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dasafio poluição 7

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Desafio
Os resíduos sólidos são uma das grandes causas de poluição dos solos, sendo estes definidos de acordo com a NBR 10.004 (ABNT, 2004) como: "aqueles resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e varrição".
Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de águas, ou exijam, para isso, soluções técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível.
Você é um consultor ambiental e a Prefeitura Municipal local lhe procurou para auxiliar na resolução de um problema ambiental urgente.
Clique na imagem para se apropiar da problemática ambiental do município.
Após firmar contrato de prestação de serviço com a prefeitura, você começa então a elaborar um relatório contendo a solução ambientalmente correta para a questão, além de elencar as características da área que são necessárias para a implementação de sua indicação. A partir de seu relatório, o município saberá o que fazer e que área será mais indicada para a instalação da atividade de deposição final dos resíduos.
No Brasil, uma das formas mais comuns de disposição de resíduos sólidos urbanos é em aterros sanitários. A NBR 8419 (ABNT, 1992) descreve aterro sanitário como uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, minimizando os impactos ambientais.
Um dos requisitos para o cumprimento da Lei 12.305/2010 (a qual Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos) é a escolha de áreas favoráveis para a destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos. Essa escolha deve obedecer uma série de critérios para ser aprovada. A escolha de um local para a implantação de um aterro sanitário não é uma tarefa simples, pois o alto grau de urbanização das cidades, associado a uma ocupação intensiva do solo, restringe a disponibilidade de áreas próximas aos locais de geração de resíduos e com as dimensões requeridas para se implantar um aterro sanitário que atenda às necessidades dos municípios.
Em relação ao local de construção do aterro sanitário, em primeiro lugar deve-se consultar o Plano Diretor Municipal (se existir, pois, por lei, apenas municípios acima de 20.000 habitantes são obrigados a ter um Plano Diretor) ou então a Lei Orgânica, visando analisar se realmente é permitida a construção do aterro no local pretendido (uso e ocupação dos solos).
Em segundo lugar, deve-se verificar as questões ambientais, sendo que a NBR 13.896 (ABNT, 1997) estabelece normas para realização de projetos e a construção e operação de aterros sanitários. Devem ser observados alguns aspectos para a seleção de área de construção do aterro sanitário, sendo estes:
Topografia: é um fator determinante para a escolha do método construtivo e também nas obras de terraplanagem para a construção do aterro. Locais muito inclinados podem elevar os custos da obra ou, até mesmo, inviabilizá-la, sem contar que devem ser analisados os potenciais riscos de erosão.
Recursos hídricos: devido à importância da preservação de corpos d’água, deve-se avaliar a possível influência do aterro sanitário na qualidade e no uso das águas superficiais e subterrâneas próximas. Deve-se também respeitar as faixas mínimas de mata ciliar, de acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.
Vegetação: deve ser realizado um estudo macroscópico da vegetação, visto que esta influencia em aspectos como redução de erosão, formação de poeira e transporte de odores.
Vias de acesso: devem ser de fácil acesso. Estas interferem diretamente no custo de implantação do aterro sanitário.
Custos: variam de acordo com o tamanho do aterro e o seu método construtivo. É fundamental a elaboração de um cronograma físico-financeiro e um orçamento detalhado, a fim de verificar a viabilidade econômica do empreendimento.
Distância mínima de núcleos populacionais: a distância do limite da área útil do aterro e dos núcleos populacionais deve ser avaliada, recomendando-se que esta seja superior a 500 m, pois ela visa reduzir os transtornos causados à população pela instalação do aterro.
A construção de um aterro sanitário envolve várias etapas, sendo que devem estar envolvidos profissionais de diferentes áreas. A camada base, uma das primeiras etapas, consiste na impermeabilização da base dos aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos (RSU), bem como das laterais, atuando como uma barreira que isola os resíduos e protege a fundação do aterro, evitando-se a contaminação do subsolo e dos aquíferos subjacentes pela migração de percolados e/ou biogás.
A base do aterro deve ser impermeabilizada com material adequado, que impossibilite a passagem do chorume ou percolado para o solo e subsolo. Em geral, são usadas diferentes camadas de argila, solo compactado e/ou material sintético especial. Basicamente são três itens que devem ser analisados na compactação do solo: porosidade (n), índice de vazios (e) e grau de saturação (S).
A porosidade é a relação entre o volume de vazios pelo volume total. O índice de vazios é a relação entre o volume de vazios pelo volume de sólidos e o grau de saturação indica a porcentagem de água contida nos seus vazios. Em relação à normativa para construção do aterro, deve-se consultar e respeitar a NBR 13.896/1997 - Aterros de resíduos não perigosos: critérios para projeto, implantação e operação.
O principal risco de contaminação dos solos é quanto ao líquido percolado (conhecido como chorume, sumeiro, chumeiro, lixiviado ou percolado). Este é um líquido escuro, turvo e malcheiroso, proveniente do armazenamento e tratamento dos resíduos. A produção de chorume é inevitável, pois não é possível o controle total sobre todas as fontes de umidade que interagem com os resíduos sólidos. Estas fontes podem ser: a própria umidade inicial do lixo, a água gerada no processo de decomposição biológica e/ou a água da chuva que percola pela camada de cobertura.

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