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_____________________________________________________________ _____________________________________________________________ ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA 1. INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS ............................................................................................................................. 1 2. IDENTIFICAÇÃO DE TIPOS TEXTUAIS: NARRATIVO, DESCRITIVO E DISSERTATIVO .................................................................................. 5 3. CRITÉRIOS DE TEXTUALIDADE: COERÊNCIA E COESÃO.................................................................................................................... 7 4. RECURSOS DE CONSTRUÇÃO TEXTUAL: FONOLÓGICOS, MORFOLÓGICOS, SINTÁTICOS E SEMÂNTICOS ...................................................... 9 5. GÊNEROS TEXTUAIS DA REDAÇÃO ........................................................................................................................................... 18 6. PRINCÍPIOS GERAIS ............................................................................................................................................................. 20 7. USO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO .................................................................................................................................... 20 8. ESTRUTURA INTERNA DOS GÊNEROS: OFÍCIO, MEMORANDO, REQUERIMENTO, RELATÓRIO, PARECER ...................................................... 23 9. CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS. CONHECIMENTOS GRAMATICAIS DE ACORDO COM O PADRÃO CULTO DA LÍNGUA.................................... 25 11. PRINCÍPIOS GERAIS DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO. INTERTEXTUALIDADE. TIPOS DE DISCURSO. VOZES DISCURSIVAS: CITAÇÃO, PARÓDIA, ALUSÃO, PARÁFRASE, EPÍGRAFE ................................................................................................................................................ 52 12. SEMÂNTICA: CONSTRUÇÃO DE SENTIDO; SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, PARONÍMIA, POLISSEMIA; DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO; FIGURAS DE LINGUAGEM ...................................................................................................................................................................... 55 13. PONTUAÇÃO E EFEITOS DE SENTIDO ....................................................................................................................................... 62 14. SINTAXE: ORAÇÃO, PERÍODO, TERMOS DAS ORAÇÕES; ARTICULAÇÃO DAS ORAÇÕES: COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO; CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL; REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL ........................................................................................................................ 64 ANOTAÇÕES ................................................................................................................................................................. 81 NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS 1. PROGRAMA DE DIREITOS HUMANOS. A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ............................................................................................................................................................................... 1 2. O SISTEMA INTERNACIONAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS .............................................................................................. 11 3. O SISTEMA INTERNACIONAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E A REDEFINIÇÃO DA CIDADANIA NO BRASIL .................................... 12 4. GARANTIAS PROCESSUAIS DOS DIREITOS HUMANOS: HABEAS CORPUS; HABEAS DATA; MANDADO DE SEGURANÇA, AÇÃO POPULAR, AÇÃO CIVIL PÚBLICA; MANDADO DE INJUNÇÃO; AÇÕES COLETIVAS. PRINCÍPIOS PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS...................................................... 14 5. OS DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA ........................................................................................................... 18 6. DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS ................................................................................................................................. 18 7. DOS DIREITOS SOCIAIS ......................................................................................................................................................... 32 8. DA NACIONALIDADE ............................................................................................................................................................. 33 9. DOS DIREITOS POLÍTICOS ..................................................................................................................................................... 35 10. DIREITOS ECONÔMICOS ....................................................................................................................................................... 39 ANOTAÇÕES ................................................................................................................................................................. 45 NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL 1. PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL ................................................................................................................... 1 2. PERÍCIAS E PERITOS .............................................................................................................................................................. 1 3. DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS ................................................................................................................................................. 2 4. QUESTÕES OFICIAIS .............................................................................................................................................................. 3 5. PERÍCIAS MÉDICAS .............................................................................................................................................................. 11 6. LEGISLAÇÃO SOBRE PERÍCIAS MÉDICO-LEGAIS .......................................................................................................................... 12 7. TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL ............................................................................................................................................ 13 8. LESÕES CORPORAIS SOB O PONTO DE VISTA JURÍDICO ............................................................................................................... 13 9. ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA ............................................................................................................................................ 14 _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 10. ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA, CÁUSTICOS E VENENO, EMBRIAGUEZ, TOXICOMANIAS ....................................................................... 15 11. ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA: EFEITOS DA TEMPERATURA, ELETRICIDADE, PRESSÃO ATMOSFÉRICA, RADIAÇÕES, LUZ E SOM ....................... 18 12. ENERGIAS DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICA: ASFIXIAS EM GERAL ......................................................................................................... 23 13. TANATOLOGIA MÉDICO-LEGAL ............................................................................................................................................... 28 14. TANATOGNOSE E CRONOTANATOGNOSE .................................................................................................................................. 28 15. FENÔMENOS CADAVÉRICOS .................................................................................................................................................. 28 16. NECROPSIA, NECROSCOPIA .................................................................................................................................................. 30 17. EXUMAÇÃO .......................................................................................................................................................................30 18. “CAUSA MORTIS” ............................................................................................................................................................... 31 19. MORTE NATURAL E MORTE VIOLENTA ...................................................................................................................................... 31 20. SEXOLOGIA MÉDICO-LEGAL .................................................................................................................................................. 31 21. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL E PROVAS PERICIAIS ....................................................................................................... 32 22. ABORTO E INFANTICÍDIO ..................................................................................................................................................... 34 ANOTAÇÕES ................................................................................................................................................................. 37 NOÇÕES DE INFORMÁTICA 1. EQUIPAMENTOS E SISTEMAS OPERACIONAIS WINDOWS E LINUX. ARQUITETURA BÁSICA DE COMPUTADORES ............................................. 1 2. PRINCIPAIS PERIFÉRICOS ..................................................................................................................................................... 10 3. MÍDIAS PARA ARMAZENAMENTO DE DADOS ............................................................................................................................... 18 4. CONCEITOS GERAIS DE SISTEMAS OPERACIONAIS ...................................................................................................................... 21 5. MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS EM SISTEMAS WINDOWS E LINUX. ARQUIVOS: CONCEITO, TIPOS, NOMES E EXTENSÕES MAIS COMUNS ............ 23 6. ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS E ROTAS ...................................................................................................................................... 26 7. CÓPIA E MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS ................................................................................................................................... 27 8. ATALHOS .......................................................................................................................................................................... 29 9. PERMISSÕES DE ARQUIVOS E DIRETÓRIOS ................................................................................................................................ 29 10. CONCEITOS BÁSICOS DE REDES LOCAIS. ENDEREÇAMENTO TCP/IP ............................................................................................... 30 11. MÁSCARAS DE REDE ............................................................................................................................................................ 43 12. GATEWAY ......................................................................................................................................................................... 43 13. DNS ................................................................................................................................................................................ 44 14. AUTENTICAÇÃO E LOGIN ...................................................................................................................................................... 45 15. CONTAS E GRUPOS DE USUÁRIOS EM ABIENTE WINDOWS E LINUX ................................................................................................ 45 16. COMPARTILHAMENTO DE RECURSOS E PERMISSÕES DE LEITURA E ESCRITA DE ARQUIVOS E PASTAS NA REDE WINDOWS ......................... 49 17. CONCEITOS BÁSICOS E MODOS DE UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS ASSOCIADOS À INTERNET E INTRANET. 7.4.1. TIPOS DE URL .................................................................................................................................................. 53 18. TIPOS DE DOMÍNIO ............................................................................................................................................................. 54 19. NAVEGADOR MOZILLA FIREFOX .............................................................................................................................................. 54 20. APLICAÇÕES .................................................................................................................................................................... 58 21. COOKIES .......................................................................................................................................................................... 58 22. SEGURANÇA ..................................................................................................................................................................... 59 23. CONTROLE ACTIVE X. PLUGINS ............................................................................................................................................. 59 24. CONFIGURAÇÃO DE PROXY .................................................................................................................................................. 59 25. CORREIO ELETRÔNICO ........................................................................................................................................................ 60 26. ENDEREÇOS DE E-MAIL ....................................................................................................................................................... 60 27. CAMPOS DE UMA MENSAGEM ............................................................................................................................................... 60 28. ORGANIZAÇÃO DE MENSAGENS EM PASTAS ............................................................................................................................ 62 29. BACKUP E COMPACTAÇÃO DOS E-MAILS................................................................................................................................. 62 30. ENVIO, RESPOSTA, ENCAMINHAMENTO E RECEBIMENTO DE E-MAILS, ANEXOS ................................................................................. 62 31. ENDEREÇOS E FORMAS DE ENDEREÇAMENTO DE CORREIO ELETRÔNICO, WEBMAIL, OUTLOOK EXPRESS, MOZILLA THUNDERBIRD ................. 64 32. GARANTINDO O SIGILO E A AUTENTICIDADE DE UM E-MAIL ATRAVÉS DE CRIPTOGRAFIA PGP, CHAVES PÚBLICAS E PRIVADAS.................... 68 33. FERRAMENTA DE AUTOMOÇÃO DE ESCRITÓRIO. CONCEITOS E PRINCIPAIS RECURSOS DE EDITORES DE TEXTOS, PLANILHAS ELETRÔNICAS E EDITORES DE APRESENTAÇÕES MICROSOFT OFFICE E BROFFICE.ORG. POWERPOINT E IMPRESS: ESTRUTURA BÁSICA DE APRESENTAÇÕES, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO, CRIAÇÃO DE APRESENTAÇÕES, CONFIGURAÇÃO DA APARÊNCIA DA APRESENTAÇÃO, IMPRESSÃO DE APRESENTAÇÕES, MULTIMÍDIA, DESENHO E CLIPART, USO DA BARRA DE FERRAMENTAS, ATALHOS E MENUS ...................................................................... 70 34 . MS-WORD 2010: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, TABELAS, IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO ..................................................................................... 76 _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 35 . MS-EXCEL 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO DE DADOS .......................................................................87 36. SEGURANÇA. TIPOS DE VÍRUS, CAVALOS DE TRÓIA, WORMS, SPYWARE, PHISHING, PHARMING, SPAM .................................................. 91 37. RISCOS DE SEGURANÇA NO USO DE CORREIO ELETRÔNICO E INTERNET ......................................................................................... 93 38. BACKUP DE ARQUIVOS DIGITAIS EM MÍDIAS DE ARMAZENAMENTO, DRIVES VIRTUAIS E PASTAS DE COMPARTILHADAS NA REDE ................ 94 39. CERTIFICAÇÃO DIGITAL. CONCEITOS E LEGISLAÇÃO .................................................................................................................. 95 40. APLICATIVOS DE SEGURANÇA .............................................................................................................................................. 97 41. CRIPTOGRAFIA PGP ............................................................................................................................................................ 98 42. CHAVES PÚBLICAS E PRIVADAS. CONSULTA E ENVIO DE CHAVES PÚBLICAS A UM SERVIDOR DE CHAVES UTILIZANDO INTERFACE WEB OU APLICATIVOS PRÓPRIOS .......................................................................................................................................................... 98 43. SOFTWARE LIVRE .............................................................................................................................................................. 98 ANOTAÇÕES ............................................................................................................................................................... 108 MATEMÁTICA 1. LINGUAGEM BÁSICA DE CONJUNTOS: PERTINÊNCIA, INCLUSÃO, REUNIÃO, IGUALDADE E INTERSEÇÃO ....................................................... 1 2. OS CONJUNTOS DOS NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS E REAIS. OPERAÇÕES DE ADIÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, SUBTRAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO. A RETA NUMÉRICA. PROPRIEDADES ESPECÍFICAS DE CADA UM DOS CONJUNTOS ........................................... 3 3. NATURAIS: MÚLTIPLOS E DIVISORES, FATORAÇÃO EM PRODUTOS DE PRIMOS, MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM. INTEIROS: MÚLTIPLOS E DIVISORES .......................................................................................................................................................... 15 4. RACIONAIS E REAIS: REPRESENTAÇÃO DECIMAL ........................................................................................................................ 18 5. SISTEMA LEGAL DE UNIDADE DE MEDIDA: COMPRIMENTO, ÁREA, VOLUME, ÂNGULO, TEMPO, VELOCIDADE E MASSA ................................... 22 6. PROPORÇÕES: PROPORCIONALIDADE. GRANDEZAS DIRETAMENTE E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. (REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA) .......................................................................................................................................................................................... 26 7. PORCENTAGEM, JUROS, DESCONTOS SIMPLES. TAXAS COMPOSTAS DE JURO E DE DESCONTO............................................................. 32 8. CÁLCULO ALGÉBRICO: OPERAÇÕES COM EXPRESSÕES ALGÉBRICAS. IDENTIDADES ALGÉBRICAS NOTÁVEIS ............................................ 39 9. POLINÔMIOS. OPERAÇÕES. DIVISÃO POR X-A. RAÍZES. FATORAÇÃO. RELAÇÃO ENTRE COEFICIENTES E RAÍZES ......................................... 41 10. EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES. EQUAÇÕES DO 1º E DO 2º GRAUS ....................................................................................................... 43 11. RAÍZES E PRODUTOS DE POLINÔMIOS DO 1º E 2º GRAUS .............................................................................................................. 47 12. DESIGUALDADES DE 1º E 2º GRAUS. DESIGUALDADES PRODUTO E QUOCIENTE. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA ........................................ 48 13. SISTEMA DE EQUAÇÕES DE 1º E 2º GRAUS. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA ...................................................................................... 53 14. RAÍZES DE PRODUTOS DE POLINÔMIOS DO 1º E 2º GRAUS ........................................................................................................... 56 15. SISTEMAS LINEARES: RESOLUÇÃO E DISCUSSÃO DE SISTEMAS LINEARES....................................................................................... 57 16. ANÁLISE COMBINATÓRIA. O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM. COMBINAÇÕES, ARRANJOS E PERMUTAÇÕES COM E SEM REPETIÇÕES 58 17. PROBABILIDADE. EVENTOS COMPLEMENTARES, INDEPENDENTES, MUTUAMENTE EXCLUSIVOS. CÁLCULOS PROBALÍSTICOS ....................... 60 18. GEOMETRIA PLANA. ELEMENTOS PRIMITIVOS, SEMI-RETAS, SEMIPLANOS, SEGMENTOS E ÂNGULOS. RETAS PERPENDICULARES E RETAS PARALELAS. TEOREMA DE TALES. TRIÂNGULOS. CONGRUÊNCIA E SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS. QUADRILÁTEROS. CIRCUNFERÊNCIA E DISCO. ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA. RELAÇÕES MÉTRICAS E TRIGONOMÉTRICAS EM TRIÂNGULOS RETÂNGULOS. TEOREMA DE PITÁGORAS. ÁREAS DE TRIÂNGULOS, PARALELOGRAMOS, TRAPÉZIOS E DISCOS ................................................................................................................. 62 19. GEOMETRIA SÓLIDA. PRISMAS, PIRÂMIDES, CILINDROS, CONES E ESFERAS. ÁREAS E VOLUMES. SEÇÕES ............................................... 79 20. GEOMETRIA ANALÍTICA: DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS. COORDENADAS DO PONTO MÉDIO. ESTUDO ANALÍTICO DA RETA. GRÁFICO DA FUNÇÃO DE 2º GRAU. DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA. ESTUDO ANALÍTICO DA CIRCUNFERÊNCIA. RETA TANGENTE. ELPSE, HIPÉRBO-LE E PARÁBOLA. ÁREA DO TRIÂNGULO. CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS. BARICENTRO .............................................................. 85 21. FUNÇÕES. CONCEITO, OPERAÇÕES, VALOR NUMÉRICO E COMPOSIÇÃO DE FUNÇÕES. FUNÇÃO REAL DE VARIÁVEL REAL. GRÁFICOS. FUNÇÕES DE 1º E 2º GRAUS. MÁXIMO E MÍNIMO DA FUNÇÃO DE 2º GRAU. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS. FUNÇÃO MODULAR. INCLUI ESTUDO E DEFINIÇÃO DE MÓDULO. EQUAÇÕES ............................................................................................................................................................... 91 22. PROGRESSÕES, LIMITES E DERIVADAS. PROGRESSÕES ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA ....................................................................... 102 23. TRIGONOMETRIA. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS. IDENTIDADES FUNDAMENTAIS. ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE ARCOS. ARCOS CÔNGRUOS. ARCOS NOTÁVEIS. EQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS SIMPLES. APLICAÇÃO DA TRIGONOMETRIA AO CÁLCULO DE ELEMENTOS DE UM TRIÂNGULO. LEI DOS SENOS E DOS COSSENOS ....................................................................................................................................................... 111 24. ESTATÍSTICA: DADOS, TABELAS, REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS. POLÍGONOS DE FREQÜÊNCIA. MÉDIA E PROPRIEDADES. MEDIANA E MODA . 117 ANOTAÇÕES ............................................................................................................................................................... 122 _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ NOÇÕES DE CRIMINALISTICA 1. DEFINIÇÃO DE CRIMINALÍSTICA ................................................................................................................................................. 1 2. LEGISLAÇÃO APLICADA À PERÍCIA (ARTIGOS 155 A 184 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL) .................................................................... 2 3. LEVANTAMENTOS PERICIAIS EM LOCAIS DE CRIME (CONCEITUAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO) ................................ 6 4. VESTÍGIOS, EVIDÊNCIAS E INDÍCIOS (DEFINIÇÕES, CLASSIFICAÇÕES). PRINCIPAIS VESTÍGIOS ENCONTRADOS EM LOCAIS DE CRIME: EM LOCAIS DE CRIME CONTRA A PESSOA; EM LOCAIS DE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO; EM LOCAIS DE CRIME CONTRA O TRÂNSITO; EM LOCAIS DE CRIMES SEXUAIS .................................................................................................................................................................................9 5. O EXAME PERINECROSCÓPICO: FERIDAS CONTUSAS, PUNCTÓRIAS, INCISAS E MISTAS, FERIMENTOS ESPECIAIS (ESGORJAMENTO, DEGOLA, DECAPTAÇÃO), EFEITOS PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS EM FERIMENTOS PRODUZIDOS POR PROJÉTEIS PROPELIDOS POR DISPARO DE ARMA DE FOGO .......................................................................................................................................................................................... 37 6. MORTE PRODUZIDA POR QUEIMADURA ..................................................................................................................................... 41 7. MORTE PRODUZIDA POR ASFIXIA (ENFORCAMENTO, ESTRANGULAMENTO, ESGANADURA, SUFOCAÇÃO, SOTERRAMENTO, AFOGAMENTO) ........ 43 8. MORTE PRODUZIDA POR PRECIPITAÇÃO ................................................................................................................................... 45 ANOTAÇÕES ................................................................................................................................................................. 46 NOÇÕES DE CONTABILIDADE 1. CONTABILIDADE GERAL: CONCEITO, OBJETO, CAMPO DE APLICAÇÃO. PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES. PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS. ESCRITURAÇÃO. RECEITA E DESPESA. APURAÇÃO DE RESULTADOS. VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS........ 1 2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: USUÁRIOS DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE BALANÇOS, ÍNDICES DE ANÁLISE: LIQUIDEZ, ENDIVIDAMENTO, IMOBILIZAÇÃO E RENTABILIDADE . ANÁLIZE HORIZONTAL E VERTICAL .................................. 7 3. ORÇAMENTO: CONCEITO E PRINCÍPIOS, REGIMES FINANCEIROS. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA: INSTITUCIONAL, FUNCIONAL, PROGRAMÁTICA E POR NATUREZA. CRÉDITOS ADICIONAIS: ESPÉCIES, CARACTERÍSTICAS E RECURSOS DE COBERTURA. CONTABILIDADE PÚBLICA: CARACTERÍSTICAS. RECEITAS E DESPESAS EXTRA-ORÇAMENTÁRIAS. RECEITAS E DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS EFETIVAS E DE MUTAÇÕES, VARIAÇÕES INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA. REGISTROS EXTRAPATRIMONIAIS. APURAÇÃO DE RESULTADOS. DEMONSTRATIVOS ............................................................................................................................................... 13 4. AUDITORIA: CONCEITOS BÁSICOS, CONTROLE INTERNO. NORMAS E PROCEDIMENTOS. PAPÉIS DE TRABALHO. PLANEJAMENTO DA AUDITORIA. REVISÃO ANALÍTICA. PARECERES E RELATÓRIOS ........................................................................................................................... 37 5. LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4/5/2000 ............................................................................................................................... 46 6. LEI Nº 4.320, DE 17/5/1964 .................................................................................................................................................. 64 ANOTAÇÕES ................................................................................................................................................................. 77 EXAME BIOFÍSICO 1 . TESTES RELATIVOS AO EXAME BIOFÍSICO PERITO CRIMINAL ........................................................................................................... 1 ANOTAÇÕES ................................................................................................................................................................... 5 QUESTÕES COM RESPOSTA GUIA DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 1 LÍNGUA PORTUGUESA 1. INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS Não só os alunos afirmam gratuitamente que a interpretação depende de cada um. Na realidade isto é para fugir a um problema que não é de difícil solução por meio de sofisma (=argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta). Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte: 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; 12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento de lógica objetiva; 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende idéias e você deve percebê-las; 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome. De fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele"). Ex.: Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idéias estão coordenadas entre si; 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Nota: Diante do que foi dito, espero que você mude o modo de pensar, pois a interpretação não depende de cada um, mas, sim, do que está escrito. "O que está escrito, escrito está." Lembre-se: TEXTO: é um conjunto de idéias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade interpretar e compreender o texto). O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua idéia principal. A partir daí, localizam- se as idéias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 1. Identificar: é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram- se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 2. Comparar: é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 3. Comentar: é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. Resumir: é concentrar as idéias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 5. Parafrasear: é reescrever o texto com outras palavras. Erros de Interpretação É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais freqüentes são: a) Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto, acrescentando-se idéias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 2 LÍNGUA PORTUGUESA um texto é um conjunto de idéias, o que pode ser insuficientepara o total do entendimento do tema desenvolvido. c) Contradição: Não raro, o texto apresenta idéias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conseqüentemente, errando a questão. Observação: Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. Roteiro de Interpretação Na hora de interpretar um texto, alguns cuidados são necessários: a) ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua idéia central; b) interpretar as palavras desconhecidas através do contexto; c) reconhecer os argumentos que dão sustentação a idéia central; d) identificar as objeções à idéia central; e) sublinhar os exemplos que foram empregados como ilustração da idéia central; f) antes de responder as questões, ler mais de uma vez todo o texto, fazendo o mesmo com as questões e as alternativas; g) a cada questão, voltar ao texto, não responder “de cabeça”; h) se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto; i) se o enunciado pedir a idéia principal, ou tema, estará situada na introdução, na conclusão, ou no título; j) se o enunciado pedir argumentação, esta estará localizada, normalmente, no corpo do texto. Dicas para Interpretação de Textos - Leia o texto mais de uma vez, minuciosamente, para encontrar a resposta correta. - Na terceira ou quarta leitura do texto, pode-se destacar as palavras e expressões-chave. - É necessário limitar-se às informações contidas no texto. - Tente compreender o texto, fragmentando-o em parágrafos ou mesmo, em períodos; fica mais fácil interpretar. - Sempre restam duas alternativas consideradas possíveis. Nesse caso, é necessária uma nova leitura. As mensagens que uma comunicação pretende transmitir nem sempre estão contidas somente na linguagem verbal (texto) ou na linguagem não verbal (fotografias, gráficos, tabelas, desenhos, esquemas). O conjunto dessas linguagens é que estabelece, em sintonia, a comunicação entre quem a emite e seu destinatário. É o lingüístico e o imagético presentificando um só fato. A linguagem verbal é o instrumento mais eficaz na comunicação que estabelecemos um com o outro e com nós mesmos. Ela organiza nosso pensamento, faz com que possamos explicitá-los e nos acompanha em inúmeras atividades que desenvolvemos ao longo de nossas vidas. A humanidade tem veiculado, por intermédio da palavra, de geração a geração, um volume enorme de conhecimentos, comportamentos e valores que constituem a cultura das várias comunidades existentes. A linguagem verbal apresenta uma estrutura bastante complexa: além de representar todos os objetos, permite a sua análise, caracterização e interligação com outros conceitos, num sistema amplo de relações. Linguagem não verbal - na comunicação diária, utilizamo-nos de meios que dispensam o uso da palavra. Nossos gestos e olhares são prova disso. A maneira como nos vestimos e até como os portamos nos vários ambientes que freqüentamos também comunica, a quem nos observa, preferências e modos de vida. A mímica, a pintura, a música e a dança são artes que, em sua expressão, prescindem da palavra. Hoje convivemos com freqüência cada vez maior e mais intensamente com a linguagem visual. O cinema, a televisão, os computadores, a fotografia, os veículos publicitários (outdoors, revistas) têm encontrado, nesse tipo de linguagem, um instrumento de comunicação extremamente eficaz, devido sobretudo à velocidade com que transmite as mensagens. Apesar disso, a palavra continua sendo um meio poderoso, capaz de traduzir, analisar e criticar qualquer outro tipo de linguagem. Como pudemos ver, a interpretação de textos é de fundamental importância para o candidato. Você já se perguntou por quê? Há alguns anos, as provas de Português, nos principais concursos do país, traziam uma frase, e dela faziam-se as questões. Eram enunciados soltos, sem conexão, tão ridículos que lembravam muito aquelas frases das antigas cartilhas: "Ivo viu a uva". Os tempos são outros, e, dentro das modernas tendências do ensino de línguas, fica cada vez mais claro que o objetivo de ensinar as regras da gramática normativa é simplesmente o texto. Aprendem-se as regras do português culto, erudito, a fim de melhorar a qualidade do texto, seja oral, seja escrito. Nesse sentido, todas as questões são extraídas de textos, escolhidos criteriosamente pelas bancas, em função da mensagem/conteúdo, em função da estrutura gramatical. Ocorrem casos de provas contextualizadas, em que todos os textos abordam o mesmo assunto, ou seja, provas monotemáticas. Dessa maneira, fica clara a importância do texto como objetivo último do aprendizado de língua. Quais são os textos escolhidos? Textos retirados de revistas e de jornais de circulação nacional têm a preferência. Portanto, o romance, a poesia WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 3 LÍNGUA PORTUGUESA e o conto são quase que exclusividade das provas de Literatura (que também trabalham interpretação, por evidente). Assim, seria interessante observar as características fundamentais desses produtos da imprensa. Os Artigos São os preferidos das bancas. Esses textos autorais trazem identificado o autor. Essas opiniões são de expressa responsabilidade de quem as escreveu - chamado aqui de articulista - e tratam de assunto da realidade objetiva, pautada pela imprensa. Vejamos um exemplo: um dado conflito eclode em algum ponto do planeta (a todo o instante surge algum), e o professor Décio Freitas, historiador, abordará, em seu artigo em ZH, os aspectos históricos do embate. Portanto, os temas são, quase sempre, bem atuais. Trata-se, em verdade, de texto argumentativo, no qual o autor/emissor terá como objetivo convencer o leitor/receptor. Nessa medida, é idêntico à redação escolar, tendo a mesma estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão. Exemplo de Artigo “Os nomes de quase todas as cidades que chegam ao fim deste milênio como centros culturais importantes seriam familiares às pessoas que viveram durante o final do século passado. O peso relativo de cada uma delas pode ter variado, mas as metrópoles que contam ainda são basicamente as mesmas: Paris, Nova Iorque, Berlim, Roma, Madri, São Petesburgo.” (Nelson Archer - caderno Cidades, Folha de S. Paulo, 02/05/99) Os Editoriais Novamente, são opinativos, argumentativos e possuem aquela mesma estrutura. Todos os jornais e revistas têm esses editoriais. Os principais diários do país produzem três textos desse gênero. Geralmente um deles tratará de política; outro, de economia; um outro, de temas internacionais. A diferença em relação ao artigo é que o autor, o editorialista, não expressa sua opinião, apenas serve de intermediário para revelar o ponto de vista da instituição, da empresa, do órgão de comunicação. Muitas vezes, esses editoriais são produzidos por mais de um profissional. O editorialista é, quase sempre, antigo na casa e, obviamente, da confiança do dono da empresa de comunicação. Os temas, por evidente, são a pauta do momento, os assuntos da semana. As Notícias Aqui temos outro gênero, bem diverso. As notícias são autorais, isto é, produzidas por um jornalista claramente identificado na matéria. Possuem uma estrutura bem fechada, na qual, no primeiro parágrafo (também chamado de lide), o autor deve responder às cinco perguntinhas básicas do jornalismo: Quem? Quando? Onde? Como? E por quê? Essa maneira de fazer texto atende a uma regra do jornalismo moderno: facilitar a leitura. Se o leitor/receptor desejar mais informações sobre a notícia, que vá adiante no texto. Fato é que, lendo apenas o parágrafo inicial, terá as informações básicas do assunto. A grande diferença em relação ao artigo e ao editorialestá no objetivo. O autor quer apenas "passar" a informação, quer dizer, não busca convencer o leitor/receptor de nada. É aquele texto que os jornalistas chamam de objetivo ou isento, despido de subjetividade e de intencionalidade. Exemplo de Notícia “O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex- presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, negou-se a responder ontem à CPI do judiciário todas as perguntas sobre sua evolução patrimonial. Ele invocou a Constituição para permanecer calado sempre que era questionado sobre seus bens ou sobre contas no exterior.” (Folha de S. Paulo, 05/05/99). As Crônicas Estamos diante da Literatura. Os cronistas não possuem compromisso com a realidade objetiva. Eles retratam a realidade subjetiva. Dessa maneira, Rubem Braga, cronista, jornalista, produziu, por exemplo, um texto abordando a flor que nasceu no seu jardim. Não importa o mundo com suas tragédias constantes, mas sim o universo interior do cronista, que nada mais é do que um fotógrafo de sua cidade. É interessante verificar que essas características fundamentais da crônica vão desaparecendo com o tempo. Não há, por exemplo, um cronista de Porto Alegre (talvez o último deles tenha sido Sérgio da Costa Franco). Se observarmos o jornal Folha de S. Paulo, teremos, junto aos editoriais e a dois artigos sobre política ou economia, uma crônica de Carlos Heitor Cony, descolada da realidade, se assim lhe aprouver (Cony, muitas vezes, produz artigos, discutindo algo da realidade objetiva). O jornal busca, dessa maneira, arejar essa página tão sisuda. A crônica é isso: uma janela aberta ao mar. Vale lembrar que o jornalismo, ao seu início, era confundido com Literatura. Um texto sobre um assassinato, por exemplo, poderia começar assim:" Chovia muito, e raios luminosos atiravam-se à terra. Num desses clarões, uma faca surge das trevas..." Dá-se o nome de nariz de cera a essas matérias empoladas, muito comuns nos tempos heróicos do jornalismo. Sobre a crônica, há alguns dados interessantes. Considerada por muito tempo como gênero menor da Literatura, nunca teve status ou maiores reconhecimentos por parte da crítica. Muitos autores famosos, romancistas, contistas ou poetas, produziram excelentes crônicas, mas não são conhecidos por isso. Carlos Drummond de Andrade é um belo exemplo. Pela grandeza de sua poesia, o grande cronista do cotidiano do Rio de Janeiro foi abafado. O mesmo pode-se falar de Olavo Bilac, que, no início do século passado, passou a produzir crônicas num jornal carioca, em substituição a outro grande escritor, Machado de Assis. Essa divisão dos textos da imprensa é didática e objetiva esclarecer um pouco mais o vestibulando. No entanto, é importante assinalar que os autores modernos fundem essa divisão, fazendo um trabalho misto. É o caso de Luis Fernando Veríssimo, que ora trabalha uma crônica, com os personagens conversando em um bar, terminando por um artigo, no qual faz críticas ao poder central, por exemplo. Martha Medeiros, por seu turno, produz, muitas vezes, um artigo, revelando a alma feminina. Em outros momentos, faz uma crônica sobre o quotidiano. WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 4 LÍNGUA PORTUGUESA Exemplo de Crônica “Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando não encontrava, dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a crônica estava feita. Não tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a Lagoa - posso não ver melhor, mas vejo mais. Otto Maria Carpeaux não gostava do gênero "crônica", nem adiantava argumentar contra, dizer, por exemplo, que os cronistas, uns pelos outros, escreviam bem. Carpeaux lembrava então que escrever é verbo transitivo, pede objeto direto: escrever o quê? Maldade do Carpeaux. (...) Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal. Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu descia de um reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto.” (Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo, 02/01/98). Nota-se que a variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis. A variação sempre existirá, no Brasil há apenas uma língua nacional, e assim mesmo existe diferenças de pronúncias, no emprego de palavras e outros aspectos da língua. Hoje, ninguém escreve como fala, e nas sociedades letradas, aquelas que usam intensamente a escrita, estas pessoas tomam as regras estabelecidas para o sistema de escrita como padrões de correção de todas as formas lingüísticas. No meio dessas letras que o homem espalha por todos os lugares, há algo em comum. Existem dois tipos de textos: o informativo e o ficcional. Informativo: quando se escreve sobre coisas que acontecem, como nas notícias que aparecem em jornais, revistas e na Internet, bem como nas leis e bulas. Ficcional: quando se escreve histórias inventadas, como nos livros e gibis. Observe os dois casos práticos abaixo. 1. Você escreve um recado para o amigo que senta ao seu lado na escola, inventando uma história: "Estou namorando a Julieta". Que tipo de texto é esse? Ficcional. Tem gente que chama isso de mentira. 2. Por outro lado, vamos supor que o bilhete é verdadeiro. Isto é, você pediu a Julieta em namoro e ela respondeu "sim, Romeu!". E agora você está louco para contar vantagem para o amigo da carteira do lado. Se o bilhete diz "Estou namorando a Julieta", neste caso é verdade, isso acontece mesmo. Então, esse bilhete é um texto informativo. Isto quer dizer então que a história inventada é mentira? Digamos que é "de mentirinha". Alguém já disse que a literatura é "a mentira que encanta". As histórias inventadas saem da cabeça do escritor. O Sítio do Pica-pau Amarelo, que Monteiro Lobato inventou, nunca existiu em lugar nenhum que nossos olhos pudessem ver. O Sítio foi criado pela imaginação de Lobato e existe na imaginação de quem lê a história. Ou seja, o Sítio existe em outro mundo, que a gente não vê: é o mundo da imaginação. “Texto é um tecido verbal estruturado de tal modo que as idéias formam um todo coeso, uno, coerente. Todas as partes devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. Assim, um fragmento que trata de diversos assuntos não pode ser considerado texto. Da mesma forma, se lhe falta coerência, se as idéias são contraditórias, também não se constitui texto. Se os elementos da frase que possibilitam a transição de uma idéia para outra não estabelecem coesão entre as partes expostas, o fragmento não se configura um texto. Essas três qualidades - unidade, coerência e coesão - são essenciais par a existência de um texto”. Veja-se um exemplo apresentado por João Bosco Medeiros, em “Português Instrumental”.: “O carnaval carioca é uma beleza, mas mascara, com o seu luxo, a miséria social, o caos político, o desequilíbrio que se estabelece entre o morro e a Sapucaí. Embora todos possam reconhecer os méritos de artistas plásticos que ali trabalham, o povo samba na avenida como herói de uma grande jornada. E acrescente-se: há manifestação em prol de processos judiciais contra costumes que ofendem a moral e agridem a religiosidade popular. O carnaval carioca, porque se afasta de sua tradição, está tornando-se desgracioso, disforme, feio.” O trecho anterior é um fragmento que não se constitui texto. Falta- lhe coerência entre a afirmativa inicial e a final. A oração subordinada que se inicia com embora não apresenta coesãoem relação à oração principal; não é possível entender o que o autor quis dizer com aquelas palavras. Como o texto senta várias informações, várias direções: moral, política, social, religiosa, estática, acaba por não constituir um todo. Não há completude, inteireza, unidade. Os elementos estruturais do texto são: o saber partilhado, a informação nova, as provas, a conclusão, o tema, a referência. Por saber partilhado entende-se a informação antiga, do conhecimento da comunidade. De modo geral, o saber partilhado aparece na introdução, um local privilegiado para a negociação com o leitor. Não é difícil admitir que a informação que vai de “não é fácil escrever sobre seu próprio pai” até “sentimental” pertence ao saber partilhado. O emissor negocia com o leitor, coloca-se num nível de entendimento, estabelece um do, para, em seguida, expor informações novas. A informação nova caracteriza-se como uma necessidade para a existência do texto. Sem ela, não há razão para o emissor escrever nada. Um texto só se configura texto quando veicula uma informação que não era do conhecimento do leitor, ou que não o era da forma como será exposta, o que implica, naturalmente, matizes novos e, conseqüentemente, uma nova maneira de ver os A informação nova não significa originalidade total, absoluta. É análoga ao contrato que o leitor faz com o ficcionista. Ninguém, ao ler “Dom Casmurro”, estará interessado em saber se os acontecimentos relatados são reais, se houve tempo e naquele espaço uma pessoa que se identificava com a personagem -do livro. O leitor entra em acordo com o narrador, admitindo como verossímeis os acontecimentos relatados. Da mesma forma, o leitor de “Memórias de Brás Cubas” não contesta a possibilidade de um defunto ser narrador. Aceita o fato e dá prosseguimento à leitura”. É sabido que, conforme a perspectiva teórica que se adote, o mesmo objeto pode ser concebido de maneiras diversas. O conceito de texto não foge a regra. Antes de discutirmos sua estrutura é preciso saber o que é um texto. Segundo Ingidore Koch, o conceito de texto depende das concepções que se tenha de língua e de sujeito. Na concepção de língua como representação do pensa-mento e de sujeito como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, o texto é visto como um produto - lógico - do pensamento http://www.canalkids.com.br/tecnologia/meios/internet.htm http://www.canalkids.com.br/arte/galeria/lobato2.htm http://www.canalkids.com.br/arte/galeria/lobato2.htm http://www.canalkids.com.br/arte/galeria/lobato.htm WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 5 LÍNGUA PORTUGUESA (representação mental) do autor, nada mais cabendo ao leitor/ouvinte senão captar essa representação mental, juntamente com as intenções (psicológicas) do produtor, exercendo, pois, um papel essencial-ente passivo. Na concepção de língua como código - portanto, como mero instrumento de comunicação - e de sujeito como (pré)determinado pelo sistema, o texto é visto como simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor/ouvinte, bastando a este, para tanto, o conhecimento do código, já que o texto, uma vez codificado, é totalmente explícito. Já na concepção interacional (dialógica) da língua, afirma Koch, na qual os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação e os interlocutores, como sujeitos ativos que - dialogicamente - nele se constroem e são construídos. Desta forma, há lugar, no texto para toda gama de implícitos, dos mais variados tipos, somente detectáveis quando se tem, como pano de fundo, o contexto sociocognitivo dos participantes da interação. Ingidore adota ainda uma última concepção na qual a compreensão deixa de ser entendida como simples “captação” de uma representação mental ou como a decodificação de mensagem resultante de uma codificação de um emissor. Ela é uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza, evidentemente, com base nos elementos lingüísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas que requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes (enciclopédia) e sua reconstrução deste no interior do evento comunicativo. O sentido de um texto é construído na interação texto- sujeitos e não algo que preexista a essa interação. Resumindo, texto é uma unidade lingüística concreta, percebida pela audição (na fala) ou pela visão (na escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade comunicativa. Entretanto é possível notar que os enunciados (falas) não são o único elemento responsável pelo sentido da interação lingüística. Além do texto, há na situação comunicativa, outros elementos que também auxiliam na construção do sentido, como os papéis sociais que os interlocutores desempenham, a intenção do locutor, o conhecimento de mundo do interlocutor, as circunstâncias históricas ou sociais em que se dá a comunicação, etc. Um texto pode ser formado apenas pela linguagem verbal (por exemplo, um poema, um romance), apenas pela linguagem visual (um desenho, uma pintura), como também pelas linguagens verbal e visual (uma história em quadrinhos, um filme). Quando há o emprego dos dois tipos de linguagens, o sentido global do texto só se faz com o cruzamento das duas linguagens. Podemos classificar os textos, quanto a sua estrutura, em narrativo, descritivo e dissertativo. Vejamos aqui as características de um texto dissertativo e seu conceito. • O texto dissertativo, ou seja, a dissertação é uma explanação lógica de idéias. É um texto que analisa e interpreta dados da realidade por meio de conceitos abstratos. • O texto narrativo envolve uma dinamicidade que deter- mina uma transformação nos fatos e nas personagens. Chamamos isto de progressão narrativa. Para que a progressão narrativa aconteça é preciso que se entabule um conflito entre as personagens. Narração é a exposição escrita ou falada de um fato. É um relato de acontecimentos em determinada seqüência, tendo como elementos integrantes: a) As personagens, b) Os fatos, c) O tempo, d) O espaço e e) O foco narrativo. • O texto descritivo é a exposição minuciosa de um fato; a representação das características de uma pessoa, de uma cena, de um objeto ou de um processo. Para fazer- se uma boa descrição, dois recursos são necessários: a particularização do espaço, apresentando-se detalhada- mente as características do ser ou objeto e a sensibilização dos sentidos, mobilizando as sensações olfativas, táteis, visuais, gustativas e auditivas. De acordo com sua finalidade, podemos falar em dois tipos de descrição: a) técnica ou b) literária. O Conteúdo Literário de um Texto Tem-se um conteúdo informativo quando se escreve sobre coisas que acontecem, como nas notícias que aparecem em jornais, revistas e na Internet, bem como nas leis e bulas. 2. IDENTIFICAÇÃO DE TIPOS TEXTUAIS: NARRATIVO, DESCRITIVO E DISSERTATIVO Narração (ou Texto Narrativo): é um texto em que se conta uma história, com um narrador, personagens, enre- do, tempo e espaço. É o relato organizado de um aconte- cimento real ou fictício. Na narração temos: Discurso Direto: indicado sempre por traves- são, cria a ilusão de se ouvir os personagens. Discurso Indireto: é o relato do que dizem os personagens. Na narração devemos evitar frases longas, usar uma lin- guagem apropriada ao perfil dos personagens e evitar ex- plicações muito detalhadas que nada têm a ver com a tra- ma descrita na narração. A música "Valsinha" de Chico Buarque de Holanda, que transcrevemos abaixo é um e- xemplo de narração. Veja: Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar E nem deixou-a só num canto, WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 6 LÍNGUA PORTUGUESAPra seu grande espanto, convidou-a pra rodar. Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar Com seu vestido decotado, cheirando a guardado de tanto esperar Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos Como não se ouvia mais Que o mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz. Note que os personagens participam dos acontecimentos e são caracterizados com uma descrição, apesar de bem sutil, do seu perfil físico e psicológico. Obs: Uma narrativa é boa quando desenhamos o texto na cabeça enquanto lemos. Descrição (ou Texto Descritivo): é um texto com a fun- ção de caracterizar algum objeto, sentimento, animal ou alguma pessoa. Para fazê-lo, o sujeito se vale dos cinco sentidos - tato, audição, visão, paladar e olfato. - Descrever é transformar em linguagem aquilo que os sentidos captam a partir da observação de um objeto, de uma pessoa ou de um lugar. - O vocabulário deve ser preciso, exato. - Traços presentes na descrição: cor, peso, di- mensões, formato, material, som, cheiro, gosto, sensação tátil, características físicas, caracterís- ticas psicológicas. Dissertação (ou Texto Dissertativo): é um texto que tem como objetivo debater um assunto, expondo um pon- to de vista fundamentado em argumentos, visando con- vencer o leitor. Em nossa vida diária dissertamos muitas vezes ao emitirmos nossas opiniões e ao tentarmos expor as razões que nos fazem pensar de um determinado mo- do acerca de um assunto. Escrever uma dissertação é re- petir este processo, substituindo a língua falada pela es- crita. A dissertação deve conter: Introdução: com a idéia principal a ser desen- volvida Desenvolvimento: com a exposição dos ele- mentos que vão fundamentar, dar argumentos para sustentar a idéia principal. Conclusão: que é a retomada da idéia principal, que agora deve aparecer de forma muito mais convincente, uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação. É o espaço em que o autor da dissertação apresenta propostas ou faz o fechamento de sua tese. Alguns lembretes necessários quando da produção de uma dissertação: - Não use gírias. - Não utilize provérbios ou ditos populares. - Não utilize fatos ocorridos com terceiros, que não sejam de domínio público. - Procure fundamentar de maneira consistente os argumentos utilizados para defender um pon- to de vista. Para conhecer melhor um texto dissertativo, transcrevere- mos a seguir a letra da música "Sampa" de Caetano Ve- loso: Alguma coisa acontece no meu coração, Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João. É que quando cheguei por aqui eu nada entendi, Da dura poesia concreta de tuas esquinas, Da deselegância discreta de tuas meninas, Ainda que não havia para mim Rita Lee, A tua mais completa tradução, Alguma coisa acontece no meu coração, Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João. Quando te encarei frente a frente não vi o meu rosto. Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto o mau gosto, É que Narciso acha feio o que não é espelho, E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho, Nada do que não era antes quando não somos mutantes, E foste um difícil começo afasto o que não conheço, E quem vem de outro sonho feliz de cidade, Aprende depressa a chamar-te de realidade, Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso. Do povo oprimido nas filas nas vilas favelas, Da força da grana que ergue e destrói coisas belas, Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas, Eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços, Tuas oficinas de florestas teus deuses da chuva, Panaméricas de Áfricas utópicas, túmulo do samba, Mais novo quilombo de ZumbI. E os novos baianos passeiam na tua garoa, E os novos baianos te podem curtir numa boa. Sampa refere-se à cidade de São Paulo, o texto relaciona lugares de São Paulo, bem como poetas, músicos e mo- vimentos culturais que agitavam essa cidade na época em que foi escrito (70). Narciso está presente na mitologi- a grega, que narra a história de um rapaz muito belo que um dia, ao curvar-se sobre as águas cristalinas de uma fonte para beber água, viu sua imagem refletida no es- pelho d'água e apaixonou-se por ela. Suas tentativas frus- tradas de aproximar-se da bela imagem levaram-no ao desespero e à morte. Transformou-se então na flor que tem o seu nome. Freud, ao estudar esse mito, considera- o uma explicação da existência de personalidades que só amam a própria imagem. O Quilombo de Palmares foi um dos maiores redutos de escravos foragidos do Brasil colonial, e estava organizado como um verdadeiro Esta- do, sob a chefia de Zumbi, que liderou a resistência nas lutas que se seguiram durante anos, para destruir o qui- lombo. A seguir apresentamos três textos, cada um deles exemplificando um dos tipos citados acima: "Tinha 6 ou 7 anos, nunca se lembrou bem. Foi até o cria- do-mudo, a pedido do pai, apanhar o relógio. Relógio do WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 7 LÍNGUA PORTUGUESA avô... No ato de pegar, deixou-o cair. Relógio quebrado. Surra. Uma surra violentíssima, inesquecível." (Ribeiro Fester). Trata-se de uma Narração. "O relógio era uma enorme cebola de ouro, suíço, pedras preciosas nos ponteiros, o tampo em filigranas, uma jóia, uma antiguidade, uma relíquia, uma preciosidade" (Ribei- ro Fester). Trata-se de uma Descrição. "O homem ocidental civilizado vive num mundo que gira de acordo com os símbolos mecânicos e matemáticos das horas marcadas pelo relógio. É ele que vai deter- minar seus movimentos e dificultar suas ações. O relógio transformou o tempo, transformou-o de um processo na- tural em uma mercadoria que pode ser comprada, ven- dida e medida como um sabonete, ou um punhado de passas de uvas. E, pelo simples fato de que, se não hou- vesse um meio para marcar as horas com exatidão, o ca- pitalismo industrial nunca poderia ter se desenvolvido, nem teria continuado a explorar os trabalhadores. O relo- gio representa um elemento de ditadura mecânica da vida do homem moderno, mais poderoso do que qualquer ou- tro explorador isolado ou do que qualquer outra máquina." (George Woodcock) Já este texto é uma Dissertação. Obs: Procure ler jornais, revistas, editoriais, textos diários que mostram a opinião dos jornais sobre os assuntos em destaque, para ir se acostumando com os diferentes tipos de textos. E não se esqueça que, para a produção de um texto, seja ele qual for, é necessário um planejamento. 3. CRITÉRIOS DE TEXTUALIDADE: COERÊNCIA E COESÃO Coerência é a ligação, a harmonia, a conexão ou o nexo entre os fatos ou as idéias dentro de um texto. Coesão é o conjunto de recursos lingüísticos responsáveis pelas li- gações que se estabelecem entre as partes de uma frase, entre as orações de um período ou entre os parágrafos de um texto. Em outras palavras, coesão é a costura ne- cessária para que as partes componham harmonicamen- te o todo. Pela similaridade das definições abordaremos “coerência e coesão” como um único tema. Existem dois tipos de coesão: a referencial e a seqüencial. A coesão referencial permite a recuperação de termos do texto, evi- tando repetições. Os pronomes, os advérbios ou locuções adverbiais e os sinônimos são os recursos lingüísticos mais usados no estabelecimento da coesão referencial. A coesão seqüencial permite a ordenação das idéias num encadeamento lógico, compreensível. Este tipo de coe- são utiliza, na maioria das vezes, os conectivos: as pre- posições ou locuções prepositivas e as conjunções ou lo- cuções conjuntivas. O uso correto dos tempos verbais e do vocabulário pertinente ao assunto também ajuda na seqüência de idéias. Em um mesmo textopodemos en- contrar recursos de coesão referencial e seqüencial. Ago- ra, sabendo dessas definições, perguntamos: você quer expressar suas idéias? É claro que, para isso, terá de u- sar frases. As frases são os blocos de idéias, que pre- cisam ser estruturados adequadamente, como os blocos de tijolos em uma construção, para que seu texto real- mente fique de pé. A organização das frases representa a organização de suas próprias idéias. Quem irá acreditar em idéias bagunçadas? Para isso é preciso que haja, no texto, coerência e coesão, conforme explicitado acima e que dependem do nosso pensamento, o qual funciona basicamente por dois tipos de raciocínio: Indução: que vai de uma parte ao todo Dedução: que vai do todo a uma parte Imagine que certo dia, visitando um país estrangeiro, vo- cê conhece uma loja de "frifru" (sem saber o que isso sig- nifica), e percebe que ela vende guarda-chuvas; no dia seguinte, ao ver uma outra loja de "frifru", você poderá in- duzir que esta também vende guarda-chuvas. Se você fi- zer uma pesquisa em todas as lojas de "frifru" existentes e descobrir que todas vendem guarda-chuvas, sempre que encontrar uma qualquer dessas lojas poderá deduzir que ela também vende guarda-chuvas. A indução é o ra- ciocínio próprio aos investigadores (criminais, por exem- plo) e cientistas pesquisadores. A dedução é uma forma mais segura de raciocinar, porque ela é baseada em da- dos mais abrangentes e já aceitos. Por isso, é possível transformá-la numa espécie de fórmula, que nos permite avaliar mais facilmente se determinado raciocínio foi rea- lizado de maneira correta. Essa fórmula é conhecida co- mo silogismo. Não é por ser mais seguro que nós só em- pregaremos o raciocínio dedutivo. Quando nos faltam in- formações (como os dados concretos para os cientistas, ou as pistas de um crime para o detetive), temos neces- sariamente de empregar o raciocínio indutivo. Imagine, por exemplo, que um médico pesquisador ache que des- cobriu um remédio que cure a AIDS (ou outra enfermi- dade qualquer). Ele não pode afirmar que seu remédio funciona sem testá-lo. Para isso, ele deverá ministrar o medicamento a um certo número de doentes. Se ele tra- tar de 100 doentes com seu remédio, e todos ficarem cu- rados, ele poderá induzir que encontrou a cura para a AIDS. Não se trata de dedução porque ele fez a experi- ência em apenas 100 doentes, e não em todos os mi- lhões do mundo todo. Trata-se de uma legítima indução porque é possível imaginar que um grande número de ou- tros pacientes também possa se curar, ainda que a tenta- tiva falhe para alguns. O Silogismo O silogismo é uma espécie de fórmula que representa o raciocínio dedutivo. Ele é formado por três enunciados: 1. Premissa maior (a que contém a totalidade que se conhece) 2. Premissa menor (a que menciona uma parte daquela totalidade) 3. Conclusão Exemplo: 1. Todo homem é mortal.(premissa maior) WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 8 LÍNGUA PORTUGUESA 2. Sócrates é homem. (premissa menor) 3. Sócrates é mortal. (conclusão) Para analisarmos um silogismo, precisamos verificar se ele atende a duas condições: - é válido? - é verdadeiro? Um silogismo válido é aquele formalmente correto. Se A=B e B=C, logo A=C. Sabemos que o formato está cor- reto, independentemente de saber o que é "A", "B" ou "C". Um silogismo verdadeiro é um silogismo válido cujas premissas são verdadeiras. Por esses critérios, percebe- mos que o silogismo do exemplo é válido e verdadeiro. Outros Silogismos Comentados: Todo vevé é jajá. Eu sou vevé. Eu sou jajá. Esse silogismo também é válido, ainda que não saibamos o significado de vevé e jajá. No primeiro caso, como sa- bemos que as premissas são verdadeiras, sabemos que a conclusão é verdadeira. Nesse segundo caso, porém, sabemos apenas que o raciocínio é válido; como não sa- bemos se as premissas correspondem à verdade, não podemos afirmar que a conclusão seja verdadeira. Todo pobre pode estudar. Joãozinho é pobre. Joãozinho pode estudar. Esse silogismo é válido, porque empregou um raciocínio correto. Se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será. Sabemos, porém, que, em nossa realidade, infelizmente a primeira premissa não corresponde à ver- dade. Dessa forma, a conclusão não é necessariamente verdadeira. Todo homem é mortal. O cão é mortal. O cão é homem. Nesse silogismo, o erro do raciocínio - que é inválido - consistiu em se considerar que, se todo homem é mortal, então todo mortal é homem, o que evidentemente não é verdade. Toda cidade tem casas. Belo Horizonte tem casas. Belo Horizonte é uma cidade. Apesar de as premissas e a conclusão serem verdadei- ras, o silogismo é inválido. A conclusão é verdadeira aci- dentalmente, não necessariamente. O erro do raciocínio ficará claro se trocarmos "Divinópolis" por "Minha fazen- da", por exemplo. A falha é semelhante à do silogismo anterior: a premissa maior afirma que toda cidade tem ca- sas, e não que todo lugar em que há casas é uma cidade (o que seria falso). Coerência É a relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido. Que mecanismos podem ajudar a produzir um texto unitário: a) encadeamento de figuras compatíveis entre si. Num jantar de gala do Itamarati, os guardanapos não serão de papel. b) não contradição de sentidos. Não podemos estar em Portugal à beira do Pacífico. c) combinação de termos compatíveis. uma “pedra não vê o lago”, porque o verbo “ver” exige sujeito humano, no entanto; se considerarmos uma pedra em sentido metafórico de “pessoa rígida, pesada e imóvel”, o pequeno texto passa a ganhar coerência porque passa a existir compatibilidade entre “pedra” e “ver”. d) não contradição de argumentos. Não posso ser a favor da pena de morte por ser contra tirar a vida de alguém. e) combinação de atos de fala adequados. Não posso responder a uma “pergunta” com outra; um pedido com algo que nada tem que ver com ele: Você me traz o dinheiro ? / A professora nova é bonita. f) presença de elementos semânticos logicamente pressupostos entre si. X não pode ser casado e não ter esposa; Y não pode estar saciado e não ter comido nada. Coesão É a ligação, a relação, a conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto. A coesão é manifestada por elementos formais. Os elementos coesivos assinalam a conexão entre partes do texto. São muitos os mecanismos de coesão textual, mas vamos citar três deles: 1. A retomada ou a antecipação de termos: André e Pedro são ambos fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz. WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 9 LÍNGUA PORTUGUESA O termo “isso” retoma o predicado “são ambos fanáticos torcedores de futebol”, “este” retoma o termo “Pedro”; “aquele”, a palavra “André”; “o faz”, “briga com quem torce para outro time”. Todos os termos que servem para retomar outros são chamados anafóricos. Quando esses mesmos termos antecipam outro (por exemplo, na frase Meu pai me disse isto: vá deitar cedo, onde “isto” antecipa “vá deitar cedo”) são chamados catafóricos. 2. O encadeamento: É feito por conectores, que são palavras e expressões responsáveis pela concatenação, pela criação de relações entre os segmentos do texto. CONECTIVOS: Os conectivos ligam palavras ou orações. São elementos de ligação na frase. Ex: O prazer e a dor são passageiros. A espada vence mas não convence. No primeiro exemplo, o conectivo e liga duas palavras; no segundo, o conectivo mas liga duas orações. Os conectivos dividem-se em duas classes: coordenativos e subordinativos. Quadro dos conectivos: Coordenativos: ligam orações coordenadas. 1. Conjunções coordenativas a. aditivas: e b. adversativas: mas c. alternativas: ou d. conclusivas: logo e. explicativas: poisSubordinativos: subordinam orações dependentes às principais. 1. Conjunções subordinativas a. causais: porque b. comparativas: como c. concessivas: embora d. condicionais: se e. conformativas: conforme f. consecutivas: [tão] que g. finais: para que h. proporcionais: à medida que i. temporais: quando - INICIAM ORAÇÕES ADVERBIAIS - 2. integrantes: que, se - INICIAM ORAÇÕES SUBSTANTIVAS - 3. Pronomes relativos: que, quem, cujo, cuja, o qual, a qual, etc. - INICIAM ORAÇÕES ADJETIVAS - 3 – Presença de todos os termos necessários ao sentido da oração e do período. A escrita não exige que os períodos sejam longos, mas que sejam completos e que as partes estejam absolutamente conectadas entre si. Se faltam partes, não pode haver coesão. 4. RECURSOS DE CONSTRUÇÃO TEXTUAL: FONOLÓGICOS, MORFOLÓGICOS, SINTÁTICOS E SEMÂNTICOS A construção de um texto escrito depende da capacidade de construir formas e levá-las a sucessivas transformaçõ- es que são de natureza fonológica, morfológica, sintática e semântica. Veja, a seguir, os recursos que devem ser considerados quando da construção de um texto: Recursos Fonológicos Referem-se à sonoridade das palavras. São os seguintes, os recursos fonológicos: Aliteração: Repetição de sons consonantais iguais ou parecidos em um contexto. Em geral, a aliteração reforça alguma idéia expressa por meio vocabular. Exemplo: “Leves véus velam, nuvens vãs, a lua.” Fernando Pessoa Assonância: Repetição de sons vocálicos iguais em síla- bas tônicas de palavras próximas em um contexto. Exemplo: “E no dia lindo vi que vinhas vindo, minha vida.” Guilherme de Almeida Paronomásia: Jogo de palavras que consiste na aproxi- mação (ou substituição) de palavras ou expressões que possuem semelhança fonética e / ou ortográfica. Exemplo: “Ei-lo sentado num banco de pedra Pálido e polido” Oswald de Andrade Onomatopéia: Escolha de vocábulos ou de expressões (interjeições) que procura imitar o som do ser nomeado. WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 10 LÍNGUA PORTUGUESA Exemplo: “Dez horas da noite, o relógio farto batia dão! dão! dão! dão! dão! dão! dão! dão! dão! dão!” Oswald de Andrade Recursos Morfológicos Os recursos morfológicos são aqueles que se referem à formação das palavras. Conhece-los, significa conhecer as classes de palavras e suas estrutura, formação e fle- xão. As palavras estão em constante processo de evolu- ção, tornando a língua um fenômeno vivo que acompa- nha o homem. Alguns vocábulos caem em desuso (arca- ísmos), outros nascem (neologismos) e muitos mudam de significado com o passar do tempo. Em Língua Portugue- sa, em função da estruturação e origem das palavras, po- de-se chegar à seguinte divisão: Palavras Primitivas: não derivam de outras (ca- sa, flor) Palavras Derivadas: derivam de outras (case- bre, florzinha) Palavras Simples: só possuem um radical (cou- ve, flor) Palavras Compostas: possuem mais de um ra- dical (couve-flor, aguardente) Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de formação: Composição: junção de radicais. São dois tipos de com- posição, em função de ter havido ou não alteração fone- tica. Justaposição: sem alteração fonética (girassol, sexta-feira) Aglutinação: alteração fonética, com perda de elementos (planalto, pernalta). Gera perda da delimitação vocabular e a existência de um único acento fônico Derivação: palavra primitiva (1 radical) acrescida, geral- mente, de afixos. São cinco tipos de derivação. Prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-feliz, des-leal) Sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (feliz-mente, leal-dade) Parassintética ou Parassíntese: acréscimo si- multâneo de prefixo e sufixo, ao mesmo tempo, à palavra primitiva (en+surdo+ecer / a+benção +ado / en+forca+ar). Por esse processo se for- ma essencialmente verbos, de base substantiva ou adjetiva; mas há parassintéticos de outras classes (subterrâneo, desnaturado) Observação: Se com a retirada do prefixo ou do sufixo não existir aquela palavra na língua, houve parassíntese (infeliz existe e felizmente existe, logo houve prefixação e sufixação em infelizmente; ensurde não existe e surdecer também não existe, logo ensurdecer foi formada por parassíntese) Regressiva ou Deverbal: redução da palavra primitiva (frangão > frango gajão > gajo, rosma- ninho > rosmano, sarampão > sarampo, delega- do >delega, flagrante > flagra, comunista>comu- na). Cria substantivos, que denotam ação, deri- vados de verbos, daí ser chamado também deri- vação deverbal (amparo, choro, vôo, corte, des- taque, conserva, fala, pesca, visita, denúncia etc.). Observação: Para determinar se a palavra primitiva é o verbo ou o substantivo cognato, usa-se o seguinte cri- tério: substantivo denotando ação constitui-se em palavra derivada do verbo, mas se o substantivo denotar objeto ou substância será primitivo (ajudar > ajuda, estudar > estudo ‘“ planta > plantar, âncora > ancorar) Imprópria ou Conversão: alteração da classe gramatical da palavra primitiva (“o jantar” - de verbo para substan- tivo, “é um judas” - de substantivo próprio a comum, da- masco por Damasco) Hibridismo: são palavras compostas, ou deri- vadas, constituídas por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo- gr e lat / sociologia, bígamo, bicicleta - lat e gr / alca- lóide, alcoômetro - ár. e gr. / caiporismo - tupi e gr. / bananal - afric e lat. / sambódromo - afric e gr / burocracia - fran e gr) Onomatopéia reprodução imitativa de sons (pin- gue-pingue, zunzum, miau, zinzizular) Abreviação Vocabular: redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô, moto, pneu, extra) Siglonimização - formação de siglas, utilizando as letras iniciais de uma seqüência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista, uergiano) Cabe lembrar, também os neologismos que veremos a seguir: Neologismo: Neologismo pode ser conceituado como o elemento resultante da criação lexical (neologia) carac- terizado por uma nova palavra acrescentada à língua. Os principais mecanismos para a ampliação do léxico (neo- logismos) são a derivação e a composição, mas há, tam- bém, influência de outros povos e culturas (é o caso do estrangeirismo). Segundo IEDA MARIA ALVES , os neologismos podem ser fonológicos, sintáticos e semânticos, idéia que adota- remos também no presente trabalho. 1. Neologismos Fonológicos: Os neologismos fonoló- gicos supõem a criação de um item léxico cujo signi- ficante seja totalmente inédito e, por isso mesmo, é consi- derado raro em todas as línguas, tanto pela resistência na incorporação do que é tido como novo, quanto pela decodificação pelo receptor, que nem sempre é obtida. Quanto às criações onomatopaicas, costuma-se dizer que WWW.APOSTILASATENTO.COM.BR 11 LÍNGUA PORTUGUESA está calcada, também, em significantes inéditos. Con- tudo, não há uma arbitrariedade absoluta, já que a pala- vra criada se baseia numa relação com certos ruídos ou gritos que procuram reproduzir os sons de animais ou coisas. A neologia fonológica é, segundo IEDA MARIA ALVES, extremamente rara, podendo ser usada no intuito de provocar alterações no item lexical. É o caso, por e- xemplo, do emprego de “tchurma” em lugar de “turma”, “bebemorar” em lugar de “comer, beber e comemorar”. 2. Neologismos Sintáticos: Os neologismos sintáticos supõem a combinatória de elementos já existentes no sis- tema lingüístico português. São denominados sintáticos porque a combinação de seus membros constituintes não está circunscrita exclusivamente ao âmbito lexical, mas concerne também ao nível frásico. Podem ser formados por: a) Derivação Prefixal: exemplos: anticonjugal, sem-terra,
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