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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA O DESAFIO DO SUPERVISOR ESCOLAR NO AMBIENTE ESCOLAR Problematização do tema de pesquisa Pretende-se com esta pesquisa abordar o desafio do supervisor escolar no ambiente. Sabe-se que sua função é de suma importância no processo educacional onde seu trabalho é visto como uma ação de suporte para o professor na prática. e o comprometimento do educando no ambiente escolar. Entretanto, questão problemática é : o professor reconhece o Supervisor Escolar como profissional responsável pelo acompanhamento e orientação de seu trabalho pedagógico? Pois ainda no contexto escolar é fundamental que se faça uma reflexão sobre o papel do supervisor escolar nos dias atuais no qual seu trabalho têm uma extrema relevância na escola, sendo que ele é visto como fiscalizador, articulador , coordenador, e principalmente ainda como um estimulador de ações onde é um dos principais responsáveis pelo espaço coletivo de discussão no qual se forma dentro do espaço escolar. No entanto, a questão de pesquisa será: saber qual é a relação do supervisor escolar com os outros profissionais no meio escolar é como estabelece o posicionamento de fazer, agir, movimentar e envolver-se interagindo com os profissionais do espaço escolar sendo na sala de aula onde os alunos estão inseridos. Neste trabalho o problema apresenta-se com os desafios que surgem constantemente, exigindo reflexões, sobretudo, quanto ao papel do supervisor escolar nesse processo. Neste sentido,pode salientar que o supervisor escolar sim, sem dúvida faz parte do corpo docente sendo que têm a especificidade do seu trabalho no qual é caracterizado pela coordenação e organização em comum das atividades didáticas e curriculares da escolar onde provoca o estímulo de oportunidades de estudo coletivo entre os profissionais da educação. . Com isso, na realização deste trabalho é importante que se faça uma reflexão sobre o papel do supervisor escolar na escola e pela importância que este profissional representa, no espaço escolar, sobretudo,sua contribuição nos dias atuais para instituição de ensino onde é um grande harmonizador do ambiente escolar e melhorando o processo de ensino e aprendizagem. Entende -se que o objetivo geral saber qual é o seu papel no ambiente escolar e ainda saber como supervisor escolar dentro da escola torna-se um agente de mudanças no processo educacional na formação integral do aluno e à melhoria na qualidade da educação, mas ainda também nos conceitos de ensinar e aprender, além disso, no administrar a didática pedagógica da escola e respeitar as normas e orientações propostos pelo Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino, como essa mudança acontece no grupo escolar, e como objetivos específicos buscar identificar quais são atribuições do supervisor escolar dentro da escola e analisar sua atuação no espaço educacional . Assim, a metodologia utilizado para este trabalho será a pesquisa bibliográfica amparado por consultas e análises das produções relacionado ao tema onde se busca o levantamentos bibliográficos já publicados e disponíveis para consulta dos materiais seja eles livros, capítulos livros, revistas dissertações, teses e artigos de periódicos dedicados ao tema. Teórico Metodológicas A análise do objeto de pesquisa em questão, é a relação supervisor escolar com os corpo docente e o ambiente escolar , onde requer um estudo sobre as diversas abordagens já utilizadas na discussão do tema, assim como outras, potencialmente capazes de agregar sentido à sua interpretação. Todavia, considerando os diferentes determinantes atribuídos ao nome da profissão de supervisão escolar , ao longo de sua existência, assim como suas diferentes significações e abrangências, faz-se necessário conhecê-lo para, então, eleger aquele adequado à proposta de um estudo relacional. Ainda afirma Alonso que ‘o papel do supervisor ganha novas dimensões, passando de controlador e direcionador para estimulador e sustentador do trabalho docente’. (FERREIRA, 2000 p. 179) O espaço de atuação do supervisor relacionado à formação de professores é analisado por Placco (FERREIRA org. 2002, p. 99/100), que se fundamenta no conceito de ‘sincronicidade’, para interpretar as relações entre os profissionais do ensino. Segundo a autora, a mediação do coordenador pedagógico é fundamental para ajudar o professor a perceber seu momento de sincronicidade, ou seja, ‘a ocorrência crítica de componentes políticos, humano-interacionais e técnicos’, na sua ação. A consciência dessas dimensões ajuda o professor a prover de intencionalidade suas ações. Sob o ponto de vista das relações Em conformidade, com o Parecer 252/69, a habilitação foi chamada ‘Supervisão Escolar’. O determinante ‘Escolar’ acompanhou, além da supervisão, a administração e a inspeção, ficando somente a orientação acompanhada do determinante ‘Educacional’, ambos permanecendo até 1996, quando as profissões mencionadas foram renomeadas pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB/96). A referida Lei utiliza o determinante ‘Educacional’ (Título VI Art.64) para os profissionais da educação, entre eles o supervisor, com o objetivo de ampliar as possibilidades de atuação no mercado de trabalho. Organizações de trabalho coletivo, sejam escolares ou não, geralmente, demandam articulação de atividades, integração, direção, orientação e, abrangendo as anteriores, a coordenação. Todas, funções que podem ser consideradas como definidoras do trabalho de supervisão. De acordo com Crestani (1993), surge a necessidade de superação da perspectiva empresarial postuladora da fragmentação do processo de trabalho, com controle rigoroso de suas etapas. Observa-se na escola a partir de então, a emergência de um profissional com formação que lhe dá condições de uma prática mais abrangente. Um profissional que atua na escola estimulando a ação educativa como um todo, possuidor de sólida fundamentação teórica que lhe permite não só a compreensão da escola como um todo, mas uma visão contextualizada do processo educativo. Este profissional, ainda, possui como incumbência ser elemento integrador e facilitador do processo de ensino e aprendizagem, na perspectiva da busca de uma prática pedagógica que colabore significativamente para a construção de uma sociedade mais justa. Em resposta às discussões anteriores, a nova LDB, Lei nº 9394/96, deixou de contemplar as nomenclaturas “Especialistas de Educação” e “habilitações”. Segundo Santos (2002, p.9), a Lei nº 9394/96 trata dos “profissionais da educação” no Título VI e em seus Artigos 61 a 67. Revogando as disposições das leis anteriores, tais artigos referem-se à formação do Pedagogo, entendida aqui como formação de profissionais para atuar no campo da administração, planejamento, inspeção, supervisão escolar e orientação educacional, no (Artigo 64). De acordo com Freire (1979), nesta nova visão de educação o Supervisor pode problematizar a escola e as relações vivenciadas na mesma, através de um processo de conscientização, como condição necessária para que os professores também exerçam tal proposta dentro da sala de aula. Porém, este fato só é possível se o Supervisor compreender que as normas burocráticas devam servir ao desenvolvimento da escola, o que possibilita a compreensão de que os conteúdos programáticos estão a serviço da aprendizagem. Segundo o autor, Falcão Filho (1990) mostra que o supervisor elabora, tanto quanto o professor ou outros profissionais em atividade na escola, uma produção específica, própria e necessária ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem com o fim de complementar a atividade do professor. Um conjunto cada vez maior de variáveis de ordem política, social, econômica, afetiva e normativa apresentaum peso decisivo no alcance dos objetivos educacionais. Além do conhecimento, métodos e técnicas utilizadas pelos docentes, as variáveis decorrentes da dimensão afetiva (sentimentos e emoções), normativa (valores e normas), contextual (aspectos políticos, sociais, econômicos e técnico administrativos) ligados às características de vida do aluno, seu ambiente familiar, sua relação com os pais, suas condições de saúde e nutrição; são aspectos que acabam por interferir no aproveitamento do aluno e, consequentemente, no trabalho do professor; igualmente os aspectos ligados à sua história escolar, seu aproveitamento em outras séries, sua relação com os professores e com os colegas. Em contrapartida, a competência humana pressupõe a capacidade do supervisor de trabalhar eficaz e eficientemente com os professores e demais profissionais da Educação, em base individual e em situações de grupo. Essa competência exige considerável compreensão, aceitação, empatia e consideração pelos outros. Seu conhecimento básico inclui facilidade para motivar os professores e desenvolver atitudes favoráveis ao trabalho educativo; conhecimento e domínio da dinâmica de grupo, preocupação permanente com as necessidades humanas e o desenvolvimento das pessoas. Em virtude da falta de uma análise mais ampla do significado das funções do supervisor educacional, inspetor escolar, orientador pedagógico e coordenador pedagógico e da omissão das reais competências e campo de atuação desses profissionais na Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –, é possível notar nomenclaturas diferenciadas utilizadas pelos sistemas de ensino em nosso país. Encontramos o supervisor escolar , como o orientador pedagógico, o inspetor escolar e o coordenador pedagógico, atuando de maneiras semelhantes, de acordo com as exigências locais. Assim, alguns autores caracterizam a função do orientador pedagógico por meio de diversos prismas: aquele que coordena, supervisiona e acompanha, com a responsabilidade de integrar, reunir esforços e liderar o trabalho da equipe docente. De acordo, Mary Rangel (2003) afirma que a supervisão educacional tem um sentido mais amplo, ultrapassando as atividades da escola e refere-se aos aspectos estruturais e sistêmicos da educação em nível macro. Por sua vez, Naura Syria Carapeto (2002) considera o supervisor educacional um agente articulador de práticas educativas visando à qualidade da formação humana para o pleno exercício da cidadania. Posteriormente, no Art. 64 da Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – utiliza-se apenas das nomenclaturas inspeção, supervisão e orientação educacional para referir-se ao profissional da educação atuante nas funções de orientador e coordenador pedagógico. Com fundamentação na legislação vigente e por meio da análise evolutiva ao longo da história da educação e da supervisão em nosso país, acredita-se que as ações do supervisor educacional estariam voltadas para o planejamento, a avaliação e a reformulação das diversas etapas do processo ensino aprendizagem, buscando o melhor desempenho da escola em sua tarefa educativa. Visto que, sendo o profissional que atua junto ao professor no desenvolvimento metodológico com o objetivo de melhorar o rendimento escolar do aluno. Enfim, o entendimento da realidade, o fazer a educação e a formação de profissionais da educação devem estar de acordo com as grandes concepções e transformações da ciência. Com a evolução acerca desses conceitos, avançamos para novos compromissos e responsabilidades, entre eles o de transpor o espaço e o tempo da escola com a imposição de um novo paradigma para a supervisão educacional: uma prática voltada não somente para a qualidade do trabalho pedagógico, mas também para a construção de um conhecimento emancipatório, num âmbito político, administrativo e educacional mais amplo. Hoje, espera-se que o supervisor desenvolva um trabalho articulador, que ofereça subsídios para novas políticas e novas formas de gestão a fim de acompanhar as transformações ocasionadas nesta era de globalização dos conhecimentos e da política mundial Ainda conforme, Paulo Freire (1979), pelo diálogo, constrói-se a intersubjetividade, o conhecimento coletivo, que, libertando cada educador de suas visões ingênuas do mundo, permite-lhe a reconstrução de sua própria educação. O diálogo é uma condição necessária para que o Supervisor ao invés de impor convença, isto é, vença junto. Referências ALARCÃO, Isabel. Do olhar supervisor ao olhar sobre supervisão. In: Supervisão pedagógica: princípios e práticas. 4. ed. Campinas: 2004, p. 11-55. ANDRADE, Narcisa Veloso de. Supervisão em Educação. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979. ALVES Ana Maria Lima de Souza; DUARTE, Elisa Aparecida Ferreira Guedes. Supervisor escolar: Missão, exercício, desafios e perspectivas. Pergaminho, (3):1‐22. Centro Universitário de Patos de Minas, MG, 2012. BRASIL. Projeto de Lei 4.106, de 2012.Regulamenta o exercício da profissão de Supervisor Educacional, e dá outras providencias. CORRÊA, R. S. A formação do supervisor educacional do Rio de Janeiro: perfil, competência e ação. Dissertação (Mestrado). Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Educação, 2010. CRESTANI, Célia Regina. Superação do trabalho fragmentado na coordenação pedagógica. 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