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depende da administração e das características do fármaco e do organismo. depende da afinidade do fármaco por água ou gordura, de ligações a proteínas plasmáticas e do sequestro tecidual. reações de fase I = catabólicas: oxidação, redução ou hidrólise reações de fase II = conjugação: glicuronidação, acetilação ou sulfatação Passivos: difusão simples e filtração Transporte mediado por carreador: difusão facilitada e transporte ativo Processos de absorção: pinocitose e fagocitose Estudo do comportamento do fármaco no organismo. Ter esse conhecimento ajuda na prescrição, pois se sabe com maior segurança a dose, a via de administração, o intervalo entre doses e a duração do tratamento, minimizando o risco de reações adversas. Fases da farmacocinética: ➙ absorção ➙ distribuição ➙ metabolização ou biotransformação ➙ excreção Os processos farmacocinéticos são importantes no intervalo entre a dose e o efeito. LIBERAÇÃO: saída do fármaco da forma farmacêutica ABSORÇÃO: início, chegada do fármaco na circulação sanguínea; DISTRIBUIÇÃO = chegada do fármaco aos tecidos; METABOLIZAÇÃO = reações químicas feitas por enzimas que alteram a estrutura química do fármaco, resultando na geração de metabólitos mais fácil de serem eliminados do organismos, ativação do fármaco ou síntese letal (tóxico). EXCREÇÃO = saída do organismo, as vias de elimina- ção podem ser renal, biliar, intestinal ou pulmonar. Podem ser eliminados, ainda, junto ao leite, suor e saliva. ABSORÇÃO Para que um determinado medicamento seja absorvido é necessário que ele atravesse as diversas membranas biológicas, como o epitélio gastrintestinal, o endotélio vascular e, também, as membranas plasmáticas. MEMBRANAS CELULARES: Substâncias químicas podem passar pelas membranas celulares por processos passivos (os mais frequentes na farmacologia) ou ativos. L U I Z A M E S S E D E R Z A H L U T H FARMACOCINÉTICA quantidade de medicamento absorvido a partir de uma forma farmacêutica velocidade de absorção do medicamento permanência do medicamento nos líquidos do organismo e sua correlação com as respostas far- macológicas e/ou tóxicas. pico de concentração máxima tempo do pico de concentração máxima área sob curva de concentração (medicamento absorvido após dose única) pH DO MEIO E pK DO MEDICAMENTO: A proporção entre a parte ionizada e a não ionizada de um medicamento será determinada pelo pH do meio onde ele se encontra dissolvido e da constante de dissociação do medicamento. Quando o pH de uma solução aquosa contendo um Ácido fraco ou uma base fraca estiver ajustado de modo que metade de um determinado medicamento (i. e., que tenha características de ácido ou base fraca) exista nesta solução na forma não ionizada e metade ionizada, este pH representa a constante de dissociação (constante de ionização) ou pK de uma substância química. De forma geral para monogástricos, bases fracas s o mais bem absorvidas em pH alcalino, como o encontrado no intestino (pH de 7,5 a 8,0), do que em pH ácido encontrado no estômago (pH de 1,2 a 3,0). BIODISPONIBILIDADE Mede a quantidade de um medicamento que, ao ser administrado a um organismo vivo, atinge a circu- lação sanguínea de forma inalterada. OU SEJA, a quantidade de medicamento que atinge não só o sangue, mas também o local de ação (biofase). Para ser determinada, depende da: Importante para adequação de dose, escolher a forma farmacêutica e pensar em efeitos adversos e/ou perigosos considerando a condição do animal (ex. pacientes renais). Para o estudo da biodisponibilidade, usamos: DISTRIBUIÇÃO Os medicamentos abandonam a via circulatória para o espaço intercelular por difusão através das membranas celulares dos capilares ou ainda por poros ou fenestrações em suas paredes. As diferenças nas concentrações de alguns medi- camentos encontradas nos tecidos distintos, após tempo suficiente para a difusão por diferentes teci- dos, podem ser explicadas por afinidades diversas dos medicamentos pelos vários tecidos ou ainda a pela existência de transporte especializado. da capacidade de um medicamento atravessar as barreiras teciduais de cada compartimento; da ligação do medicamento no interior desses compartimentos; da ionização; da lipo ou hidrossolubilidade das moléculas dos medicamentos. Em doses repetidas, se superar a saturabilidade dos depósitos, a concentração plasmática pode aumen- tar, levando a efeitos graves de toxicidade. No interior de cada um dos compartimentos aquosos do corpo (plasma sanguíneo, líquido intraocular e sino- vial, secreções, linfa etc), as moléculas do medicamento existem em solução livre e na forma ligada, na forma molecular ou iônica, de acordo com o pH do compar- timento. O equilíbrio da distribuição entre os vários compartimentos depende: VD ou volume de distribuição aparente = usado para fixar a dose necessária para atingir uma determinada concentração plasmática; é um índice de como o medicamento irá se distribuir no organismo de acordo com as propriedades físico químicas. VD = quantidade de medicamento no organismo concentração de medicamento no plasma ➙ Quanto maior o valor do VD de um medicamento, maior a quantidade do medicamento que se acumulou nos diferentes compartimentos hídricos do organismo. Uma quantidade de fármaco se liga a proteínas plas- máticas, impedido de alcançar o local de ação. Essa parte está em equilíbrio com a fração livre - para mantê- lo, quando a parte atinge o local de ação, uma parte proporcional de medicamento se solta das proteínas. ➙ Pode se considerar a ligação com proteínas plasmá- ticas como um reservatório circulante do medicamento potencialmente ativo. ➙ A administração concomitante de dois medicamen- tos com alta porcentagem de ligação plasmática pode ocasionar um aumento da atividade ou da toxicidade de um deles, porque competem com os mesmos sítios de ligação nas proteínas, havendo, portanto, o desloca- mento de um deles para a forma livre, Os conhecimentos sobre acumulação e estoque de medicamentos no organismo são importantes para o cálculo da dose necessária para se obter a concentração de medicamento livre, suficiente para causar o efeito terapêutico desejado, e não os efeitos adversos. Meia vida de eliminação = tempo para que a concen- tração plasmática reduza à metade. METABOLISMO ou BIOTRANSFORMAÇÃO Transformação química de substâncias para facilitar a eliminação, formando metabólitos e, muitas vezes, inati- vando medicamentos. Toda substância química absor- vida pelo sistema gastrintestinal vai até o fígado pela veia porta, no qual é biotransformada (efeito de primei- ra passagem) para alcançar o restante do organismo. REAÇÕES DE FASE 1 Ocorrem no sistema microssomal no interior do REL de hepatócitos. Convertem o medicamento original em metabólitos mais polares que podem ser mais ativos, menos ativos ou inativos por oxidação, redução ou hidrólise. Um dos processos básicos das reações de fase I é a hidroxilação, catalisada por uma das isoenzimas CYP-citocromo P450, NADPH, NADH e oxigênio molecular. ácido glicurônico sulfato radical acetato glicina ou glutamina, com ajuda da coenzima A urina básica = remove ácidos urina ácida = remove básicos REAÇÕES DE FASE 2 Reações sintéticas ou de conjugação, envolvem a jun- ção do metabólito a um substrato endógeno. Ao final da reação, forma um produto inativo e mais hidros- solúvel. Tipos de conjugação: EXCREÇÃO Pode ocorrer após a biotransformação ou utilizando o fármaco na sua forma inalterada. RENAL Principal processo de eliminação de medicamentos, especialmente os polares ou pouco lipossolúveis em pH fisiológico. EXCEÇÃO: alta ligação com proteínas, ácidos orgânicos fracos, entre outros. O transporte de certos medicamentos e seus metabó- litos por carreadores ocorre no túbulo proximal do rim com gasto de energia. L U I Z A M E S S E D E R Z A H L U T H filtração glomerular; secreção ativa nos túbulos proximais; reabsorção passiva da urina parao sangue ao longo de todo o túbulo renal - depende da capacidade de atravessar as membranas dos túbulos e retornar aos capilares sanguíneos A eliminação de um medicamento pode ser expressa pela depuração ou clearance renal (Cl renal), o volume de plasma que contém a quantidade de substância removida pelo rim por unidade de tempo (l/min) A depuração renal de um medicamento é o resultado de três processos: A depuração total (Cl total) descreve a eficiência com que ocorre a eliminação de um medicamento em um organismo. Cl total = Cl renal + Cl extrarrenal ➙ Medicamentos de mesma classe química podem competir para a excreção. Ex.: probenicida e penicilina são ácidos fracos e, quando administrados juntos, com- petem para serem excretados, resultando na redução da depuração da penicilina, prolongando e intensificando o efeito desse antibiótico. ➙ Cl extrarrenal = hepática + metabólica possivelmente tóxico para o bezerro possível contaminação humana LEITE Excreção de medicamentos de caráter básico. Após a administração de um fármaco à mãe, na maioria das vezes, a concentração deste será igual no plasma e leite materno, isto porque o epitélio da glândula mamária funciona semelhante a uma membrana lipí- dica e permite a passagem de substâncias apolares. OVO Os medicamentos que se depositam na gema rapidamente se acumulam, sendo que a ave pode produzir ovos com resíduos desta substância na gema por até 10 a 11 dias após o fim da administração. FATORES QUE MODIFICAM OS EFEITOS DOS MEDICAMENTOS ➙ solubilidade ➙ forma farmacêutica ➙ concentração ➙ área ou superfície de absorção ➙ circulação ➙ pH local ➙ idade do animal ➙ prenhez ➙ cronobiologia ou ritmos biológicos VIA ORAL: ➙ efeito de primeira passagem ➙ interação com alimentos maus excretores - coelho, cobaia e homem intermediárias - gato e ovelha boas excretoras - rato, galinha e cão BILIAR Vários fatores determinam a excreção biliar, como o peso molecular (PM) e a polaridade da molécula do medicamento. Para substâncias com PM entre 300 e 800, a via preferencial de eliminação pode variar bastante entre as espécies. Assim, as espécies animais podem ser classifi- cadas em: Algumas substâncias eliminadas na bile, ao alcançarem o intestino, podem ser reabsorvidas. Este fato dependerá da lipossolubilidade, ou ainda da conjugação destes medicamentos com glicuronídeos, que podem sofrer hidrólise. Esta excreção hepática, seguida de reabsorção intestinal, é denominada ciclo ênterohepático de um medicamento. Este processo, quando ocorre de forma significativa, é responsável muitas vezes pelo retardo na excreção total de determinados medicamentos. L U I Z A M E S S E D E R Z A H L U T H A CREATININA SÉRICA É DETERMINADA TANTO PELA TAXA DE PRODUÇÃO NO MÚSCULO QUANTO PELA TAXA DE ELIMINAÇÃO RENAL. O AJUSTE DA DOSE DE UM MEDICAMENTO GERALMENTE É NECESSÁRIO QUANDO ESTE É EXCRETADO EM MAIS DO QUE 50% POR ELIMINAÇÃO RENAL E QUANDO A FUNÇÃO RENAL DO ANIMAL TRATADO ESTIVER COM VALORES MENORES QUE 50% DA FUNÇÃO RENAL NORMAL.
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