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TCC FIBRA DE CARBONO (1)

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UNIVERSIDADE PAULISTA
POLO: INSTITUTO CUIABÁ DE ENSINO E CULTURA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
CECÍLIA DA SILVA MEDEIROS 
JULIANA CARVALHO,
 MAIRA ALMEIDA DOS SANTOS, 
YARA MAGDA SILVA SANTOS
FIBRA DE CARBONO: UMA ALTERNATIVA PARA REFORÇO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
CUIABÁ/MT
2021
CECÍLIA DA SILVA MEDEIROS 
JULIANA CARVALHO,
 MAIRA ALMEIDA DOS SANTOS, 
YARA MAGDA SILVA SANTOS
FIBRA DE CARBONO: UMA ALTERNATIVA PARA REFORÇO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação de Engenharia Civil, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador (a): Prof. Abner Pedraça
CUIABÁ/MT 
2021
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
2	PROBLEMA DO ARTIGO	5
2.1	HISTÓRICO DO PROBLEMA	5
2.2	 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO	6
2.2.1	Patologias das construções	7
2.2.2	Intrínseco	8
2.2.3	Extrínseco	8
2.2.4	Tipos de patologias na construção civil	8
2.2.5	Origem dos problemas patológicos	9
2.2.6	Inspeção técnica	11
2.2.7	Reforços estruturais e tipos de reparo	13
2.2.8	Projetos de Reforço de Estruturas	14
2.2.9	Métodos de Reforço de Estruturas	14
3	OBJETIVOS	14
4	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	15
5	METODOLOGIA	16
6	RESULTADOS E DISCUSSÕES	17
6.2.1	Preparação da superfície para receber a Fibra de Carbono	18
6.2.2	Aplicação da Fibra de Carbono na superfície da estrutura	19
7	CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
8	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	21
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho de conclusão de curso desenvolve-se na área da engenharia civil, com o seguinte tema: “Fibra de carbono: uma alternativa para reforço em estruturas de concreto armado”. 
Com o aumento da quantidade de construções de grande porte nas cidades do mundo todo, devido à demanda de centros comerciais e residenciais. É natural surgir à necessidade de reforço estrutural nas edificações, tanto por deterioração das mais antigas, quanto por erros derivados do processo construtivo, ou ainda, em casos que sem haver patologias e anomalias, a estrutura precisa suportar mais esforços do que projetado originalmente. 
A fibra de carbono é apresentada como alternativa para aplicação em partes específicas da construção como vigas e pilares, de forma eficiente e objetiva, de forma a contribuir para não ocorrer demolição de construções civis.
A metodologia utilizada neste trabalho foi pesquisa bibliográfica balizada na revisão da literatura com o suporte de autores que tratam do tema
Esta pesquisa busca responder o que é a fibra de carbono, o processo de implantação e como utilizar o material no reforço de estrutura?
Como objetivo geral, esta pesquisa apresenta: conhecer a fibra de carbono. E os objetivos específicos: conhecer o processo de implantação e utilização da mesma.
A pesquisa foi estruturada em quatro partes: problema do artigo, metodologia da pesquisa, análise dos resultados e considerações finais.
2 PROBLEMA DO ARTIGO
2.1 HISTÓRICO DO PROBLEMA
Na construção civil, desde os primórdios, o concreto vem sendo um material muito utilizado, por suas diversificadas aplicações. O mesmo teve um tratamento de grande importância. Exemplo disso foi à fabricação, houve grandes melhorias, como qualificação de mão de obra, materiais de qualidade utilizados, tudo com o intuito de um concreto com alta durabilidade que atendesse as necessidades do projeto. 
É comum o desgaste e a deterioração das estruturas de concreto armado, com a exposição ao sol, chuvas, elas acontecem de modo inevitável e natural. As propriedades do material influência diretamente e é de extrema importância para a duração de uma edificação. A Vida Útil de um Projeto (VUP) mínima para estruturas de concreto deve ser igual ou superior a 50 anos, Segundo a norma de desempenho ABNT NBR 15575.
Entretanto, com todas as inovações e adaptações tecnológicas, melhorias na parte executiva, qualificação da mão de obra, as estruturas de concreto armado apresentam diversos problemas e necessidades de consertos e reparos quando há o acréscimo de demanda não previsto nessas estruturas, por exemplo, há o risco de sobrecarga e queda.
Desde então surgiram possibilidades e alternativas para solucionar esses problemas, assim evitando o colapso e obtendo a recuperação desta estrutura. É necessário avaliar quais providências necessárias precisam ser tomadas e qual tipo de melhoria ser adotada. De acordo com Souza e Ripper (1998) são utilizadas comumente algumas técnicas convencionais para reforço estrutural, exemplo: perfis metálicos, adição ou complementação de armadura, chapa de aço, polímeros reforçados com diferentes fibras, entre outros.
Um método utilizado como reforço à flexão e à força cortante foram chapas de aço coladas com resina epóxi nos anos de 1970 na Europa e África do Sul. Porém, apresentou aspectos negativos de durabilidade interligados à corrosão. Desde então, a chapa de aço passou a ter concorrência de fortalecimento estrutural e capacidade de alta durabilidade empregando-se os Compósitos de Fibra de Carbono para melhorias, conhecidos por Fibre Reinforced Polymers (FRP) formados, basicamente, por fibras e matriz polimérica.
Os polímeros reforçados com Fibras (FRPs) destacam-se por suas propriedades mecânicas serem superiores aos materiais convencionais utilizados em técnicas de reforço. Rigidez, alta resistência e baixo peso são propriedades que favorecem seu uso em estruturas de trabalho de fortalecimento e uma das principais vantagens dos CFRPs é a resistência a agentes químicos e a corrosão, o que gera alta capacidade de durabilidade e quase nenhuma manutenção. 
Os (CFC´s) compósitos de fibras de carbono começaram a ser comercializadas no início da década de 1960 após uma pesquisa desenvolvida na Inglaterra, Japão e Estados Unidos (Emmons etal., 1998b). O conceito de reforçar estruturas de concreto armado com CFC (Compósitos de Fibra de Carbono) surgiu na década de 1980, no Japão. Destruições causadas nas estruturas por tremores e terremotos na região da Ásia, mostraram a necessidade de restauração e reforço em pouco tempo. (Machado, 2004). A primeira aplicação nas construções com os polímeros de fribas de carbono como reforço estrutural no Brasil ocorreu no ano de 1998 em BH/Minas Gerais. 
2.2 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
Estruturas de concreto não são eternas, existe a deterioração ao longo da sua vida útil. A manutenção periódica pode-se prever desde o início no projeto, de modo a prolongar a vida útil da estrutura, tornando necessárias intervenções estruturais.
Segundo a norma NBR 6118 (ABNT, 2007), toda estrutura de concreto (durante sua construção e vida útil) deve atender a três requisitos mínimos de qualidade: capacidade resistente, desempenho em serviço e durabilidade. 
A capacidade resistente vai garantir a segurança da estrutura em relação à ruptura; o desempenho em serviço deve garantir que a estrutura permaneça em condições de utilização, sem apresentar danos que possam comprometê-la (em parte ou totalmente), e a durabilidade define a capacidade da estrutura em resistir às influências externas que estão previstas desde o projeto.
Toda edificação pode estar sujeita a apresentar um desempenho abaixo do mínimo pré-estabelecido. Falhas no sistema podem gerar problemas que, por sua vez, serão evidenciados na forma de manifestação patológica. Nesse ponto, o produto final (edificação) não satisfaz as exigências do usuário, e o nível de qualidade desejada não é atingido. A partir da situação detectada, é necessário entender a origem, o mecanismo de ocorrência, a causa, e consequências do problema.
2.2.1 Patologias das construções 
O termo “Patologia”, de origem grega, é definido como sendo o estudo da origem, sintomas, e desenvolvimento de condições orgânicas anormais (Michaelis, 2009). O estudo é realizado pela ciência patologica das construções e a terapia cabe estudar a correção e solução desses problemas patológicos, inclusive aqueles devidos ao envelhecimento natural.
Por muito tempo, o concreto foi considerado um material extremamente durável, devido ao fato de que algumas obras deengenharia muito antiga ainda encontrar-se em bom estado. Porém, a deterioração precoce de estruturas recentes remete aos porquês das patologias do concreto (BRANDÃO & PINHEIRO, 1999).
Um exemplo esquemático do surgimento mais comum do tipo de patologia associado a estruturas de concreto armado é demonstrado abaixo.
Figura 1 - Evolução da deterioração de estruturas de concreto por corrosão de armaduras. Fonte: HELENE, 2001 
É bastante recorrente que uma estrutura de concreto armado sofra algum processo de degradação, que se manifesta na forma de patologias. Conhecer as causas das manifestações patológicas é essencial para orientar as ações corretivas, e garantir a segurança da estrutura. 
Os agentes causadores das patologias podem ser do tipo intrínseco, ou extrínseco.
2.2.2 Intrínseco
As causas intrínsecas são as responsáveis pelas manifestações patológicas que surgem no próprio material (inerentes a ele), ou na peça toda, durante execução e/ou utilização da estrutura.
As causas intrínsecas podem ser classificadas como falhas humanas, falhas no período de utilização da estrutura, causas físicas como a insolação e causas biológicas.
2.2.3 Extrínseco
Já as causas extrínsecas são agentes que deterioram a estrutura e que independem da constituição do material, do processo de execução, ou da composição do concreto. 
As causas extrínsecas são: a utilização incorreta da estrutura, ações físicas, ações químicas e ações biológicas (Fonte: Adaptado SOUZA; RIPPER, 2009). 
As causas intrínsecas e extrínsecas geram os sintomas, ou seja, as manifestações patológicas. Sendo as mais frequentes as fissuras, trincas, desagregação do concreto e eflorescências, manchas na superfície, segregação dos materiais constituintes do concreto, infiltrações, flechas e rotações excessivas, degradação química da estrutura, elevada porosidade e permeabilidade, calcinação e perda de aderência nas juntas de concretagem (MACHADO, 2002).
Identificada alguma das manifestações patológicas citadas acima, é necessária a realização um diagnóstico e o estabelecimento de uma metodologia.
2.2.4 Tipos de patologias na construção civil
 Posto que os problemas patológicos são causados por imperfeições ou falhas cometidas em alguma fase de um projeto: concepção, execução, ou utilização. 
Na ocorrência de alguma falha, algumas das patologias que serão citadas a seguir podem ocorrer.
· Recalques na fundação;
· Defeitos construtivos (fissuras e trincas);
· Infiltrações;
· Movimentação térmica;
· Capacidade de carga da estrutura;
· Reações químicas.
2.2.5 Origem dos problemas patológicos
Pode-se apontar que as causas mais comuns de patologias são geradas por erros que se encontra na fase de execução, que muito provavelmente houve falha na mão de obra ou na supervisão do serviço pela construtora responsável, erros na fase de projeto indicam falhas do projetista e por fim erros na utilização.
O meio construtivo pode ser decomposto em cinco fases;
· Planejamento;
· Projeto;
· Fabricação de materiais;
· Execução;
· Uso.
Visto que podem ocorrer patologias em qualquer uma das fases, das mais variadas formas.
Figura 2 - origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção.
Fonte: Adaptado de Grunau1 (1988) apud Helene (1992).
O Gráfico 01 nos permite identificar que as manifestações patológicas em fase de projeto (40%) e execução (28%) correspondem a grande maioria.
Inspeção e mecanismos de reparao das manifestações patológicos conhecidos todos os tópicos abordados acima (origem e causas do problema), é primordial a adoção de um mecanismo de reparo para resolução da situação, já que as manifestações patológicas, em sua maioria, possuem comportamento evolutivo com o passar do tempo, e podem gerar outros problemas relacionados ao inicial, tomando grandes proporções e maior dificuldade na correção. 
O ideal é que todas as estruturas possuíssem um programa de manutenção preventiva e periódica, prevenindo-as de uma série de complicações e, por consequência, de gastos desnecessários. Portanto, identificar, inspecionar, avaliar e diagnosticar as patologias da construção é tarefas que devem ser realizadas sistematicamente e periodicamente, de modo que os resultados e as ações de manutenções devem cumprir efetivamente a reabilitação da construção, sempre que for necessária (GRANATO, 2002).
Figura 3 - Meios de identificação de patológicas
Fonte dos dados: Adaptado de GRANATO, 2002.
A lei de Sitter revela que quanto mais tarde for a intervenção dos problemas patológicos, maiores os gastos, conforme a gráfico da figura abaixo.
Figura 4 - Representação da Lei de Sitter em função da vida utiu da estrutura.
Fonte: Adaptado de Sitter (1984) apud Helene (1992).
Em análise do Gráfico 02, fica explicito que corrigir problema na fase de manutenção corretiva tem um custo de até 125 vezes mais elevado do que seria gasto se o problema tivesse sido corrigido na fase de projeto, preservando a mesma durabilidade e proteção (HELENE, 1992).
Manter o controle e a qualidade de produção em todas as etapas do processo construtivo é de extrema importância para a redução e até mesmo eliminação das manifestações patológicas, de custos e serviços não previstos, da necessidade de manutenções, além de garantir a satisfação do usuário final (cliente), e extensão da vida útil da construção (OLIVEIRA, 2013).
O reconhecimento das formas e tipos de solução patológicas na construção civil não seguem uma metodologia única. Pois, cada um tem sua metodologia com base nas suas experiências.
2.2.6 Inspeção técnica
A inspeção é uma atribuição técnica que abrange a coleta de itens de projeto de construção ao exame preciso da construção a elaboração de relatórios, a avaliação do estado da obra e as orientações, que podem ser de nova vistoria, de obras de manutenção, de recuperação, de reforço ou de reabilitação da estrutura (HELENE, 2001). 
Após desempenhadas tal atividades os projetos de reforço estrutural são elaborados.
As etapas correspondem a uma inspeção na realização do levantamento do histórico da estrutura e do meio ambiente, baseado em documentação existente e visita à obra, inspeção visual geral da estrutura esse houver necessidade a retirada de amostras, levantamento dos danos, técnicas de ensaio, medições, análises mais acuradas, execução de medições, ensaios, e análises físico-químicos. 
Recomenda-se que sejam realizados os seguintes ensaios:
Figura 5 - Ensaios sugeridos por Souza & Ripper (1998).
Fonte dos dados: Adaptado de Souza & Ripper 1998.
Os itens a serem analisados devem ser criteriosamente disponibilizados para que todos os dados sejam levantados e mapeados e devidamente avaliados para compor o laudo técnico final, um documento que ira descrever as etapas e conclusões do processo de inspeção.
No documento deve conter fotografias da inspeção visual, resultados de ensaios, a descrição da causa do problema e os meios de recuperação/reforço necessário, com detalhamento de procedimentos de execução, que sera usado para a execução do reforço.
Definição das ações de recuperação
O conhecimento sobre as soluções determinadas dos problemas patológicos é muito curto no Brasil, devido a não utilização de uma metodologia cientifica, ou por não realização de registros a respeito da conduta adotada que poderiam ser consultados futuramente, o que acaba por impedirem a ampliação do conhecimento na área de patologias das construções, e a capacidade de resolução dos problemas.
Além da realização de um diagnóstico, é sugerida a realização de um prognóstico, isto é, a formulação de hipóteses para a evolução do problema ao longo do tempo. Em posse do diagnóstico e do prognóstico, pode-se elaborar possibilidade de intervenção, tendo em mente três parâmetros: relação custo-benefício, grau de incerteza sobre os efeitos, e disponibilidade de tecnologia para execução dos serviços.
Assim que for feita a definição de conduta, é primordial a adoção de ações que tenha o resultado desejado, no menor custo. As possíveis intervenções que podem ser adotadas são o reparo a recuperação ou reforço.Reparo: É a reparação de pequenos danos presente na estrutura.
Recuperação: tem o como objetivo reparar a estrutura e o desempenho que foi perdido.
Reforço: trata-se do aumento do desempenho da estrutura. 
2.2.7 Reforços estruturais e tipos de reparo
As intervenções de reforço estrutural podem acontecer ao longo da utilização ou nos estágios construtivos, o que acontece frequentemente devido aos erros que acontecem nessa etapa.
Depois de executar a intervenção, é necessário dar continuidade nos acompanhamento do desempenho da edificação para se certificar do resultado obtido e da sua eficácia, e as possível necessidade de novas intervenções.
Os gastos com manutenção e reparo são quase equivalentes aos gastos com construções novas em países desenvolvidos. Contudo, em países em desenvolvimento, como no Brasil, os gastos com construções ainda são mais elevados do que os gastos com reparo e manutenção, no entanto, tendem-se a se equiparar com o passar do tempo, aumentando a participação dos serviços de recuperação e reforço estrutural no ramo da construção civil.
A manutenção em estruturas de concreto é dividida em estratégicas, que são previstas e relacionadas à prevenção, e esporádicas, que são realizadas após a identificação de determinado problema.
2.2.8 Projetos de Reforço de Estruturas
Existe uma recomendação de projeto para prolongar vida útil com início na década de 90, exclusivamente para os fenômenos de corrosão das armaduras, no entanto para os outros fenômenos de deterioração, não existe recomendação brasileira nem internacional.
De acordo com Souza & Ripper (1998) os elementos que devem ser levados em consideração na escolha do trabalho de reforço:
· Estética, concepção original e história da estrutura;
· Defeitos existentes ou quantificação das novas cargas exigidas;
· Disponibilidade de mão de obra e materiais;
· Formação técnica do projetista ou valores subjetivos como criatividade e experiência do mesmo.
2.2.9 Métodos de Reforço de Estruturas
A estratégia de reforço estrutural mais utilizada é a inclusão de materiais como:
· Aumento da armadura de concreto na seção transversal;
· Chapas de aço à estrutura; 
· Fibra de carbono à estrutura.
A mais utilizada em reforço de estrutura são as técnicas que envolvem a adição de chapas metálicas e as que incluem a adição de armadura e aumento da seção transversal do concreto. O processo de adição de fibra de carbono é novo e menos explorado no Brasil.
3 OBJETIVOS 
3.1 – OBJETIVOS GERAIS
Este trabalho tem como objetivo analisar o uso da Fibra de Carbono, como alternativa para reforço na recuperação de estruturas de concreto armado. 
3.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Descrever a composição do material Fibra de Carbono;
· Avaliar os pontos importantes para escolha da fibra de carbono;
· Demonstrar os processos preparatórios e de aplicação da Fibra de Carbono.
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 - COMPOSIÇÃO DA FIBRA DE CARBONO
A fibra de carbono é uma fibra especial com excelentes propriedades físicas, mais leve que o alumínio e mais forte que o aço. É o material de reforço mais antigo usado para aumentar a rigidez e resistência de materiais compostos avançados leves. O material de fibra de carbono vem em uma variedade de blocos de construção "brutos", incluindo fios, unidirecionais, tramas, tranças e vários outros usados ​​para criar peças compostas de fibra de carbono, que por sua vez é amplamente utilizado em supercarros e aeroespacial, eletrônica, química e outras indústrias. “A expressão “fibra de carbono” geralmente se refere a uma variedade de produtos filamentares compostos por mais de 90% de carbono e filamentos de 5 a 15 µm de diâmetro, produzidos pela pirólise da poliacrilonitrila (PAN), piche ou rayon” (Lubin,1969). 
A fibra de carbono é geralmente chamada de fibra de grafite, no entanto, apenas a fibra de carbono com alto módulo de elasticidade com a estrutura de grafite tridimensional podem ser apropriadamente chamada grafite. Porque a fibra de carbono tem um alta resistência à tração, módulo de elasticidade extremamente alto e baixa densidade, são usados principalmente em aplicações críticas envolvendo redução de massa. (Callister,1997).
 A fabricação da fibra de carbono geralmente é realizada por meio da pirólise controlada das fibras plásticas, ou seja, essas fibras têm que suportar altas temperaturas (acima de 800 °C), e esse material vai se decompor e se transformar em um material carbonoso sólido. “O material mais comumente usado para a produção de fibra de carbono hoje é o poliacrilonitrila (PAN, também chamada de orlon, acrilon e darlon), que é um polímero de adição formado pela adição sequencial de monômeros de acrilonitrila.” (Callister,1997).
O primeiro aparecimento deste material deve ser atribuído a Thomas Edson, a fibra foi utilizada como filamento em lâmpadas incandescentes em 1879, embora este material só tenha começado a ser fabricado em 1964 devido às necessidades automobilísticas e principalmente aeroespacial. (Lubin,1969).
As principais vantagens em se utilizar fibras de carbono de acordo com Callister Júnior (2008) e Batista et al. (2017), são:
· Alta resistência mecânica e alta rigidez da fibra.
· Melhor desempenho à fadiga;
· Elevada resistência a diversos tipos de agentes químicos;
· Não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas
· Estabilidade térmica e reológica;
· Alta leveza devido ao baixo peso específico do sistema.
Desvantagens:
· Alto custo
· Incompatibilidade com superfícies irregulares (o que pode diminuir a capacidade de carga). 
(SOUZA; RIPPER, 1998 apud ADORNO; DIAS; SILVEIRA, 2015). No processo de projeto, é fundamental que o engenheiro entenda e leve em consideração esses comportamentos, principalmente em termos de fatores de segurança. 
5 METODOLOGIA
Segundo Moresi (2003, p. 12) “o método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa”.
Portanto tudo o que for desenvolvido deve ter base em algo que de concordância ao que for apresentado, assim Moresi (2003, p. 12) continua alegar que “são os métodos que proporcionam as bases lógicas à investigação científica” para isso a adoção de uma metodologia foi fundamental para realização deste trabalho.
“A atividade intelectual, característica da pesquisa científica, visa á construção do conhecimento” (Santos, 2007, p. 71).
A metodologia adotada neste estudo foi à pesquisa bibliográfica através de livros, artigos, documentos de sites e outras várias publicações de autores que se importam com o tema. 
“A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades acadêmicas” (Moresi, 2003).
“Uma pesquisa bibliográfica pode ser desenvolvida como um trabalho em si mesmo ou constituir-se numa etapa da elaboração de monografias, dissertações etc.” (Andrade, 2010, p.44).
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
6.1 – AVALIAÇÃO PARA ESCOLHA FIBRA DE CARBONO
Para avaliação correta do tipo adequado de Fibra de Carbono, deve-se levar em consideração a normatização que estabelece os padrões de qualidade do material, quanto aos requisitos para a realização dos testes de desempenho. Desta forma, como cita o (AMERICAN CONCRETE , 2008), no item 4.6:
Os sistemas FRP devem ser qualificados para uso em um projeto com base em dados de teste de laboratório independente do constituinte FRP materiais e os laminados feitos com eles, dados de teste estrutural para o tipo de aplicativo que está sendo considerado, e dado de durabilidade representativos do ambiente previsto. Dados de teste fornecidos pelo fabricante do sistema FRP demonstrar que o sistema de FRP proposto deve atender a todos os requisitos de design mecânico e físico, incluindo resistência à tração, durabilidade, resistência à fluência, ligação a substrato e Tg devem ser considerados. Sistemas compostos de FRP que não foram totalmente testados não devem ser considerados para uso. 
A qualificação da Fibra de carbono é verificada através de testesdeterminados por instituições regulamentadoras que apresentam os padrões necessários para cumprir os testes. Como exemplo, (AMERICAN CONCRETE , 2008) dispõe uma tabela que demostra uma relação de “Métodos de teste para sistemas de materiais FRP (Fiber Reinforced Polymer)[footnoteRef:1]. [1: FRP - Polímero Reforçado com Fibra] 
	Métodos de teste para folhas, pré-impregnados e laminados
	Propriedade
	Método (s) de teste ASTM[footnoteRef:2] [2: ASMT - Sociedade Americana para Testes e Materiais] 
	Método de teste ACI[footnoteRef:3] 440.3R [3: ACI – Instituto Americano de Concreto] 
	Resumo das diferenças
	Dureza superficial
	D2538
	— 
	Nenhum método ACI desenvolvido.
	
	D2240 
	
	
	
	D3418
	
	
	Coeficiente de expansão térmica
	D696
	— 
	Nenhum método ACI desenvolvido.
	Fração de volume
	D3171
	— 
	Nenhum método ACI desenvolvido.
	
	D2584
	
	
	Folha para adesão de concreto (tração de tensão direta)
	D4551
	L.1
	O método ACI fornece requisitos específicos para a preparação de amostras
não encontrado no método ASTM
	Resistência à tração e módulo
	D3039
	L.2
	O método ACI fornece métodos para calcular a resistência à tração e
módulo em seção transversal bruta e área efetiva de fibra.
A seção 3.3.1 do ACI 440.2R é usada para calcular os valores do projeto.
	Resistência ao cisalhamento da volta
	D3165
	L.3 
	O método ACI fornece requisitos específicos para a preparação de amostras.
	
	D3528
	
	
Tabela 1 - Métodos de teste para sistemas de materiais FRP
Fonte: (AMERICAN CONCRETE , 2008)
Lembrando que segundo (MACHADO, 2002), “o documento ACI recomenda apenas metodologia para a realização de testes, e não trata de padronização de materiais. (...) A decisão de onde os materiais testados podem ser utilizados será decorrente dos resultados obtidos, com base nas especificações e regulamentações para projeto que complementam os resultados dos testes”.
6.2 - PROCESSOS PREPARATÓRIOS E APLICAÇÃO 
6.2.1 Preparação da superfície para receber a Fibra de Carbono
É indispensável fazer uma verificação completa da estrutura antes da aplicação do material, descobrindo as fissuras, trincas e outras patologias existentes na estrutura. 
“Antes de qualquer coisa, para que esse reforço seja eficiente, é condição básica que o substrato de concreto que irá receber o reforço esteja íntegro e são de tal forma a receber e transferir os esforços que irão ocorrer na interface concreto/compósito” (MACHADO, 2002).
Posterior à recuperação de cada patologia, inicia-se o tratamento da superfície, para a aderência correta da fibra de carbono. Começando com a limpeza, e abertura dos poros do concreto, sendo que a forma mais recomendada é o desbastamento da superfície com uso de disco cálice para desbaste no equipamento esmerilhadeira ou fresa manual, pois esse processo aplicado da forma correta serve também para elimina irregularidades na superfície. O uso dos equipamentos citados não é uma regra, pois em algumas situações o mais necessário é a limpeza e abertura dos poros, que pode ser feito com jatos de água e outros métodos. 
Mas é importante ter cautela na escolha do método, pois, (MACHADO, 2002) relata que: “Todas as superfícies nas quais será aplicado o sistema CFC deverão estar secas (sem umidade intersticial), uma vez que a existência de água pode inibir a penetração das resinas e reduzir drasticamente a eficiência da ponte de aderência necessária á aplicação do sistema”.
6.2.2 Aplicação da Fibra de Carbono na superfície da estrutura
Cada produto CFC disponível no mercado tem suas características próprias, conforme o fabricante. Embora haja diferenças na composição, os processos de aplicação tem um padrão.
Assim sendo, os passos do processo são os seguintes:
· Aplicação do Primer (resina epóxi): Aplicar ao mesmo tempo o primer com uso de rolo adequado, sobre a superfície do concreto, especificamente, no local demarcado para receber a manta de fibra de carbono. E simultaneamente, sobre a manta de fibra de carbono.
Figura 6 - Aplicação do Primer
Fonte: (ARAÚJO & JUNIOR, 2018)
· Colar a manta na estrutura: Unir a manta fibra de carbono com a superfície da estrutura.
· Passar um rolo para tirar as bolhas que podem se formar no processo de aderência.
Figura 7 - Aplicação do Primer
Fonte: (ARAÚJO & JUNIOR, 2018)
De forma geral, o resumo dos processos pelo qual passa a estrutura, durante a recuperação e aplicação do CFC, é segundo (INÁCIO, MATEUS, SILVA, SILVA, & TAGLIAFERRO, 2019) 
“Primeiramente faz-se o escoramento da estrutura; remove-se a região problemática para ter acesso às armaduras possibilitando, assim, o tratamento com inibidor de ferrugem; para aderência do concreto a resina epóxi faz-se o grauteamento em camadas da área recuperada; e então, após a recuperação, vem o reforço com a aplicação das lâminas de compósito de fibra de carbono nas direções horizontais, com ação de confinamento, e verticais, para esforço das cargas atuantes”.
Os processos de corte da manta de fibra de carbono podem ser antecipados na fabrica, conforme as medidas do projeto, para que ao chegar ao local da obra executar apenas ajustes, e o serviço ser realizado com praticidade e qualidade.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O reforço de estruturas com uso de fibra de carbono é uma opção dentre muitas já desenvolvidas, e são indicados para diversas situações, exemplo disso são as mudanças da utilização da estrutura, reabilitação após terremotos ou tremores na terra, incêndios ou erro de projetos. Esses métodos são indicados para reforço de paredes, vigas, pilares, lajes, entre outros.
A facilidade de aplicação gera economia de gastos e agilidade na aplicação, o que reflete na redução de tempo da obra, tendo também que a maleabilidade desses compósitos permite a adequação de variadas formas.
Quanto às desvantagens, a principal dificuldade esta relacionado ao valor de todo material, não é de fácil acesso e a mão de obra tem de ser especializada desde o engenheiro projetista com vasta experiência em tratamento de patologias em estrutura de concreto, até o técnico para executar a aplicação da fibra de carbono.
Logo depende dos avanços tecnológicos para tornar o material mais acessível e na área, mas com a busca constante e competitividade crescente no mercado especializado talvez não demore a que o mesmo se torne mais acessível. 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN CONCRETE , I. (2008). Guide for the Design and Construction of Externally Bonded FRP Systems. ACI 440.2R-08, 17, 76.
ARAÚJO, T. T., & JUNIOR, W. N. (2018). REFORÇO ESTRUTURAL EM FIBRA DE CARBONO PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO. PATORREB, 6, 7.
INÁCIO, F., MATEUS, N., SILVA, J., SILVA, M., & TAGLIAFERRO, E. (2019). REABILITAÇÃO DE ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO. ORGANIZAÇÕES E SOCIEDADE, 10.
MACHADO, A. P. (2002). Reforço de Estrutura de Concreto Armado com Fibras de Carbono. São Paulo: PINI.
Moresi. (2003). Metodologia da Pesquisa.
Santos, A. R. (2007). Metodologia Científica a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: Lamparina.
Fase da construçãoMeios de identificação
Apartirdeumbomcontrolede
qualidade;
DuranteFiscalização das etapas de construção;
 
Controletecnológicodosmateriais
utilizados.
Apartirdetrincas,infiltrações,
exposição/oxidaçãodeferragem,
degradação do concreto;
Eoutrosfatoresobserváveisquegerem
transtornos aos usuários da construção.
Identificaçao das Patologias
Concluída

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