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Conteúdos do Ensino Fundamental I

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Município de Cascavel/PR 
 
 
 
Professor 
 
 
 
 
 
Língua Portuguesa 
 
Concepção da disciplina de Língua Portuguesa; compreensão e interpretação de textos; coesão e coerência; 
unidade temática e progressão temática; gênero discursivo; pontuação; concordância verbal e nominal; 
regência verbal e nominal; princípios da textualidade: situacionalidade, intencionalidade, intertextualidade e 
informatividade. ................................................................................................................................................................ 1 
Alfabetização e língua portuguesa: função cognitiva e social da leitura; função cognitiva e social da escrita; 
relação grafema/fonema; relações arbitrárias, biunívocas e cruzadas; categorização gráfica e funcional; 
linguagem verbal e não-verbal...................................................................................................................................... 24 
 
 
Matemática 
 
Concepção da disciplina, sistema de Numeração Decimal: Valor Posicional (Composição e Decomposição). 
Resolução de Problemas: Adição, subtração, multiplicação e divisão. Números Racionais: Adição e subtração 
de frações homogêneas e heterogêneas. ....................................................................................................................... 1 
Relação do Sistema de Numeração Decimal com medidas de valor, capacidade, comprimento, massa, superfície 
(perímetro e área) e volume. Números Decimais. ..................................................................................................... 13 
Classificação dos sólidos geométricos (poliedros e corpos redondos) e figuras planas (polígonos). 
Semelhanças e diferenças entre sólidos geométricos e figuras planas. ................................................................. 19 
Ângulos: reto, agudo e obtuso. ...................................................................................................................................... 28 
Razão e proporção. ......................................................................................................................................................... 30 
Interpretação de dados e informações contidas em tabelas e gráficos, quadros e imagens. .............................. 32 
Probabilidade. ................................................................................................................................................................. 38 
 
 
História 
 
Concepção da Disciplina de História e do ensino de História para os Anos Iniciais, Objetivos da disciplina de 
História, conforme propõem o Currículo da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel; Eixos Estruturantes 
da disciplina de História. ................................................................................................................................................. 1 
Atualidades. ..................................................................................................................................................................... 11 
A História do Estado do Paraná e suas relações. ........................................................................................................ 36 
A História do Município de Cascavel e suas relações. ............................................................................................... 42 
 
 
Geografia 
 
Concepção da disciplina de Geografia para os Anos Iniciais; ..................................................................................... 1 
Objetivos da disciplina de Geografia; Eixos Estruturantes da disciplina de geografia; ....................................... 18 
Atualidades; ..................................................................................................................................................................... 30 
A Geografia do Estado do Paraná e suas relações; ..................................................................................................... 61 
A Geografia do Município de Cascavel e suas relações; ............................................................................................ 66 
A natureza do espaço; Paisagens, lugares e espaços; ................................................................................................ 68 
Globalização; .................................................................................................................................................................... 72 
 
O ensino da Geografia; ................................................................................................................................................... 75 
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como: política, economia, sociedade, educação, tecnologia, 
energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, problemas ambientais. ................................... 85 
Interação entre o clima, a vegetação, o relevo, a hidrografia e o solo no espaço natural brasileiro, do Paraná e 
de Cascavel; espaço ocupado pelo Estado do Paraná e suas relações; O espaço ocupado pelo Município de 
Cascavel e suas relações. ................................................................................................................................................ 85 
 
 
Ciências 
 
Concepção da disciplina, conceito da disciplina de Ciências para os Anos Iniciais; ............................................... 1 
Noções sobre o universo: ................................................................................................................................................. 5 
História da Ciência: conhecimentos gerais acerca da evolução dos conhecimentos científicos;........................ 12 
Galáxias; constelações; sistema solar; movimentos da terra; .................................................................................. 25 
Matéria e energia: interação e transformação (relações de interdependência); .................................................. 25 
Biosfera – Ecossistemas: relação de interdependência entre os elementos bióticos e abióticos: ...................... 27 
Água: estados físicos, composição química, propriedades; ...................................................................................... 31 
Solo: formação e composição, tipos e características; .............................................................................................. 33 
Ar: pressão, peso e composição; atmosfera, camadas da atmosfera; ..................................................................... 38 
Ar e seres vivos: fotossíntese e respiração; ................................................................................................................ 38 
Cadeia e teia alimentar;.................................................................................................................................................. 42 
Citologia; Homem: corpo humano: célula, órgãos, tecidos e sistemas; aparelhos; ............................................... 42 
Animais e ecossistema: classificação geral e quanto à alimentação: dos vertebrados e dos invertebrados; 
Vegetais e ecossistema. .................................................................................................................................................. 85 
Meio ambiente saúde e trabalho: Doenças: infecto-contagiosas, DST e outras; Doenças relacionadas à água, 
solo, ar; vacinas; .............................................................................................................................................................. 95 
Radiação solar; camada de ozônio; efeito estufa; aquecimento global; .............................................................. 113 
Alimentação saudável; ................................................................................................................................................ 117 
Lixo, reciclagem, poluição do ar, água e solo ...........................................................................................................119 
 
 
Conhecimentos Específicos 
 
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO (abordagem teórica: Materialismo Histórico Dialético, Psicologia Histórico 
Cultural e Pedagogia Histórico Crítica) ......................................................................................................................... 1 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei Federal nº 9.394/1996); .......................................... 2 
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA; ............................................................................................................. 16 
Concepção de sociedade, homem e educação; ........................................................................................................... 46 
A função social da escola pública; ................................................................................................................................ 49 
A história da organização da educação brasileira; .................................................................................................... 51 
Planejamento (objetivos, conteúdos, encaminhamentos metodológicos, recursos e avaliação escolar); ........ 62 
Os elementos do trabalho pedagógico (objetivos, conteúdos, encaminhamentos metodológicos e avaliação 
escolar); ............................................................................................................................................................................ 67 
Distúrbios e transtornos de aprendizagem (discalculia, dislexia, disgrafia, disortografia, disartria e TDAH); ... 
71 
Concepção de desenvolvimento humano/periodização do conhecimento na psicologia histórico-cultural e 
pedagogia histórico-crítica; ........................................................................................................................................... 72 
Apropriação do conhecimento;..................................................................................................................................... 74 
Concepção de avaliação; ................................................................................................................................................ 74 
Pressupostos teóricos para a Educação de pessoas com deficiências; ................................................................... 74 
Currículo para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Cascavel – Volume II, 
disponível em “publicações” no endereço eletrônico: www.cascavel.pr.gov.br/secretarias/semed. ............... 76 
Questões ........................................................................................................................................................................... 76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concepção da disciplina de Língua 
Portuguesa; compreensão e interpretação 
de textos; coesão e coerência; unidade 
temática e progressão 
temática; gênero discursivo; pontuação; 
concordância verbal e nominal; regência 
verbal e nominal; princípios da textualidade: 
situacionalidade, intencionalidade, 
intertextualidade e informatividade. 
 
 
Saber léxico-gramatical 
 
O léxico-gramática é simultaneamente um método e uma 
prática efetiva de descrição formal das línguas, desenvolvidos 
em paralelo por Maurice Gross a partir do fim dos anos 1960, o 
método e a prática nutrindo-se mutuamente. 
A base teórica que fundamenta o léxico-gramática é o 
distribucionalismo, e, em especial, a noção de transformação. 
As convenções de notação para a apresentação das 
informações gramaticais são concebidas para ser o mais 
simples e transparentes possível. A metodologia do léxico-
gramática está inspirada nas ciências experimentais e dá 
enfoque à coleta dos fatos e, consequentemente, à conferição 
com a realidade dos usos linguísticos, do ponto de vista 
quantitativo (descrição metódica do léxico) e qualitativo 
(precauções metodológicas). O léxico-gramática também prevê 
uma exigência de formalização. Os resultados da descrição 
devem ser formais o suficiente para que possam ser postos em 
prática por informatas no processamento automático das 
línguas, entre outras através da realização de analisadores 
sintáticos. O modelo conceitual determina que os resultados da 
descrição tomam a forma de tabelas de dupla entrada, 
chamadas tabelas ou matrizes, que cruzam itens lexicais com 
as propriedades sintático-semânticas. Os resultados obtidos 
constituem uma base de informações sintático-semânticas. As 
experiências comprovaram que vários indivíduos ou equipes 
podem alcançar uma cumulatividade de suas descrições. 
 
Base teórica 
A base teórica que fundamenta o léxico-gramática é o 
distribucionalismo, e, em especial, a noção de transformação 
no sentido. As convenções de notação para a apresentação das 
informações gramaticais são concebidas para ser o mais 
simples e transparentes possível. A vigilância sobre essa 
questão origina-se na teoria, que está orientada para a 
superfície diretamente observável; é uma diferença com a 
gramática gerativa, que normalmente recorre a estruturas 
abstratas como as estruturas profundas. 
 
Coleta dos fatos 
A metodologia do léxico-gramática está inspirada nas 
ciências experimentais; dá enfoque à coleta dos fatos e, 
consequentemente, à conferição com a realidade dos usos 
linguísticos, do ponto de vista quantitativo e qualitativo. 
 
Quantitativamente: o léxico-gramática inclui um programa de 
descrição metódica do léxico. Trata-se, necessariamente, de um 
trabalho em grande escala, realizável por equipes e não por 
especialistas isolados. A busca exclusiva de regras de sintaxe 
gerais, independentes do material lexical que manuseiam, é 
 
denunciada como um impasse. É uma diferença com a 
gramática gerativa, que valoriza mais a noção de generalização. 
 
Qualitativamente: precauções metodológicas são aplicadas 
para garantir uma boa reprodutibilidade das observações e, em 
especial, para prevenir os riscos ligados aos exemplos construídos. 
Uma dessas precauções consiste em eleger como unidade mínima 
de sentido a frase elementar. Isso é, uma palavra adquire um 
sentido preciso só dentro de um contexto; além disso, ao inserir 
uma palavra dentro de uma frase, ganha-se a vantagem de 
manusear uma sequência passível de ser julgada como aceitável ou 
inaceitável. É o preço a pagar por poder definir propriedades 
sintático-semânticas com suficiente precisão para que faça sentido 
pô-las à prova em confronto com todo o léxico. Essas precauções 
evoluíram em função das necessidades e do surgimento de novos 
meios técnicos. Por exemplo, a partir do início dos anos 1990, os 
contribuidores do léxico-gramática puderam cada vez mais 
facilmente aproveitar exemplos atestados em corpus. Essa nova 
precaução acrescentou-se às precedentes, e o léxico-gramática 
passou a situar-se simultaneamente no âmbito da linguística 
introspectiva e da linguística de corpus. Os projetos americanos 
FrameNet e VerbNet, aliás, apresentam traços que manifestam uma 
relativa convergência para objetivos próximos dos do léxico-
gramática. 
 
Formalização 
O léxico-gramática também prevê uma exigência de 
formalização. Os resultados da descrição devem ser formais o 
suficiente para que possam ser: 
 verificados por conferição com a realidade do uso, 
 postos em prática por informatas no processamento 
automático das línguas, entre outras através da realização de 
analisadores sintáticos. 
Essa necessidade de formalização motivou a adoção de um 
modelo discretizado da sintaxe e da semântica. Por exemplo, a 
aceitabilidade é representada por uma propriedade binária: 
para as necessidades da descrição, uma frase é considerada 
quer como aceitável, quer como inaceitável, como na gramática 
gerativa e pelas mesmas razões. Além disso, a ambiguidade 
lexical é representada através de uma cuidadosa separação de 
uma palavra em um número inteiro deitens lexicais, que são 
distintos uns dos outros como dois itens relativos a palavras 
morfologicamente diferentes: por exemplo, os diferentes 
sentidos de jogar em jogar gamão, jogar moedas na fonte... 
correspondem a itens distintos. 
As propriedades sintático-semânticas dos itens (por 
exemplo, as estruturas de frase em que pode entrar um 
determinado verbo, ou a distribuição de seu sujeito), formam 
uma lista que é metodicamente testada com todos os itens. 
As propriedades são identificadas por títulos relativamente 
informais, como N_0 \, V \, N_1 \, W \, = \, N_1 \, V\, W, que 
representa uma transformação entre duas estruturas de frases 
(ou construções sintáticas) que pertencem a um único item. 
A noção de item lexical, pois, não é confundida com a de 
construção sintática. Por isso, evita-se o termo «quadro de 
subcategorização», frequentemente utilizado no contexto de 
modelos que tendem a considerar que existe uma bijecção entre as 
duas noções. No quadro do léxico-gramática, as decisões de 
classificação («subcategorização») de um item lexical não são 
baseadas, em geral, em uma única construção («quadro»), e sim no 
conjunto das construções sintáticas relacionadas ao item. 
Enfim, são tomadas em consideração unicamente as 
propriedades para as quais é possível encontrar um procedimento 
que permita determinar de uma forma suficientemente confiável 
se um determinado item a possui ou não. Tal procedimento é 
determinado experimentalmente, testando com um vocabulário 
extenso a reprodutibilidade dos julgamentos. 
Uma propriedade, portanto, não é representada como um 
continuum, e sim como binária. Com a adoção deste modelo, 
uma etapa essencial da descrição de uma língua com o método 
do léxico-gramática consiste em observar e registrar as 
propriedades dos itens lexicais. 
Os resultados da descrição, portanto, tomam naturalmente 
a forma de tabelas de dupla entrada, chamadas tabelas, tábuas 
ou matrizes, que cruzam os itens lexicais com as propriedades 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
sintático-semânticas.Adescriçãodaestruturadasfrasesnecessita 
a identificação de um conjunto de argumentos característico de 
cada item predicativo; especificamente, põem-se em aplicação 
princípios para distinguir os argumentos (sujeito e objetos ou 
complementos essenciais) dos complementos não essenciais 
(adjuntos adverbiais ou complementos circunstanciais). 
 
Resultados 
Os resultados obtidos pela aplicação desse método por 
algumas dezenas de linguistas durante algumas dezenas de 
anos são uma base de informações sintático-semânticas para o 
processamento automático das línguas. Pode-se julgar a 
qualidade desta base de informações com base: 
 no seu volume, avaliado em número de itens, 
 na riqueza dos fenômenos linguísticos tomados em conta, 
avaliada em número de propriedades, 
 e no seu grau de formalização. 
Em francês, mais de 75 000 itens foram estabelecidos; 
descrições mais ou menos substanciais, conformes ao mesmo 
modelo, existem para uma dezena de outras línguas, sendo 
melhor representados o português, o italiano, o grego moderno 
e o coreano. 
 
Foram efetuados e publicados estudos no quadro do léxico-
gramática sobre substantivos predicativos a partir dos anos 
1970, e sobre expressões fixas a partir dos anos 1980. 
A noção de substantivo predicativo procede dos trabalhos 
de Zellig Harris. Origina-se na ideia de que se, por exemplo, o 
verbo estudar é analisado como sendo o predicado na frase: 
Luca estuda os eclipses, é natural analisar o substantivo estudo 
(ou a sequência fazer um estudo) como sendo o predicado na 
frase: Luca faz um estudo sobre os eclipses. Em tal caso, o 
referido substantivo é qualificado de predicativo. Já o verbo 
que vem junto, no caso, fazer, é chamado verbo suporte. A ideia 
foi aplicada metodicamente no quadro do léxico-gramática a 
partir dos anos 1970. 
Os contribuidores do léxico-gramática usam o termo de 
expressão idiomática, fixa ou cristalizada quando uma 
expressão (por exemplo jogar fora) possui propriedades 
específicas (no caso, o sentido) que justificam que se lhe 
dedique um item lexical, embora seja constituída por vários 
elementos (jogar e fora) que, de uma forma ou de outra, podem 
ser descritos como palavras. Um programa metódico de 
descrição dessas expressões foi empreendido no quadro do 
léxico-gramática a partir dos anos 1980. 
 
Cumulatividade 
Essas experimentações comprovaram que vários indivíduos ou 
equipes podem alcançar resultados idênticos. A resultante 
reprodutibilidade garante a cumulatividade das descrições. Este 
resultado é crucial para o futuro do processamento automático das 
línguas: a quantidade de dados que devem ser acumulados e 
representados dentro de um modelo coerente é tanta que 
numerosas equipes de pesquisa e desenvolvimento devem 
cooperar, e deve ser possível fusionar seus resultados sem ter que 
reescrever partes substanciais da gramática e do léxico de cada 
língua. Está longe de ser fácil cumprir essa exigência, pois existem 
poucos exemplos de gramáticas de um tamanho significativo que 
não sejam a obra de um único especialista. 
 
Fontes: Boons, Jean-Paul ; Alain Guillet ; Christian Leclère. 1976. La 
structure des phrases simples en français. 1. Constructions intransitives, Genève : 
Droz.Guillet, Alain ; Christian Leclère. 1992. La structure des phrases simples en 
français. 2. Constructions transitives locatives, Genève : Droz.Gross, Maurice. 1994. 
Constructing Lexicon-grammars, in Computational Approaches to the Lexicon, 
Atkins and Zampolli (eds.), Oxford University Press, pp. 213-263.Leclère, Christian. 
2005. The lexicon-grammar of French verbs: a syntactic database, in Linguistic 
Informatics - State of the Art and the Future. Amsterdam/Philadelphia : Benjamins. 
pp. 29–45. Tokyo University of Foreign Studies, UBLI 1.(Adaptado) 
 
Saber pragmático – textual 
 
A linguagem é a base para o nosso meio de mudança e 
interação social. Dominá-la, nos exige interdiscurso com as 
diversas camadas sociolinguísticas, coisa que não é fácil, mas 
possível, através de práticas de produção textual, não se 
 
relacionando como a linguagem unicamente, situada no campo 
sintático, visando uma normatização da língua, que a 
linguagem vá além disso, alcançando o campo social no texto, 
assim trabalhando também o que está fora da norma. 
A prática de produção textual sendo praticada deforma 
efetiva, pode ampliar a capacidade da competência textual, 
tornar interessante a leitura e o estudo gramatical, e 
desenvolver formas de expressividade de alunos. Todas estas 
contribuições podem ser implantadas na sala de aula, através 
da produção textual. Sendo desenvolvida por meio, 
principalmente da realidade escolar e depois passa para um 
campo linguístico mais amplo. 
A competência textual deve levar em consideração a leitura, 
sendo a mesma não apenas um momento dedicado à percepção 
da escrita, muito mais que isso ela é oralidade em suas mais 
diversas manifestações. Essa é uma tarefa que exige tempo e 
esforço de alunos, professores e escola. 
Nesta construção de alunos competentes na produção textual é 
importante lembrar o espaço multicultural dentro da escola, este 
espaço pode ser trabalhado na perspectiva do aluno manifestar, 
dessas culturas distintas, conhecimentos de mundo diversos e 
internalizá-los, podendo ser trabalhado isto na escrita 
demonstrando domínio de linguagem nos diversos gêneros. 
A linguagem cria o meio social que é expresso pela língua 
onde surge a necessidade da comunicação, oral ou escrita, para 
fazer troca de discursos. Com isso, situamos a produção textual 
como o método coletivo que melhor atende à comunicação. 
 importante a ideia de que sociedade e linguagem devem 
ser trabalhadas na escola juntas para construção da 
competência textual. É papel da escola compreender a relação 
entre social e linguagem na produção de textos, já que língua é 
uma ferramenta composta de características sociais, pois a 
atividade linguísticaé feita pelo próprio falante. 
Não devemos excluir da prática textual aspectos, 
psicológicos, sociais, culturais e históricos, eles podem para a 
perspectiva da intertextualidade do aluno, fato tão presente na 
contemporaneidade em que o homem não se prende mais a 
uma verdade absoluta, a necessidade de diversos pontos de 
vista é essencial para construção de sentidos. 
Como a linguagem traz ancorada os aspectos citados acima, 
a escola pode partir desse ponto para que alunos façam uma 
reflexão crítica da língua. Podemos também tratar da produção 
de textos em diversos gêneros, tais como: carta, e-mail, 
reportagem jornalística, outdoor, resenha e assim por diante. 
Os gêneros textuais, sobretudo, os de ordem tecnológica por 
serem mais presentes no universo de alunos, são excelentes bases 
para o trabalho de desenvolvimento da escrita, nestes gêneros 
estão presentes aspectos tanto gramaticais como agramaticais, que 
podem ser estudados como diversos considerando os aspectos 
sociais e culturais de quem escreveu. 
No desenvolvimento dessa prática é importante que 
professores deixem claro que a linguagem é como roupa. 
Existem aquelas que são usadas, somente, em determinadas 
festas, outras que podem circular por cenários diferentes sem 
problema. Enfim, que se ressalte que linguagem não é 
normatização, objetivando distinguir certo e errado, mas que é 
adequação e o domínio do registro informal é tão importante 
quanto o do formal. 
 
Saber linguístico-interacional 
 
Características gerais da comunicação 
 
A Sociolinguística Interacional procura demonstrar que a 
fala-em-interação está sujeita a mudanças e interpretações que 
podem variar de acordo com o comportamento linguístico e 
paralinguístico (como pistas e marcadores), que, por sua vez, é 
controlado por (e controlador de) inúmeros contextos 
específicos, e estes podem ser mais bem apreendidos pelos 
participantes (ou mesmo pelo analista) em função da situação 
informada ou do “sentido comunicado” específicos que se 
estejam perquirindo. 
Assim, através de apreensões empíricas, revelam-se dados 
que permitam analisar melhor os modelos de interação, 
levando em conta o falante e o ouvinte in loco, em função de 
 
Língua Portuguesa 2 
 
 
comportamentos específicos na interação. 
Desse modo, com pistas linguísticas e paralinguísticas, parte-se 
de convenções sociais que interferem sobremaneira no tipo de 
atividade de fala – a unidade básica da comunicação. Além disso, a 
presença das implicaturas, que podem ser convencionais (não 
ligadas a itens léxicos específicos, mas a condições de uso sociais 
específico) ou lexicais (ligadas a palavras e itens sintáticos), faz o 
ouvinte inferir certas interpretações num contexto. 
Com efeito, a noção de comunicação como comportamento, 
não partirá de fatos e evidências apriorísticos, mas, buscará, na 
apreensão empírica dos dados apresentados, o que 
normalmente se denomina de “fenômenos sociolinguísticos”, 
respostas pertinentes à dinâmica do processo de comunicação, 
que, como foi dito, altera-se à medida que os participantes 
interagem, processo este que não é estanque ou determinado 
exclusivamente por fatores variacionistas prévios ou por 
noções idealistas que, portanto, pressuporiam um modelo de 
certa forma “estático” de comunicação, na medida em que tal 
modelo poderia ser previamente delimitado, antes mesmo de 
os dados empíricos serem recolhidos numa situação 
comunicada específica. 
Não se trata apenas, pois, da análise da capacidade ou 
competência comunicativa de participantes se compreenderem 
mutuamente levando em conta fatores convencionais diretos 
ou indiretos, como, de certa forma. Muito mais do que isso, o 
que vai ocorrer é o fato de que: 
 
Podemos, portanto, referir-nos à comunicação humana 
como canalizada e restringida por um sistema multinivelar de 
sinais verbais e não-verbais, que são adquiridos, ao longo da 
vida, automaticamente produzidos e intimamente 
coordenados. Os insights mais importantes sobre a respeito de 
como tais sinais afetam a comunicação verbal se originaram 
em estudos sobre a coordenação entre falantes e ouvintes. 
Assim, a Sociolinguística Interacional não possui visão 
idealizada do processo comunicativo, mas o vê como uma 
construção que os participantes, durante a interação, promovem: 
Os participantes de uma conversa, por exemplo, têm 
expectativas convencionais sobre o que é considerado normal 
e o que é considerado marcado em termos de ritmo, volume da 
voz, entoação e estilo de discurso. Ao sinalizar uma atividade 
de fala, o falante também sinaliza as pressuposições sociais em 
termos das quais uma mensagem deve ser interpretada. 
Portanto, a conversa não é um evento coeso, mas uma sucessão 
de atividades em contexto e em enquadres e esquemas específicos. 
O conhecimento e a aplicação das noções propostas por esses 
teóricos e por outros é o principal objetivo a ser levado a termo 
neste artigo, centradas numa conversa específica. 
 
Fonte:http://www.gostodeler.com.br/materia/9939/sociolinguistica_ 
interacional_enquadres_esquemas_alinhamentos_e_sequencialidade_numa_ 
entrevista_cultural_concedida_por_ana_maria_machado.html 
 
Interpretação de Texto 
 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, 
 dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer 
texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, 
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, 
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar 
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, 
primeiro, algumas definições importantes: 
 
Texto 
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações 
de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma 
novela de televisão também são formas textuais. 
 
Interlocutor 
É a pessoa a quem o texto se dirige. 
 
Texto-modelo 
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com 
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…) 
 normal você querer o máximo de atenção do seu 
namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais 
importante da sua vida.” 
(Revista Capricho) 
Modelo de Perguntas 
 Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem 
 o seu interlocutor preferencial? 
Um leitor jovem. 
 
 Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem a 
você identificar o interlocutor preferencial do texto? 
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho 
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes. 
A linguagem informal típica dos adolescentes. 
 
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
 Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a 
leitura; 
 Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes; 
 Inferir; 
 Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
 Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
 Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
 Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
 O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a- 
interpretacao-de-textos-em-provas/ 
 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo 
moderno cobra de nósinúmeras competências, uma delas é a 
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa 
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender 
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está 
relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do 
código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de 
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas 
dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros 
fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar alguns que se 
fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, 
descuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos 
que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que não é verdade. 
Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois uma 
segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não 
foram observados anteriormente. Para auxiliar na busca de 
sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos 
não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira 
aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem 
necessários, estabelecendo uma relação hierárquica do 
pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou 
apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam 
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente 
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, 
 
Língua Portuguesa 3 
 
 
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície 
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do 
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado 
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto 
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser 
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós 
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece 
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-
boa-interpretacao-texto.html 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
 um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e a 
outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta 
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes 
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo e 
produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a 
diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos 
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o 
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito 
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, 
claro, nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, 
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em 
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um 
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, 
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a 
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto 
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é 
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários 
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é 
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema 
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em 
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão 
espalhadas em pontos estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso 
 tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos 
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
 De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
 
 decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
 vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades. 
 tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
 é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
 tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
 
 A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve 
dar prioridade ao pedestre. 
 
Considere o cartum de Evandro Alves. 
Afogado no Trânsito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é 
o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
o número excessivo de automóveis nas ruas. 
o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
 Considere o cartum de Douglas Vieira. 
Televisão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. 
Adaptado) 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum, 
 Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ ⌀ ̀Ȁ Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ o
s tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou pela 
TV são equivalentes. 
 Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀȀ ᜀ ⌀ ̀Ȁ Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ o
 livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação mais 
ativa. 
 Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ ⌀ ̀Ȁ Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ o
 indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém que não 
sabe se distrair. 
 
Língua Portuguesa 4 
 
 
 a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
 a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
Leia o texto para responder às questões: 
 
Propensão à ira de trânsito 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são os 
congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim como nossa 
cultura visualiza a direção agressiva. As crianças aprendem que as 
regras normais em relação ao comportamento e à civilidade não se 
aplicam quando dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais 
envolvidos em comportamentos de disputa ao volante, mudando 
de faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre 
com pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/ 
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 
 
 Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que 
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. 
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o 
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva. 
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais. 
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
 
Respostas 
 (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. 
(D) Coerência e Coesão 
 
Não basta conhecer o conteúdo das partes de um trabalho: 
introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que se 
deve (e o que não se deve) escrever em cada parte constituinte do 
texto, é preciso saber escrever obedecendo às normas de 
coerência e coesão. Antes de tudo, é necessário definir os termos: 
coerência diz respeito à articulação do texto, à compatibilidade 
das ideias, à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere 
 se à expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas 
frasais e ao emprego do vocabulário. 
Coerência e coesão relacionamse com o processo de 
produção e compreensão do texto, a coesão contribui para a 
coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta 
coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente 
coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em 
outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem 
construído, com frases bem estruturadas, vocabulário correto, 
mas apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem uma 
sequência lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, 
um texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas, 
sem que no plano da expressão, as estruturas frasais sejam 
gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão. 
Na obra de Oswald de Andrade, por exemplo, encontramse 
textos coerentes sem coesão, ou textos coesos, mas sem coerência. 
Em Carlos Drummond de Andrade, há inúmeros exemplos de 
textos coerentes, sem coesão gramatical no plano sintático. A 
linguagem literária admite essas liberdades, o que não vem ao 
caso, pois na linguagem acadêmica, referencial, a obediência às 
normas de coerência e coesão são obrigatórias. Ainda assim, para 
melhor esclarecimento do assunto, apresentamse exemplos de 
coerência sem coesão e coesão sem coerência: 
 
“Cidadezinha Qualquer” 
 
Casas entre bananeiras 
mulheres entre laranjeiras 
pomar amor cantar: 
 
Um homem vai devagar 
Um cachorro vai devagar. 
Um burro vai devagar 
 
Devagar.. as janelas olham. 
Eta vida besta, meu Deus.” 
(Andrade, 1973, p. 67) 
 
Apesar da aparente falta de nexo, percebe - se nitidamente 
a descrição de uma cidadezinha do interior: a paisagem rural, o 
estilo de vida sossegado, o hábito de bisbilhotar, de vigiar das 
janelas tudo o que se passa lá fora. No plano sintático, a 
primeira estrofe contém apenas frases ou sintagmas nomi¬nais 
(cantar pode ser verbo ou substantivo os meu cantares = as 
minhas canções); as demais, não apresentam coesão uma frase 
não se relaciona com outra, mas, pela forma de apresentação, 
colaboram para a coerência do texto. 
 
“Do outro lado da 
parede” Meu laço de botina. 
Recebi a tua comunicação, escrita do beiral da viragem 
sempieterna. Foi um tiro no alvo do coração, se bem que ele já 
esteja treinado. 
A culpa de tudo quem temna é esse bandido desse coronel do 
Exército Brasileiro que nos inflicitou. 
Reflete antes de te matares! Reflete Joaninha. Principalmente 
se ainda é tempo! És uma tarada. 
Quando te conheci, Chez Hippolyte querias falecer dia e noite. 
Enfim, adeus. 
Nunca te esquecerei. Never more! Como dizem os 
corvos.” João da Slavonia 
(Andrade, O., 1971, p. 201202) 
 
Língua Portuguesa 5 
 
 
Embora as frases sejam sintaticamente coesas, nota - se que, 
neste texto, não há coerência, não se observa uma linha lógica de 
raciocínio na expressão das ideias. Percebese vagamente 
que a personagem João Slavonia teria recebido uma mensagem 
de Joaninha(Recebi a tua comunicação), ameaçando cometer 
suicídio (Reflete antes de te matares!). A última frase contém 
uma alusão ao poema “O corvo”, de Edgar Alan Poe. 
 
A respeito das relações entre coerência e coesão, Guimarães 
diz: 
 
“O exposto autorizanos a seguinte conclusão: ainda que 
distinguiveis (a coesão diz respeito aos modos de interconexão 
dos componentes textuais, a coerência refere - se aos modos 
como os elementos subjacentes à superfície textual tecem a rede 
do sentido), trata - se de dois aspectos de um mesmo fenômeno a 
coesão funcionando como efeito da coerência, ambas cúmplices 
no processamento da articulação do texto.” 
 
A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela 
hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem origem 
nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo de cada 
pessoa, aliada à competência linguística, que permitirá a 
expressão das ideias percebidas e organizadas, no processo de 
codificação referido na página... Deduz - se daí que é difícil, 
senão impossível, ensinar coerência textual, intimamente 
ligada à visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. A 
coesão, porém, refere - se à expressão linguística, aos 
processos sintáticos e gramaticais do texto. 
 
O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão: 
 
Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de um 
texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada 
relação semântica, que se manifesta na compatibilidade entre 
as ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou 
“uma coisa bate com outra”). 
Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do 
texto, numa linha de sequência e com os quais se estabelece 
um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz 
via gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio 
do vocabulário, tem-se a coesão lexical. 
 
Coerência 
 
 assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto; 
 situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão 
conceitual; 
 relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, 
com o aspecto global do texto; 
 estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases. 
 
Coesão 
 
 assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; 
 situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial; 
 relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes 
componentes do texto; 
 Estabelece relações entre os vocábulos no interior das 
frases. 
 
Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibilidade 
ou compreensão do texto. Um texto bem redigido tem 
parágrafos bem estruturados e articulados pelo encadeamento 
das ideias neles contidas. As estruturas frasais devem ser 
coerentes e gramaticalmente corretas, no que respeita à 
sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado e essa adequação 
só se consegue pelo conhecimento dos significados possíveis 
de cada palavra. Talvez os erros mais comuns de redaçao sejam 
devidos à impropriedade do vocabulário e ao mau emprego 
dos conectivos (conjunções, que têm por função ligar uma frase 
ou período a outro). Eis alguns exemplos de impropriedade do 
vocabulário, colhidos em redações sobre censura e os meios de 
comunicação e outras. 
 
“Nosso direito é frisado na Constituição.” Nosso 
direito é assegurado pela Constituição. 
“Estabelecer os limites as quais a programação deveria 
estar exposta.” 
Estabelecer os limites aos quais a programação 
deveria estar sujeita. 
 
“Ȁ censura deveria punir as notícias sensacionalistas.” 
A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias 
sensacionalistas ou punir os meios de comunicação que 
veiculam tais notícias. 
 
“Retomada das rédeas da programação.” 
Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no que diz 
respeito a programação. 
 
“Os meios de comunicação estão sendo apelativos, 
vulgarizando e deteriorando indivíduos.” 
Os meios de comunicação estão recorrendo a expedientes 
grosseiros vulgarizando o nível dos programas e 
desrespeitando os telespectadores. 
 
“A discussão deste assunto é inerente à sociedade.” 
A discussão deste assunto é tarefa da sociedade (compete 
à sociedade). 
 
“Na verdade, daquele autor eles pegaram apenas 
a nomenclatura...” 
Na verdade, daquele autor eles adotaram (utilizaram) 
apenas a nomenclatura... 
 
“A ordem e forma de apresentação dos elementos das 
referências bibliográficas são mostradas na NBR 6023 da ABNT” 
(são regulamentadas pela NBR 6023 da ABNT). 
 
O emprego de vocabulário inadequado prejudica muitas 
vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redigir, 
empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo 
enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conhecimentos 
linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o significado de 
determinada palavra, mas não sabe empregála adequadamente, 
isso ocorre frequentemente com o emprego dos conectivos 
(preposições e conjunções). Não basta saber que as preposições 
ligam nomes ou sintagmas nominais no interior das frases e que as 
conjunções ligam frases dentro do período; é necessário empregar 
adequadamente tanto umas como outras. É bem verdade que, na 
maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos remete 
aos problemas de regência verbal e nominal. 
 
Exemplos: 
 
“Coação aos meios de comunicação” tem o sentido de atuar 
contra os meios de comunicação; os meios de comunicação 
sofrem a ação verbal, são coagidos. 
“Coação dos meios de comunicação” significa que os meios de 
comunicação é que exercem a ação de coagir. 
 
“Estar inteirada com os fatos” significa 
participação, interação. 
“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento dos 
fatos, estar informada. 
 
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar. 
“Ir ao encontro” quer dizer concordar. 
 
“Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de ideias” 
significa a liberdade não é ameaça; 
“Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de ideias”, 
isto é, a liberdade fica ameaçada. 
 
“A princípio” indica um fato anterior (A princípio, ela 
aceitava as desculpas que Mário lhe dava, mas depois deixou de 
acreditar nele). 
“Em princípio” indica um fato de certeza provisória (Em 
princípio, faremos a reunião na quartafeira quer dizer que a 
 
Língua Portuguesa 6 
 
 
reunião será na quarta-feira, se todos concordarem, se houver 
possibilidade, porém admite a ideia de mudar a data). 
“Por princípio” indica crença ou convicção (Por princípio, 
sou contra o racismo). 
Quanto à regência verbal, convém sempre consultar um 
dicionário de verbos e regimes, pois muitos verbos admitem 
duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem um 
significado específico. Lembrese, a propósito, de que as dúvidas 
sobre o emprego da crase decorrem do fato de considerar - se 
crase como sinal de acentuação apenas, quando o problema 
refere - se à regencia nominal e verbal. 
Exemplos: 
 
O verbo assistir admite duas regências: 
assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar 
assistência (O médico assiste o doente): 
Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao 
jogo da seleção). 
 
Inteirar o/a (transitivo direto) significa completar (Inteirei 
o dinheiro do presente). 
Inteirar do (transitivo direto e indireto), significa informar 
alguém de..., tomar ou dar conhecimento de algo para alguém 
(Quero inteirála dos fatos ocorridos...). 
 
Pedir o (transitivo direto) significa solicitar, pleitear (Pedi o 
jornal do dia). 
Pedir que contém uma ordem (A professora pediu que 
fizessem silêncio). 
Pedir para pedir permissão (Pediu para sair da classe); significa 
também pedir em favor de alguém (A Diretora pediu ajuda para os 
alunos carentes) em favor dos alunos, pedir algo a alguém (para si): 
(Pediu ao colega para ajudá - lo); pode significar ainda exigir, 
reclamar (Os professores pedem aumento 
de salário). 
 
O mau emprego dos pronomes relativos também pode levar 
 falta de coesão gramatical. Frequentemente, empregase no 
qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da clareza do 
texto;outras vezes, o emprego é desnecessário ou inadequado. 
Barbosa e Amaral (colaboradora) apresentam os seguintes 
exemplos: 
 
“Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para mim 
no qual estava sem remetente”. (Chegou com um envelope que 
(o qual) estava sem remetente). 
 
“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido 
da sensibilidade...” 
Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade delas 
(palavras cheias de sensibilidade). 
 
“Dentro do envelope havia apenas um papel em branco onde 
atribui muitos significados”: havia apenas um papel em branco ao 
qual atribui muitos significados (onde significa lugar no qual). 
 
“Havia recebido um envelope em meu nome e que não 
portava destinatário, apesar que em seu conteúdo havia uma 
folha em branco. ( .. )” 
Não se emprega apesar que, mas apesar de. E mais: apesar de 
não ligar corretamente as duas frases, não faz sentido, as frases 
deveriam ser coordenadas por e: não portava destinatário e em 
seu interior havia uma folha ou: havia recebido um envelope em 
meu nome, que não portava destinatário, cujo conteúdo era 
uma folha em branco. 
 
Essas e outras frases foram observadas em redações, 
quando foi proposto o seguinte tema: 
 
“Imagine a seguinte situação: 
hoje você está completando dezoito anos. 
Nesta data, você recebe pelo correio uma folha de papel em 
branco, num envelope em seu nome, sem indicação do remetente. 
Além disso, você ganha de presente um retrato seu e um disco. 
Reflita sobre essa situação. 
 
A partir da reflexão feita, redija um texto em prosa, sem 
ultrapassar o espaço reservado para redação no caderno de 
respostas.” 
 
Como de costume, muito se comentou, até nos jornais da 
época, a falta de coerência, as frases sem clareza, pelo mau 
emprego dos conectivos, como as seguintes: 
 
“Primeiramente achei gozado aqueles dois presentes, pois 
concluo que nunca deveria esquecer minha infância.” 
Há falta de nexo entre as duas frases, pois uma não é 
conclusão da outra, nem ao menos estão relacionadas e gozado 
deveria ser substituído por engraçado ou estranho. 
 
“A folha pode estar amarrada num cesto de lixo mas o disco 
repete sempre a mesma música.” 
A primeira frase não tem sentido e a segunda não se 
relaciona com a primeira. O conectivo “mas” deveria sugerir 
ideia de oposição, o que não ocorre no exemplo anterior. Não se 
percebe relação entre “o disco repete sempre a mesma música” e 
a primeira frase. 
 
“Mas, ao abrir a porta, era apenas o correio no qual viera 
trazerme uma encomenda.” 
Observase o emprego de no qual por o qual, melhor ainda 
ficaria que, simplesmente: era apenas o correio que viera 
trazerme uma encomenda. 
 
Por outro lado, não mereceram comentários nem 
apareceram nos jornais boas redações como a que se segue: 
 
“A vida hoje me cumprimentou, mandoume minha fotografia 
de garoto, com olhos em expectativa admirando o mundo. Este 
mundo sem respostas para os meus dezoito anos. Mundo carta 
sem remetente, carta interrogativa para moço que aguarda o 
futuro, saboreando o fruto do amanhã. 
Recebi um disco, também, cuja música tem a sonoridade de 
passos marchando para o futuro, ao som de melodias de cirandas 
esquecidas do meninomoço de outrora, e do moçohomem de hoje, 
que completa dezoito anos. 
Sou agora a certeza de uma resposta à carta sem remetente 
que me comunica a vida. Vejo, na fotografia de mim mesmo, o 
homem que enfrentará a vida, que colherá com seu amor à luta e 
com seu espírito ambicioso, os frutos do destino. 
E a música dos passosfuturos na cadência do menino que 
deixou de ser, está o ritmo da vitória sobre as dificuldades, a 
minha consagração futura do homem, que vencerá o destino e 
será uma afirmação dentro da sociedade.” C. G. 
Exemplo de: (Fonseca, 1981, p. 178) 
 
Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das 
frases, aconselhase levar em conta as seguintes sugestões para 
o emprego correto dos articuladores sintáticos (conjunções, 
preposições, locuções prepositivas e locuções conjuntivas). 
Para dar ideia de oposição ou contradição, a articulação 
sintática se faz por meio de conjunções adversativas: mas, porém, 
todavia, contudo, no entanto, entretanto (nunca no entretanto). 
Podem também ser empregadas as conjunções concessivas e 
locuções prepositivas para introduzir a ideia de oposição aliada 
 concessão: embora, ou muito embora, apesar de, ainda que, 
conquanto, posto que, a despeito de, não obstante. 
A articulação sintática de causa pode ser feita por meio de 
conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como, por isso 
que, visto que, uma vez que, já que. Também podem ser 
empregadas as preposições e locuções prepositivas: por, por 
causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência 
de, por motivo de, por razões de. 
O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se o 
time ganhar esse jogo, será campeão. Podese também expressar 
condição pelo emprego dos conectivos: caso, contanto que, 
desde que, a menos que, a não ser que. 
O emprego da preposição “para” é a maneira mais comum de 
expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas de juros para 
que a economia se estabilize” ou para a economia se estabilizar. 
“Teresa vai estudar bastante para fazer boa prova.” Há outros 
 
Língua Portuguesa 7 
 
 
articuladores que expressam finalidade: afim de, com o 
propósito de, na finalidade de, com a intenção de, com o objetivo 
de, com o fito de, com o intuito de. 
A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio dos 
articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, pois, por 
isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Para introduzir 
mais um argumento a favor de determinada conclusão 
empregase ainda. Os articuladores, aliás, além do mais, além 
disso, além de tudo, introduzem um argumento decisivo, cabal, 
apresentado como um acréscimo, para justificar de forma 
incontestável o argumento contrário. 
Para introduzir esclarecimentos, retificações ou 
desenvolvimento do que foi dito empregamse os articuladores: 
isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção 
aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento do 
discurso, pois acrescenta uma informação nova, um dado novo, 
e se não acrescentar nada, é pura repetição e deve ser evitada. 
Alguns articuladores servem para estabelecer uma gradação 
entre os correspondentes de determinada escala. No alto dessa 
escala achamse: mesmo, até, até mesmo; outros situamse no 
plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo. 
 
Questões 
 
 (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014). Assinale a 
alternativa que preserva as relações morfossintáticas e 
semânticas do período “Diante de sua rápida adaptação ao solo 
e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, 
transformando-se em um dos principais itens de exportação, 
desde o Império até os dias atuais.” (linhas de 3 a 6). 
(A) Em face de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o 
produto adquiriu importância no mercado, porém 
transformou-se em um dos principais itens de exportação, 
desde o Império até os dias atuais. 
(B) O produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo 
e ao clima, adquiriu importância no mercado e transformou-se 
em um dos principais itens de exportação, desde o Império até 
os dias atuais. 
(C) O produto, por sua rápida adaptação ao solo e ao clima, 
adquiriu importância no mercado, todavia, desde o Império até 
os dias atuais, transformou-se, consequentemente, em um dos 
principais itens de exportação. 
(D) Face sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto 
adquiriu importância no mercado, e, conquanto, transformou-
se em um dos principais itens de exportação, desde o Império 
até os dias atuais. 
(E) O produto transformou-se, desde o Império até os dias 
atuais, em um dos principais itens de exportação por que sua 
adaptação ao solo e ao clima foi rápida. 
 
 (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014). Leia 
o trecho do primeiro parágrafo para responder à questão.Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês 
meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos 
trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e 
gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para 
ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que 
alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. 
 
Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos 
aos quais se subordinam sentido de: 
 comparação. 
 intensidade. 
 igualdade. 
 dúvida. 
 quantidade. 
 
 (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014). 
Assinale a alternativa em que a seguinte passagem – Mas o 
vento foi mais ágil e o papel se perdeu. (terceiro parágrafo) – 
está reescrita com o acréscimo de um termo que estabelece 
uma relação de conclusão, consequência, entre as orações. 
(A) mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu. 
(B) mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu. 
 
 mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu 
 mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se perdeu. 
 mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu. 
 
 (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – 
UPENET/2014). Observe o fragmento de texto abaixo: 
“Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado 
justamente na hora da prova?” 
Sobre ele, analise as afirmativas abaixo: 
 
I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa e, 
nesse contexto, pode ser substituído por “desde que”. 
 Classifica-se o termo “quando” como conjunção 
subordinativa que exprime circunstância temporal. 
III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra 
“conteúdo”. 
IV. Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras 
invariáveis, classificadas como substantivos. 
 
Está CORRETO apenas o que se afirma em: 
 I e III. 
 II e IV. 
 I e IV. 
 II e III. 
 I e II. 
 
 (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE 
AMBULÂNCIA – FGV/2014). 
 
Dificuldades no combate à dengue 
 
A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São 
Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos 
da doença, segundo dados da Prefeitura. 
As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe 
um protocolo para identificar os focos de reprodução do 
mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas 
quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem 
isso que acontece. 
(Saúde Uol). 
“Só este ano...” O ano a que a reportagem se refere é o ano 
 em que apareceu a dengue pela primeira vez. 
 em que o texto foi produzido. 
 em que o leitor vai ler a reportagem. 
 em que a dengue foi extinta na cidade de São Paulo. 
 em que começaram a ser registrados os casos da doença. 
 
Respostas 
1. (B) 
O item que reproduz o enunciado de maneira adequada é: O 
produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, 
adquiriu importância no mercado e transformou-se em um dos 
principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. 
 
2. (B) 
Muito interessantes / bem difícil = ambos os advérbios 
mantêm relação com adjetivos, dando-lhes noção de intensidade. 
 
3. (B) 
Nas alternativas A, C, D e E são apresentadas conjunções 
adversativas – que nos dão ideia contrária à apresentada 
anteriormente; já na B, temos uma conjunção conclusiva (assim). 
 
4. (D) 
I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa 
 é conjunção coordenativa adversativa 
II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção 
subordinativa que exprime circunstância temporal = correta 
III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra 
“conteúdo” = correta 
IV. “Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras 
invariáveis, classificadas como substantivos = são substantivos, 
mas variáveis (conteúdos, horas e provas. Lembrando que 
“prova” e “provas” podem ser verbo: Ele prova todos os doces! 
Tu provas também?) 
 
Língua Portuguesa 8 
 
 
5. (B) 
O ano em questão corresponde ao ano em que foi feita a 
matéria. 
 
Progressão textual 
 
De nada adianta você dominar conceitos gramaticais se 
você não consegue expressar bem as suas ideias. Entenda a 
importância da progressão textual. 
 
Para garantir um bom texto, não bastam boas ideias. É 
preciso saber organizar seus argumentos. Para que o seu texto 
esteja bem estruturado há dois fatores fundamentais que 
devem ser seguidos: a coesão e a coerência. 
Mas, antes de falar sobre a estrutura da redação, serão 
apresentados alguns conceitos importantes. A essência de uma 
boa redação passa por você saber como defender suas ideias 
em um texto dissertativo argumentativo. Você sabe como fazer 
isto? Se ainda não, revise este conteúdo antes de prosseguir. 
Veja nesta dica a seguir: 
 
Saiba como defender suas ideias em um texto 
dissertativo argumentativo: 
 
Você sabe o que a palavra texto significa? – Antes de começar a 
colocar suas ideias no papel após ler a exposição do tema de uma 
redação é importante conhecer algumas definições. Resume-se 
aqui em três frases o que diversos estudiosos dizem sobre o tema. 
Leia, releia, e tire pelo menos dois minutos para entender cada 
uma delas e pensar em sua utilização futura: 
 O texto não é uma soma de sentenças, mas o encadeamento 
semântico dessas sentenças que resulta em sua textualidade. 
 O texto é uma unidade de língua em uso: uma unidade de 
semântica. 
 O texto não é simplesmente um aglomerado de frases. 
 
A principal dificuldade dos candidatos na hora de colocar o 
texto no papel está em estruturar as ideias de forma que os 
argumentos fiquem claros para os leitores. Será preciso treinar 
muito para que o seu texto tenha uma construção lógica – que 
também é chamada de progressão textual. 
O que os avaliadores esperam ver na redação – Como se sabe, o 
modelo de texto mais cobrado nas redações é o da dissertação 
argumentativa. Esse modelo de texto exige um distanciamento por 
parte do escritor. Isso significa que o seu texto deve ser impessoal 
e que você não pode expressar suas opiniões pessoais. A melhor 
forma de produzir uma dissertação argumentativa 
 focar no tema e desenvolvê-lo. Não se esqueça de que o foco 
no tema é crucial para garantir a qualidade do texto. 
Um texto dissertativo-argumentativo possui uma 
introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Nesse tipo 
de texto o que conta é a força dos seus argumentos. 
Todos os dados precisam estar bem encadeados de modo a 
manter uma progressão. 
Se acertar na estrutura, produzir bons argumentos e não 
cometer nenhum erro gramatical grave, certamente 
conquistará a nota máxima. Mas não se engane. Para alcançar a 
excelência, é preciso muito trabalho e dedicação. 
 
Dicas para conquistar um bom texto: 
 
Intencionalidade e Aceitabilidade – A intencionalidade 
nada mais é do que o empenho do escritor em construir um 
discurso coerente, coeso e capaz de estabelecer uma 
comunicação com o leitor. A meta pode ser informar, 
argumentar ou polemizar. 
Por outro lado, a aceitabilidade refere-se à expectativa do 
receptor, como ele recebe o seu texto. Você deve estar se 
perguntando: o que isso tudo tem a ver com o meu texto? 
Esses dois conceitos querem dizer que não adianta querer 
fazer uma boa redação sem pensar na compreensão do seu 
leitor. Ao revisar o texto, observe se o conteúdo está claro e 
objetivo. Descarte todas as frases desnecessárias. 
Uma boa técnica é fazer uma leitura em voz em alta. Assim 
fica mais fácil detectar algum erro. Outra dica bastante útil é 
 
pedir pra outras pessoas lerem o seu texto. Pode ser o seu 
colega de aula, um amigo, ou qualquer pessoa da sua família. 
Certifique-se de que eles entenderam todas as informações 
sem precisar fazer nenhuma pergunta. Afinal, você não vai 
estar ao lado dos avaliadores da banca no momento em que seu 
texto for corrigido. 
Não tenha dúvida de que todas essas técnicas vão lhe ajudar na 
hora da prova. Depois de treinar bastante sua escrita, você vai ser 
capaz de produzir um texto coerente, coeso, útil e relevante. 
 
Coesão e Coerência– Tudo o que foi escrito sobre 
encadeamento de ideias está ligado ao conceito de coesão e 
coerência textual. A coesão é um processo de retomar e 
avançar no texto. Veja um exemplo: 
Pedro tinha um grande desejo… (‘de quê?’) …de ser 
engenheiro metalúrgico! 
Como você pode ver, o importante é que cada enunciado 
estabeleça relações de modo que o texto tenha uma estrutura 
coesa. 
Já a coerência se refere à progressão textual, veja o exemplo: “Os 
problemas de um povo tem de ser resolvidos pelo presidente. Este 
deve ter ideais muito elevadas. Esses ideais se concretizarão 
durante a vigência de seu mandato. O seu mandato 
deve ser respeitado por todos.” 
Como você pode observar, o parágrafo acima é coeso. Mas 
você consegue me dizer qual é o assunto abordado? Seriam os 
problemas do povo? O presidente? O mandato? Ficou 
complicado de definir, não é mesmo? 
A intenção do escritor não ficou evidente. Isso significa que 
o texto não está coerente. De forma resumida, a coerência 
refere-se à concatenação das ideias do texto, enquanto a coesão 
diz respeito ao modo como elas serão agrupadas. 
 
Fonte: http://blogdoenem.com.br/progressao-textual-redacao-
enem/ (Adaptato) 
 
Gêneros Textuais 
 
Os gêneros textuais são classificações de textos de acordo 
com o objetivo e o contexto em que são empregados. Dessa 
maneira, os gêneros textuais são definidos pelas características 
dos diversos tipos de textos, os quais apresentam 
características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lembre-se que existem muitos gêneros textuais, os quais 
promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e 
receptor) de determinado discurso, seja uma resenha crítica 
jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, 
bilhete ou lista de supermercado; porém, faz-se necessário 
considerar seu contexto, função e finalidade. 
O gênero textual pode conter mais de um tipo textual, ou 
seja, uma receita de bolo, apresenta a lista de ingredientes 
necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto 
injuntivo). 
 
Distinguindo 
 Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ԁ Ȁ Ȁ ⸀Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ Ȁ ᜀ e
ssencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero 
literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é 
referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma 
possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma 
breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual: 
 
Língua Portuguesa 9 
 
 
Gênero Literário – nestes os textos abordados são apenas os 
literários, diferente do gênero textual, que abrange todo tipo de 
texto. O gênero literário é classificado de acordo com a sua forma, 
podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e etc. 
 
Tipo textual – este é a forma como o texto se apresenta, 
podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, 
dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma 
dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta 
e com a finalidade para o qual foi escrito. 
 
Tipos de Gêneros Textuais 
 
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura; note que 
existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias 
tipológicas de texto. Em outras palavras, gênero textual são 
estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: 
narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e 
injuntivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto Narrativo 
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no 
tempo e no espaço. Sua estrutura é dividida em: apresentação, 
desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de 
gêneros textuais narrativos: 
Romance 
Novela 
Crônica 
Contos de Fada 
Fábula 
Lendas 
 
Texto Descritivo 
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor 
determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, 
são textos repletos de adjetivos os quais descrevem ou apresentam 
imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor). 
São exemplos de gêneros textuais descritivos: 
Diário 
Relatos (viagens, históricos, etc.) 
Biografia e autobiografia 
Notícia 
Currículo 
Lista de compras 
Cardápio 
Anúncios de classificados 
 
Texto Dissertativo-Argumentativo 
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um 
tema ou assunto por meio de argumentações; são marcados pela 
defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tenta persuadir 
o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese 
(apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). 
Exemplos de gêneros textuais dissertativos: 
 
Editorial Jornalístico 
Carta de opinião 
Resenha 
Artigo 
Ensaio 
Monografia, dissertação de mestrado e tese de 
doutorado Veja também: Texto Dissertativo. 
 
Texto Expositivo 
Os textos expositivos possuem a função de expor 
determinada ideia, por meio de recursos como: definição, 
conceituação, informação, descrição e comparação. Assim, 
alguns exemplos de gêneros textuais expositivos: 
Seminários 
Palestras 
Conferências 
Entrevistas 
Trabalhos acadêmicos 
Enciclopédia 
Verbetes de dicionários 
 
Texto Injuntivo 
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é 
aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) 
objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor); por 
isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo. 
Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos: 
Propaganda 
Receita culinária 
Bula de remédio 
Manual de instruções 
Regulamento 
Textos prescritivos 
 
Exemplos de gêneros textuais 
Diário – é escrito em linguagem informal, sempre consta a 
data e não há um destinatário específico, geralmente, é para a 
própria pessoa que está escrevendo, é um relato dos 
acontecimentos do dia. O objetivo desse tipo de texto é guardar 
as lembranças e em alguns momentos desabafar. Veja um 
exemplo: 
“Domingo, 14 de junho de 1942 
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, 
quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de 
aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com 
isso eu não contava.) 
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não 
é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam 
levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha 
curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais 
para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me 
deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.” 
Trecho retirado do livro “Diário de Ȁnne Frank”. 
 
Carta – esta, dependendo do destinatário pode ser 
informal, quando é destinada a algum amigo ou pessoa com 
quem se tem intimidade. E formal quando destinada a alguém 
mais culto ou que não se tenha intimidade. Dependendo do 
objetivo da carta a mesma terá diferentes estilos de escrita, 
podendo ser dissertativa, narrativa ou descritiva. As cartas se 
iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo da 
carta e para finalizar a despedida. 
 
Propaganda – este gênero geralmente aparece na forma 
oral, diferente da maioria dos outros gêneros. Suas principais 
características são a linguagem argumentativa e expositiva, 
pois a intenção da propaganda é fazer com que o destinatário 
se interesse pelo produto da propaganda. O texto pode conter 
algum tipo de descrição e sempre é claro e objetivo. 
 
Notícia – este é um dos tipos de texto que é mais fácil de 
identificar. Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo 
desse texto é informar algo que aconteceu. 
 
Fontes: http://www.todamateria.com.br/generos-textuais/ 
http://www.estudopratico.com.br/generos-textuais/ 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/genero-
textual. htm 
 
Questões 
 
 MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE 
COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. 
 
Língua Portuguesa 10

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