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Município de Cascavel/PR Professor Língua Portuguesa Concepção da disciplina de Língua Portuguesa; compreensão e interpretação de textos; coesão e coerência; unidade temática e progressão temática; gênero discursivo; pontuação; concordância verbal e nominal; regência verbal e nominal; princípios da textualidade: situacionalidade, intencionalidade, intertextualidade e informatividade. ................................................................................................................................................................ 1 Alfabetização e língua portuguesa: função cognitiva e social da leitura; função cognitiva e social da escrita; relação grafema/fonema; relações arbitrárias, biunívocas e cruzadas; categorização gráfica e funcional; linguagem verbal e não-verbal...................................................................................................................................... 24 Matemática Concepção da disciplina, sistema de Numeração Decimal: Valor Posicional (Composição e Decomposição). Resolução de Problemas: Adição, subtração, multiplicação e divisão. Números Racionais: Adição e subtração de frações homogêneas e heterogêneas. ....................................................................................................................... 1 Relação do Sistema de Numeração Decimal com medidas de valor, capacidade, comprimento, massa, superfície (perímetro e área) e volume. Números Decimais. ..................................................................................................... 13 Classificação dos sólidos geométricos (poliedros e corpos redondos) e figuras planas (polígonos). Semelhanças e diferenças entre sólidos geométricos e figuras planas. ................................................................. 19 Ângulos: reto, agudo e obtuso. ...................................................................................................................................... 28 Razão e proporção. ......................................................................................................................................................... 30 Interpretação de dados e informações contidas em tabelas e gráficos, quadros e imagens. .............................. 32 Probabilidade. ................................................................................................................................................................. 38 História Concepção da Disciplina de História e do ensino de História para os Anos Iniciais, Objetivos da disciplina de História, conforme propõem o Currículo da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel; Eixos Estruturantes da disciplina de História. ................................................................................................................................................. 1 Atualidades. ..................................................................................................................................................................... 11 A História do Estado do Paraná e suas relações. ........................................................................................................ 36 A História do Município de Cascavel e suas relações. ............................................................................................... 42 Geografia Concepção da disciplina de Geografia para os Anos Iniciais; ..................................................................................... 1 Objetivos da disciplina de Geografia; Eixos Estruturantes da disciplina de geografia; ....................................... 18 Atualidades; ..................................................................................................................................................................... 30 A Geografia do Estado do Paraná e suas relações; ..................................................................................................... 61 A Geografia do Município de Cascavel e suas relações; ............................................................................................ 66 A natureza do espaço; Paisagens, lugares e espaços; ................................................................................................ 68 Globalização; .................................................................................................................................................................... 72 O ensino da Geografia; ................................................................................................................................................... 75 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como: política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, problemas ambientais. ................................... 85 Interação entre o clima, a vegetação, o relevo, a hidrografia e o solo no espaço natural brasileiro, do Paraná e de Cascavel; espaço ocupado pelo Estado do Paraná e suas relações; O espaço ocupado pelo Município de Cascavel e suas relações. ................................................................................................................................................ 85 Ciências Concepção da disciplina, conceito da disciplina de Ciências para os Anos Iniciais; ............................................... 1 Noções sobre o universo: ................................................................................................................................................. 5 História da Ciência: conhecimentos gerais acerca da evolução dos conhecimentos científicos;........................ 12 Galáxias; constelações; sistema solar; movimentos da terra; .................................................................................. 25 Matéria e energia: interação e transformação (relações de interdependência); .................................................. 25 Biosfera – Ecossistemas: relação de interdependência entre os elementos bióticos e abióticos: ...................... 27 Água: estados físicos, composição química, propriedades; ...................................................................................... 31 Solo: formação e composição, tipos e características; .............................................................................................. 33 Ar: pressão, peso e composição; atmosfera, camadas da atmosfera; ..................................................................... 38 Ar e seres vivos: fotossíntese e respiração; ................................................................................................................ 38 Cadeia e teia alimentar;.................................................................................................................................................. 42 Citologia; Homem: corpo humano: célula, órgãos, tecidos e sistemas; aparelhos; ............................................... 42 Animais e ecossistema: classificação geral e quanto à alimentação: dos vertebrados e dos invertebrados; Vegetais e ecossistema. .................................................................................................................................................. 85 Meio ambiente saúde e trabalho: Doenças: infecto-contagiosas, DST e outras; Doenças relacionadas à água, solo, ar; vacinas; .............................................................................................................................................................. 95 Radiação solar; camada de ozônio; efeito estufa; aquecimento global; .............................................................. 113 Alimentação saudável; ................................................................................................................................................ 117 Lixo, reciclagem, poluição do ar, água e solo ...........................................................................................................119 Conhecimentos Específicos FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO (abordagem teórica: Materialismo Histórico Dialético, Psicologia Histórico Cultural e Pedagogia Histórico Crítica) ......................................................................................................................... 1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei Federal nº 9.394/1996); .......................................... 2 Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA; ............................................................................................................. 16 Concepção de sociedade, homem e educação; ........................................................................................................... 46 A função social da escola pública; ................................................................................................................................ 49 A história da organização da educação brasileira; .................................................................................................... 51 Planejamento (objetivos, conteúdos, encaminhamentos metodológicos, recursos e avaliação escolar); ........ 62 Os elementos do trabalho pedagógico (objetivos, conteúdos, encaminhamentos metodológicos e avaliação escolar); ............................................................................................................................................................................ 67 Distúrbios e transtornos de aprendizagem (discalculia, dislexia, disgrafia, disortografia, disartria e TDAH); ... 71 Concepção de desenvolvimento humano/periodização do conhecimento na psicologia histórico-cultural e pedagogia histórico-crítica; ........................................................................................................................................... 72 Apropriação do conhecimento;..................................................................................................................................... 74 Concepção de avaliação; ................................................................................................................................................ 74 Pressupostos teóricos para a Educação de pessoas com deficiências; ................................................................... 74 Currículo para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Cascavel – Volume II, disponível em “publicações” no endereço eletrônico: www.cascavel.pr.gov.br/secretarias/semed. ............... 76 Questões ........................................................................................................................................................................... 76 LÍNGUA PORTUGUESA Concepção da disciplina de Língua Portuguesa; compreensão e interpretação de textos; coesão e coerência; unidade temática e progressão temática; gênero discursivo; pontuação; concordância verbal e nominal; regência verbal e nominal; princípios da textualidade: situacionalidade, intencionalidade, intertextualidade e informatividade. Saber léxico-gramatical O léxico-gramática é simultaneamente um método e uma prática efetiva de descrição formal das línguas, desenvolvidos em paralelo por Maurice Gross a partir do fim dos anos 1960, o método e a prática nutrindo-se mutuamente. A base teórica que fundamenta o léxico-gramática é o distribucionalismo, e, em especial, a noção de transformação. As convenções de notação para a apresentação das informações gramaticais são concebidas para ser o mais simples e transparentes possível. A metodologia do léxico- gramática está inspirada nas ciências experimentais e dá enfoque à coleta dos fatos e, consequentemente, à conferição com a realidade dos usos linguísticos, do ponto de vista quantitativo (descrição metódica do léxico) e qualitativo (precauções metodológicas). O léxico-gramática também prevê uma exigência de formalização. Os resultados da descrição devem ser formais o suficiente para que possam ser postos em prática por informatas no processamento automático das línguas, entre outras através da realização de analisadores sintáticos. O modelo conceitual determina que os resultados da descrição tomam a forma de tabelas de dupla entrada, chamadas tabelas ou matrizes, que cruzam itens lexicais com as propriedades sintático-semânticas. Os resultados obtidos constituem uma base de informações sintático-semânticas. As experiências comprovaram que vários indivíduos ou equipes podem alcançar uma cumulatividade de suas descrições. Base teórica A base teórica que fundamenta o léxico-gramática é o distribucionalismo, e, em especial, a noção de transformação no sentido. As convenções de notação para a apresentação das informações gramaticais são concebidas para ser o mais simples e transparentes possível. A vigilância sobre essa questão origina-se na teoria, que está orientada para a superfície diretamente observável; é uma diferença com a gramática gerativa, que normalmente recorre a estruturas abstratas como as estruturas profundas. Coleta dos fatos A metodologia do léxico-gramática está inspirada nas ciências experimentais; dá enfoque à coleta dos fatos e, consequentemente, à conferição com a realidade dos usos linguísticos, do ponto de vista quantitativo e qualitativo. Quantitativamente: o léxico-gramática inclui um programa de descrição metódica do léxico. Trata-se, necessariamente, de um trabalho em grande escala, realizável por equipes e não por especialistas isolados. A busca exclusiva de regras de sintaxe gerais, independentes do material lexical que manuseiam, é denunciada como um impasse. É uma diferença com a gramática gerativa, que valoriza mais a noção de generalização. Qualitativamente: precauções metodológicas são aplicadas para garantir uma boa reprodutibilidade das observações e, em especial, para prevenir os riscos ligados aos exemplos construídos. Uma dessas precauções consiste em eleger como unidade mínima de sentido a frase elementar. Isso é, uma palavra adquire um sentido preciso só dentro de um contexto; além disso, ao inserir uma palavra dentro de uma frase, ganha-se a vantagem de manusear uma sequência passível de ser julgada como aceitável ou inaceitável. É o preço a pagar por poder definir propriedades sintático-semânticas com suficiente precisão para que faça sentido pô-las à prova em confronto com todo o léxico. Essas precauções evoluíram em função das necessidades e do surgimento de novos meios técnicos. Por exemplo, a partir do início dos anos 1990, os contribuidores do léxico-gramática puderam cada vez mais facilmente aproveitar exemplos atestados em corpus. Essa nova precaução acrescentou-se às precedentes, e o léxico-gramática passou a situar-se simultaneamente no âmbito da linguística introspectiva e da linguística de corpus. Os projetos americanos FrameNet e VerbNet, aliás, apresentam traços que manifestam uma relativa convergência para objetivos próximos dos do léxico- gramática. Formalização O léxico-gramática também prevê uma exigência de formalização. Os resultados da descrição devem ser formais o suficiente para que possam ser: verificados por conferição com a realidade do uso, postos em prática por informatas no processamento automático das línguas, entre outras através da realização de analisadores sintáticos. Essa necessidade de formalização motivou a adoção de um modelo discretizado da sintaxe e da semântica. Por exemplo, a aceitabilidade é representada por uma propriedade binária: para as necessidades da descrição, uma frase é considerada quer como aceitável, quer como inaceitável, como na gramática gerativa e pelas mesmas razões. Além disso, a ambiguidade lexical é representada através de uma cuidadosa separação de uma palavra em um número inteiro deitens lexicais, que são distintos uns dos outros como dois itens relativos a palavras morfologicamente diferentes: por exemplo, os diferentes sentidos de jogar em jogar gamão, jogar moedas na fonte... correspondem a itens distintos. As propriedades sintático-semânticas dos itens (por exemplo, as estruturas de frase em que pode entrar um determinado verbo, ou a distribuição de seu sujeito), formam uma lista que é metodicamente testada com todos os itens. As propriedades são identificadas por títulos relativamente informais, como N_0 \, V \, N_1 \, W \, = \, N_1 \, V\, W, que representa uma transformação entre duas estruturas de frases (ou construções sintáticas) que pertencem a um único item. A noção de item lexical, pois, não é confundida com a de construção sintática. Por isso, evita-se o termo «quadro de subcategorização», frequentemente utilizado no contexto de modelos que tendem a considerar que existe uma bijecção entre as duas noções. No quadro do léxico-gramática, as decisões de classificação («subcategorização») de um item lexical não são baseadas, em geral, em uma única construção («quadro»), e sim no conjunto das construções sintáticas relacionadas ao item. Enfim, são tomadas em consideração unicamente as propriedades para as quais é possível encontrar um procedimento que permita determinar de uma forma suficientemente confiável se um determinado item a possui ou não. Tal procedimento é determinado experimentalmente, testando com um vocabulário extenso a reprodutibilidade dos julgamentos. Uma propriedade, portanto, não é representada como um continuum, e sim como binária. Com a adoção deste modelo, uma etapa essencial da descrição de uma língua com o método do léxico-gramática consiste em observar e registrar as propriedades dos itens lexicais. Os resultados da descrição, portanto, tomam naturalmente a forma de tabelas de dupla entrada, chamadas tabelas, tábuas ou matrizes, que cruzam os itens lexicais com as propriedades Língua Portuguesa 1 sintático-semânticas.Adescriçãodaestruturadasfrasesnecessita a identificação de um conjunto de argumentos característico de cada item predicativo; especificamente, põem-se em aplicação princípios para distinguir os argumentos (sujeito e objetos ou complementos essenciais) dos complementos não essenciais (adjuntos adverbiais ou complementos circunstanciais). Resultados Os resultados obtidos pela aplicação desse método por algumas dezenas de linguistas durante algumas dezenas de anos são uma base de informações sintático-semânticas para o processamento automático das línguas. Pode-se julgar a qualidade desta base de informações com base: no seu volume, avaliado em número de itens, na riqueza dos fenômenos linguísticos tomados em conta, avaliada em número de propriedades, e no seu grau de formalização. Em francês, mais de 75 000 itens foram estabelecidos; descrições mais ou menos substanciais, conformes ao mesmo modelo, existem para uma dezena de outras línguas, sendo melhor representados o português, o italiano, o grego moderno e o coreano. Foram efetuados e publicados estudos no quadro do léxico- gramática sobre substantivos predicativos a partir dos anos 1970, e sobre expressões fixas a partir dos anos 1980. A noção de substantivo predicativo procede dos trabalhos de Zellig Harris. Origina-se na ideia de que se, por exemplo, o verbo estudar é analisado como sendo o predicado na frase: Luca estuda os eclipses, é natural analisar o substantivo estudo (ou a sequência fazer um estudo) como sendo o predicado na frase: Luca faz um estudo sobre os eclipses. Em tal caso, o referido substantivo é qualificado de predicativo. Já o verbo que vem junto, no caso, fazer, é chamado verbo suporte. A ideia foi aplicada metodicamente no quadro do léxico-gramática a partir dos anos 1970. Os contribuidores do léxico-gramática usam o termo de expressão idiomática, fixa ou cristalizada quando uma expressão (por exemplo jogar fora) possui propriedades específicas (no caso, o sentido) que justificam que se lhe dedique um item lexical, embora seja constituída por vários elementos (jogar e fora) que, de uma forma ou de outra, podem ser descritos como palavras. Um programa metódico de descrição dessas expressões foi empreendido no quadro do léxico-gramática a partir dos anos 1980. Cumulatividade Essas experimentações comprovaram que vários indivíduos ou equipes podem alcançar resultados idênticos. A resultante reprodutibilidade garante a cumulatividade das descrições. Este resultado é crucial para o futuro do processamento automático das línguas: a quantidade de dados que devem ser acumulados e representados dentro de um modelo coerente é tanta que numerosas equipes de pesquisa e desenvolvimento devem cooperar, e deve ser possível fusionar seus resultados sem ter que reescrever partes substanciais da gramática e do léxico de cada língua. Está longe de ser fácil cumprir essa exigência, pois existem poucos exemplos de gramáticas de um tamanho significativo que não sejam a obra de um único especialista. Fontes: Boons, Jean-Paul ; Alain Guillet ; Christian Leclère. 1976. La structure des phrases simples en français. 1. Constructions intransitives, Genève : Droz.Guillet, Alain ; Christian Leclère. 1992. La structure des phrases simples en français. 2. Constructions transitives locatives, Genève : Droz.Gross, Maurice. 1994. Constructing Lexicon-grammars, in Computational Approaches to the Lexicon, Atkins and Zampolli (eds.), Oxford University Press, pp. 213-263.Leclère, Christian. 2005. The lexicon-grammar of French verbs: a syntactic database, in Linguistic Informatics - State of the Art and the Future. Amsterdam/Philadelphia : Benjamins. pp. 29–45. Tokyo University of Foreign Studies, UBLI 1.(Adaptado) Saber pragmático – textual A linguagem é a base para o nosso meio de mudança e interação social. Dominá-la, nos exige interdiscurso com as diversas camadas sociolinguísticas, coisa que não é fácil, mas possível, através de práticas de produção textual, não se relacionando como a linguagem unicamente, situada no campo sintático, visando uma normatização da língua, que a linguagem vá além disso, alcançando o campo social no texto, assim trabalhando também o que está fora da norma. A prática de produção textual sendo praticada deforma efetiva, pode ampliar a capacidade da competência textual, tornar interessante a leitura e o estudo gramatical, e desenvolver formas de expressividade de alunos. Todas estas contribuições podem ser implantadas na sala de aula, através da produção textual. Sendo desenvolvida por meio, principalmente da realidade escolar e depois passa para um campo linguístico mais amplo. A competência textual deve levar em consideração a leitura, sendo a mesma não apenas um momento dedicado à percepção da escrita, muito mais que isso ela é oralidade em suas mais diversas manifestações. Essa é uma tarefa que exige tempo e esforço de alunos, professores e escola. Nesta construção de alunos competentes na produção textual é importante lembrar o espaço multicultural dentro da escola, este espaço pode ser trabalhado na perspectiva do aluno manifestar, dessas culturas distintas, conhecimentos de mundo diversos e internalizá-los, podendo ser trabalhado isto na escrita demonstrando domínio de linguagem nos diversos gêneros. A linguagem cria o meio social que é expresso pela língua onde surge a necessidade da comunicação, oral ou escrita, para fazer troca de discursos. Com isso, situamos a produção textual como o método coletivo que melhor atende à comunicação. importante a ideia de que sociedade e linguagem devem ser trabalhadas na escola juntas para construção da competência textual. É papel da escola compreender a relação entre social e linguagem na produção de textos, já que língua é uma ferramenta composta de características sociais, pois a atividade linguísticaé feita pelo próprio falante. Não devemos excluir da prática textual aspectos, psicológicos, sociais, culturais e históricos, eles podem para a perspectiva da intertextualidade do aluno, fato tão presente na contemporaneidade em que o homem não se prende mais a uma verdade absoluta, a necessidade de diversos pontos de vista é essencial para construção de sentidos. Como a linguagem traz ancorada os aspectos citados acima, a escola pode partir desse ponto para que alunos façam uma reflexão crítica da língua. Podemos também tratar da produção de textos em diversos gêneros, tais como: carta, e-mail, reportagem jornalística, outdoor, resenha e assim por diante. Os gêneros textuais, sobretudo, os de ordem tecnológica por serem mais presentes no universo de alunos, são excelentes bases para o trabalho de desenvolvimento da escrita, nestes gêneros estão presentes aspectos tanto gramaticais como agramaticais, que podem ser estudados como diversos considerando os aspectos sociais e culturais de quem escreveu. No desenvolvimento dessa prática é importante que professores deixem claro que a linguagem é como roupa. Existem aquelas que são usadas, somente, em determinadas festas, outras que podem circular por cenários diferentes sem problema. Enfim, que se ressalte que linguagem não é normatização, objetivando distinguir certo e errado, mas que é adequação e o domínio do registro informal é tão importante quanto o do formal. Saber linguístico-interacional Características gerais da comunicação A Sociolinguística Interacional procura demonstrar que a fala-em-interação está sujeita a mudanças e interpretações que podem variar de acordo com o comportamento linguístico e paralinguístico (como pistas e marcadores), que, por sua vez, é controlado por (e controlador de) inúmeros contextos específicos, e estes podem ser mais bem apreendidos pelos participantes (ou mesmo pelo analista) em função da situação informada ou do “sentido comunicado” específicos que se estejam perquirindo. Assim, através de apreensões empíricas, revelam-se dados que permitam analisar melhor os modelos de interação, levando em conta o falante e o ouvinte in loco, em função de Língua Portuguesa 2 comportamentos específicos na interação. Desse modo, com pistas linguísticas e paralinguísticas, parte-se de convenções sociais que interferem sobremaneira no tipo de atividade de fala – a unidade básica da comunicação. Além disso, a presença das implicaturas, que podem ser convencionais (não ligadas a itens léxicos específicos, mas a condições de uso sociais específico) ou lexicais (ligadas a palavras e itens sintáticos), faz o ouvinte inferir certas interpretações num contexto. Com efeito, a noção de comunicação como comportamento, não partirá de fatos e evidências apriorísticos, mas, buscará, na apreensão empírica dos dados apresentados, o que normalmente se denomina de “fenômenos sociolinguísticos”, respostas pertinentes à dinâmica do processo de comunicação, que, como foi dito, altera-se à medida que os participantes interagem, processo este que não é estanque ou determinado exclusivamente por fatores variacionistas prévios ou por noções idealistas que, portanto, pressuporiam um modelo de certa forma “estático” de comunicação, na medida em que tal modelo poderia ser previamente delimitado, antes mesmo de os dados empíricos serem recolhidos numa situação comunicada específica. Não se trata apenas, pois, da análise da capacidade ou competência comunicativa de participantes se compreenderem mutuamente levando em conta fatores convencionais diretos ou indiretos, como, de certa forma. Muito mais do que isso, o que vai ocorrer é o fato de que: Podemos, portanto, referir-nos à comunicação humana como canalizada e restringida por um sistema multinivelar de sinais verbais e não-verbais, que são adquiridos, ao longo da vida, automaticamente produzidos e intimamente coordenados. Os insights mais importantes sobre a respeito de como tais sinais afetam a comunicação verbal se originaram em estudos sobre a coordenação entre falantes e ouvintes. Assim, a Sociolinguística Interacional não possui visão idealizada do processo comunicativo, mas o vê como uma construção que os participantes, durante a interação, promovem: Os participantes de uma conversa, por exemplo, têm expectativas convencionais sobre o que é considerado normal e o que é considerado marcado em termos de ritmo, volume da voz, entoação e estilo de discurso. Ao sinalizar uma atividade de fala, o falante também sinaliza as pressuposições sociais em termos das quais uma mensagem deve ser interpretada. Portanto, a conversa não é um evento coeso, mas uma sucessão de atividades em contexto e em enquadres e esquemas específicos. O conhecimento e a aplicação das noções propostas por esses teóricos e por outros é o principal objetivo a ser levado a termo neste artigo, centradas numa conversa específica. Fonte:http://www.gostodeler.com.br/materia/9939/sociolinguistica_ interacional_enquadres_esquemas_alinhamentos_e_sequencialidade_numa_ entrevista_cultural_concedida_por_ana_maria_machado.html Interpretação de Texto A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, primeiro, algumas definições importantes: Texto O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais. Interlocutor É a pessoa a quem o texto se dirige. Texto-modelo “Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…) normal você querer o máximo de atenção do seu namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante da sua vida.” (Revista Capricho) Modelo de Perguntas Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem o seu interlocutor preferencial? Um leitor jovem. Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem a você identificar o interlocutor preferencial do texto? Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes. A linguagem informal típica dos adolescentes. 09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes; Inferir; Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão; Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; O autor defende ideias e você deve percebê-las; Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a- interpretacao-de-textos-em-provas/ Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de nósinúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas. Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos. Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, Língua Portuguesa 3 isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma- boa-interpretacao-texto.html Questões O uso da bicicleta no Brasil A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens. A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e prioridade sobre os automotores. Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, nos impostos. No Brasil, está sendo implantado o sistema de compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos estratégicos. A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de locomoção nas metrópoles brasileiras decresce em comparação com Holanda e Inglaterra devido à falta de regulamentação. vem se intensificando paulatinamente e tem sido incentivado em várias cidades. tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela maioria dos moradores. é uma alternativa dispendiosa em comparação com os demais meios de transporte. tem sido rejeitado por consistir em uma atividade arriscada e pouco salutar. A partir da leitura, é correto concluir que um dos objetivos centrais do texto é (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do ciclista. (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é mais seguro do que dirigir um carro. (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta no Brasil. (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de locomoção se consolidou no Brasil. (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve dar prioridade ao pedestre. Considere o cartum de Evandro Alves. Afogado no Trânsito (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. a arbitrariedade na definição dos valores das multas. o número excessivo de automóveis nas ruas. o uso de novas tecnologias no transporte público. Considere o cartum de Douglas Vieira. Televisão (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) É correto concluir que, de acordo com o cartum, Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ ⌀ ̀Ȁ Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ o s tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou pela TV são equivalentes. Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀȀ ᜀ ⌀ ̀Ȁ Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação mais ativa. Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ ⌀ ̀Ȁ Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém que não sabe se distrair. Língua Portuguesa 4 a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir a um programa de televisão. a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo idêntico, embora ler seja mais prazeroso. Leia o texto para responder às questões: Propensão à ira de trânsito Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas também se engajam num comportamento de risco – algumas até agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir que este chegue onde precisa. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um motorista a tomar decisões irracionais. Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no momento. Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de dirigir. Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças aprendem que as regras normais em relação ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um incidente em uma violenta briga. Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está predisposta a apresentar um comportamento irracional quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a emoção. (Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/ furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) Tomando por base as informações contidas no texto, é correto afirmar que (A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto comunitário do ato de dirigir. (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção agressiva. (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de experiências e atividades não só individuais como também sociais. (E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das emoções positivas por parte dos motoristas. Respostas (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) Coerência e Coesão Não basta conhecer o conteúdo das partes de um trabalho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em cada parte constituinte do texto, é preciso saber escrever obedecendo às normas de coerência e coesão. Antes de tudo, é necessário definir os termos: coerência diz respeito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias, à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere se à expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas frasais e ao emprego do vocabulário. Coerência e coesão relacionamse com o processo de produção e compreensão do texto, a coesão contribui para a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem construído, com frases bem estruturadas, vocabulário correto, mas apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem uma sequência lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas, sem que no plano da expressão, as estruturas frasais sejam gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão. Na obra de Oswald de Andrade, por exemplo, encontramse textos coerentes sem coesão, ou textos coesos, mas sem coerência. Em Carlos Drummond de Andrade, há inúmeros exemplos de textos coerentes, sem coesão gramatical no plano sintático. A linguagem literária admite essas liberdades, o que não vem ao caso, pois na linguagem acadêmica, referencial, a obediência às normas de coerência e coesão são obrigatórias. Ainda assim, para melhor esclarecimento do assunto, apresentamse exemplos de coerência sem coesão e coesão sem coerência: “Cidadezinha Qualquer” Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar: Um homem vai devagar Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar Devagar.. as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus.” (Andrade, 1973, p. 67) Apesar da aparente falta de nexo, percebe - se nitidamente a descrição de uma cidadezinha do interior: a paisagem rural, o estilo de vida sossegado, o hábito de bisbilhotar, de vigiar das janelas tudo o que se passa lá fora. No plano sintático, a primeira estrofe contém apenas frases ou sintagmas nomi¬nais (cantar pode ser verbo ou substantivo os meu cantares = as minhas canções); as demais, não apresentam coesão uma frase não se relaciona com outra, mas, pela forma de apresentação, colaboram para a coerência do texto. “Do outro lado da parede” Meu laço de botina. Recebi a tua comunicação, escrita do beiral da viragem sempieterna. Foi um tiro no alvo do coração, se bem que ele já esteja treinado. A culpa de tudo quem temna é esse bandido desse coronel do Exército Brasileiro que nos inflicitou. Reflete antes de te matares! Reflete Joaninha. Principalmente se ainda é tempo! És uma tarada. Quando te conheci, Chez Hippolyte querias falecer dia e noite. Enfim, adeus. Nunca te esquecerei. Never more! Como dizem os corvos.” João da Slavonia (Andrade, O., 1971, p. 201202) Língua Portuguesa 5 Embora as frases sejam sintaticamente coesas, nota - se que, neste texto, não há coerência, não se observa uma linha lógica de raciocínio na expressão das ideias. Percebese vagamente que a personagem João Slavonia teria recebido uma mensagem de Joaninha(Recebi a tua comunicação), ameaçando cometer suicídio (Reflete antes de te matares!). A última frase contém uma alusão ao poema “O corvo”, de Edgar Alan Poe. A respeito das relações entre coerência e coesão, Guimarães diz: “O exposto autorizanos a seguinte conclusão: ainda que distinguiveis (a coesão diz respeito aos modos de interconexão dos componentes textuais, a coerência refere - se aos modos como os elementos subjacentes à superfície textual tecem a rede do sentido), trata - se de dois aspectos de um mesmo fenômeno a coesão funcionando como efeito da coerência, ambas cúmplices no processamento da articulação do texto.” A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem origem nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo de cada pessoa, aliada à competência linguística, que permitirá a expressão das ideias percebidas e organizadas, no processo de codificação referido na página... Deduz - se daí que é difícil, senão impossível, ensinar coerência textual, intimamente ligada à visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. A coesão, porém, refere - se à expressão linguística, aos processos sintáticos e gramaticais do texto. O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão: Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação semântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com outra”). Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do texto, numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical. Coerência assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto; situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão conceitual; relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com o aspecto global do texto; estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases. Coesão assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial; relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes componentes do texto; Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases. Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibilidade ou compreensão do texto. Um texto bem redigido tem parágrafos bem estruturados e articulados pelo encadeamento das ideias neles contidas. As estruturas frasais devem ser coerentes e gramaticalmente corretas, no que respeita à sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado e essa adequação só se consegue pelo conhecimento dos significados possíveis de cada palavra. Talvez os erros mais comuns de redaçao sejam devidos à impropriedade do vocabulário e ao mau emprego dos conectivos (conjunções, que têm por função ligar uma frase ou período a outro). Eis alguns exemplos de impropriedade do vocabulário, colhidos em redações sobre censura e os meios de comunicação e outras. “Nosso direito é frisado na Constituição.” Nosso direito é assegurado pela Constituição. “Estabelecer os limites as quais a programação deveria estar exposta.” Estabelecer os limites aos quais a programação deveria estar sujeita. “Ȁ censura deveria punir as notícias sensacionalistas.” A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias sensacionalistas ou punir os meios de comunicação que veiculam tais notícias. “Retomada das rédeas da programação.” Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no que diz respeito a programação. “Os meios de comunicação estão sendo apelativos, vulgarizando e deteriorando indivíduos.” Os meios de comunicação estão recorrendo a expedientes grosseiros vulgarizando o nível dos programas e desrespeitando os telespectadores. “A discussão deste assunto é inerente à sociedade.” A discussão deste assunto é tarefa da sociedade (compete à sociedade). “Na verdade, daquele autor eles pegaram apenas a nomenclatura...” Na verdade, daquele autor eles adotaram (utilizaram) apenas a nomenclatura... “A ordem e forma de apresentação dos elementos das referências bibliográficas são mostradas na NBR 6023 da ABNT” (são regulamentadas pela NBR 6023 da ABNT). O emprego de vocabulário inadequado prejudica muitas vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redigir, empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conhecimentos linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o significado de determinada palavra, mas não sabe empregála adequadamente, isso ocorre frequentemente com o emprego dos conectivos (preposições e conjunções). Não basta saber que as preposições ligam nomes ou sintagmas nominais no interior das frases e que as conjunções ligam frases dentro do período; é necessário empregar adequadamente tanto umas como outras. É bem verdade que, na maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos remete aos problemas de regência verbal e nominal. Exemplos: “Coação aos meios de comunicação” tem o sentido de atuar contra os meios de comunicação; os meios de comunicação sofrem a ação verbal, são coagidos. “Coação dos meios de comunicação” significa que os meios de comunicação é que exercem a ação de coagir. “Estar inteirada com os fatos” significa participação, interação. “Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento dos fatos, estar informada. “Ir de encontro” significa divergir, não concordar. “Ir ao encontro” quer dizer concordar. “Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de ideias” significa a liberdade não é ameaça; “Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de ideias”, isto é, a liberdade fica ameaçada. “A princípio” indica um fato anterior (A princípio, ela aceitava as desculpas que Mário lhe dava, mas depois deixou de acreditar nele). “Em princípio” indica um fato de certeza provisória (Em princípio, faremos a reunião na quartafeira quer dizer que a Língua Portuguesa 6 reunião será na quarta-feira, se todos concordarem, se houver possibilidade, porém admite a ideia de mudar a data). “Por princípio” indica crença ou convicção (Por princípio, sou contra o racismo). Quanto à regência verbal, convém sempre consultar um dicionário de verbos e regimes, pois muitos verbos admitem duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem um significado específico. Lembrese, a propósito, de que as dúvidas sobre o emprego da crase decorrem do fato de considerar - se crase como sinal de acentuação apenas, quando o problema refere - se à regencia nominal e verbal. Exemplos: O verbo assistir admite duas regências: assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar assistência (O médico assiste o doente): Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao jogo da seleção). Inteirar o/a (transitivo direto) significa completar (Inteirei o dinheiro do presente). Inteirar do (transitivo direto e indireto), significa informar alguém de..., tomar ou dar conhecimento de algo para alguém (Quero inteirála dos fatos ocorridos...). Pedir o (transitivo direto) significa solicitar, pleitear (Pedi o jornal do dia). Pedir que contém uma ordem (A professora pediu que fizessem silêncio). Pedir para pedir permissão (Pediu para sair da classe); significa também pedir em favor de alguém (A Diretora pediu ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, pedir algo a alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá - lo); pode significar ainda exigir, reclamar (Os professores pedem aumento de salário). O mau emprego dos pronomes relativos também pode levar falta de coesão gramatical. Frequentemente, empregase no qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da clareza do texto;outras vezes, o emprego é desnecessário ou inadequado. Barbosa e Amaral (colaboradora) apresentam os seguintes exemplos: “Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para mim no qual estava sem remetente”. (Chegou com um envelope que (o qual) estava sem remetente). “Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da sensibilidade...” Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade delas (palavras cheias de sensibilidade). “Dentro do envelope havia apenas um papel em branco onde atribui muitos significados”: havia apenas um papel em branco ao qual atribui muitos significados (onde significa lugar no qual). “Havia recebido um envelope em meu nome e que não portava destinatário, apesar que em seu conteúdo havia uma folha em branco. ( .. )” Não se emprega apesar que, mas apesar de. E mais: apesar de não ligar corretamente as duas frases, não faz sentido, as frases deveriam ser coordenadas por e: não portava destinatário e em seu interior havia uma folha ou: havia recebido um envelope em meu nome, que não portava destinatário, cujo conteúdo era uma folha em branco. Essas e outras frases foram observadas em redações, quando foi proposto o seguinte tema: “Imagine a seguinte situação: hoje você está completando dezoito anos. Nesta data, você recebe pelo correio uma folha de papel em branco, num envelope em seu nome, sem indicação do remetente. Além disso, você ganha de presente um retrato seu e um disco. Reflita sobre essa situação. A partir da reflexão feita, redija um texto em prosa, sem ultrapassar o espaço reservado para redação no caderno de respostas.” Como de costume, muito se comentou, até nos jornais da época, a falta de coerência, as frases sem clareza, pelo mau emprego dos conectivos, como as seguintes: “Primeiramente achei gozado aqueles dois presentes, pois concluo que nunca deveria esquecer minha infância.” Há falta de nexo entre as duas frases, pois uma não é conclusão da outra, nem ao menos estão relacionadas e gozado deveria ser substituído por engraçado ou estranho. “A folha pode estar amarrada num cesto de lixo mas o disco repete sempre a mesma música.” A primeira frase não tem sentido e a segunda não se relaciona com a primeira. O conectivo “mas” deveria sugerir ideia de oposição, o que não ocorre no exemplo anterior. Não se percebe relação entre “o disco repete sempre a mesma música” e a primeira frase. “Mas, ao abrir a porta, era apenas o correio no qual viera trazerme uma encomenda.” Observase o emprego de no qual por o qual, melhor ainda ficaria que, simplesmente: era apenas o correio que viera trazerme uma encomenda. Por outro lado, não mereceram comentários nem apareceram nos jornais boas redações como a que se segue: “A vida hoje me cumprimentou, mandoume minha fotografia de garoto, com olhos em expectativa admirando o mundo. Este mundo sem respostas para os meus dezoito anos. Mundo carta sem remetente, carta interrogativa para moço que aguarda o futuro, saboreando o fruto do amanhã. Recebi um disco, também, cuja música tem a sonoridade de passos marchando para o futuro, ao som de melodias de cirandas esquecidas do meninomoço de outrora, e do moçohomem de hoje, que completa dezoito anos. Sou agora a certeza de uma resposta à carta sem remetente que me comunica a vida. Vejo, na fotografia de mim mesmo, o homem que enfrentará a vida, que colherá com seu amor à luta e com seu espírito ambicioso, os frutos do destino. E a música dos passosfuturos na cadência do menino que deixou de ser, está o ritmo da vitória sobre as dificuldades, a minha consagração futura do homem, que vencerá o destino e será uma afirmação dentro da sociedade.” C. G. Exemplo de: (Fonseca, 1981, p. 178) Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das frases, aconselhase levar em conta as seguintes sugestões para o emprego correto dos articuladores sintáticos (conjunções, preposições, locuções prepositivas e locuções conjuntivas). Para dar ideia de oposição ou contradição, a articulação sintática se faz por meio de conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto (nunca no entretanto). Podem também ser empregadas as conjunções concessivas e locuções prepositivas para introduzir a ideia de oposição aliada concessão: embora, ou muito embora, apesar de, ainda que, conquanto, posto que, a despeito de, não obstante. A articulação sintática de causa pode ser feita por meio de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como, por isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem ser empregadas as preposições e locuções prepositivas: por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência de, por motivo de, por razões de. O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se o time ganhar esse jogo, será campeão. Podese também expressar condição pelo emprego dos conectivos: caso, contanto que, desde que, a menos que, a não ser que. O emprego da preposição “para” é a maneira mais comum de expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas de juros para que a economia se estabilize” ou para a economia se estabilizar. “Teresa vai estudar bastante para fazer boa prova.” Há outros Língua Portuguesa 7 articuladores que expressam finalidade: afim de, com o propósito de, na finalidade de, com a intenção de, com o objetivo de, com o fito de, com o intuito de. A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio dos articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, pois, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Para introduzir mais um argumento a favor de determinada conclusão empregase ainda. Os articuladores, aliás, além do mais, além disso, além de tudo, introduzem um argumento decisivo, cabal, apresentado como um acréscimo, para justificar de forma incontestável o argumento contrário. Para introduzir esclarecimentos, retificações ou desenvolvimento do que foi dito empregamse os articuladores: isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento do discurso, pois acrescenta uma informação nova, um dado novo, e se não acrescentar nada, é pura repetição e deve ser evitada. Alguns articuladores servem para estabelecer uma gradação entre os correspondentes de determinada escala. No alto dessa escala achamse: mesmo, até, até mesmo; outros situamse no plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo. Questões (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014). Assinale a alternativa que preserva as relações morfossintáticas e semânticas do período “Diante de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, transformando-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais.” (linhas de 3 a 6). (A) Em face de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, porém transformou-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. (B) O produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, adquiriu importância no mercado e transformou-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. (C) O produto, por sua rápida adaptação ao solo e ao clima, adquiriu importância no mercado, todavia, desde o Império até os dias atuais, transformou-se, consequentemente, em um dos principais itens de exportação. (D) Face sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, e, conquanto, transformou- se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. (E) O produto transformou-se, desde o Império até os dias atuais, em um dos principais itens de exportação por que sua adaptação ao solo e ao clima foi rápida. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014). Leia o trecho do primeiro parágrafo para responder à questão.Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos aos quais se subordinam sentido de: comparação. intensidade. igualdade. dúvida. quantidade. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014). Assinale a alternativa em que a seguinte passagem – Mas o vento foi mais ágil e o papel se perdeu. (terceiro parágrafo) – está reescrita com o acréscimo de um termo que estabelece uma relação de conclusão, consequência, entre as orações. (A) mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu. (B) mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu. mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se perdeu. mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014). Observe o fragmento de texto abaixo: “Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado justamente na hora da prova?” Sobre ele, analise as afirmativas abaixo: I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa e, nesse contexto, pode ser substituído por “desde que”. Classifica-se o termo “quando” como conjunção subordinativa que exprime circunstância temporal. III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra “conteúdo”. IV. Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras invariáveis, classificadas como substantivos. Está CORRETO apenas o que se afirma em: I e III. II e IV. I e IV. II e III. I e II. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014). Dificuldades no combate à dengue A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da doença, segundo dados da Prefeitura. As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem isso que acontece. (Saúde Uol). “Só este ano...” O ano a que a reportagem se refere é o ano em que apareceu a dengue pela primeira vez. em que o texto foi produzido. em que o leitor vai ler a reportagem. em que a dengue foi extinta na cidade de São Paulo. em que começaram a ser registrados os casos da doença. Respostas 1. (B) O item que reproduz o enunciado de maneira adequada é: O produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, adquiriu importância no mercado e transformou-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. 2. (B) Muito interessantes / bem difícil = ambos os advérbios mantêm relação com adjetivos, dando-lhes noção de intensidade. 3. (B) Nas alternativas A, C, D e E são apresentadas conjunções adversativas – que nos dão ideia contrária à apresentada anteriormente; já na B, temos uma conjunção conclusiva (assim). 4. (D) I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa é conjunção coordenativa adversativa II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção subordinativa que exprime circunstância temporal = correta III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra “conteúdo” = correta IV. “Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras invariáveis, classificadas como substantivos = são substantivos, mas variáveis (conteúdos, horas e provas. Lembrando que “prova” e “provas” podem ser verbo: Ele prova todos os doces! Tu provas também?) Língua Portuguesa 8 5. (B) O ano em questão corresponde ao ano em que foi feita a matéria. Progressão textual De nada adianta você dominar conceitos gramaticais se você não consegue expressar bem as suas ideias. Entenda a importância da progressão textual. Para garantir um bom texto, não bastam boas ideias. É preciso saber organizar seus argumentos. Para que o seu texto esteja bem estruturado há dois fatores fundamentais que devem ser seguidos: a coesão e a coerência. Mas, antes de falar sobre a estrutura da redação, serão apresentados alguns conceitos importantes. A essência de uma boa redação passa por você saber como defender suas ideias em um texto dissertativo argumentativo. Você sabe como fazer isto? Se ainda não, revise este conteúdo antes de prosseguir. Veja nesta dica a seguir: Saiba como defender suas ideias em um texto dissertativo argumentativo: Você sabe o que a palavra texto significa? – Antes de começar a colocar suas ideias no papel após ler a exposição do tema de uma redação é importante conhecer algumas definições. Resume-se aqui em três frases o que diversos estudiosos dizem sobre o tema. Leia, releia, e tire pelo menos dois minutos para entender cada uma delas e pensar em sua utilização futura: O texto não é uma soma de sentenças, mas o encadeamento semântico dessas sentenças que resulta em sua textualidade. O texto é uma unidade de língua em uso: uma unidade de semântica. O texto não é simplesmente um aglomerado de frases. A principal dificuldade dos candidatos na hora de colocar o texto no papel está em estruturar as ideias de forma que os argumentos fiquem claros para os leitores. Será preciso treinar muito para que o seu texto tenha uma construção lógica – que também é chamada de progressão textual. O que os avaliadores esperam ver na redação – Como se sabe, o modelo de texto mais cobrado nas redações é o da dissertação argumentativa. Esse modelo de texto exige um distanciamento por parte do escritor. Isso significa que o seu texto deve ser impessoal e que você não pode expressar suas opiniões pessoais. A melhor forma de produzir uma dissertação argumentativa focar no tema e desenvolvê-lo. Não se esqueça de que o foco no tema é crucial para garantir a qualidade do texto. Um texto dissertativo-argumentativo possui uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Nesse tipo de texto o que conta é a força dos seus argumentos. Todos os dados precisam estar bem encadeados de modo a manter uma progressão. Se acertar na estrutura, produzir bons argumentos e não cometer nenhum erro gramatical grave, certamente conquistará a nota máxima. Mas não se engane. Para alcançar a excelência, é preciso muito trabalho e dedicação. Dicas para conquistar um bom texto: Intencionalidade e Aceitabilidade – A intencionalidade nada mais é do que o empenho do escritor em construir um discurso coerente, coeso e capaz de estabelecer uma comunicação com o leitor. A meta pode ser informar, argumentar ou polemizar. Por outro lado, a aceitabilidade refere-se à expectativa do receptor, como ele recebe o seu texto. Você deve estar se perguntando: o que isso tudo tem a ver com o meu texto? Esses dois conceitos querem dizer que não adianta querer fazer uma boa redação sem pensar na compreensão do seu leitor. Ao revisar o texto, observe se o conteúdo está claro e objetivo. Descarte todas as frases desnecessárias. Uma boa técnica é fazer uma leitura em voz em alta. Assim fica mais fácil detectar algum erro. Outra dica bastante útil é pedir pra outras pessoas lerem o seu texto. Pode ser o seu colega de aula, um amigo, ou qualquer pessoa da sua família. Certifique-se de que eles entenderam todas as informações sem precisar fazer nenhuma pergunta. Afinal, você não vai estar ao lado dos avaliadores da banca no momento em que seu texto for corrigido. Não tenha dúvida de que todas essas técnicas vão lhe ajudar na hora da prova. Depois de treinar bastante sua escrita, você vai ser capaz de produzir um texto coerente, coeso, útil e relevante. Coesão e Coerência– Tudo o que foi escrito sobre encadeamento de ideias está ligado ao conceito de coesão e coerência textual. A coesão é um processo de retomar e avançar no texto. Veja um exemplo: Pedro tinha um grande desejo… (‘de quê?’) …de ser engenheiro metalúrgico! Como você pode ver, o importante é que cada enunciado estabeleça relações de modo que o texto tenha uma estrutura coesa. Já a coerência se refere à progressão textual, veja o exemplo: “Os problemas de um povo tem de ser resolvidos pelo presidente. Este deve ter ideais muito elevadas. Esses ideais se concretizarão durante a vigência de seu mandato. O seu mandato deve ser respeitado por todos.” Como você pode observar, o parágrafo acima é coeso. Mas você consegue me dizer qual é o assunto abordado? Seriam os problemas do povo? O presidente? O mandato? Ficou complicado de definir, não é mesmo? A intenção do escritor não ficou evidente. Isso significa que o texto não está coerente. De forma resumida, a coerência refere-se à concatenação das ideias do texto, enquanto a coesão diz respeito ao modo como elas serão agrupadas. Fonte: http://blogdoenem.com.br/progressao-textual-redacao- enem/ (Adaptato) Gêneros Textuais Os gêneros textuais são classificações de textos de acordo com o objetivo e o contexto em que são empregados. Dessa maneira, os gêneros textuais são definidos pelas características dos diversos tipos de textos, os quais apresentam características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo. Lembre-se que existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso, seja uma resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete ou lista de supermercado; porém, faz-se necessário considerar seu contexto, função e finalidade. O gênero textual pode conter mais de um tipo textual, ou seja, uma receita de bolo, apresenta a lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo). Distinguindo Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ԁ Ȁ Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ e ssencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual: Língua Portuguesa 9 Gênero Literário – nestes os textos abordados são apenas os literários, diferente do gênero textual, que abrange todo tipo de texto. O gênero literário é classificado de acordo com a sua forma, podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e etc. Tipo textual – este é a forma como o texto se apresenta, podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta e com a finalidade para o qual foi escrito. Tipos de Gêneros Textuais Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura; note que existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gênero textual são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo. Texto Narrativo Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. Sua estrutura é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: Romance Novela Crônica Contos de Fada Fábula Lendas Texto Descritivo Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor). São exemplos de gêneros textuais descritivos: Diário Relatos (viagens, históricos, etc.) Biografia e autobiografia Notícia Currículo Lista de compras Cardápio Anúncios de classificados Texto Dissertativo-Argumentativo Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações; são marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tenta persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). Exemplos de gêneros textuais dissertativos: Editorial Jornalístico Carta de opinião Resenha Artigo Ensaio Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado Veja também: Texto Dissertativo. Texto Expositivo Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação. Assim, alguns exemplos de gêneros textuais expositivos: Seminários Palestras Conferências Entrevistas Trabalhos acadêmicos Enciclopédia Verbetes de dicionários Texto Injuntivo O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor); por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo. Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos: Propaganda Receita culinária Bula de remédio Manual de instruções Regulamento Textos prescritivos Exemplos de gêneros textuais Diário – é escrito em linguagem informal, sempre consta a data e não há um destinatário específico, geralmente, é para a própria pessoa que está escrevendo, é um relato dos acontecimentos do dia. O objetivo desse tipo de texto é guardar as lembranças e em alguns momentos desabafar. Veja um exemplo: “Domingo, 14 de junho de 1942 Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.) Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.” Trecho retirado do livro “Diário de Ȁnne Frank”. Carta – esta, dependendo do destinatário pode ser informal, quando é destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto ou que não se tenha intimidade. Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes estilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou descritiva. As cartas se iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo da carta e para finalizar a despedida. Propaganda – este gênero geralmente aparece na forma oral, diferente da maioria dos outros gêneros. Suas principais características são a linguagem argumentativa e expositiva, pois a intenção da propaganda é fazer com que o destinatário se interesse pelo produto da propaganda. O texto pode conter algum tipo de descrição e sempre é claro e objetivo. Notícia – este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto é informar algo que aconteceu. Fontes: http://www.todamateria.com.br/generos-textuais/ http://www.estudopratico.com.br/generos-textuais/ http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/genero- textual. htm Questões MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. Língua Portuguesa 10
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