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LIVRO DO PROFESSOR GEOGRAFIA 7.° ANO - LIVRO 4 ENSINO FUNDAMENTAL SAE DIGITAL S/A Curitiba 2021 SAE DIGITAL S/A PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 1PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 1 20/04/2021 11:16:0320/04/2021 11:16:03 Gerência de conteúdo educacional Rita Egashira Vanzela Gerência editorial Tassiane Aparecida Sauerbier Coordenação editorial Lúcia Chueire Executivos de produto Cristiane Sliva, Jardiel Loretto Filho Edição Caroline Schlegel, Emanoelle Almeida, Igor Carvalho, Jean Buture Carneiro Supervisão de Revisão Fabiana Teixeira Lima Revisão Ana Paula Gurski Ferraz, Brunno Freire, Everson de Lara Caetano, Igor Spisila, Juliana Basichetti Martins, Ludmilla Borinelli, Marilene Wojslaw Pereira Dias, Pamela de Fátima Leal, Priscila Sousa, Thainara Gabardo Cotejo Anna Karolina de Souza, Rafaella Ravedutti, Wagner Revoredo Qualidade Mariana Chaves Projeto gráfico Evandro Pissaia, Fernanda Angeli Andreazzi, Gustavo Ribeiro Vieira Arte da capa Carlos Morevi, Deny Machado Iconografia Jhennyfer Pertille Ilustrações Carlos Morevi, Deny Machado, Scarllet Anderson, Wagner Ramari Cartografia Julio Manoel França da Silva Diagramação André Lima, Bruna Aparecida de Andrade, Bruno Gogolla, Fernanda Wolf, Flávia Sousa Gonçalves, Gustavo Ribeiro Vieira, Luana Santos, Luciana Nesello Künzel, Luisa Piechnik Souza, Mariana Oliveira, Nadiny Silva, Ralph Glauber Barbosa, Raphaela Candido, Silvia Santos, Tarliny Silva, Thaísa Werner, Thiago Figueiredo Venâncio Coordenação de processos Janaina Alves Processos Luana Rosa de Souza, Raul Jungles, Vitor Ribeiro Colaboração externa Amyr Borhot Hamud (Revisão), Áurea Romeiro de Faria (Revisão), Fernanda Tanaka (Análise de Linguagem), Karin Schellmann (Edição), Letícia Ueno Bonomo (Análise de Linguagem) Autoria Eliane Regina Ferretti Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SAE DIGITAL Catalogação elaborada na Fonte pela Bibliotecária Letícia Helena Melo- CRB6-2953 F415g Ferretti, Eliane Regina. Geografia: 7º ano volume 4 / Eliane Regina Ferreti. ilustrado por Carlos Morevi, Deny Machado, Scarllet Anderson, Wagner Ramari. - Curitiba: SAE DIGITAL, 2021. 56 p.; il. color. 4 v. (Serie 7º ano) ISBN: 978-65-5593-186-0 (Livro do professor) 1. Livro didático. 2. Geografia. 3. Ensino Fundamental II. 4. Ferretti, Eliane Regina. I. Título. CDD 372.891 © 2021 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Todos os direitos reservados. SAE DIGITAL S/A. R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150 Mossunguê – Curitiba – PR 0800 725 9797 | Site: sae.digital PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 2PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 2 20/04/2021 11:16:0320/04/2021 11:16:03 GEOGRAFIA III Programação anual de conteúdos – Geografia – 7.º ano Unidades Capítulos Conteúdos Habilidades Aulas Li vr o 1 1. Brasil e seu espaço 1. Brasil • Localização do Brasil no mundo e na América Latina • Dimensão do território brasileiro • Formação do território brasileiro • Soberania nacional EF07GE01 EF07GE02 EF07GE09 5 2. Regionalização do Brasil • Conceito de regionalização • Regionalizações do Brasil • Fusos horários EF07GE01 EF07GE02 EF07GE09 10 2. Brasil e sua população 1. População brasileira • Diversidade populacional • Características e estrutura da população • Distribuição espacial da população • População e trabalho EF07GE02 EF07GE03 EF07GE04 EF07GE08 EF07GE10 8 2. Mobilidade da população • Fluxos migratórios internos • Fluxos migratórios externos • Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) • Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) • Coeficiente de Gini EF07GE02 EF07GE03 EF07GE04 EF07GE08 EF07GE10 7 Li vr o 2 3. Espaço rural brasileiro 1. Os diferentes usos do espaço rural • Políticas do espaço rural: estrutura fundiária • Relações de trabalho no meio rural • Questões ambientais EF07GE06 EF07GE09 EF07GE10 6 2. Produção do espaço rural • Produção agrícola • Pecuária • Produção extrativista • Agronegócio EF07GE06 EF07GE09 EF07GE10 6 4. Espaço urbano brasileiro 1. Processo de urbanização • Formação e organização das cidades • Metropolização • Rede e hierarquia urbana • Setor Terciário • Questões socioambientais EF07GE05 EF07GE06 EF07GE08 EF07GE09 EF07GE10 8 2. Processo de industrialização • Processo de industrialização • Etapas da industrialização no Brasil • Distribuição espacial das indústrias EF07GE06 EF07GE08 8 Li vr o 3 5. Espaço das redes no Brasil 1. Rede de transporte • Transporte rodoviário • Transporte ferroviário • Transporte aquaviário • Transporte aeroviário • Transporte dutoviário EF07GE07 8 2. Redes de comunicação e de informação • Sistema de comunicação • Sistema de informação EF07GE07 7 6. Espaço energético brasileiro 1. Recursos energéticos • Recursos energéticos renováveis no território brasileiro • Recursos energéticos não renováveis no território brasileiro EF07GE09 EF07GE10 8 2. Matriz energética brasileira • Matriz energética brasileira • Produção de energia no Brasil • Consumo de energia no Brasil EF07GE09 EF07GE10 7 Li vr o 4 7. Geologia e hidrografia do Brasil 1. Estrutura geológica, relevo e solos • Estrutura geológica brasileira • Características das formas de relevo • Formação e uso dos solos • Questões ambientais EF07GE01 EF07GE11 EF07GE12 6 2. Recursos hídricos • Regiões hidrográficas • Aquíferos • Transposição do Rio São Francisco EF07GE01 EF07GE11 EF07GE12 8 8. Clima e biomas do Brasil 1. Estrutura climática • Tipos de climas que ocorrem no Brasil • Características dos tipos climáticos • Massas de ar • Questões climáticas ambientais EF07GE01 EF07GE11 EF07GE12 8 2. Biomas brasileiros • Principais biomas brasileiros • Domínios morfoclimáticos • Sistema Nacional de Unidades de Conservação • Questões ambientais EF07GE01 EF07GE11 EF07GE12 8 PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 3PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 3 20/04/2021 11:16:0320/04/2021 11:16:03 GEOGRAFIAIV Conheça as seções, os boxes e os ícones do seu livro É um espaço que apresenta relações entre o conteúdo que você está estudando e as tecnologias referentes a ele. GEOGRAFIA E TECNOLOGIA¬ N ATIVIDADES Geralmente esta seção está no � nal de cada capítulo. Seu objetivo é levá -lo a rever os con- teúdos estudados. PARA SABER MAIS Indica o momento de aprofundar ou ampliar algum aspecto do conteúdo que você está estudando no capítulo. CONEXÃO Este é um espaço que apresenta texto e atividades que fazem a articulação entre diversos conteúdos. INTERAÇÃO Quando aparecer esta seção, será proposto um trabalho em grupo, como debate, pesquisa e elaboração de painel. PARA IR ALÉM Aqui você encontra dicas de leituras, músicas ou vídeos para aprofundar seu conhecimento. COLOCANDO EM PRÁTICA É um espaço que apresenta exercícios resolvidos para você compreender a sua sistematização. TER ATITUDE Esta seção apresenta uma proposta para um trabalho prático. DESENVOLVER E APLICAR Esta seção propõe atividades investigativas e motivadoras para você resolver individualmente. Este ícone indica que há uma Realidade aumentada que pode ser acessada com o celular ou tablet. Quando aparecer este ícone, será a hora de exercitar a oralidade com os colegas de turma. DE OLHO NA PROVA É uma seção exclusiva para o 9.º ano e apre- senta questões de provas para auxiliar você a ingressar no Ensino Médio. EM TEMPO É o momento de recordar uma ideia já estudada. Podeapresentar, também, a explicação ou o signi� cado de um termo ou de um conteúdo apresentado no texto. Esta seção aparece quando há necessi- dade de explicar os procedimentos para realização de uma atividade.realização de uma atividade.COMO FA ZE R Este ícone indica o desenvolvimento da educação para o consumo consciente. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 4PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 4 20/04/2021 11:16:0420/04/2021 11:16:04 u3d ; sr ipf ot o/ Sh ut te rs to ck Geografia Unidade 7 | Geologia e hidrografia do Brasil Capítulo 1 | Estrutura geológica, relevo e solos ........................................ 180 Capítulo 2 | Recursos hídricos .............................................................................. 193 Unidade 8 | Clima e biomas do Brasil Capítulo 1 | Estrutura climática ............................................................................ 204 Capítulo 2 | Biomas brasileiros ............................................................................ 215 PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 179PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 179 20/04/2021 11:16:0420/04/2021 11:16:04 180 GEOGRAFIA ma3d/Shutt erstock un idade 180 Morro Testemunho, em Lençóis, Bahia. Vista parcial do Cânion Fortale za (Parque Nacional da Se rra Geral), em Cambará d o Sul, Rio Grande do Sul. Sk yf ot o- M ar co s A le xa nd re /W .C om m on s G lauco U m belino/W .Com m ons 1. Estrutura geológica, relevo e solos As imagens de abertura do capítulo retratam algumas características do relevo brasileiro: as elevações não são tão altas e os cânions não são tão frequentes. O que define a forma de relevo? Quais as outras for- mas de relevo existentes no Brasil? Qual é a relação entre estrutura geológica (rochas e minerais), formas de relevo e tipos de solo? Quais são as formas de relevo existentes no município onde você reside? Quais são os tipos de rochas e minerais existentes no seu município? 7 • Estrutura geológica brasileira • Características das formas de relevo • Formação e uso dos solos • Questões ambientais Geologia e hidrografi ado Brasil Escola Digital 181GEOGRAFIA ma3d/Shutt erstock EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Estrutura geológica Estrutura geológica ou província geológica refere-se às características estruturais da litosfera que, por sua vez, compreende a parte externa e sólida de nosso planeta. Essa estrutura compreende formações rochosas que influenciam as formas do relevo local e informam a sua idade aproximada e características mineralógicas. O Brasil está localizado na Placa Tectônica Sul-Americana e sua estrutura geológica é formada por bacias sedimentares, escudos cristalinos (crátons) e dobramentos antigos. Observe o mapa a seguir. OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 15º 30º 75º 60º 45º 0º Equador 30º 0 390 780 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:39 000 000 BRASIL – ESTRUTURA GEOLÓGICA ® N S LO Bacias sedimentares 1 – Amazônica 2 – do Maranhão 3 – do Paraná Dobramentos antigos 4 – Brasília 5 – Paraguai-Araguaia 6 – Atlântico Coberturas sedimentares correlativas ao Brasiliano Crátons 7 – Amazônico 8 – São Francisco 9 – Sul-rio-grandense 1 2 3 4 5 5 6 6 7 7 8 9 23º27'30" Tró pico de Capr icórnio SA E G ID IT A L S/ A Escala aproximada Projeção Policônica 1:39 000 000 0 390 780 km ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011. p. 47. Adaptado. As bacias sedimentares predominam no território brasileiro (abrangendo cerca de 64%) e foram formadas por sucessivos depósitos, tanto de origem marinha quanto continental. Os sedimentos depo- sitados foram transportados de áreas vizinhas com maior altitude. O Brasil é composto de três grandes bacias: do Paraná, Amazônica e do Maranhão (ou Parnaíba). Os sedimentos depositados contam a história geológica daquele momento. Por exemplo, a Bacia do Paraná (a mais antiga) é formada por camadas de arenitos (rocha sedimentar) que caracterizam o início da sedimentação continental. Posteriormente, parte da sua área foi coberta por basaltos (rocha magmática) devido a sucessivos derrames de lava. Já na Bacia Amazônica, os sedimentos são oriundos de grande parte da América do Sul e, segundo especialistas, ela ainda está se formando. Objetivos do capítulo • Reconhecer as dimensões de tempo e espaço na análise geográfica do espaço brasileiro. • Compreender o espaço geográfico brasileiro com base nas múltiplas interações entre a sociedade e a natureza. • Analisar o espaço geográfico brasileiro considerando a influência dos eventos da natureza e da sociedade. • Verificar a inter-relação dos processos sociais e naturais na produção e organização do espaço geográfico brasileiro em suas diversas escalas. • Dominar linguagens próprias à análise geográfica do espaço brasileiro quanto aos seus aspectos naturais. • Reconhecer variadas formas de representação do espaço brasileiro: cartográfica e tratamentos gráficos, matemáticos, estatísticos e iconográficos. • Compreender os fenômenos locais e regionais expressos por suas territorialidades, considerando as dimensões de espaço e tempo. Realidade aumentada • Agentes modeladores do relevo • Os relevos do Brasil Encaminhamento metodológico O conteúdo trabalhado neste capítulo envolve temas descritos nas seguintes habilida- des da BNCC: • EF07GE01, pois os conteúdos possibilitam avaliar as características das paisagens do território brasileiro. • EF07GE11, por meio da caracterização das dinâmicas dos elementos físicos e naturais presentes no nosso território. • EF07GE12, que envolve as ações praticadas pelos órgãos governamentais para a conservação dos elementos naturais existentes no Brasil. Explore as mudanças nas paisagens como resultado da ação de elementos, como rochas, formas de relevo e solos. Na sequência, destaque as características das paisagens retratadas nas duas ima- gens. Morro Testemunho caracteriza-se por uma elevação, geralmente com topo mais plano, mantido em função das resistências das rochas que o compõem. O Cânion Fortaleza (800 m de altitude, 5,8 km de comprimento e 2 km de largura) está localizado no Parque Nacional da Serra Geral, no município de Cambará do Sul. Comente com os alunos que a parte superior do cânion está localizada no Rio Grande do Sul e os paredões e o fundo do vale, em Santa Catarina. Explique a eles que o cânion presente na imagem foi formado há aproximadamente 130 milhões de anos, predomi- nantemente por 13 derrames vulcânicos com espessuras que variam entre 15 e 55 m. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 180PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 180 20/04/2021 11:16:2120/04/2021 11:16:21 181GEOGRAFIA ma3d/Shutt erstock un idade 180 Morro Testemunho, em Lençóis, Bahia. Vista parcial do Cânion Fortale za (Parque Nacional da Se rra Geral), em Cambará d o Sul, Rio Grande do Sul. Sk yf ot o- M ar co s A le xa nd re /W .C om m on s G lauco U m belino/W .Com m ons 1. Estrutura geológica, relevo e solos As imagens de abertura do capítulo retratam algumas características do relevo brasileiro: as elevações não são tão altas e os cânions não são tão frequentes. O que define a forma de relevo? Quais as outras for- mas de relevo existentes no Brasil? Qual é a relação entre estrutura geológica (rochas e minerais), formas de relevo e tipos de solo? Quais são as formas de relevo existentes no município onde você reside? Quais são os tipos de rochas e minerais existentes no seu município? 7 • Estrutura geológica brasileira • Características das formas de relevo • Formação e uso dos solos • Questões ambientais Geologia e hidrografi ado Brasil Escola Digital 181GEOGRAFIA ma3d/Shutt erstock EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Estrutura geológica Estrutura geológica ou província geológica refere-se às característicasestruturais da litosfera que, por sua vez, compreende a parte externa e sólida de nosso planeta. Essa estrutura compreende formações rochosas que influenciam as formas do relevo local e informam a sua idade aproximada e características mineralógicas. O Brasil está localizado na Placa Tectônica Sul-Americana e sua estrutura geológica é formada por bacias sedimentares, escudos cristalinos (crátons) e dobramentos antigos. Observe o mapa a seguir. OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 15º 30º 75º 60º 45º 0º Equador 30º 0 390 780 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:39 000 000 BRASIL – ESTRUTURA GEOLÓGICA ® N S LO Bacias sedimentares 1 – Amazônica 2 – do Maranhão 3 – do Paraná Dobramentos antigos 4 – Brasília 5 – Paraguai-Araguaia 6 – Atlântico Coberturas sedimentares correlativas ao Brasiliano Crátons 7 – Amazônico 8 – São Francisco 9 – Sul-rio-grandense 1 2 3 4 5 5 6 6 7 7 8 9 23º27'30" Tró pico de Capr icórnio SA E G ID IT A L S/ A Escala aproximada Projeção Policônica 1:39 000 000 0 390 780 km ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011. p. 47. Adaptado. As bacias sedimentares predominam no território brasileiro (abrangendo cerca de 64%) e foram formadas por sucessivos depósitos, tanto de origem marinha quanto continental. Os sedimentos depo- sitados foram transportados de áreas vizinhas com maior altitude. O Brasil é composto de três grandes bacias: do Paraná, Amazônica e do Maranhão (ou Parnaíba). Os sedimentos depositados contam a história geológica daquele momento. Por exemplo, a Bacia do Paraná (a mais antiga) é formada por camadas de arenitos (rocha sedimentar) que caracterizam o início da sedimentação continental. Posteriormente, parte da sua área foi coberta por basaltos (rocha magmática) devido a sucessivos derrames de lava. Já na Bacia Amazônica, os sedimentos são oriundos de grande parte da América do Sul e, segundo especialistas, ela ainda está se formando. Encaminhamento metodológico Explique aos alunos que estrutura geológica é a base da superfície terrestre. Ela foi formada ao longo da evolução geológica da Terra. Os processos geológicos que a forma- ram envolvem ações endógenas (com origem no interior da Terra) e exógenas (oriundas da estrutura externa), que ocorrem em ciclos contínuos atuando sobre as rochas. Observe o esquema a seguir, que simplifica os processos geológicos endógenos: Orogenia: movimentos horizontais da crosta; formam as cadeias montanhosas. Envolve processos que provocam a ascensão do magma do interior da Terra para a superfície. Epirogenia: movimentos verticais da crosta (muito lentos). Processos endógenos Tectonismo Vulcanismo Os processos exógenos englobam a atuação da tempe- ratura, do vento e da água sobre rochas e minerais expostos na superfície terrestre. O conhecimento da es- trutura geológica do Brasil é de fundamental importância para definição das formas do seu re- levo, bem como para identificar os possíveis recursos minerais existentes em seu território. Explique aos alunos que, em cada uma das diferentes estruturas, há características próprias que lhes dão identi- dade, resultando em desigual distribuição na superfície da Terra, tanto de rochas quanto de minerais, visto que a distri- buição de minérios depende da ação das forças internas que por sua vez têm atuado, no decorrer do tempo geológico, sobre as camadas da superfície terrestre. Acompanhe os alunos durante a leitura do mapa. Explique a eles que o Brasil ocu- pa aproximadamente 75% da Placa Tectônica Sul-Americana. Essa placa tem cerca de 60% de seu embasamento coberto por sedimentos formadores das ba- cias sedimentares fanerozoicas (que têm mais de 542 milhões de anos), com destaque para as bacias do Paraná, Parnaíba e Amazonas. A classificação adotada é de Jurandyr Ross. Porém, há outras classificações desse autor que detalham o relevo e não necessariamente a estrutura geológica do Brasil. Os alunos observarão essa classificação de relevo nas páginas seguintes. Orientação para RA Com base na Realidade aumentada, explore os princi- pais agentes modeladores do relevo e sua dinâmica. Solicite aos alunos que anotem os prin- cipais e busquem exemplos na natureza de áreas esculpidas de diferentes formas. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 181PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 181 20/04/2021 11:16:3120/04/2021 11:16:31 182 GEOGRAFIA 182 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Os escudos cristalinos ou crátons correspondem às formações rochosas mais antigas, com- postas principalmente de granito e gnaisse. Os principais são os escudos Amazônico, Sul-Amazônico e do São Francisco. Essas áreas foram desgastadas por sucessivos processos erosivos, os quais forneceram os sedimentos para a formação das bacias sedi- mentares. Mesmo sendo áreas antigas, aquelas formadas principal- mente por rochas metamórficas apresentam significativa riqueza mineral, como ouro, ferro, prata, chumbo, diamante entre outros, como os encontrados na Serra dos Carajás, no Pará. Nas mais antigas, a riqueza mineral é bem menos expressiva. Os dobramentos foram resultantes da tectônica de placas e da deriva continental. Podem ser classificados como antigos e modernos. No Brasil predominam os do- bramentos antigos, que originaram formas de relevo mais suaves e ar- redondadas. Os dobramentos de Brasília, Paraguai-Araguaia e Atlântico são exemplos de dobramentos antigos e arredondados pelo tempo. As serras Negra, da Canastra, da Mesa e as chapadas dos Veadeiros e Cristalina fazem parte do dobramento de Brasília. Já as serras da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço compõem o dobramento Atlântico. Algumas se originaram por falhamento, como a Serra do Mar. Extração mineral na Serra dos Carajás por meio do Projeto Grande Carajás, Pará. IsabeleC/W.Commons Serra da Canastra, Minas Gerais. D O U G _P HO TO GR AP HE R/ Sh utt ersto ck No link a seguir há a reportagem ...E a América do Sul se fez, de Carlos Fioravanti, expondo a relação da estrutura geológica da América do Sul com a do Brasil. • http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/10/21/e-a-america-do-sul-se-fez. PARA IR ALÉM Recursos minerais no território brasileiro Os minerais são importantes recursos naturais não renováveis que subsidiam muitas atividades econômicas, pois são matérias-primas utilizadas na construção civil e em diversas atividades industriais. Os minerais são classificados em metálicos (apresentam metal em sua formação) e não metálicos. A extração mineral no território é predominante em minerais metálicos, correspondendo a 77% da extração. Observe o gráfico a seguir. Extração mineral brasileira em 2016 Não metálicos: 23% Metálicos: 77% Ferro: 63,4% Ouro: 16,2% Cobre: 7,6% Alumínio: 4,8% Níquel: 3,5% Manganês: 1% Estanho: 1,3% Nióbio: 0,8% Outros: 1,4% BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário mineral brasileiro 2017. Principais substâncias metálicas. p. 1. Disponível em: http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-mineral/ anuario-mineral/anuario-mineral-brasileiro/amb_metalicos2017. Acesso em: 13 abr. 2019. Adaptado. Pa ul o de A br eu /S hu tt er st oc k Vista aérea das salinas do Rio Grande do Norte. 183GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 O Brasil é autossuficiente em relação a muitos minerais e se destaca no cenário mundial por ter importantes reservas. Observe o gráfico a seguir. Exportação e importação de recursos minerais brasileiros em 2016 (US$) Exportação Importação Saldo 31 329 496 696 5 178 832 406 26 150 664 290 35 000 000 000 30 000 000 000 25 000 000 000 20 000 000 000 15 000 000 000 10 000 000 000 5 000 000 000 0 Va lo r – U S$ BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário mineral brasileiro 2017. Principais substâncias metálicas. p. 16. Disponível em: http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-mineral/anuario-mineral/anuario-mineral-brasileiro/amb_metalicos2017. Acesso em: 13 abr. 2019. Os principais países parceiros para os quais o Brasil vendeu seus recursos minerais em 2016 foram China, EUA, Japão, Holanda e Canadá. Já os países dos quais o Brasil comprou recursos minerais em 2016 foram Chile, China, Peru, Rússia e EUA. O Brasil se destaca mundialmente na extração mineral por suas importantes reservas, principal- mente de: • Bauxita: matéria-prima do alumínio. As principais reservas estão localizadas no vale do Rio Trombetas (afluente do Rio Amazonas), próximo a Oriximiná, no Pará. • Ferro e manganês: localizadas na Serra dos Carajás (Pará), no Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais) e no Maciço de Urucum (Mato Grosso do Sul). • Nióbio: com importantes reservas no município de Araxá, em Minas Gerais. • Calcário: encontrado na Bahia, no Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais. • Sal: encontrado no Ceará, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Encaminhamento metodológico Explique aos alunos que os dobramentos antigos foram for- mados nas eras Pré- Cambriana e Paleozoica e que foram desgas- tados por processos erosivos su- cessivos. Como o território bra- sileiro ocupa a área central da Placa Tectônica Sul-Americana, isto é, está distante das áreas de contato dessa placa com as pla- cas Africana e de Nazca (princi- palmente), não há dobramentos modernos que apresentam altas altitudes, como a Cordilheira dos Andes. Incentive a leitura da reportagem indicada na seção Para ir além. Se possível, orga- nize a leitura em sala de aula e auxilie na leitura das ilustrações que retratam o supercontinen- te de Rodínia, há 900 milhões de anos. Estudos geológicos expõem que Rodínia se frag- mentou e formou os continen- tes atuais. Explique aos alunos que essas afirmações são uma teoria e por isso estudos são realizados em uma tentativa de comprová-la. Retome os conceitos de minerais e relembre as teorias da Tectônica de Placas e da Deriva Continental. Explique aos alunos que os minerais, por não serem renováveis, devem ser extraídos de forma equilibrada e devem ser reciclados, apesar de isso envolver elevado custo. Há minérios que podem ser explorados ainda por muito tempo por existirem em abun- dância (silício e cal, por exem- plo). Entretanto, também há aqueles que devem ser usados de forma mais contida para não serem extintos em pouco tem- po, como é o caso do minério de ferro, que se continuar sendo usado no ritmo atual poderá ter suas reservas esgotadas em até 200 anos. O mesmo pode acon- tecer com o níquel e a bauxita, que poderão terminar em até 100 anos, ou mercúrio, cobre, zinco e chumbo, que poderão esgotar em aproximadamente 50 anos. Dica para ampliar o trabalho O texto Deriva continental, publicado no site a seguir, apresenta as principais evi- dências da Teoria da Deriva Continental. • http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2093 PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 182PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 182 20/04/2021 11:16:3520/04/2021 11:16:35 183GEOGRAFIA 182 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Os escudos cristalinos ou crátons correspondem às formações rochosas mais antigas, com- postas principalmente de granito e gnaisse. Os principais são os escudos Amazônico, Sul-Amazônico e do São Francisco. Essas áreas foram desgastadas por sucessivos processos erosivos, os quais forneceram os sedimentos para a formação das bacias sedi- mentares. Mesmo sendo áreas antigas, aquelas formadas principal- mente por rochas metamórficas apresentam significativa riqueza mineral, como ouro, ferro, prata, chumbo, diamante entre outros, como os encontrados na Serra dos Carajás, no Pará. Nas mais antigas, a riqueza mineral é bem menos expressiva. Os dobramentos foram resultantes da tectônica de placas e da deriva continental. Podem ser classificados como antigos e modernos. No Brasil predominam os do- bramentos antigos, que originaram formas de relevo mais suaves e ar- redondadas. Os dobramentos de Brasília, Paraguai-Araguaia e Atlântico são exemplos de dobramentos antigos e arredondados pelo tempo. As serras Negra, da Canastra, da Mesa e as chapadas dos Veadeiros e Cristalina fazem parte do dobramento de Brasília. Já as serras da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço compõem o dobramento Atlântico. Algumas se originaram por falhamento, como a Serra do Mar. Extração mineral na Serra dos Carajás por meio do Projeto Grande Carajás, Pará. IsabeleC/W.Commons Serra da Canastra, Minas Gerais. D O U G _P HO TO GR AP HE R/ Sh utt ersto ck No link a seguir há a reportagem ...E a América do Sul se fez, de Carlos Fioravanti, expondo a relação da estrutura geológica da América do Sul com a do Brasil. • http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/10/21/e-a-america-do-sul-se-fez. PARA IR ALÉM Recursos minerais no território brasileiro Os minerais são importantes recursos naturais não renováveis que subsidiam muitas atividades econômicas, pois são matérias-primas utilizadas na construção civil e em diversas atividades industriais. Os minerais são classificados em metálicos (apresentam metal em sua formação) e não metálicos. A extração mineral no território é predominante em minerais metálicos, correspondendo a 77% da extração. Observe o gráfico a seguir. Extração mineral brasileira em 2016 Não metálicos: 23% Metálicos: 77% Ferro: 63,4% Ouro: 16,2% Cobre: 7,6% Alumínio: 4,8% Níquel: 3,5% Manganês: 1% Estanho: 1,3% Nióbio: 0,8% Outros: 1,4% BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário mineral brasileiro 2017. Principais substâncias metálicas. p. 1. Disponível em: http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-mineral/ anuario-mineral/anuario-mineral-brasileiro/amb_metalicos2017. Acesso em: 13 abr. 2019. Adaptado. Pa ul o de A br eu /S hu tt er st oc k Vista aérea das salinas do Rio Grande do Norte. 183GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 O Brasil é autossuficiente em relação a muitos minerais e se destaca no cenário mundial por ter importantes reservas. Observe o gráfico a seguir. Exportação e importação de recursos minerais brasileiros em 2016 (US$) Exportação Importação Saldo 31 329 496 696 5 178 832 406 26 150 664 290 35 000 000 000 30 000 000 000 25 000 000 000 20 000 000 000 15 000 000 000 10 000 000 000 5 000 000 000 0 Va lo r – U S$ BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário mineral brasileiro 2017. Principais substâncias metálicas. p. 16. Disponível em: http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia- mineral/anuario-mineral/anuario-mineral-brasileiro/amb_metalicos2017. Acesso em: 13 abr. 2019. Os principais países parceiros para os quais o Brasil vendeu seus recursos minerais em 2016 foram China, EUA, Japão, Holanda e Canadá. Já os países dos quais o Brasil comprou recursos minerais em 2016 foram Chile, China, Peru, Rússia e EUA. O Brasil se destaca mundialmente na extração mineral por suas importantes reservas, principal- mente de: • Bauxita: matéria-prima do alumínio. As principais reservas estão localizadas no vale do Rio Trombetas (afluente do Rio Amazonas), próximo a Oriximiná, no Pará. • Ferro e manganês: localizadas na Serra dos Carajás (Pará), no Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais) e no Maciço de Urucum (Mato Grosso do Sul). • Nióbio: com importantes reservas no município de Araxá, em Minas Gerais. • Calcário: encontrado na Bahia, no Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais. • Sal: encontrado no Ceará, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Encaminhamento metodológico Explique aos alunos que os valores indicados no gráfico se referem aos oito prin- cipais minerais metálicos: alumínio (bauxita), cobre, estanho, ferro, manganês, nióbio, níquel e ouro. Além dos citados, o Brasil exporta também: grafite natural, tântalo, cau- lim, magnésio, cromo e chumbo. Os principais minerais que o Brasil importasão: zinco, zircônio, potássio, carvão mineral e enxofre. Comente com os alunos que o Brasil é autossuficiente em titânio, feldspato, lítio, talco, cimento e calcário (rocha). Enfatize que o fato de um país ser rico em reservas mi- nerais não significa, necessariamente, que seja desenvolvido, pois o valor dos minérios geralmente é mais baixo que o dos produtos gerados. É importante comentar com os alunos que se o país fornecedor de matéria-prima mineral (a maioria dos países não desenvolvidos) apresenta um setor industrial inex- pressivo, ele será dependente economicamente dos países para os quais exporta a matéria-prima e dos quais importa produtos industrializados. Mencione que isso aconte- ce porque os países produtores normalmente não têm mão de obra especializada e tecnologias apropriadas para aproveita- mento da produção mineral na fabricação de produtos sofisti- cados e equipamentos de alta tecnologia. Assim, obrigam-se a comprar esses produtos de países desenvolvidos, que os fabricam usando matéria-prima importada de países produtores. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 183PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 183 20/04/2021 11:16:3620/04/2021 11:16:36 184 GEOGRAFIA 184 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Vulcanismo e terremotos no Brasil O Brasil está localizado na porção central da Placa Tectônica Sul-Americana. Essa posição caracteriza certa estabilidade geológica, tanto em relação aos terremotos quanto ao vulcanismo. Em relação ao vulcanismo, derra- mes de lava ocorreram no território brasileiro, principalmente em Santa Catarina (Lajes e Anitápoles), São Paulo (Jacupiranga) e Minas Gerais (Serra Negra e Poços de Caldas), na Era Mesozoica. Já as ilhas de Fernando de Noronha, Abrolhos, Trindade, São Pedro e São Paulo são formações vulcânicas que da- tam da Era Cenozoica. As atividades vulcânicas que ocorreram foram fissurais, isto é, sem a formação do cone vulcânico, e resultaram de 8 a 13 derrames de lava que encobriram grande parte da Região Sul do Brasil. Os terremotos (abalos sísmicos) que afetam o Brasil são de baixa magnitude, abaixo de 4,5 graus na escala Richter, devido à inexistência de falhas geológicas ativas. Os que ocorrem resultam da mo- vimentação de pequenas falhas na crosta terrestre ou são reflexos de terremotos fortes ocorridos em áreas próximas, como na Cordilheira dos Andes. Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (OBSIS), em 27 de outubro de 2018 ocorreu um terremoto de 3,2 graus de magnitude em Amargosa, Bahia, às 6 horas e 36 minutos. Em setembro de 2018 ocorreram 9 terremotos que afetaram Pará, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e São Paulo. Poços de Caldas, Minas Gerais, cidade localizada sobre uma antiga cratera vulcânica extinta há mais de 90 milhões de anos. A nd re ia R ei s/ W .C o m m on s No link a seguir você encontra a reportagem Observatório Sismológico é referência nacional na detecção de terremotos, de Serena Veloso. • https://noticias.unb.br/publicacoes/117-pesquisa/650-observatorio- sismologico-e-referencia-na-deteccao-de-terremotos PARA IR ALÉM Diferentes formas de relevo As formas de relevo são decorrentes da interação da estrutura geológica com os tipos climáticos predominantes. Cerca de 59% do território brasileiro se caracteriza por planaltos, que são áreas elevadas em relação às vizinhas, com altitudes superiores a 200 metros. As elevações correspondem a 3%, com mais de 900 metros de altitude, sendo o Pico da Neblina (Serra do Imeri, no Amazonas) o ponto mais alto, com 2 995,30 metros. A classificação mais utilizada é a do geógrafo Jurandyr Ross, que classificou o relevo do Brasil com base nas informações obtidas durante o Projeto RADAMBRASIL. O relevo brasileiro está estruturado em 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies, que foram identificados por meio das feições geomorfológicas e de análises que integravam os meios físico e biótico. 185GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Observe o mapa a seguir. SA E D IG IT A L S/ A BRASIL – RELEVO (CLASSIFICAÇÃO DE JURANDYR ROSS) 23º27'30" Trópico de Capricórnio OCEANO ATLÂNTICO 0º Equador 15º 30º 60º 45º 1 1 2 3 4 5 6 6 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 12 12 21 22 23 24 26 27 28 28 25 9 2 2 5 5 1 - Planalto da Amazônia Oriental 2 - Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba 3 - Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná 4 - Planalto e Chapada dos Parecis 5 - Planaltos Residuais Norte-Amazônicos 6 - Planaltos Residuais Sul-Amazônicos 7 - Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste 8 - Planaltos e Serras de Goiás-Minas 9 - Serras Residuais do Alto Paraguai 10 - Planalto da Borborema 11 - Planalto Sul-Rio-Grandense 12 - Depressão da Amazônia Ocidental 13 - Depressão Marginal Norte-Amazônica 14 - Depressão Marginal Sul-Amazônica 15 - Depressão do Araguaia 16 - Depressão Cuiabana 17 - Depressão do Alto Paraguai-Guaporé 18 - Depressão do Miranda 19 - Depressão Sertaneja e do São Francisco 20 - Depressão do Tocantins 21 - Depressão Periférica da Bacia do Paraná 22 - Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense 23 - Planície do Rio Amazonas 24 - Planície do Rio Araguaia 25 - Planície e Pantanal do Rio Guaporé 26 - Planície e Pantanal Mato-Grossense 27 - Planície da Lagoa dos Patos e Mirim 28 - Planícies e Tabuleiros Litorâneos Planaltos Depressões Planícies ¬ N S O L 0 340 680 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:34 000 000 0 477 954 km 1:47 700 000 ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p. 53. Adaptado. 1. Observe o perfil de relevo a seguir. 3000 (m) 2000 1000 0 A • NO A B B • SE SA E D IG IT A L S/ A Perfil da Região Amazônica: noroeste-sudeste Planaltos residuais norte-amazônicos Depressão marginal norte-amazônica Planalto da Amazônia oriental Planície Amazônica Depressão marginal sul-amazônica Rio Amazonas Planaltos residuais sul-amazônicos Descreva as principais formas de relevo presentes no perfil da Região Amazônica. DESENVOLVER E APLICAR Encaminhamento metodológico Providencie um mapa- -múndi físico e trabalhe com ele sobre a mesa ou no chão, direcionando a parte superior para o lado norte e tendo a sala de aula como referência. Localize a América do Sul, o Brasil, a área que caracteriza o Círculo (ou Anel) de Fogo do Pacífico e a Dorsal Mesoceânica do Atlântico Sul, bem como a Fossa Peru-Chile. Explique aos alunos que a dorsal e a fossa são os limites da Placa Tectônica Sul-Americana. Localize novamente o Brasil e destaque o fato de o nosso território estar longe do Anel de Fogo do Pacífico, o que contri- bui para a estabilidade geoló- gica, com poucos movimentos e mudanças da crosta terrestre em nosso território. Comente com os alunos que o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília conta com cerca de 80 esta- ções espalhadas pelo Brasil. A implantação data da década de 1960, quando profissio- nais britânicos analisaram a viabilidade de implantação de um sistema sismográfico no Distrito Federal. Essa equipe montou antes um aparato em torres de madeira, na porção norte de Taguatinga (cidade- -satélite), com o qual foram gravadas as primeiras medições sísmicas oriundas de sensores que estavam a quilômetros de distância. Após essa pesquisa, realizada por profissionais brasi- leiros e britânicos, foi implan- tado um sofisticado sistema sismográfico em todas as regiões brasileiras. Esse sistema conta com 80 estações, 30 sob a responsabilidade da UnB, localizadas nas regiões Centro- -Oeste e Norte, conectadas por satélites. Providencie um mapa polí- tico e um físico do Brasil. Trabalhe com os alunos sobre a mesa ou no chão, posicionando a parte su- perior para o lado norte e tendo a sala de aula como referência. Relembre as formas de relevo (elevações, planaltos, planícies e depressões) e mostrenos mapas a distribuição dessas formas no território brasileiro. O relevo tem relação direta com a estrutura geológica. Enfatize que somente 3% do nosso território tem altitude acima de 900 m sob a forma de planaltos e algumas elevações. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 184PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 184 20/04/2021 11:16:3820/04/2021 11:16:38 185GEOGRAFIA 184 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Vulcanismo e terremotos no Brasil O Brasil está localizado na porção central da Placa Tectônica Sul-Americana. Essa posição caracteriza certa estabilidade geológica, tanto em relação aos terremotos quanto ao vulcanismo. Em relação ao vulcanismo, derra- mes de lava ocorreram no território brasileiro, principalmente em Santa Catarina (Lajes e Anitápoles), São Paulo (Jacupiranga) e Minas Gerais (Serra Negra e Poços de Caldas), na Era Mesozoica. Já as ilhas de Fernando de Noronha, Abrolhos, Trindade, São Pedro e São Paulo são formações vulcânicas que da- tam da Era Cenozoica. As atividades vulcânicas que ocorreram foram fissurais, isto é, sem a formação do cone vulcânico, e resultaram de 8 a 13 derrames de lava que encobriram grande parte da Região Sul do Brasil. Os terremotos (abalos sísmicos) que afetam o Brasil são de baixa magnitude, abaixo de 4,5 graus na escala Richter, devido à inexistência de falhas geológicas ativas. Os que ocorrem resultam da mo- vimentação de pequenas falhas na crosta terrestre ou são reflexos de terremotos fortes ocorridos em áreas próximas, como na Cordilheira dos Andes. Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (OBSIS), em 27 de outubro de 2018 ocorreu um terremoto de 3,2 graus de magnitude em Amargosa, Bahia, às 6 horas e 36 minutos. Em setembro de 2018 ocorreram 9 terremotos que afetaram Pará, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e São Paulo. Poços de Caldas, Minas Gerais, cidade localizada sobre uma antiga cratera vulcânica extinta há mais de 90 milhões de anos. A nd re ia R ei s/ W .C o m m on s No link a seguir você encontra a reportagem Observatório Sismológico é referência nacional na detecção de terremotos, de Serena Veloso. • https://noticias.unb.br/publicacoes/117-pesquisa/650-observatorio- sismologico-e-referencia-na-deteccao-de-terremotos PARA IR ALÉM Diferentes formas de relevo As formas de relevo são decorrentes da interação da estrutura geológica com os tipos climáticos predominantes. Cerca de 59% do território brasileiro se caracteriza por planaltos, que são áreas elevadas em relação às vizinhas, com altitudes superiores a 200 metros. As elevações correspondem a 3%, com mais de 900 metros de altitude, sendo o Pico da Neblina (Serra do Imeri, no Amazonas) o ponto mais alto, com 2 995,30 metros. A classificação mais utilizada é a do geógrafo Jurandyr Ross, que classificou o relevo do Brasil com base nas informações obtidas durante o Projeto RADAMBRASIL. O relevo brasileiro está estruturado em 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies, que foram identificados por meio das feições geomorfológicas e de análises que integravam os meios físico e biótico. 185GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Observe o mapa a seguir. SA E D IG IT A L S/ A BRASIL – RELEVO (CLASSIFICAÇÃO DE JURANDYR ROSS) 23º27'30" Trópico de Capricórnio OCEANO ATLÂNTICO 0º Equador 15º 30º 60º 45º 1 1 2 3 4 5 6 6 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 12 12 21 22 23 24 26 27 28 28 25 9 2 2 5 5 1 - Planalto da Amazônia Oriental 2 - Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba 3 - Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná 4 - Planalto e Chapada dos Parecis 5 - Planaltos Residuais Norte-Amazônicos 6 - Planaltos Residuais Sul-Amazônicos 7 - Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste 8 - Planaltos e Serras de Goiás-Minas 9 - Serras Residuais do Alto Paraguai 10 - Planalto da Borborema 11 - Planalto Sul-Rio-Grandense 12 - Depressão da Amazônia Ocidental 13 - Depressão Marginal Norte-Amazônica 14 - Depressão Marginal Sul-Amazônica 15 - Depressão do Araguaia 16 - Depressão Cuiabana 17 - Depressão do Alto Paraguai-Guaporé 18 - Depressão do Miranda 19 - Depressão Sertaneja e do São Francisco 20 - Depressão do Tocantins 21 - Depressão Periférica da Bacia do Paraná 22 - Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense 23 - Planície do Rio Amazonas 24 - Planície do Rio Araguaia 25 - Planície e Pantanal do Rio Guaporé 26 - Planície e Pantanal Mato-Grossense 27 - Planície da Lagoa dos Patos e Mirim 28 - Planícies e Tabuleiros Litorâneos Planaltos Depressões Planícies ¬ N S O L 0 340 680 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:34 000 000 0 477 954 km 1:47 700 000 ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p. 53. Adaptado. 1. Observe o perfil de relevo a seguir. 3000 (m) 2000 1000 0 A • NO A B B • SE SA E D IG IT A L S/ A Perfil da Região Amazônica: noroeste-sudeste Planaltos residuais norte-amazônicos Depressão marginal norte-amazônica Planalto da Amazônia oriental Planície Amazônica Depressão marginal sul-amazônica Rio Amazonas Planaltos residuais sul-amazônicos Descreva as principais formas de relevo presentes no perfil da Região Amazônica. DESENVOLVER E APLICAR Encaminhamento metodológico Acompanhe os alunos durante a leitura do mapa. Explique a eles que a pro- posta do prof.º Jurandyr Ross foi desenvolvida depois de sua participação no Projeto RADAMBRASIL, a pedido do governo brasileiro e em parceria com a NASA (EUA), entre 1970 e 1980. Esse projeto tinha como objetivo realizar estudos do território brasileiro por meio de imagens de radar captadas por avião. Com os resultados dessa pesquisa, o prof.° Jurandyr atualizou as classificações já existentes do relevo brasileiro. As clas- sificações anteriores eram do prof.° Aroldo de Azevedo, de 1949, que apresentavam sete unidades com quatro planaltos (Central, das Guianas, Atlântico e Meridional) e três planícies (Pantanal, Costeira e Amazônica), e do prof.° Aziz Ab’Saber, que indicava dez unidades, sendo seis planaltos (das Guianas, Central, do Maranhão-Piauí, Nordestino, Meridional e Uruguaio-Sul-Rio-Grandense), três planícies (Terras Baixas Amazônicas, do Pantanal e Terras Baixas Costeiras) e Serras e Planaltos do Leste e Sudeste (também chamadas de Mares de Morros). Comente com os alu- nos que na Serra do Imeri, no Amazonas, estão localizados os pontos mais altos do Brasil, como o Pico da Neblina (2 995,30 metros de altitude) e o Pico 31 de Março (2 974,18 metros de altitude). Resposta 1. Espera-se que o aluno responda que nesse perfil ocorre o predomínio de áreas de depressão, como a Marginal Norte-Amazônica e a Marginal Sul-Amazônica, com planaltos de altitudes variadas, e a Planície Amazônica. Orientação para RA Esta Realidade aumentada tem por objetivo testar análise e compreensão dos alunos sobre a classificação dos relevos do Brasil, segundo Jurandyr Ross. Os alunos serão direcionados para um mapa físico do Brasil no qual encontrarão algumas perguntas sobre o relevo pre- dominante no local. Aproveite o momento e observe se os alu- nos apresentam dificuldade ao resolver o exercício interativo. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 185PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 185 20/04/2021 11:16:3920/04/2021 11:16:39 186 GEOGRAFIA 186 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 2. Observe os perfis de relevo a seguir. SA E D IG IT A L S/ A 3000 (m) 2000 1000 0 A B A • NO B • SE Perfil das regiões Centro-Oeste e Sudeste: noroeste-sudeste Pantanal Mato-Grossense Planaltos e chapadas da bacia do Paraná Depressão periférica Rio Paraná Oceano Planaltos e serras do leste-sudeste 3000 (m) 2000 1000 0 A B A • NO B • SE SA E D IG IT A L S/ A Perfil da Região Nordeste: leste-oeste Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba Depressão sertaneja Rio Parnaíba Oceano Planaltoda Borborema Tabuleiros litorâneos a) Descreva as principais formas de relevo presentes no perfil das regiões Centro-Oeste e Sudeste. b) Descreva as principais formas de relevo presentes no perfil da Região Nordeste. 3. Quais são as semelhanças e as diferenças entre as formas de relevo nesses três perfis? 187GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Solos Solos são compostos de elementos naturais como água, ar e minerais (oriundos da decomposição das rochas), matéria orgânica (restos de vegetais e animais) e micror- ganismos. Suas características são decorrentes da ação do clima e do relevo, principalmente sobre esses elementos, por meio do tempo geológico. Devido à extensão do território brasileiro, de sua estrutura geológica, dos tipos climáticos, da vegetação e do relevo, há uma significativa diversidade de tipos de solo. Solos típicos de áreas tropicais, os latossolos predo- minam no Brasil, pois o clima é quente e úmido. São de baixa fertilidade, mas podem ser utilizados na agricultura se forem preparados e adubados adequadamente. Apesar de apresentarem essas características, os latossolos presentes na Região Sul do Brasil (terra roxa, como são chamados) são férteis, pois resultam da decomposição do basalto (rocha magmática). Já os solos argilosos (massapê), que predominam no Nordeste, são oriundos principalmente da decomposição do gra- nito (rocha magmática), apresentando de média a alta fertilidade. Os solos que predominam na Região Centro-Oeste são de baixa fertilidade, mas quando adubados corretamente são utilizados para agricultura e pecuária (pastagem). Já os encontrados na Região Sudeste, devido ao relevo (predomínio de planaltos e serras) e ao clima quente (mais ameno nas áreas altas), são bem desenvolvidos e grande parte com baixa fertilidade. Latossolo. Sandra A. Dunlap/Shutterstock No link a seguir, o portal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), você encontra mais informações sobre solos, tanto em texto quanto em vídeo. • https://www.embrapa.br/contando-ciencia/solos PARA IR ALÉM O quadro a seguir apresenta características dos principais tipos de solo que ocorrem no Brasil. Região Algumas características Potencial de uso Norte Baixa fertilidade Requer técnicas e manejo especiais para a prática agrícola. Sudeste Baixa fertilidade Requer técnicas e manejo especiais para a prática agrícola. Nordeste Média e alta fertilidade Prática agrícola difi cultada pela falta de água em algumas áreas. Sul Alta fertilidade Alto potencial agrossilvipastoril. Centro-Oeste Baixa fertilidade Potencial agrícola e pecuário. Resposta 2. a) Espera-se que o aluno responda que no perfil ocorre o predomínio de planaltos, tanto os associados com chapadas da Bacia do Paraná, quanto os associados às serras do leste-sudeste. Além dos planaltos, ocorrem a depressão periférica e o Pantanal Mato-Grossense. b) Espera-se que o aluno responda que ocorre o predomínio de planaltos, como o da Borborema, associados com chapadas como na Bacia do Parnaíba, além da depressão sertaneja e dos Tabuleiros Litorâneos. 3. Espera-se que o aluno responda que os planaltos predominam, mas com altitudes diferenciadas nas três regiões. As semelhanças são as formas de relevo e as diferenças são as altitudes. Os planaltos com maiores altitudes estão próximos ao ponto A no perfil da Região Amazônica. As áreas de depressão também são de altitudes diferentes e a mais alta ocorre no perfil das regiões Centro-Oeste e Sudeste. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 186PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 186 20/04/2021 11:16:4020/04/2021 11:16:40 187GEOGRAFIA 186 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 2. Observe os perfis de relevo a seguir. SA E D IG IT A L S/ A 3000 (m) 2000 1000 0 A B A • NO B • SE Perfil das regiões Centro-Oeste e Sudeste: noroeste-sudeste Pantanal Mato-Grossense Planaltos e chapadas da bacia do Paraná Depressão periférica Rio Paraná Oceano Planaltos e serras do leste-sudeste 3000 (m) 2000 1000 0 A B A • NO B • SE SA E D IG IT A L S/ A Perfil da Região Nordeste: leste-oeste Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba Depressão sertaneja Rio Parnaíba Oceano Planalto da Borborema Tabuleiros litorâneos a) Descreva as principais formas de relevo presentes no perfil das regiões Centro-Oeste e Sudeste. b) Descreva as principais formas de relevo presentes no perfil da Região Nordeste. 3. Quais são as semelhanças e as diferenças entre as formas de relevo nesses três perfis? 187GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Solos Solos são compostos de elementos naturais como água, ar e minerais (oriundos da decomposição das rochas), matéria orgânica (restos de vegetais e animais) e micror- ganismos. Suas características são decorrentes da ação do clima e do relevo, principalmente sobre esses elementos, por meio do tempo geológico. Devido à extensão do território brasileiro, de sua estrutura geológica, dos tipos climáticos, da vegetação e do relevo, há uma significativa diversidade de tipos de solo. Solos típicos de áreas tropicais, os latossolos predo- minam no Brasil, pois o clima é quente e úmido. São de baixa fertilidade, mas podem ser utilizados na agricultura se forem preparados e adubados adequadamente. Apesar de apresentarem essas características, os latossolos presentes na Região Sul do Brasil (terra roxa, como são chamados) são férteis, pois resultam da decomposição do basalto (rocha magmática). Já os solos argilosos (massapê), que predominam no Nordeste, são oriundos principalmente da decomposição do gra- nito (rocha magmática), apresentando de média a alta fertilidade. Os solos que predominam na Região Centro-Oeste são de baixa fertilidade, mas quando adubados corretamente são utilizados para agricultura e pecuária (pastagem). Já os encontrados na Região Sudeste, devido ao relevo (predomínio de planaltos e serras) e ao clima quente (mais ameno nas áreas altas), são bem desenvolvidos e grande parte com baixa fertilidade. Latossolo. Sandra A. Dunlap/Shutterstock No link a seguir, o portal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), você encontra mais informações sobre solos, tanto em texto quanto em vídeo. • https://www.embrapa.br/contando-ciencia/solos PARA IR ALÉM O quadro a seguir apresenta características dos principais tipos de solo que ocorrem no Brasil. Região Algumas características Potencial de uso Norte Baixa fertilidade Requer técnicas e manejo especiais para a prática agrícola. Sudeste Baixa fertilidade Requer técnicas e manejo especiais para a prática agrícola. Nordeste Média e alta fertilidade Prática agrícola difi cultada pela falta de água em algumas áreas. Sul Alta fertilidade Alto potencial agrossilvipastoril. Centro-Oeste Baixa fertilidade Potencial agrícola e pecuário. Encaminhamento metodológico Explique aos alunos que solo é um conjunto de elementos naturais composto de materiais orgânicos (resíduos vegetais e de animais) e minerais (provenientes da intem- perização das rochas), além de água e ar. Comente com os alunos que as características do solo se originam durante o pro- cesso de sua formação devido à atuação de fatores que se inter-relacionam, tais como material de origem (rocha mãe), formas de relevo, tipos climáticos, microrganismos, bem como do tempo geológico. Devido a aspectos como tamanho de seu território, estrutura litológica, formas de relevo, vegetação e climas, ocorre no Brasil uma significativa diversidade de tipos de solo, o que dificulta a elaboração de um mapa, pois o produto gerado passa a conter inúmeras informações. Se possível, projete o mapa de solos que está no primeiro link indicado na seção Dica para ampliar o trabalho. Explique aos alunos que as diferenciações regionais em relação à variedade de solos estão diretamente ligadas às condições climáticas e geomor- fológicas, o que interfere no potencial agrícola e na diver- sidade de suaspaisagens. Isso resulta também em diferentes usos do solo que refletem no desenvolvimento diferenciado das regiões. Dica para ampliar o trabalho 1. No link a seguir há a classifi- cação de solos adotada para o Brasil. • https://www.embrapa.br/ tema-solos-brasileiros/ solos-do-brasil 2. No link a seguir você en- contra informações sobre a classificação dos solos. • http://ainfo.cnptia. embrapa.br/digital/ bitstream/item/19350/1/ Jacomine.pdf PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 187PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 187 20/04/2021 11:16:4120/04/2021 11:16:41 188 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Voçoroca no município de Avaré, São Paulo. Jo se R ey na ld o da F on se ca /W .C om m on s Questões ambientais As questões ambientais relacionadas às estruturas física e ambiental do espaço geográfico envolvem tanto as ações da sociedade quanto as naturais. As ações da natureza envolvem atividades vulcânicas, sísmicas, chuvas intensas, deslizamentos de encostas entre outras. As ações da sociedade estão relacionadas a atividades como extração mineral, retirada da cober- tura vegetal, poluição e contaminação da água e do solo e processos erosivos, principalmente os que envolvem os solos. Os processos erosivos referem-se ao desgaste do solo e das rochas, bem como ao transporte e à sedimentação. Intemperismo é o conjunto de processos químicos, físicos e biológicos que proporciona esse desgaste. Essa etapa envolve a desintegração física, que desagrega os solos e as rochas por meio da ação principalmente do clima, e a decomposição química, que é a ação da água sobre os elementos minerais. O transporte é realizado principalmente por meio de vento e água, conforme o tamanho dos sedi- mentos. Os mais pesados são depositados mais perto do local e os mais leves, em áreas mais distantes. A sedimentação envolve a deposição dos sedimentos que irão formar as rochas sedimentares. Durante esse processo, podem ser depositados outros materiais, como restos de vegetais e animais. Os processos erosivos podem ocorrer lentamente (erosão geológica) ou rapidamente (erosão ace- lerada), decorrentes das ações das sociedades. Em relação à intensidade dos processos erosivos, pode ser erosão laminar, quando a camada su- perficial de sedimentos é retirada por chuva ou vento, ocorrendo a formação de caminhos deixados pela água, chamados de sulcos erosivos; havendo a formação de buracos (ravinas) ocorre o ravinamento; quando ocorre o aumento do tamanho das ravinas, são identificadas voçorocas, que podem atingir o lençol freático. É muito difícil e envolve alto custo implantar medidas para conter ou reverter as voço- rocas, pois ocorre inviabilidade de uso da área. Observe a imagem a seguir. 188 GEOGRAFIA lif ef or st oc k/ Fr ee pi k 189GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Quanto ao tipo de processo erosivo, pode ser pluvial (águas das chuvas), fluvial (águas dos rios), marinho (águas do mar), eólico (ação dos ventos), glacial (congelamento de rochas e solos e movimen- tação em blocos) e gravitacional (encostas das elevações com alta declividade). Esses processos erosivos são a principal preocupação no Brasil, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. De forma geral, a degradação e a perda de solos agricultáveis é o tema principal de projetos que objetivam a recuperação e, consequentemente, o aumento da produtividade da agropecuária. O vento e a água são os agentes naturais de degradação e perda de solos. Já as ações das socieda- des envolvem desmatamento, práticas de mineração e da agropecuária de forma intensa e inadequada, uso de sistemas de irrigação impróprios, entre outras. Os solos são transportados principalmente pelas águas das chuvas e depositados nos rios (áreas mais baixas), o que contribui para seu assoreamento, diminui sua vazão e, caso ocorra o aumento das chuvas, provoca inundações, pois a profundidade e a capacidade de escoamento de água diminuem. Caso os processos erosivos não sejam minimizados ou contidos, pode ocorrer potencialização do processo de arenização em áreas onde predominam solos arenosos, terrenos com declives, má utilização do solo e chuvas intensas. Quando a cobertura vegetal é retirada e o cultivo é realizado sem preocupação com manejo correto, o solo fica exposto e, com as chuvas constantes, as partículas são transportadas, formando areais. Esse processo ocorre no Rio Grande do Sul, principalmente nos municípios de São Francisco de Assis, Rosário do Sul e Alegrete. Observe na ilustração como ocorre o processo de arenização. Antes Depois Relevo Ação humana Consequência deposição de sedimentos bancos de areia Chuvas e vento SA E D IG IT A L S/ A Outras consequências dos processos erosivos são os deslizamentos de encostas ou movimentos de massa, que ocorrem em função do alto índice de chuvas, declividade da encosta, desmatamento e uso do espaço de forma inadequada. Encaminhamento metodológico Explique aos alunos que intemperismo é um processo erosivo que ocorre constan- temente e age sobre rochas e solos expostos na superfície ter- restre. Utilizando a rocha como exemplo, comente com eles que quando ela está na superfície as mudanças de temperatura agem sobre sua estrutura, isto é, a temperatura do ar mais alta faz com que a estrutura da ro- cha se dilate um pouco; quando a temperatura diminui, a estru- tura se contrai. Esse movimento constante por milhares de anos origina rachaduras na estrutura. Quando ocorre a chuva, a água se infiltra nessas rachaduras e reage com os minerais que com- põem a rocha. Assim, a rocha vai se desintegrando, pois é trans- formada em sedimentos. Parte desses sedimentos é transpor- tada pelo vento ou água. Esses sedimentos serão depositados em áreas mais baixas e, com o tempo geológico, irão originar as rochas sedimentares. Os se- dimentos que permanecem no local vão originar, com o tempo geológico, os solos. Esclareça que o processo de voçorocamento é causado pelo escoamento das águas das chuvas em áreas desmatadas e que as atividades humanas podem acelerar substancial- mente esse processo ao alterar a cobertura vegetal dos lugares. Enfatize que a erosão, além do empobrecimento dos solos, pode contribuir para sua contaminação e, em situações mais sérias, para a desertificação. Dica para ampliar o trabalho Técnica recupera voçoroca, de Fernando Yoneya. • https://www.estadao.com. br/noticias/geral,tecnica- recupera-vocoroca,157441 PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 188PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 188 20/04/2021 11:16:4620/04/2021 11:16:46 189GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Voçoroca no município de Avaré, São Paulo. Jo se R ey na ld o da F on se ca /W .C om m on s Questões ambientais As questões ambientais relacionadas às estruturas física e ambiental do espaço geográfico envolvem tanto as ações da sociedade quanto as naturais. As ações da natureza envolvem atividades vulcânicas, sísmicas, chuvas intensas, deslizamentos de encostas entre outras. As ações da sociedade estão relacionadas a atividades como extração mineral, retirada da cober- tura vegetal, poluição e contaminação da água e do solo e processos erosivos, principalmente os que envolvem os solos. Os processos erosivos referem-se ao desgaste do solo e das rochas, bem como ao transporte e à sedimentação. Intemperismo é o conjunto de processos químicos, físicos e biológicos que proporciona esse desgaste. Essa etapa envolve a desintegração física, que desagrega os solos e as rochas por meio da ação principalmente do clima, e a decomposição química, que é a ação da água sobre os elementos minerais. O transporte é realizado principalmente por meio de vento e água, conforme o tamanho dos sedi- mentos. Os mais pesados são depositados mais perto do local e os mais leves, em áreas mais distantes. A sedimentação envolve a deposição dos sedimentos que irão formar as rochas sedimentares. Duranteesse processo, podem ser depositados outros materiais, como restos de vegetais e animais. Os processos erosivos podem ocorrer lentamente (erosão geológica) ou rapidamente (erosão ace- lerada), decorrentes das ações das sociedades. Em relação à intensidade dos processos erosivos, pode ser erosão laminar, quando a camada su- perficial de sedimentos é retirada por chuva ou vento, ocorrendo a formação de caminhos deixados pela água, chamados de sulcos erosivos; havendo a formação de buracos (ravinas) ocorre o ravinamento; quando ocorre o aumento do tamanho das ravinas, são identificadas voçorocas, que podem atingir o lençol freático. É muito difícil e envolve alto custo implantar medidas para conter ou reverter as voço- rocas, pois ocorre inviabilidade de uso da área. Observe a imagem a seguir. 188 GEOGRAFIA lif ef or st oc k/ Fr ee pi k 189GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 Quanto ao tipo de processo erosivo, pode ser pluvial (águas das chuvas), fluvial (águas dos rios), marinho (águas do mar), eólico (ação dos ventos), glacial (congelamento de rochas e solos e movimen- tação em blocos) e gravitacional (encostas das elevações com alta declividade). Esses processos erosivos são a principal preocupação no Brasil, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. De forma geral, a degradação e a perda de solos agricultáveis é o tema principal de projetos que objetivam a recuperação e, consequentemente, o aumento da produtividade da agropecuária. O vento e a água são os agentes naturais de degradação e perda de solos. Já as ações das socieda- des envolvem desmatamento, práticas de mineração e da agropecuária de forma intensa e inadequada, uso de sistemas de irrigação impróprios, entre outras. Os solos são transportados principalmente pelas águas das chuvas e depositados nos rios (áreas mais baixas), o que contribui para seu assoreamento, diminui sua vazão e, caso ocorra o aumento das chuvas, provoca inundações, pois a profundidade e a capacidade de escoamento de água diminuem. Caso os processos erosivos não sejam minimizados ou contidos, pode ocorrer potencialização do processo de arenização em áreas onde predominam solos arenosos, terrenos com declives, má utilização do solo e chuvas intensas. Quando a cobertura vegetal é retirada e o cultivo é realizado sem preocupação com manejo correto, o solo fica exposto e, com as chuvas constantes, as partículas são transportadas, formando areais. Esse processo ocorre no Rio Grande do Sul, principalmente nos municípios de São Francisco de Assis, Rosário do Sul e Alegrete. Observe na ilustração como ocorre o processo de arenização. Antes Depois Relevo Ação humana Consequência deposição de sedimentos bancos de areia Chuvas e vento SA E D IG IT A L S/ A Outras consequências dos processos erosivos são os deslizamentos de encostas ou movimentos de massa, que ocorrem em função do alto índice de chuvas, declividade da encosta, desmatamento e uso do espaço de forma inadequada. Encaminhamento metodológico Explique aos alunos que as regiões tropicais são mais afetadas pelos processos erosivos do solo, pois é onde predominam temperatura alta do ar e significativo volume de chuvas. Comente com eles que a perda de solos ocorre também de forma natural. Em seguida, esclareça que a arenização é o processo de degradação de solos em áreas onde predominam climas úmidos. Já a desertificação é a degradação do solo em áreas onde predominam os climas árido, semiárido e subúmido. Dica para ampliar o trabalho Arenização no RS: um problema que cresce. Entrevista especial com Dirce Suertegaray. • http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/29691-arenizacao-no-rs-um-problema-que- cresce-entrevista-especial-com-dirce-suertegaray PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 189PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 189 20/04/2021 11:16:4920/04/2021 11:16:49 190 GEOGRAFIA 190 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 No Brasil, os deslizamentos ocorrem com maior frequência em áreas onde o relevo apresenta serras e planaltos, principalmente nas áreas dos Mares de Morros, devido ao predomínio, também, de clima úmido. As áreas mais afetadas estão localizadas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, principalmente nos meses de verão, pois há maior incidência de chuvas. Observe a imagem ao lado. Se os processos erosivos ocorrem em áreas rurais, a rotação de cultivos é uma das práticas mais utilizadas para minimizar as consequências. Outra prática é o cultivo tendo as curvas de nível como base, o que reduz o escoamento da água das chuvas e as taxas de erosão. Deslizamento no bairro Júlia Kubitschek, em Coronel Fabriciano, Minas Gerais. HVL/W .Com m ons 1. Explique a relação da estrutura geológica com o clima e as diferentes formas do relevo. 2. Pesquise e identifique qual estrutura geológica está relacionada com a concentração de mi- nérios no Brasil e com os combustíveis fósseis. Explique. 3. Escolha alguns objetos que você e seus familiares utilizam no dia a dia. Pesquise e registre nas linhas abaixo os nomes dos objetos e os minerais que fazem parte de sua composição. ATIVIDADES 191GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 4. Classifique cada afirmativa a seguir como verdadeira (V) ou falsa (F). ) ( O território brasileiro está localizado praticamente no centro da Placa Sul-Americana, portanto não há ocorrência de terremotos. ) ( Na Região Amazônica predominam os movimentos de massa em função do clima chuvoso. ) ( Relevo com inclinação acentuada, quando localizado em áreas de clima chuvoso e que foram desmatadas, é mais suscetível aos movimentos de massa. ) ( No Brasil ocorreram atividades vulcânicas em eras geológicas passadas, mas todas estão extintas. 5. Justifique as afirmativas que estão erradas. 6. Tendo como base o mapa Brasil – Relevo (Classificação de Jurandyr Ross), que está na página 187, identifique as principais formas de relevo que ocorrem no estado onde você mora. 7. Pesquise os principais problemas ambientais que ocorrem no município onde você mora. Escolha dois e elabore um texto apresentando as características, a localização e as ações da prefeitura em relação a esses problemas. Encaminhamento metodológico Comente com os alunos que os maiores números de deslizamentos de terra ocorrem em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, onde se localizam os chamados Mares de Morros, de- nominação dada pelo geógrafo Aziz Ab’Saber na classificação dos domínios morfoclimáticos brasileiros. Os Mares de Morros são, então, o domínio mais vulne- rável a deslizamentos de terra no Brasil, já que apresentam uma combinação de relevo e clima muito suscetível a essa ocorrência. Explique aos alunos que chove bastante nessas áreas, principalmente no verão, e o relevo inclinado, ocupado de forma irregular, possibilita ao intemperismo químico que atue sobre as rochas, deixando-as mais frágeis e favorecendo sua fragmentação. Esclareça que os desliza- mentos de encostas são classi- ficados como movimentos de massa e podem ser de pequena ou de grande proporção, tor- nando-se capazes de transpor- tar solo e material rochoso. Há diferentes tipos de movimento de massa e isso envolve, principalmente, o tipo de material transportado. Enfatize que o uso ade- quado é o primeiro passo para a preservação do solo, mas para isso é fundamental considerar sua aptidão, além de sua capaci- dade de produtividade econô- mica e de sustentação. A diversidade socioeconô- mica e ambiental do território brasileiro, bem como sua ex- tensão, determinam diferentes formas de pressão ao uso do solo, o que por sua vez pode desencadear processos erosivos. O termo deslizamento en- volve situações mais específicas, pois rochas e solo se soltam em uma encosta estável ao longo de uma zona com diferente fraqueza. Quando essa fraqueza é rompida, rochas e sedimentos se separam e deslizam encosta abaixo. Já desmoronamento é um movimento lento dos sedimentos encosta abaixo. Podedemorar vários anos para ocorrer, principalmente em áreas com declividade suave. No escorregamento os sedimentos se soltam em bloco único, pois a base não suporta mais o peso do topo. Geralmente os sedimentos estão úmidos, portanto a água é o fator do início desse movimento. Os fluxos resultam da mistura de água e sedimento, formando principalmente uma massa muito úmida de rochas, solo e água. As avalanches e o fluxo de lama são exemplos. Resposta 1. A resposta está no Livro do aluno. 2. A resposta está no Livro do aluno. 3. A resposta está no Livro do aluno. As diferentes formas de relevo são influenciadas pela estrutura geológica e pelo clima. A estrutura geológica é o conjunto de rochas que fazem parte de uma determinada área. Conforme as características dessas rochas, o clima age de formas diferentes, isto é, rochas mais resistentes demoram mais para serem desgastadas e rochas menos resistentes são desgastadas mais rapidamente. Assim, diferentes formas de relevo são formadas, considerando-se o tempo geológico. Na estrutura geológica dos escudos cristalinos brasileiros concentram-se os minérios. Já os combustíveis fósseis estão concentrados nas bacias sedimentares. Resposta pessoal. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 190PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 190 20/04/2021 11:16:5120/04/2021 11:16:51 191GEOGRAFIA 190 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 No Brasil, os deslizamentos ocorrem com maior frequência em áreas onde o relevo apresenta serras e planaltos, principalmente nas áreas dos Mares de Morros, devido ao predomínio, também, de clima úmido. As áreas mais afetadas estão localizadas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, principalmente nos meses de verão, pois há maior incidência de chuvas. Observe a imagem ao lado. Se os processos erosivos ocorrem em áreas rurais, a rotação de cultivos é uma das práticas mais utilizadas para minimizar as consequências. Outra prática é o cultivo tendo as curvas de nível como base, o que reduz o escoamento da água das chuvas e as taxas de erosão. Deslizamento no bairro Júlia Kubitschek, em Coronel Fabriciano, Minas Gerais. HVL/W .Com m ons 1. Explique a relação da estrutura geológica com o clima e as diferentes formas do relevo. 2. Pesquise e identifique qual estrutura geológica está relacionada com a concentração de mi- nérios no Brasil e com os combustíveis fósseis. Explique. 3. Escolha alguns objetos que você e seus familiares utilizam no dia a dia. Pesquise e registre nas linhas abaixo os nomes dos objetos e os minerais que fazem parte de sua composição. ATIVIDADES 191GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 01 4. Classifique cada afirmativa a seguir como verdadeira (V) ou falsa (F). ) ( O território brasileiro está localizado praticamente no centro da Placa Sul-Americana, portanto não há ocorrência de terremotos. ) ( Na Região Amazônica predominam os movimentos de massa em função do clima chuvoso. ) ( Relevo com inclinação acentuada, quando localizado em áreas de clima chuvoso e que foram desmatadas, é mais suscetível aos movimentos de massa. ) ( No Brasil ocorreram atividades vulcânicas em eras geológicas passadas, mas todas estão extintas. 5. Justifique as afirmativas que estão erradas. 6. Tendo como base o mapa Brasil – Relevo (Classificação de Jurandyr Ross), que está na página 187, identifique as principais formas de relevo que ocorrem no estado onde você mora. 7. Pesquise os principais problemas ambientais que ocorrem no município onde você mora. Escolha dois e elabore um texto apresentando as características, a localização e as ações da prefeitura em relação a esses problemas. Resposta 4. As respostas estão no Livro do aluno. 5. Há dois itens errados: • Apesar de o território brasileiro estar localizado no centro da Placa Sul-Americana, há ocorrência de terremotos de baixa magnitude e os geólogos não descartam a possibilidade de ocorrência de terremotos de grande magnitude devido aos sistemas de falhas existentes. • Na Região Amazônica predomina clima chuvoso, mas o relevo plano não favorece o movimento de massa. 6. Resposta pessoal. 7. Resposta pessoal. F F V V PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 191PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 191 20/04/2021 11:16:5220/04/2021 11:16:52 192 GEOGRAFIA 192 GEOGRAFIA Estrutura geológica, relevo e solos - Relacionando conceitos depósitos continentais depósitos m arinhos gnaisses planaltos depressões ravinas que com preendem os escudos cristalinos com postos de erosão lam inar sulcos erosivos solo estrutura geológica que se classifica em relevo form ado por TERRITÓ RIO BRASILEIRO pode ser com preendido com base no(a) com o sujeito a bacias sedim entares granitos planícies voçorocas PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 192PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 192 20/04/2021 11:16:5220/04/2021 11:16:52 193GEOGRAFIA Ines Sacram ento/Shu tterstoc k un idade 193 Rio São Francisco, Cânion do Xingó, em Sergipe. 2. Recursos hídricos O estudo dos recursos hídricos envolve águas superficiais (rios, lagos e lagoas), águas subterrâneas (lençol freático e aquíferos) e águas oceânicas (oceanos e mares) e seus respectivos usos, tanto em relação às necessidades da população quanto a questões econômicas e geração de energia. Quais são os recursos hídricos disponíveis no município onde você reside? Qual rio abastece sua cidade? Qual a origem da energia elétrica consumida? 7 • Regiões hidrográficas • Aquíferos • Transposição do Rio São Francisco Geologia e hidrografi a do Brasil Escola Digital Objetivos do capítulo • Compreender a relação dos recursos hídricos com os demais recursos naturais. • Conceituar recursos hídricos. • Identificar as regiões hidrográficas brasileiras. • Diferenciar regiões hidrográficas de bacias hidrográficas. • Compreender a formação das águas subterrâneas. • Identificar a importância dos aquíferos. • Compreender o projeto da transposição do Rio São Francisco. Realidade aumentada • As regiões hidrográficas brasileiras • Como surgiram os maiores aquíferos do Brasil Encaminhamento metodológico O conteúdo trabalhado neste capítulo envolve temas descritos nas seguintes habilida- des da BNCC: • EF07GE01, pois os conteúdos possibilitam avaliar as características das paisagens do território brasileiro. • EF07GE11, por meio da caracterização das dinâmicas dos elementos físicos e naturais presentes no nosso território. • EF07GE12, que envolve as ações praticadas pelos órgãos governamentais para a conservação dos elementos naturais existentes no Brasil. PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 193PG21LP274SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L4.indb 193 20/04/2021 11:17:3020/04/2021 11:17:30 194 GEOGRAFIA 195GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 4_ U 7_ 02 Devido à presença da Floresta Amazônica e ao predomínio de clima com significativo volume de chuvas, o que dificulta a abertura e manutenção de rodovias, os rios são utilizados para navegação, transportando mercadorias e pessoas. As principais bacias hidrográficas que compõem essa região são as dos rios Negro, Trombetas, Jari, Japurá, Paru, Tapajós, Xingu, Madeira e Purus. Apesar de os rios de planícies predominarem nessa região, há em torno de dez usinas hidrelétricas (UH) em funcionamento, sendo duas no Amazonas, nas bacias dos rios Uatumã (UH de Balbina) e Pitinga (UH Pitinga); quatro em Rondônia, nas bacias dos rios Madeira (UH Jirau e UH Santo Antônio), Jamari (UH Samuel) e Comemoração (UH Rondon II); duas no Mato Grosso nos rios Guaporé (UH Guaporé) e Aripuanã (UH Dardanelos); uma no Pará e outra no Amapá. Porém, por serem rios de planície, a produção de energia não é expressiva e a área que forma o lago da usina é bem maior, o que causa transtornos para o equilíbrio ambiental da região. Isso ocorre devido ao baixo gradiente (diferença entre as altitudes das nascentes e da
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