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1 RESUMO – ELETROCARDIOGRAMA por IALY FERREIRA Hipertrofia e dilatação do coração HIPERTROFIA – aumento da massa muscular, majoritariamente causada por sobrecarga de pressão (coração bombeia sangue contra uma superfície aumentada; ex.: hipertensão sistêmica ou estenose aórtica) DILATAÇÃO – aumento de uma câmara, causada por sobrecarga de volume (ex.: insuficiência aórtica causando dilatação do VE e insuficiência mitral causando dilatação do AE) Frequentemente, dilatação e hipertrofia coexistem. ALTERAÇÕES NO ECG Em uma dilatação ou hipertrofia, o ECG pode apresentar as seguintes alterações: A onda pode ter um aumento na duração A onda pode ter um aumento na amplitude Pode haver um desvio no eixo elétrico AUMENTO ATRIAL A onda P normal tem uma duração < 0,12 segundo e amplitude máxima de 2,5 mm. As melhores derivações para observar aumento atrial são DII (quase paralela ao fluxo da corrente atrial, apresentando a maior deflexão positiva) e V1(perpendicular à corrente, com onda bifásica) 2 RESUMO – ELETROCARDIOGRAMA por IALY FERREIRA Aumento atrial direito: Amplitude da primeira porção da onda P aumenta (> 2,5 mm), mas a largura não se altera P pulmonale – porque o aumento atrial direito frequentemente é causado por doença pulmonar grave Aumento atrial esquerdo: A segunda porção da onda P aumenta em amplitude e há aumento em sua duração Em V1, a onda P desce pelo menos 1 mm abaixo da linha isoelétrica e 0,04 segundo de largura (um quadradinho) P mitral – porque a doença da válvula mitral é uma causa comum desse aumento HIPERTROFIA VENTRICULAR Hipertrofia ventricular direita: O eixo elétrico do complexo QRS está desviado para a direita (entre +90° e 180°) e em DI a onda QRS é discretamente mais negativa do que positiva O padrão normal de progressão da onda R nas derivações precordiais é rompido, podendo haver uma grande onda R em V1 e uma pequena onda R em V5 e V6 Do mesmo modo, a onda S em V1 é pequena e a onda S em V6 é grande Causas mais comuns de HVD: doença pulmonar e doença cardíaca congênita. Hipertrofia ventricular esquerda: Aumento da amplitude da onda R nas derivações que ficam sobre o ventrículo esquerdo Aumento da onda S nas derivações que ficam sobre o ventrículo direito Obs.: a derivações precordiais são mais sensíveis para o diagnóstico. Critérios das derivações precordiais: 3 RESUMO – ELETROCARDIOGRAMA por IALY FERREIRA Quanto mais critérios positivos, maior a possibilidade de o paciente ter HVE Critérios das derivações dos membros (frontais): Principais causas de HVE: hipertensão sistêmica e doença valvar. A hipertrofia ventricular esquerda raramente prolonga o complexo QRS para além de 0,1. Hipertrofia dos dois ventrículos: Pode haver uma combinação de características, mas, na maioria dos casos, os efeitos do ventrículo esquerdo obscurecem os do ventrículo direito ANORMALIDADES SECUNDÁRIAS DA REPOLARIZAÇÃO NA HIPERTROFIA VENTRICULAR As anormalidades de repolarização não são tão incomuns e são mais evidentes em derivações com ondas R altas. No VD serão vistas nas derivações V1 e V2, e no VE, nas derivações DI, aVL, V5 e V6, sendo as do VE mais comuns. 4 RESUMO – ELETROCARDIOGRAMA por IALY FERREIRA