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Políticas afirmativas e sua eficácia no Brasil - Redação exemplar (Rafael)

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Autor: Rafael Zardo Crevelari 
 
 
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Na música “Cota não é esmola”, de Bia Ferreira, a cantora retrata a situação social dos grupos 
minoritários, como também a importância da cota para estes. Paralelamente, tal música expressa o 
atual panorama das políticas afirmativas e sua eficácia no Brasil, uma vez que, apenas de importante 
ferramenta para a inserção dos grupos discriminados no passado, essas ações ainda são reprimidas 
pela sociedade. 
Em primeiro lugar, é preciso entender que as ações afirmativas mantêm o acesso de minorias 
à sociedade. Isso porque tais medidas auxiliam grupos discriminados no passado, principalmente os 
negros, que foram escravos por 300 anos no Brasil, o que torna complexo, sem dúvidas, a inserção 
desses indivíduos em instituições, situação que pode ser minimizada com a disponibilização de cotas. 
Nesse sentido, com certeza a condição de fragilidade econômica desses grupos é revertida, uma vez 
que o acesso à educação abre possibilidades no mercado de trabalho, como, por exemplo, em 2019, 
que 50% dos alunos matriculados nas universidades eram negros, de acordo com o IBGE. 
Por outro lado, as ações afirmativas também são reprimidas pela sociedade. Visto que 
competições são comuns na cultura brasileira, tendo como exemplo o ENEM, o qual somente as notas 
superiores ervem de entrada para a universidade, situação que a sociedade considera “Privilégios 
desnecessários” para os negros, haja vista que vagas são reservadas para cotas. Por conseguinte, a 
população reprime e critica tais vagas, quadro que assemelha-se à frase de Thomas Hobbes, “o 
homem é o lobo do próprio homem”, uma vez que a competição sobressai-se em relação a outros 
aspectos, como a justiça e a equidade. Dessa forma, é inegável que as ações afirmativas, apesar de 
importante ferramenta, ainda precisa ser aceita no meio social. 
Assim, é mister a intervenção do Estado a fim de quebrar a resistência social sobre ações 
afirmativas. Logo, cabe ao Ministério da Comunicação, com parceria ao MEC, por meio de subsídios, 
veicular propagandas explicativas, juntamente com a colocação do assunto no cronograma de 
sociologia das escolas, para que as cotas sejam compreendidas pela sociedade. Somente assim a 
visão das cotas como mera caridade será superada.

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