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metabolismo de lipídeos

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1 Bioquímica II - LM 
DIGESTÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS 
GORDURAS DA DIETA: 
As gorduras mais abundantes da dieta são as gorduras 
neutras, os triaglicerídeos (TAG) 
Triglicerídeos = glicerol esterificado com três 
moléculas de ácidos graxos, principais constituintes 
dos alimentos de origem animal 
Fosfolipídios, colesterol, ésteres de colesterol e ácidos 
graxos não-esterificados, também estão presente na 
dieta usual 
Colesterol = composto esterol que não contém ácido 
graxo, mas exibe algumas características químicas e 
físicas das gorduras 
Lipase lingual e gástrica: digere os triglicerídeos com 
ácidos graxos de cadeia curta ou média (gordura do 
leite) 
• Essa primeira digestão representa 10% e sem 
grande importância para o indivíduo adulto 
• Portadores de fibrose cística não possuem as 
enzimas liberadas pelo pâncreas, sendo 
essencial as lipases lingual e gástrica 
DIGESTÃO: 
Emulsificação: quebra física dos glóbulos de gordura 
em partículas menores e ação das enzimas digestivas 
hidrossolúveis nas superfícies junto com a agitação do 
estômago 
• A emulsificação ocorre no duodeno pela ação 
dos sais biliares, o fosfolipídio lecitina e pelo 
peristaltismo, tornando os glóbulos 
gordurosos fragmentáveis sob agitação 
Bile: produzida pelo fígado, armazenada na vesícula 
biliar e secretada no duodeno; contém grande 
quantidade de sais biliares, com propriedades 
detergentes 
• Projeções polares solúveis nos líquidos aquosos 
circundantes diminuem a tensão interfacial da 
gordura, a tornando solúvel 
• Porções solúveis em gordura se dissolvem na 
camada superficial dos glóbulos de gordura 
• Área superficial do glóbulo gorduroso aumenta 
• Na medida em que os glóbulos se tornam 
menores elas são impedidas de coalescer 
Micelas: elas são formadas pela ação adicional dos sais 
biliares ao removerem os monoglicerídeos e os ácidos 
graxos das partículas em digestão, impedindo a 
reversão da hidrolise dos TAG, formando as micelas 
(compostos por 20 a 40 moléculas de sais biliares) 
• Essa agregação dos sais biliares com a gordura 
possibilita que a micela se dissolva na água dos 
líquidos digestivos e permaneça estável até a sua 
absorção 
Lipase pancreática: presente no suco pancreático, 
suficiente para digerir em 1 minuto todos os TAG 
Lipase entérica: presente no intestino delgado, mas 
não é normalmente necessária no indivíduo saudável 
DEGRADAÇÃO DOS TAG: 
Degradação de triacilgliceróis: as moléculas de TAG 
são muito grandes para serem captadas 
eficientemente pelas células mucosas das vilosidades 
intestinais. 
✓ TAG – lipase pancreática e colipase → ácidos 
graxos + 2-monoglicerídeos 
Degradação dos ésteres de colesterol: a maior parte 
do colesterol da dieta está presente na forma livre 
(não-esterificado), com 10 a 15% presente na forma 
esterificada. 
✓ Ésteres de colesterol –hidrólise pelo 
colesterol-esterase → colesterol + ácidos 
graxos livres 
A atividade da hidrolase dos ésteres de colesterol é 
bastante aumentada na presença de sais biliares. 
Degradação dos fosfolipídios: o suco pancreático é 
rico na pró-enzima da fosfolipase A2 que é ativada 
 
2 Bioquímica II - LM 
pela tripsina e necessita de sais biliares para sua 
atividade ótima. 
✓ Fosfolipídios –fosfolipase A2 → 
lisofosfolipídeo + ácidos graxos 
✓ Ácidos graxos remanescentes –
lisofosfolipase→ glicerilfosforil 
ABSORÇÃO DE GORDURA: 
Produto final: ácidos graxos livres, colesterol livre e 2-
monoacilgliceróis → são incorporados na parte lipídica 
contra as micelas 
• Monoglicerídeos e os ácidos graxos são carreados 
nas micelas para a borda em escovado dos 
enterócitos e entram para o espaço interno do 
enterócito 
• As micelas livres voltam ao quimo para serem 
usadas novamente, aproximadamente 97% da 
gordura é absorvida na presença abundante de 
micelas 
Sangue porta: pequenas quantidades de ácido graxos 
de cadeias curta e média, como os da gordura do leite, 
são absorvidas diretamente pelo sangue porta, em vez 
de serem reconvertidas em TAG e transferidas para a 
linfa, por serem mais hidrossolúveis 
• Uma má absorção de lipídios, pode ser 
causada por distúrbios na digestão e/ou 
absorção de lipídios. Tais distúrbios podem 
originar de diversas condições, incluindo 
fibrose cística e encurtamento do intestino 
 
SECREÇÃO DA BILE 
A secreção pancreática das enzimas que degradam os 
lipídeos é controlada hormonalmente 
Colecistocininca (CCK): hormônio peptídico 
produzidos no duodeno e secretado em resposta à 
presença de TAG e proteínas parcialmente digeridas. A 
CCK age: 
− Sobre a vesícula biliar, fazendo-a contrair e 
liberar bile 
− Sobre as células exócrinas do pâncreas, 
liberando as enzimas digestivas 
− Ela também diminui a motilidade gástrica, 
resultando na liberação mais lenta do quimo. 
Secretina: hormônio secretado pelas células intestinais 
em resposta ao baixo pH do quimo e induz o pâncreas 
e o fígado a liberarem uma solução rica em 
bicarbonato. 
Síntese de sais biliares: sintetizados no fígado a partir 
do colesterol 
 
LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS E TRANSPORTE DE LIPÍDEOS 
Os TAG e os ésteres de colesterol sintetizados são 
muito hidrofóbicos, agregando-se em meio aquoso 
É então necessário que eles sejam embalados como 
gotículas de gordura circundadas por uma fina camada 
composta de fosfolipídios, evitando, dessa maneira, a 
coalescência de múltiplas partículas, impedindo a 
aderência às paredes dos vasos linfáticos. 
A maioria do colesterol e dos fosfolipídios, absorvidos 
do trato gastrointestinal, penetra nos quilomícrons. 
A linfa após uma refeição fica com uma aparência 
leitosa, chamada de quilo 
Os quilomícrons são liberados dos enterócitos por 
exocitose para os vãos lacteais (vasos linfáticos que se 
originam nas vilosidades do ID) → seguem pelo 
sistema linfático até o ducto torácico e são então 
transportados pela veia subclávia esquerda, onde 
entram para o sangue. 
Hidrolisados nos capilares do musculo esquelético e do 
tecido adiposo, em menor extensão no coração, 
pulmões, rins e fígado 
Lipase lipoproteica: degrada os TAG em ácidos graxos 
livres e glicerol, também causa hidrólise dos 
fosfolipídios; isso também libera ácidos graxos 
 
3 Bioquímica II - LM 
AG livres: podem entrar diretamente nas células 
musculares ou para o tecido adiposo adjacente ou 
podem ser transportados no sangue em associação a 
albumina sérica, até serem captados pelas células → 
usados como combustível através da beta-oxidação 
Glicerol: é utilizado quase que exclusivamente pelo 
fígado para produzir glicerol-3-fosfato, o qual pode 
entrar tanto na glicólise como na gliconeogênese 
Após a remoção da maior parte dos triglicerídeos, os 
quilomicra remanescentes ligam-se a receptores no 
fígado e sofrem endocitose (invaginação). Os colesterol 
e as bases nitrogenadas dos fosfolipídios podem ser 
reciclados pelo corpo 
 
LIPOPROTEÍNAS – TRANSPORTE DO COLESTEROL E FOSFOLIPÍDIOS: 
Depois que todos os quilomícrons tiverem sido removidos do sangue, mais de 95% de todos os lipídios no plasma 
estarão sob forma de lipoproteínas → partículas pequenas contendo triglicerídeos, colesterol, fosfolipídios e 
proteínas. 
As lipoproteínas são importantes para manterem solúveis seus componentes lipídicos, como por promoverem um 
eficiente mecanismo de transporte de lipídios entre os tecidos 
Além dos quilomícrons, existem quatro tipos importantes de lipoproteínas classificados segundo suas densidades: 
1. VLDLs: as lipoproteínas de muito baixa densidade, contendo altas concentrações de triglicerídeos e 
moderadas de colesterol e fosfolipídios; 
2. IDLs: as lipoproteínas de densidade intermediaria, com menos partes de triglicerídeos e aumento da 
concentração de colesterol e fosfolipídios; 
3. LDLs: as proteínas de baixa densidade, com remoção de quase todos os triglicerídeos, deixando a 
concentração especialmente elevadade colesterol e aumento moderado de fosfolipídios; 
 
4 Bioquímica II - LM 
4. HDLs: as lipoproteínas de alta densidade, contendo concentração 
elevada de proteínas (cerca de 50%), mas concentrações muito 
menores de colesterol e fosfolipídios. 
Quase todas as lipoproteínas são formadas no fígado 
A função primaria das lipoproteínas é a de transportar seus componentes 
lipídicos no sangue 
As VDLs transportam os triglicerídeos no fígado, em sua maior parte para os 
tecidos adiposos, enquanto as outras lipoproteínas são especialmente 
importantes nos diferentes estágios de transporte dos fosfolipídios e 
colesterol do fígado para os tecidos periféricos ou da periferia de volta ao 
fígado 
Apolipoproteínas: associadas às lipoproteínas e exercem diversas funções, 
como servirem de sítios de reconhecimento para receptores na superfície de 
células, ou como ativadores ou coenzimas para enzimas envolvidas no 
metabolismo das lipoproteínas 
 
 
5 Bioquímica II - LM 
 
VIA EXÓGENA: 
1. Os quilomícrons são sintetizados a partir de gorduras da dieta nas células epiteliais do intestino delgado e 
então se movem pelo sistema linfático e entram na corrente sanguínea pela veia subclávia esquerda 
2. A apoC-II ativa a lipase lipoproteica nos capilares do tecido adiposo, do coração, do músculo esquelético e 
glândula mamária em lactação, permitindo a liberação de AGL para esses tecidos 
3. Os remanescentes dos quilomícrons movem-se pela corrente sanguínea para o fígado 
4. Receptores existentes no fígado ligam a apo-E nos remanescentes dos quilomícrons e controlam sua 
captação por endocitose. No fígado, os remanescentes liberam seu colesterol e são degradados nos 
lisossomos 
 
 
 
6 Bioquímica II - LM 
VIA ENDÓGENA: 
5. Os TAG e ésteres de colesterila são empacotados no fígado com apolipoproetínas específicas, formando a 
lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) que são transportadas pelo sangue para o músculo e tecido 
adiposo 
6. Nos tecidos capilares do musculo e tecido adiposo a apoC-II da VLDL ativa a lipase lipoproteica, que catalisa a 
liberação dos AGL, produzindo IDL (lipoproteína de densidade intermediária) e após LDL (de densidade 
baixa) 
7. Os tecidos extra-hepáticos têm receptores que reconhecem a apo-B-100 e controlam a captação de ésteres 
de colesterila 
8. A LDL também entrega o colesterol para os macrófagos, algumas vezes convertendo-os em células 
espumosas 
9. A LDL não captada pelos tecidos periféricos retorna ao fígado onde são captados via receptor de LDL que 
reconhece a apoB-100 
TRANSPORTE REVERSO DO COLESTEROL: 
10. A HDL (alta densidade) origina-se no fígado como pequenas partículas ricas em proteína que contém pouco 
colesterol e não contém ésteres de colesterila. A HDL contém a enzima lectina-colesterol-aciltransferase 
(LCAT). Esta enzima está presente na superfície da HDL e é estimulada pelo componente apo-A-I da HDL. Os 
ésteres de colesterila acumulam-se nas HDL nascentes, convertendo-as em HDL maduras 
11. A HDL nascente além de captar colesterol dos remanescente de quilomícrons e da VLDL circulante, capta 
colesterol de células extra-hepáticas ricas em colesterol, inclusive de macrófagos e células espumosas 
12. A HDL madura retorna ao fígado, onde o colesterol é descarregado por meio do receptor SR-BI. A HDL 
descarregada se dissocia e recircula na corrente sanguínea 
13. Parte dos ésteres de colesterila da HDL também pode ser transferida ao LDL pela proteína transportadora de 
ésteres de colesterila 
14. A maior parte do colesterol proveniente do transporte reverso do colesterol é convertido em sais biliares no 
fígado e armazenado na vesícula biliar 
CATABOLISMO DE ÁCIDOS GRAXOS 
MOBILIZAÇÃO DOS TRIACILGLICERÓIS ARMAZENADOS NO TECIDO ADIPOSO 
Ácidos graxos armazenados no tecido adiposo, na 
forma de triglicerídeo, servem como principal reserva 
de combustível do organismo. A oxidação completa 
dos ácidos graxos a CO2 e H2O gera 9 kcal/g de gordura 
(comparadas às 4 kcal/g produzidas por proteínas ou 
carboidratos). 
A mobilização dos lipídios armazenados requer a 
liberação hidrolítica do ácido graxo e do glicerol a partir 
dos triglicerídeos. Esse processo inicia-se por uma 
lipase sensível a hormônio, que remove o ácido graxo 
do carbono 1 e/ou do carbono 3. 
O glicerol liberado durante a degradação do 
triglicerídeo não pode ser metabolizado nos 
adipócitos, porque estes não possuem a enzima 
glicerol-cinase. Logo, o glicerol é transportado pela 
circulação sanguínea ao fígado, onde pode ser 
fosforilado. O glicerol-fosfato resultante pode ser 
utilizado para sintetizar triglicerídeo no fígado ou ser 
convertido em DHAP, esse pode participar na glicólise 
ou na gliconeogênese 
Os ácidos graxos livres movem-se através da 
membrana celular dos adipócitos e imediatamente se 
ligam à albumina no plasma. Eles são transportados 
aos tecidos, entram nas células, tornam-se ativados 
formando derivados de CoA e são oxidados para 
produzir energia. O transporte ativo de ácido graxos 
através da membrana é mediado por uma proteína 
ligadora de ácidos graxos. 
 
 
7 Bioquímica II - LM 
ATIVAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS E TRANSPORTE PARA A MITOCÔNDRIA 
O triglicerídeo é uma molécula muito rica em hidrogênio e, portanto, muito rica em energia 
LIPÓLISE: SEPARA O GLICEROL DAS CADEIA DE ÁCIDO GRAXOS 
Destino do glicerol: ganha um ATP ganhando um fosfato (glicerol 3-fosfato) → perde dois hidrogênios formando 
NADH+ H+ → di-hidroxiacetona fosfato (DHAP) (há ganho de energia, pois o NADH vai para a cadeia respiratória e 
forma 2,5 ATP) 
A DHAP pode seguir dois caminhos, caso a célula necessite de energia segue pela glicólise para formar piruvato, caso 
a célula precise de glicose ela segue pela gliconeogênese para produção de glicose 
Destino dos ácidos graxos: a quebra do ácido graxo ocorre pela separação de carbonos de dois em dois pela beta-
oxidação → antes disso é preciso que o AG se una a um acetil-CoA, formando acil-CoA (muito rica em energia), para 
essa junção uma molécula de ATP é quebrada liberando dois fosfato restando uma AMP. 
A CoA não consegue passar pela membrana interna da mitocôndria, apenas o AG se une a Carnitina, formando a 
molécula acil-carnitina → passam na proteína de membrana entrando na mitocôndria → a carnitina sai e o AG volta 
a se unir a um CoA dentro da mitocôndria, voltando a ser acil-CoA e a carnitina volta para o citosol para carrear outro 
AG 
OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS – ß -OXIDAÇÃO 
Ácido graxo tem cadeia longa e oxidação em 4 etapas: 
1. Desidrogenação: dois H são passados para o FAD → formando FADH2 
2. Hidratação: entra uma molécula de água 
3. Oxidação: NAD+ recebe dois H e se converte em NADH+H+ 
4. Tiólise: Dois carbonos são liberados → forma o acetil-CoA (2C). Um novo CoA volta a se ligar ao AG para 
recompor o acil-CoA (4C) 
A cada ciclo da ß oxidação o ácido graxo perde dois carbonos, gerando um FADH2 + NADH+H+ + Acetil-CoA 
Na última volta restam 4 carbonos → forma-se dois acetil-CoA + FADH2 +NADH+H+ → esses entram no ciclo de Krebs 
e na cadeia respiratória para formar ATP 
 
 
8 Bioquímica II - LM 
SALDO FINAL: 
➢ O ácido palmítico tem 16C – ele passa por 7 voltas e seu produto final é: 8 acetil-CoA, 7 NADH e 7 FADH2 
➢ Todos os acetil-Coa entram no ciclo de Krebs, sendo 8 voltas no ciclo de Krebs, consumindo todos 
➢ Cada volta do ciclo de Krebs produz 3 NADH e 1 FADH2: em 8 voltas são produzidos 24 NADH e 8 FADH2 
➢ O ciclo de Krebs produz ainda 8 ATP na forma de GTP 
➢ A cada acil-CoA é gasto 2 ATP (ativação do palmitato) 
➢ Esse número pode cair devido aos custos do ciclo palmítico e cadeia respiratória 
CORPOS CETÔNICOS: 
A mitocôndria hepática tem a capacidade de converter acetil-CoA 
proveniente da beta-oxidação de ácidos graxos em corpos cetônicos 
− Acetoacetato 
− 3-hidroxibutirato (ou beta-hidroxibutirato) 
− Acetona 
 
• O acetoacetato e o beta-hidroxibutirato são transportadospelo 
sangue aos tecidos periféricos, ali, eles podem ser convertidos 
novamente em acetil-CoA, que pode ser oxidado no ciclo do 
ácido cítrico 
Os corpos cetônicos são importantes fontes de energia pois: 
1. São solúveis em meio aquoso e, assim, não necessitam ser 
incorporados a lipoproteínas ou albumina 
2. São produzidos no fígado, em períodos em que a quantidade de 
acetil-CoA excede a capacidade oxidativa do fígado 
3. São usados pelos tecidos extra-hepático em quantidade 
proporcional a sua concentração no sangue 
Desse modo, os corpos cetônicos permitem economia de glicose, 
especialmente importante durante o jejum prolongado 
PRODUÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS NO FÍGADO - CETOGÊNESE 
Em humano, e na maior parte de outros mamíferos, o acetil-CoA formado 
no fígado durante a oxidação dos ácidos graxos pode entrar no ciclo do 
ácido cítrico ou sofrer conversão a corpos cetônicos (acetona, 
acetoacetato e beta-hidroxibutirato) 
A produção e exportação de corpos cetônicos pelo fígado no jejum 
permite que a beta-oxidação continue, uma vez que os intermediários do 
ciclo do ácido cítrico estão desviados para a gliconeogênese 
Durante o jejum, o fígado é inundado com ácidos graxos mobilizados do 
tecido adiposo → eleva-se a produção de acetil-CoA, inibindo a piruvato-
desidrogenase e ativa o piruvato-carbixilase (formação de OAA) 
O OAA produzido é usado pelo fígado na gliconeogênese, mais do que no ciclo do ácido cítrico 
Desse modo, a acetil-CoA é canalizada para a síntese de corpos cetônicos 
 
9 Bioquímica II - LM 
ETAPAS: 
1. Reversão da reação da tiolase → acetil-CoA + 
acil-CoA graxo → acetoacetil-CoA 
2. acetoacetil-CoA + HMG-CoA-sintase → HMG-
CoA (3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA 
3. HMG-CoA –clivagem→ acetoacetato + acetil-
CoA 
− Acetatoacetato + NADH → 3-
hidroxibutirato 
− Aceroacetato –decarboxilação espontânea 
→ acetona + CO2 
 
❖ Corpos cetônicos são produzidos em 
excesso na diabetes: 
 
 
 
BIOSSÍNTESE DE LIPÍDEOS 
− Inclui sequência de reações endergônicas e redutoras 
− Utilizam ATP como fonte de energia metabólica e um transportador de elétrons reduzindo (NADPH) como 
agente redutor 
− Ocorre no citosol e tem como precursor o acetil-CoA 
− O malonil-CoA é um importante intermediário, formado pela carboxilação do acetil-CoA 
CONSUMOS DE CORPOS CETÔNICOS EXTRA-HEPÁTICOS - CETÓLISE 
O cérebro usa preferencialmente glicose como combustível, mas pode se adaptar ao uso de corpos cetônicos em 
condições de jejum 
Os tecidos extra-hepáticos, excluindo as células sem mitocôndrias, oxidam eficientemente o acetoacetato e o 3-
hidroxibutirato 
O fígado não possui a enzima tioforase, sendo incapaz de usar corpos cetônicos como combustível 
ETAPAS: 
− 3-hidroxibutirato é oxidado a acetoacetato + NADH (3-hidrobibutirato-desidrogenasa) 
− Acetoacetato + CoA (vindo da succil-CoA) → acetoacetil-CoA (tioforase) 
− Acetoacetil-CoA → 2 acetil-CoA 
Quando a velocidade de formação dos corpos cetônicos é maior do que a velocidade de seu consumo, seus níveis 
começam a aumentar no sangue (cetonemia) e, por fim, na urina (cetonuria) 
 
10 Bioquímica II - LM 
 
FORMAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS 
❖ Ocorre principalmente no fígado, nas glândulas 
mamárias e menor extensão no tecido adiposo 
❖ Esse processo citosólico incorpora carbonos a 
partir da acetil-CoA na cadeia de ácido graxo em 
crescimento 
❖ Uso de ATP e NADPH 
Depois de entrar na célula epitelial, os ácidos graxos e 
os monoglicerídeos são captados pelo retículo 
endoplasmáticos liso, onde ocorre a biossíntese de 
lipídios complexos, novos triglicerídeos, que serão, sob 
a forma de quilomícrons, transferidos para os lactíferos 
das vilosidades (vasos linfáticos). Pelo ducto linfático 
torácico, os quilomícrons são transferidos para o 
sangue circulante. 
A mistura de lipídios, absorvida pelos enterócitos, 
migra para o retículo endoplasmático, onde ocorre a 
biossíntese de lipídios complexos. 
• Os ácidos graxos são primeiro convertidos em 
sua forma ativada pela sintetase dos acil-CoA 
graxo 
• Os 2-monacilgliceróis absorvidos pelos 
enterócitos são convertidos em triacilgliceróis 
pelo complexo enzimático triacilglicerol-
sintase 
• Os lisofosfolipídios são acilados novamente 
para formar fosfolipídios e o colesterol é 
esterificado com um ácido graxo 
principalmente pela acil-CoA 
Os ácidos graxos de cadeia curta e média não são 
convertidos em seus derivados CoA e não são 
reesterificados em 2-monoglicerois. Em vez disso, eles 
são liberados para a circulação porta, sendo carregados 
para o fígado pela albumina do soro. 
 
 
 
 
 
11 Bioquímica II - LM 
Reações: 
PRODUÇÃO DE ACETIL-COA: 
• Transferência de unidades de acetato 
a partir da acetil-CoA mitocondrial 
para o citosol 
• Apenas o grupo acetila, na forma de 
citrato, pode atravessar a membrana 
mitocondrial interna 
• Esse processo ocorre quando a 
concentração mitocondrial de citrato 
é alta, inibindo a isocritrato-
desidrogenase (citrato→isocritrato), 
devido a grande quantidade de ATP 
• O aumento do ATP e citrato 
intensifica a rota para a produção de 
acetil-CoA citosólica 
 
FORMAÇÃO DE MALONIL-COA PELA 
CARBOXILAÇÃO DE ACETIL-COA: 
O primeiro passo na síntese de ácidos graxos é a formação de malonil-CoA, 
catalisada pela acetil-CoA carboxilase 
A energia para as condensações C-C na síntese de ácidos graxos é suprida 
pelo processo de carboxilação e descarboxilação dos grupos acetila no 
citosol 
A carboxilação de acetil-CoA para formar malonil-CoA é catalisada pela 
acetil-CoA-carboxilase e requer CO2 e ATP 
 
ÁCIDO GRAXO SINTASE: 
Após a formação do malonil-CoA, todo o resto da síntese ocorre a partir de 
um único complexo multienzimático, a ácido graxo sintase 
O NADPH formado na via das pentoses fosfato ou pela enzima málica 
fornece os equivalentes redutores 
A cadeia do ácido graxo cresce em unidades de dois carbonos doados pelo manonil-CoA, com perda de CO2 a cada 
adição 
REGULAÇÃO RECÍPROCA DA SÍNTESE E DEGRADAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS: 
REGULAÇÃO A CURTO PRAZO DE ACC: 
A carboxilação de acetil-CoA é etapa limitante e regulada na síntese de ácidos graxos 
 
12 Bioquímica II - LM 
A forma inativada da acetil-CoA-carboxilase (ACC), um dímero sofre ativação alostericamente por citrato → 
polimerização dos dímeros e inativação alostérica por acil-CoA de cadeia longa → causando dua despolimerização 
Um segundo mecanismo: a proteína cinase ativada por AMP (AMPK) 
fosforila e inativa a acetil-CoA-carboxilase 
A AMPK é alostericamente ativada por AMP e covalentemente inativada 
por fosforilação via diversas cinases, além de hormônios 
contrarregulatórios, como adrenalina e glucagon → inativa a AMPK 
Na presença de insulina, a acetil-CoA-carboxilase é desfosforilada e, 
portanto, ativada 
 
REGULAÇÃO DE LONGA DURAÇÃO DA ACC: 
O consumo prolongado de dieta com excesso de calorias provoca aumento 
na síntese da acetil-CoA-carboxilase, aumentando a síntese de ácidos 
graxos 
Dietas com poucas calorias ou dietas com alto conteúdo de gordura 
provocam redução na síntese de ácidos graxo por diminuir a síntese da 
acetil-CoA carboxilase 
Obs: a síntese da carboxilase é estimulada por insulina 
METFORMINA: utilizada no tratamento do diabetes tipo 2, diminui os TAG no soro por meio da ativação da AMPK, 
inibindo a ACC e sua expressão com o ácido graxo-sintase; também diminui a glicose sanguínea por aumentar a 
captação de glicose mediada por AMPK no músculo 
 
 
 
 
13 Bioquímica II - LM 
FONTES DO NADPH: 
A via das pentoses-fosfato é o maior fornecedor do NADPH para a síntese de ácidos 
graxos →dois NADPH são produzidos por molécula de glicose que entra nessa via 
A conversão citosólico do malato a piruvato (enzima málica citosíloca) também 
produiz NADPH 
 
SÍNTESE DE LIPÍDEOS NO FÍGADO A PARTIR DE CARBOIDRATOS: 
 
REGULAÇÃO DA SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS DE CADEIA LONGA – PALMITATO: 
• O palmitato é um ácido graxo de cadeia longa com 16 carbonos 
saturados e é o produto final da atividade da ácido graxo-sintase 
• Ele pode ser, ainda, alongado pela adição de dois carbonos no 
REL 
• A alongação requer um sistema de enzima separadas 
• A Malonil-CoA é o doador de dois carbonos e NADPH fornece os 
elétrons 
• O encéfalo possui capacidade adicional de elongação, permitindo 
a produção dos ácidos graxos de cadeia muito longa (necessários 
para a síntese de lipídeos do SNC) 
DESNATURAÇÃO DOS AG DE CADEIA LONGA: 
− Enzimas dessaturases presentes no REL são responsáveis pela 
desnaturação dos ácidos graxos de cadeia longa 
− Requer NADH, citocromo b5 e sua redutase ligada ao FAD 
− Uma variedade de ácidos graxos poli-insaturados pode ser 
produzida por meio de dessaturação adicional combinada com 
elongação 
 
BIOSSÍNTESE DE TRIACILGLICERÓIS 
− O ácido fosfotatídico é precursor tanto de TAG quanto de 
glicerofosfolipídeos 
− A insulina estimula a conversão dos carboidratos e das proteínas da dieta em gordura 
− Pacientes com diabetes melito que precisam de insulina ou são insensíveis a ela → resulta em diminuição da 
síntese de ácidos graxos e o acetil-CoA proveniente do catabolismo dos carboidratos e das proteínas é desviada 
para a produção de corpos cetônicos 
− Os TAG são muito pouco solúveis, coalescendo dentro dos adipócitos, formando gotículas lipídicas no citosol, 
formando maior reserva energética do organismo 
CICLO DOS TRIACILGLICERÓIS: 
Precursor: glicerol-3-fosfato 
Cerca de 75% dos ácidos graxos liberados do tecido 
adiposo são reesterificados no fígado ou no próprio 
tecido adiposo no jejum 
Reserva de energia na corrente sanguínea durante o 
jejum – mobilização mais rápida do que TAG 
armazenados no tecido adiposo 
1. SÍNTESE DE GLICEROL-FOSFATO: 
Aceptor inicial dos ácidos graxos durante a síntese de 
TAG 
Duas vias para a produção de glicerol-fosfato: 
I. No fígado e no tecido adiposo, a produção de 
glicerol-fosfato pode ocorrer a partir da 
glicose, usando a via glicolítica até a produção 
de DHAP → DHP é reduzido a glicerol-fosfato, 
pela enzima glicerol-fosfato-desidrogenase 
II. No fígado o glicerol livre pode ser convertido 
a glicerol-fosfato pela enzima glicerol-cinase 
Obs: nos adipócitos, o transportador de glicose [GLUT-
4] é dependente de insulina, quando há níveis de 
glicose plasmática estão baixos, os adipócitos 
apresentam apenas uma capacidade limitada de 
sintezar o glicerol-fosfato e não podem produzir TAG 
 
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2. CONVERSÃO DO ÁCIDO GRAXO LIVRE EM 
SUA FORMA ATIVADA: 
❖ Os AG precisam ser convertidos em sua forma 
ativada (unidos à CoA) para participarem de 
processos metabólicos como a síntese de TAG, 
essa reação é catalisada por uma família de acil-
CoA-sintetase (tiocinases) 
 
3. SÍNTESE DE TAG A PARTIR DE GLICEROL-
FOSFATO E ACIL-COA: 
❖ Essa via envolve quatro reações que incluem a 
adição sequencial de dois ácidos graxos a partir de 
acil-CoA, a remoção de fosfato e a adição de um 
terceiro ácido graxo 
GLICERONEOGÊNESE: 
• A gliceroneogênese é uma versão incompleta da 
gliconeogênese (piruvato → OAA → PEP → DHAP 
→ glicerol-3-fosfato) 
• Mais de 50% dos AG dos ácidos graxos liberados 
dos TAG do tecido adiposo são reesterificados ao 
glicerol-3-fosfato 
• O tecido adiposo branco não expressa a glicerol-
cinase (glicerol → glicerol-fosfato), e o glicerol 
fosforilado é produzido pela gliceroneogense 
• Esse processo diminui os ácidos graxos livres 
plasmáticos, que estão associados a ressistencia à 
insulina na diabetes tipo 2 e na obesidade 
• Os ácidos graxos podem ser reesterificados junto 
ao glicerol-3-fosfato provenientes da 
gliceroneogenese 
 
 
 
 
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BIOSSÍNTESE DE COLESTEROL 
• O colesterol é um componente estrutural de membranas 
• Precursor de hormônios esteróides: testosterona, estradiol, aldoesterona 
• Precursor de ácidos biliares: derivados polares do colesterol 
• Precursor da vitamina D 
• O colesterol é sintetizado por praticamente todos os tecidos humanos, embora fígado, intestino, córtex adrenal 
e os tecidos reprodutivos 
• Todos os anátomos de carbono do colesterol são derivados do acetato e o NADPH é o doador dos equivalentes 
redutores 
• A rota de síntese do colesterol é endoergônica, sendo a energia garantida pela hidrólise de ligações tio éster de 
alta energia da acetil-coenzima A (CoA) e dos fosfatos terminais do ATP 
• A velocidade da rota de síntese repsonde a mudanças na concentração de colesterol 
Etapas: 
1. Síntese do mevalonato a partir do acetato (enzima HMG-CoA-redutase) 
2. Conversão do mevalonato em dois isoprenos ativados 
3. Condensação de seus unidades de isopreno ativadas para formar esqualeno 
4. Conversão do esqualeno no núcleo esteroide de quatro anéis 
 
 
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DESTINOS DO COLESTEROL: 
• O glicerol liberado durante a degradação de TAG 
não pode ser metabolizado nos adipócitos, pois o 
tecido adiposo não possui a enzima glicerol-cinase 
• O glicerol é transportado para o fígado, através da 
corrente sanguínea, onde pode ser fosforilado 
• O glicerol-fosfato resultante pode ser utilizado 
para a síntese de TAG no fígado ou convertido a 
DHAP pela pela enzima glicerol-fosfato-
desidrogenase (substrato da glicólise e da 
gliconeogênse) 
• Uma pequena fração do colesterol sintetizado ali 
é incorporada em membranas de hepatócitos, 
mas a maior parte dele é exportada em uma de 
três formas: ácidos biliares, colesterol biliar ou 
ésteres de colesterila 
REGULAÇÃO DA SÍNTESE DE COLESTEROL: 
Aumento ou diminuição do nível de colesterol 
intracelular é responsável pela regulação da 
transcrição do gene da HMG-CoA redutase: 
→ + [colesterol intracelular] = - transcrição do gene 
HMG-CoA = - síntese de HMG-CoA 
→ - [colesterol intracelular] = + transcrição do gene 
da HMG-CoA = + síntese de HMG-CoA 
A quantidade da HMG-CoA-redutase é controlada por 
hormônios → o aumento de insulina e tiroxina 
favorece o aumento da expressão do gene da HMG-
CoA-redutase → o glucacon e os glicocorticoides 
exercem efeito opsoto 
 
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ESTATINAS – INIBIDOR DA HMG-COA REDUTASE 
• Estatina é o nome dado a um conjunto de medicamentos dedicados a reduzir o colesterol em pessoas que não 
conseguem esse controle com dieta e exercícios, além de apresentarem outros fatores de risco cardiovasculares. 
Em geral, o uso da estatina reduz em 30% as taxas do colesterol ruim, o LDL. 
• As estatinas são análogos estruturais do HMG-CoA e são inibidores competitivos e reversíveis da HMG-CoA-
redutase 
• O funcionamento da medicação se baseia no controle da produção de colesterol pelo fígado e no bloqueio de 
enzimas que estimulam a produção do LDL no corpo. Algumas fórmulas de estatinas são a sinvastatina, 
atorvastatina, rosuvastatina, fluvastatina, lovastatina, entre outras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPTAÇÃO DO COLESTEROL MEDIADA POR RECEPTOR: 
 
ATEROSCLEROSE: hipercolesterolemia familiar (HF), 
ocorre mutações no receptor de LDL nos tecidos, 
provocando o acúmulo de placas de gordura nas 
artérias e, consequentemente, dificultando a 
passagem de sangue dos vasos, podendo causar 
infartos, derrames e até morte súbita 
DOENÇA DE NIEMANN-PICK TIPO C (NPC): o 
colesterol não é transportado para fora dos lisossomos 
devido à mutações dos genes NPC1 e NPC2, essa 
condição resulta no acúmulo de colesterol nos 
lisossomos do fígado, cérebro e pulmões, levando à 
morte prematura. Essa doença é caracterizada por 
hepatoesplenomegalia, impossibilidade de ganhar 
peso e neurodegeneração progressiva. 
DOENÇA DE TANGIER: Mutação no gene que codifica 
o transportador ABCA1, responsável pelo transporte 
de colesterol para HDL. Pacientes com essa doença tem 
baixo ou nenhum HDL e mostram deposiçãode ésteres 
de colesterol nos tecidos, tais como as amígdalas, baço, 
mucosa intestinal e córnea 
ANORMALIDADES LIPÍDICAS NO ALCOOLISMO 
• A conversão do etanol a acetaldeído e acetato 
provoca um aumento na razão [NADH/NAD+] no 
fígado 
• Esse aumento inibe a oxidação de ácidos graxos, 
os quais são reesterificados em TAG e secretados 
como VLDL para a corrente sanguínea 
• Como consequência há o aumento de TAG na 
corrente sanguínea 
FORMAÇÃO DE PLACAS ATEROSCLERÓTICAS 
❖ A aterosclerose é uma inflamação, com a 
formação de placas de gordura, cálcio e outros 
elementos na parede das artérias do coração e de 
outras localidades do corpo humano, como por 
exemplo cérebro, membros inferiores, entre 
outros, de forma difusa ou localizada 
 
20 Bioquímica II - LM 
 
❖ As principais consequências da formação das placas são o infarto agudo do miocárdio e AVC isquêmico 
 
HORMÔNIOS ESTEROIDES DERIVADOS 
DO COLESTEROL

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