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1 COLÉGIO TÉCNICO DE LIMEIRA JENNYFER CAROLINE SILVA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA LIMEIRA - SP 2020 2 SUMÁRIO Introdução............................................................................................................3 Gravidez precoce.................................................................................................4 Causas.................................................................................................................5 Fatores de risco...................................................................................................6 Consequências....................................................................................................7 Prevenção............................................................................................................8 Conclusão..........................................................................................................10 Referências bibliográficas..................................................................................11 LIMEIRA – SP 2020 3 INTRODUÇÃO A adolescência, segundo a Organização Mundial da Saúde, é a idade compreendida entre 10 e 19 anos. Ela é uma fase de várias descobertas, e pelo pico nos níveis hormonais, por exemplo, pode levar ao início da vida sexual. É grande a quantidade de jovens que ignoram a existência de métodos contraceptivos, mesmo que os conheçam. Com isso, observa-se o aumento de doenças sexualmente transmissíveis, além da gravidez indesejada nessa faixa etária. Dados de 2011 mostram que o país teve 2.913.160 nascimentos, sendo 533.103 partos de meninas com idade entre 15 e 19 anos e 27.785 nascidos de meninas de 10 e 14 anos. Vale salientar ainda que cerca de 30% das meninas que engravidam na adolescência acabam tendo outro filho no primeiro ano pós-parto, ou seja, ainda na adolescência. Apesar do que muitos pensam, os adolescentes dos dias atuais possuem conhecimento sobre métodos contraceptivos, uma vez que informações são fornecidas nas escolas, televisão e até mesmo pela internet. Entretanto, a maioria não sabe prevenir-se de forma adequada, utilizando-o de maneira errônea ou, simplesmente, abandonando seu uso por questões pessoais. Muitas mulheres afirmam não utilizar a camisinha por objeção do parceiro ou, ainda, por terem um relacionamento estável com um único homem e, por isso, não veem a necessidade do uso de métodos anticoncepcionais. Além disso, entre os adolescentes, é comum o pensamento de que uma gestação nunca aconteceria com eles. Esse pensamento imaturo também contribui para a não adesão de métodos contraceptivos. 4 GRAVIDEZ PRECOCE A adolescência é um período da vida rico em manifestações emocionais, caracterizadas por ambiguidade de papéis, mudança de valores e dificuldades face à procura de independência pela vida. A gravidez na adolescência é muitas vezes encarada de forma negativa do ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando drasticamente suas rotinas. Dados sobre a gravidez na adolescência no Brasil e ao redor do mundo: 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano ao redor do mundo, das quais 2 milhões são menores de 15 anos; Em 2010 um relatório divulgado por um órgão ligado à ONU indica que 12% das adolescentes entre 15 e 19 anos tinham pelo menos um filho; No Brasil existem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, sendo que cerca de 300 mil crianças nascem de mães nessa faixa etária; Em uma pesquisa realizada pela ONU, o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos. 5 CAUSAS Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los; Dificuldade de acesso a esses métodos por parte do adolescente; Dificuldade e vergonha das meninas em solicitar o uso do preservativo pelo parceiro; Ingenuidade e submissão; Violência; Abandono; Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro; Forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de obtenção de autonomia através da maternidade; Meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce. O ambiente familiar também tem relação direta com o início da atividade sexual, por exemplo, famílias onde os irmãos mais velhos já apresentam vida sexual ativa. É comum encontrar adolescentes grávidas cujas mães também iniciaram a vida sexual precocemente ou engravidaram durante a sua adolescência. Por outro lado, famílias onde existe o hábito da conversa e há orientação sobre a vida sexual, a situação pode ser diferente e a sexualidade melhor aproveitada pelos adolescentes no momento certo. https://www.todamateria.com.br/o-que-e-sexualidade/ 6 FATORES DE RISCO Aspectos ambientais - Contexto psicossocial de pobreza; - Dependência dos pais adolescentes de suas famílias; - Baixa instrução dos jovens pais; - Falta de apoio social; - Presença de violência doméstica; - Histórico de abuso sexual na infância; - Ausência de apoio paterno; - Estresse e depressão pós-parto. A relação mãe/filho ocorre de forma menos intensa, uma vez que as mães adolescentes interagem quantitativamente menos com seus filhos, são menos sensíveis às necessidades do bebê, oferecem poucas oportunidades de estimulação, verbalizam menos durante as interações com a criança, tendem a olhar e variar as expressões faciais com menor frequência. As mães adolescentes tendem a ser mais dependentes, menos confiantes, mais depressivas e apresentam autoestima diminuída em relação às adolescentes que não são mães. Aspectos biológicos - Maiores índices de mortalidade e morbidade; - Baixo peso ao nascer; - Prematuridade. - Estudos genéticos indicam alto índice de portadores de síndrome de Down (por translocação) em filhos de mães menores de 15 anos de idade, semelhante à proporção encontrada em filhos de mães com mais de 35 anos. As mães adolescentes procuram menos por serviços pré-natais, por conselhos nutricionais e têm pouco suporte da família antes do nascimento da criança. Dentro de um hospital-maternidade no Rio de Janeiro foram verificados dados que buscaram estudar o perfil das mães adolescentes e verificaram que, apenas 7% das mães, concluíram o pré-natal. 7 CONSEQUÊNCIAS - Abandono dos estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica dos familiares; - Perpetuação da pobreza; - Baixo nível de escolaridade; - Abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança; - Ocorrência de mortes na infância. A situação socioeconômica, a falta de apoio e de acompanhamento da gestação (pré-natal) contribui para que as adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação materna apropriada, à importância da amamentação e sobre a vacinação da criança. Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos inseguros, o que tem grandes riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida, sendo uma das principais causas de morte materna. 8 PREVENÇÃO A melhor forma de evitar a gravidez na adolescência é se informar adequadamente (meninos e meninas) e conhecer o próprio corpo e do parceiro antes de começar a vida sexual. Métodos contraceptivos 1. Métodos de barreira Utilizam produtos ou instrumentos que impedem a passagem dos espermatozoides pela vagina. São eles: - Preservativo masculino (camisinha) e feminino; - Diafragma; - Espermicidas. 2. Métodos comportamentais Dependem do comportamento da mulher e exigem um conhecimentoprévio do corpo feminino para que possam ser aplicados. São eles: - Tabelinha; - Muco; - Temperatura. https://www.todamateria.com.br/espermatozoide/ 9 3. Métodos hormonais Comprimidos ou injeções produzidos com hormônios não naturais. Este tipo de método interfere no equilíbrio hormonal do corpo da mulher, alterando o desenvolvimento do endométrio, o movimento das tubas uterinas, a produção do muco cervical e impedindo que ocorra ovulação. São eles: - Pílulas; - Injeções; - Adesivos; - Dispositivo Intrauterino – DIU. 4. Métodos cirúrgicos Não é propriamente um método anticoncepcional, mas sim uma cirurgia realizada no homem (vasectomia) ou na mulher (laqueadura) para evitar definitivamente a concepção. 10 CONCLUSÃO Em virtude das inúmeras consequências negativas para o desenvolvimento infantil, faz-se necessário o desenvolvimento de programas de prevenção e de intervenção precoce como forma de preservar o desenvolvimento infantil adequado, evitando problemas de aprendizagem e de conduta, pois há indicativos de que quanto mais cedo uma intervenção for iniciada, melhores serão os resultados para a criança e sua família. Os programas de intervenção devem prevenir a ocorrência da gravidez na adolescência, aumentar habilidades parentais, fornecer serviços de pré- natal, diminuir taxa de reincidência de gravidez precoce e promover o desenvolvimento adequado da criança fruto de uma gravidez na adolescência. No Brasil há uma carência dessa prevenção, demonstrando a necessidade de pesquisas que procurem desenvolver e aprimorar programas voltados para a realidade brasileira. Os indicadores atuais demonstram que os poucos programas existentes no Brasil foram capazes de diminuir os índices relacionados com a ocorrência de gravidez na adolescência e reduzir os fatores de risco para o desenvolvimento infantil. 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAGALHÃES, Lana. Gravidez na Adolescência. TodaMatéria [Internet]. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/gravidez-na-adolescencia/ > Acesso em: 29/08/2020 RIOS, Karyne S. A.; WILLIAMS, Lúcia C. A.; AIELLO, Ana L. R.. Gravidez na adolescência e impactos no desenvolvimento infantil. Adolescência&Saúde, 2007 [Internet]. Disponível em: < http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=114 > Acesso em: 29/08/2020 Gravidez na adolescência. BrasilEscola [Internet]. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez-adolescencia.htm > Acesso em: 29/08/2020 https://www.todamateria.com.br/gravidez-na-adolescencia/ http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=114 https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez-adolescencia.htm
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