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Despesca e Transporte de Peixes na Piscicultura

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Flávia Silva Cardoso Moreno, Gabrielli Lima de Alcantara Ramos, Bruna 
de Abreu Silva, Felipe da Torre Fernandes, Silvio Eduardo Meirelles de 
Oliveira.
Despesca é o procedimento de retirada 
dos peixes de uma unidade de cultivo, 
quando eles atingem o tamanho comercial 
desejado ou necessitam ser transferidos. 
Na piscicultura a criação dos peixes é 
monitorada, as espécies são totalmente 
controladas, desde o início da vida até o 
momento em que atingem a condição ideal 
para consumo, com o uso de ferramentas, 
substâncias específicas e acompanhamento 
periódico para estimular o crescimento 
saudável dos animais.
A despesca é a última etapa do manejo 
dos peixes na engorda para a venda. Antes 
de se iniciar a captura dos peixes, deve 
haver um planejamento inicial do trabalho 
e preparo dos materiais.
Primeiramente, é necessário planejar todo o processo de despesca, 
além de garantir que seja feita por profissionais qualificados e por 
equipamentos adequados e de qualidade. Como a piscicultura apresenta 
uma visão voltada ao mercado final, a despesca é um dos pontos principais 
do cultivo, sendo fundamental para , manter a qualidade do peixe, agregar 
valor na venda e evitar perdas no processo.
COMO A DESPESCA DEVE SER FEITA?
TIPOS DE DESPESCA
DESPESCA TOTAL DESPESCA PARCIAL
Apenas uma parte dos animais 
estocados são selecionados e 
retirados, usada normalmente 
quando somente alguns peixes 
atingiram o peso comercial ou 
quando o cultivo é multitrófico. 
Ocorre quando há a retirada de 
todos os peixes do tanque. 
TIPOS DE DESPESCA
DESPESCA TOTAL DESPESCA PARCIAL
Apenas uma parte dos animais 
estocados são selecionados e 
retirados, usada normalmente 
quando somente alguns peixes 
atingiram o peso comercial ou 
quando o cultivo é multitrófico. 
Ocorre quando há a retirada de 
todos os peixes do tanque. 
ESCOLHA ENTRE DESPESCA TOTAL E PARCIAL
Escolher entre a despesca total e parcial é 
essencial para avaliar quais animais devem 
ser estocados e os que precisam ser 
retirados. A despesca total deve ser realizada 
quando todos os peixes tiverem alcançado o 
peso ideal para consumo. Já a parcial é 
utilizada somente quando alguns pescados 
atingiram a proporção adequada. Assim, 
deve haver bons planejamento e 
acompanhamento de toda a sua criação para 
avaliar qual das duas opções será a mais 
viável para o caso.
Há duas possibilidades de fazer a despesca parcial: 
retirando-se apenas parte dos peixes do tanque, ou 
retirando-se os peixes de maior tamanho e deixando os 
menores para que possam crescer mais, até que atinjam o 
tamanho comercial.
DESPESCA PARCIAL
A despesca parcial pode ser realizada com redução de parte da 
água do tanque ou não, sendo necessário um planejamento prévio 
desse manejo. A parcial ocorre principalmente quando: 
DESPESCA PARCIAL
● É realizado um cultivo multitrófico (policultivo), com diferentes 
espécies no mesmo ambiente
● Somente parte dos peixes alcançaram o valor médio do peso 
comercial
A despesca total também deve ser 
planejada e com utilização de profissionais 
treinados e equipamentos adequados. Deve 
ser realizada nos horários mais frescos do dia 
para reduzir o estresse dos peixes e os 
mesmos devem ficar de jejum de 24 a 48 
horas, para esvaziar o trato digestivo.
Sugere-se que a passagem da rede seja 
iniciada pela parte mais funda do tanque, em 
que a linha do fundo da rede, contendo a 
chumbada, deve ser arrastada por todo o 
fundo do tanque. 
DESPESCA TOTAL
MANUAL MISTA MECANIZADA
TIPOS DE DESPESCA
DESPESCA
MANUAL:
Faz uso de apetrechos de pesca e a força 
humana.
• A rede é eficaz em tanques com formatos 
regulares, declive de fundo, e que possuem 
sistema de drenagem que permitam uma 
drenagem rápida para o seu esvaziamento.
• Importante: para a passagem da rede é a 
profundidade do viveiro (entre 1 e 2 
metros).
• O fundo dos viveiros deve ser limpo de 
troncos, pedregulhos, raízes ou outros 
materiais que dificultem a passagem da 
rede de despescar.
DESPESCA
MISTA:
Utiliza uma parte da 
manual e uma da 
mecanizada que podem 
ser usadas, individual 
ou conjuntamente. 
DESPESCA
MECANIZADA:
Os sistemas de despesca modernos 
utilizam máquinas para a realização da 
despesca.
 • Não há contato humano (ou mínimo).
• Normalmente os equipamentos, são 
acoplados ao sistema de transporte 
evitando estresse, lesões e acidentes com os 
pescados.
 • O uso da rosca sem fim acoplada a um 
reboque e ligada a uma mesa selecionadora 
de peixes fixada em cima de um caminhão 
pode ser uma opção.
DESPESCA
MECANIZADA:
● Para a despesca mecanizada, também há 
a possibilidade de utilização da Esteira 
para despesca.
● Esse equipamento reduz a mão de obra 
durante o processo de despesca em 
tanques escavados, otimizando o manejo 
dos peixes e trazendo maior agilidade e 
facilidade ao produtor; Suporta cerca de 
30 quilos por caixa;
● Além disso, diminuindo o custo da 
despesca, consequentemente há maior 
rentabilidade da atividade.
 
DESPESCA
MECANIZADA: O classificador de peixes também pode ser bem útil para a separação dos peixes por 
tamanho, logo após a despesca, 
facilitando a agilização da organização e 
seleção dos peixes para futura 
comercialização.
Cada classificador é ajustado para que 
passe um determinado tamanho de peixe.
EQUIPAMENTOS 
PARA A 
DESPESCA
Para que a despesca seja realizada 
de maneira eficiente é necessário 
utilizar os equipamentos corretos e 
de qualidade.
2
3
4
5
6
1
EQUIPAMENTOS 
PARA A 
DESPESCA
Redes de arrasto
Puçás
Caixa de isopor
Tarrafas
Rede de sarico
Baldes e balançasDe maneira geral, os equipamentos a 
serem utilizados na despesca são:
REDES DE ARRASTO
Redes de arrasto são 
aparelhos/apetrechos para pesca, 
flexíveis, geralmente de fibras 
relativamente delgadas e com 
malhas de tamanho menor que a 
menor dimensão dos peixes ou 
mariscos que se pretendem 
capturar com elas PUÇÁS
CAIXAS DE ISOPOR
REDES DE ARRASTO
Puçás são um aparelho único 
feito de saco de pano de rede, de 
malha 12 mm. São utilizados para 
captura.
PUÇÁS
CAIXAS DE ISOPOR
REDES DE ARRASTO
PUÇÁS
CAIXAS DE ISOPOR
As caixas de isopor 
devem apresentar boa 
qualidade e são utilizadas 
para conter os peixes a serem 
transportados da despesca.
TARRAFAS
REDE DE SARICO
BALANÇA
As tarrafas são redes de 
pesca circulares com pequenos 
pesos distribuídos em torno de 
toda a circunferência da malha.
TARRAFAS
REDE DE SARICO
BALANÇA
Redes de sarico, são redes de 
grande utilidade no final da despesca. 
Economizam tempo e mão-de-obra, 
além de evitar um desgaste maior na 
subida do barranco. Alguns clientes 
acoplam uma balança com gancho 
logo acima do sarico para agilizar o 
processo de pesagem da produção
https://www.engepesca.com.br 
https://www.engepesca.com.br
TARRAFAS
REDE DE SARICO
BALANÇA
A balança é utilizada para a 
biometria de peixes, servindo para 
conferir o peso da produção, a fim 
de avaliar o preço de seu produto no 
mercado
COMO FAZER A 
MANUTENÇÃO DAS REDES 
UTILIZADAS NA DESPESCA 11
Após o uso, as redes deverão ser 
lavadas em água corrente e secas à 
sombra. Todos os restos de peixes e de 
vegetais deverão ser retirados para 
evitar que atraiam ratos, que 
certamente destruiriam a rede. 
A remoção desse material evita ainda 
que, eventualmente, haja a 
possibilidade de disseminação de 
doenças entre diferentes cultivos. 
Depois de secas, as redes devem ser 
reparadas e mantidas em local coberto 
e ventilado.
DESPESCA EM TANQUES ESCAVADOS, 
VIVEIROS E AÇUDES:
Nestes ambientes de cultivo a despesca pode ser feita esvaziando-se o viveiro 
completamente se o mesmo tiver uma caixa de coleta o que seria ideal ou tenha 
sido construindo com declive concentrando os peixes em apenas um lado do 
viveiro.
Em algumas situações o ambiente de cultivo não pode ser esvaziado por não ter 
um monge ou água suficiente para enchê-lo novamente, não permitindo o seu 
esvaziamento para realização da despesca que deve ser realizada com o tanquecheio. Neste caso, a despesca deverá ser realizada com uma rede de arrasto 
adequada a qual deverá ser passada várias vezes tentando capturar todos os peixes
DESPESCA EM TANQUES ESCAVADOS, 
VIVEIROS E AÇUDES:
Caixa de coleta usada na despesca com 
esvaziamento total
Despesca sem o esvaziamento do tanque
DESPESCA EM TANQUES REDE:
Para a despesca neste ambiente de cultivo é comum o uso de balsas e talhas para 
erguer as estruturas que estarão muito pesadas devido a aclomatação, tamanho 
dos peixes e a alta densidade habitualmente utilizada. Após o tanque-rede ser 
içado da água o mesmo pode ser inclinado derrubando os peixes em alguma 
estrutura de coleta, ou os mesmos poderão ser retirados com auxílio de um puçá e 
acondicionados em local apropriado.
DESPESCA EM TANQUES REDE:
 COMO FAZER A DESPESCA
A operação de captura deve ser planejada e feita com trabalhadores 
treinados e equipamentos adequados, como rede de arrasto, puçás e caixas 
de isopor, a partir do momento em que os peixes atingem o tamanho e peso 
médio comercial. Deve ainda ser realizada nos horários com uma 
temperatura mais amena, a fim de reduzir o estresse dos animais, o que 
interfere na qualidade da produção e, consequentemente, no lucro do 
produtor.
Para facilitar a operação deve-se baixar o nível da água do viveiro até, 
pelo menos, 1/3 do volume antes de iniciar o arrasto. A rede de arrasto 
utilizada deve apresentar o comprimento de uma vez e meia a largura total 
do viveiro para permitir a formação de um “bolsão” para conter os peixes. 
 COMO FAZER A DESPESCA
É importante que o arrasto comece pela parte 
mais funda do viveiro. A linha de fundo da rede, 
contendo a chumbada, deve ser arrastada por todo o 
fundo do criadouro 
 Após a captura dos peixes nos arrastões iniciais, 
deve-se realizar o esvaziamento do viveiro para a 
captura dos peixes restantes com o auxílio da rede e 
puçás. Quando o criadouro dispõe de caixa de coleta 
adequada, a captura dos peixes restantes pode ser 
facilitada, pois estes ficam concentrados na caixa, 
assim como a esteira também pode ser útil.
DESPESCA
CUIDADOS ESSENCIAIS NO MOMENTO DA DESPESCA:
Horário: as despescas devem ser preferencialmente realizadas nas primeiras horas 
do dia, por ser o horário mais fresco.
Oxigenação: cuidar no momento final da despesca com rede de arrasto, pois os 
peixes estarão adensados e água toda removida suspendendo dejetos e matéria 
orgânica. Recomenda-se o uso de uma mangueira jorrando água limpa e oxigenada 
sobre os peixes adensados na rede no momento final da despesca.
Proteção dos Funcionários: estes devem utilizar equipamentos de proteção como 
óculos, roupas adequadas para entrar na água, luvas, camisas de manga comprida e 
chapéus para proteção contra o sol. Uma despesca que leve os peixes a um estresse 
excessivo com certeza acarretará perda na qualidade da carne do pescado levando a 
uma deterioração mais rápida
DADOS A SEREM REGISTRADOS NA DESPESCA:
A despesca é a ocasião onde o resultado dos cultivos podem ser melhor avaliados. 
Essa avaliação deve ser feita com base em parâmetros como:
• número de peixes produzidos; 
• peso médio dos peixes; 
• taxa final de sobrevivência; 
• produção alcançada; 
• produtividade.
Com esses dados o produtor poderá avaliar se ocorreram ou não problemas e se os 
resultados ficaram dentro do esperado. Mas poderá também comparar diferentes 
cultivos que ocorreram ao mesmo tempo ou mesmo em anos diferentes. Por fim, 
esses dados poderão ser usados na avaliação econômica dos cultivos realizados e no 
planejamento dos futuros cultivos.
COMO OBTER SUCESSO 
NA DESPESCA?
A despesca total ou parcial da produção deve ser realizada a 
partir do momento que o peixes atingem o peso e o 
tamanho ideal para o consumo. A fim de obter sucesso 
nesse processo, deve-se adotar algumas técnicas, as quais 
começam ainda antes da retirada dos peixes.
Antes de todo o procedimento é necessário suspender a 
alimentação dos peixes por cerca de três dias, evitando 
problemas com seu sistema digestivo. 
Após retirá-los da água, eles devem ser colocados em 
tanques de gelo, onde ocorrerá o abate por choque térmico, 
o que dará vida e maior qualidade para o produto em 
prateleira.
COMO OBTER SUCESSO 
NA DESPESCA?
O ideal é que todo esse processo seja feito de forma rápida e 
eficiente. A cada duas ou três despescas é indicado realizar 
a baixa do tanque.
Além disso, também é indicado levar em consideração 
alguns cuidados para melhorar a qualidade da produção 
como garantir um bom manejo da produção e evitar o 
manuseio excessivo dos peixes, a fim de evitar o estresse, o 
que reduz o tempo que a carne levará para enrijecer e, por 
consequência, diminuirá o tempo na prateleira.
POR QUE OS PEIXES 
DEVEM SER MANTIDOS 
EM JEJUM ANTES DA 
DESPESCA?
O jejum é fundamental para 
melhorar a conservação do pescado e 
reduzir o risco de contaminação no 
momento do processamento, 
principalmente se os peixes tiverem 
que ser transportados por longas 
distâncias.
Os riscos da ausência do jejum é 
que os alimentos não digeridos 
poderão ser regurgitados durante o 
transporte, alterando a qualidade da 
água e podendo levar os peixes à 
morte. Além disso, os peixes ficam 
mais resistentes e estressam-se 
menos se não tiverem com o trato 
digestivo cheio durante o transporte.
ATENÇÃO 
Caso a espécie a ser capturada exija a drenagem da água, o 
jejum deve ser iniciado na véspera da despesca.
O processo deve ser acompanhado para evitar que o nível de 
água do tanque ou açude fique baixo demais.
Peixes carnívoros não devem permanecer por mais que 12 h em 
jejum.
1
2
3
ABATE DO 
PESCADO POR 
CHOQUE TÉRMICO★ Vantagens: Por ser considerado um método 
pouco estressante, a qualidade da 
carne é mantida. Causa pouca 
descoloração da carne, o que é de 
extrema importância, uma vez que é 
um dos principais parâmetros 
avaliados pelo consumidor.
De modo geral, o choque térmico 
ocorre através da imersão dos peixes 
em gelo. É o método mais utilizado 
pela indústria no Brasil. O peixe na 
verdade morre de desidratação, já 
que grandes variações de 
temperatura causam uma baixa 
concentração de líquido no 
organismo do animal.
BAIXA DO 
TANQUE
 A baixa do tanque, como já mencionado, 
deve ser realizada a cada duas ou três 
despescas, a fim de obter sucesso na 
retirada dos peixes dos tanques. Esse 
processo consiste em secar a água do 
tanque onde os peixes estavam e preencher 
o fundo com uma fina camada de cal 
virgem.
 A cal virgem é responsável por oxidar a 
matéria orgânica, como derivados de fezes 
e alimentos e controlar os microrganismos, 
pois apresenta função antibacteriana e 
antifúngica. É recomendado deixar a cal 
virgem por aproximadamente dez dias, a 
fim de fazer a assepsia do tanque.
 Seguindo esse processo, será possível 
garantir uma boa qualidade da produção e 
evitar problemas em safras futuras.
DESPESCA DE 
JUVENIS
Para a despesca de peixes juvenis, é utilizado 
basicamente o mesmo processo dos peixes 
maiores, porém deve-se atentar para alguns 
detalhes, como:
● Utilização de rede de captura de tecido 
multifilamento sem nós (malha de 5 a 8 
mm) que tenha comprimento de, pelo 
menos, 1,5 vezes a largura do viveiro e de 
altura o dobro da profundidade do viveiro;
● Jejum de 12 a 24 horas;
● Fazer pelo menos 4 pesagens durante a 
despesca, contando entre 20 e 30 juvenis em 
cada pesagem, para se ter uma média de 
peso confiável dos mesmos;
● Acomodar os juvenis no recipiente para 
transporte sempre com água;
● Realizar a despesca em uma temperatura 
mais amena, evitando estresse.
Peso total dos juvenis = (peso dos 
juvenis + baldes + águas) – (peso dos 
baldes + águas) 
 Peso médio dos juvenis = peso total 
dos juvenis (kg) /quantidade dos 
juvenis
TRANSPORTE
O transporte de alevinos ou de peixes em 
tamanho de abate é considerado pontos 
crítico, pois pode acarretar na 
mortalidade dos peixes.
O transporte de peixes é frequentemente 
utilizado nas pisciculturasem dois 
momentos distintos: na venda de alevinos 
para engorda e no transporte de peixes 
após a engorda para o pesque-pague ou 
para o abate no frigorífico. Em cada caso é 
utilizada uma metodologia distinta, 
porém a grande maioria dos cuidados são 
os mesmos
EMBALAGEM DE PEIXES 
PARA TRANSPORTE
 Os peixes podem ser levados vivos 
da piscicultura até o local onde 
passarão pela inspeção sanitária, 
usando tanques com água e 
oxigenação, ou conservados em gelo, o 
que deve ser feito no momento da 
captura, e mantido assim durante o 
transporte em caminhão frigorífico ou 
caixas isotérmicas.
EQUIPAMENTOS PARA TRANSPORTE
TRANSPORTE 
DE PEIXES 
VIVOS
Tanque de transporte com 
isolamento térmico; 
2
3
4
5
6
1
Sacos plásticos de 60 litros; 
Cilindro de oxigênio; 
Regulador de pressão (manômetro) 
e regulador da vazão de saída 
(fluxômetro);
Mangueira de borracha 
microperfurada; 
Sal branco (sem iodo).
EQUIPAMENTOS PARA TRANSPORTE
TRANSPORTE 
DE PEIXES 
CONSERVADOS 
EM GELO
Caixa d’água ou de isopor; 
 2 Gelo. 
 
 1
TRANSPORTE DE PEIXES VIVOS
➔ Abastecer cerca de 2/3 da caixa de transporte com 
água limpa, preferencialmente de poço ou de 
nascente. Nesse caso, uma caixa com capacidade de 
1.000 litros, normalmente comporta de 300 kg a 400 
kg de peixes em tamanho de abate; 
➔ Dissolver o sal na água (3 g/L);
➔ Iniciar a injeção de oxigênio na água do transporte 
poucos minutos antes de iniciar o carregamento da 
caixa;
➔ Carregar os peixes do viveiro ou do açude para a caixa 
de transporte usando caixas ou sacos plásticos;
➔ Regular o fluxo de oxigênio durante o carregamento e 
o transporte, mantendo a concentração de oxigênio 
entre 4 e 6 mg/L.
CUIDADOS 
No transporte de peixes vivos, além da nota fiscal, é necessário emitir a Guia 
de Trânsito Animal (GTA) junto ao órgão de defesa sanitária animal;1
2
3
É importante manter o transporte com a caixa de transporte fechada e 
manter o ambiente escuro, evitando estresse dos animais;
É preciso verificar se há oxigênio suficiente para o transporte de peixes 
vivos.
TRANSPORTE DE PEIXES CONSERVADOS EM GELO
➔ Os peixes podem ser insensibilizados 
através de uma mistura de água e gelo. 
Isso ajuda a manter a qualidade do peixe 
até chegar ao local da inspeção sanitária 
e de comercialização. Para a 
insensibilização deve-se usar de 4 a 5 kg 
de gelo para cada litro de água, o que 
será suficiente para aproximadamente 5 
kg de peixes ou ainda, em uma caixa de 
1.000 litros, pode-se colocar cerca de 
400 kg de gelo e 80 litros de água, para 
insensibilizar 400 kg de peixes. 
TRANSPORTE DE PEIXES CONSERVADOS EM GELO
➔ Deve-se transferir os peixes capturados 
na rede para dentro dessa caixa com gelo 
+ água até ficar praticamente cheia , 
mantendo-os por 1 hora e meia até que 
estejam resfriados;
➔ Deve-se transferir os peixes resfriados 
para caixas térmicas (isopor ou 
caminhão frigorífico) em uma proporção 
de 5 kg de gelo para cada 15 kg de peixes, 
em camadas alternadas.
CUIDADOS 
Para transporte de peixes conservados em gelo, é preciso sempre utilizar 
materiais limpos, como caixas térmicas higienizadas e gelo limpo para 
evitar qualquer tipo de contaminação externa;
1
2 As operações de abate e processamento devem ser feitas no frigorífico.
CUIDADOS A SEREM LEVADOS EM CONTA 
DURANTE O PROCEDIMENTO
Depuração: os peixes devem permanecer em jejum de 24 a 48 horas antes do 
transporte para eliminar todas as fezes e fazer excreção dos compostos 
nitrogenados, evitando que isto ocorra durante o transporte o que reduziria a 
qualidade da água podendo acarretar na mortalidade dos peixes.
Horário: o transporte deve ser preferencialmente realizado a noite ou nas 
primeiras horas do dia, em horários mais frescos.
Aclimatação: antes de soltar os peixes, deve-se misturar a água do local de soltura 
com a água do recipiente de transporte para que os peixes se adaptem as novas 
condições do local evitando assim um choque térmico ou mudanças bruscas na 
qualidade da água
 Despesca de Alevinos
A alevinagem corresponde à fase de cultivo do 
peixe após a saída das incubadoras (peixe que 
acabaram de nascer) até atingirem o tamanho 
ou peso para comercialização como alevinos e 
pode ser realizada em viveiros ou tanques em 
laboratório. Geralmente, essa fase dura entre 20 
e 45 dias, dependendo da espécie de peixe.
Durante todo o processo, os alevinos são 
transferidos para o cumprimento das etapas até 
o momento ideal para a comercialização e essas 
transferências também podem ser 
consideradas uma despesca, pois ocorre a 
retirada e realocação dos peixes de um 
ambiente para o outro. 
1
2
Realização da Biometria
OS ALEVINOS SÃO TRANSFERIDOS 
PARA QUE OCORRA:
Transferência dos alevinos 
para berçários
3 Depuração dos alevinos
4 Embalagem dos alevinos
REALIZAÇÃO DA BIOMETRIA
As biometrias consistem na pesagem e 
na determinação do comprimento dos 
peixes, a fim de avaliar se 
desenvolvimento está compatível com o 
período e às condições de cultivo para a 
espécie, além de verificar a uniformidade 
do lote.
A rede é passada em parte do viveiro 
(arrastão) ou tanque e é transferida uma 
amostra representativa de alevinos (100 
indivíduos) para um balde com o auxílio 
de uma peneira.
RETIRADA DA AMOSTRA
PESAGEM DOS ALEVINOS
Ocorre a determine o peso médio, 
somando os pesos e dividindo pelo 
número de peixes pesado. 
DETERMINAR O COMPRIMENTO
São medidos os comprimento com a 
utilização de um paquímetro ou régua, 
devolvendo-os em seguida ao tanque.
TRANSFERÊNCIA PARA O BERÇÁRIO
A maioria das espécies de peixes está 
apta à comercialização ao atingir um 
comprimento médio de 3 cm.
Quando os alevinos atingem o tamanho 
comercial, eles devem ser transferidos 
para berçários (viveiros ou tanques), 
providos de tela anti-pássaro, de acordo 
com a programação de comercialização 
ou de uso do viveiro para recepção de 
novas pós-larvas.
DEPURAÇÃO DOS ALEVINOS
Consiste em transferir os alevinos 
padronizados para pequenos tanques ou 
caixas d’água, na qual permanecerão por 
um período de 24 a 48 h antes de serem 
embalados para o transporte.
Durante esse período, deve haver troca 
de água contínua no tanque, além de 
aeração, e os peixes não devem ser 
alimentados.
EMBALAGEM DOS ALEVINOS
Após 24 a 48 h de depuração os alevinos 
estão prontos para serem embalados 
para comercialização. A embalagem de 
alevinos para transporte deve ser feita 
em sacos plásticos (polipropileno) 
transparentes resistentes com as 
seguintes dimensões mínimas: 200 
micras de espessura, comprimento de 90 
cm e largura de 60 cm. Em uma 
embalagem como essa podem ser 
transportados até 500 g de alevinos 
(1.000 alevinos de 0,5 g) por um período 
de 8 h.
Tanto o processo de embalagem, 
como o transporte dos alevinos pelo 
produtor, deve ser realizado logo no 
início da manhã, quando a 
temperatura é mais amena. Altas 
temperaturas podem causar estresse 
térmico e mortalidade dos peixes.
CUIDADOS 
NECESSÁRIOS:
● Deve ser adicionado sal à embalagem de 
transporte na proporção de 5 gramas de 
sal branco por litro de água, dependendo 
da espécie de peixe.
● Com o auxílio de uma peneira, a 
contagem dos alevinos deve ser feita, 
transferindo a quantidade já definida 
para a embalagem de transporte 
respeitando a densidade máxima de 500 
g de alevinos por embalagem.
● Deve ser adicionado oxigênio à 
embalagem de transporte
● O fechamento da embalagem deve ser 
feito de maneira apropriada
CONCLUSÃO
Em suma, é possível inferir que é de extrema importância o 
planejamento da despesca na piscicultura, uma vez que um único erro 
pode afetar o valor da produção e o lucro do produtor. Desse modo, é 
necessário utilizar equipamentos de despesca e transporte de boa 
qualidade, além de contar com uma mão de obra qualificada e aderir à 
melhor estratégia de comercialização.
Só assim, será possível aumentar o valor culinário e nutricional dos 
peixes, garantindo o valor comercial da sua produção e gerando assim um 
bomretorno financeiro ao produtor.
REFERÊNCIAS
● https://engepesca.com.br/post/como-obter-sucesso-durante-a-despesca 
● Woynarovich, E. Manual de Piscicultura. Brasília: CODEVASF, 1993.
● https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/128301/1/CRIAR-Piscicultura-em-tanques-rede-
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https://www.agroolhar.com.br/noticias/exibir.asp?id=27140&noticia=entidades-discutem-regulamentacao-da-criacao-de-tilapia-e-outros-peixes-exoticos-em-mt&edicao=1
https://www.agroolhar.com.br/noticias/exibir.asp?id=27140&noticia=entidades-discutem-regulamentacao-da-criacao-de-tilapia-e-outros-peixes-exoticos-em-mt&edicao=1

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