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FARMACOCINÉTICA - FARMACOLOGIA VETERINÁRIA - VET123

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Farmacocinética 
ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – VET123 
Introdução 
 
-Farmacocinética: estuda o caminho 
percorrido pelo fármaco no organismo 
animal. É o estudo do movimento de 
uma substância química, em particular, 
um fármaco no interior de um 
organismo vivo. A farmacocinética se 
divide em quatro partes denominadas 
processos farmacocinéticos: absorção, 
distribuição, biotransformação e 
excreção. 
Absorção 
 
-É o processo pelo qual uma substância 
externa penetra no ser vivo, chegando 
até o sangue. 
-Supondo um fármaco administrado por 
via oral, ocorre a primeira fase 
denominada biofarmacêutica 
(liberação do fármaco da sua forma 
farmacêutica no comprimido). Após a 
liberação, o fármaco será absorvido no 
compartimento central (corrente 
sanguínea), onde ele se encontra na sua 
forma livre. 
-Para o fármaco chegar ao seu destino, 
ele precisa atravessar barreiras 
teciduais: 
 
-No sangue, muito rapidamente o 
fármaco é ligado a proteínas 
plasmáticas, já que são insolúveis nos 
fluidos biológicos (plasma). A ligação a 
proteína (molécula solúvel) os torna 
solúveis. Entretanto, os fármacos 
ligados à proteínas não tem atividade 
biológica (não consegue chegar ao seu 
lugar de ação). Dessa forma, o fármaco 
livre é deslocado pelas proteínas, mas 
desliga-se dela para se ligar ao seu 
local de ação e seus receptores. 
-Quanto menos fármaco livre no 
organismo, mais os fármacos se 
desligam de proteínas para se tornarem 
livre – uma relação de equilíbrio 
químico. 
-Os fármacos livres também podem ser 
distribuídos nos reservatórios teciduais 
– tecidos onde aquele fármaco tem uma 
grande afinidade de armazenamento. 
Alguns fármacos, por exemplo, por 
serem altamente lipossolúveis, tem 
grande afinidade pelo tecido adiposo. 
Parte desse fármaco vai 
gradativamente sendo liberada 
conforme necessidade. 
 
-Os fármacos podem se ligar a lugares 
inesperados, produzindo as reações 
adversas pela falta de seletividade. 
-Fígado: é principalmente metabolizado 
nesse órgão, sendo geralmente 
transformado em uma molécula inativa. 
Na maioria das vezes, a metabolização 
no fígado tem uma finalidade: produzir 
substâncias mais hidrossolúveis para 
que sejam excretados. 
Obs.: alguns fármacos só se tornam 
ativos após passarem pelo fígado. 
-Definição: absorção é a transferência 
de um fármaco desde o seu local de 
administração até sua circulação 
sanguínea. Dessa forma, fármacos 
administrados via intravenosa não 
passam pelo processo de absorção – ou 
seja, a velocidade e a eficiência da 
absorção vai depender, entre outros 
fatores, da via de administração. 
-Na maioria das vezes, o fármaco é 
absorvido no intestino. Dessa forma, a 
primeira camada que ele precisa 
atravessar é a membrana celular dos 
enterócitos. 
-Sendo a membrana celular constituída 
de fosfolipídios, a região interna dela é 
hidrofóbica e as regiões externas são 
hidrofílicas. Apresenta também fluidez, 
proteínas (muitas são alvos 
farmacológicos), além de as moléculas 
polares serem relativamente 
permeáveis. 
-Há diversos mecanismos para a 
travessia de um fármaco na membrana: 
 
-Transporte paracelular: o fármaco 
atravessa o espaço deixado entre as 
células, sem necessidade de energia. 
-Transportadores de fármacos e difusão 
facilitada necessitam de proteínas que 
utilizam energia para o seu 
funcionamento, sendo o transporte a 
favor do gradiente de concentração. 
-Difusão simples: 
 
 -Fármacos lipossolúveis: se 
dissolvem facilmente em lipídeos e não 
precisam de uma proteína para 
conseguirem atravessar a membrana. 
-Difusão por poros: 
 
 -Fármacos hidrossolúveis: 
apresentam baixo peso molecular e, por 
isso, conseguem atravessar facilmente 
os poros/ espaços deixados entre as 
células. 
-Difusão facilitada: 
 
 -Fármaco transportado através 
de um carreador e a favor do gradiente 
de concentração (ocorre mais 
facilmente). 
-Transporte ativo: 
 
 -Fármaco é transportado contra 
o gradiente de concentração (barreira) 
e o transportador precisa de ATP para 
que o processo ocorra. 
-A absorção depende é influenciada por 
diversos fatores: 
 
 
-Tamanho molecular: fármacos menores 
tem maior facilidade de atravessar 
membranas. O gráfico mostra que a 
permeabilidade de fármacos maiores é 
menor. Dentro de fármacos que 
apresentam o mesmo peso molecular, o 
que vai diferenciar sua capacidade de 
atravessar membranas é o coeficiente 
octanol/ água. Quanto maior esse 
coeficiente, maior a permeabilidade do 
fármaco. 
 
-A maioria dos fármacos são ou bases 
fracas ou ácidos fracos. A forma HA 
(não dissociada) tem uma maior 
capacidade lipossolúvel que 
hidrossolúvel. Já na sua forma ionizada, 
a carga elétrica a impede de atravessar 
membranas sem a ajuda de uma 
proteína. Em pH ácido, a concentração 
alta de H+ desloca o equilíbrio para a 
formação da molécula e, dessa forma, o 
fármaco é mais facilmente absorvido. 
Já no pH intracelular, o equilíbrio 
desloca para a formação dos íons e, com 
isso, o fármaco não consegue retornar 
ao meio extracelular. 
 
-Dependendo do pH do compartimento 
analisado e das características do 
fármaco, esse pode ser mais distribuído 
em um compartimento do que em outro. 
 
-O gráfico mostra a diferença de pH 
entre alguns fármacos. Do lado 
esquerdo tem-se os fármacos básicos, 
os quais irão se tornar absorvíveis em 
pH básico (região intestinal, por 
exemplo). Um fármaco com 
características ácidas vão apresentar 
uma maior proporção de formas 
moleculares (e maior absorção) em pH 
ácido. 
 
-Ao ser ingerido, o fármaco passa pelo 
suco gástrico e, dependendo do pK e 
pKa da droga, ele vai ser diretamente 
absorvido no estômago. Caso contrário, 
ele chega ao duodeno e sua absorção 
nessa região depende do tempo de 
esvaziamento gástrico (tempo que o 
estômago leva para que todo seu 
conteúdo seja transportado para o 
duodeno). A absorção no duodeno 
acontece principalmente porque a área 
de absorção é grande – circulação local 
é grande. 
-Dessa forma, todo fármaco com 
administração oral que é absorvido no 
duodeno cai na chamada circulação 
porta, ou seja, é a corrente sanguínea 
que liga tudo que é absorvido pelo 
intestino até o fígado. 
-Ao passar pela circulação porta e 
metabolização hepática, a 
biodisponibilidade do fármaco diminui. 
Biodisponibilidade 
-Biodisponibildiade: pencentual da 
dose que atinge o sítio de ação – vai 
depender de todos os processos de 
absorção. Em outras palavras, mede a 
quantidade de um medicamento que, ao 
ser administrado, atinge a circulação 
sistêmica de forma inalterada. Pode-se 
inferir, através do gráfico acima, que 
fármacos inseridos via intravenosa tem 
uma biodisponibilidade maior do que 
fármacos administrados via oral. Tem 
influência de diversos outros fatores: 
• Quantidade de medicamento 
absorvido a partir de 
determinada forma farmacêutica 
– medicamentos na forma líquida 
são mais facilmente absorvidos. 
• Velocidade de absorção; 
• Permanência do medicamento em 
líquidos orgânicos; 
• Correlação com resposta 
farmacológica e/ou tóxica. 
 
 
Biodisponibilidade de fármacos de 
acordo com a via de administração. 
Barreiras 
Tissulares 
-Mucosa Gastrointestinal- 
 
-As células da mucosa gastrointestinal 
são muito juntas umas às outras, 
impedindo qualquer passagem por 
entre as células. Dessa forma, qualquer 
substância química para passar pela 
mucosa deve ser solúvel nas membranas 
celulares. 
-Barreiras Epiteliais da Pele, 
Córnea e Bexiga- 
 
-As células também são muito juntas e 
a única forma de penetração é a via 
celular, por difusão, exclusivamente 
para substâncias químicas polares. 
-Barreira Hematoencefálica- 
-Barreira formada por paredes 
contínuas dos capilares, com poucas 
vesículas de pinocitose, associadas a 
células endoteliais, unidas por extensas 
junçõesíntimas e pequenas expansões 
das células da glia. Com essa 
morfologia, não ocorre passagem de 
substâncias apolares ou de alto peso 
molecular para o sistema nervoso 
central. 
 
-Barreira Hematotesticular- 
 
-As células de Sertoli formam uma 
barreira que separa a lâmina 
germinativa basal do lúmen do túbulo 
seminífero no interior do testículo. As 
junções íntimas entre as células de 
Sertoli possibilitam a manutenção da 
concentração de testosterona local (e 
consequente espermatogênese), além 
de impedir que o sistema imune entre 
em contato com proteínas constituintes 
dos espermatozoides (que tem 
características antigênicas). 
-Só atravessam no interior dessas 
estruturas substâncias pouco polares e 
com capacidade de atravessar as 
membranas celulares por difusão ou 
transporte ativo. 
Barreira Placentária 
-Barreira placentária é classificada de 
acordo com a intensidade de 
penetração dos vilos coriônicos e da 
dissolução da mucosa uterina materna: 
 
-Epiteliocorial: camadas tissulares 
suficientemente espessas para impedir 
a passagem de anticorpos maternos 
para o feto (por isso o colostro nessas 
espécies é tão importante). 
-Substâncias químicas de baixo peso 
molecular e lipossolúveis atravessam as 
camadas celulares que separam o feto 
da mãe por simples difusão, podendo 
também fazer uso de difusão facilitada, 
transporte ativo ou mesmo pinocitose. 
-A mãe e o feto podem apresentar 
diferentes sensibilidades supondo um 
mesmo medicamento. Dessa forma, uma 
dose que não apresenta sensibilidade 
para a mãe pode ser letal para o feto. 
Barreiras Capilares 
-Existem três tipos de estruturas 
capilares no organismo, variando 
conforme o seu grau de penetração 
sanguínea: 
 
Vias de 
Administração 
 
-Via digestiva ou enteral: inclui as vias 
oral, sublingual, retal e ruminal. Nessas 
vias, primeiro ocorre a liberação do 
fármaco da sua forma farmacêutica 
(biofarmacêutica), ou seja, sua 
dissolução e posterior absorção 
intestinal. Cabe ressaltar que bases 
fortes de pK acima de 10 ou ácidos 
fortes com pK abaixo de 3 são mal 
absorvidos quando administrador por 
via oral – em qualquer porção do 
sistema gastrointestinal, essas 
substâncias se encontram na sua forma 
ionizada. O rúmen de animais 
poligástricos muitas vezes impede a 
medicação por via oral, já que esse 
compartimento, por sua grande 
capacidade de volume, atua como um 
órgão diluidor. Além disso, o pH do 
rúmen pode reter medicamentos de 
caráter básico. 
-Via oral- 
 
• Animais de fácil manipulação; 
• Não precisam ser estéreis; 
• Reações adversas pouco 
frequentes; 
• Evitar em animais com vômito/ 
diarreia; 
• Algumas drogas são hidrolisadas 
no estômago/ rúmen; 
• Velocidade ou grau de absorção 
maiores em carnívoros do que em 
herbívoros. 
o Obs.: esvaziamento 
gástrico. 
Via Retal 
• Efeito local ou sistêmico; 
• Escapa a biotransformação 
hepática (sem efeito de primeira 
passagem – não penetra pela 
veia porta); 
• Utilizada quando a ingestão não 
é possível; 
• Em desvantagem, sua absorção é 
irregular e incompleta; 
• Irritação da mucosa retal. 
-Via parenteral: inclui mais comumente 
intravenosa, intramuscular e 
subcutânea. São caracterizadas por 
efeitos terapêuticos sistêmicos. As vias 
parenterais incluem: 
 
Via Intravenosa (IV) 
 
• Antissepsia rigorosa; 
• Indicada quando é necessária 
uma resposta rápida - obtenção 
rápida de efeitos farmacológicos; 
• Possibilidade da administração 
de grandes volumes, em infusão 
lenta; 
• Diluição de drogas irritantes, 
devidamente diluídas; 
• Grande utilização hospitalar; 
• Injeção de substâncias 
particuladas ou oleosas pode 
levar a morte por embolia 
pulmonar. 
• Possibilita melhor controle de 
dose administrada. 
Via Intramuscular 
• Absorção relativamente rápida, 
sendo adequada para 
administração de volumes 
moderados e de veículos aquosos; 
• No caso de veículos oleosos, 
suspensões ou preparações de 
depósito, a absorção a partir do 
local de administração pode ser 
retardada; 
• Injeções devem ser profundas no 
ventre de um músculo volumoso; 
• Tem como desvantagem possíveis 
lesões musculares pela aplicação 
de substâncias irritantes ou 
substâncias com pH distante da 
neutralidade, podendo promover 
o aparecimento de processos 
inflamatórios. 
Via Subcutânea 
 
• Absorção lenta e contínua, muito 
utilizada em cães e gatos; 
• Volumes relativamente grandes 
de soluções não irritantes: pH e a 
osmolaridade da fórmula 
farmacêutica não sejam muito 
diferentes daqueles existentes 
nos tecidos. 
• Medicamentos que podem 
provocar desconforto muscular; 
• Possibilidade de controle da 
velocidade de absorção da droga 
(aplicação de calor ou de frio à 
área). 
Via Intraperitoneal 
 
 
• Utilizada quando necessita 
administrar grandes volumes de 
solução, isto porque esta via é 
constituída de grande superfície 
de absorção de drogas; 
• Não utilizar substâncias 
irritantes sob risco de peritonite 
química. 
Via Intratecal 
 
• Aplicada na área da lombar ou da 
cisterna magna – penetração de 
membranas que revestem o SNC; 
• Requer técnicas assépticas 
estritas e rigorosas; 
• Tem utilização estrita para 
diagnóstico radiológico. 
 
 
-Via transmucosa ou tópica: é 
considerada uma via segura, 
normalmente utilizada para obtenção 
de efeitos terapêuticos não sistêmicos, 
ou seja, localizados. É a difusão através 
da membrana mucosa e sua penetração 
é diferente conforme a espécie e área 
aplicada (depende da espessura da 
pele). 
-Quando aplicadas sobre a pele, as 
formulações farmacêuticas de uso 
transdérmico liberam o medicamento 
continuamente, em uma velocidade que 
fornece a concentração plasmática 
desejável para uma duração específica. 
Via pour-on ou spot-on 
 
 
• Controle de ectoparasitas; 
• Medicamento é aplicado sobre o 
dorso (pour-on) ou cernelha 
(spot-on) do animal. 
Via Inalatória 
 
• Uma das principais 
características farmacológicas 
dos anestésicos inalatórios é a 
potência; esta é baseada na 
concentração alveolar e que, por 
sua vez, resulta nos efeitos 
clínicos. 
Via Intramamária 
 
• Tratamento de doenças nas 
glândulas mamárias. 
 
 
 
 
-RESUMO DAS FORMAS DE 
ADMINISTRAÇÃO- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição 
-Fenômeno em que um medicamento, 
após ter chegado ao sangue, isto é, 
após a sua absorção, sai deste 
compartimento e vai para o seu local de 
ação. A velocidade com que a 
concentração de um determinado 
medicamento livre demora para se 
equilibrar entre o plasma e o líquido dos 
demais compartimentos depende 
basicamente do grau específico de 
vascularização de um determinado 
tecido. 
• Compartimento central: SNC, 
fígado, rins etc. 
• Compartimento periférico: tecido 
adiposo, pele, ossos etc. 
 
-Permeabilidade capilar: 
 
-Ligação a proteínas: grande parte dos 
medicamentos tende a se ligar de forma 
reversível a proteínas plasmáticas 
(principalmente albumina, mas também 
globulinas), criando um equilíbrio 
dinâmico entre “droga ligada” e “droga 
livre”: 
 
 
-Um medicamento pode ter maior 
afinidade por certos tecidos e, 
dependendo dessa afinidade, pode 
haver acúmulo tecidual de 
medicamentos suficiente para causar 
efeitos adversos. Isso porque ao 
ultrapassar a saturabilidade desses 
depósitos, a concentração do 
medicamento livre no plasma pode 
aumentar rapidamente, levando a 
efeitos tóxicos de natureza grave 
(quando se trata de doses repetidas). 
Biotransformação 
-Transformação química de 
substâncias, sejam medicamentos ou 
agentes tóxicos, visando favorecer sua 
eliminação. Este processo permite a 
formação de metabólitos que são 
habitualmente mais polares e menos 
lipossolúveis do que a molécula original, 
favorecendo a eliminação desta. 
-Esse processo com frequência resulta 
na inativaçãofarmacológica do 
medicamento. 
-Muitos metabólitos resultantes desse 
processo podem provocar efeitos 
similares à molécula do medicamento 
original ou ainda efeitos tóxicos. 
-Ocorre em duas etapas: 
 
• Reações de fase I: englobam a 
formação de um novo grupo 
funcional ou modificado 
(oxidação, redução e hidrólise) – 
são reações não sintéticas; 
• Reações de fase II: englobam a 
conjugação com alguma 
substância endógena (ácido 
glucurônico, sulfato, glicina etc.) 
– são reações sintéticas. 
 
 
Meia-Vida 
-Tempo necessário para que a 
concentração administrada 
inicialmente seja reduzida pela metade. 
 
-Duração da ação após administração 
de uma única dose: quanto maior a 
meia-vida, maior o tempo durante o 
qual a concentração plasmática do 
medicamento permanecerá no intervalo 
de efetividade farmacológica ou mesmo 
alcançará a dose tóxica. 
-Tempo necessário para atingir o 
equilíbrio: o equilíbrio ocorre quando a 
quantidade administrada de um 
medicamento em um determinado 
período de tempo é igual a quantidade 
eliminada no mesmo período. É 
determinado pela meia-vida de 
eliminação do medicamento e, na 
maioria das vezes, assume-se que o 
equilíbrio leve em média de 4-5 meias-
vidas para ser alcançado. 
 
-Tempo necessário para eliminação: 
também calculado através da meia-
vida do medicamento. 
 
-Frequência da dose: intervalo de 
tempo apropriado entre as 
administrações de determinado 
medicamento para a manutenção da 
terapia medicamentosa. 
Excreção 
-Eliminação do organismo após 
biotransformação ou mesmo na sua 
forma inalterada. Os três principais 
órgãos de excreção são rins, fígado e 
pulmões, tendo também a pele (suor) e 
leite. 
Excreção Renal 
-Principal via de 
eliminação, principalmente 
de medicamentos polares 
ou pouco lipossolúveis em 
pH fisiológico. 
-Fatores que interferem na 
excreção: 
-Alta ligação com 
proteínas plasmáticas 
(acima de 80%), que 
impossibilita ao medicamento ligado 
atravessar os poros das membranas do 
glomérulo. 
 
-Medicamentos que conseguem 
penetrar o líquido tubular dos néfrons 
também podem ser reabsorvidos na 
porção distal do néfron, o que 
resultaria em uma baixa taxa de 
excreção renal. 
-Devido ao pH urinário e o pKa de 
um medicamento, esse último pode se 
encontrar na sua forma molecular no 
líquido tubular, sendo facilmente 
reabsorvidos por difusão passiva pelas 
membranas celulares. 
Obs.: base para tratamento de 
intoxicações - é por meio alcalinização 
da urina que ocorre um aumento da 
excreção de ácidos orgânicos fracos e é 
por meio da acidificação da urina que 
se favorece a excreção de 
medicamentos com caráter básico. 
-Uso de mais de um medicamento com a 
mesma via de excreção: a 
administração simultânea de dois 
medicamentos que sirvam de substrato 
para o mesmo processo de excreção nos 
túbulos renais mediada por 
transportador tende a prejudicar a 
excreção de um deles. 
 
-Depuração renal: volume de plasma 
que contém a quantidade de 
substância que é removida pelo rim por 
unidade de tempo. Descreve a 
eficiência com que ocorre a eliminação 
de um medicamento em um organismo. 
 
Excreção Biliar 
 
-Tem a bile como substância 
intermediária e é determinada por 
diversos fatores: 
• Peso molecular (PM) e a 
polaridade da molécula do 
medicamento a ser eliminado, 
sendo o principal o tamanho da 
molécula; 
• Algumas substâncias, após a 
eliminação, podem ser 
reabsorvidas no intestino (ciclo 
entero-hepático). Este fato 
dependerá da lipossolubilidade, 
ou ainda da conjugação destes 
medicamentos com glicuronídeos; 
Excreção pelo Leite 
-O leite tem pH levemente inferior ao do 
sangue (aproximadamente pH 7,4), 
variando entre 6,4 e 6,8 em animais 
sadios. Este fato resulta em facilitação 
da excreção de medicamentos de 
caráter básico pelo leite. 
-Epitélio glandular da mama permite a 
passagem, por difusão, de substâncias 
apolares. Assim, o medicamento 
administrado sistemicamente à mãe, na 
maioria das vezes será excretado no 
leite, o que frequentemente 
constitui-se como um problema para os 
filhotes, que estarão expostos a estes 
agentes contidos no leite, cabendo 
ainda ressaltar que recém-nascidos 
não têm o sistema de biotransformação 
hepático completamente desenvolvido, 
sendo mais suscetíveis aos efeitos 
adversos dos diferentes medicamentos.

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