exemplos de croquis. O croqui é um desenho rápido, que apresenta a essência da ideia. A partir do croqui o paisagista elabora o anteprojeto, que é apresentado ao cliente para tomar conhecimento do mesmo e propor mudanças, se forem necessárias. Pode-se apresentá-lo na forma de planta baixa, utilizar maquetes e desenhos em perspectivas, de forma a torná-lo o mais compreensível para os futuros usuários. (BELLÉ, 2013, p. 9) Finalizado o croqui, o projeto deverá ser submetido à aprovação do cliente. Na maioria das vezes, antes do projeto final, o profissional apresentará o anteprojeto ou estudo preliminar, que deverá conter informações técnicas importantes, como tipos de vegetação e elementos que compõem o projeto. Posteriormente nesta disciplina, veremos com maior detalhamento um Guia Prático de Paisagismo, que servirá para auxiliar o estudante e profissional a escolher as espécies e elementos a serem implantados. Após o anteprojeto sofrer as necessárias correções, é feito o seu detalhamento para apresentação do projeto final. Este deve conter todas as especificações e detalhamentos necessários para a correta implantação do projeto. Acompanhando a parte gráfica, elabora-se o memorial descritivo que contém as explicações e recomendações sobre o projeto. (BELLÉ, 2013, p. 9) O projeto final, ou Projeto Executivo, deverá conter todas as informações necessárias para viabilizar a implantação, as espécies escolhidas, acessos, tipos de piso, iluminação, cotas de níveis, equipamentos, enfim, todos os elementos escolhidos devem estar contemplados no desenho. Após o projeto aprovado, a Implantação e Manutenção complementam as responsabilidades do Paisagista. Implantação O Paisagista pode acompanhar a instalação dos pisos e de outros elementos e fica responsável pela compra das plantas, terra, adubos, pedras, pelo plantio das espécies vegetais e pela colocação de outros elementos estéticos. Manutenção O Paisagista é responsável, também, pelo controle de ervas daninhas, pragas e doenças no jardim, além de podas, adubações periódicas e replantio, para manter o jardim sempre bonito. A manutenção do projeto de Paisagismo deverá ficar sob a responsabilidade do profissional contratado. Normalmente, o Paisagista exerce tal função, muitas vezes divide a tarefa com outros profissionais envolvidos (agrônomo, jardineiro, assistentes e outros). Das obrigações quanto à manutenção: • Limpeza geral da área dos jardins; • Podas de saneamento e formação em arbustos e vegetações de pequeno porte; • Controle fitossanitário das vegetações existentes, com a aplicação de inseticidas naturais, de acordo com o que se fizer necessário; • Retiradas das ervas daninhas dos jardins, de acordo com o que se fizer necessário; • Supervisão de trabalho realizado no mês pela equipe, com o envio de planilhas orçamentárias para a reposição dos materiais necessários, de 2 fornecedores; • Verificação da manutenção do projeto paisagístico original; • Orientação para a substituição ou reposição de mudas que venham a sofrer algum grande impacto ou depredação, que apresentem comprometimento visual do jardim e espécies não adaptadas; • Manutenção dos elementos (pedras, seixos, forrações etc.) do jardim para manter desenhos e formas dos canteiros;• Reposição de elementos como seixos e argila expandida, além de adubos e medicamentos; • Maquinários como serras, máquinas de cortar grama, roçadeiras, sopradores, etc., além do gasto com combustível, óleos e manutenções desses equipamentos (CONCEITO ARQUITETURA E PAISAGISMO, 2018). Ainda em relação às etapas, implantação e manutenção para projeto de Paisagismo, são muitas as referências que auxiliam o profissional na definição de suas atribuições. Quando falamos de Projeto de Paisagismo Residencial, devemos considerar também as áreas comuns de conjuntos habitacionais, por exemplo. Atualmente, as áreas de convivência dos condomínios residenciais apresentam projetos de paisagismo bastante elaborados. Manuais de Elaboração de Serviços de Paisagismo são organizados por diversos atores, como SECOVI (Sindicato das Empresas de Compra Venda, Imóveis), ABAP (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas), CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) e outros. Tomaremos como exemplo o Manual de Paisagismo da CDHU, que tem como finalidade orientar a elaboração e implantação dos projetos de Paisagismo dos Empreendimentos Habitacionais e Urbanos construídos pela Companhia. Foram selecionados alguns itens que destacam a elaboração e execução do projeto de paisagismo. • O Projeto de Paisagismo compreende a concepção de projetos completos para as áreas pré-estabelecidas. Abrange a apresentação em duas etapas: o Plano de Massas e o Projeto Básico. O Memorial Descritivo deve acompanhar os projetos elaborados; • Elementos paisagísticos: a vegetação, a terra, a morfologia do terreno, a água, os equipamentos de lazer, o mobiliário urbano, a circulação, os passeios e a iluminação são elementos que devem ser considerados na elaboração do Projeto de Paisagismo; • O Projeto de Paisagismo deve aproveitar a topografia natural do terreno com a implantação de equipamentos adequados. A Terraplenagem, a Drenagem, a Iluminação e os demais elementos do Projeto de Paisagismo devem ser elaborados juntamente com os projetos similares do mesmo Empreendimento; • A execução de todos os Projetos de Paisagismo deverá se pautar nas Legislações vigentes, nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal. Manual de paisagismo. Disponível em: https://bit.ly/38iedCl Importante! As orientações citadas acima, quanto às responsabilidades e atribuições do Paisagista, poderão sofrer variações de acordo com o tipo de contrato firmado entre o profissional e o cliente. Onde Encontramos o Paisagismo Como mencionamos anteriormente, o Paisagismo está presente em diversos lugares, desde os jardins das casas e prédios, as escolas, as praças, os parques urbanos, até as vias de acesso, enfim, faz parte dos cenários cotidianos. A paisagem é vista como um reflexo dos sistemas climáticos, naturais e sociais interagindo entre si. São considerados elementos integrantes da paisagem todos os componentes espaciais de um determinado território apreendidos por um espectador (BELLÉ, 2013, p. 2). Também como já citado anteriormente, além de todas as questões técnicas, um ponto importante a ser considerado no desenvolvimento do projeto é o perfil do(s) cliente(s) e a atividade que irá acontecer na área a ser projetada. Por exemplo, quando falamos de uma residência, devemos buscar qual o perfil dos moradores, quais são seus hábitos, qual a idade deles, enfim, todas as informações necessárias para iniciar o projeto. Caso existam crianças, como o projeto de paisagismo irá incluir o lazer e o brincar; para adolescentes, como funcionarão as áreas de entretenimento e encontro, e assim por diante. O jardim deve atender às necessidades dos moradores ou usuários daquele espaço. Por isto é fundamental conhecer o perfil destes usuários, buscando-se atender às diferentes necessidades de crianças, idosos ou pessoas https://bit.ly/38iedCl com necessidades especiais. A preferência dos usuários por espécies vegetais, estilo paisagístico ou aspecto estético é fundamental para que o jardim tenha personalidade e significado, diferenciando-se dos projetos massificados que normalmente são encontrados nas cidades. (BELLÉ, 2013, p. 9) Quando se elabora um jardim, deve-se pensar nas expectativas e sonhos dos usuários, além das necessidades de quem vai usar o espaço. Em obras públicas, devemos ver qual será o uso do espaço, faixas etárias dos usuários, nunca se esquecendo dos portadores de necessidades especiais. O mesmo deve ser pensado para praças e parques. Será permitido o uso de bicicletas? Deverá existir uma área de piquenique? Uma área para apresentações e shows? Portanto, entender para quem será projetado o espaço é primordial para o bom funcionamento do mesmo. A seguir, serão apresentados alguns exemplos de projetos de paisagismo com diferentes funções. Paisagismo Residencial O Paisagismo Residencial pode ser definido pelo prolongamento da casa, um espaço ao ar livre que funcionará como área de lazer e espaço de convivência e contemplação. Atualmente, aproveitar qualquer espaço, mesmo que pequeno, passou a ser um objeto de desejo dos moradores. A vida moderna também tem imposto a necessidade de jardins com baixa manutenção, e que sirvam para proporcionar à família momentos de intimidade e privacidade, buscando compensar o estresse do dia a dia. (BELLÉ, 2013, p. 2) Parte superior diretamente acima, vista para os telhados modernos com jardins em Brooklyn Heights, na zona ribeirinha Esplanade, e Brooklyn Bridge Park, nas proximidades. Paisagismo de Espaços Públicos A forma exterior dos espaços públicos é uma expressão da sociedade, o que faz inviável e indesejável seguir modelos preestabelecidos. A independência de outras soluções anteriores como modelos a serem imitados permitirá chegar a soluções que serão o reflexo de uma arquitetura situada em nosso tempo, empregando materiais e tecnologias simples, tradicionais ou avançadas. (ROMERO, 2001 apud BERGAMINI, 2009, p. 110) Os espaços livres públicos são locais onde acontecem as relações sociais; nos parques e praças, as pessoas se encontram para lazer e entretenimento. Segundo Macedo (1995), os espaços livres são todas as ruas, praças, pátios, parques, jardins, corredores externos, etc., onde as pessoas fluem seu dia a dia, tanto para trabalho, como para lazer. “Os espaços livres relacionados com as áreas verdes urbanas desempenham um importante papel na cidade. A manutenção dos espaços existentes e a criação de novos espaços possibilitam a conservação de valores da comunidade” (MACEDO, 2003). Veremos a seguir alguns exemplos de projetos de paisagismo em espaços públicos. Parque Linear Córrego das Corujas – São Paulo. Disponível em: https://bit.ly/3edpdof High Line – New York. Disponível em: https://bit.ly/3rmh44C https://bit.ly/3edpdof https://bit.ly/3rmh44C “A utilização de parques e praças pode ser considerada como um índice positivo na qualidade de vida urbana, desde que esses espaços sejam adequados para sua compatibilização com os aspectos cruciais da vida contemporânea e, principalmente, com os lazeres” (SANTINI, 1993, p. 44). Em Síntese Enfim, os projetos de paisagismo deverão contribuir para a valorização dos espaços, tanto públicos como privados. Além disso, o paisagismo público representa referências importantes para as cidades, enquanto o paisagismo residencial responderá às questões culturais e sociais dos seus usuários. Na próxima unidade, veremos um pouco da história do Paisagismo, viajando pelos estilos das principais épocas da história, o que permitirá entender os conceitos e traçados utilizados e relacioná-los com as questões de cada período estudado. O jardim nasceu com o homem. A primeira residência do primeiro casal foi um jardim... A cidade é sempre o homem do primeiro jardim, mas não há meio de achar um jardim em si mesma e vai tecendoo século com outros... (Machado de Assis, 1895 apud SEGAWA, 1996, p. 11) Material Complementar Sites ABAP– Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas https://bit.ly/30MJzgu ANP Associação Nacional de Paisagismo https://bit.ly/30LOK08 Jardineiro.net https://bit.ly/3qIhUaY Paisagismo Brasil https://bit.ly/3eNNnpE Vídeos TV BRASIL. Burle Max. Parte 1 de 3 https://youtu.be/ISV8VbLu1AU TV BRASIL. Burle Max. Parte 2 de 3 https://youtu.be/bFX3UjOwHPE TV BRASIL Burle Max. Parte 3 de 3 https://youtu.be/JJ95cHQ5q2U https://bit.ly/3qIhUaY https://bit.ly/3eNNnpE https://youtu.be/JJ95cHQ5q2U UNIDADE II- ESTILOS DE JARDINS • Introdução; • Antiguidade; • Jardim Medieval; • O Renascimento e Seus Jardins; • Os Jardins Contemporâneos. ➢ OBJETIVOS DE APRENDIZADO: Abordar os principais estilos de jardins. Ao longo da história, os jardins passaram por uma complexa evolução até atingirem a concepção atual do espaço verde funcional; Conhecer tais referências é importante para o desenvolvimento profissional. Introdução [...] plantar jardins é o mais puro dos prazeres humanos, isto é, aquele que constitui maior repouso para o espírito do homem; sem jardins, edifícios e palácios não passam de construções grosseiras; e vemos sempre que à medida que os tempos desabrocham para a civilização e para a elegância, os homens se preocupam em construir edifícios grandiosos e a jardinar delicadamente, como se a jardinagem fosse o complemento máximo da perfeição. (MEDEIROS, 2016, p. 187) Conhecer a história do paisagismo é essencial para entender as influências dos jardins que encontramos atualmente, a origem dos traçados, dos elementos de composição, da influência social e da cultura, enfim, as principais características de cada estilo. Alguns estilos foram marcantes e serviram de referências para projetos de paisagismo. Na antiguidade, podemos citar os jardins da Mesopotâmia, Egito, Pérsia, Grécia, Roma, jardim Islâmico e os jardins da China e Japão. Durante a Idade Média, tivemos os Monacais e os Mouriscos. Os jardins da Itália, França, Inglaterra e Holanda foram marcantes no Renascimento. No decorrer desta unidade, veremos resumidamente alguns desses estilos, lembrando que conhecer os estilos aplicados durante a história torna possível analisar e buscar referências para o desenvolvimento dos projetos atuais. Antiguidade Normalmente localizados no interior ou no entorno dos palácios, os jardins da Antiguidade eram considerados jardins utilitários, tinham como principal função o plantio de frutas, flores e legumes, além de servirem como palco para celebrações de rituais. Os jardins da Antiguidade eram constituídos pelo plantio desordenado de diversas espécies comestíveis ou de plantas com finalidade medicinal e, mais tarde, incluíram funções cosméticas. Ainda hoje muitas das funções medicinais e cosméticas que tiveram início naquele período continuam sendo exploradas. O Jardim da Babilônia foi um dos principais jardins da Antiguidade, datado de 3500 - 500 a.C., foi construído pelo rei Nabucodonosor em oferecimento à sua esposa Amitis. O jardim da Babilônia foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Uma obra de engenharia bastante ousada para a época, composta por terraços irrigados que alcançavam até 100 metros, patamares ascendentes nas encostas, considerando a topografia do local. O jardim, bastante decorado, possuía árvores frutíferas, plantas ornamentais, cascatas, piscinas e esculturas, além de possuir um sistema de irrigação eficiente. Nas figuras a seguir, é possível observar a grandeza da obra e quantidade de detalhes. A presença de diferentes espécies de vegetação, as cascatas, detalhes construtivos, animais e acessos entre os patamares. Nas figuras a seguir, vemos exemplos de Jardins Persas, Jardins do Egito e Jardins Gregos. De maneira bastante resumida, podemos citar características marcantes de cada um desses jardins. O Jardins Persas ficou conhecidos pelos seus conceitos de jardins paradisíacos; os Jardins do Egito utilizaram os pontos cardiais como referência de desenho e, portanto, foram caracterizados pelas suas formas geométricas; enquanto os Jardins Gregos são referências importantes dos jardins como espaço público, além de se definir e utilizar as “praças” como local de convivência, de lazer e esportes e também como espaços de contemplação aos deuses. Os jardins romanos A presença de pequenas hortas, chamadas Hortus, era a característica marcante dos primeiros Jardins Romanos, que tinham a função de cultivar alimentos, como frutas, legumes e ervas para condimentos. A arte da topiaria, bastante utilizada nos dias atuais, foi criada nos jardins romanos, que usavam espécies como ciprestes, buxinhos e álamos para desenvolvê-la. Os Jardim Romanos sofreram grandes influências dos Jardins Gregos, principalmente pelas artes de monumentos e estátuas, pérgolas, presença de água, vasos e floreiras. Os jardins também tinham a função de realização de festas, e espaços de convivência compunham os jardins internos das residências. Jardim Medieval Com a queda do Império Romano, surge o Jardim Medieval. Construídos na Idade Média, os jardins da época eram cultivados em castelos e mosteiros. Assim como os Jardins Romanos, tinham como objetivo principal o cultivo de alimentos, além de espécies cultivadas para fins medicinais. As flores também tiveram destaque nesse estilo de jardim, principalmente em pátios internos. Constituídos por uma mistura de estilos anteriores, os jardins medievais eram divididos em monacais e mouriscos. Os Monacais possuíam pomar, horta, flores e espécies medicinais e eram organizados por arbustos e áreas gramadas, enquanto os Mouriscos caracterizavam-se por serem jardins mais destinados ao uso familiar, também com espécies de flores, presença de água e uso de cerâmica e azulejos. De forma geral, os Jardins Medievais utilizavam arbustos e trepadeiras para compor cercas vivas e desenhar seus contornos. A influência cristã estava presente nos ângulos retos, principalmente nos mosteiros, que tinham na natureza uma forte relação com a religiosidade. O Renascimento e Seus Jardins A partir do século XV, acontece o Renascimento, movimento artístico e filosófico iniciado na Itália. Período de grande importância, pois marca a passagem da Idade Média para Idade Moderna. O Renascimento é marcado pelo período do Humanismo, e alguns estilos de jardim do período são marcados pela ideia do Homem sobre a natureza, ou seja, os projetos deveriam mostrar o domínio de conhecimentos de técnicas e racionalidade. Ainda nesse período, a arquitetura, a música, a ciência, a arte e o paisagismo, dentre outras áreas, despontam como movimento de renovação e mudança. Veremos a seguir quatro estilos de jardins produzidos no período: italiano, francês, inglês e oriental. Jardim italiano Com influência dos Jardins Romanos, os Jardins Italianos tinham desenhos ordenados, possuíam desenho geométrico e formas definidas. Havia presença de água, cultivo de frutas e flores, além da utilização de elementos como estátuas, colunas, pergolados e vasos. As folhagens mais verdes e a topiaria também possuíam destaques nos projetos. Os jardins funcionavam como local de encontro e eram locais privilegiados em relação aos terrenos e acesso às casas, uniam a casa por meio de galerias externas e eram considerados retiro para intelectuais e artistas, um local apropriado para o trabalho mais próximo da natureza e longe da vida nas cidades. Os jardins italianos dessa época eram inspirados nos jardins da Roma Antiga, que possuíam muitas estátuas e fontes monumentais. Nesse período também os italianos começaram a migrar para o campo em busca de locais mais frescos e com vistas mais agradáveis. E com isso deu-se a intervenção dos arquitetos nos jardins para uma ordenaçãoda área, criando escadarias e terraços para aproveitar as irregularidades do terreno e acompanhar as corredeiras de água. Esses jardins eram unidos às casas por meio de galerias externas e outras prolongações arquitetônicas. Eram constituídos por vários espaços como: parterres (canteiros com vegetação rasteira), giardino secreto (local de silêncio e tranquilidade), sala de jantar, bosques, entre outros. Fonte: https://bit.ly/38tZdBo Resumindo, os Jardins Italianos uniam os jardins às casas com seus desenhos simétricos e ordenados e apesar de utilizarem a vegetação de forma organizada, esta era algo secundário, uma vez que seu objetivo maior era funcionar como espaço de encontro e passeio. Na figura a seguir, é possível observar as principais características citadas aqui. https://bit.ly/38tZdBo Jardim francês Influenciado pelos Jardins Italianos, possuía também pequenas características dos Jardins Medievais, como o uso de canteiros com flores e ervas medicinais, no entanto foi desenvolvendo características próprias responsáveis pelo estilo Jardim Francês, que mais marcou a história. O Jardim de Versalhes é o que melhor representa tal estilo, considerado também um jardim de Estilo Clássico. A rigidez na forma do desenho trazia uma geometria e o ordenamento, o que evidenciava o domínio do homem sobre a natureza. “Os principais Jardins foram construídos pelo famoso arquiteto/paisagista de Luiz XIV, André Le Nôtre. Sua obra mais marcante foi o jardim do Palácio de Versalhes.” (MURTA, 2011, p. 18.) Observando as figuras a seguir, podemos observar caminhos largos e bem definidos, cercas vivas e arbustos compactos, a arte da topiaria aplicada com primor, além do uso de pedriscos ou piso nos passeios, bastante delimitados pelos projetos. Os jardins possuíam grandiosidade e cuidado com os detalhes, principalmente nas topiarias e cercas vivas, que utilizavam viburno, buxinho, murta e ciprestes para a arte. • Jardim montado com vasos de flores – Versalhes. Disponível em: https://bit.ly/3e8Eret • Palácio de Versalhes. Disponível em: https://bit.ly/38uBJMP A seguir, veremos as principais características das principais espécies utilizadas para topiaria dos jardins franceses. Além disso, eram utilizadas flores selecionadas para compor os projetos. Tulipas e azaleias são algumas das flores usadas para colorir os jardins. As flores são usadas para compor o jardim, respeitando-se o projeto, e são vistas limitadas a canteiros, vasos ou jardineiras, permitindo uma manutenção mais rápida e eficaz. Jardim inglês Contrapondo-se ao Jardim Francês, o Jardim Inglês teve influência do Romantismo e rompe com os padrões rígidos e simétricos dos estilos anteriores. A ausência de formas geométricas e a presença de ruínas, lagos e riachos dava a sensação de antigos bosques naturais, valorizando a paisagem natural. Apesar de sua característica informal, era bastante detalhado em relação às espécies e utilizava a topografia do terreno como um facilitador nos projetos. Espécies de herbáceas anuais e perenes arbustivas se misturavam com flores silvestres, forrações e bulbosas. Muitas vezes um elemento de composição era o destaque do jardim, como uma ponte, uma estátua ou um lago. Foi um estilo de jardim bastante utilizado nas cidades, proporcionando áreas livres para passeio e contemplação, funcionando como ilhas verdes dentro da malha urbana e buscando a valorização da natureza. Importante! A diferença entre o Jardim Francês e o Jardim Inglês pode ser observada na figura a seguir. O desenho simétrico versus o desenho informal entre os estilos mostra-se marcante. Os caminhos do Jardim Francês são largos e geométricos; já o Jardim Inglês, apesar de delimitações e caminhos organizados, possui desenho mais orgânico e mais informal, convidativo para passeios mais românticos, enquanto os acessos do Jardim Francês buscavam mais suntuosidade. Jardim oriental: chinês e japonês O Jardim Oriental tem como principal objetivo pacificar o espírito através da meditação e contato com a natureza. Seu desenho é rígido e simples, tem na sua composição elementos simbólicos e religiosos. Os elementos de composição utilizados nos jardins orientais são pedras, água, plantas e acessórios como luminárias. • Lanternas de pedra: símbolos da concentração, servem para iluminar a mente e clarear os caminhos. As luminárias, ou Toro, são originais dos templos budistas da China, possuem o formato de casinha, segmentadas em 5 partes, representando os 5 elementos da cosmologia budista: a base deve tocar o chão, simbolizando a terra; o meio simboliza a água; a luz simboliza o fogo; o teto e uma bolinha representam, respectivamente, o ar e o espírito; • Lagos e carpas: a água representa a vida, a paz e a pureza, enquanto as carpas representam a fertilidade e a prosperidade; • Ponte ou Taiko Bashi: as pontes representam evolução e autoconhecimento; quando feitas de bambu, simbolizam a capacidade de adaptação; • Pedras das cascatas: as pedras das cascatas verticais representam o pai, e as pedras horizontais a mãe, de onde brota a água; já as pedras espalhadas podem representar os descendentes ou no caso do jardim zen, montanhas e a eternidade; • Bambus: em alguns jardins, o bambu é amarrado para que fique curvado em direção ao lago, com um sinal de reverência a quem aprecia o jardim; nestes bambus, são colocados os sinos dos ventos e os macacos de cerâmica, que representam os sons da natureza e a felicidade; • Arbustos e árvores perenes: os arbustos e árvores perenes representam o silêncio e a eternidade; • Flores perfumadas: apesar de as flores não serem evidenciadas nos jardins japoneses, espécies como a Magnólia e Pitósporos podem ser utilizadas para recepcionar os visitantes e afastar os maus espíritos. Na entrada também são plantados o pinheiro, representando o pai; azaleias simbolizando a mãe; e touceiras de bambu para os filhos; • Sakura ou cerejeira-japonesa-rosa: tradicional, esta é a árvore da felicidade, os japoneses têm até uma festa especial para a época do seu florescimento no início de março e abril, o Hanami. O florescer da cerejeira representa um início de ciclo de vida; • Momiji ou Acer: o Acer é uma árvore que representa a passagem do tempo. No outono, suas folhas vermelhas caem cobrindo o chão; a beleza melancólica representa um ciclo que se fecha em oposição à cerejeira, mas com a mesma importância. Saiba mais sobre Jardim Japonês no site Arquidicas, disponível em: https://bit.ly/2O3R2Vy E ainda, assista ao vídeo da reportagem de um projeto de Jardim Japonês em São Paulo. Disponível em: https://youtu.be/WcDkHrhUFTg https://bit.ly/2O3R2Vy https://youtu.be/WcDkHrhUFTg Além dos elementos citados anteriormente, as luminárias também têm papel importante nos Jardins Orientais, sua simbologia significa luz do conhecimento; servem para iluminar os caminhos e o conhecimento. As luminárias mais utilizadas são as Lanternas de Casa ou Pedras de Luz (figura a seguir). A lanterna de pedra consiste em cinco partes que representam os cinco elementos da cosmologia budista. A parte inferior que toca o chão representa a terra; a próxima seção representa a água; a luz representa o fogo, e a parte superior da lanterna, que lembra um chapéu, e uma bolinha voltada para o céu, representam o ar e o espírito (alma)1. Os Jardins Contemporâneos Os Jardins Contemporâneos surgiram no século XIX e permanecem até os dias atuais. Foram influenciados pelos estilos dos jardins anteriores. “O Jardim é uma criação artificial com uma finalidade específica; é um ambiente da casa no exterior. Como obra do homem, deve levar o selo indelével de sua arte e destreza.” (Edwin Lutyens apud ÁLVAREZ, 2007, p. 33). O jardim moderno reflete o pensamento de integrar o paisagismo com a arquitetura e, portanto, deve conversar com as característicasda casa moderna. Por esse motivo, os Jardins Contemporâneos são classificas como jardins ecléticos. Com o passar do tempo, os novos jardins foram se consolidando e criando características próprias e estilos marcantes. Podemos classificar os jardins contemporâneos como: • Jardim Rural: os jardins foram sendo adaptados ao ambiente rural de fazendas ou sítios, utilizando-se cercas de madeira; peças rústicas combinadas com a vegetação; elementos de composição, como vasos, carrinhos de mão antigos, cestas; enfim, peças e outros elementos decorativos foram sendo usados para compor os projetos; • Jardim Formal ou Clássico: tem suas características baseadas nos jardins do Renascimento, principalmente os Franceses e Ingleses. Utiliza elementos como fontes, estátuas e escadarias, além de vegetações que remetem ao período renascentista; • Jardim Mediterrâneo: tem forte referência com clima e localização. Normalmente localizados em praias, os jardins mediterrâneos utilizam elementos como rochas, conchas e cerâmica. O uso de água (fontes) e de pequenos pátios é bastante comum; • Jardim Rochoso ou Jardim de Pedras: encontrado em locais de clima árido, utiliza diversas espécies de suculentas, além de cascalhos, pedras seixos e vasos. A presença de gramados verdes não acontece, são jardins que reproduzem uma paisagem desértica e árida; • Jardim Tropical: sua composição é informal e trabalha com diversas espécies, priorizando vegetação local. O grande percursor do estilo foi Roberto Burle Marx. Seus projetos valorizavam a diversidade e regionalidade de plantas e folhagens, permitindo uso de textura e cores; • Jardim Contemporâneo: por fim, o Jardim Contemporâneo é o mais utilizado atualmente. Possui formas geométricas definidas, simetria e organização na separação dos espaços. A topiaria utilizada em vasos também aparece com frequência. Elementos de composição, como piscinas e jacuzzi, áreas de descanso e leitura (redário, por exemplo), quadras de esportes e outros completam os projetos atuais. Enfim, pudemos ver nesta unidade as diferenças entre vários estilos, a riqueza de detalhes em uns, a preocupação com a regionalidade e costume de outros, a utilização dos elementos de composição de forma ordenada, a diversidade de vegetação e materiais utilizados, enfim, várias questões que fazem com que o Paisagismo tenha uma enorme relevância no cotidiano e relação direta com a Arquitetura e Urbanismo. Assista ao vídeo com resumo da História do Paisagismo e faça um passeio por alguns dos estilos apontados aqui e suas principais características. Disponível em: https://youtu.be/0vFLXvDlIfo Na próxima unidade, veremos com maior detalhamento quais são os elementos de composição paisagística. Material Complementar Vídeos Os Jardins da Babilônia – Montagem 3D https://youtu.be/_EPc6Gn9-zs O paisagismo é a profissão do futuro https://youtu.be/lFyL33_kYMk Leitura Conheça os tipos de jardins usados pelos paisagistas https://bit.ly/3l0l0G7 Renascimento https://bit.ly/3qwvEVZ Estilos de jardins https://bit.ly/3bAsdts UNIDADE III- REPRESENTAÇÃO GRÁFICA • Iniciando os Desenhos de Paisagismo; • Representação Gráfica. ➢ OBJETIVOS DE APRENDIZADO: Conhecer diferentes formas e estilos de representação gráfica para elaboração do projeto de paisagismo; Estudar desenhos de diversos tipos e espécies de vegetação, escala humana, pisos e outros elementos que compõem os projetos de jardins, tanto em planta como em vista (corte). Iniciando os Desenhos de Paisagismo A importância do conhecimento e prática do desenho de paisagismo é parte essencial ao sucesso profissional. Mesmo com os programas e softwares específicos da área, o saber desenhar, conceber e criar um projeto deve partir dos desenhos do profissional. De maneira simplista, segue a lista de materiais sugeridos para iniciar os exercícios de desenho de paisagismo: https://youtu.be/0vFLXvDlIfo https://youtu.be/_EPc6Gn9-zs https://youtu.be/lFyL33_kYMk https://bit.ly/3l0l0G7 https://bit.ly/3qwvEVZ https://bit.ly/3bAsdts • Lapiseiras de diferentes pontas (de 0.3 a 0.9): o ideal é ter pelo menos 2 opções, a mais fina para o rascunho e marcações iniciais e a ponta mais grossa para finalizar o desenho; • Escalímetro e régua: para usar as dimensões corretas nos desenhos; • Borracha; • Papel manteiga ou sulfite; • Lápis De cor e/ou canetinhas coloridas: principalmente em tons de verde; • Bolômetro ou compasso. Importante! Veremos durante a Unidade diferentes estilos de representação das vegetações e demais elementos. É importante ressaltar que o desenho deve ser tecnicamente correto, ou seja, a escala e o tamanho da vegetação escolhida, tanto em planta como em elevação, devem estar corretos; no entanto, o estilo do desenho é algo particular. Portanto, usar canetinha ou lápis de cor será opção individual de cada um! Materiais simples são suficientes para iniciar os exercícios de desenhos. O escalímetro ou bolômetro permitirá desenhar as bases das vegetações, ou até mesmo outros elementos, como pisos e mobiliários. Lápis de cor e canetinhas permitirão diversificar cores, volumes e texturas. Lápis e canetas pretas também são aliados nas tentativas de volumes e texturas. Sulfite, papel vegetal e outros tipos de papel também permitem explorar diferentes estilos de representação gráfica. A imagem a seguir traz exemplos de materiais básicos e simples para desenvolver desenhos de paisagismo! Representação Gráfica O desenho técnico – desenhar com o auxílio de réguas, esquadros, gabaritos, compassos e escalímetros – é o meio tradicional de desenho e representação gráfica em arquitetura e ainda é relevante em um mundo cada vez mais digital. Traçar uma linha com uma caneta ou lápis incorpora o sentido cinestésico de direção e comprimento e é um ato tátil que realimenta a mente e reforça a estrutura da imagem gráfica resultante. (CHING, 2017, p. 17) A representação gráfica, seja no desenho arquitetônico ou no desenho de paisagismo, será responsável por traduzir suas ideias, conceitos e sua criação. O desenho irá permitir transformar seu pensamento em algo concreto. Mesmo com o desenvolvimento da tecnologia e a inovação de softwares capazes de reproduzir situações gráficas quase reais, o desenho à mão ainda se mostra essencial para colocar sua ideia no papel. Na disciplina de Paisagismo, em especial nesta Unidade, os desenhos à mão, a aplicação de cores e texturas devem ser valorizados. Escala O primeiro item a ser abordado quando falamos de representação gráfica é a escala aplicada ao desenho. A noção quanto às dimensões básicas do desenho aliada ao conhecimento técnico permitirá ao profissional viabilizar o projeto. Durante as etapas de elaboração do projeto de paisagismo, o detalhamento dos desenhos e as definições quanto espécies de vegetação e demais elementos de composição vão se desenvolvendo conforme as etapas de trabalho; no entanto, desde os estudos preliminares, trabalhar na escala se faz essencial para um resultado final correto. Para iniciarmos a noção de escala nos projetos de paisagismo, o conhecimento técnico quanto ao formato e porte das árvores é o principal ponto de partida. Importante! De maneira geral, podemos dividir as árvores em pequeno, médio e grande porte. As de pequeno porte são árvores com altura máxima na vida adulta entre 4 e 5 metros e raio entre 2 a 3 metros. De médio porte são consideradas as árvores entre 5 e 10 metros de altura e raio de copa entre 4 e 5 metros. As árvores de grande porte possuem altura acima de 10 metros e raio maior que 5 metros. A figura a seguir representa as diferentes características dos principais formatos de copas de árvores – arredondadas, alongadas, umbeliformes e piramidais são alguns exemplos, podendo-se ainda encontrar árvores com formatos pendentes, elípticos, entre outros. Na próxima Unidadeda disciplina, falaremos da elaboração de um Guia Prático de Paisagismo, que poderá auxiliar no registro da forma das espécies pesquisadas. Informações quanto à forma e dimensão das árvores podem ser encontradas com facilidade em materiais de paisagismo aplicado aos espaços públicos e urbanos. Cabe aos municípios desenvolver seus Planos de Arborização, que consideram as espécies específicas de acordo com a região, clima e topografia, portanto pequenas diferenças entre os limites de tamanhos para porte de árvores podem ser encontradas. A figura a seguir ilustra as diferenças de porte de árvores utilizadas pela Prefeitura Municipal de João Pessoa1. Vale ressaltar que em todos os casos de representação de vegetações, a escala humana deve estar presente, pois permitirá visualizar o tamanho da vegetação de maneira mais coerente e simples, podemos observar tal observação na figura anterior. A presença da figura humana ao lado da vegetação permite que tenhamos noção da escala e porte das árvores e demais elementos de composição. Importante! É importante ressaltar que em TODOS os projetos de paisagismo devemos sempre utilizar a dimensão da vegetação em sua fase adulta; projetar uma árvore com seu porte inicial poderá acarretar sérios problemas no futuro. Portanto, a altura e porte considerados no projeto deverão ser o máximo a ser alcançado pela espécie. Árvores e arbustos A publicação Landscape graphics, de Grant W. Reid, publicada originalmente em 1987, é importante referência na forma de representar graficamente o projeto de Paisagismo. O autor mostra de forma simplificada como os desenhos de diferentes espécies e elementos de composição de projeto paisagístico devem se desenvolver. Os exemplos a seguir trazem a diferença entre desenhos simplificados e, portanto, mais rápidos, e outros mais detalhados, e como é possível desenvolver os desenhos. É importante lembrar que exercícios práticos e treinos são essenciais para tornar os desenhos cada vez mais elaborados. Para treinar os desenhos de paisagismo, você pode colocar uma folha de papel manteiga sob os desenhos sugeridos aqui e fazer tentativas com diferentes materiais, como lápis preto, nanquim, canetinha e cores. Quanto mais tentativas forem realizadas, mais perto você chegará ao seu estilo de representação. As figuras a seguir (Figuras 4 e 5) mostram diferentes estilos e formatos de arbustos e árvores a partir de um círculo inicial como desenho. O centro da árvore deve sempre estar presente para facilitar no momento em que outros elementos de composição ou mesmo outras vegetações forem utilizados para compor o projeto. As Figuras de 6 a 8 trazem árvores mais elaboradas, com trabalhos de texturas resultados de pontos e traços capazes de dar mais volume às árvores, sempre usando uma linha base fina com o raio da espécie sugerida; a presença do tronco da árvore no desenho também permitirá maior realidade ao mesmo. Podemos perceber na Figura 6 que o uso de pontos e traços próximos uns aos outros permitiram dar volume e sombra ao desenho. Traços em formatos de estrelas, flores, quadrados, pontos, enfim, são diversas alternativas de representação gráfica no paisagismo. Na Figura 7, as diferentes formas de representação resultam em maciços e vegetações agrupadas. Na Figura 8, é possível observar o maior detalhamento dos desenhos; uso de traços e espessuras de linhas diferentes e pontos auxiliam no volume da vegetação, além da inclusão do tronco como elemento gráfico de destaque, permitindo que entendamos que as espécies pretendidas possuem menos folhagens e menos volume comparadas às dos outros desenhos. Elevações As Figuras a seguir (figuras 9, 10 e 11) são exemplos de representações de árvores em planta e elevação. É importante destacar que o uso das elevações nos projetos de Paisagismo se mostra essencial para a visualização do porte da espécie. A presença da escala humana comparada à vegetação permite a escolha correta da árvore, considerando-se a intenção do projeto. Por exemplo, as árvores com pequeno porte e muita folhagem podem ser utilizadas compondo uma barreira verde. Assim como nos desenhos de árvores, o estilo da representação e o grau de detalhamento podem variar bastante, mas independentemente de tais questões, a dimensão e a escala devem estar sempre corretas e de acordo com a espécie escolhida. A elevação também permite verificar a altura do “homem” em relação à copa da árvore e à sombra que tal vegetação será capaz de produzir. Para treinar a representação gráfica de árvores em planta e elevações, acesse o artigo “Dicas para desenhar árvores na representação de arquitetura”, de Eduardo Souza, produzido para o Archdaily. Assista aos vídeos do passo a passo para desenhar e produza alguns desenhos. Disponível em: https://bit.ly/3eE9zmp Arbustos Seguindo a mesma lógica dos desenhos de árvores apresentados aqui, os exemplos a seguir nos auxiliam na representação gráfica de arbustos, palmeiras, maciços, forrações e pisos, tanto em planta, como em vista. As imagens da Figura 14 (Arbustos Portes) são referências importantes para definir a altura do arbusto escolhido para o projeto; um arbusto pode ter altura de 40 centímetros e alcançar até 5 metros, dependendo da espécie. Palmeiras As palmeiras também são bastante utilizadas nos projetos de paisagismo e possuem desenho em plantas diferentes de outras espécies de árvores, portanto serão apresentadas em destaque. As figuras a seguir trazem como representá-las em planta e elevação. Forrações As representações de forrações e trepadeiras estão registradas nas Figuras a seguir (18 e 19), são normalmente registradas com pequenos traços e pontos. Essenciais para o detalhamento do projeto e normalmente são trabalhadas junto aos pisos. Também são responsáveis por setorizar o projeto, servindo de limites de desenhos e usos dos espaços. https://bit.ly/3eE9zmp Na Figura 18, é possível observar que apenas o desenho de alguns pontos é capaz de representar o uso de grama no projeto. Na Figura 19, traços, formas geométricas e curvas são sugeridas para a representação de forrações, a mesma lógica de representação gráfica pode ser utilizada para trepadeiras. Quando utilizadas cores no projeto de paisagismo, o uso de diferentes tons de verde é um ótimo aliado. No link a seguir, é possível acompanhar o passo a passo de alguns exemplos de evolução do desenho de diferentes tipos de gramas, forrações e pedras em perspectiva. Explore e tente! Disponível em: https://bit.ly/3rH2HYR Maciços Os exemplos a seguir são representações de como podemos compor a vegetação, ou seja, como a forma de organização da vegetação resultará no desenho do projeto, são os chamados Maciços. Na Figura 20, é possível entender do que se trata o “maciço” de vegetação, quando agrupamos duas ou mais espécies. Esse agrupamento será responsável pela criação de sombras, barreiras, volumes, enfim, poderá cumprir diferentes funções. As Figuras 21 a 24 mostram como os desenhos são capazes de criar clareiras e planos a partir da disposição das árvores e como a organização permitirá diferentes sensações aos usuários. Exemplos de disposição de maciços em Planta https://bit.ly/3rH2HYR Os pisos devem ser utilizados para diferenciar os caminhos, definir as funções dos diferentes espaços e hierarquizar os caminhos. “Caminho é o elemento de integração entre os equipamentos (áreas e elementos arquitetônicos e vegetais). Podem ser permeáveis ou impermeáveis. É desejável que ocupem a menor área possível, pois setorizam (fazem um zoneamento dos espaços), dividindo o terreno e as áreas ajardinadas. Podem ser retos ou sinuosos, o que influencia na velocidade do percurso. Podem ou não ser ladeados por orlas, elementos que fazem a divisãoentre a área de circulação e a área ajardinada”. Disponível em: https://bit.ly/30zHuV0 O desenho do piso irá definir a largura da circulação e a escolha do material. As tabelas a seguir trazem informações básicas importantes para a escolha do piso, Na Tabela 1, são descritos os principais materiais usados nos pisos dos projetos paisagísticos, enquanto o Quadro 1 faz a relação do tipo de material mais apropriado, considerando-se o uso do espaço projetado. A escolha do piso depende do uso que se pretende fazer, veja exemplos no Quadro 1: https://bit.ly/30zHuV0 Na Figura 26, é interessante observar que os pisos escolhidos no exemplo, considerando-se o desenho da circulação, ou seja, nos caminhos mais orgânicos, o piso de material mais irregular ajuda na composição de curvas, enquanto os pisos mais regulares (quadrados e retângulos) são aplicados em áreas de formato geométrico definido. Escala humana Durante o texto, foi possível observar a presença e a importância da escala humana nas elevações do paisagismo, sua presença é essencial no projeto. A relação do ser humano com os elementos de composição e vegetação existentes no projeto permitirá que as dimensões pensadas no projeto aconteçam em harmonia. A escala humana é uma medida que tem como base o corpo humano, que serve de parâmetro comparativo. Ou seja, as medidas do ser humano são o ponto de partida para a criação de projetos, deixando o homem no centro, o foco das atenções. É a partir dele que todas as demais dimensões serão definidas e planejadas. Escala humana: a medida que usa o ser humano como referência na arquitetura. Disponível em: https://bit.ly/30G8nXn As figuras a seguir são exemplos de representações gráficas de figuras humanas, lembrando que o desenho a ser escolhido pelo projetista dependerá do estilo adotado, mas é importante lembrar que as dimensões devem estar sempre corretas. Na Figura 27, o exemplo mostra os passos para desenhar a partir do desenho rápido. Definidas a escala e a altura a serem utilizadas, desenha-se a cabeça, depois o tronco e por fim pernas e braços. O detalhamento do desenho e o estilo também seguirão a regra dos demais elementos de desenho. As diferenças de estilos podem ser observadas na Figura 27; e no último exemplo (Figura 28), além da escala humana, podemos observar a utilização de cores. Importante! Vale destacar que para a utilização da escala humana ser ainda mais completa na apresentação do Projeto de Paisagismo, deve incluir homens, mulheres, crianças, pets, cadeirantes, ou seja, todos os usuários, além de diferentes posições e atividades, como a leitura de um livro sob a árvores, ou uma criança empinando pipa, enfim, crie cenas que busquem trazer realidade! Mobiliário e outros elementos Para finalizar a unidade, seguem alguns exemplos de representações gráficas de elementos compositivos usados nos projetos de paisagismo. Na Figuras 29, temos representações de croquis feitos à mão, de mesas, bancos, brinquedos, enfim, equipamentos que você poderá utilizar no projeto de Paisagismo. https://bit.ly/30G8nXn Por último, a perspectiva traz vários dos elementos de Composição Paisagística apresentados nesta Unidade. Diferentes tipos de espécies, com folhagem, copas e dimensões diferentes; o uso de materiais diversos, como a pedra no muro que delimita a circulação principal e a madeira existente no deck; e a escala humana, capaz de permitir visualizar a dimensão de todos os elementos, levam ao resultado final da representação gráfica. Importante! Na próxima Unidade, estudaremos mais detalhadamente os principais Elementos de Composição Paisagística existentes nos projetos e como podemos utilizar tais conhecimentos para um bom desenvolvimento do projeto. Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Saiba qual é o Piso Ideal para cada Recanto do Jardim https://bit.ly/3rJOA50 Suas Representações da Escala Humana dizem muito sobre você https://bit.ly/3rGUHY4 Cartilha de Arborização Urbana https://bit.ly/2OL3sBG Plano Diretor de Arborização Urbana https://bit.ly/3l9zOlC Curso Municipal de Recursos Paisagísticos https://bit.ly/30zHuV0 UNIDADE IV- ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO E PAISAGISTICA • Introdução; • Ponto e Linha; • Espaço; • Superfícies ou Texturas; • Padronagem; • Volume; https://bit.ly/3rJOA50 https://bit.ly/3rGUHY4 https://bit.ly/2OL3sBG https://bit.ly/3l9zOlC https://bit.ly/30zHuV0 • Cor; • Luz; • Equilíbrio; • Ritmo; • Contraste; • Ênfase ou Centro de Interesse; • Circulação; • Paginação. ➢ OBJETIVO DE APRENDIZADO: Aprender como trabalhar a harmonia entre os materiais, formas (linha, plano, textura) e o processo de ordenação dos elementos compositivos no espaço do jardim. Introdução “[...] um projeto paisagístico se equivale a um quadro com pintura em tela, um livro, uma escultura, onde o autor se comunica com alguém. Na realidade, o diferencial do paisagismo está na matéria-prima constituída dos recursos naturais e arquitetônicos e, sobretudo, pelos sentimentos. Tais sentimentos serão repassados aos usuários dos jardins por meio de elementos vivos e inertes que constituirão a composição paisagística.” (LIRA FILHO et al., 2002, p. 17). O projeto de paisagismo será formado pela composição de vários elementos, que trabalhados de maneira conjunta serão responsáveis por demonstrar o resultado de concepção do projeto. Segundo o dicionário, entende-se por composição: Composição: Ação ou efeito de compor, formar um todo. Disposição do que constitui um todo; constituição. Maneira como algo está ou se encontra disposto; organização. [Por extensão] Aquilo que foi composto: a composição de um espetáculo. [Literatura] Criação literária; elaboração artística. Assim como a definição literal da palavra, no projeto de paisagismo, a composição é o resultado direto do processo criativo do profissional. Para estabelecer o processo de comunicação, o paisagista lança mão de alguns elementos de comunicação (linha, forma, textura, cor, movimento, som), bem como dos princípios de estética (mensagem, equilíbrio, escala, dominância, harmonia, clímax). (LIRA FILHO et al., 2002, p. 11) Os primeiros elementos de composição, essenciais para o projeto, são o Ponto e a Linha. Segundo Fisher (1987), o ponto é o encontro de duas retas, ou segmentos de retas. O ponto é a representação da partícula geométrica mínima da matéria e do ponto de vista simbólico, é considerado como elemento de origem. Ponto e Linha O ponto é o elemento mais simples da representação gráfica e pode indicar uma referência de desenho ou espaço. O ponto pode ter cor e tamanho, e sua forma de representação pode resultar em diferentes texturas; se o ponto for trabalhado em sequência, pode dar a impressão de ser uma linha ou, ainda, quando trabalhado repetidamente, pode resultar em diferentes texturas. Na Unidade anterior, pudemos ver que os pontos agrupados são capazes de dar volume à representação gráfica da vegetação ou, ainda, representar a presença de gramas e forrações. Na figura a seguir, é possível observar como o tamanho e forma de se trabalhar o ponto poderão resultar em diferentes texturas. A linha é um elemento visual formado por infinitos pontos, que quando usados em sequência formam uma linha. A linha como elemento visual é responsável por mostrar direção; além disso, é capaz de criar formas, texturas e movimentos. Podemos classificar as linhas de duas formas: a geométrica e a gráfica. Na geometria, a linha é unidimensional, apresenta comprimento ilimitado, mas não possui altura, nem espessura; já no desenho gráfico, a linha passa a ter espessura e comprimento concretos. Todos, em algum momento, já traçaram um risco no papel, na parede,no chão ou em qualquer outra superfície. Na Geometria elementar, esse risco traçado com auxílio de uma régua ou à mão livre denomina-se linha. Trata-se de um traço contínuo com uma só dimensão (o comprimento) e, dependendo da maneira como foi desenhada, pode ser classificada como: reta, curva ou mista (combinação de reta e curva). (LIRA FILHO et al., 2002, p. 25 A figura a seguir traz alguns exemplos dos tipos de traçados das linhas quando trabalhadas de maneira contínua, pontilhada e tracejada. Importante! Assim como no desenho técnico, no paisagismo a linha deverá tirar partido da espessura e do peso gráfico para uma boa representação de projeto. Quando falamos especificamente das linhas no paisagismo, podemos percebê- las em uma fileira de árvores em formato de alamedas, na sequência de um piso, no projeto de iluminação, no desenho do mobiliário, enfim, estará presente em todos os detalhes do projeto. A figura a seguir mostra a relação da representação gráfica apresentada na unidade anterior e a aplicação de pontos e linhas para definir e caracterizar tipos de materiais utilizados nos elementos de composição, como pontos para areia, linhas para blocos e madeiras, entre outros. Lira Filho et al. (2002) também descrevem como a linha irá compor os elementos do paisagismo quando definem: No caso das palmeiras enfileiradas na alameda, ela é representada por uma sequência unidirecional na extensão da alameda. Mas, também, no caso de outros componentes, como bancos, arbustos, rochas, etc., elas podem ser definidas aos nossos olhos pelo limite entre componentes visuais diferentes no jardim. (LIRA FILHO et al., 2002, p. 26) Além das espessuras e pesos, as linhas também podem ser classificadas de acordo com seus formatos, sendo simples ou complexas. As linhas simples são divididas em retas e curvas, enquanto as linhas complexas podem ser poligonais, sinuosas ou mistas. A figura a seguir resume suas principais características. A aplicação dos pontos e linhas é capaz de representar os conceitos de projeto de paisagismo. No exemplo a seguir, as linhas definem circulação, por exemplo, e pontos marcam o centro das vegetações e a textura do material pretendido no projeto, os detalhes serão definidos em etapa posterior. As linhas ainda são capazes de causar sensações diferentes. De maneira simplista, as sensações podem ser resumidas da seguinte forma: • Linhas horizontais: transmitem sensação de tranquilidade, paz, repouso, estabilidade, calma, conforto e espaço; • Linhas verticais: provocam sensação de ascensão, espiritualidade, grandiosidade, crescimento e estabilidade; • Linhas inclinadas: provocam sensação de dispersão, instabilidade, movimento; • Linhas curvas: provocam sensação de graça, suavidade, movimento e dinamismo; • Linhas mistas: definidas pelo uso de linhas retas e curvas. Dependendo da maneira como se encontram no jardim, as linhas passam ao observador várias sensações. A horizontalidade transmite sensações de segurança, evoca o chão onde pisamos. São linhas passivas, calmas. Sua direção normal é da esquerda para a direita. Também pode evocar descanso, sono, dependendo de quem a percebe. Já a verticalidade inspira estabilidade. Sua direção, normalmente, é ascendente. Evoca vida, espiritualidade, magnificência. Todas as outras linhas carregam maior dinamismo visual e são menos estáveis. (LIRA FILHO et al., 2002, p. 28 ) De maneira mais detalhada, a figura a seguir mostra as diferentes sensações resultantes dos diversos formatos de linhas. A sequência de fotos a seguir mostra como os formatos das linhas se aplicam no paisagismo. Na imagem da Casa Quinta da Baroneza I (esquerda), projeto de Debora Roig, podemos observar a linha reta aplicada ao paisagismo, com definição na circulação e uso da vegetação, assim como no projeto da Casa do Cafezal (direita), de FGMF Arquitetos. É interessante notar que as linhas retas aplicadas no projeto de paisagismo têm relação direta com o conceito arquitetônico das residências, que também possui formato bem definido, permitindo um resultado harmonioso com o conjunto. A utilização de linhas horizontais com a intenção de causar a sensação de tranquilidade e repouso pode ser observada nos exemplos a seguir. Grandes áreas verdes e a escolha correta das espécies e outros elementos permitem que o projeto de paisagismo tenha resultado positivo. A linha vertical é muito comum nos jardins verticais e muros verdes, com uso de trepadeiras e pendentes. Podemos ver nos exemplos a seguir a linha vertical presente no conceito do paisagismo e sua aplicação fazendo parte, inclusive, da fachada da edificação. A sensação de movimento, resultado do uso de linhas inclinadas e/ou curvas, pode ser alcançada de diferentes maneiras. Na topiaria trabalhada com formas mais orgânicas, ou na definição do desenho do jardim a partir de seus caminhos, ou ainda nas linhas curvas para dividir os tipos de espécies, o resultado dará um ar mais romântico e suave, conforme exemplos a seguir. No exemplo a seguir, podemos observar como as linhas curvas do paisagismo acompanham o conceito arquitetônico, da mesma forma que observamos nos exemplos de linhas retas. Espaço O espaço é formado por infinitos planos, portanto por infinitas retas e infinitos pontos. Ao se trabalhar com espaços extremos, pequenos ou grandes, pode ser difícil projetar. Para organizar a intenção do projeto a ser desenvolvido e a aplicação dos conceitos e funções pretendidas pelo profissional, trabalhar a setorização dos espaços irá auxiliar no desenvolvimento do projeto e será o ponto de partida. Trabalhar na forma de croqui para a organização do pensamento será um facilitador. A imagem a seguir apresenta como a setorização, com a aplicação da representação gráfica e de alguns elementos de composição aplicados, nos faz entender a primeira etapa do processo de criação. Os destaques na imagem mostram uma primeira ideia de definição de uso, circulação e formatos de desenhos, como as linhas curvas, para resultar em um espaço mais orgânico e dinâmico. Quando falamos especificamente dos projetos de Paisagismo Residencial, o profissional deverá ficar atento às necessidades e anseios dos usuários; os resultados poderão variar bastante dependendo do uso que será feito do espaço pelos moradores. O paisagismo residencial vem sendo aplicado não apenas em áreas externas, mas em pequenas varandas ou, ainda, em ambientes como cozinhas e banheiros. Sendo assim, o profissional deverá ter em mente que o ambiente pequeno requer bastante flexibilidade na solução projetual e para isso, usar o conhecimento técnico e a criatividade é essencial para adaptar um espaço muito restrito a todas as atividades e materiais que ali devem ser organizados. Por outro lado, nos espaços muito grandes devemos prestar atenção para que estes não se tornem impessoais. Importante! Desenhar o espaço significa definir os percursos e caminhos, distribuir elementos capazes de permitir diferentes sensações. Os espaços criados serão reflexo de um desejo e muitas vezes expõem a personalidade de quem os cria e de quem os imagina. Os elementos de composição permitirão a criação de espaços. Superfícies ou Texturas Ao observarmos a superfície de uma mesa recoberta por vidro polido, ou um muro com heras enraizadas, sem tocá-las, é possível distinguir visualmente que a superfície da mesa é lisa e a do muro é ligeiramente áspera. Isto quer dizer que na superfície dos objetos existe algo que nos transmite sensações, conforme os objetos se apresentem aos nossos olhos. A esta sensação denomina-se textura. (LIRA FILHO et al., 2002, p. 32 ) As superfícies e texturas no paisagismo permitirão principalmente o uso adequado dos elementos de composição de projeto, como, por exemplo, tipode piso escolhido na circulação de pedestres, circulação de veículos, possíveis áreas molhadas, áreas públicas que demandem muita manutenção, enfim, além do resultado visual, a definição da superfície merece grande destaque. Podemos classificar as superfícies no paisagismo da seguinte forma: • Lisas ou brilhantes: Refletem mais o som e o calor e são de fácil manutenção. As cores dos materiais parecerão mais intensas e mais próximas do observador. Se usadas em demasia, podem deixar o ambiente muito estimulante; • Rústicas, ásperas e opacas: Absorvem mais o som e o calor incidente e são de manutenção mais difícil. As cores das superfícies parecerão mais suaves e mais distantes do observador. Podem ser balanceadas por meio de cores e iluminação. É preciso lembrar que o tipo de textura a ser utilizado será o que melhor atender às características das atividades desenvolvidas em cada ambiente, bem como ao estilo escolhido para ele. Por exemplo, em um projeto de paisagismo com a presença de piscina, as superfícies lisas podem se tornar escorregadias, portanto a escolha deverá considerar materiais com acabamentos de superfícies rústicas ou ásperas. Padronagem Além dos elementos já citados, como linhas e texturas, temos o padrão de repetição e continuidade de um desenho, que chamamos de padronagem. As padronagens também devem se adaptar às superfícies onde serão empregadas: pequenas para pequenos ambientes e grandes para ambientes maiores. Em tecidos, estampas grandes têm mais sucesso em sofás, enquanto estampas pequenas se aplicam melhor a pequenos objetos (almofadas, assentos de cadeira etc.). Assim como o tipo de superfície, o material utilizado na padronagem também deverá observar o uso. Por exemplo, quando falamos do uso de padronagem em tecidos, devemos ficar atentos a onde estará presente no projeto; caso seja em um local com cobertura, o tipo de tecido não precisa ser impermeável, diferentemente do uso em locais abertos, onde o material ficará sujeito a intempéries, como sol e chuva, ou seja, nesse último caso o material deverá ser resistente e lavável. As imagens a seguir trazem exemplos de padronagem aplicada em pisos cerâmicos, mobiliários e vasos. As estampas podem ser caracterizadas também com o elemento de composição cor, diferenciando-se pelas aplicações de imagens. Lembre-se, em um mesmo projeto, você poderá observar mais de um Elemento de Composição, nesses casos Padronagem e Cor. Volume O volume de um objeto é determinado pelo agrupamento de suas superfícies segundo um projeto construtivo particular e sofre influência dos outros elementos da composição: tipo da linha predominante, cor, luz, textura etc. Nas imagens a seguir, temos um lounge com acesso por uma pequena ponte, presença de água e vegetação; o conjunto de elementos forma um volume interessante. Na outra imagem, uma espreguiçadeira com design diferenciado, uma estrutura de geodésica ao fundo e a composição de vasos e vegetações resultam no volume do projeto paisagístico. Cor É importante conhecer as características das cores e utilizá-las com sabedoria para que sejam aliadas num projeto de paisagismo. Além de nas paredes e pisos, a cor também pode ser explorada nos móveis e complementos. As cores são classificadas em primárias, secundárias e terciárias. O círculo cromático a seguir e o esquema de cores mostram quais são as cores de acordo com suas classificações. Outras informações relevantes quanto às cores estão relacionadas à harmonia. Além dos tons neutros (preto, branco e cinza) e tons pastéis (cores secundárias misturadas ao cinza), as cores podem ser: • Análogas: (cores próximas no círculo cromático); • Complementares: (cores opostas no círculo cromático). Para entender melhor a relação das cores com a vegetação, a imagem a seguir traz referências de cores, divididas entre quentes e frias, em relação a algumas espécies utilizadas no paisagismo. Nas fotos a seguir, podemos observar a utilização das cores em elementos de composição, como esculturas e vasos, lembrando que as cores no paisagismo devem ser usadas com equilíbrio; para isso, podemos usar como base para o projeto algumas sensações que as cores são capazes de proporcionar: • CORES FRIAS, COMO AZUL, VIOLETA E VERDE, ampliam o ambiente. Aconselháveis quando se quer passar uma sensação de espaço. • CORES QUENTES, COMO VERMELHO, AMARELO E LARANJA, tornam o ambiente visualmente menor. Além disso, são estimulantes. Além da aplicação das cores a partir das flores e espécies de vegetação, nas imagens a seguir as cores são aplicadas em vasos, mobiliário e acabamento das paredes. Veja mais um exemplo de aplicação de cores em elementos de composição. Disponível em: https://bit.ly/3loc3GA Luz A luz artificial é uma importante ferramenta no projeto de paisagismo e pode ser utilizada para aumentar a funcionalidade de um ambiente. Para cada tipo de espaço deve existir uma proposta diferente de iluminação, pois para cada tarefa ou atividade desenvolvida é preciso uma iluminação adequada. Atualmente, existe no mercado uma enorme variedade de modelos de luminárias e de lâmpadas, bem como tecnologias capazes de atender aos mais diferentes usos: plafons, pendentes, spots externos (com ou sem trilhos), spots embutidos, mini spots, arandelas, lâmpadas de pé, sancas, abajures de mesa, luminárias de piso etc. No paisagismo, a iluminação poderá ter a função de organizar e direcionar a circulação ou, ainda, destacar alguma vegetação ou outro elemento. Além, é claro, de possibilitar o uso do jardim inclusive no período da noite, permitindo ao indivíduo usufruir do paisagismo em diferentes momentos e muitas vezes causando sensações diferentes quando o espaço é comparado ao espaço com luz natural. Para saber mais sobre os tipos de luminárias e lâmpadas existentes atualmente e que podem ser usadas nos projetos de paisagismo, seguem links com algumas sugestões: • Iluminação para Jardins – Você também pode ter o jardim dos seus sonhos! Disponível em: https://bit.ly/3qV28cV • 50 inspirações para iluminação de jardim: tipos e modelos. Disponível em: https://bit.ly/30YkNtz Equilíbrio Criar uma paisagem equilibrada é essencial para que a mesma agrade ao observador. Mesmo que alguém seja inexperiente em arte, perceberá que uma composição sem equilíbrio certamente incomodará, denotando que existe algo de errado no jardim. Isto é fácil de se perceber, pois o equilíbrio é responsável pela sensação de estabilidade oferecida por um elemento ou composição presente no campo visual. Portanto, equilíbrio é estabilidade físico-visual. (LIRA FILHO et al., 2002, p. 146) Equilíbrio é a conjugação de forças opostas presentes no projeto. Pode ser classificado em: • Simétrico: é uma composição baseada num eixo vertical que passa pelo centro do conjunto, de modo que os pesos fiquem iguais dos dois lados. Transmite sensação de equilíbrio, organização, formalidade, rigidez e sobriedade; https://bit.ly/3loc3GA https://bit.ly/3qV28cV https://bit.ly/30YkNtz • Assimétrico: ao contrário da composição simétrica, a assimétrica requer um pouco mais de sentido estético, pois os pesos dos objetos escolhidos devem se equilibrar sem que os desenhos fiquem iguais dos dois lados. É uma solução mais informal e dinâmica, que tira o foco do centro e o coloca em toda a composição; • Radial: neste tipo de composição, os objetos são distribuídos a partir de um ponto central e se compensam pelas cores, formas e texturas. Sugere dinamismo e movimento. Ritmo Trata-se da repetição de um determinado elemento da composição, criando dinamismo. Disposição inteligente dos elementos, pode ser obtido a partir da repetição ou pelo movimento contínuo de formas e/ou elementos. Este princípio
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