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FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
PÓS-GRADUAÇÃO: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
MARIA DA PENHA PERCILIO CAVERZAM
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM COM O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ES
2021
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM COM O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais. 
RESUMO - Ao investigar sobre o lúdico e a importância do brincar na infância e a relevância que a ludicidade tem nesta fase, onde a criança é despertada para a vida em comunidade. Buscamos com esta pesquisa mostrar a grande capacidade de construção de caráter que encontramos com o brincar na primeira infância, na qual tudo é novidade, o lúdico tem em seu conteúdo, as características mais importantes para a vida. Que a alegria do fazer, do prazer em construir algo que de satisfação e afetividade. O lúdico desperta na criança o prazer em brincar e no professor, o prazer em dar aula. O lúdico e a educação infantil inclui referências de várias obras que trazem concepções importantes de autores como: “O brincar e suas teorias organizada” por Tizuko Morchida Kishimoto (2002), Roseli Fontana Nazaré Cruz “Psicologia e o trabalho pedagógico” (1997) Eugenio Cunha “Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade” (2016). Ao incluir a pesquisa de campo também pode ser visto como usar um livro como “O menino e a colcha de retalhos” de Nara Leão com muita vivacidade sendo a participação e a comunhão entre as crianças e professores fatores marcantes. Essa pesquisa, revela ao público alvo a intensidade da leitura e a oportunidade de apresentar algo relevante mostrando assim o valor da literatura infantil quando apresentada de forma lúdica através de teatros de fantoches e a cotação de histórias na educação infantil.
PALAVRAS-CHAVE: Educação; Infância; Lúdico; Aprendizagem; 
INTRODUÇÃO
A metodologia utilizada neste trabalho foi realizada por meio de uma pesquisa de campo nas escolas públicas e privadas, conforme apresentação de várias atividades que contribuíram para o crescimento dos estudantes e também dos professores.
Ao observar a contribuição das brincadeiras que foram realizadas, pode-se constatar nos rostos das crianças, a alegria em estar no local participando dos momentos por meio das várias brincadeiras, tais como: Petecas; bingos da multiplicação; contação de histórias; e jogos de bolas de meias. Desta forma, cabe enfatizar a importância da reciclagem e o resgate das brincadeiras antigas como o brincar de rodas e parlendas. Essa pesquisa foi realizada no período de estágio no sétimo período de pedagogia com crianças do ensino fundamental do primeiro ao terceiro ano.
A mesma foi construída com muito esmero, a cada material que foram usados eram confeccionados por criança e também os professores que tiveram suas devidas contribuições. Neste trabalho foi utilizado diversas referências bibliográficas como o livro “O menino e a colcha de retalhos” de Nara Leão, a autora com sua história trouxe encantamento e a medida que o livro era lido as crianças observavam com os olhos fixos e ouvidos atentos. Com o livro foram realizados projeto de leitura e teve muita participação das crianças, alunos e professores.
Foram aproveitados momentos para matemática contando os retalhos para ver quantos retalhos ainda faltava para terminar a colcha e quantos foram costurados naquele dia. Discutiram sobre a história dos tecidos, a história do bicho seda, do algodão, e das sobras que eles deveriam pedir para as costureiras da sua comunidade para trazer. Com esses momentos foram usados fantoches, bonecos que foram confeccionados, de acordo com os personagens da própria história: o menino, a vovó e a colcha. 
Com esses momentos literários foram enfatizados a importância da família na escola o diálogo entre mestre e pais, também valores éticos como e respeito aos idosos na pessoa dos avós, a afetividade em família e a respeito aos professores e funcionários da escola. 
1. DESENVOLVIMENTO
1.1 A aprendizagem através da leitura e do lúdico.
Segundo Dewey (1994) ao brincar a criança pode contribuir para construção do caráter e para o desenvolvimento do cognitivo, ou seja, as brincadeiras transformam o indivíduo possibilitando desenvolver a coordenação motora, o autoestima, autonomia e o cognitivo. De acordo com autores como Amália Simonetti no observar o valor da brincadeira na vida das crianças como forma de incentivo ao aprendizado e que autores pode-se notar que “a leitura de mundo precede a leitura da palavra, e a leitura desta, implica a continuidade da leitura (2000)”
O lúdico impulsiona as brincadeiras e quando uma criança está brincando automaticamente se propõe a buscar construir uma vida de faz de conta. A imaginação leva a caminhos que podem ser muito importantes na formação da aprendizagem. A construção de uma brincadeira, sempre leva o indivíduo a vivenciar sua vida interna, o que ela gosta de fazer, o que ela quer ser quando crescer. Muitas pessoas não levam em consideração as brincadeiras da criança na família, por exemplo: os pais acostumaram com os seus pais a cortarem as brincadeiras, a não dar atenção as crianças quando brincam. Isso é cultural, pois nem sempre as crianças podiam brincar livremente como hoje. 
O pai não tem tempo para brincar ou para observar os filhos quando estão brincando, ao olhar esses momentos de outra forma, não contradizer a criatividade enquanto o cérebro está processando esta visão de mundo. Relacionado a isso, vários autores, citam em seus estudos sobre o lúdico, um processo dinâmico onde os pais e professores, devem aproveitar e interessar pela atividade da criança. 
Quando está pulando corda, ou brincando de esconde, esconde, muitos neurônios são ativados, num processo global em todos os aspectos físicos, intelectual e social. Ao depender da criança, ela ficaria ali para sempre, pulando e brincando, porém como todo corpo ao exercitar cansa, o seu tempo esgota no cansaço e na regra, na ordem de parar. Há nesses momentos uma troca incondicional, entre o indivíduo e a interatividade, que leva ao conhecimento, ao sentimento de afetividade sem a qual não podemos dispensar. 
Nesse cenário citado acima, ao fazer amizade o ego eleva o nível de emoções, em um grau superior, aumentando assim a autoestima e o raciocínio lógico. Em um processo global todo comportamento humano precisa de diversão, o adulto quando quer divertir ele procura sair, ir ao cinema, tomar um lanchinho ou outras mil diversões que levam ao nosso corpo um prazer incondicional, isto pode ser visto como aprendizado na vida, todos os dias estamos aprendendo de uma maneira ou de outra, no entanto quase sempre estamos colocando rótulos e tendo preconceitos em relação ao outro.
 Diferente da criança que é copista quando aprende algo de bom é relevante que seu cérebro processe de maneira inteligente porque diferente do adulto ela tem um coração puro e com grande capacidade de aceitar o diferente, quando ela age indiferente é quando já copiou desta maneira em seu meio de forma errônea com seus familiares. 
A brincadeira proporciona uma ludicidade vasta e uma aprendizagem transformadora, isso acontece de um modo singular e individualizada, é quase que automático o cérebro tem o poder de gravar as coisas boas, no entanto devemos ter muito cuidado por que da mesma maneira também podem ser com as coisas que não são boas. De acordo com Augusto Cury (2014) em seu livro “Fascinante construção doeu”, cita como desenvolver uma mente saudável, em uma sociedade tão estressante, concomitante com o tempo que temos a possibilidade de ficar na superfície ou penetrar nas camadas mais profundas de nossa mente. 
Contudo, para isso acontecer é preciso dar o primeiro passo, abrir o livro e ler, é como um vidro de remédio o médico passa uma receita e você deve seguir as orientações adequada a cada tratamento. Com a criança em relação a leitura pode ser que seja um bom caminho, assim cada dia um pouco de leitura para que haja um aprendizado e fique gravado na mente da criança e do adulto. 
No entanto é preciso que a família seja protagonista desta história ajudando o filho com as tarefas de casa. De acordo com Cunha (2016) no livro “Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade” citando Vygotsky:
No brincar, projeta as atividades adulta de sua cultura, que pressupõem seus futuros papeis e valores. Isso nos revela o papel dos pais e professores atuando na educação das crianças sendo lúdicos, o aprendente descobre princípios de conduta comportamental que estarão presentes por toda sua vida. (CUNHA apud VYGOTSKYp. 35, 2016)
A ludicidade e a educação estão interligadas, entre escola e família até porque a sala de aula é, ou deveria ser a extensão da família. Eugenio Cunha (2016) cita também a socialização e ludicidade como reflexo das funções comportamental. Quanto mais o contato social é complexo e rico, mais a criança desenvolve áreas de sua aprendizagem, principalmente a área da linguagem. Em relação a crianças especial a área de aprendizagem pode ser mais atraente se o lúdico estiver presente, no entanto, as práticas pedagógicas lúdicas podem ser o caminho para alunos com dificuldades na fala, na audição, alunos com síndromes de down, autismo, etc. Ou seja, exige do professor um comando específico. 
A exemplo disso, a ludicidade com exercícios próprios e significativos, com bolas de soprar, teatros de fantoches, bolinhas de sabão e muitos outros que o aluno precisa receber, para perceber as palavras e os seus significados, como forma de alternativa. Quando se trata de livros por exemplo, por si só ele estimula a imaginação, ainda que o aluno não saiba ler ele imagina e é apresentado a linguagem através das imagens e das histórias contadas, o resultado pode atingir um nível bem elevado de descoberta de mundo e de comunicação. 
Segundo Santos (2002) a ludicidade está relacionada com o prazer no ato de brincar e atividades relacionadas com jogos, desta forma, pode ser um componente importante para o aprendizado, pois desperta o prazer de fazer é preciso compreender que as crianças já nascem com predisposição para aprender, e que através do brincar vão dando sinal de prazer e alegria ao contato com os brinquedos. 
No entanto, ao pensar em educação pode ser interessante pensar nas crianças especiais, por exemplo: crianças com autismo que deixam os brinquedos e brincam com as caixas, não gostam de ser tocados, pensando nas crianças especiais, ao brincar as crianças se comunicam independente de sua condição. 
O prazer é o mesmo quando se trata de brincar apenas com uma caixa de papelão ou com um cabo de vassoura que vira cavalinho, quando se trata de ludicidade na educação ao interagir as crianças aprender a amar e respeitar o seu amigo. Ao brincar a criança não está preocupada com os resultados. “É o prazer e a motivação que impulsionam a ação para explorar a livre conduta lúdica (Bruner,1996).”
Segundo Lannoy Dorin (1997) a criança é um ser ativo por excelência, que pode ser facilmente moldada, desde que exploremos os seus interesses, guiando-lhe a atividade é importante atentarmos para um mundo moderno, ao construir uma mudança de personalidade até porque cada um tem o seu jeito de ser, de ver a vida. 
Para a criança o mundo de fantasia pode ser moldado em seu interior como um modelo a ser seguido. Desta forma, trazendo para a atualidade, estamos na era da tecnologia, com um poder de atração muito grande. Pais e professores devem estarem atentos e ajudarem as crianças interagir com responsabilidade aprendendo a usar os mesmos a favor da educação. Até porque não basta ter um computador, tablete, ou celular e não saber usar.
A tecnologia é lúdica e facilita a aprendizagem, pertence aos pais e mestres saber manipular a favor da vida na educação dos pequeninos. Ao investigar o lúdico na educação infantil é claro que a tecnologia é uma excelente ferramenta para facilitar a vida dos professores e também dos pais ao ajudarem seus filhos nas tarefas de casa. Porém, muitos ainda não sabem usar a favor da educação e acabam extrapolando e deixando a desejar. 
Sabe-se que os smartphones em muitos lares são usados de forma exagerada pelos pais e também pelos filhos que por muitas vezes perdem nos valores de diálogos em família, quem sempre sai perdendo são as crianças pequenas que são deixadas a margem, sem atenção e sem amor. Os jogos e as brincadeiras podem ser uma forma de alimentar o desejo de aprender e compartilhar socialmente na escola e na sociedade. Bruner (1996), aponta a potencialidades da brincadeira e dos jogos para a descobertas das regras e aquisição da linguagem “Ao brincar com a mãe de esconder o rosto com a fralda a criança engana-se na brincadeira, e compreende as regras que integram a sequência (BRUNER, 1996)”.
 Ações e verbalizações de acordo com ele, as brincadeiras são interativas e podem desenvolver competência, e aprendizagem nas crianças, ludicidade se dá no prazer da ação, ao realizar algo prazeroso o ser humano quer dar continuidade ao ato, assim também a criança ao brincar sentem envolvimento e gratuidade. 
De acordo com Kishimoto (1996), o educador pode desempenhar um papel importante no transcorrer das brincadeiras, se conseguir discernir os momentos em que devem somente observar ou interagir nas mesmas, integrando-se como participantes (Oliveira, 1992), a relação entre brincar e a aquisição das regras pode ser no ato de aprender a brincar. 
Os jogos com suas regras estimulam ao aluno a ter respeito, socializando e aprendendo a ganhar ou perder. Segundo Oliveira:
O educador pode desempenhar um importante papel no transcorrer da brincadeira, se conseguir discernir os momentos em que deve somente observar ou integrar-se como participante (OLIVEIRA, 1992, p. 102.)
Ou seja, os jogos podem ser um ato de aprendizagem. De acordo com Bruner (1996) é relevante que ao jogar com os adultos as crianças descobrem a regra do jogo e a sequência de ações que compõe a modalidade de brincar. A relação entre o brincar e aquisição das regras. Ao propor o lúdico na educação infantil o educador precisa em primeiro lugar, aprender o jogo e conhecer as regras do mesmo. “O jogo não aponta resolução dos problemas, mais aproxima professor e aluno tornando a comunicação mais simples gerando interação em ambas as partes (BRUNER, 1996) ”, o autor ainda explicita que as mãos representam um instrumento primeiro de evolução dos primatas, que garantem a resolução de problemas e desempenham um papel importante no desenvolvimento cognitivo.
Avalia-se que as brincadeiras com a supervisão do professor sejam soluções para que tenham oportunidade de descobrir possíveis dificuldades de aprendizagens dos alunos. Bruner (1996) analisa a brincadeira como saber fazer, que possibilita a coordenação de ações, mãos-olho- cérebro. E para que surja o saber fazer, é preciso que a intenção, a definição de um objetivo seja vista em primeiro plano como meios de atingir um resultado de aprendizagem. 
Desta forma, a supervisão de um adulto, pode influenciar ambas as partes oferecendo uma visualização ampla de diferentes formas de ensinar. Sendo assim, o professor pode ver no lúdico uma ferramenta possibilitando maiores participação e criatividade. A aquisição de brincadeiras na educação infantil pode ser instrumentos de desenvolvimentos e uma demonstração de afetividade e equilíbrio, resgatando valores éticos e social na família e na sociedade.
Bruner (1996) postula o equilíbrio entre o desenvolvimento pessoal e social, como uma formade integridade e estabilidade cultural reconhecendo talentos nativos, mais equipando as crianças com os instrumentos da cultura, respeitando os valores locais, sem esquecer dos valores universais. O autor valoriza a brincadeira desde o nascimento da criança como elementos constitutivos de ações sensório motor.
No livro “instrumentos de ludicidade na educação infantil”. Carlos Dumont e Emília Simonet, representam o seguinte fragmento:
Certa palavra, dorme a sombra de um livro raro. Como desencanta-la? É a cena da vida, senha do mundo, vou procura-la a vida inteira e no mundo todo. Se tarda o encontro se não a encontro não desanimo procuro sempre, e minha procura ficara sendo a minha palavra (DUMONT; SIMONTETTI, 2000). 
De acordo com o autor do texto, certa palavra dorme a sombra de um livro raro. Ele pergunta como desencanta-la? Muitas vezes os livros ficam na biblioteca de uma escola sem ser percebido pelos alunos, pelos professores. A pergunta é como desencanta-la? Pode ser com cotação de histórias neles estão o encanto da vida para as crianças e os professores precisam abrir, ler mostrar, o encanto em cada página, muitos são as histórias contadas nos livros que podem ser usados como ferramenta na vida acadêmica das crianças e jovens, porém apesar de toda tecnologia e modernidade para facilitar a leitura, os livros ficam esquecidos nas bibliotecas das escolas sem ninguém que de a eles o devido valor. 
A senha do mundo, hoje, amanhã e sempre. O encantamento do livro está nas palavras que precisam de algo a mais para despertar, o lúdico na educação infantil tem esse poder de encantamento, pode ser que ao contar uma história dando vida aos livros no jogo das palavras está o jeito certo de encantar com alegria, prazer, amor afetividade, eis o poder de uma boa leitura.
De acordo com Nunes e Bryant uma pessoa é funcionalmente alfabetizada quando adquire conhecimentos e habilidades em leitura. No entanto, ainda hoje há muitas pessoas que não conseguem fazer uma boa leitura, milhares de crianças, que não conseguem aprender a ler e escrever. Essas mesmas crianças muitas vezes ficam a margem da sociedade escola, nos fundos das salas envergonhados e quase sempre sem ser notados pelo professor. 
Eugenio Cunha no livro ‘”práticas pedagógicas para inclusão e diversidade” (2016) retrata com muita propriedade diversas estratégias de ajuda para essas crianças, no entanto ainda são práticas muitas vezes esquecidas nas páginas dos livros. Muitas vezes não sabemos o que fazer quando se trata de inclusão. Como incluir? O lúdico na educação infantil pode ser uma das estratégias que se for usada com propriedade pode ajudar os professores a enxergar as crianças e as suas dificuldades. 
Sendo assim: “Para tal o amor é fundamental. Nada inclui melhor do que a ação educativa do amor. Ao mesmo tempo em que traz pertencimento afetivo, traz pertencimento social (Cunha 2016). ”
Os trabalhos com as crianças especiais nos revelam que, todas independente de ter ou não, algumas dificuldades precisam deste amor, a ação educativa só surgirá efeito se for com respeito, carinho e muito amor. A ludicidade traz em sua marca esse apelo. A alegria de servir com amor e acreditar que através do mesmo encontra-se a gratidão de conceber a graça de estar levando afeto e compreensão aos pequenos, sendo assim, a alegria de dar amor fica explicita, o professor que põe em pratica o lúdico tem a resposta positiva de um trabalho feito com gratuidade de amar e servir porque nada há de mais caro do que essa troca de carinho entre as partes.
O papel da brincadeira no desenvolvimento da criança. De acordo com Roseli Fontana (1997) brincar são atividades fundamentais da criança. Ela está sempre brincando na rua, na sua casa, na escola na hora do recreio, na sala de aula ao pintar ou desenhar. Pela brincadeira, objetos e movimentos são transformados. As relações sociais em que a criança está imersa são elaborados, revividos e compreendidas. As crianças estão sempre imitando o adulto e suas relações no meio em que vivem. Ao brincar de médico, de casinha, de escolinha. Na escola ou em casa, na comunidade elas estão sempre, procurando alguém para seguir, para aprender, o professor, o pai, a mãe ou os avós podem ser exemplo até na hora de brincar. 
1.2 Por que as crianças brincam?
Em algum momento da vida alguém já se deparou com essa pergunta, as crianças brincam porque não tem nada para fazer, para descarregar as energias, não trabalham daí tem que brincar, entre outros. Pensar que elas brincam por puro prazer de brincar, sendo assim, é necessário atentar pela posição dos pais e professores ao prestarem mais atenção na criança no brincar, até mesmo parar e brincar com elas, numa troca de afeição e aprendizagem, deveria ser natural aos pais, parar para estarem brincando com o filho e aos mestres prestarem mais atenção na construção de uma brincadeira, para interagir nas dificuldades de aprendizagem e pode ser que assim, conseguem ajudar o aluno mais de perto, sem rotular ou até mesmo deixar de lado, sem se preocupar se aprendeu ou não a tarefa. 
De acordo com Roseli Fontana e Maria Nazaré da Cruz (1997) a brincadeira na perspectiva de Piaget trabalha o desenvolvimento cognitivo, ao brincar a criança busca compreensão de mundo, socializa com o outro, através dos jogos na escola são realizados exercícios não seja como pura repetição, mais por puro prazer. Estes comportamentos ainda que não tenham nenhum significado, ainda assim pode ser prazeroso, aprendendo com as regras do jogo a comprometer-se e respeitar o colega ao ter que passar a vez, ou atender ao pedido que os jogos apresentam em suas jogadas. 
Piaget (1976) e Vygotsky (1984) tem concepções diferentes sobre as brincadeiras, porém os dois concordam que a brincadeira traz modificações e evoluem, levando ao desenvolvimento social e cognitivo. Para Vygotsky (1984) as origens e as explicações do funcionamento psicológicos do homem devem ser buscados nas interações sociais. Neste momento, o indivíduo tem acesso aos instrumentos aos sistemas de signos que possibilitam ao desenvolvimento cultural e atividades que permitem estruturar a realidade do próprio pensamento, defendendo o trabalho experimental e não ao modelo de laboratório separados das situações naturais da vida. Podendo as situações de aprendizagem se dar através do brincar, nas conversações informais das crianças na escola, na família ou em um ambiente clinico. 
De acordo com suas teorias, o papel da brincadeira no desenvolvimento da criança, proporciona a socializar-se adquirindo criatividade e autonomia processando assim a autoestima, através do desenho a criança brinca. Ao desenhar a criança expressa seu potencial, aguçando a imaginação e a criatividade.
1.3 Práticas pedagógicas para inclusão
De acordo com Cunha (2016), “é preciso incluir também as crianças com dificuldades, diante disso, quase sempre essas crianças ficam a margem da sala de aula (CUNHA, 2016, p. 81)”. 
 Sendo assim, as crianças com dificuldades de aprendizagem precisam da ludicidade em seu aprendizado, as práticas aqui apresentadas por Eugenio Cunha (2016) poderão ser utilizadas também com as outras crianças, com materiais descartáveis, fáceis de manusear e conseguir as tampinhas podem ser trazidas pelas crianças, as fichas podem ser confeccionadas todos juntos, sendo assim, usar o descartável na educação infantil é explorar o sensorial e o lúdico e o concreto parear as tampinhas coloridas de garrafa pet com números pode ser muito bom na aprendizagem da matemática. 
Porém essa dinâmica depende do professor querer, organizar e pôr em pratica o lúdico e a criatividade com ajuda da turma. Esses materiais simples e fáceis de conseguir estimulam ludicamente a parte motora e o cognitivo. Educar naturalmente observar e avaliar cada criança, e suas dificuldades, até porque não é só as crianças especiais que tem dificuldades, toda a criança na educação infantil tem as suas múltiplas dificuldades que podem acarretar em problemas de aprendizagem no futuro.
De acordo com Cunha (2016),o conhecimento, carece de uma relação entre os polos, o sujeito e o objeto surgindo da relação entre os dois. Vygotsky (1984) apresenta entre as partes, o papel da mediação. A construção da aprendizagem é efetivada segundo ele, pela troca social. E a ludicidade na educação infantil pode realizar essa mediação, e pode ser muito prazeroso se o professor mediador for lúdico e dinâmico. 
1.4 Ação cognitiva
Outra ação variável é a ação mental dos alunos de acordo com Amália Simonetti (2000), essa ação mental, dos alunos sobre o objeto de conhecimento requer operações de pensamentos que podem até manifestar nos atos do aluno ao realizar a atividade, o aluno põe em evidencia seus conflitos e erros, na interação com o objeto de conhecimento, mostra os seus conhecimentos prévios o que aprendeu de acordo com a estrutura de seus pensamentos. 
No caso das leituras por exemplo na cotação de histórias usando fantoches o lúdico entra em contato com as crianças tendo acesso aos pensamentos que são ativados através da história pode ser momentos e prazer. São várias as atividades que podem ser usadas como ferramenta para atrair, as crianças e tornar os momentos nas escolas menos dolorosos, fazendo o tempo passar com graça e prazer. No entanto, há muitas crianças que tem horror de sair de suas casas e ir para escola, e muitas pedem para ir à escola até nos dias de feriados e domingos. O que preciso saber? 
De acordo com Teixeira e Nunes e Cunha: 
Promover uma educação inclusiva não é privar o indivíduo do direito de ser avaliado, de ser contemplado e analisando em seu desenvolvimento e crescimento. Trabalhar de modo inclusivo é manter certos princípios de padrões universal (NUNES; CUNHA. 2016, p. 85).
 Portanto, muitas das vezes, as crianças são excluídas, sem dizer deixadas nos cantos das salas, sem participação nenhuma nas brincadeiras e jogos. A não ser que ela mesma seja notada pelo professor ou por seus colegas, há casos que não acontecem por conveniência, por vezes a criança é tímida e fica acanhada em pedir ser inserida na brincadeira. As relações sociais na concepção de Vygotsky (1984) analisam a emergência e o desenvolvimento da brincadeira nas relações sociais da criança com o mundo adulto segundo o autor, algumas modificações ocorrem no desenvolvimento da criança na idade pré-escolar. 
Contudo, isso só mostra que ao desenvolver mentalmente as crianças podem administrar melhor as suas concepções de brincar, a medida em crescem, deixam de lado algumas brincadeiras aderindo outras que para elas são acontecimentos de crianças pequenas. Bebês deixam a inocência e vão amadurecendo seu modo de ver a vida. 
Todavia, não deixam de brincar, essa relação social vem ensinar a capacidade de superação que o indivíduo tem ao perceber que tem que mudar, ao longo de seu crescimento pode ser percebido as relações sociais da criança na sociedade e na família, analisando essas relações com o mundo as crianças vão sendo preparadas para o mundo adulto expandindo continuamente, seu interesse por outras coisas, deixando de lado as brincadeiras que infantilizam trocando por outras de acordo com o seu tempo, ao mesmo tempo aderindo outros modos de brincar. 
No entanto, o prazer acompanha seja em qualquer idade o lúdico, as brincadeiras o prazer de ser feliz. Quando o professor, permitir que seu lado emocional aflore por prazer de estar trabalhando com seres em crescimento, que pode ser transformado através do seu olhar diferenciado vendo cada aluno por excelência. Não haverá necessidade de preocupar com as dificuldades de aprendizagem, porque todos os alunos vão ser visto, na sua integra com sua criatividade e desenvolverá um indivíduo que apesar de suas dificuldades e síndromes foram enxergados e tomados a consciência de cuidados especiais com os pequenos que são tímidos em sua maneira de relacionar com a vida, as coisas e o outro.
 Enquanto o faz de conta que todos aprendem do mesmo jeito e que precisa ter uma cara de bravo, de modo que o brincar não pode ser concebido de maneira nenhuma, a vida tem que ser séria, não posso sorrir porque vou parecer fraco, adultos e crianças não podem se misturar, as crianças vão ficar de lado sem ter atenção sem ter nenhuma razão de ser criança feliz que aprendem e são enxergadas como são. 
Essas são concepções de Vygotsky (1984) nas relações sociais com o mundo adulto a emergência ao desenvolvimento da brincadeira nas relações sociais da criança. Ao deparar com a realidade do celular e a criança na família, pode ser visto nas mídias sociais e também nas relações familiares o uso do celular inadequado ao indivíduo que usa, todos em uma família ou quase todos tem um aparelho individual que ficam à mercê de todos os tipos de informações apesar de ter, muitas informações coerentes como jogos e brincadeiras, tomam conta da sociedade um vício social sem limites, tomando conta do estar juntos em família, do prazer de pais e filhos conversarem e brincarem juntos. Essa concepção de mundo já está enraizada em nossa sociedade. 
A escola, como um grande fator social, ainda pode ser prazerosa para as crianças brinquem no pátio sem precisar ficar preocupados com o toque do celular e o tilintar das mensagens eletrônicas. 
Esse é o mundo em que hoje pode ser visto em todos os lares, sendo a cultura do momento. Mas, de acordo com Piaget (1976), a psicologia vem mostrando que a brincadeira tem um papel importante no desenvolvimento da criança, e que ela satisfazer algumas necessidades, pode-se considerar essa concepção e atentar para prestar atenção na criança e em suas carências efetivas, é urgente que os pais e professores possam ver no lúdico algo que de aos pequenos alegria e prazer de viver. 
De acordo com Piaget (1976), o brincar é indispensável ao seu equilíbrio e desenvolvimento emocional e intelectual. 
2. CONCLUSÃO 
Este trabalho foi de grande relevância, pois criou uma relação de amizade e afetividade entre os colegas, contribuindo com os professores para que as ludicidades afloradas através do mesmo, como metodologia didática para trabalhos posteriores. Sendo assim, esses momentos cada vez mais podem ser prazerosos atribuindo para o ser humano crescer e desenvolver a criança que existe dentro de cada um. 
Para chegar em tal ponto de vista foi realizado uma pesquisa bibliográfica através de um levantamento teórico objetivando a compreensão do conceito lúdico dos jogos e brincadeiras, logo procurando diagnosticar como os mesmos podem auxiliar na aprendizagem das crianças no ensino fundamental do 1° ao 3° ano.
 Esse segmento foi realizado em forma de pesquisa em campo no período do estágio, tanto com a professora a fim de investigar se trabalha com o lúdico e como isto acontece, como também a observação dos alunos do Ensino Fundamental nos ensinos públicos e privados da Cidade de Cachoeiro de Itapemirim para levantar a importância do lúdico na aprendizagem dos mesmos bem como o interesse por esta metodologia.
Podemos pontuar desta forma que, as brincadeiras – todo o lúdico, constituem como atividades essenciais segundo as bibliografias deste estudo, além de auxiliar na aprendizagem, é capaz de proporcionar o desenvolvimento da atenção, do raciocínio e da habilidade por meio da imaginação e criatividade, como forma também de aprimoramento da autonomia da criança – a autoaprendizagem.
Através dessa pesquisa podemos concluir que o lúdico promove uma prática educacional de conhecimento de mundo, oralidade, regras e socialização, contudo, ao analisar o atual cenário escolar no qual está tomado pelo “desencanto” ainda se precisa de motivação de professores e alunos para resgatar o interesse pelo o ensinar e aprender. Portanto, cabe toda a comunidade escolar conservar a ludicidade dos anos, compactuando para que torne parte integrante de suas vidas. 
Por fim, inserir o lúdico no processo de ensino e aprendizagem é essencial, sendo o resultado positivo e claro – a criança aprende com mais prazer, tornando-a mais afetuosa e desta forma adquirindo o sentimento de equipe solidário juntamente com a necessidadede vencer os objetivos em conjunto.
3. REFERÊNCIA 
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ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica. São Paulo: Loyola, 1994.
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo, SP: Loyola, 2008.
ANTUNES, C. Jogos a estimulação das múltiplas Inteligências. Petrópolis. Rio de Janeiro. 1998.
ARAÚJO, Vânia Carvalho de. O jogo no contexto da educação psicomotora São Paulo: Cortez 1992 ANTUNES, C. Jogos a estimulação das múltiplas Inteligências. Petrópolis. Rio de Janeiro. 1998.
CUNHA, Antônio Eugenio. Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade: Eugenio cunha 6. Ed. Rio de janeiro: Wake editora, 2016.
CURY, Augusto. A fascinante construção do eu: como desenvolver uma mente saudável em uma sociedade estressante. 2 ed. Editora Brasil planeta, São Paulo, 2014.
DORIN, Lannoy. Psicologia da Criança.15 eds. editora do brasil S/A, rua conselheiro nébias 887 São Paulo: 1998.
FONTANA, Roseli. Psicologia e trabalho pedagógico: Roseli Fontana e maria de Nazaré da cruz,2 ed. São Paulo: atual 1997 240 p. Cm. Formação do educador.
MORCHIDA Kishimoto: O brincar e suas teorias. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
PIAGET, Jean. Psicologia e pedagogia. Trad. Lindoso DA, Ribeiro da Silva RM. Rio de Janeiro: Forense Universitária;1976.
RIBEIRO, Suely de Souza. A Importância do Lúdico no Processo de Ensino-Aprendizagem no Desenvolvimento da Infância. 2013. Disponível em: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-importancia-do-ludico-no-processo-de-ensino-aprendizagem-no-desenvolvimento-da-infancia Acesso em 24 de mar de 2021.
SIMONETTI, Amália. O desafio de alfabetizar e letrar. 1 ed: editora impe, Fortaleza ceara, 2000.
SOARES, Edna Machado. A ludicidade no processo de inclusão de alunos especiais no ambiente educacional. 2010. Disponível em: http://www.ffp.uerj.br/arquivos/dedu/monografias/EMS.2.2010.pdf acesso em 24 de mar de 2021.
SOUZA, Eulina Castro de. A importância do lúdico na aprendizagem. 2015. Disponível em: http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/A-import%C3%A2ncia-do-l%C3%BAdico-na-aprendizagem.aspx acesso em 24 de mar de 2021.
VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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