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Aula 05 - DE I

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DIREITO
EMPRESARIAL I
B L O C O D E A P R E N D I Z A G E M 1
 
P A R T E 2 - D I R E I T O S O C I E T Á R I O
 
Profa. Em
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IV
IL INTRODUÇÃO
A sociedade é uma pessoa jurídica de direito privado,
conceituada no art. 981 do Código Civil, que dispõe:
“celebram contrato de sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou
serviços, para o exercício da atividade econômica e a
partilha, entre si, dos resultados”. Tal dispositivo se
aplica às sociedades simples (intelectuais) ou
empresárias, personificadas, por terem seus atos
constitutivos levados a registro, ou
despersonificadas.
O CÓDIGO CIVIL
POSSIBILITA A CRIAÇÃO
DAS SOCIEDADES
DESCRITAS EM SEUS ARTS.
986 A 996 (SOCIEDADES
NÃO PERSONIFICADAS),
997 A 1.038 (SOCIEDADES
DE INTELECTUAIS) E 1.039
A 1.092 (SOCIEDADES
EMPRESÁRIAS), ALÉM DAS
SOCIEDADES
COOPERATIVAS DESCRITAS
NOS ARTS. 1.093 A 1.096 E
DAS SOCIEDADES
COLIGADAS, SENDO ESSE
ROL TAXATIVO. 02
PERSONALIDADE JURÍDICA
 
A aquisição da
personalidade jurídica
ocorre com a inscrição
do ato constitutivo
(contrato social ou
estatuto social) no
órgão competente. 
É o que preconizam os
arts. 45 e 985 do
CC/2002.
03
 
Antes do registro não há
personalidade jurídica,
portanto, não há existência
legal da sociedade enquanto
pessoa jurídica. No entanto,
o CC/2002 reconhece a
existência da chamada
sociedade irregular.
EFEITOS
a) é capaz para o exercício de direitos
e para contrair obrigações;b) pode
figurar no polo ativo ou passivo de
uma relação jurídica, salvo aquelas
privativas de pessoas naturais ou
aquelas em que haja proibição legal;c)
tem nome próprio;d) tem domicílio
próprio, distinto do domicílio dos
sócios;e) tem patrimônio próprio,
distinto e inconfundível com o
patrimônio particular dos seus sócios.
04
C
O
N
T
R
A
T
O
. 
 
 S
O
C
IA
L
O contrato social trará cláusulas separadas por temas, sendo
algumas obrigatórias, conforme consta do art. 997 e incisos do
Código Civil.
 
- Capital, quotas e participação dos sócios nos lucros e perdas:
incisos III, IV, V, VII do art. 997 do CC.
 
- Administração da sociedade: inciso VI do s art. 997 do CC.
 
- Responsabilidade dos sócios: inciso VIII do art. 997 do CC.
 
 
CLASSIFICAÇÃO
DAS
SOCIEDADES
NÃO PERSONIFICADAS
caracterizam-se como pessoa jurídica,
porquanto levaram seu ato constitutivo a
registro.
Sociedade em comum
Sociedade em conta de participação
PERSONIFICADAS
não se caracterizam como pessoa jurídica,
porquanto não levaram seu ato constitutivo
a registro.
Sociedade simples (art. 966, único)
Sociedade limitada
Sociedade anônima
Sociedade em comandita por ações
Sociedade cooperativa
Sociedade coligadas
 
 
05
QUANTO À PERSONIFICAÇÃO:
 
CLASSIFICAÇÃO
DAS
SOCIEDADES
RESPONSABILIDADE ILIMITADA
sociedade em comum (art. 990: “todos os
sócios respondem solidária e ilimitadamente
pelas obrigações sociais, excluído do
benefício de ordem”);
sociedade em nome coletivo (art. 1.039:
“respondendo todos os sócios, solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais”).
RESPONSABILIDADE LIMITADA
sociedade limitada (art. 1.052: “ é restrita ao
valor de suas quotas, mas todos respondem
solidariamente pela integralização do capital
social”);
sociedade anônima (art. 1.088: “o capital
divide-se em ações, obrigando-se cada sócio
ou acionista somente pelo preço de emissão
das ações que subscrever ou adquirir”).
 
 
06 QUANTO À RESPONSABILIDADE 
DOS SÓCIOS:
 
CLASSIFICAÇÃO
DAS
SOCIEDADES
RESPONSABILIDADE MISTA:
sociedade em conta de participação (Há duas modalidades de
sócios, o ostensivo e o participante. O sócio ostensivo é quem
exerce unicamente a atividade, em seu nome individual e sob
sua própria e exclusiva responsabilidade, respondendo perante
terceiros pelas obrigações sociais. O sócio participante entra
na sociedade com capital ou com trabalho, ou ambos, porém
não responde perante terceiros, tão somente respondendo
perante o sócio ostensivo, nos termos estabelecidos no
contrato social (art. 991);
sociedade em comandita simples (Segundo o art. 1.045, há
duas categorias de sócios: os comanditários, pessoas físicas,
responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais; e os sócios comanditários, obrigados somente pelo
valor de sua quota);
sociedade em comandita por ações (Tem seu capital social
dividido em ações, sendo que o acionista que administra a
sociedade responde subsidiária e ilimitadamente, e os demais
acionistas que não participam da administração respondem
somente pelo preço de emissão das ações que subscreverem ou
adquirirem – art. 1.091).
 
 
07
CLASSIFICAÇÃO
DAS
SOCIEDADES
SOCIEDADE DE PESSOAS
sociedade em conta de participação (Segundo o art. 995, o sócio
ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso
dos demais);
sociedade em nome coletivo (Segundo o art. 1.040, esse tipo
societário se rege pelas normas que lhe são próprias e, no que for
omisso, pela disciplina das sociedades simples, portanto, aplica-se o
art. 999, caput);
sociedade em comandita simples (Segundo o art. 1.046, esse tipo
societário se rege pelas normas que lhe são próprias e, no que for
omisso, pela disciplina das sociedades em nome coletivo, portanto,
aplica-se o art. 1.040 c/c o art. 999, caput);
sociedade limitada (Conforme prescreve o art. 1.057, a sociedade
limitada pode ser constituída com natureza capitalista, uma vez que os
sócios podem estipular livremente a alienação das quotas para
estranhos, desde que previsto no contrato social).
São aquelas que se constituem levando-se em consideração as qualidades
pessoais dos sócios, isto é, seus atributos pessoais. Assim, exige-se como
requisito para sua constituição o affectio societatis. 
 
 
 
08
QUANTO À ALIENAÇÃO DA 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL:
 
CLASSIFICAÇÃO
DAS
SOCIEDADES
SOCIEDADE DE CAPITAL
sociedade anônima (art. 36 da Lei 6.404/1976 – Lei das
Sociedades Anônimas – que assegura a livre circulação
das ações);
sociedade de comandita por ações (Segundo prescreve
o art. 1.090, esse tipo societário rege-se pelas normas
relativas à sociedade anônima, portanto aplica-se o art.
36 da LSA).
São aquelas que se caracterizam por priorizar a formação
do capital social necessário sem se preocupar com as
qualidades pessoais dos sócios. Assim, o que importa é a
aquisição de capital suficiente para desenvolver as
finalidades sociais, independentemente de quem participe
da formação desse capital. Portanto, é livre a alienação
das ações.
 
 
 
09
QUANTO À ALIENAÇÃO DA 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL:
 
CLASSIFICAÇÃO
DAS
SOCIEDADES
SOCIEDADES DE CAPITAL FIXO
São aquelas em que o capital social é
estabelecido em valor fixo no contrato social
ou no estatuto. Todas as sociedades previstas
no direito brasileiro são de capital fixo.
 
 
10 QUANTO À VARIABILIDADE 
DO CAPITAL SOCIAL:
 
SOCIEDADES DE CAPITAL VARIÁVEL
São aquelas cujo capital social é variável ou
dispensável. O único exemplo é a sociedade
cooperativa (art. 1.094, I).
CLASSIFICAÇÃO
DAS
SOCIEDADES
SOCIEDADES CONTRATUAIS
são aquelas constituídas mediante contrato
social.
 
•sociedade em nome coletivo;
•sociedade em comandita simples;
•sociedade limitada.
 
 
11 QUANTO AO ATO CONSTITUTIVO:
 
SOCIEDADES INSTITUCIONAIS
são aquelas constituídas mediante estatuto. 
 
•sociedade anônima;
•sociedade em comandita por ações.
QUADRO-RESUMO DOS
TIPOS SOCIETÁRIOS NO
DIREITO BRASILEIRO
12
EM COMUM
A) AQUELAS QUE EXISTEM
APENAS DE FATO, POR NÃO
TEREM SEQUER CONTRATO
ESCRITO; B) AS QUE POSSUEM
CONTRATO ESCRITO NÃO
REGISTRADO NO ÓRGÃO
COMPETENTE; OU C) AQUELAS
QUE, MESMO REGISTRADAS,
PASSARAM POR UMA
SUBSTANCIAL MUDANÇA EM
SUA CONDIÇÃO DE FATO, NÃO
TENDO LEVADO A REGISTRO
TAIS MODIFICAÇÕES (ARTS.
986 A 990).
CONTA DE PARTICIPAÇÃO
ESSA SOCIEDADE NÃO É
IRREGULAR. TRATA-SE DE UM
EMPREENDIMENTO QUE FIGURA
SOB O NOME,
RESPONSABILIDADE E
PERSONALIDADE JURÍDICA DE
UMA PESSOA NATURAL OU
PESSOA JURÍDICA. POR ESSA
RAZÃO, NÃO HÁ
IRREGULARIDADE. O SÓCIO SE
CHAMARÁ OSTENSIVO E OS
INVESTIDORES SERÃO
OSPARTICIPANTES.
13
SOCIEDADES DESPERSONALIZADAS
14
IRREGULARIDADE SUPERVENIENTE: É AQUELA
SOCIEDADE QUE, MUITO EMBORA TENHA CONTRATO
ESCRITO E ATÉ REGISTRO DE SEU ATO CONSTITUTIVO,
ACABOU SOFRENDO ALTERAÇÃO EM RELAÇÃO ÀS
CLÁUSULAS ESSENCIAIS DO CONTRATO PREVISTAS NO
ART. 997 DO CC, MAS NÃO LEVOU TAIS ALTERAÇÕES A
REGISTRO.
SOCIEDADE
EM COMUM
 
IRREGULARIDADE
ORIGINÁRIA: É O
DISPOSTO NO ART. 986
DO CC
15
CONTA DE
PARTICIPAÇÃO
 
UMA SOCIEDADE OCULTA,
PARA TANTO, NÃO POSSUI
FIRMA SOCIAL E SEU
CONTRATO NÃO PODE SER
ARQUIVADO NA JUNTA
ESTADUAL. CASO A CONTA DE
PARTICIPAÇÃO TENHA O SEU
ATO CONSTITUTIVO LEVADO
A REGISTRO, DE QUALQUER
MANEIRA O ATO NÃO SERÁ
CONSIDERADO PARA
OFERECER PERSONALIDADE
JURÍDICA PRÓPRIA DE
EMPRESÁRIO.
COMO A SOCIEDADE FIGURA SOB A
RESPONSABILIDADE DO SÓCIO OSTENSIVO E
EM SEU NOME, SEJA ELE PESSOA NATURAL OU
JURÍDICA, A SUA FALÊNCIA IMPLICA A
DISSOLUÇÃO DA PRÓPRIA SOCIEDADE, SENDO
QUE OS PARTICIPANTES SERÃO CONSIDERADOS
QUIROGRAFÁRIOS NO PROCESSO FALIMENTAR.
JÁ A FALÊNCIA DO SÓCIO PARTICIPANTE
IMPLICA A NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO DE
SUA PARTE PARA PAGAMENTO DE SEUS
CREDORES, TUDO CONFORME A REGRA
CONTIDA NO ART. 994 E PARÁGRAFOS.
A sociedade em conta de
participação, por regra
contida no art. 996 do CC,
tem a sua liquidação regida
pela prestação de contas,
assim, o sócio participante
deverá ajuizar ação de exigir
contas, com base no art. 550
do CPC, especificando
detalhadamente as razões
para que haja a prestação de
contas, situação em que o
autor poderá contestar no
prazo de 15 dias.16
17
AS SOCIEDADES SIMPLES SÃO
CONSTITUÍDAS POR INTERMÉDIO
DE CONTRATO, A PARTIR DA
UNIÃO DE ESFORÇOS PARA O
DESENVOLVIMENTO DE
PROFISSÕES INTELECTUAIS.
CONFORME O PARÁGRAFO ÚNICO
DO ART. 966 DO CÓDIGO CIVIL
BRASILEIRO, NÃO POSSUEM
CARÁTER EMPRESARIAL, E SUA
ATIVIDADE NÃO É PROFISSIONAL
E ORGANIZADA. ALIÁS, A
SOCIEDADE SIMPLES ABRANGE
EXATAMENTE AS ATIVIDADES
NÃO EMPRESARIAIS.
FORMAS ESPECÍFICAS:
A) SOCIEDADE SIMPLES PURA;
B) SOCIEDADE SIMPLES EM COMUM;
C) SOCIEDADE SIMPLES EM NOME COLETIVO;
D) SOCIEDADE SIMPLES EM COMANDITA;
E) SOCIEDADE SIMPLES LIMITADA;
F) SOCIEDADE COOPERATIVA.
18
SOCIEDADES SIMPLES
CONSTITUIÇÃO 
a sociedade deve arquivar seus atos
constitutivos no registro
competente, que, no caso das
sociedades simples, é o cartório de
registro civil das pessoas jurídicas,
nos 30 dias subsequentes a sua
constituição.
19
RESPONSABILIDADE
DOS SÓCIOS
O capital social é elemento que
limita a responsabilidade. Se a
forma da sociedade for pura, a
responsabilidade poderá ser
subsidiária ou solidária,
dependendo do que estabelecer o
contrato social; se a forma for
especial, dependerá da legislação
específica a ser aplicada
obrigatoriamente.
As sociedades simples
possuem dupla função,
pois ao mesmo tempo
em que representam a
sociedade dos
intelectuais, também
funcionam como regra
de aplicação subsidiária
para as sociedades
empresárias,
principalmente para as
limitadas.
20
ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE SIMPLES 21
 
O Código Civil buscou estabelecer que o administrador, além de
conhecimento e capacidade de gestão, deve ter, no exercício de suas
funções, o cuidado e a diligência que todo homem probo empregaria na
administração de seus próprios negócios. O administrador terá que
comprovar qualificação para o exercício das atividades e não incorrer em
qualquer dos impedimentos legais.
OS IMPEDIMENTOS LEGAIS PARA A
ADMINISTRAÇÃO ESTÃO DISPOSTOS NO §
1º DO ART. 1.011
22
 
que enumera aqueles que estão legalmente impedidos de exercer a
administração:
a) pessoas impedidas por leis especiais, a exemplo de funcionários públicos,
governadores e juízes;
b) os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a
cargos públicos;
 
OS IMPEDIMENTOS LEGAIS PARA A
ADMINISTRAÇÃO ESTÃO DISPOSTOS NO §
1º DO ART. 1.011
23
 
c) os condenados por crimes falimentares; de prevaricação; peita ou
suborno; concussão e peculato, enquanto perdurarem os efeitos da
condenação;
d) os condenados por crimes contra a economia popular; contra o sistema
financeiro nacional; contra as normas de defesa da concorrência; contra as
relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os
efeitos da condenação.
 
NOMEAÇÃO DE
ADMINISTRADORES
 
A LEI FACULTA QUE OCORRA EM DOIS
MOMENTOS:
A) NO ATO DE CONSTITUIÇÃO DA
SOCIEDADE, EM QUE O CONTRATO DEVE
MENCIONAR AS PESSOAS INCUMBIDAS
DA ADMINISTRAÇÃO E OS PODERES A
ELA ATRIBUÍDOS;
B) EM MOMENTO POSTERIOR, POR
INSTRUMENTO EM SEPARADO, QUE
DEVERÁ SER AVERBADO À MARGEM DA
INSCRIÇÃO DA SOCIEDADE.
A FORMALIZAÇÃO DA NOMEAÇÃO DO
ADMINISTRADOR:
A) POR MEIO DE ALTERAÇÃO
CONTRATUAL;
B) PELA ATA DE REUNIÃO OU
ASSEMBLEIA QUE DELIBERAR A SUA
ESCOLHA.
RESSALTA-SE QUE O
ADMINISTRADOR RESPONDERÁ
PESSOALMENTE PELOS ATOS
PRATICADOS ANTES DA AVERBAÇÃO
DO INSTRUMENTO DE NOMEAÇÃO. O
ADMINISTRADOR DESIGNADO EM
ATO APARTADO SERÁ INVESTIDO
NO CARGO MEDIANTE TERMO DE
POSSE NO LIVRO DE ATAS DA
ADMINISTRAÇÃO, DEVENDO ESSE
TERMO SER ASSINADO NOS 30 DIAS
SUBSEQUENTES À DESIGNAÇÃO.
APÓS DEZ DIAS DA INVESTIDURA, O
ADMINISTRADOR DEVE REQUERER A
AVERBAÇÃO DE SUA NOMEAÇÃO NO
REGISTRO COMPETENTE.24
TEORIA ULTRA VIRES
SOCIETATIS
O INSTITUTO É NO SENTIDO DE QUE A SOCIEDADE NÃO
SE RESPONSABILIZA PELO ATO DO ADMINISTRADOR QUE
EXTRAPOLE OS LIMITES IMPOSTOS PELO ATO
CONSTITUTIVO DA PESSOA JURÍDICA, DISPONDO SER
INVÁLIDO E INEFICAZ O ATO PRATICADO PELO SÓCIO
QUE EXTRAPOLE OS LIMITES DO CONTRATO SOCIAL, NÃO
VINCULANDO, POR CONSEQUÊNCIA, A REFERIDA PESSOA
JURÍDICA. 
25
FUNCIONA COMO UMA FORMA DE PROTEÇÃO DA PESSOA
JURÍDICA, RESPONSABILIZANDO EXCLUSIVAMENTE O
SÓCIO, COMO É POSSÍVEL PERCEBER PELA LEITURA DO
ART. 1.015 DO CC: “NO SILÊNCIO DO CONTRATO, OS
ADMINISTRADORES PODEM PRATICAR TODOS OS ATOS
PERTINENTES À GESTÃO DA SOCIEDADE; NÃO
CONSTITUINDO OBJETO SOCIAL, A ONERAÇÃO OU A
VENDA DE BENS IMÓVEIS DEPENDE DO QUE A MAIORIA
DOS SÓCIOS DECIDIR”.
TEORIA ULTRA VIRES
SOCIETATIS
26
TEORIA ULTRA VIRES
SOCIETATIS
PARÁGRAFO ÚNICO. O EXCESSO POR PARTE DOS
ADMINISTRADORES SOMENTE PODE SER OPOSTO A
TERCEIROS SE OCORRER PELO MENOS UMA DAS
SEGUINTES HIPÓTESES:
I – SE A LIMITAÇÃO DE PODERES ESTIVER INSCRITA OU
AVERBADA NO REGISTRO PRÓPRIO DA SOCIEDADE;
II – PROVANDO-SE QUE ERA CONHECIDA DO TERCEIRO;
III – TRATANDO-SE DE OPERAÇÃO EVIDENTEMENTE
ESTRANHA AOS NEGÓCIOS DA SOCIEDADE.
27
DELIBERAÇÕES
SOCIAIS
 
Os sócios votam na matéria objeto de apreciação, e
seus votos são contados não de acordo com a
quantidade de sócios, mas sim com o valor de quotas
do capital social que cada um possui, segundo o art.
1.010 do CC, que vai no sentido de que quando, por lei
ou contrato social, competir aos sócios decidir sobre
os negócios da sociedade, as deliberações serão
tomadas pela maioria dos votos, contados segundo o
valor das quotas de cada um.
Se houver empate nas deliberações, o legislador
estabelece que a situação se dissolverá por meio do
voto “por cabeça”, ou seja, prevalecerá a decisão
sufragada pelo maior número de sócios.
28
DISSOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
 
Trata-se do processo de extinção da sociedade,
significando o conjunto de atos, dividido em três fases
distintas: a dissolução, a liquidação e a extinção. A
dissolução é o ato que busca a extinção da sociedade,
efeito que apenas se produzirá posteriormente. Assim,
podemos dizer que na dissolução estamos diante de um
conjunto de atos representados pelo fato causador da
dissolução, os procedimentos para sua liquidação e
apuração de haveres dos sócios e, por fim, sua
extinção ocorrida com o fim do vínculo jurídico, da
comunhão patrimonial e da pessoa jurídica.
 
29
Causas de dissolução total das sociedades
PRAZO DE DURAÇÃO
Estamos diante da dissolução por expiração do prazo
de duração, sejam aquelas por prazo determinado e
indeterminado presentes no art. 1.029, bem como a
presente no art. 1.033, I, do CC
FALÊNCIA DA SOCIEDADE:
hipótese presente no art. 1.033, I,
do CC, situação que prevê a
dissolução de pleno direito, em
que a vontade dos sócios não
prevalece.
CONSENSO MÚTUOOU MAIORIA ABSOLUTA
NA SOCIEDADE POR PRAZO
INDETERMINADO:
os incisos II e III do art. 1.033 tratam da hipótese do
distrato, devendo ser levado a registro, assim como
ocorre com o ato constitutivo. Diversas são as
hipóteses: como a ausência da affectio societatis,
inexecução dos fins sociais ou ausência de lucros.
UNIPESSOALIDADE ACIDENTAL
o inciso IV do art. 1.033. em prol da
preservação da empresa, a manutenção da
sociedade com um sócio apenas, desde
que restabelecida a pluralidade contratual
no prazo de um ano.
30
Causas de dissolução total das sociedades
EXAURIMENTO DO FIM SOCIAL
a manifestação de vontade de um dos sócios
acarretará a nulidade somente de seu vínculo com a
sociedade. Em síntese, se a nulidade se restringir ao
vínculo individual que liga o sócio à sociedade, dar-
se-á somente a dissolução parcial.
EXTINÇÃO DE AUTORIZAÇÃO
art. 1.033, V e por deliberação majoritária
dos sócios. Assim, a sociedade limitada
viverá até o vencimento do prazo de
duração previsto, ou se ocorrer a cassação
da autorização.
INEXEQUIBILIDADE
 já sua inexequibilidade importa na impossibilidade da
continuação da sociedade por diversos fatores, como a
perda ou redução do capital social, concorrência, a
majoração de impostos sobre a atividade
desempenhada, a proibição da importação ou
exportação das mercadorias com as quais negociava a
sociedade.
ANULAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
o exaurimento do fim social está ligado ao
esgotamento do objeto social, seja a
sociedade constituída por prazo
indeterminado ou determinado.
31
CAUSAS DE
DISSOLUÇÃO
PARCIAL DE
SOCIEDADE
 
Na segunda hipótese, temos a dissolução
por morte de sócio (art. 1.028), por vontade
de um dos sócios (art. 1029), por falência
de sócios (art. 1.029, parágrafo único) e
decorrente de cláusulas previstas no
contrato social.
 
Especificamente às sociedades limitadas
estão previstos o recesso (art. 1.077) e a
exclusão de sócio minoritário (art. 1.085),
sendo válido lembrar que às sociedades
limitadas aplicam-se as disposições de
sociedades simples.
32
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
 
Os advogados podem exercer a sua
profissão em forma de sociedade com o
consensual interesse de licitamente unir
seus esforços para o desenvolvimento de
sua atividade intelectual.
 
Ocorre que, em vista da proibição pelo
Estatuto da OAB, ainda que uma
Sociedade de Advogados, que é
considerada uma Sociedade Simples, se
organize como uma empresa, não poderá
ser considerada empresária. 
O art. 982 do Código Civil deixa claro que
todo aquele que pratica atividade não
enquadrada como empresária será
considerado para a formação de uma
espécie denominada Sociedade Simples.
 
Finalmente, a sua natureza é de pessoa
jurídica de direito privado constituída na
forma de Sociedade Simples.
33
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Sociedade
unipessoal ou
pluripessoal
Objeto
praticado
pelos sócios
Nome
societário 
34
Da
personalização
e registro
A Sociedade
permitirá que os
advogados que
atuam
individualmente
possam atuar com
a Pessoa Jurídica
É vedada tal
reunião na forma
de associações
com o propósito
de cobrar
mensalidade de
clientes.
A personalidade
jurídica se inicia
no registro de
seu contrato
social perante o
Conselho
Seccional da
OAB.
 Exige a forma de
firma, nome de
ao menos um dos
sócios , de forma
completa ou
abreviada
É possível a utilização de nome de sócio falecido desde que haja previsão em seu contrato social.
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Mandato
judicial
Constituição
de filiais
Responsabilidade
35
Licenciamento
do advogado
O mandato judicial
para a postulação
em nome do cliente
deve ser outorgado
individual e
separadamente a
cada um dos
advogados.
Os sócios e o
escritório de
advocacia ficarão
obrigados à
inscrição
suplementar.
O exercício do sócio 
incompatível com a
advocacia deve
averbar o
licenciamento
perante o órgão de
registro societário,.
É possível
avançar nos bens
dos sócios de
forma subsidiária
e proporcional.
arts. 1.023 e
1.024.
Os sócios não poderão integrar mais de uma sociedade com sede ou filial na mesma área territorial.
36
A
D
V
O
G
A
D
O
S
 A
S
S
O
C
IA
D
O
S
 
Trata-se de um profissional sem vínculo
de emprego que se associa à sociedade
de advogados sem fazer parte do
quadro societário para participação nos
resultados específicos aos processos de
que participa e eventualmente conduz
ao escritório.Tais contratos entre a
sociedade e os advogados associados
são averbados no registro da
sociedade.
37
A
T
EN
Ç
Ã
O
 
As sociedades de advogados são consideradas sociedades
simples, mas se submetem às regras do Estatuto da Advocacia
(Lei 8.906/1994), assim como as sociedades cooperativas são
consideradas sociedades simples, conforme o parágrafo único do
art. 982 do Código Civil, independentemente do seu objeto social,
e são disciplinadas pela Lei 5.764/1971. São formadas a partir da
união de, no mínimo, 20 pessoas que reciprocamente se obrigam
a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma
atividade econômica, de proveito comum e sem objetivo de lucro.

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