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Apostila-Introdução a Engenharia

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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cibelle Machado Carvalho 
 
Bacharela em Gestão Ambiental (2013) pela Universidade Federal do Pampa. 
Especialista em Educação, com ênfase em educação ambiental não formal (2015), 
Mestra em Engenharia Ambiental (2015) e Doutora em Engenharia Civil - UFSM, com 
ênfase em Recursos Hídricos, Gestão e Saneamento Ambiental (2016-2020) pela 
Universidade Federal de Santa Maria. Possui pós doutorado em disponibilidade hídrica e 
cenários de mudanças climáticas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- INPE. 
Além disso, tem experiência como conteudista, validadora, materiais didáticos e e-books 
para universidades a distância, além de, experiências em tutorias a distância. 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Bruna Luiza Mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Guilherme Prado Salles 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 Taisser Gustavo de Soares Duarte 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem 
Autorização escrita do Editor. 
 
 
 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. 
Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um 
com uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos científi-
cos (artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou 
links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e 
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostradas ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões 
citadas em cada unidade, associando-o a suas ações, 
seja no ambiente profissional ou em seu cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA................................................................... 7 
1.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 
1.2 ENGENHARIA: DA HISTÓRIA AO MUNDO ATUAL .................................................. 8 
1.3 PIONEIRISMO E A ENGENHARIA NO BRASIL ....................................................... 11 
1.4 ÉTICA NA ENGENHARIA ....................................................................................... 13 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 17 
COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS ........................................................... 21 
2.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 21 
2.2 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA ENGENHARIA ................................ 22 
2.3 SOLUÇÕES DE PROBLEMAS .................................................................................. 25 
2.4 GERENCIAMENTO DE PROJETOS ......................................................................... 27 
FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................... 32 
ENGENHARIA E SUAS INTERFACES ......................................................... 36 
3.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 36 
3.2 AS DIFERENTES ÁREAS DE CONHECIMENTO DA ENGENHARIA ......................... 37 
3.3 FUNÇÕES DO ENGENHEIRO................................................................................. 39 
3.4 O ENGENHEIRO, O TÉCNICO E O TECNÓLOGO, SUAS DIFERENÇAS E 
INTERDEPENDÊNCIAS ........................................................................................... 41 
FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................... 44 
ENGENHARIA E SOCIEDADE ................................................................... 49 
4.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 49 
4.2 O PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ................................................... 50 
4.3 COMPETÊNCIA A SERVIÇO DA SOCIEDADE ...................................................... 52 
4.4 ENGENHARIA E A IMPORTÂNCIA AMBIENTAL E SOCIAL .................................. 54 
FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................... 58 
A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS, ESPECÍFICOS 
E PROFISSIONALIZANTES ......................................................................... 63 
5.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 63 
5.2 A IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS ................................ 64 
5.3 A IMPORTÂNCIA DOS NÚCLEOS PROFISSIONALIZANTES .................................. 66 
5.4 A IMPORTÂNCIA DOS NÚCLEOS ESPECÍFICOS .................................................. 67 
FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................... 70 
ASPECTOS GERAIS RELACIONADOS A NORMALIZAÇÃO TÉCNICA ..... 74 
6.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 74 
6.2 NORMAS TÉCNICAS ............................................................................................. 75 
6.3 SISTEMAS DE UNIDADES ....................................................................................... 76 
6.4 CONVERSÃO DE UNIDADES................................................................................. 78 
FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................... 84 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................... 87 
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 88 
 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
Exploraremos a história da engenharia até o mundo atual. O 
pioneirismo e engenharia no Brasil. Além disso, vamos compreender 
a importância da ética na engenharia para a sociedade. 
Compreenderemos a importância da comunicação na 
engenharia. Além disso, estudaremos a importância de soluções 
adequadas e um gerenciamento de projetos eficiente. 
 
 
Buscaremos entender as áreas de conhecimento da engenharia e 
suas funções. Além disso, estudaremos as diferenças do 
bacharelado, do técnico, tecnólogo e suas interdependências 
para um projeto. 
Estudaremos o processo de formação profissionaldo engenheiro, 
competência a serviço da sociedade e a importância ambiental e 
social da engenharia. 
 
 
Iremos estudar a importância dos núcleos de conteúdos básicos, 
profissionalizantes e específicos da engenharia. Assim discutiremos 
a importância de compreender o processo do núcleo de 
conteúdo. 
Buscaremos entender como é o processo das normas técnicas no 
Brasil. Além disso, estudaremos os sistemas de unidades e as 
principais conversões de unidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA 
 
 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
Você já pensou em tudo que a engenharia está relacionada? Sabemos que 
a engenharia é a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Partindo desta 
reflexão, sabemos que a engenharia tem por objetivo desenvolver processos, 
ferramentas, equipamentos e ideias para as soluções dos problemas atuais. Vale 
destacar, que a engenharia e/ou percursores dos engenheiros estavam presentes 
desde a história antiga, ou seja, as populações sempre necessitaram utilizar 
técnicas de engenharia para sua sobrevivência como à caça, pesca e agricultura. 
 Se pensarmos na presença dos engenheiros ao longo da história, podemos 
citar as pirâmides do Egito e aquedutos romanos, por exemplo, ou seja, os 
engenheiros estavam lá, mas ainda não levavam esse título. Acredita-se que um 
dos primeiros engenheiros do mundo trabalhava para o faraó, no qual, teve a 
brilhante ideia de projetar a pirâmide de Djoser, esse acontecimento foi por volta 
de 2630 - 2640a.C. Assim, a população foi evoluindo e a engenharia acompanhou 
suas necessidades, com a criação de ruas asfaltadas, casas mais estruturadas, 
ferramentas essenciais, como televisão, internet, carros, edifícios, elevadores, entre 
outros. 
Podemos destacar dois vieses da engenharia, sendo que um deles propõe 
converter os recursos naturais de forma adequada para a sociedade e o outro 
busca solucionar os problemas oriundos da conversão inadequada dos recursos 
naturais, fazendo com que fossem criadas novas áreas de estudo da engenharia, 
como por exemplo, a engenharia ambiental, florestal, agrimensura, computação, 
software, controle e automação, aeroespacial, etc. 
Mas há também, engenharias com ênfase na produção e qualidade, como 
a engenharia de produção que surgiu devido às mudanças no mercado que, 
consequentemente, proporcionaram um aumento na demanda por profissionais 
especializados. Sendo assim, neste capítulo iremos estudar e entender a história da 
engenharia no Brasil e no mundo, além da ética que procede essa importante 
profissão. 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Bons estudos! 
 
1.2 ENGENHARIA: DA HISTÓRIA AO MUNDO ATUAL 
O papel do engenheiro é fundamental para a população. Ele atua no 
controle do fogo, criação das cidades, domínio da agricultura entre outros. Uma 
habilidade que pode ser compreendida a mais ou menos 2 milhões de anos atrás, 
ou seja, desde quando os hominídeos fabricavam ferramentas rudimentares para 
sua sobrevivência. Acredita-se que o pontapé inicial para a engenharia foi o 
descobrimento do fogo e a técnica de polimento de pedras. 
 Com essas descobertas, houve também, outros métodos de organização 
social e assim os seres humanos sentiam a necessidade de novas descobertas, 
como obras de maiores portes, exemplo disso, são as pirâmides do Egito criadas a 
cerca de 4,5 mil anos atrás. 
 Os seres humanos descobriram a processo de fundição de metais por volta 
de 2 mil anos a.C. e neste mesmo período, também, ocorreu a descoberta da roda, 
e assim iniciaram-se as construções de maquinária simples. Desta forma, tornou-se 
possível a construção de templos, estradas e palácios, acarretando novas 
mudanças na sociedade. Vale lembrar que neste mesmo período os egípcios já 
canalizavam água do rio Nilo para irrigação e utilizavam papiros para a escrita.
 
Figura 1: A invenção da roda e suas modificações ao longo do tempo 
 
Disponível em: https://bit.ly/3xWCBn7 . Acesso: 15 fev. 2021 
 
A sociedade mediterrânea e escandinava desenvolvia técnicas para 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
construção de navios. Os chineses inventam a pólvora e a bússola magnética. Aos 
longos das décadas e séculos ocorriam evoluções tecnológicas, diversas vezes 
alcançadas por artesões de maneira empírica, ou seja, através de tentativas, erros 
e experiência, e este conhecimento passava por gerações. Destaca-se que para a 
época as habilidades citadas, eram consideradas presente dos deuses, sendo 
repassadas somente para os escolhidos. 
 O grupo social que possuía mais conhecimento de engenharia e tecnologia, 
obtinha grandes vantagens, e isso acarretou em dominações de povos. Vale 
destacar, que a engenharia era considerada um ramo da geografia na idade 
média, mais especificamente um ramo da cosmografia que é o estudo do universo, 
que compreendia as áreas da astronomia, hidrografia e a geografia. Mas a partir 
do século XVII, a cosmografia se distinguiu da geografia, e começou a referir-se a 
conhecimentos úteis à navegação; e a geografia limitou-se, a estudar o espaço 
geográfico. 
 Partindo deste contexto, surgiram os engenheiros militares, aqueles que 
obtinham o conhecimento sobre as questões da terra e eram especialistas em 
sistemas de defesa. Dentro da área da geografia, a engenharia começou a se 
tornar uma área do conhecimento específico, devido as guerras e defesas dos 
territórios, visto que, era necessário um conhecimento mais aprofundado e 
especializado, assim foram separados os conhecimentos cosmográficos dos 
geográficos. Esse “desmembramento” aconteceu, principalmente, porque a 
engenharia abrangia algumas áreas totalmente estranhas para a geografia, no 
entanto, os saberes e a construção da engenharia foram de origem militar. 
 A engenharia e sua história têm ligação íntima com sistemas defensivos e 
ofensivos, retratados historicamente desde a idade média e por consequência, 
gerando vantagens competitivas. Os primeiros indícios da engenharia e as guerras 
se remonta ao Império Romano, onde possuíam soldados, no qual tinham 
responsabilidade técnica na área de construções, fortificações e posições 
defensiva. 
Todas as guerras tinham seus responsáveis técnicos, que hoje denominamos 
de engenheiros militares, mas, a guerra que foi denominada e percebeu-se essa 
importância foi no reinado de Dom João V, de Portugal, meados do século XVIII, 
durante a guerra da Sucessão Espanhola, onde teve um crescimento da profissão 
de engenheiro militar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Um dicionário da língua portuguesa, em Lisboa de 1739, retrata a engenharia 
como a arte e/ou ciência que os “engenheiros” desenvolviam. A engenharia era 
retratada para aquelas pessoas que desenvolviam as máquinas, obras e engenhos 
para as guerras. 
 A humanidade evoluiu em um processo contínuo de saberes diferenciados. 
Grandes avanços científicos ocorreram quando as invenções chegaram ao 
mercado consumidor. Partindo do princípio em que a sociedade estava em 
constantes modificações, aliado a dois processos: grandes crises (guerras) e 
catástrofes ambientais; houve mudanças da sociedade, industrias e mercado 
consumidor. 
Perante tal, as técnicas de engenharia foram mudando e se aprimorando, 
surgindo assim, o conhecimento teórico para fundamentalizar a prática. Com isso, 
vieram os profissionais especialistas em solucionar os problemas que antigamente 
eram resolvidos através de erros e acertos, ou seja, utilizando apenas aspectos 
práticos. 
 Como sabemos, as estruturas e instrumentos foram construídos através de 
observações do passado e assim, deu-se início a engenharia, mas, com a expansão 
científica, metodológica, matemática e física em sua ordem prática e teórica 
nasceu à figura que atualmente chamamos de engenheiro. 
 Logicamente a engenharia foi se estruturando com a evolução da 
matemática e interpretaçõesdos fenômenos físicos. No século XVIII, foi o marco 
divisório da engenharia: antiga e moderna. A engenharia antiga é caracterizada 
pelo empirismo, ou seja, engenheiros que desenvolviam técnicas através do 
conhecimento de seus antecessores com base na sua própria vivência. A 
engenharia moderna utiliza o conhecimento científico para solucionar e resolver 
problemas, ou seja, a partir da fundamentação teórica, que leva em consideração 
conhecimentos específicos, como estruturas de materiais, leis da mecânica, 
modelagens matemáticas, fenômenos físicos, entre outros. 
 Vale mencionar que a tecnologia que conhecemos hoje, iniciou-se a mais ou 
menos quatro décadas atrás, no entanto, só teve aceleração na revolução 
industrial. Mas houve alguns avanços importantes para que isso ocorresse, como 
projetos idealizados por Leonardo da Vinci (1452-1519), no qual, reuniu 
conhecimentos empírico e teórico. 
 Da Vinci projetou a roda d’agua horizontal, no qual foi utilizado na 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
construção das turbinas hidráulicas, portos, máquinas de escavação além de 
estudos científicos. Em 1590, Galileu, físico, estudou levantamento de pesos e 
inventou o termômetro, além de estudar a lei da gravitação e oscilações. 
Historiadores afirmam que o primeiro termo utilizado como engenheiro, 
proveniente da palavra latina, Ingenium, significa engenho ou habilidade, foi na 
Itália. Oficialmente, este termo foi designado por ordem régia de Carlos (1337-1380), 
da França, que começou a utiliza-lo para as pessoas que designavam técnicas por 
base científicas, o invento e à aplicação de engenhos. Por fim, em 1814 o termo 
engenharia foi dicionarizado para o português e o primeiro título de engenheiro foi 
usado por John Smeaton (1724-1792), que se auto intitulou engenheiro civil. 
 
1.3 PIONEIRISMO E A ENGENHARIA NO BRASIL 
Não se sabe ao certo quando iniciou a engenharia no Brasil, mas a profissão 
estabeleceu-se efetividade na construção de casas pelos colonizadores 
posteriormente a construção de obras de defesa. No Brasil, o modelo de 
engenharia que conhecemos atualmente, teve início a partir de atividades de 
engenheiros e mestres construtores de edificações. 
 Logicamente o desenvolvimento da engenharia no Brasil se manteve 
atrasado devido ao modelo de economia fundamentado na escravidão, o que 
representava mão de obra barata. As referências mais antigas retratam que o 
ensino da engenharia no Brasil teve início através de um holandês, Miguel 
Tirmermans, em meados de 1650. 
 A Academia Real Militar, foi a primeira escola de engenharia no Brasil, 
criada em meados de 1810, substituindo a Real Academia de Artilharia, 
Fortificações e Desenho (Figura 2), instalada em 1792. Posteriormente a Academia 
Militar sofreu várias modificações, após a independência, o nome foi mudado para 
Academia Imperial Militar, mais tarde, Academia Militar da Corte. Vale lembrar que 
em 1823 foi permitida a entrada de civis, ou seja, os cidadãos não precisavam 
fazer parte do Exército para se tornarem engenheiros. 
 Em 1858, pelo Decreto n° 2116, foi criada uma nova coordenação e 
organização das escolas militares, originando uma nova nomenclatura: Escola 
Central, destinada a ensinos como matemática, física e áreas da natureza 
(doutrinas próprias da engenharia civil). Com essas novas modificações o ensino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
militar ficou sob a responsabilidade da Escola de Aplicação do Exército, 
denominada Escola Militar e de Aplicação do Exército, e da Escola Militar do Rio 
Grande do Sul. 
 
 Figura 2: Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho 
 
Disponível em: https://bit.ly/3gai3Bn . Acesso em 14 fev. 2021 
 
Em 1874, pelo Decreto no 5.600 foi criada a Escola Politécnica do Rio de 
Janeiro, sucessora da Escola Central. Neste mesmo momento foi criada a Escola de 
Minas de Ouro Preto em 1876. No século XIX foram criadas cinco escolas de 
engenharia, sendo em 1893 a Politécnica de São Paulo; em 1896 a Politécnica do 
Mackenzie College e a Escola de Engenharia de Recife e em 1897 a Escola de 
Engenharia de Porto Alegre e a Politécnica da Bahia. A partir deste período 
criaram-se diversas outras instituições de ensino da engenharia. 
 Dentro do contexto do ensino superior, a origem da engenharia é recente. 
Até 1759, a educação superior possuía vínculos com os “soldados de cristo” que 
preparavam a elite para assumir funções de direção do reino português no Brasil. 
Assim, a partir da década de 1950, 14 estados brasileiros já contavam com Escolas 
de Engenharia, sendo criado também o ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica.
 No governo Juscelino Kubitschek, criaram-se novas escolas, em 1970 o Brasil 
já contava com 117 Escolas de Engenharia em funcionamento. Na década de 
1980, já havia mais de 130 escolas de engenharia e em 2008 eram mais de 450 
Escolas de Engenharia no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
1.4 ÉTICA NA ENGENHARIA 
Antes de discutirmos o que é ética, precisamos entender a diferença entre 
ética e moral. Ética vem da palavra grega êthos, que significa caráter e é muito 
utilizada como representação da forma de agir e ser das pessoas, ou seja, ações e 
comportamentos. Tendo como significado estudo dos juízos de apreciação 
referente à conduta humana, no ponto de vista do bem e do mal. 
 Entretanto uma variante do termo latino êthos é moris que significa moral, 
conjunto de regras de conduta de um grupo social, ou seja, são hábitos e 
costumes julgados válidos por um modo absoluto ou por um determinado grupo 
social. A moral é estabelecida de acordo com a cultura em determinado tempo e 
espaço, além disso, elementos como religião, informações e modo de vida 
influenciam a moral, podendo também expressar “normas de proibição e 
permissão”. 
O comportamento moral é moldado culturalmente, ou seja, há tabus e 
permissões moralistas que se retratam de acordo com o desenvolvimento dos 
grupos sociais. Ética é uma ação refletida e pensada, baseada no certo e errado, 
que não desrespeita a individualidade das pessoas. Desta forma, a ética é um 
conjunto de padrões que pautam a conduta dos seres humanos. Na engenharia, 
em um contexto social técnico, você saberia dizer quais são as condutas éticas 
que o engenheiro deve respeitar? 
A engenharia é uma interação coletiva, sendo fundamental o trabalho em 
equipe. Assim é necessário conhecer as normas de interação, visto que isso 
norteará os relacionamentos com os clientes e a sociedade, portanto o 
engenheiro (a) deve manter uma conduta ética em relação à sociedade. 
 Um tema da ética na engenharia que merece destaque é o direito, que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
pode ser definido como um sistema de normas e diretrizes com embasamento 
teórico e prático. Ou seja, são processos legais que estabelecem autoridade e 
quando descumpridas geram sansões, como multas, serviços comunitários, prisão 
entre outros. 
As legislações e suas penalidades podem variar de acordo com o local, 
sendo que em diversos países do mundo essas penalidades podem chagar a pena 
de morte. Por exemplo, no Brasil, há normas, resolução e portarias que os 
engenheiros devem cumprir para solucionar os problemas. Mas é importante 
destacar que em todos os grupos sociai(profissões) existem regras e punições, e isso 
serve para a proteção da sociedade. 
 Em 2002, foi descrito o novo Código de Ética Profissional da Engenharia 
(Resolução nº 1.002) que enuncia fundamentos básicos sobre a prática da 
profissão. Revogada pela Lei que deu início aos princípios éticos da engenharia Lei 
nº 5.194/1966, onde este regulamenta o exercício das profissões da engenharia. 
 Desta forma, este Código e em seu Art. 8º retrata a prática da profissão em 
engenharia que segue os princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua 
conduta: 
“Do objetivo daprofissãoI – A profissão é bem social da humanidade 
e o profissional é o agente capaz de exercê-la, tendo como 
objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento harmônico do 
ser humano, de seu ambiente e de seus valores; 
Da natureza da profissãoII – A profissão é bem cultural da 
humanidade construído ermanentemente pelos conhecimentos 
técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-se pela 
prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade 
de vida do homem; 
Da honradez da profissãoIII – A profissão é alto título de honra e sua 
prática exige conduta honesta, digna e cidadã; 
Da eficácia profissionalIV – A profissão realiza-se pelo cumprimento 
responsável e competente dos compromissos profissionais, munindo-
se de técnicas adequadas, assegurando os resultados propostos e a 
qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a 
segurança nos seus procedimentos; 
Do relacionamento profissionalV – A profissão é praticada através do 
relacionamento honesto, justo e com espírito progressista dos 
profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatários, 
beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de 
tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição; 
Da intervenção profissional sobre o meioVI – A profissão é exercida 
com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável na 
intervenção sobre os ambientes natural e construído e da 
incolumidade das pessoas, de seus bens e de seus valores; 
Da liberdade e segurança profissionaisVII – A profissão é de livre 
exercício aos qualificados, sendo a segurança de sua prática de 
interesse coletivo (BRASIL, 2002)”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Dos deveres da profissão da engenharia: 
“Ante o ser humano e seus valores: oferecer seu saber para o bem 
da humanidade; harmonizar os interesses pessoais aos coletivos; 
contribuir para a preservação da incolumidade pública; divulgar os 
conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos inerentes à 
profissão (BRASIL, 2002).” 
 
Ante à profissão: 
“Identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão; conservar e 
desenvolver a cultura da profissão; preservar o bom conceito e o 
apreço social da profissão; desempenhar sua profissão ou função 
nos limites de suas atribuições e de sua capacidade pessoal de 
realização; empenhar-se junto aos organismos profissionais no sentido 
da consolidação da cidadania e da solidariedade profissional e da 
coibição das transgressões éticas (BRASIL, 2002)”. 
 
Das relações com os clientes, empregadores e colaboradores: 
“Dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da 
equidade; resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu 
cliente ou empregador, salvo em havendo a obrigação legal da 
divulgação ou da informação; fornecer informação certa, precisa e 
objetiva em publicidade e propaganda pessoal; atuar com 
imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais; 
considerar o direito de escolha do destinatário dos serviços, 
ofertando-lhe, sempre que possível, alternativas viáveis e adequadas 
às demandas em suas propostas; alertar sobre os riscos e 
responsabilidades relativos às prescrições técnicas e as 
consequências presumíveis de sua inobservância; g) adequar sua 
forma de expressão técnica às necessidades do cliente e às normas 
vigentes aplicáveis (BRASIL, 2002).” 
 
Por fim, a resolução 1.002 de 2002 tem por intuito padronizar e legalizar a 
conduta do engenheiro perante a sociedade, onde atender as normativas, 
resoluções e portaria é fundamental para a construção de uma relação saudável 
ambientalmente, economicamente e socialmente justa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. A ética profissional de um engenheiro é posta à prova em cada uma de suas 
decisões e ações, pois estas ações exercem influência na vida de diversas 
pessoas, tais como os empresários, demais funcionários da organização, os 
consumidores, as comunidades, etc. Com relação à ética profissional, considere 
as afirmações abaixo: 
 
I. A reputação de um profissional é ligada a dois pilares fundamentais: sua 
competência técnica e sua ética pessoal. 
II. Um grande desafio ético do engenheiro de produção produz-se quando ele 
se vê diante do dilema entre obedecer a uma legislação ou a uma demanda 
da organização onde ele trabalha e ambas são antagônicas. Nesses casos, o 
importante é garantir que possíveis consequências e sanções recairão sobre a 
organização, jamais sobre o engenheiro. 
III. Existem situações em que decisões de fechamento de postos de trabalho e 
consequente perda de empregos são decisões eticamente defensáveis. Um 
exemplo desse tipo de situação é a automatização de atividades perigosas, 
que normalmente geram acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. 
Relativamente a estas afirmativas, selecione a opção correta: 
 
a) As afirmativas (I) e (II) estão corretas e a afirmativa (III) está parcialmente 
correta. 
b) As afirmativas (I) e (II) estão corretas e a afirmativa (III) está parcialmente 
correta. 
c) A alternativa (II) está errada e as demais alternativas estão parcialmente 
corretas. 
d) As afirmativas (I) e (III) estão corretas e a afirmativa (II) está parcialmente 
correta. 
e) Todas as alternativas estão erradas. 
 
2. Código de valores que norteiam a conduta de um indivíduo, bem como suas 
decisões e escolhas, fazendo com que esse indivíduo seja capaz de julgar o que 
é certo ou errado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Trata-se da definição de: 
a) altruísmo; 
b) egoísmo; 
c) consenso; 
d) participação; 
e) moralidade. 
 
3. A ética associa cultura e sociedade para definir o que seja mal ou bem, vício ou 
virtude. Com base nessa definição, a virtude da gentileza, muito importante 
para o atendimento ao cidadão-usuário, correlaciona-se ao vício de: 
 
a) Irascibilidade 
b) Ambição 
c) Vaidade 
d) Indulgência 
e) Vulgaridade 
 
4. Com relação ao Código de Ética Profissional – Resolução CONFEA nº 1002/02, a 
prática da profissão é fundamentada em princípios éticos nos quais o profissional 
deve pautar sua conduta. Esses princípios são: do objetivo da profissão, da 
natureza da profissão, da honradez da profissão, da eficácia profissional, do 
relacionamento profissional, da intervenção profissional sobre o meio e da 
liberdade e segurança profissionais. No que concerne ao princípio da eficácia 
profissional, é CORRETO afirmar: 
 
a) A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável, 
na intervenção sobre os ambientes natural e construído e na incolumidade das 
pessoas, de seus bens e seus valores. 
b) A profissão é praticada com base em relacionamento honesto, justo e com 
espírito progressista dos profissionais para com os gestores, destinatários, 
beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento 
entre os profissionais e com lealdade na competição. 
c) A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna e 
cidadã. 
d) A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de sua 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
prática de interesse coletivo. 
e) A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos 
compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os 
resultados propostos, assim como a qualidade satisfatória nos serviços e produtos 
e observando a segurança nos seus procedimentos. 
Parte superior do formulário 
 
5. No que concerne à legislação profissional na área de engenharia, marque a 
alternativa que apresenta um exemplo de dever por parte do engenheiro, 
segundo o Código de ética profissional: 
 
a) Apresentar proposta de honorários com valores extorsivos, desrespeitando 
tabelas de honorários mínimos. 
b) Agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissionalou profissão. 
c) Orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do 
desenvolvimento sustentável. 
d) Atentar contra a liberdade do exercício da profissão ou contra os direitos de 
outro profissional. 
e) Nenhuma das alternativas estão corretas. 
 
6. Em relação ao Código de Ética Profissional das Profissões da Engenharia, da 
Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia que relaciona os 
direitos e deveres correlatos de seus profissionais, analise os itens abaixo e 
assinale a alternativa correta. 
 
 I - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com 
espírito progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, 
destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de 
tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição. 
II - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna 
e cidadã; 
 
a) O item II é falso 
b) O item I é falso 
c) Os Itens I e II são verdadeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
d) O item II é verdadeiro, mas incompleto. 
e) nenhuma das alternativas. 
 
7. Conforme o Código de Ética Profissional, instituído pela Resolução n.º 1.002/2002, 
é correto afirmar que: “No exercício da profissão, é permitido utilizar livremente 
do privilégio de exclusividade de direito profissional”. 
 
Analise a afirmação acima e assinale a alternativa correta. 
 
a) Afirmação correta 
b) Afirmação errada 
c) Afirmação condiz com a realidade apenas da engenharia civil e ambiental 
d) O exercício profissional garante o privilégio de acordo com as diretrizes e 
normativas de cada universidade. 
e) Nenhuma das alternativas. 
 
8. Conforme o Código de Ética Profissional, instituído pela Resolução n.º 1.002/2002 
retrata sobre os engenheiros e seus princípios ético. Perante tal, é correto o 
engenheiro impor ritmo de trabalho excessivo sobre os colaboradores de sua 
equipe? 
 
Assinale a alternativa correta 
 
a) Afirmação correta 
b) Afirmação incorreta. 
c) O ritmo é designado no ato contratual de cliente – engenheiro. 
d) Na engenharia é comum ritmo excessivo de trabalho. 
e) Nenhuma das alternativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS 
 
 
 
2.1 INTRODUÇÃO 
O engenheiro é um profissional extremamente técnico, que tem por 
habilidade tomar decisões baseadas em números, dados e estatísticas. O 
engenheiro tem por fundamento metodológico os solucionar problemas com base 
na matemática e física, além de ferramentas de tecnologia. Além disso, possuem 
competências fundamentais como liderança de equipe, negociação, interação 
com os clientes e colaboradores, o que se deve aos problemas interdisciplinares, 
que por consequência precisam ser resolvidos com soluções transdisciplinares. 
Os problemas atuais estão interligados, ou seja, tem a parte social, 
econômica, ambiental e cultural, exemplo disso, é o caso de Mariana, o 
rompimento da barragem de rejeitos, denominado de Fundão, ocorreu em 
novembro de 2015, onde o vazamento dos rejeitos teve mais de 60 milhões de 
metros cúbicos despejados ao Rio Doce, que abastecia mais de 230 municípios dos 
Estados de Minas Gerais e Espírito Santo (WANDERLEY et al., 2016). 
Em vista disso, houve uma rede de determinações que dificultou este, 
parecer, além de entender os riscos e incertezas e a transformação desse 
reconhecimento em ações corretivas imediatas (LIMA, et al., 2015). O desastre 
ambiental em Mariane revela uma crise ambiental, além do que, o retorno 
econômico que a mineração oferece ao Estado de Minas Gerais pode ser 
considerado nulo devido aos estragos socioambientais e de vidas perdidas. 
Os possíveis erros acarretaram em problemas sociais, devido ao número de 
morte, além de poluições e problemas sanitários e o direito da sociedade em ter um 
meio ambiente limpo e equilibrado de acordo com a Constituição de 1988 (BRASIL, 
1988). 
 Vale salientar, que um dos problemas ambientais é a poluição das bacias 
hidrográficas, ou seja, o direito da população de obter uma água em qualidade e 
quantidade são banidas, visto que, a água é um bem público (BRASIL, 1997), os 
tratamentos convencionais não retiram metais pesados em sua magnitude 
(Resolução CONAMA 430 e 357) e por consequência a saúde pública de qualidade 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
torna-se mais difícil de acontecer (FREITAS et al, 2019). 
Por isso, entender a globalização dos problemas enfrentados pelos 
profissionais da engenharia se torna fundamental, uma vez que os projetos e as 
resoluções dos problemas são interdisciplinares. O fato é que o engenheiro 
necessita se relacionar com profissionais de áreas distintas, entender os obstáculos e 
gerenciar as tomadas de decisões. 
Para que isso ocorra é fundamental saber se comunicar, ou seja, expressar 
com clareza sua oratória para que distintos grupos sociais entendam com 
facilidade a ideia que será realizada. Assim, neste capítulo iremos entender e 
estudar a importância da comunicação, soluções de problemas e como gerenciar 
projetos. 
Bons Estudos! 
 
2.2 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA ENGENHARIA 
Saber se comunicar é importante para qualquer pessoa, há diversos métodos 
(Figura 3) que contribuem para a eficácia da comunicação no dia a dia, e esse 
processo evita desperdício de tempo dos profissionais. Com isso na engenharia, a 
comunicação é essencial, visto que, não adianta ter brilhantes ideias sem saber 
transmitir o que se tem em mente. 
 
Figura 3: Saber se comunicar 
 
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/384NkBD. Acesso em: 17 fev. 2021 
 
Esse processo de comunicação envolve práticas de comunicação visual e 
comunicação técnica que devem estar conectadas com quem produz, transmite e 
recebe a mensagem, visto que a partir dessa união o objetivo será atingido.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 Ferreira Jr. et al (2011) ressalvam que no desenvolvimento da comunicação 
da engenharia é comum encontrar problemas, principalmente na prática da 
comunicação visual e da comunicação técnica. Desta forma, a falta de junção da 
comunicação prática e técnica acaba gerando desencontros na comunicação. 
A engenharia é inoperante sem comunicação, visto que, não adianta 
desenvolver uma tecnologia se não for traduzida para uma linguagem acessível e 
compatíveis com aqueles que a utilizam. Ou seja, do que adianta desenvolver 
tecnologias para solucionar problemas ambientais se a sociedade não entende sua 
importância. 
Logicamente, que a pauta não se baseia no fato dos engenheiros estarem 
realizando a atividade de um comunicador de fato, mas sim, para o rendimento do 
trabalho profissional da engenharia. Desta forma, defender que a informação é 
importante para a divulgação do seu trabalho, é fundamental perceber a 
qualidade que os receptores estão recebendo a mensagem, ou seja a qualidade 
da informação, ou se as pessoas estão entendendo o que de fato está 
acontecendo. 
Um dos desafios da engenharia é desempenhar uma comunicação de 
forma verbal e escrita bem articulada, ou seja, os envolvidos devem entender a 
mensagem. Assim, a eficácia do trabalho e eficiência da engenharia depende da 
habilidade em fazer com que as pessoas entendam, ou seja, ser compreendido, é 
tão importante quanto ter competência técnica. 
Outra questão bastante discutida é a linguagem científica, esse processo 
deve se normatizar o texto, ou seja, criar padrões específicos para que qualquer 
engenheiro ao redor do mundo entenda. Exemplos disso são manuais, normas 
técnicas, entre outros (Figura 4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Figura 4: Linguagem científica 
 
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3CUm6M5. Acesso em: 01 fev. 2021. 
 
A engenharia é uma área que o profissional possui um vocabulário próprio, 
diferente de uma linguagem literária por exemplo. Vale destacar, que a linguagemtécnica valoriza a praticidade e a objetividade, assim é fundamental que a 
linguagem técnica seja precisa e direta, uma vez que a exatidão do conteúdo é 
primordial para a engenharia. 
 A clareza das ideias é muito discutida na engenharia, um texto técnico 
adequado é essencial para não haver “brechas” para erros causados pela 
interpretação ambígua da comunicação. Assim um texto inteligível e conciso é 
primordial para uma boa comunicação na engenharia e para outros profissionais.
 Um exemplo de comunicação escrita são os relatórios, artigos técnicos, 
propostas, memorandos, cartas comerciais entre outros. Os componentes ditos 
essenciais da comunicação escrita é entender que o texto deve ser claro e com o 
português acessível para todos, observando o uso de subtítulos, com a apropriação 
correta das palavras e ideias claras. Logicamente, uma boa escrita é fundamental 
em qualquer profissão, mas não há fórmula mágica, apenas muita leitura, treino a 
escrita. 
 Todos os textos necessitam de uma estrutura uniforme de frases, menções 
claras, termos precisos, usos de poucas preposições, fazendo com que os textos 
tornem-se mais fluídos, com menos conectores, e o principal, evite linguagem 
informal ou demasiadamente requintada, evitando coloquialismo e termos 
extremamente eruditos. Outra questão, muito importante é utilização correta da 
pontuação, como parênteses, vírgulas, dois-pontos, demonstrando clareza e 
relevância no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
2.3 SOLUÇÕES DE PROBLEMAS 
A engenharia é multidisciplinar e não pode dispensar a modelagem 
matemática na tomada de decisões. A boa engenharia é a que atende os 
objetivos técnicos e que respeita o orçamento, com modelos matemáticos que 
desempenhem previsões corretas. 
Os projetos podem ser simplistas ou complexos, como os simulados em 
computadores ou calculados a mão. Na engenharia utilizam-se dois modelos: 
empíricos com base em resultados experimentais e teóricos, baseados nas leis da 
natureza além, das combinações desses dois. 
A engenharia é mais que uma ciência e matemática aplicada, há tópicos 
como avaliação de projetos, busca de alternativas, soluções de problemas, entre 
outros. Um dos primeiros aspectos que os engenheiros precisam definir e identificar 
são os problemas. A segunda etapa é montar a equipe, com pessoas capacitadas 
em diferentes áreas para sua integralização. A terceira etapa é entender e 
identificar as limitações e critérios do sucesso do projeto. 
A quarta etapa retrata a busca de soluções. A quinta etapa é estudar a 
viabilidade do projeto e escolher a melhor solução. A sexta etapa é documentar a 
solução a partir de relatório com a equipe integrada. A sétima etapa é comunicar 
a solução a gerência e por fim, a oitava é executar a solução e a nona é verificar e 
avaliar as soluções escolhidas (Figura 5). 
 
Figura 5: Busca de soluções 
 
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3AT4P4b. Acesso em: 17 fev. 2021. 
 
A função básica do engenheiro é formular a solução com questões técnicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Para projetar uma solução eficaz é necessário atender as metas preestabelecidas 
do projeto. Para encontrar as soluções dos problemas é fundamental entender 
todos os processos do projeto, visto que as resoluções eficazes exigem que todos os 
problemas sejam reconhecidos. 
 Há diversos métodos de gestão para planejar e reconhecer os problemas, 
além de solucioná-los, e estes métodos possuem uma abordagem sistêmica para 
que a equipe reconheça todos os processos e problemas e alcancem soluções 
adequadas. Sendo que técnicas de soluções desacompanhadas de um método 
de gestão pode ser um problema, visto que é fundamental, analisar, realizar o 
levantamento de alternativas, estabelecer critérios, além de escolher como 
desenvolver a melhor abordagem. Desta forma, há diversos métodos que guiam 
como construir o projeto e solucionar os problemas. Os principais problemas quando 
não se estabelece o método é: 
 Não ter consciência do processo e resolução dos problemas e não conseguir 
descrevê-los de maneira correta. 
 Não utilizar métodos sistemáticos 
 Focar no problema sem compreender o que se deseja solucionar 
 E não explorar alternativas que não são convencionais. 
 
Além do que, concluir por intuição, decidir pelo mais fácil, subestimar o 
problema, contentar-se com apenas uma opção, isolar o problema do meio aonde 
ocorre, desprezar os detalhes, são ações que não devem ser consideradas no 
momento de estabelecer uma solução. 
Um método bastante conhecido na gestão é a análise do ciclo PDCA 
(Planejar, Fazer, Verificar e Agir), essa ferramenta atua como método de controle 
de qualidade dos processos, focando na solução dos problemas (Figura 6). Sendo 
que para sua aplicabilidade há quatro fases distintas: 
Planejar: selecionar o processo, máquina, atividade e/ou projeto, que 
necessite de melhoria, focando sempre nos resultados esperados. Identifica-se o 
problema-oportunidade e se faz o levantamento de dados e informações, há 
também diversas ferramentas que podem servir de auxílio nesse início, como 
fluxograma, brainstorming, diagrama de Pareto entre outros. 
Fazer: implantação do método, plano, projeto, que é elaborado (com 
acompanhamento de seu progresso). Esta etapa é o plano de ação, onde todas as 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
tarefas entram em ação. Neste processo, as causas já são conhecidas. É nesta 
etapa que os resultados são gerados. Ferramentas como a FMEA (Análise dos 
Modos de falhas e seus Efeitos) podem auxiliar. 
Avaliar: caso o processo obtenha sucesso, é nessa etapa que as ações são 
mensuradas. Esse processo é uma reflexão dos resultados. Existem ferramentas 
como histograma e cartas de controle que podem ser utilizadas para compreender 
e avaliar os resultados. E nessa etapa que se deve entender e garantir as 
informações levantadas. 
Agir: após a validação dos resultados obtidos é o momento de padronizar as 
ações. Corrigir os defeitos dos processos, para que assim não voltem a acontecer. 
Existem ferramentas como 5S, Procedimento Operacional Padrão e Controle 
Estatístico de Processos, que podem ajudar nessa etapa. 
 
Figura 6: Ciclo PDCA 
 
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/37Sbuil. Acesso em: 20 jan. 202. 
 
O ciclo PDCA é um exemplo de ferramenta que pode ser utilizado para 
solucionar os problemas encontrados em situações de gestão de projetos e 
engenharia. 
 
2.4 GERENCIAMENTO DE PROJETOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Gerenciamento de projetos é um elemento utilizado nas organizações e é 
fundamental para viabilizar ideias e atividades. A comunicação, eficiente e a 
confiabilidade são processos importantes na gestão dos projetos. 
 Sendo importante, principalmente, para entender a diferença de projeto e 
processo. Projeto é temporário e apresenta um resultado, tem objetivo definido, um 
procedimento contínuo, com resultados que dependem de um padrão. 
 É importante destacar que projeto tem uma finalização definida e que, ao 
contrário dos processos, as tarefas são de responsabilidade contínua. Atualmente 
há muitos colaboradores que trabalham apenas por projetos e não permanecem 
em um lugar fixo. 
 A utilização de softwares tem se tornado tendência no gerenciamento de 
projetos, devido ao auxílio no planejamento das atividades. A excelência de um 
gerenciamento de projetos é alcançada através da repetição de processos. 
Gerenciar projetos tem como metodologia um conjunto de princípios e orientações 
adaptadas para a solução de problemas em uma determinada situação. 
 Gerenciamento de projetos é um estilo de administração, orientado por 
resultados, onde se é construído um bom relacionamento com os colaboradores de 
diferentes especialidades. 
 Outro aspecto que merece destaque é o fato de que os projetos em geral, 
necessitam de esforços combinadosem uma variedade de especialidades, onde 
os profissionais precisam trabalhar juntos sob a liderança de um gerente de projetos.
 Além disso, o projeto é visto como uma atividade que não tem rotina, ou 
seja é uma construção diário para solucionar um problema. Por exemplo, a 
construção de um automóvel híbrido, que exige a solução de problemas inéditos, 
no ponto de vista social, econômico, ambiental e até cultural do produto. 
O produto é adaptado para o mercado consumidor? O ambiente no qual querem 
desenvolver é apropriado? Utiliza tecnologias de ponta? São perguntas levantadas 
e respondidas por especialistas. 
 Obviamente executar um projeto que nunca foi feito, requer planejamento. 
Até mesmo projetos considerados rotineiros, ou seja, projetos que podem ser 
aplicados em diversas organizações e os processos são os mesmos. Por exemplo, 
máquina de automação industrial, onde o engenheiro utiliza o mesmo programa 
e/ou software e a maquinaria para diversas organizações. No entanto, cada 
organização tem sua cultura e isso reflete na eficiência do projeto, por isso alguns 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
projetos são bem aceitos e estabelecem eficiência e eficácia, e em outras 
organizações a mesma metodologia usada não é aceita, a quebra de rotina 
acaba ocorrendo. 
Assim, um projeto acaba sempre sendo único, pela origem, apropriação da 
ideia e até mesmo pela construção cultural da empresa. A mesma organização 
com matrizes diferentes pode ter aceitabilidade dos projetos diferentes. Por 
exemplo: projetos de educação ambiental podem serem melhores aceitos em 
matrizes onde há jovens que entendem a importância da educação ambiental na 
sociedade e serem mal vistos em uma matriz com colaboradores de idades 
diversas. 
Gerenciar requer equilíbrio, entre tempo, desempenho e custo, visando a 
satisfação do cliente; logicamente, com as normas e resoluções cumpridas de 
acordo com as legislações vigentes. Outro conceito bastante discutido é a 
diferença de projeto e programa, são similares devido aos dois serem norteados a 
um objetivo específico. Projeto não é um trabalho diário, não é rotineiro, e nem 
repetitivo. Projeto é feito apenas uma vez, ou seja, para um novo serviço ou 
produto. A principal diferença entre projeto e programa está no escopo e horizonte 
de tempo. 
Um programa é uma série de projetos relacionados entre si, com um objetivo 
final. Por exemplo: programa de implantação da gestão municipal de resíduos 
sólidos que tem por objetivo exaurir os lixões e garantir a destinação correta dos 
resíduos sólidos e para isto existem projetos com tecnologias de engenharia para o 
recolhimento dos resíduos, tratamento e destinação final, além de projetos de 
educação social, desenvolvidos para estimular a separação dos resíduos. Observa-
se que todos esses projetos têm por finalidade fechar os lixões e aumentar a 
qualidade de vida da sociedade. 
 Assim, é possível demonstrar que o ciclo de vida de um projeto passa por 
quatro fases: Definir, Planejar, Executar e Entregar (Figura 7). O início do projeto é a 
aprovação, posteriormente iniciam-se os ciclos de definição, planejamento, 
execução e entrega, descrito a seguir: 
 Definir: especificações do projeto, definir a equipe, objetivos gerais e 
específicos e as responsabilidades. 
 Planejamento: determinar o que o projeto deve implicar, determinar qual a 
programação, cronograma, orçamento, qualidade, quantidade e quem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
serão os beneficiários. 
 Execução: executar o que foi planejado, produção, custos e especificações 
são levantados para controle, além de noções de prazos, quais as previsões 
e se há necessidade de mudanças. 
 Entrega: redistribuição dos recursos do projeto, e entrada do produto. É nesse 
momento que há treinamento a empresa que contratou o projeto, além 
disso, a relatórios para que os colaboradores entendam o que foi construído. 
Há também as devoluções de equipamentos. 
 
Figura 7: Ciclo de vida do projeto 
 
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3sqtppZ. Acesso em: 17 fev. 2021. 
 
Em geral, há diversas mudanças que contribuem para que haja mais 
gerenciamento de projetos com cautela, cuidado, devido as grandes mudanças e 
orçamentos das organizações. Desta forma, gerenciamento é uma oportunidade 
de negócio, que foi criado para atender as necessidades dos clientes. Por fim, uma 
das características do projeto é ter início, meio e fim, além de apresentar as 4 fases 
bem distintas, visto que a implementação correta e bem sucedida requer, não só 
habilidades técnicas, mas também habilidades sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. “A Comunicação Empresarial pode ser utilizada como uma estratégia e um 
conjunto de atividades para melhorar a imagem da organização. Porém, ela 
não é somente uma ferramenta para a reputação empresarial. Atualmente, ela 
busca relacionar-se com diversos públicos, a fim de desenvolver produtos de 
qualidade, que atendem ao perfil do consumidor e também sua satisfação e 
credibilidade” (BRONDANI, et al, 2015, pág. 3). 
BRONDANI, Roberta Ferreira; BARROS, Karla Lauane; MARÍLIA, S. P. Comunicação Corporativa: A Importância da Comunicação 
na Gestão das Empresas. Centro Universitário Eurípedes de Marília, Marília, SP, v. 12, 2015. 
 
O texto acima retrata a importância da comunicação nas empresas. Saber se 
comunicar é extremamente importante para o engenheiro. Dessa forma assinale 
a afirmação correta: 
 
a) Um desafio do engenheiro é desempenhar uma comunicação de forma verbal e 
escrita bem articulada. 
b) Um engenheiro não precisa saber se comunicar, precisa saber ferramentas 
técnicas. 
c) Na engenharia é fundamental, entender apenas a linguagem cientifica. 
d) Para um profissional em engenharia é necessário apenas saber se comunicar 
através dos manuais, termos e normas técnicas. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
2. A Comunicação tem importância direta sobre as questões da prática de 
administração e de relacionamentos entre as organizações e o público, 
principalmente por constituir-se como um campo do conhecimento teórico e 
prático que: 
 
a) Ajuda as empresas na produção de conhecimento, além de proporcionar novas 
técnicas de administração empresarial, especialmente aquelas voltadas para a 
administração financeira e de recursos humanos 
b) Busca compreender, em sua concepção e em suas práticas, a comunicação 
informacional, a comunicação mercadológica, a comunicação administrativa e 
a comunicação interna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
c) Diz respeito somente às atividades de relações públicas, isto é, à facilitação da 
comunicação das empresas com seu público 
d) Tem as mesmas funções que as relações públicas, exceto na questão da 
comunicação interna 
e) Nenhuma das alterntivas 
 
3. A comunicação nos meios institucionais abrange as mais variadas vertentes no 
tocante à linguagem e ao contexto. Levando em consideração tal afirmação, 
assinale a alternativa correta. 
 
a) O mural de avisos, dentro de uma instituição pública, pode ser entendido como 
comunicação externa, já que propõe a divulgação de informações específicas 
de diversos departamentos ao público geral. 
b) A comunicação pública é responsável pela conquista de consumidores de 
informação pública, priorizando a divulgação dos serviços de uma organização, 
traçada pelo plano de marketing do órgão. Por meio das informações obtidas 
nas pesquisas qualitativas, faz-se o uso de ferramentas, como propaganda, 
promoção de vendas e merchandising, para alcançar os objetivos 
comunicacionais. 
c) O mecanismo de comunicação, dentro de um órgão público, se movimenta de 
forma linear. É nesse sentido que residem o equilíbrio e a eficácia do sistema 
comunicacional na esfera institucional. 
d) A construção e a manutenção de uma boa imagem e identidadeempresariais 
estão exclusivamente ligadas ao trabalho da comunicação institucional, por 
meio de um planejamento estratégico eficaz, pois, dentro dos órgãos, o trabalho 
de relacionamento e boa imagem é feito pelo departamento de recursos 
humanos. 
e) A comunicação para o público interno precisa se firmar como essencial nas 
empresas, pois influencia a construção da realidade organizacional. Para que o 
funcionário se sinta parte do processo organizacional e satisfeito no ambiente de 
trabalho, a comunicação deve zelar pela igualdade de acesso ao 
conhecimento, pela integração das atividades e pela valorização do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
4. “Foi se o tempo em que um bom engenheiro era aquele que tinha determinadas 
competências, hoje a competência é pré-requisito mínimo no mercado de 
trabalho, mas não é suficiente. Capacidade de trabalhar em equipe, 
solidariedade nos relacionamentos interpessoais são apenas algumas das novas 
exigências, e de alguma forma isso também tem que ser trabalhado e/ou 
incentivado durante a formação acadêmica do aluno” (POVOA e BENTO, 2005, 
pág 1). 
PÓVOA, J. M.; BENTO, P. E. G. O engenheiro, sua formação e o mundo do trabalho. In: Congresso Brasileiro de Ensino de 
Engenharia. 2005. p. 12-22. 
O texto acima retrata as funções que se espera que os engenheiros possuam 
atualmente. Dessa forma assinale a afirmação correta 
 
a) Um engenheiro dever atender aos objetivos técnicos, além disso, respeitar o 
orçamento, com modelos que desempenhem previsões corretas. 
b) A engenharia é uma ciência exata, compreender e avaliar de projetos, busca de 
alternativas, soluções de problemas não faz parte de sua formação. 
c) Um engenheiro tem equipe técnica disponível em documentar a solução a partir 
de relatório com a equipe integrada, não necessitando se envolver ou se quer 
entender esse processo. 
d) Um engenheiro não precisa cumprir as normas técnicas, caso achei inviável as 
resoluções preestabelecidas. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
5. No modelo da Gestão da Qualidade, a partir da visão japonesa, uma das 
ferramentas é composta por um ciclo de 4 partes de controle do processo. Uma 
dessas partes se refere ao estabelecimento de metas sobre os itens de controle, 
bem como à maneira, ao caminho e ao método para atingir as metas propostas. 
O nome da ferramenta e o nome da parte especificada são respectivamente: 
 
a) PDCA; Atuação Corretiva-A. 
b) 5W1H; What-W. 
c) CQCP; Control-C. 
d) PDCA; Planejamento-P. 
e) 5W2H; How-H. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
6. As ferramentas de gestão de qualidade são essenciais na manutenção de um 
padrão de qualidade nas operações de uma organização. Quando um gestor 
define as metas, coloca em prática o planejado, analisa os resultados e aplica 
correções, ele está utilizando: 
 
a) A Matriz SWOT. 
b) O Ciclo PDCA. 
c) O Diagrama de Pareto. 
d) O Fluxograma. 
e) A Folha de Verificação. 
 
7. A segunda etapa na “rodagem” do ciclo PDCA refere-se: 
 
a) À execução do plano de ação previamente estabelecido. 
b) Ao estabelecimento do plano de ação com base nas diretrizes organizacionais. 
c) À correção das falhas encontradas durante o processo de planejamento. 
d) À identificação das diferenças entre o que foi planejado e o executado. 
e) Ao estabelecimento das metodologias a serem seguidas. 
 
8. O ciclo PDCA ficou conhecido a partir da década de 1950, apesar de ser da 
década de 1930. Através dessa teoria, cada processo da empresa passa por 
quatro fases: 
 
a) Publicar, definir, controlar e antecipar. 
b) Planejar, fazer, checar e agir. 
c) Proceder, distribuir, contratar e atuar. 
d) Ponderar, desenhar, contribuir e administrar 
e) Processar, delegar, confirmar e aplicar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
ENGENHARIA E SUAS INTERFACES 
 
 
 
3.1 INTRODUÇÃO 
Em todas as áreas de consumo da sociedade podemos encontrar 
aplicações da engenharia, seja na área ambiental, civil, mecânica, florestal, 
agronômica etc. Embora não percebemos, a engenharia participa de vários 
processos da vida moderna. A sociedade está dependente da participação ativa 
dos engenheiros na construção social e na construção de bens e serviços, como 
carro, casas, prédios, geladeiras, micro-ondas, asfalto e etc. 
 Basta observarmos nossos sistemas de comunicação, transporte, produção 
onde a aplicabilidade da engenharia fez-se fundamental para uma sociedade 
segura e confortável. Desta forma, a sociedade precisa do engenheiro, bem como 
de sua capacidade de solucionar os problemas de forma técnica e rápida. 
 Entre as principais qualidades dos engenheiros podemos citar sua visão 
holística e sistêmica, através da qual consegue englobar a forma cultural, 
econômica, social, ambiental e física, ou seja, entender os problemas da sociedade 
de forma ampla e integralmente como sistemas e subsistemas para uma melhor 
resolução de problemas. 
 Ao se iniciar um curso de bacharelado em engenharia, o estudante precisa 
entender e ter consciência do seu papel na sociedade e que impacto ocasionará. 
Além de entender os contextos políticos, ambientais e sociais, uma vez que a 
população se transforma continuamente e os seus trabalhos realizados poderão 
perdurar por anos e/ou até mesmo tirar a vida de centenas de pessoas, caso haja 
algum erro. 
 Vale ressaltar que o fundamento científico é perene, mas que as técnicas 
podem mudar. Desta forma, o engenheiro, deve sempre buscar aperfeiçoamento 
para contribuir de maneira eficiente para a sociedade. Cabe salientar que escolher 
a engenharia como profissão é ter consciência da escolha de um caminho de 
muito estudo e evitando o modismo, pois as áreas podem estar saturadas em um 
período e em alta em poucos anos. O engenheiro tem diversas funções e pode 
trabalhar em diversos locais como empresa privadas, publicas, instituições 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
financeiras ou até mesmo como empresário, empreendedor, entre outros. 
 Neste capítulo você irá estudar as diferentes áreas da engenharia, as 
funções e as diferenças do engenheiro, técnico e tecnológico em um projeto. 
Bons estudos! 
 
3.2 AS DIFERENTES ÁREAS DE CONHECIMENTO DA ENGENHARIA 
As competentes atividades dos engenheiros estão associadas à suas 
habilidades legais e suas competências ligadas ao Conselho Regional de 
Engenharia e Agronomia – CREA. 
 Ao analisarmos as áreas de atuação da engenharia, percebe-se que apenas 
um profissional não teria competência para controlar todo o conhecimento, de 
todas as áreas de tecnologia, modelagem matemática, projetos, construções etc. 
Em 1976, Conselho Federal de Educação disciplinou o ensino da Engenharia 
no Brasil através da Resolução n° 48 de 27/04/76 onde foi subdividido em seis 
grandes áreas de exercício da engenharia: Civil, Química, Elétrica, Mecânica, 
Metalúrgica e Minas. O curso poderia formar tanto engenheiros elétricos como criar 
habilitações distintas em função das peculiaridades locais e regionais. Na área 
química, por exemplo, foram classificadas as habilitações Eng., de Alimentos, Eng. 
de Materiais, Eng. Petroquímico e ênfases distintas que viessem a ser criadas, devido 
ao fato que o profissional de engenharia química não tinha competência 
profissional. 
A seguir, neste capítulo, serão apresentadas algumas áreas de engenharia 
que são ofertadas no Brasil. 
 Engenharia Aeronáutica: atua com construções, projetos e manutenção de 
satélites, helicópteros, aviões e seus utensílios. 
 Engenharia Agrícola: atua na área de construção de sistemas de irrigação, 
produtos agrícolas, barragens. 
 Engenharia Agronômica: atua nas atividades agropecuária, mecanização e 
automação de equipamentos da área rural. 
 Engenharia de Agrimensura: atua na definição e espaços físicos, 
aprovisionando a realização de obras civis, levantamento topográfico, 
sistemas de irrigaçãoe drenagem entre outros. 
 Engenharia Civil: atua em projetos e acompanhamento de atividades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
relacionadas a portos, estradas, barragens, construções civil e de materiais. 
Além disso, projeta e executa diversas ações voltada a obras, estudando 
materiais suas resistências, reformas, solos e insolação entre outros (Figura 8). 
 
Figura 8: Atuação do Engenheiro Civil 
 
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/37S1WUO. Acesso em: 18 fev. 2021. 
 
 Engenharia de Alimentos: atua na industrialização de alimentos, fabricação, 
conservação, transporte, consumo, armazenamento alimentícios 
 Engenharia Cartográfica: atua com processos e propostas de áreas espaciais, de 
superfície, levantamentos topográficos, batimétricos, sensoriamento remoto, 
geoprocessamento entre outros. 
 Engenharia Elétrica: atua com sistemas e materiais elétricos, instalações e 
manutenções, além disso, pode trabalhar em industriais, construção civil entre 
outros. 
 Engenharia Ambiental: atua no controle de poluição, planejamento e gestão 
ambiental, emissão de licenças, recuperação de áreas degradadas e sistemas 
de tratamentos de resíduos, água e esgoto (Figura 9). 
 
 
 
Figura 9: Engenheiro Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3moptFp. Acesso em: 16 fev. 2021. 
 
Engenharia Mecânica - Atua em sistemas e projetos de motores, máquinas, 
veículos, montagem, funcionamento e manutenção de industrias mecânicas. 
Engenharia Têxtil – Atua na área de processos relativos à indústria química de 
produtos têxteis, além de fabricação, fiação, tecelagem, tinturaria, estamparia, 
acabamento e confecções de produtos. 
Engenharia Química – Atua em pesquisas e processos de transformação de 
produtos brutos, da área industrial, aperfeiçoa e fabrica produtos químicos. 
Engenharia de Produção – Atua na gestão integrada, aumento de 
produtividade, rentabilidade no negócio, processos e planejamento de produção, 
produto, organizacional e qualidade. Além disso atua não desempenho estratégico 
e competitividade industrial. 
Engenharia de Minas – Atua na área estudos e prospecção de minerais e 
operacionalização de otimização dos recursos minerais, captação de água 
subterrânea entre outros. 
Engenharia de Materiais – Atua na busca de opções de materiais para todas 
as áreas de atividades humanas, com desenvolvimento de materiais além de novos 
produtos para a aplicação na indústria. 
 
3.3 FUNÇÕES DO ENGENHEIRO 
 
A classificação da engenharia depende da função que o engenheiro ocupa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
na organização que pode ser: 
 Engenheiro Consultor: é um engenheiro especialista, que trabalha com 
consultorias e pareceres técnicos. 
 Engenheiro Gerente: coordena projetos, programas e grupos de pesquisas ou 
tecnologias para uma empresa. 
 Engenheiro Professor: é um engenheiro que faz especializações, MBA, 
mestrado e doutorado para lecionar e ministrar cursos para a engenharia. 
 Engenheiro Operacional: é o engenheiro de chão de fábrica, onde executa 
e realiza manutenções e construção para a produção em centros industriais. 
 Engenheiro de Vendas: especializa-se em vender um produto técnico e 
tecnológico. 
 Engenheiro de Construção: desenvolve estruturas em granas estruturas. 
 Engenheiro de Teste: desenvolve e analise testes de segurança, produtos 
para os usos de com segurança. 
 Engenheiro de Produção: analisa, planeja e constrói cronogramas de 
produção, linhas de produção e matéria-prima entre outros. 
 Engenheiro de Desenvolvimento: aprimora protótipo, processos, estruturas, 
dispositivos. 
 Engenheiro de projeto: analisa, constrói, cria projetos e aplica para a prática. 
O estudante da engenharia necessita passar por diversos processos para se 
tornar engenheiro, como por exemplo, se aprovado nos exames qualificatórios 
(provas e trabalhos da faculdade) completar a graduação, e obter autonomia 
para se autor regulamentar nas suas atividades. 
Além disso, o engenheiro necessita de habilidades como técnicas de 
negociação, conhecimentos específicos em matemática e física, compreensão 
das responsabilidades éticas, consciência das questões sociais. Além disso, há 
necessidade de habilidades intelectuais, como resolver problemas, projetar, 
dominar ferramentas, interpretar informações, manter a abordagem teórica para 
poder introduzir e construir novas técnicas. 
Entre as habilidades práticas é fundamental utilizar e ter domínios de diversas 
ferramentas, usar laboratórios para gerar dados, promover sistemas de segurança. 
As competências gerais retratam que o engenheiro precisa saber se 
comunicar, ou seja, realizar uma comunicação eficiente através da fala ou da 
escrita, empregar tecnologias de informação de forma eficaz para os colegas e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
colaboradores e administrar recursos como tempo e dinheiro de forma sensata. 
Outro aspecto bastante discutido é desenvolver aptidão para trabalhar com 
equipes multidisciplinares, com aprimoramento e aprendizagem. E por fim, entre as 
qualidades, deve-se considerar a criatividade, raciocínio analítico, autenticidade, 
inovação, bom senso, comportamento ético e saber desenvolver solução de 
problemas de forma eficaz. 
 
3.4 O ENGENHEIRO, O TÉCNICO E O TECNÓLOGO, SUAS DIFERENÇAS E 
INTERDEPENDÊNCIAS 
É fundamental entender as diferenças entre os profissionais bacharéis, 
técnicos e tecnólogos para compreender as funções dentro de um projeto. 
 O bacharelado obtém um currículo mais amplo, com disciplinas teóricas e 
práticas. Vale destacar que a duração mínima de um bacharelado é de quatro 
anos, e para a engenharia tem uma duração mínima de cinco anos. A duração de 
um curso de bacharel varia entre 4 a 6 anos de ensino, é foca na formação de 
profissionais generalistas com conhecimento sólidos sobre sua área de atuação. 
 No Brasil, a maior parte dos cursos ofertados é de bacharelado, como 
engenharias, direito, sociologia, administração, contabilidade, gestão ambiental, 
farmácia, medicina, enfermagem, entre outros. Bacharel é 
um discente que concluiu um curso de bacharelado, ou seja, teve uma base 
teórica maior que técnicos e tecnólogos, além de uma formação, sistêmica e 
consegue compreender os problemas de sua área com mais profundidade. 
Bacharel tem como princípio identificar e solucionar problemas e esse 
processo decorre de uma carga horária de base teórica maior, porém não são 
aptos a lecionar, ministrar e desenvolver aulas, visto que existem cursos de 
licenciatura e programas de formação de professores. 
Um destaque que merece breve menção é a diferença entre bacharelados 
e licenciaturas, há cursos que possuem essas duas designações, como geografia, 
matemática, história, educação física, química, por exemplo, e outros cursos como 
engenharia que só existem na modalidade bacharelado, mas, algumas 
universidades públicas e privadas, ofertam cursos de licenciatura para profissionais 
que obtém o bacharelado, como programa especial de graduação ou 
licenciatura e/ou formação pedagógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
Como já sabemos o bacharelado está mais direcionado ao mercado de 
trabalho e atua em um contexto laboral. Já a licenciatura ensina ferramentas para 
capacitar o estudante a se tornar um professor da área correspondida e transmitir 
seus conhecimentos. O título de licenciatura permite ao profissional lecionar no 
ensino fundamental, médio e nos cursos de áreas técnicas no qual é formado. Mas 
vale lembrar que tanto para o bacharel quanto para os licenciados é permitido a 
continuidade da carreira acadêmica, através das especializações, mestrados, 
doutorado e pós-doutorado. 
O tecnólogo, por sua vez, é curso de nível superior, que pode ter uma 
duração mínima de dois anos, mas que geralmente as universidades ofertam com 
uma carga horária aproximada de três anos, um cursocom foco no mercado de 
trabalho. O currículo desse profissional é mais focado nas problemáticas do 
mercado, com mais disciplinas práticas que teóricas. A principal vantagem do 
tecnólogo é a duração menor que um bacharel ou licenciatura, isso se deve 
porque a abordagem é mais específica. Desta forma, o tecnólogo é ideal para 
profissionais que já atual em determinada área e deseja obter um ensino superior 
em um tempo menor. 
Os cursos técnicos são de nível médio, além disso, tem o direito a um 
certificado de conclusão de curso de nível médio. Os técnicos podem ter duração 
de dois meses a três anos e oferecer uma formação mais rápida com carga horária 
menor e com foco em profissões específicas. 
Vale destacar que técnico, pode ser integrado, concomitante e 
subsequente. Curso técnico integrado é para o estudante que terminou o ensino 
fundamental e que queira realizar um técnico juntamente com o ensino médio. 
Curto técnico concomitante é curso na modalidade à distância e ou presencial, 
desta forma, o discente realiza o ensino médio enquanto realiza o técnico em outra 
instituição. O curso técnico subsequente é destinado a discentes que já concluíram 
o ensino médio. Todos têm a mesmo reconhecimento como técnico para o MEC. 
 De modo geral é importante entender a formação dos colaboradores para 
designa-los aos objetivos que correspondentes as suas formações, para que os 
projetos construídos sejam realizados com eficiência, além de entender os avanços 
do sistema produtivo. Além disso, entender as funções da engenharia e as áreas 
que as contemplam é fundamental para a competitividade dos projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. “A limitação da tradicional proposta, aliada à inovações crescentes, 
impulsionaram a comunidade científica, a pesquisar alternativas de novos 
processos de ensino-aprendizagem, capazes de formar os futuros engenheiros 
com visão holística, integrando a ciência com a prática, através do aprendizado 
ativo e baseado em competências” (PEREIRA, et al., pág 2). 
PEREIRA, Clarisse Ferrão et al. Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP)–Uma proposta inovadora para os cursos de 
engenharia. Simpósio de Engenharia de Produção–XIV SIMPEP 2007, 2007. 
O texto acima retrata a importância da construção de uma visão holística. Desta 
forma é correto afirmar que: 
 
a) A entender os problemas de forma global e holística é fundamental, visto que os 
problemas são interdisciplinares. 
b) O ensino aprendizagem deve ser de forma técnica e prática na área de apenas 
de física e matemática. 
c) Não é responsabilidade do engenheiro entender todos os problemas do seu 
projeto 
d) A engenharia é limitada apenas as ciências exatas, a visão holística é uma área 
das ciências humanas. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
2. Com base na legislação do sistema CONFEA-CREA, assinale a opção correta a 
respeito das atividades, atribuições e responsabilidades dos profissionais de 
engenharia: 
 
a) Existem unidades da Federação sob a jurisdição de mais de um conselho 
regional. 
b) A sigla CREA, apesar de mantida, não exprime mais o significado original, uma 
vez que atribuições relativas à arquitetura e à agronomia foram transferidas ao 
recém-criado Conselho de Arquitetura, Agronomia e Urbanismo. 
c) Uma firma em cuja diretoria haja apenas um profissional registrado no CREA 
pode conter a palavra Engenharia em sua denominação. 
d) As atividades e atribuições profissionais do engenheiro incluem o desempenho de 
cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
de economia mista. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
3. “Os grandes desafios enfrentados pelas sociedades, e em particular, pelas 
empresas decorrem das transformações sociais causadas pela velocidade com 
que têm sido gerados novos conhecimentos, concretizados através da 
introdução, no mercado, de novos produtos. Esses novos produtos, frutos do 
avanço científico e tecnológico, modificam as complexas relações sociais, 
tornando-as, ao mesmo tempo, mais intensas e mais efêmeras (...) A engenharia 
industrial, particularmente, sofreu e continua sofrendo profundas alterações, 
tanto na sua concepção e na sua operação, quanto no seu relacionamento 
com os serviços correlatos. Nesta nova realidade, tornam-se cada vez mais 
elevadas as qualificações exigidas para os postos de trabalho em qualquer setor 
de produção, fato que coloca uma grande pressão sobre as necessidades 
educacionais da população” (NOSE E REBELATTO. 2001, pág 2). 
NOSE, Michelle Mike; REBELATTO, DA do N. O perfil do engenheiro segundo as empresas. Artigo, Cobenge, 2001. 
 
O texto acima retrata a importância da construção do profissional em 
engenharia e como as empresas veem essas mudanças. Desta forma é correto 
afirmar que: 
 
a) O engenheiro necessita de habilidades como técnicas de negociação, 
compreender as responsabilidades éticas e consciência nas questões da 
sociedade atual. 
b) O engenheiro necessita de habilidades de exatas, físicas e biológicas. 
c) O engenheiro tem uma formação tecnicista, assim, apesar das alterações sociais, 
é impossível entender de forma pragmática as situações que a sociedade está 
vivenciando. 
d) Entender ferramentas é um processo interdisciplinar. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
4. Qual a principal diferença entre o bacharelado em engenharia elétrica e um 
técnico em elétrica? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
a) Os cursos técnicos são de nível superior 
b) O bacharelado obtém um currículo com disciplinas práticas. 
c) Um é ensino médio e outro é ensino superior. 
d) Os cursos podem ser realizados a partir do ensino fundamental, devido a sua 
praticidade. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
5. “Basicamente, toda empresa que possua uma linha de produção necessita de 
um profissional capaz de dimensionar e gerenciar os processos produtivos” 
Disponível em: Guia de carreira < https://www.guiadacarreira.com.br/guia-das-profissoes/engenharia-de-producao/> Acesso 
em 02/02/2021 
O texto acima, estão mencionando qual profissional da engenharia? 
 
a) Engenheiro ambiental. 
b) Engenheiro civil. 
c) Engenheiro de pesca. 
d) Engenheiro de Produção. 
e) Nenhuma das alternativas. 
 
6. Segundo o guia da carreira ele retrata que é fundamental um profissional 
“voltado para o desenvolvimento sustentável, integrando as dimensões social, 
ecológica, tecnológica e econômica do meio ambiente, sendo que tenha como 
principal objetivo desenvolver técnicas de preservação do ar, da água e do 
solo.” 
Disponível em: https://www.guiadacarreira.com.br/guia-das-profissoes/engenharia-ambiental/> Acesso em 5/02/2021 
A partir do texto acima, é correta afirmar: 
a) O engenheiro ambiental é um profissional voltado apenas para a construção de 
tecnologias voltadas para gestão de resíduos e tratamento de esgoto. 
b) O texto acima cita um profissional da engenharia, mais especificamente, o 
engenheiro agrônomo. 
c) Uma das profissões mais novas é o engenheiro ambiental que tem por finalidade 
desenvolver a integração social, ecológica, tecnológica e econômica do meio 
ambiente. 
d) A questão retrata a formação na integra do engenheiro civil. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
7. “Os professores desempenham um importante papel na produção e 
estruturação do conhecimento pedagógico porque refletem, de uma forma 
situada, sobre a interação que se gera entre o conhecimento científico e a sua 
aquisição pelo aluno, refletem na e sobre a interação entre a pessoa do 
professor e a pessoa do aluno, entre a instituição escola e a sociedade em 
geral.” (ALARCÃO et al, 1996, pág 4). 
ALARCÃO, Isabel et al. Ser professor reflexivo. Formação reflexiva de professores: Estratégias de supervisão, p. 171-189, 1996. 
 
O texto acima retrata o papel do professor.

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