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Métodos 
Metodologia quantitativa 
 
INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS QUANTITATIVOS 
- Segurança e população. 
o Segurança e a ideia de Foucault (aulas de sociologia política das RI). 
- Soberania, número e medida 
o Necessidade de expressar o comportamento social por meio de números e 
quantidades por meio dos quais se pudesse circunscrever um caso, determinar 
o risco, o perigo e a crise. 
o Estatística. 
- Determinismo, número e medida 
o Determinismo = causalidade entre dois fenômenos. 
o Determinismo é um postulado metodológico da ciência. 
o Vale lembrar que causalidade aqui, é apresentada como sendo reciproca. 
- Determinismo, causalidade, variáveis 
- Ciência, objetivismo e numero 
o Objetivismo = métodos quantitativos; distanciar da opinião e das crenças; 
aplicar conhecimentos; compreender (explorar, descrever e explicar); 
- Ciência, método científico, conhecimento (aqui tem relação ao objetivismo) 
o Método cientifico = procedimento estruturado e rigoroso de aquisição de 
conhecimentos segundo certas etapas (partilhadas pela comunidade 
cientifica). 
o Ciência deve-se usar método cientifico. 
- A tradição quantitativa: 
o Paradigma e pressupostos. 
o Metodologia. 
o Métodos. 
o Tipos de dados – quantitativos. 
o Analise feita por estatística. 
- O enfoque quantitativo 
- Resumo: 
o Hipótese de investigação -> definição operacional; instrumentos de medida; 
dados brutos; tratamentos de dados; dados construídos -> organização dos 
dados para fazer quadros e gráficos ou inferência sobre a população para 
verificar a hipótese por meio de testes paramétricos e não paramétricos, por 
meio da estatística descritiva, do cálculo de frequências, das medidas de 
tendencia central, das medidas de dispersão e posição. 
 
 
AS TECNICAS DENTRO DO METODO QUANTITATIVO 
 
- Hipótese, explicação da hipótese, variáveis dependentes e independentes. 
- Observar o que – levantamento de dados primários ou secundários. 
o Dados primários normalmente: 
▪ Questionários (quantitativa). 
• Levantamento online. 
▪ Entrevistas (qualitativas). 
• Levantamento cara a cara. 
▪ Observação (qualitativas) 
o Amostragem probabilística (não vi a aula sobre). 
o Amostragem não probabilística (não vi a aula sobre). 
o Estudos experimentais (não vi a aula sobre). 
 
QUESTIONÁRIOS (dados primários) 
- Estudos de população. 
- Larga escala. 
- Estatística. 
- Analise de um fenômeno social que se julga poder apreender melhor a partir de 
informações relativas aos indivíduos da população em questão. 
- Interrogar um grande número de pessoas e em que se põe um problema de 
representatividade. 
- Competências exigidas: domínio de técnicas de amostragem, de redação de 
perguntas claras, administrar, conhecimento de informática para estatística, analise 
de estatística descritiva e análise estatística de dados e de informações, bem como de 
estatística inferencial. 
- Elaborando um questionário: pergunta e hipótese; operacionalizar conceitos; 
aproveitar possibilidades existentes; rascunhe as perguntas; decida a respeito das 
categorias de resposta; revise; reescreva as perguntas; ordene a perguntas; escreva 
as instruções; esboço; escreva uma nota de apresentação/introdutória; 
o Questão do enunciado: 
▪ Não usar termos e linguagens complexos; não fazer perguntas 
ambíguas; não usar duplos sentidos ou colocar coisas com sentidos 
negativos; não fazer afirmações e perguntas influenciadoras; não fazer 
perguntas que dependem de recordações e conhecimento pré suposto; 
não fazer perguntas ofensivas; 
o Faça um pré-teste: 
▪ Faça um ensaio. 
▪ Reflita. 
▪ Procure feedback (colocar no final um lugar para que os entrevistados 
possam falar o que acharam do questionário, se foi chato, se foi 
ofensivo de algum modo, etc.). 
▪ Teste seu pacote estatístico. 
▪ Faça modificações. 
▪ Começar de novo. 
- Formato de perguntas: 
o Estruturadas 
▪ Uma pergunta com várias alternativas que são excludentes. 
▪ Múltipla escolha (não gosto dessa). 
o Não estruturas 
▪ Pergunta aberta (eu gosto, mas acho difícil demais, ainda mais que 
estou sozinha). 
- Ter cuidado na sequência e na ordem das perguntas. 
 
COLETA E ANALISE DE DADOS SECUNDÁRIOS - O QUE SÃO 
- São dados existentes coletados para outras pesquisas, mas que podem ser uteis para 
o nosso ptcc. 
o Estão em base de dados, artigos, etc. 
- Está quase tudo na internet. 
- Profusão de dados x credibilidade. 
o Pensar na exatidão, credibilidade e autenticidades. 
- Vantagens em usar dados secundários: 
o Fácil de achar; te dá mais confiança acerca do tema; ajuda na neutralidade. 
- Avaliando as fontes de dados na Internet (tomar cuidado com todas as fontes, ter 
olhar crítico sempre) (do pior para o melhor) 
o . Com 
o . Net 
o . Org 
o . Edu 
o . Mil 
o . Gov 
- Tipos e fontes de dados secundários (do melhor para o pior): 
o Dados e registros oficiais. 
o Dados internacionais. 
o Dados nacionais. 
o Dados dos governos locais. 
o Dados de organização não governamental. 
o Dados de universidades. 
o Dados de arquivo. 
o Legislação. 
o Documentos de políticas. 
o Comunicação, documentos e registros. 
o Mídias e entretenimentos. 
o Artes. 
o Artefatos sociais. 
o Dados gerados on-line. 
- Planejando o trabalho com dados secundários: 
o Quem, onde, quando, como e que 
▪ População e amostra. 
▪ Acesso. 
▪ Seus vieses. 
▪ Suas habilidades. 
▪ Credibilidade. 
▪ Dados. 
▪ Aprovação ética. 
▪ Contingências. 
 
ANÁLISE DE FLUXOS E REDES 
FLUXOS 
- Trocas = relações entre dois ou mais agentes, em que um deles troca algo e exige algo 
em recompensa. 
o Reciprocidade. 
▪ Reciprocidade direta -> troca limpa. 
• Ex: dar um presente (você não fica em dívida com ninguém). 
▪ Reciprocidade indireta -> troca generalizada. 
• Ex: doar sangue (você fica moralmente em dívida com alguém). 
• Gera vínculos. 
- Fluxos é qualquer ligação entre dois ou mais pontos decorrentes do movimento de 
qualquer objeto, tangível (mercadorias, etc.) ou intangível (informações, etc.), entre 
eles. 
o Desta forma, para que o fluxo possa acorrer, pressupõe-se: 
▪ A existência do objeto e que ele se movimente em uma determinada 
direção. 
▪ A existência de um canal. 
▪ A existência de pontos que atraem o objeto ou possa por ele ser 
atraídos. 
▪ A capacidade do objeto movimentar-se sem empecilhos ou de superar 
estes empecilhos caso eles se lhe apresentem. 
▪ A capacidade do objeto em produzir intersecções que vinculem os 
pontos de forma a produzir interdependência entre eles. 
- Um fluxo internacional é qualquer ligação de natureza transnacional que vincula dois 
ou mais pontos territorialmente situados por meio do movimento de objetos, 
tangíveis ou intangíveis, através das fronteiras nacionais de um determinado Estado. 
- Fluxos no espaço -> o espaço é muito relevante. 
- Fluxos no tempo -> o espaço é irrelevante. 
- Fluxos no tempo e no espaço 
 
REDES 
- Teoria de Grafos 
o Matriz de adjacência. 
o Matriz de adjacência orientada. 
- Redes egocentradas. 
- Configuração básica de redes 
- Tipos de rede: 
o Centralizada 
▪ Ex: rede terrorista 
o Descentralizada 
▪ Ex: rede terrorista 
o Distribuída 
- Representação formal da díade. 
o Agente responsável por suas ações. 
o Forma de um ponto ao outro. 
- Representação formal da tríada (acréscimo de mais um ponto na interação, fica no 
formato de um triangulo). 
o A triada exibe na forma mais simples o drama que habita a vida social: a 
dialética entre liberdade e controle. 
o A triada gera o efeito da maioria simples. 
o A triada cria a estrutura mínima para que o grupo, como um todo, possa 
dominar seu componente visando aos propósitos coletivos. 
o A tríada introduz a diferença entre relações diretas e indiretas. 
▪ Há tríade de relação direta (reciprocas) e tríade de relação indireta. 
- Agente está num processo de socialização, pensa no contexto ena situação que ele 
interage. 
- Tríade e conflito 
o A introdução de um terceiro no processo de interação, a formação de 
coligações pode acentuar a possibilidade de conflito levando a necessidade 
de intermediação. 
▪ Cooperação não exclui o conflito, e o conflito não exclui a cooperação. 
o Na situação em que o conflito se aprofunda, o terceiro opera como facilitador 
de negociação entre os dois outros agentes da interação. A intermediação 
pode assumir, cinco formas distintas: 
▪ Intermediação 
• O intermediador vincula indivíduos que pertencem a círculos 
diferentes, ele mesmo faz parte de um círculo especifico. Aqui 
o círculo significa pertença a um grupo definido por critério 
especifico. O intermediário possui o poder de ‘’cortar o fio’’. 
▪ Representação 
• O representante, pertence ao mesmo círculo que um 
participante, mas não de um outro. O ego assume por 
delegação a tarefa de representar o círculo. 
• Ex: África do Sul representa a Polonia e a África do Sul diante de 
outro país. 
▪ Guardião 
• A configuração de círculo é igual ao caso do representante. A 
diferença reside no fato de que o guardião assume a tarefa de 
controlar o acesso ao círculo. 
• Ex: USA e URSS na Guerra Fria. 
▪ Mediador 
• O mediador pertence a um círculo diferente de A e B. Esse 
articulador facilita a comunicação intragrupo. É o típico caso de 
um mediador externo que desbloqueia a comunicação dentro 
de um grupo. 
▪ Coordenador 
• O coordenador, é um terceiro que pertence ao mesmo círculo 
social. Nesse caso, o terceiro obtém a vantagem do conflito 
entre os outros ou então ele fomenta os atritos divindo as 
partes para dominá-las. 
- A análise de redes sociais 
o Identificar uma variável estrutural 
▪ Ver o que está circulando entre os agentes (tangível e intangível) 
▪ Ver as identidades que são compartilhadas e não compartilhadas 
▪ Ver os recursos que circulam dentro do universo social 
o Identificar os atributos dos agentes 
▪ Ver a questão da idade, gênero, raça, origem social, renda, composição, 
etc. 
▪ Em RI os agentes podem ser pessoas, Estados, organizações 
internacionais, etc., portanto há mais atributos. 
o Identificar os componentes relevantes 
▪ Apontamos aqui para as formas de ação que são susceptíveis de ser 
influenciadas pela posição que ocupam os agentes dentro da estrutura 
de relações. 
- Coleta de dados 
o Dados primários ou secundários 
▪ Dados primários -> é a formulação de uma questão socio métrica. 
• Para construir a rede. 
• Levantamos questões pertinentes do ponto de vista teórico. O 
respondente terá a opção de apontar com quais seus pares na 
lista interagem de forma específica. 
o Gerador tipo 1 – visando captar a intermediação de 
informação. 
o Gerador tipo 2 – grua de amizade. 
▪ Dados secundários -> podemos reconstruir estruturas relacionais a 
partir de informações secundarias, como, arquivos, anuários, etc. 
▪ Big data. 
 
ANALISE DE JOGOS 
- O que são jogos 
o A teoria dos jogos é, analise de qualquer situação que envolva um conflito de 
interesses, como fito de descobrir as melhores opções que, dadas certas 
condições, devem conduzir ao objetivo desejado por um jogador racional. 
o Objetiva analisar e prever o modo como os atores sociais interagem e tomam 
decisões que possuem impacto sobre os outros atores. 
o A teoria dos jogos tem subjacente uma concepção da vida social enquanto jogo 
estratégico. 
o Esta concepção é articulada sob a forma de representações abstratas dos 
agentes e das suas decisões, isto é, modelos simplificados da realidade que 
importa analisar e compreender. 
- Pressupostos: 
o A teoria dos jogos parte do pressuposto de que os agentes são racionais, 
maximizadores e individuais, no sentido em que fazem o melhor que podem 
com os recursos e as oportunidades que possuem. 
▪ Admite-se também que os jogadores formem expectativas sobre o que 
os outro farão, os jogadores esperam que os seus oponentes também 
sejam racionais e façam tudo para promover seus interesses. 
▪ Do cruzamento de estratégias dos participantes do jogo resultam 
muitas vezes equilíbrios, ou seja, pontos estáveis que se traduzem em 
resultados práticos para o sistema social representado pelo jogo. 
▪ A noção de equilíbrio refere-se a uma combinação de estratégias que 
nenhum dos jogadores tem incentivo em abandonar uma vez que 
desse modo não conseguiria melhor os seus ganhos. 
- Elementos: 
o Jogadores. 
o Estratégias. 
o Matriz de pagamentos (vários resultados possíveis). 
o Preferencias. 
o Informação. 
o Tempo. 
o Natureza. 
- Conceitos básicos: utilidade 
o A ideia inerente a este conceito reflete o objeto de cada jogador, qual seja, ode 
garantir a maior satisfação possível com o jogo. Utilidade é sensação imediata 
de preferência, por parte de um jogador, em relação aos resultados. 
o Utilidade tem, contudo de ser relativizada em função da relação com o outro 
jogador. 
o Um jogador racional é sempre aquele que sempre pretende maximizar seus 
ganhos médios, ainda que muitas vezes, diante de outro jogador, isto não 
venha a se dar desta maneira. 
- Conceitos básicos: a presunção de racionalidade 
o Todos os atores são racionais. 
o Maximização da utilidade esperada. 
o Maior nível de previsibilidade da ação. 
o Nenhum jogador joga para perder utilidade 
- Conceitos básicos: estratégia 
o Estratégia deve ser entendida como o conjunto de opções de ação que os 
jogadores tem para chegar a todos os resultados possíveis. 
o Jogos de estratégia pura 
▪ Não há estratégia aleatória. 
o Jogos de estratégia mista 
▪ A estratégia é a aleatoriedade. 
▪ Ex: jogar truco. 
- Representação da teoria dos jogos (jogos de cooperação neste caso): 
o Matriz de pagamentos ou matriz de pay-offs. 
o Arvore de estratégia 
- Jogos não cooperativos: 
o Aqueles em que um jogador não agregara valor algum de utilidade se cooperar 
com o outro. Aliás, uma eventual cooperação é impossível, já que significa que 
o jogador cooperativo está colaborando para a vitória do outro, tendo em vista 
a impossibilidade de ambos ganharem. 
▪ Jogos com soma zero são aqueles em que há dois jogadores cujos 
interesses são totalmente opostos. 
▪ Estes jogos são aqueles nos quais o ganho de um jogador significa 
sempre a derrota do outro. 
o Um exemplo clássico em RI são as guerras. Neles não há possibilidade de 
cooperação, pois se esta ocorrer, o jogador que assim proceder estará 
colaborando com a vitória do inimigo, ou seja, para a sua própria derrota. 
- O dilema do prisioneiro: 
o Comunicação, confiança e credibilidade. 
- Jogos cooperativos: 
o Os jogos de soma não zero são aqueles em que os jogadores possuem 
interesses comuns e opostos. 
o Um exemplo de jogo de soma não zero são as relações comerciais entre os 
Estados: 
▪ Estados objetivam vencer seus produtos com o preço mais alto 
possível. 
▪ Estados objetivam comprar produtos com o preço mais baixo possível. 
▪ Estados exportadores e importadores possuem interesses opostos, 
mas um interesse comum, o de fazer a transação comercial. 
o Uma característica destes jogos é a possibilidade de comunicação e 
cooperação: as vezes, é importante para um dos jogadores que o outro seja 
bem informado. 
- Jogos e informação: 
o Jogos de informação perfeita – aqueles nos quais todos os jogadores 
conhecem as informações; não há informação privilegiada. 
▪ Ex: questão climática. 
o Jogos de informação imperfeita – aqueles em que a informação a respeito do 
jogo até o momento em que se encontra não é completa; assimetria de 
informação; blefe. 
- O jogo e as regras jogo: 
o Dilema do prisioneiro: 
▪ Defecção unilateral. 
▪ Cooperação mutua. 
▪ Defecção mutua. 
▪ Cooperação unilateral. 
o Assurance game: 
▪ Cooperação mutual. 
▪ Defecção unilateral. 
▪ Defecção mutua. 
▪ Cooperação unilateral. 
- Jogos e instituições: 
o Instituições são resultados intencionaise funcionais de estratégias de 
otimização de ganho por parte dos agentes e que podem mudar de natureza 
após terem desempenhado seu papel. 
o Influenciam o comportamento dos atores ao incidirem sobre as expectativas 
de um ator dado no tocante as ações que os outros atores são suscetíveis de 
realizar em relação as suas próprias ações ou ao mesmo tempo que elas. 
o As instituições persistem porque, para os atores, eles perderão muito mais se 
não aderirem a elas do que delas não fazendo parte. 
o Eficácia da instituição: relativa à sua capacidade em resolver dilemas coletivos 
e/ou garantir os ganhos resultantes das trocas entre os atores. 
▪ Instituição não é igual a organização internacional. 
 
A PROSPECÇÃO DE CENÁRIOS 
- Um cenário é um conjunto formado pela descrição de uma situação futura e uma 
progressão dos acontecimentos que permitem passar de uma situação de origem a 
uma situação de futuro. 
- O método de cenários compreende certo número de etapas muito precisas que se 
encadeiam em uma sequência lógica. 
- Um dos propósitos é a antecipação dos futuros possíveis, prováveis e desejáveis. 
Embora o futuro não esteja predeterminado, se podem traçar táticas e estratégias que 
conduzam até os futuros desejáveis. Para tanto, a missão do planejamento é a eleição 
de caminhos. 
o Em: objetivos do milênio. 
- Tipos: 
o Cenários de antecipação: construídos sobre imagens diversas do futuro que 
podem ser desejáveis ou temidas. Aqui deve-se aproximar das aspirações do 
decisor de forma a lhe fornece a melhor previsão possível de futuro por ele 
idealizado. 
o Cenários exploratórios: partindo de tendencias passadas e presentes 
conduzem a um futuro verossímil. 
▪ Extrapolativos – os quais reproduzem no futuro os comportamentos 
dominantes no passado. 
• Extrapolativo com variações canônicas (o mesmo fenômeno 
com possibilidades diferentes de uma ou outra tendencia): 
Cenário com variações canônicas que introduzem pequenas 
mudanças paramétricas (quantitativas) em torno do futuro livre 
de surpresas, como uma espécie de teste em sensibilidade na 
direção geral. 
• Cenários alternativos -> fenômenos em desenvolvimento. 
• Cenário normativo. 
▪ Alternativos – quais alternativas eu tenha para mudar este fenômeno. 
- Construção de cenários: 
o Percepção do presente – delimitação do sistema, fenômeno, problema, 
horizonte temporal de estudo, variáveis essenciais, internas e externas. 
o Percepção do futuro provável – analise retrospectiva do fenômeno; exame 
das estratégias dos atores, considerando tanto os elementos estáveis, como 
os indícios de mudança; exploração de indícios que levem a um fator de 
transformação, agentes causadores da mudança, desenho de cenários 
prováveis ou alternativos. 
o Desenho do futuro desejável - elaboração propriamente de cenários 
alternativos, a partir das evoluções mais prováveis das variáveis essenciais, a 
interação e a negociação dos atores e as transformações que podem emergir. 
o Estratégias de desenvolvimento – depois de construir os cenários podem ser 
consideradas sua formulação quantitativa e determinar suas probabilidades 
relativas. 
- Avaliação Diagnostica: 
o Externo e interno; 
o Espaço e tempo; 
o Variáveis: 
▪ Também chamadas de categorias ou dimensões; 
• Variáveis de Estado – aquelas que caracterizam o estágio atual 
do objeto de estudo. 
• Variáveis de influência – aquelas que agem sobre o objeto de 
estudo. 
• Variáveis críticas – exercem papel determinante em relação aos 
objetos de estudo. São elas que comporão o cenário 
propriamente dito. 
o Dimensão da estratégia: 
▪ Variáveis de influência podem ser classificadas. O estabelecimento 
destas dimensões depende do objeto de estudo e elas são 
estabelecidas diferentemente por diversos autores. 
o Seleção e combinação 
o Descrição do cenário 
o Processo de construção de cenários alternativos 
▪ Condicionantes (tendencias visíveis); -> elementos constantes (futuros 
quase constantes em todas as alternativas); mudanças pré 
determinadas (futuros quase constantes em todas as alternativas); 
mudanças incertas (combinação de hipóteses). 
▪ Variáveis determinantes (estrutura do objeto); 
o Processo de construção do cenário normativo (cenário composto por regras) 
▪ Elaboração de cenários alternativos -> cenário de referência mais 
provável) -> consulta a sociedade -> futuro desejado (atemporal e livre 
de restrições) -> cenário normativo <- teste de viabilidade (técnica) <-> 
teste de aceitação (politica). 
o Cenários no planejamento governamental 
▪ Realidade atual não satisfatório -> estratégia para mudanças -> cenário 
desejado -> cenário c, b, a; 
• É necessária uma proposta política -> emerge de uma ideologia 
política; 
o Cenário na estratégia empresarial 
▪ Ambiente de negócios -> cenários -> oportunidades e ameaças -> 
estratégia -> realidade atual. 
- Cenários regionais: 
o Cenários regionais são resultantes da combinação dos processos endógenos 
com os condicionantes do contexto -> depende do que você chama por região. 
▪ A orientação e o comportamento futuro desses condicionantes 
exógenos podem ser definidos, a priori, por meio de hipóteses 
derivadas do método indutivo. 
▪ Ou podem ser resultantes diretos dos cenários alternativos do 
contexto, podendo, então, desenhar várias alternativas de influência 
externa. 
▪ Por conta disso, os cenários regionais demandam uma formulação 
previa dos cenários do contexto, na medida em que tais condicionantes 
podem ter diferentes comportamentos. 
▪ Processo indutivo de construção de cenários regionais (depende da 
teoria que você utiliza): concentra-se, portanto, na análise das 
variáveis ou dos condicionantes do futuro da região, independente da 
sua posição espacial, destacada depois apenas para a identificação da 
capacidade de controle regional sobre eles. 
▪ Processo dedutivo (hierarquia espacial linear): ambiente internacional 
(nível do sistema) -> ambiente nacional (nível do Estado) (processos 
endógenos) -> regiões localizadas no ambiente nacional, cenários 
regionais (processos endógenos). 
• O mais apropriado parece ser a definição de um contexto de 
referência por meio da determinação de uma trajetória mundial 
considerada a mais provável (tendencia mais provável) ao longo 
do tempo. Também pode-se optar por considerar um único 
contexto mundial para cada cenário brasileiro, assumindo que 
as condições externas diferentes possuem uma grande 
influência na definição do desenho futuro ... 
▪ Combinação de cortes espaciais: para se evitar um leque muito grande 
de alternativas, procede-se uma análise de consistência e de 
combinações. 
• Analise de consistência para descartar combinações que 
expressam realidades sem base logica ou com visível 
inconsistência técnica. 
• Agrupamento das combinações com alto grau de semelhança. 
• Seleção das combinações que apresentavam maior grau de 
sustentação política por parte dos atores sociais mediante a 
análise do peso e da postura diante de cada combinação. 
▪ Dependência dos espaços intermediários: dessa forma, a região 
estaria sob efeito combinado de condicionantes de um cenário mundial 
e de um cenário nacional, com determinação e consistência interna 
entre eles: assim, no caso de um cenário mundial do tipo A, é muito 
provável que se configure um cenário nacional do tipo A; no caso de 
um cenário mundial do tipo B, é muito provável que se configure um 
cenário nacional do tipo B; e no caso de um cenário mundial do tipo X, 
é muito provável que se configure um cenário nacional do tipo C. 
 
ANALISE DE CONTEUDO 
Conteúdo é diferente de discurso 
- Com que lida a análise de conteúdo 
o A análise de conteúdo trabalha tradicionalmente com materiais textuais 
escritos, mas procedimentos semelhantes podem ser aplicados a imagens ou 
sons. Há dois tipos de texto: 
▪ Textos que são construídos no processo de pesquisa, tais como 
transcriçõesde entrevistas e protocolos de observação; 
▪ E textos já foram produzidos para outras finalidades quaisquer, como 
jornais e memorandos de corporações, documentos de governos, 
instituições, etc. 
o Os materiais clássicos da análise de conteúdo são textos escritos que já foram 
usados para algum outro proposito, todos esses textos, contudo, podem ser 
manipulados para fornecer respostas as perguntas do pesquisador (não pode 
fazer isso). 
- Objetivos básicos 
o O ponto de partida reside na mediação simbólica: um símbolo representa o 
mundo; está representação remete a uma fonte; e esta representação faz um 
apelo ao público; 
▪ Agentes são interessados não que eles ficam fazendo cálculos de 
escolha racional o tempo todo. 
o Se enforcamos a fonte, o texto é um meio de expressão. Fonte e público são o 
contexto e o foco de inferência. Um corpus de texto é a representação e 
expressão de uma comunidade que escreve. Sob esta luz o resultado de uma 
AC é a variável dependente, a coisa ser explicada. Textos atribuídos contem 
registros de eventos, valores, etc. A AC nos permite reconstruir indicadores e 
cosmovisões, valores, atitudes, opiniões, preconceitos e estereótipos e 
compara-los entre comunidades. 
o Em outras palavras a AC é uma pesquisa de opinião com outros meios. 
o Quando o fosse está no público, o texto é um meio de apelo; uma influência 
nos preconceitos, opiniões, atitudes e estereótipos das pessoas. Considerando 
os textos como uma força sedutora, os resultados da AC são variáveis 
independentes, que explicam as coisas. 
o A análise de discurso pode assim ser vista a partir de dois prismas: 
▪ Nível descritivo – quando se pretende fazer uma descrição exaustiva de 
determinado fenômeno. Não existe uma hipótese inicial é o 
investigador reúne dados e informações de forma controlada e 
sistemática para depois organizar, classificar e construir inferências a 
posterior. 
▪ Nível correlacional – neste caso trata-se de estabelecer relações de 
associação ou de correlação entre variáveis a partir de uma hipótese 
formulada a priori. Procura-se estabelecer relações entre as diferentes 
características do material que analisou ou entre estas e as 
características que considera relevantes a nível de fonte, do tempo 
histórico em que o material for produzido, etc. 
o Reconstrução das representações: 
▪ Linguagem – qualquer recurso utilizado por humanos para comunicar 
alguma coisa dotada de sentido. 
• Sintática – procedimentos sintáticos se enfocam os 
transmissores de sinais e suas inter-relações. A sintaxe 
descreve os meios de expressão e influencia – como algo é dito 
e escrito. A frequência das palavras e sua ordenação, o 
vocabulário, os tipos de palavras e as características gramaticais 
e estilísticas são indicadores de uma fonte e da probabilidade 
de influência sobre alguma audiência. O frequente emprego de 
uma forma de palavras que não é comum pode identificar um 
provável autor e determinado vocabulário pode identificar um 
tipo provável de público. 
• Semântica – os procedimentos semânticos dirigem seu foco 
para a relação entre os sinais e seu sentido normal – sentidos 
denotativos e conotativos de um texto. A semântica tem a ver 
com o que é dito em um texto, os temas e avaliações. Palavras, 
sentenças e unidades maiores de texto são classificadas como 
exemplos de termos predefinidos e avaliações. A co-ocorrencia 
frequente de palavras dentro de uma mesma frase ou parágrafo 
é tomada como indicador de sentidos associativos. 
▪ As características sintáticas e semânticas de corpus de texto permitem 
ao pesquisar fazer conjecturas fundamentadas sobre fontes incertas, 
como falsas reivindicações de autoria ou audiências incertas (...) inferir 
os valores, atitudes, estereótipos, símbolos e cosmovisões de um texto 
... 
o Estratégias de pesquisa em que a análise de conteúdo pode vir a ser utilizada 
▪ Estudos experimentais; 
▪ Corpus; 
▪ Comparações; 
▪ Índices; 
▪ Mapas de conhecimento; 
▪ Avaliações de respostas; 
- Passos para a análise de conteúdo: 
o A teoria e as circunstancias sugerem a seleção de textos específicos. 
o Faça uma amostra caso existirem muitos textos para analisa-los 
completamente. 
o Construa um referencial de codificação que se ajuste tanto as considerações 
teóricas, como aos materiais. 
o Faça um teste piloto, revise o referencial de codificação e defina 
explicitamente as regras de codificação. 
o Teste a fidedignidade dos códigos e sensibilize os codificadores para as 
ambiguidades. 
o Codifique todos os materiais na amostra, e estabeleça o nível de fidedignidade 
geral do processo. 
▪ No processo de codificação, devem ser levadas em consideração: a 
natureza das categorias, os tipos de variáveis de códigos, os princípios 
organizadores do referencial de codificação, o processo de codificação 
e o treinamento para codificação. 
▪ Por exigências estatísticas atribuem-se número aos códigos. Esses 
números podem somente ser apenas elementos de distinção de 
variáveis categorias ou nos casos das escalas ordinais e proporcionais, 
preservam ordem entre os valores. 
▪ a contagem de palavras para cada documento que constitui o corpus 
também pode ser interpretada como diferenças quantitativas no 
material analisado. 
o Construa um arquivo de dados para fins de análise estatística. 
o Faça um folheto incluindo: 
▪ O raciocínio para o referente de codificação; 
▪ As distribuições de frequência de todos os códigos; 
▪ A fidedignidade do processo de codificação; 
- Procedimentos analíticos 
o Analise de ocorrências – analise de frequência permite inventariar as palavras 
ou símbolos chave, os temas maiores, os temas ignorados, os principais 
centros de interesse, etc. 
▪ A análise de ocorrências visa determinar o interesse da fonte por 
diferentes objetos ou conteúdo. A hipótese implícita é a de que quanto 
maior for o interesse do emissor por um dado objeto maior será a 
frequência de ocorrência, no discurso, dos indicadores relativos a esse 
objeto. 
▪ Uma variante é a análise de co-ocorrencia – trata-se de uma análise 
estatística de frequentes pares de palavras em um corpus de texto. O 
procedimento supõe que a ocorrência frequente de duas palavras 
juntas seja semanticamente significante. Vários programas de 
computadores conseguem realizar este procedimento. 
▪ Os programas podem manipular mais ou menos quantidade de texto 
em apenas determinadas línguas; eles podem alterar os parâmetros de 
analise, alterar os algoritmos para extrair uma solução de 
agrupamento, e escolher uma impressão textual ou gráfica. 
o Analise avaliativa – liga-se ao estudo avaliativo dos objetos referidos pela 
fonte. Estão neste caso em cause as atitudes favoráveis e desfavoráveis da 
fonte e seu sistema de valores. 
▪ Uma outra direção que pode tomar a análise de conteúdo é o estudo 
das atitudes da fonte relativamente a determinados objetos. 
▪ Pressupõem a formulação de escalas de atitude e isto dependerá do 
problema e das hipóteses de investigação, como também dos objetivos 
da pesquisa. 
▪ Uma das hipóteses será recorrer ao método que thurstone delineou 
para a elaboração de uma escala de atitudes. Neste caso, cada unidade 
de registro que exprime uma avaliação de um objeto será cotada por 
diferentes juízes num continuum de 11 posições, indicando a mediana 
da distribuição dos juízos a orientação e a intensidade da atitude da 
fonte relativamente ao objeto em causa. 
▪ Analise avaliativa: escalas 
• Escalas são técnicas de medida de quantidade de uma 
propriedade possuída por um conjunto de pessoas acerca de 
um determinado objeto. 
• Podem ser de duas naturezas: 
o Põem ser para enumerar ou contar o número de vezes 
de eventos e de objetos de uma determinada classe- 
concordância, discordância, frequência, etc. 
o Pode ser um elemento de medição que específica a 
quantidade de uma determinada propriedade possuídapor uma pessoa em relação a um determinado objeto 
ou situação - Exemplo: intensidade ou a tendencia de 
uma pessoa a apoiar uma determinada situação como a 
guerra. 
• Escalas são ideias para se aferir formulações abstratas como 
poder, liberdade, comportamentos sociais, juízos e crenças ou 
para medir situações complexas como discriminação racial e 
sexual, preconceitos políticos, etc. 
• Aplicam-se a todas as situações em que se é difícil coletar 
diretamente os dados ou naquelas em que o conteúdo da 
informação é de natureza latente e não manifesta. 
o Analise associativa – esta questão remete a uma mudança de nível em relação 
as práticas dominantes em análise de conteúdo: o material a analisar não é 
pensado como um conjunto informe, mas como uma estrutura; o material a 
analisar não é pensado como um conjunto informe, mas como uma estrutura; 
o analista procura passar do inventario dos referentes da fonte para análise do 
sistema de pensamento da fonte. 
o Assim, cabe ao pesquisar, determinar qual/quais direções a pesquisa irá 
tomar, mas independentemente disto ela implicará no mínimo nas seguintes 
operações: 
▪ Delimitação dos objetivos e definição de um quadro de referência 
teórico orientado da pesquisa; 
▪ Constituição de um corpus; 
• O corpus se constitui do material a analisar que pode ter sido 
produzido em função da pesquisa ou então, caso tenha sido 
produzido par a outras finalidades, deve-se fazer uma seleção 
dos documentos a serem utilizados. 
o Material produzido para a pesquisa – neste caso, há que 
ponderar questões metodológicas e questões de 
pertinência teórica, mas é a sensibilidade do 
investigador que orienta a seleção a realizar, bem como 
o seu problema de pesquisa e a hipótese de trabalho. 
o Material produzido para outras finalidades – neste caso, 
os critérios a serem adotados são os da teoria da 
amostragem. 
o Constituição do corpus: 
▪ Unidades físicas: livros, cartas, filmes, etc. 
▪ Unidade sintáticas: títulos de artigos, capítulos 
de livros, cenas de filmes, etc. A unidade 
sintática mais óbvia é uma palavra. 
▪ Unidades proposicionais: núcleos lógicos de 
frases. 
▪ Unidades temáticas ou semânticas: são definidas 
como características dos textos que implicam 
um juízo humano. 
▪ Definição de categorias; 
• Definição a priori – define-se, de acordo com o referencial 
teórico, o problema e a hipótese as categorias com as quais se 
pretende trabalhar e busca-se, depois no corpus, a ocorrência 
destas categorias. Pode-se, também, definir um leque de 
hipóteses e explorar o corpus e após sucessivos ensaios 
definirem-se as categorias com as quais se pretende trabalhar. 
• Definição a posteriori – pode-se também não formular 
hipóteses e nem se orientar por um referencial teórico a priori 
e pela exploração e analise do corpus constituírem-se 
categorias e as hipóteses acerca da investigação. 
▪ Definição de unidades de analise: 
• Unidade de registro – uma unidade de registro é o segmento 
determinado de conteúdo que se caracteriza colocando-o 
nume dada categoria. Mais uma vez são os objetivos e a sua 
problemática teórica que orientam a pesquisa que devem 
determinar a natureza das unidades a utilizar. 
o Unidades formais ou sintáticas – podemos incluir a 
palavra, a frase, ... 
o Unidades semânticas – tema ou unidade de informação. 
Sujeito + predicado. Objeto + conector + predicado. 
• Unidades de contexto – a unidade de contexto é o segmento 
mais largo de conteúdo que o analista examina quando 
caracteriza uma unidade de registro. A dimensão da unidade de 
contexto depende do tipo de unidade de registro que se 
escolheu. Este tipo de unidade é um suporte importante da 
validade e fidelidade do trabalho dos analistas. Quanto mais 
extensas são as unidades de registro e de contexto mais 
dificuldades se levantam a validade interna da análise. 
Unidades de contexto podem exigir, também, considerações de 
natureza extralinguística. 
• Unidade de enumeração - a unidade de enumeração é a 
unidade em função da qual se procede a quantificação. 
Podemos classificar as unidades de enumeração em 
geométricas e aritméticas. 
▪ Quantificação; 
▪ Aferição de fidedignidade e validade;

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