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Introdução a metodologia científica

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1
INTRODUÇÃO À METODOLOGIA 
CIENTÍFICA 
Profª Drª Maria Luiza C. M. G. Rego Barros
2
Qualquer aprofundamento teórico ou prático deverá 
ser buscado na bibliografia sugerida no final deste trabalho. 
INTRODUÇÃO
Esta disciplina não tem a pretensão de abranger 
todas as questões envolvidas em Metodologia Científica.
Metodologia Científica nada mais é do que a 
disciplina que "estuda os caminhos do saber", se 
entendermos que:
"método" quer dizer caminho, 
"logia" quer dizer estudo e 
"ciência" que dizer saber. 
3
1- Ciência e Conhecimento Científico 
Ao se falar de conhecimento científico , deve-se pensar os tipos de 
conhecimento existente.
Para Pensar:
A ciência é uma apresentação da realidade, mas uma apresentação 
típica diferente do mito e do conhecimento ordinário 
a) Conhecimento Ordinário (vulgar, popular...)
b) Conhecimento Científico ( racionalidade e objetividade)
4
 O conhecimento ordinário, às vezes denominado SENSO 
COMUM, não se distingue do conhecimento CIENTÍFICO nem pela 
veracidade nem pela natureza do objeto conhecido;
O que os diferencia é a FORMA, MODO ou o MÉTODO e os 
instrumentos do conhecer.
Exemplo: Ordinário: A planta necessita de água para crescer
Científico: Reações fisiológicas entre a planta e água 
Mesmo assim, a ciência não é o único caminho de 
acesso ao conhecimento e à verdade.
5
Para BUNGE (1976), existe uma descontinuidade radical 
existente entre a CIÊNCIA e o CONHECIMENTO 
popular, em vários aspectos, mas principalmente ao 
MÉTODO 
BOM SENSO RACIONAL e OBJETIVO
Ordinário Científico 
A unidade de cada ciência baseia-se na unidade do seu 
objeto. O número possível de disciplinas científicas é igual ao 
número de objetos.
6
Características do conhecimento
Ordinário
Emocional
Reflexivo
Inexato
Verificável
Assistemático
Científico
Real
Sistemático
Contigente
Quase Exato
Falível
7
PENSAMENTO LÓGICO
Seus pensamentos filosóficos e idéias sobre a humanidade 
têm influências significativas na educação e no pensamento 
ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o 
criador do pensamento lógico.
Suas obras influenciaram também na teologia medieval da 
cristandade. Seus estudos filosóficos baseavam-se em 
experimentações para comprovar fenômenos da natureza.
8
Filosofia e Ciência
Filosofia é o estudo de problemas fundamentais 
relacionados a existência, ao conhecimento, à verdade, aos 
valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, filosofia 
é uma palavra grega, que significa "amor à sabedoria"
A Filosofia é uma atividade racional, com base em 
ARGUMENTOS e na critica das evidências. 
9
A filosofia pode ser dividido em vários ramos. A filosofia do 
ser, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre 
outras disciplinas. 
A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a 
epistemologia, enquanto filosofia de trabalho está relacionado a 
questões como a ética.
Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história 
mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e 
condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são 
Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, 
Freud, Habermas e muitos outros. Cada um desses filósofos fez 
suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, 
metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.
10
Ética na filosofia é o estudo dos assuntos morais, do modo de 
ser e agir dos seres humanos, além dos seus comportamentos 
e caráter. A ética na filosofia procura descobrir o que motiva 
cada indivíduo de agir de um determinado jeito, diferencia 
também o que significa o bom e o mau, e o mal e o bem.
A ética na filosofia estuda os valores que regem os 
relacionamentos interpessoais, como as pessoas se 
posicionam na vida, e de que maneira elas convivem em 
harmonia com as demais. O termo ética é oriundo do grego, e 
significa “aquilo que pertence ao caráter”. A ética diferencia-se 
de moral, uma vez que, a moral é relacionada a regras e 
normas, costumes de cada cultura, e a ética é o modo de agir 
das pessoas.
Ler texto de apoio
11
Segundo SOCRATES: 
O verdadeiro filósofo sabe que sabe muito pouco, e ele se autodenominava 
assim. O personagem Sócrates de Platão faz uma brilhante defesa da 
filosofia no diálogo Górgias. A palavra filosofia significa amizade ao saber. 
As etapas do saber seriam: ignorar sua ignorância, conhecer sua 
ignorância, ignorar seu saber e conhecer seu saber. As opiniões (doxa) não 
são verdades pois não resistem ao diálogo crítico. Conversar com Sócrates 
podia levar alguém a expor-se ao ridículo, e ser apanhado numa complexa 
linha de pensamento exposta através de palavras, ficar totalmente 
envolvido ou perplexo.
É no diálogo Teeteto de Platão que Sócrates compara sua atividade à de 
uma parteira (como sua mãe), que embora não desse a luz à um bebê, 
ajudava no parto. Ele diz que ajudava as pessoas a parirem suas próprias 
idéias. 
Diz que Atenas era uma égua preguiçosa, e ele um pequeno mosquito que 
lhe mordia os flancos para provar que estava viva. Achava que a principal 
tarefa da existência humana era aperfeiçoar seu espírito. Acreditava ouvir 
uma voz interior, de natureza divina (um daimon), que lhe apontava a 
verdade e como agir.
12
A Lógica é um instrumento, uma introdução para as 
ciências e para o conhecimento e baseia-se no silogismo, o 
raciocínio formalmente estruturado que supõe certas 
premissas colocadas previamente para que haja uma 
conclusão necessária. O silogismo é dedutivo, parte do 
universal para o particular; a indução, ao contrário, parte do 
particular para o universal. 
Dessa forma, se forem verdadeiras as premissas, a 
conclusão, logicamente, também será.
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Silogismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dedu%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Indu%C3%A7%C3%A3o
13
Ao usarmos as palavras lógico e lógica estamos 
participando de uma tradição de pensamento que se 
origina da Filosofia grega, quando a palavra logos –
significando linguagem-discurso e pensamento-
conhecimento – conduziu os filósofos a indagar se o 
logos obedecia ou não a regras, possuía ou não normas, 
princípios e critérios para seu uso e funcionamento. 
A disciplina filosófica que se ocupa com essas questões 
chama-se lógica.
14
Para Aristóteles, a lógica é a ciência da 
demonstração; (...) para Lyard é a ‘ciência das 
regras do pensamento’.
Poderíamos ainda acrescentar: (...) é a ciência das 
leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-las 
corretamente na procura e demonstração da 
verdade." 
15
O conhecimento filosófico:
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto 
de partida consiste em HIPÓTESES, não poderão ser 
submetidas à observação . 
O conhecimento filosófico é não verificável. 
“Pensar” : Subjetividade
A diferença entre o conhecimento filosófico e o científico está 
no momento chamado de REPRESENTAÇÃO do real. 
A representação é uma forma ( um sistema) onde a inteligência 
questiona o real (BUZZI, 1973).
16
Finalmente....
CONCEITO DE CIÊNCIA
Entende-se por ciência uma sistematização de 
conhecimento, um conjunto de proposições logicamente 
correlacionadas sobre o comportamento de certos 
fenômenos de se deseja estudar:
“A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades 
racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com 
objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação” 
(FERRARI, 1974)
Conseqüentemente ....
As ciências possuem: Objetivo 
Função
Objeto 
17
Evolução da ciência 
A preocupação dos precursores da filosofia (filo = amigo + sofia (sóphos) = 
saber e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porque e o para 
que de tudo o que se pudesse pensar.
Os primeiros filósofos-cientistas . 
O primeiro, e tímido, passo na direção da ciência só foi dado no 
início do séc. VI a. C. na cidade grega de Mileto, por aquele que é 
apontadocomo o primeiro filósofo, Tales de Mileto.
Dizia Tales que o princípio de todas as coisas era algo 
que por todos podia ser diretamente observado na natureza: 
a água. 
18
Evolução da ciência 
Tendo observado que a água tudo fazia crescer e viver, 
enquanto que a sua falta levava os seres a secar e morrer; 
tendo, talvez, reparado que na natureza há mais água do 
que terra e que grande parte do próprio corpo humano era 
formado por água; 
verificando que esse elemento se podia encontrar em 
diferentes estados, o líquido, o sólido e o gasoso, foi assim levado 
a concluir que tudo surgiu a partir da água.
A explicação de Tales ainda não é científica; mas também já não 
é inteiramente mítica. Têm características da ciência e características do 
mito. 
19
Evolução da ciência 
Não é baseada na observação sistemática do mundo, mas 
também não se baseia em entidades míticas. Não recorre a 
métodos adequados de prova, mas também não recorre à 
autoridade religiosa e mítica.
Assim apareceram na Grécia, entre outros, Anaximandro (séc. VI 
a. C.), Heraclito (séc. VI/V a. C.), Pitágoras (séc. VI a. C.), Parménides 
(séc. VI/V a. C.) e Demócrito (séc. V/IV a. C.).
Este último viria mesmo a defender que tudo quanto existia era 
composto de pequeníssimas partículas indivisíveis (atomoi), unidas entre 
si de diferentes formas, e que na realidade nada mais havia do que 
átomos e o vazio onde eles se deslocavam. 
Foi o primeiro grande filósofo naturalista, que achava que não 
havia deuses e que a natureza tinha as suas próprias leis. 
20
Evolução da ciência 
Platão (428-348 a.C.) foi distinguir a verdadeira ciência e o 
verdadeiro conhecimento da mera opinião ou crença. 
Um dos problemas que atormentaram os filósofos gregos 
em geral e Platão em particular, foi o problema do fluxo da 
natureza. 
Na natureza verificamos que muitas coisas estão em 
mudança constante: as estações sucedem-se, as sementes 
transformam-se em árvores, os planetas e estrelas percorrem o 
céu noturno. 
Mas como poderemos nós ter a esperança de conseguir 
explicar os fenômenos naturais, se eles estão em permanente 
mudança?
21
Evolução da ciência 
Para os gregos, isto representava um problema por 
alguns dos motivos que já vimos: não tinham instrumentos para 
medir de forma exata, por exemplo, a velocidade; e assim a 
matemática, que constituía o modelo básico de pensamento 
científico, era inútil para estudar a natureza
A matemática parecia aplicar-se apenas a domínios 
estáticos e eternos. Como o mundo estava em constante 
mudança, parecia a alguns filósofos que o mundo não poderia 
jamais ser objeto de conhecimento científico.
Podemos ver a distinção entre os dois mundos, que 
levaria à distinção entre ciência e opinião, na seguinte passagem 
de um dos seus diálogos:
22
Evolução da ciência 
Há que admitir que existe uma primeira realidade: o 
que tem uma forma imutável, o que de nenhuma maneira 
nasce nem perece, o que jamais admite em si qualquer 
elemento vindo de outra parte, o que nunca se transforma 
noutra coisa, o que não é perceptível nem pela vista, nem por 
outro sentido, o que só o entendimento pode contemplar.
Há uma segunda realidade que tem o mesmo nome: é 
semelhante à primeira, mas é acessível à experiência dos 
sentidos, é engendrada, está sempre em movimento, nasce 
num lugar determinado para em seguida desaparecer; é 
acessível à opinião unida à sensação. 
Platão, Timeu
23
Evolução da ciência 
Neste aspecto fundamental é que o principal discípulo de 
Platão, Aristóteles (384-322 a.C.), viria a discordar do mestre.
Aristóteles não aceitou que a realidade captada pelos nossos 
sentidos fosse apenas um mar de aparências sobre as quais nenhum 
verdadeiro conhecimento se pudesse constituir. 
Bem pelo contrário, para ele não havia conhecimento sem a 
intervenção dos sentidos. A ciência, para ele, teria de ser o 
conhecimento dos objetos da natureza que nos rodeia.
É verdade que os sentidos só nos davam o particular e 
Aristóteles pensava que não há ciência senão do universal. Mas, para 
ele, e ao contrário do seu mestre, o universal inferia-se do particular. 
24
Evolução da ciência 
Aristóteles achava que, para se chegar ao conhecimento, 
nos devíamos virar para a única realidade existente, aquela que 
os sentidos nos apresentavam.
Sendo assim, o que tínhamos de fazer consistia em partir da 
observação dos casos particulares do mesmo tipo e, pondo de parte as 
características próprias de cada um (por um processo de abstração), 
procurar o elemento que todos eles tinham em comum (o universal).
É verdade que os sentidos só nos davam o particular e 
Aristóteles pensava que não há ciência senão do universal. Mas, para 
ele, e ao contrário do seu mestre, o universal inferia-se do particular. 
25
Evolução da ciência 
Por exemplo, todas as árvores são diferentes umas das 
outras, mas, apesar das suas diferenças, todas parecem ter algo 
em comum.
Só que não poderíamos saber o que elas têm em comum se 
não observássemos cada uma em particular, ou pelo menos um elevado 
número delas.
Ao processo que permite chegar ao universal através do 
particular chama-se por vezes «indução». A indução é, pois, o método 
correto para chegar à ciência, tal como escreveu Aristóteles:
26
Evolução da ciência 
É evidente também que a perda de um sentido acarreta 
necessariamente o desaparecimento de uma ciência, que se torna 
impossível de adquirir. Só aprendemos, com efeito, por indução ou 
por demonstração. Ora a demonstração faz-se a partir de princípios 
universais, e a indução a partir de casos particulares. Mas é 
impossível adquirir o conhecimento dos universais a não ser pela 
indução, visto que até os chamados resultados da abstração não se 
podem tornar acessíveis a não ser pela indução. (...) Mas induzir é 
impossível para quem não tem a sensação: porque é nos casos 
particulares que se aplica a sensação; e para estes não pode haver 
ciência, visto que não se pode tirá-la de universais sem indução 
nem obtê-la por indução sem a sensação.» 
Aristóteles, Segundos Analíticos
27
Evolução da ciência 
Entretanto, o mundo grego desmoronou-se e o seu lugar cultural 
viria, em grande parte, a ser ocupado pelo império romano. Entretanto, 
surge uma nova religião, baseada na religião judaica e inspirada por 
Jesus Cristo, que a pouco e pouco foi ganhando mais adeptos. 
O próprio imperador romano, Constantino, converteu-se 
ao cristianismo no início do século IV, acabando o cristianismo por 
se tornar a religião oficial do Império Romano. 
Inicialmente pregada por Cristo e seus apóstolos, a sua 
doutrina veio também a ser difundida e explicada por muitos 
outros seguidores, estando entre os primeiros S. Paulo e os 
padres da igreja dos quais se destacou S. Agostinho (354-430).
28
Santo Agostinho:
386 d.c
Relação entre a Filosofia, razão e fé
« É preciso primeiro acreditar para depois compreender »
Para Agostinho a verdadeira e legítima ciência é a 
Teologia…
Boticcelli
29
Também importantes foram os seus adiantados e influentes 
escritos sobre a vontade humana, um tópico central na ética, 
que se tornaram um foco para filósofos posteriores, como 
Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche, mas ainda 
encontrando eco na obra de Albert Camus e Hannah Arendt
(ambos os filósofos escreveram teses sobre Agostinho)
30
Evolução da ciência 
Tratava-se de uma doutrina que apresentava uma mensagem 
apoiada na idéia de que este mundo era criado por um Deus único, 
onipotente, onisciente, livre e infinitamente bom, tendo sido nós criados à 
sua imagem e semelhança. 
Sendo assim, tanto os seres humanos como a própria 
natureza eram o resultado e manifestação do poder, da sabedoria, 
da vontade e da bondade divinas. 
Como prova disso, Deus teria enviado o seu filho, o 
próprio Cristo, e deixado a sua palavra, as Sagradas Escrituras. 
Por sua vez, os seres humanos, como criaturas divinas,só 
poderiam encontrar o sentido da sua existência através da fé nas 
palavras de Cristo e das Escrituras. 
31
Evolução da ciência 
Uma das diferenças fundamentais do cristianismo em 
relação ao judaísmo consistia na crença de que Jesus era um 
deus encarnado, coisa que o judaísmo sempre recusou e continua 
a recusar.
As teorias dos antigos filósofos gregos deixaram de suscitar o 
interesse de outrora. A sabedoria encontrava-se fundamentalmente na 
Bíblia, pois esta era a palavra divina e Deus era o criador de todas as 
coisas. 
Quem quisesse compreender a natureza, teria, então, que 
procurar tal conhecimento não diretamente na própria natureza, mas nas 
Sagradas Escrituras. Elas é que continham o sentido da vontade divina 
e, portanto, o sentido de toda a natureza criada. Era isso que merecia 
verdadeiramente o nome de «ciência».
32
Evolução da ciência 
Assim se reduzia a ciência à teologia, tal como é ilustrado na 
seguinte passagem de S. Boaventura (1217-1274), tirada de um escrito 
cujo título é, a este respeito, elucidativo:
E assim fica manifesto como a "multiforme sabedoria de 
Deus", que aparece claramente na Sagrada Escritura, está oculta 
em todo o conhecimento e em toda a natureza. Fica, igualmente, 
manifesto como todas as ciências estão subordinadas à teologia, 
pelo que esta colhe os exemplos e utiliza a terminologia 
pertencente a todo o género de conhecimentos. Fica, além disso, 
manifesto como é grande a iluminação divina e de que modo no 
íntimo de tudo quanto se sente ou se conhece está latente o 
próprio Deus. 
S. Boaventura, Redução das Ciências à Teologia
33
Evolução da ciência 
No Renascimento, sec XV e XVI (anos 1400 e 1500), os seres 
humanos retomaram o prazer de pensar e produzir o conhecimento 
através das idéias. 
Thomas Morus escreveu A Utopia (utopia é um termo que deriva do 
grego onde u = não + topos = lugar e quer dizer em nenhum lugar); 
Tomaso Campanella escreveu a A Cidade do Sol; 
Francis Bacon, a A Nova Atlântica; 
Voltaire, a Micrômegas, caracterizando um pensamento não descritivo 
da realidade, mas criador de uma realidade ideal, do dever ser. 
34
No século XVII e XVIII (anos 1600 e 1700) surgiu o Iluminismo, 
corrente filosófica que propôs "a luz da razão sobre as trevas dos 
dogmas religiosos". 
René Descartes mostrou ser a razão a essência dos seres humanos, 
surgindo a frase "penso, logo existo".
O Método Científico surgiu como uma tentativa de organizar o 
pensamento para se chegar ao meio mais adequado de 
conhecer e controlar a natureza. 
35
LEIBNIZ, 1646
Filosofo e Matemático
O termo "função" (1694), que usou para descrever uma 
quantidade relacionada a uma curva, como, por 
exemplo, a inclinação ou um ponto qualquer situado 
nela. 
É creditado a Leibniz e a Newton o desenvolvimento do 
cálculo moderno, em particular o desenvolvimento da 
Integral e da Regra do Produto. 
36
Leibniz admitia uma série de causas eficientes a determinar o 
agir humano dentro da cadeia causal do mundo natural. Essa 
série de causas eficientes dizem respeito ao corpo e seus atos. 
Contudo, paralela a essa série de causas eficientes, há uma 
segunda série, a das causas finais. As causas finais poderiam 
ser consideradas como uma infinidade de pequenas inclinações 
e disposições da alma, presentes e passadas, que conduzem o 
agir presente.
Há, como em Nietzsche, uma infinidade imensurável de motivos 
para explicar um desejo singular.
Leibniz acredita na ação livre, se ela for ao mesmo tempo 
'contingente, espontânea e refletida'.
37
CIÊNCIAS
Formais 
Factuais
Lógica
Matemática
Naturais (fisica, 
biologia, etc)
Sociais (Direito, 
antropologia, 
Psicologia, etc)
38
O mito da caverna Platão (428-348 a.C.) 
http://culturareligare.wordpress.com/2007/07/27/o-mito-da-caverna-2/36/
http://culturareligare.wordpress.com/2007/07/27/o-mito-da-caverna-2/36/
39
A pesquisa
atividade básica das ciências na sua indagação e 
descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática 
teórica de constantes busca que define um processo 
intrinsecamente inacabado e permanente. É uma 
atividade de aproximação sucessiva da realidade que 
nunca se esgota, fazendo uma combinação particular 
entre a teoria e os dados. (Minayo,1993)
O que é pesquisa?
Esta pergunta pode respondida de muitas formas. 
Pesquisar significa de forma simples, procurar 
respostas para indagações propostas.
40
A pesquisa
Gil (1999), a pesquisa tem um caráter pragmático, 
é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento 
do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa 
é de descobrir respostas para problemas mediante o 
emprego de procedimentos científicos.
Demo, (1996) insere a pesquisa como uma 
atividade cotidiana considerando-a como uma atitude, 
um “ questionamento sistemático crítico e criativo, mais 
a intervenção competente na realidade,ou o diálogo 
crítico permanente com a realidade em sentido teórico 
prático”.
41
A pesquisa
A pesquisa é realizada quando se tem um 
problema e não se tem informações para solucioná-la.
Pesquisa é um conjunto de ações, propostas para 
encontrar a solução para um problema, que têm por base 
procedimentos racionais e sistemáticos.
42
Classificações das pesquisas
- Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos 
novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação 
prática prevista. 
Envolve verdades e interesses universais.
Do ponto de vista de sua natureza, pode ser:
- Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimento 
para aplicação prática dirigidos à solução de problemas 
específicos.
Envolve verdades e interesses locais.
43
Classificações das pesquisas
- Pesquisa Quantitativa: considera tudo que pode 
ser quantificável, o que significa traduzir em números 
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. 
Requer o uso de técnicas e de técnicas 
estatísticas.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema 
pode ser:
- Pesquisa Qualitativa: considera que há uma 
relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, 
um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a 
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em 
números.
44
Classificações das pesquisas
Do ponto de vista de seus objetivos pode ser:
- Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior 
familiaridade com o problema com vistas a torná-lo 
explicito ou a construir hipóteses. 
Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas 
com pessoas que tiveram experiências práticas com o 
problema pesquisado; análise de exemplos que 
estimulem a compreensão. 
Assume, em geral, as formas de Pesquisas 
Bibliográficas e Estudos de Caso.
45
Classificações das pesquisas
Do ponto de vista de seus objetivos pode ser:
- Pesquisa Descritiva: visa descrever as 
características de determinada população ou fenômeno 
ou o estabelecimento de relações entre variáveis. 
Envolve o uso de técnicas padronizadas de 
coleta de dados; questionário e observação sistemática. 
Assume, em geral, a forma de Levantamento.
- Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores 
que determinam ou contribuem para a ocorrência dos 
fenômenos, aprofunda o conhecimento da realidade 
porque explica a razão, o porquê das coisas. 
46
Classificações das pesquisas
Do ponto de vista de seus objetivos pode ser:
- Pesquisa Explicativa : (cont.) quando realizada 
nas ciências naturais, requer o uso do método 
experimental, e nas ciências sociais requer o uso do 
método observacional. 
Assume, em geral, a formas de pesquisa 
Experimental e pesquisas Expost –facto.
47
Classificações das pesquisas
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, pode ser:
- Pesquisa Bibliográfica: quando elabora a partir 
de material já publicado, constituído principalmente de 
livros, artigos de periódicos e atualmente com material 
disponibilizado na internet. 
- Pesquisa Documental: quando elabora a partir 
de material que não recebem tratamentoanalítico. 
- Pesquisa Experimental: quando se determina 
um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que 
seriam capazes de influenciá-lo definem-se as formas de 
controle e de observação dos efeitos que a variável 
produz no objeto. 
48
Classificações das pesquisas
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, pode ser:
- Levantamento: quando a pesquisa envolve a 
interrogação direta das pessoas cujo comportamento de 
deseja conhecer. 
- Estudo de Caso: quando envolve um estudo 
profundo e euxastivo de um ou poucos objetos de 
maneira que se permita o seu amplo e detalhado 
conhecimento. 
- Pesquisa Expost-Facto: quando o 
“experimento” se realiza depois dos fatos. 
49
Classificações das pesquisas
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, pode ser:
- Pesquisa Ação: quando concebida e realizada 
em estreita associação como uma ação ou com a 
resolução de um problema coletivo. 
- Os pesquisadores e participantes 
representativos da situação ou do problema estão 
envolvidos de modo cooperativo ou participativo. 
- Pesquisa Participante: quando se envolve a 
partir da interação entre pesquisadores e membros das 
situações investigadas. 
50
O Planejamento da Pesquisa
Pesquisa é a construção de conhecimento 
original de acordo com certas exigências científicas
Para que seu estudo seja considerado científico 
você deve obedecer aos critérios de coerência, 
consistência, originalidade e objetivação. 
É desejável que a pesquisa científica preencha os 
seguintes requisitos: 
a) a existência de uma pergunta que se deseja 
responder; 
b) a elaboração de um conjunto de passos que 
permitam chegar à resposta;
c) a indicação do grau de confiabilidade da resposta 
obtido (Goldemberg, 1999). 
51
O Planejamento da Pesquisa
O planejamento de uma pesquisa dependerá de 
três fases, basicamente:
- Fase decisória: referente à escolha do tema, à 
definição e à delimitação do problema de pesquisa; 
- Fase construtiva: referente à construção de um 
plano de pesquisa e à execução da pesquisa 
propriamente dita; 
- Fase redacional: referente à análise dos dados 
e informações obtidas na fase construtiva. É a 
organização das idéias de forma sistemática visando à 
elaboração do relatório final. A apresentação do relatório 
obedecerá às formalidades requeridas pela Academia. 
52
Então o que é Pesquisa?
Pesquisa científica seria, portanto, a realização 
concreta de uma investigação planejada e desenvolvida 
de acordo co as normas consagradas pela metodologia 
científica.
Metodologia científica entendida como um 
conjunto de etapas ordenadamente dispostas que você 
deve vencer na investigação de uma fenômeno. 
Inclui a escolha do tema, o planejamento da 
investigação, o desenvolvimento metodológico, a coleta 
e a tabulação dos dados, a análise dos resultados, a 
elaboração das conclusões e a divulgação de resultados. 
53
No século XIX (anos 1800) a ciência passou a ter uma importância 
fundamental. Parecia que tudo só tinha explicação através da 
ciência. 
Como se o que não fosse científico não correspondesse a 
verdade. 
Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Giordano Bruno, entre outros, no 
século XIX serviram como referência de desenvolvimento do 
conhecimento científico em todas as áreas. 
Augusto Comte na sociologia desenvolveu sua explicação de 
sociedade, criando o Positivismo;
Karl Marx, Economia, procurou explicar a relações sociais através das 
questões econômicas, resultando no Materialismo-Dialético; 
Charles Darwin revolucionou a Antropologia, e feriu os dogmas 
sacralizados pela religião, com a Teoria da Hereditariedade da Espécies 
ou Teoria da Evolução. 
Mais história e Métodos ....
54
Mas, o que é positivismo ?
Corrente filosófica proposta por Augusto Comte que se 
caracteriza por considerar como único tipo de conhecimento
legítimo o que se encontra nas ciências naturais, baseado na 
observanção, experimentação e matematização .
Os positivistas criticam como falso e enganoso o pensamento 
religioso e metafísico.
“ordem e progresso”
55
Métodos Científicos
Introdução
Para Gil (1999), a investigação científica depende 
de um “conjunto de procedimentos intelectuais e 
técnicos” para que seus objetivos sejam atingidos: os 
métodos científicos. 
Método científico é o conjunto de processos ou 
operações mentais que se devem empregar na 
investigação. 
É a linha de raciocínio adotada no processo de 
pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas à 
investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, 
dialético e fenomenológico (Gil, 1999; Lakatos & 
Marconi,1993). 
56
Método Dedutivo
Método proposto pelos racionalistas Descartes, 
Spinoza e Leibniz
Descartes (1596-1650) quer estabelecer um 
método universal, inspirado no rigor matemático e em 
suas "longas cadeias de razão".
1. - A primeira regra é a evidência: não admitir 
"nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço 
evidentemente como tal".
Em outras palavras, evitar toda "precipitação" e 
toda "prevenção" (preconceitos) e só ter por verdadeiro 
o que for claro e distinto, isto é, o que "eu não tenho a 
menor oportunidade de duvidar".
57
Método Dedutivo
Por conseguinte, a evidência é o que salta aos 
olhos, é aquilo de que não posso duvidar, apesar de todos 
os meus esforços, é o que resiste a todos os assaltos da 
dúvida, apesar de todos os resíduos, o produto do espírito 
crítico. Não, como diz bem Jankélévitch, "uma evidência 
juvenil, mas quadragenária". 
2. - A segunda, é a regra da análise: "dividir cada 
uma das dificuldades em tantas parcelas quantas forem 
possíveis".
3. - A terceira, é a regra da síntese: "concluir por 
ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais 
simples e mais fáceis de conhecer para, aos poucos, 
ascender, como que por meio de degraus, aos mais 
complexos".
58
Método Dedutivo
b) O método é racionalista porque a evidência de 
que Descartes parte não é, de modo algum, a evidência 
sensível e empírica. 
Os sentidos nos enganam, suas indicações são 
confusas e obscuras, só as idéias da razão são claras e 
distintas. O ato da razão que percebe diretamente os 
primeiros princípios é a intuição. 
A dedução limita-se a veicular, ao longo das belas 
cadeias da razão, a evidência intuitiva das "naturezas 
simples". A dedução nada mais é do que uma intuição 
continuada.
59
Método Dedutivo
4. - A última á a dos "desmembramentos tão 
complexos... a ponto de estar certo de nada ter omitido". 
Se esse método tornou-se muito célebre, foi porque 
os séculos posteriores viram nele uma manifestação do livre 
exame e do racionalismo.
a) Ele não afirma a independência da razão e a 
rejeição de qualquer autoridade? "Aristóteles disse" não é 
mais um argumento sem réplica! Só contam a clareza e a 
distinção das idéias. Os filósofos do século XVIII estenderão 
esse método a dois domínios de que Descartes, é 
importante ressaltar, o excluiu expressamente: o político e o 
religioso (Descartes é conservador em política e coloca as 
"verdades da fé" ao abrigo de seu método). 
http://www.mundodosfilosofos.com.br/aristoteles.htm
60
Método Dedutivo
Método proposto pelos racionalistas Descartes, 
Spinoza e Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz 
de levar ao conhecimento verdadeiro.
O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o 
conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia 
de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral 
para o particular, chega a uma conclusão.
Usa o silogismo, construção lógica para, a partir 
de duas premissas, retirar uma terceira logicamente 
decorrente das duas primeiras, denominada de 
conclusão (Gil, 1999; Lakatos & Marconi, 1993). 
61
Método Dedutivo
Exemplo:
Todo homem é mortal  (premissa maior)
Pedro é homem  (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal  (Conclusão)
62
Os argumentos matemáticos são dedutivos. Na 
geometria euclidiana do plano, os teoremassão todos 
demonstrados a partir de axiomas e postulados; apesar do 
conteúdo dos teoremas já estar fixado neles, este 
conteúdo está longe de ser óbvio
Afirmação do antecedente (modus ponens)
Negação do conseqüente (modus tollens)
Se José tirar nota inferior a 5, será reprovado
José tirou inferior a 5
José será reprovado
Se p, então q
Ora, p
Então, q
Método Dedutivo
63
Se p, então q
Ora, não q
Então, não-p
Ex.
Se a água ferver(p), então a temperatura é 
100o (q).
A temperatura não alcançou 100o(q).
Então, a água não ferverá (p).
Método Dedutivo
Exemplo:
64
Método Indutivo
Método proposto pelos empiristas Bacon, 
Hobbes, Locke e Hume.
Bacon (1561-1626) considerava a filosofia como 
uma nova técnica de raciocínio que deveria restabelecer 
a ciência natural sobre bases firmes
Seu plano de ampla reorganização do 
conhecimento a que chamou Instauratio Magna ("Grande 
Instauração"), era destinado a restaurar o domínio do 
homem sobre a natureza que se acreditava ele havia 
perdido com a queda de Adão.
65
Método Indutivo
O núcleo da filosofia da ciência de Bacon é o pensamento 
indutivo apresentado no Livro II do Novum Organum, sua obra 
mais famosa, assim intitulada em alusão ao Organon de 
Aristóteles. 
Publicada em 1620, como parte do projeto da Instauratio 
Magna.. Continha, segundo Bacon, em oposição a Aristóteles, 
"indicações verdadeiras acerca da interpretação da Natureza".
Para Bacon, o verdadeiro filósofo natural (cientista da 
natureza) deveria fazer a acumulação sistemática de 
conhecimentos mas também descobrir um método que permitisse 
o progresso do conhecimento, não apenas a catalogação de fatos 
de uma realidade supostamente fixa, ou obediente a uma ordem 
divina, eterna e perfeita." O saber deveria ser ativo e fecundo em 
resultados práticos.
66
Método Indutivo
Método proposto pelos empiristas Bacon, 
Hobbes, Locke e Hume.
Considera que o conhecimento é fundamentado 
na experiência, não levando em conta princípios 
preestabelecidos .
No raciocínio indutivo a generalização deriva de 
observações de casos de realidade concreta. As 
constatações particulares levam a elaboração de 
generalidades (Gil, 1999; Lakatos & Marconi, 1993). 
67
Método Indutivo
Indução é um processo mental por intermédio do 
qual, partindo de dados particulares, suficientemente 
constatados, interfere-se um verdade geral ou universal, 
não contida nas partes examinadas.
Resultado mais amplo que as premissas nas 
quais se baseiam
O corvo 1 é negro
O corvo 2 é negro
O corvo 3 é negro
O corvo n é negro = TODO CORVO É NEGRO
Exemplo:
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Método Indutivo
Exemplo:
Antônio é mortal 
João é mortal
Paulo é mortal
Carlos é mortal
Ora, Antônio, João, Paulo,....... E Carlos são homens
Logo, (todos) os homens são mortais
...
69
O cobre conduz energia
O zinco conduz energia
O ferro conduz energia
O cobalto conduz energia,
Ora, cobre, zinco, ferro e cobalto são metais
Logo, todo metal conduz energia
De premissas que encerram informações acerca de 
casos ou acontecimentos observados, passa-se para 
uma conclusão que contem informações sobre casos 
ou acontecimentos não observados 
Método Indutivo
Exemplo:
70
Regras do método indutivo
a) Observação do fenômeno;
b) Descoberta das relações entre eles;
c) Generalização da Informação
CAUSAS E 
MANIFESTAÇÕES
APROXIMAÇÃO E 
FATOS E FENÔMENOS
SEMELHANÇA, FATOS 
SEM OBSERVAÇÃO
A C B
Método Indutivo
71
Observo: Pedro, José, Ricardo, etc. são mortais; 
Verifico: Relação HOMEM / MORTALIDADE;
Generalizo: Todos os homens são mortais
O problema da indução cientifica é apenas um caso 
particular do problema geral do conhecimento 
abstrato, pois a lei científica não é mais do que um 
fato geral, abstraído da experiência sensível 
(JOLIVET, 1989).
Método Indutivo
Exemplo:
72
Quais as diferenças entre o método dedutivo e 
indutivo?
Todas as premissas 
são verdadeiras, a 
conclusão é 
provavelmente 
verdadeira;
 A conclusão encerra 
informação que não 
estava nem 
implicitamente,nas 
premissa.
Se todas as premissas 
são verdadeiras, a 
conclusão DEVE ser 
verdadeira;
 Toda a informação 
factual da conclusão já 
estava implicitamente na 
premissa.
Dedutivo Indutivo
73
Todo mamífero tem um coração, ora, 
todos os cães são mamíferos
Logo todo o cães têm coração
Todos os cães que foram 
observados (1,2..n) tinham 
coração.
Logo todo o cães têm coração
Dedução 
Indução 
Quais as diferenças entre o método dedutivo e 
indutivo?
74
No final do sec XVIII
Francis Bacon pregava o método indutivo como meio de se 
produzir o conhecimento. 
Este método entendia o conhecimento como resultado de 
experimentações contínuas e do aprofundamento do conhecimento 
empírico. 
Por outro lado, através de seu Discurso sobre o método, René 
Descartes defendeu o método dedutivo como aquele que possibilitaria 
a aquisição do conhecimento através da elaboração lógica de hipóteses 
e a busca de sua confirmação ou negação.
História….
75
Método Hipotético-Dedutivo
Proposto por Popper, consiste da seguinte linha 
de raciocínio “ quando os conhecimentos disponíveis 
sobre determinado assunto são insuficientes para a 
explicação de um fenômeno, surge o problema.
Para tentar explicar a dificuldades expressas no 
problema, são formuladas conjeturas ou hipóteses. Das 
hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências que 
deverão ser testadas ou falseadas. 
Falsear significa tornar falsas as conseqüências 
deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo 
se procura confirmar a hipótese, neste método, ao 
contrário, procuram-se evidências empíricas para 
derrubá-la. 
76
EXPECTATIVAS
Conhecimento 
Prévio
PROBLEMA
CONJECTURAS
FALSEAMENTO
Fases do método Hipotético-Dedutivo
Problema que surge frente as 
expectativas e teorias existentes
Solução proposta consistindo 
numa conjectura (nova teoria)
Tentativas de refutação pela 
observação e experimentação
77
Dialética-Socrates 
O método, o dialogo conduz a varias questões que não chegam a uma 
solução, isto para colocar o interrogado no caminho em que ele mesmo 
possa encontrar a solução e demonstrar a sua capacidade de uma nova visão 
filosófica. 
No entanto, é evidente que esses métodos provocam discussões e 
irritações ou reações indesejadas nas pessoas as quais dizem saber 
tudo. 
Com isso, provoca o verdadeiro efeito de purificação das falsas certezas. 
Assim compreende-se que, todos os métodos usados por Sócrates: a ironia e 
maiêutica tem uma determinada finalidade em estar sempre colocando o 
homem diante de vários questionamentos, no qual leva a um processo de 
purificação da alma pelo conhecimento já adquirido. 
E põem a descobrir que ele sabe pouco daquilo que tinha intrínseco a tal 
conhecimento. 
78
O método de Sócrates é dividido em duas partes; 
na primeira, feita a pergunta, ele procura mostrar 
ao interlocutor a insuficiência da resposta dada e 
mostra que estas são sempre preconceitos 
recebidos, opiniões subjetivas e não a definição 
buscada. 
A isto, dá-se o nome de ironia; por isso ele não era 
bem visto. A forma de levar o ouvinte a dar conta 
de que não sabe aquilo que julgava saber e para 
melhor entender a si mesmo, era posta como 
finalidade de quebrar a solidez existente na própria 
pessoa 
79
Leis Fundamentais :
a)- Ação recíproca : Tudo se Relaciona
b)- Mudança dialética: negação da negação, tudo se transforma
c)- Mudança qualitativa
d)- Interpenetração dos contrários, contradição
Para a dialética, as coisas não são analisadas na 
qualidade de objetos fixos, mas em movimento : 
nenhuma coisa está acabada, encontrando-se 
sempre em vias de se transformar, desenvolver; o 
fim de um processo é sempre o começo de outro.
Método Dialético
80
Segundo Engels, “Para a dialética não há nada definitivo,de 
absoluto, de sagrado; apresenta a caducidade de todas as 
coisas e em todas as coisas e, para ela, nada existe além do 
processo ininterrupto do devir e do transitório”
O devir expressa que tudo tem uma “História”
Exemplo:
..... A maçã resulta da flor, que resulta da árvore, e que o fruto 
verde, passa a ser maduro, cai, apodrece, libera sementes que,
por sua vez, dão origem a novas macieiras , se nada interromper a 
seqüência..... 
81
Aplicado à sociedade humana 
Concepção filosófica de MARX e ENGELS, aplicada a sociologia e 
economia que afirma:
A prioridade da atividade material, produtiva, dos homens, 
mediante a qual sobrevivem, transformando a natureza e si 
próprios. 
Forças produtivas constituem o fator dinâmico , ao qual, 
em cada etapa, correspondem determinadas relações de produção, 
que por sua vez aceleradoras ou retardadoras das transformações 
econômicas, com as suas conseqüentes repercussões 
ideológicas e institucionais.
Relações econômicas como base do desenvolvimento social
Materialismo Dialético
82
Mais Valia
à diferença entre o valor da mercadoria produzida
e a soma do valor dos meios de produção e do 
valor do trabalho, que seria a base do lucro no 
sistema capitalista
Análise Dialética 
1- O valor do trabalho é abstrato, no sentido em que o 
valor padrão de um salário para uma determinada 
atividade (e para uma determinada duração da jornada 
de trabalho) é dado pelo Mercado, isto é, pela demanda 
agregada dos capitalistas. 
83
2- Segundo Marx, « O fetichismo", pois supõe que uma 
coisa possa gerar sua remuneração, que o capital produza 
lucros e/ou juros como uma laranjeira produz laranjas. 
3- Esta origem do lucro não está, na sociedade capitalista, 
numa espoliação direta, como a apropriação da pessoa 
como trabalhador escravo, ou a cobrança de uma renda 
feudal, mas na medida em que o próprio salário "justo" tem 
seu valor estabelecido de modo a remunerar os 
trabalhadores com um valor menor do que o valor total das 
mercadorias por eles produzidas durante a jornada de 
trabalho contratada; 
é o que Marx chama de "jornadas de trabalho simultâneas" 
(uma paga, a outra não).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fetichismo
84
4- O lucro capitalista, para Marx, não é apenas um 
simples excedente; é o excedente como mediado por 
uma relação social historicamente específica. 
« O dinheiro é a essência alienada do 
trabalho e da existência do homem; a 
essência domina-o e ele adora-a «
Karl Marx 
85
resumo
Fonte: Adaptado, Lakatos 1991

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