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Fármacos Antidepressivos: - Tricíclicos (ADTs): + Desipramina; Amitriptilina; + Classe mais utilizada antes dos ISRSs (Inibidores seletivos de recaptação de serotonina) nos anos 90; + Perigosos em superdosagem e podem ser utilizados para tentativa de suicídio; + Inibem a recaptação de noradrenalina e de 5-HT (autorreceptor); + Também pode haver bloqueio dos receptores muscarínicos (ex: boca seca e arritmias) e histamínicos, 5-HT (sedação e aumento de massa corpórea) e isso é responsável por muitos efeitos colaterais; + Usos Clínicos: ● Depressão maior, em pacientes que não respondem ao uso de Inibidores seletivos de recaptação de serotonina e Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina; ● Depressão com características psicóticas; ● Depressão associada com distúrbios de personalidade; ● Dor neuropática, fibromialgia (a transmissão noradrenérgica e serotoninérgica tem ação na via inibitória da dor); ● Transtorno de ansiedade generalizada; + Efeitos Adversos: ● Efeitos Antimuscarínicos: pronunciados com amitriptilina e imipramina e mais fracos com desipramina; ● Doses terapêuticas aumentam um risco de morte súbita por fibrilação ventricular (raro); ● Superdosagem: alteração do estado mental, crises convulsivas, arritmias letais; + Interações: ● Reduz efeitos dos fármacos anti-hipertensivos; ● Fármacos que competem por enzimas CYP450 como antipsicóticos e esteróides, reduzem a eliminação dos ADTs; ● Sedação Tóxica: interação desses ADTs com etanol e outros depressores do SNC; - Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS): + Fluoxetina; sertralina; escitalopram; + Inibem o transportador de serotonina (SERT); + Receptores: ● 5-HT1A no sistema límbico; alvo para tratamento da depressão e ansiedade; ● 5-HT2A na medula há uma redução do interesse sexual; ● 5-HT3 na área postrema (região do bulbo envolvida com o vômito) causam náusea e desconforto abdominal; + Antidepressivos mais frequentemente prescritos: + Pacientes respondem de formas variadas: ● Fluoxetina: antagonista do 5-HT2c no córtex pré-frontal e faz a ativação de neurônios dopaminérgicos e noradrenérgicos o que causa o aumento de dopamina e noradrenalina naquela região e o paciente que sente muita fadiga tem uma redução desta; ● Sertralina: funciona como um inibidor fraco da recaptação de dopamina e ativador do receptor sigma-1; ● Escitalopram: isômero S do citalopram, não apresenta efeito anti-histamínico e inibitório sobre CYP2D6; + Usos clínicos: + Efeitos Adversos: ● Pode ser tanto da estimulação do tipo de receptor errado de 5-HT (receptores 5-HT2A, 5-HT3), quanto estimulação do mesmo receptor que fornece o benefício terapêutico (receptores pós sinápticos 5-HT1A), porém na região cerebral errada; ● Síndrome da interrupção: tontura, parestesia e cefaléia; OBS: - Síndrome serotoninérgica: + Há uma potencialização da transmissão serotoninérgica e isso pode ocorrer por combinação com fármacos que aumentam a serotonina ou na superdosagem; + Tríade de Efeitos: ● Cognitivos (delírio, coma); ● Autônomos (hipertensão, taquicardia, diaforese); ● Somáticos (tremores, mioclonia); + Hipertermia e colapso cardiovascular, que podem levar a morte; - Inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina (ISRSN): + Venlafaxina; Desvenlafaxina; Duloxetina; + Bloqueiam os SERT e o NET, assim como os ADTs, porém não geram tantos efeitos adversos; + Em doses maiores os ISRSN também aumentam dopamina no córtex pré-frontal; + Usos Clínicos: ● Duloxetina: - Transtorno depressivo maior; - TAG; - Dor neuropática, fibromialgia, dores crônicas (sor lombar, osteoartrite); + Hepatotóxica; ● Venlafaxina: - Transtorno depressivo maior; - Transtornos de ansiedade (TAG, fobia social, transtorno no pânico); ● Desvenlafaxina: - Transtorno depressivo maior; - Sintomas da pré-menopausa; + Efeitos Adversos: ● Cefaleia; ● Insônia, ansiedade, agitação; ● Aumento de PA e da função cardíaca (efeitos hemodinâmica tendem a ser não problemáticos na maioria dos pacientes); ● Boca seca; tontura; perda de apetite; ● Disfunção sexual; ● Síndrome de interrupção; ● Superdosagem: depressão do SNC, síndrome serotoninérgica, convulsões, arritmias, cardiotoxicidade; - Inibidor da recaptação de norepinefrina e dopamina: + Bupropiona; + Potencializa transmissão noradrenérgica (bloqueio de NET e DAT); + Usada na depressão maior (monoterapia ou em associação com ISRS ou ISRSN, pois não há risco de síndrome serotoninérgica); + Pode ser útil em pacientes com menor tolerabilidade aos efeitos serotoninérgicos dos ISRS e com sintomas de “redução do afeto positivo”; + Também é utilizada no tratamento da dependência de nicotina (devido a ação do fármaco nos receptores de dopamina a recaptação da dopamina é lenta, fazendo com que haja a diminuição da fissura do paciente); + Pacientes com Transtorno de ansiedade generalizada não devem utilizar esse medicamento; - Antagonistas dos receptores de monoaminas: + Mirtazapina; + Bloqueio dos receptores ⍺2 adrenérgicos e 5-HT2c pré-sinápticos. Eles aumentam a liberação de NOR e 5-HT e geram a ação antidepressiva (receptores que fazem feedback negativo); + Bloqueio de 5-HT2a e 5-HT3 e diminui os efeitos adversos (disfunção sexual e náuseas) em relação aos ISRSs, sem bloquear o 5-HT1A pós-sináptico; + Bloqueio dos receptores H1 gera sedação e aumento de massa corporal; - Inibidores de Monoamino-oxidase (IMAOs): + Tranilcipromina; moclobemida; + Inibem a degradação enzimática de catecolaminas; + Tiramina estimulam a liberação de noradrenalina (mimetiza a noradrenalina e entra pelo MET e estimula a exocitose), porém o inibidor da MAO também faz isso e promove mais exocitose, portanto se combinado alimentos ricos em tiramina e inibidor de MAO podem gerar uma crise hipertensiva; + Inibidores irreversíveis da MAO: ● Moclobemida - seletivo MAO-A; ● Tranilcipromina - não seletivo; + Tratar a depressão maior em pacientes que não respondem aos outros antidepressivos e na depressão atípica; + Tiramina: ● Ação: ↑ Liberação de NE das vesículas; ● A tiramina da dieta é destruída pela MAO na parede intestinal e no fígado antes de alcançar a circulação sistêmica. Esse mecanismo não ocorre quando a MAO está inibida; assim, a ingestão de alimentos ricos em tiramina, tais como queijo fermentado, pode então provocar aumento súbito e perigoso da pressão arterial → “reação do queijo” ou síndrome noradrenérgica (menor risco com moclobemida); + Principais efeitos adversos: ● Estimulação central excessiva: - Tremores, insônia, agitação, ansiedade; - Tontura, dor de cabeça; - Aumento do apetite e ganho de peso acentuado; - Efeitos antimuscarínicos, embora menos do que os ADTs; ● Interação com aminas simpatomiméticas (fenilefrina, anfetamina) e ADTs pode causar hipertensão grave (muita liberação de noradrenalina); ● Interação com fitoterápicos contendo Hypericum perforatum (erva-de-são joão) e outros antidepressivos serotoninérgicos podem aumentar a serotonina; Outros Fármacos: - Agomelatina: + Antagonistas 5-HT2C (no córtex pré-central que aumenta a produção de neurônios serotoninérgicos e noradrenérgicos)/ Agonista melatonérgico; + Potente agonista dos receptores MT1 e MT2; + Ajuste do ciclo circadiano (induz avanço da fase do sono); + Mais indicado para idosos; - Vilazodona: + Fármaco recente (Anvisa- 2017); + Agonista parcial 5-HT1A (no sistema límbico)/ Inibidor recaptação 5-HT (inibe SERT); + Tratamento do transtorno depressivo maior; + Aumento da atividade serotoninérgica: ● Inibição seletiva da recaptação de serotonina; ● Agonista parcial 5HT1a com alta afinidade; + Bloqueio de SERT --- aumento de serotonina --- o fármaco aumenta a produção de serotonina, mas ele se liga ao receptor e faz com que haja a dessensibilização e infrarregulação dos autorreceptores e, concomitantemente, acontece a ativação do 5-HT1A; - Vortioxetina: + Inibidor recaptação 5-HT/ Agonista 5-HT1A/ Agonista parcial 5-HT1B/ Antagonista 5-HT1D, 5-HT3, 5-HT7; + Interneurônios inibitórios gabaérgicosfuncionam inibem a atividade desses neurônios serotoninérgicos então é necessário o processo de desinibição, o qual inibe os interneurônios e desinibem o neurônios noradrenérgicos e dopaminérgicos; - Escetamina: + Antagonista não seletivo NMDA; + Fármaco mais recente (ANVISA- 2020); + Bloqueia os receptores de NMDA no interneurônio gabaérgico, fazendo com que haja um aumento da sinalização pelo AMPA que aumenta o BNDF que faz a sinaptogênese no córtex e sistema límbico; + Uso em conjunto com antidepressivos orais, em adultos com transtorno depressivo maior: ● Para rápida redução dos sintomas depressivos pacientes com comportamento ou ideação suicida aguda; ● Em pacientes com depressão resistente, apresentando episódio atual moderado a grave e que não respondeu a pelo menos 2 antidepressivos diferentes; + Administração: ● Dispositivo nasal de uso único, uso hospitalar (uso de até 3 dispositivos em uma sessão); ● Monitoramento até o paciente ser considerado clinicamente estável para deixar o hospital; ● Fase de indução (semanas 1-4): duas sessões/semana. Evidência de benefício determina a continuidade do tratamento; ● Fase de manutenção (semanas 5-8): uma vez/semana; ● A partir da semana 9: a cada duas semanas; + Advertências: ● Aumento transitório PA (precaução em pacientes com histórico de AVC, IC, doença cardíaca valvar); ● Sonolência, distúrbios de percepção, sintomas dissociativos, vertigem, redução habilidade motora; ● Potencial de abuso;
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