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Fármacos antidepressivos

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Fármaco Farmacocinética Mecanismo de 
ação 
Usos Efeitos adversos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tricíclicos 
(ADTs) 
 
 
 
 
 
 
Amitriptilina 
 
Desipramina 
 
Imipramina 
 
Nortriptilina 
 
Clomipramina 
 
 
 
Lipofílicos: amplamente distribuídos e 
facilmente penetram no SNC; 
 
Bem absorvidos em administração oral; 
ligação forte às albuminas plasmáticas. 
 
Baixa biodisponibilidade: 
biotransformação (citocromo CYP450) – 
hidroxilação do anel e N-desmitilação  
pode ser inibidos por fármacos 
competidores (antipsicóticos e 
esteroides): reduz eliminação de ADTs. 
 
Longa duração: metabólitos ativos. 
 
Recuperação lenta; 
 
Índice terapêutico estreito. 
 
 
 
 
 
 
Bloqueio da captação 
de NE (inibe NET) e 
5-HT (inibe SERT) 
no neurônio pré-
sináptico (com menor 
efeito para 
dopamina); 
 
Maioria também 
bloqueia receptores 
histamínicos, 5-HT2 
muscarínicos e α1- 
adrenérgico (manual 
– Goodman). 
 
 
 
 
Depressão maior (perda neural do 
hipocampo e córtex frontal) em 
pacientes que não correspondem ao 
ISRSs e IRSNs; 
 
Depressão grave e moderada; 
 
Dor neuropático, fibromialgia. 
 
Depressão associada com distúrbios 
de personalidade; 
 
Depressão com características 
psicóticas; 
 
Transtorno de ansiedade generalizada; 
 
 
 
Visão turva, sonolência e sedação (bloqueio de 
receptores H1), xerostomia, aumento de massa 
corporal, retenção urinária, constipação, 
taquicardia sinusal e agravamento do glaucoma 
fechado  efeitos anticolinérgicos (pronunciados 
em amitriptilina e imipramina; fracos em 
desipramina). 
 
Sedação tóxica: interação – ADT + álcool e outros 
depressores do SNC 
 
Pacientes com transtorno bipolar: comportamento 
maníaco 
 
Hipotensão postural. 
 
Antigamente: muito usados em tentativa de 
suicídios. Por isso, não são a primeira opção de 
escolha para tratamento antidepressivo  
Superdosagem (toxicidade aguda) – efeito 
principalmente no SNC e coração: confusão mental, 
excitação, delírio, arritmias (prolongamento QT), 
convulsões, coma e depressão respiratória. 
 
MEDICINA NOVE DE JULHO 
 Fármaco Farmacocinética Mecanismo de ação Usos Efeitos adversos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inibidores 
seletivos da 
Recaptação 
de serotonina 
(ISRS/ ISCS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluoxetina 
 
Sertralina 
 
Escitalopam 
 
Paroxetina 
 
Citalopram 
 
 
 
 
 
 
Bem absorvidos em administração oral; 
 
Fluoxetina (F): antagonista do rec. 5-
HT2C; Sertralina (S): inibidor fraco da 
recaptação de dopamina e ativa receptor 
sigma-1; Escitalopram (E): isômero S 
do Citalopram racêmico (sem efeito 
indesejado do isômero R: efeito anti-
histamínico e inibitório CYP2D6). 
 
Maioria – tempo de ½ vida: 18-24 
horas (F mais longo: 24-96 horas); 
 
Biotransformação (citocromo CYP450), 
conjugação com glicuronídeo ou 
sulfato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inibe o SERT  
bloqueio da captação de 
5-HT 
 5-HT1A (s. 
límbico): alvo para 
tratamento da 
depressão e 
ansiedade. 
 
Antes de trocar de classe, 
testar todos dessa classe 
porque cada um tem 
efeitos adicionais. 
 
Transtorno obsessivo compulsivo; 
 
Ansiedade; 
 
Depressão maior (muito eficazes); 
 
Ejaculação precoce; 
 
Transtorno estresse pós-traumático 
(sertralina); 
 
Fobia social; transtorno do pânico 
(Sertralina, escitalopram, 
Paroxetina) 
 
Bulimia; irritabilidade e disforia 
(Fluoxetina); 
 
Transtorno disfórico pré-menstrual 
(fluoxetina, Sertralina, Paroxetina); 
 
 Antidepressivos mais usados: 
primeira linha para depressão 
maior e ansiedade. 
 
 
 
 
 
 
Aumento de toxicidade dos ADT quando 
administrados juntos de fluoxetina e Paroxetina; 
 
Podem ser provenientes de estimulação do tipo de 
receptor errado de 5-HT, como 5-HT2A ou 5-HT3 
(certo 5-HT1A) ou a estimulação do receptor correto 
no local cerebral errado: 
Náuseas, anorexia, insônia, perda de libido e 
frigidez. 
 
Síndrome da interrupção: geralmente por ISRS de 
tempo curto (portanto, raro com fluoxetina)  
cefaleia, mal-estar, sintomas de gripe, parestesia 
(formigamento/dormente), agitação e irritabilidade. 
 
Se administrados juntos com IMAOs ou ISRS: 
síndrome serotoninérgica – tríade de efeitos: 
1.cognitivos (delírio, coma); 2.somáticos (tremores, 
mioclonia); 3.autônomos (hipertensão, diaforese e 
taquicardia) + hipertermia e colapso cardiovascular 
= morte 
 
Vantagens: 
 Menos efeitos anticolinérgicos do que os ADTs; 
 Maior segurança na Superdosagem; 
 Menor toxicidade aguda (sobretudo 
cardiovascular) em relação aos ADTs e IMAOs; 
 Não provocam a síndrome noradrenérgica como 
os IMAOs. 
 
 
 
 
Inibidores da 
recaptação 
de serotonina 
e 
norepinefrina 
(ISRSN) 
 
 
 
 
 
Duloxetina (d) 
 
Desvenlafaxina 
(de) 
 
Venlafaxina (v) 
 
 
 
Todos: oralmente ativos; 
 
Venlafaxina – substrato de CYP2D6; 
Desvenlafaxina – metabólito ativo, 
desmetilado, de Venlafaxina que 
apresenta maior inibição do NET 
(ambos metabolizados por CYP2D6) 
 
 
 
 
Bloqueio da captação de 
NE (inibe NET) e 5-HT 
(inibe SERT) no 
neurônio pré-sináptico 
(Venlafaxina e 
Desvenlafaxina – inibem 
mais o SERT) 
 
 
Tratamento de depressão em 
pacientes nos quais o ISRS foram 
ineficazes; 
Em doses maiores, podem aumentar 
dopamina no córtex pré-frontal. 
 
V: transtornos de ansiedade; 
depressão maior. 
 
De: depressão maior; sintomas de 
pré-menopausa. 
 
D: depressão maior; TAG; dor 
neuropática, fibromialgia, dores 
crônicas (osteroartrite, dor lombar). 
 
 
 
 
Cefaleia, disfunção sexual, insônia, boca seca, perda 
de apetite, tontura, sedação e constipação, sudorese, 
síndrome da interrupção; aumenta da PA e da FC 
(em altas doses); 
 
Superdosagem: depressão do SNC, 
cardiotoxicidade, arritmias, convulsões e síndromes 
serotoninérgicas. 
 
 Fármaco Farmacocinética 
 
Mecanismo de ação 
 
Usos Efeitos Adversos 
 
 
 
 
 
 
Inibidor da 
recaptação 
de NE e 
dopamina 
 
 
 
 
 
 
 
Bupropiona 
 
 
 
 
 
Biotransformação em metabólitos 
ativos (hidroxibupriona; radafaxina) 
pela CYP2B6; 
 
Pode inibir a CYP2D6. 
 
 
 
 
 
 
 
Inibe NET (bloqueia a 
captação de NE) e inibe a 
DAT (bloqueia a captação 
de dopamina). 
 
Tratamento de dependência de 
nicotina; 
 
Depressão maior – monoterapia ou 
em associação com ISRS/ ISRSN; 
 
Melhorar sintomas de TDAH; 
 
Dor neuropática e perda de peso; 
 
Deve ser evitado em pacientes com 
episódios convulsivos ou que 
sofrem com transtornos de 
alimentação (bulimia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Convulsões (aumento dose-dependente), boca seca 
(xerostomia), sudoração, cefaleia, agitação, insônia, 
nervosismo e tremores. 
 
 
 
 
 
 
 
Antagonista 
dos 
receptores de 
monoamina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mirtazapina 
 
 
 
Bloqueio (antagonismo) 
dos receptores α2-
adrenérgico e receptores 5-
HT2C pré-sinápticos  
ação antidepressiva por 
aumentar a 
neurotransmissão de NE e 
5-HT; 
 
Ao mesmo tempo, 
bloqueia receptores 5-
HT2A e 5-HT3, evitando a 
disfunção sexual e 
náuseas. Não bloqueiam o 
5-HT1A; 
 
Bloqueio de receptores H1 
 sedação, aumento de 
apetite e massa corporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Usado em depressivos com 
dificuldade para dormir; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aumento de massa corporal, sonolência e sedação. 
 Fármaco Farmacocinética Mecanismo de ação Usos Efeitos adversos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMAOs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Moclobemida 
 
Tranilcipromina 
 
Bem absorvidos por administração oral. 
 
Biotransformação; excreção rápida na 
urina. 
 
Duas isoenzimas: 
 
MAO-A – preferência pelo 5-HT e NE 
(principal alvo aos IMAOs 
antidepressivos); 
 
MAO-B – preferência por dopamina 
 
Obs: A MAO está presente nas 
terminações nervosas, fígado, epitélio 
intestinal e outros 
 
Obs: A MAO,no epitélio intestinal e no 
fígado, é importante para inativar as 
aminas endógenas e ingeridas que 
produzem efeitos adversos: a tiramina 
(reação do queijo). 
 
 
 
Inibição irreversível da 
enzima MAO, portanto, 
inibe a degradação das 
monoaminas (NE, 
dopamina e 5-HT) = 
aumentar a [ ] 
citoplasmática das 
monoaminas nas 
terminações nervosas e, 
também, o aumento da 
liberação por aminas 
endógenas 
simpatomiméticas com 
ação indireta: anfetamina e 
tiramina. 
 
Os antidepressivos atuam 
sobre as duas isoenzimas 
MAO 
 
 
Moclobemida – atua 
sobre MAO-A; 
 
Tranilcipromina – não 
seletivo, ou seja, atua nas 
duas isoenzimas. 
 
Depressão maior: 
paciente alérgicos ou que 
não respondem aos 
ADTs; 
 
Depressão atrípica; 
 
Os IMAOs têm alto risco 
de interação com 
alimentos e outros 
fármacos. Por isso, são 
considerados fármacos 
de última escolha ao 
tratamento 
antidepressivo. 
 
Crise hipertensiva: aumento da pressão arterial, cefaleia 
occipital, rigidez no pescoço, taquicardia, midríase, 
arritmias cardíacas, náuseas e convulsões  ingestão de 
alimentos ricos em tiramina (tiramina – “reação do 
queijo”/ Síndrome noradrenérgica; essa amina está 
presente no queijo e carnes. Causa liberação de grande 
quantidade de catecolaminas [NE] armazenadas.); 
 
Estimulação central excessiva: agitação, tremores, insônia, 
ansiedade e, em superdosagem, convulsões. 
 
Tontura, aumento de apetite e ganho de peso 
acentuadamente. 
 
Efeitos atropínicos/antimuscarínicos menos acentuados em 
relação aos ADTs: xerostomia, visão turva, retenção 
urinária e etc. 
 
Interação com ADTs e fenilefrina e anfetamina (aminas 
simpatomiméticas): hipertensão grave. 
 
 
 
Agonista 
melatoninérgico 
 
 
Agomelatina 
 
 
 
Tempo de ½ vida curta 
 
Antagonista 5-HT2C pré-
sináptico no córtex frontal; 
e agonista melatoninérgico 
(receptores MT1/2); 
 
 
 
Depressão grave; 
 
Ajuste no ciclo 
circadiano 
 
Hepatotoxicidade. 
 
 
APIRS (agonista 
parcial/inibidor 
da recaptação de 
serotonina) 
 
 
 
Vilazodona 
 
 
 
Fármaco recente (ANVISA - 2017) 
 
Inibidor seletivo de 
recaptação de 5-HT e 
agonista parcial 5-HT1A 
de alta afinidade = 
aumento da atividade 
serotoninérgica 
 
 
 
Depressão maior 
 
 
 
 
Aumento de 
serotonina 
 
 
 
Vortioxetina 
 
Inibidor recaptação 5-HT, 
Agonista 5-HT1A, Agonista parcial 5-
HT1B, Antagonista 5-HT3, 5-HT7, 5-
HT1D. 
 
 
Dessensibilização e 
infrarregulação dos 
autorreceptores 5-HT1A 
 
 
 
 
Depressão 
 
 
 
Náuseas, êmese e constipação. 
 
 
Tratamento de transtorno bipolar 
 Lítio: estabilização do humor 
- Mecanismo de ação desconhecido; 
- Efeitos adversos: cefaleia, xerostomia, tonturas, fadiga, distúrbios GI, 
polidipsia, poliúria, polifagia, sedação, reações dérmicas, toxicidade, 
ataxia, fala enrolada, confusões, convulsões, tremor grosso, e tremor 
fino nas mãos. 
 Antiepilépticos (carbamazepina, lamotrigina, topimarato e valproato): 
estabilização do humor. 
 Antipsicóticos (quetiapina, olanzapina e risperidona) 
 
Suma 
 Fármacos antidepressivos – função: aumentar neurotransmissão 
serotoninérgica ou noradrenérgica. 
 
 ISRS e ISRN (fármacos de segunda geração) – menor toxicidade e 
maior segurança em relação aos fármacos de primeira geração 
(IMAO e ADTs) 
Hipóteses da causa da depressão: 
 Teoria das monoaminas: déficit funcional de neurotransmissão de 5-HT 
e NE em certos locais do cérebro (mania – resulta do excesso 
funcional); 
 Neuroplasticidade: perda de conexões sinápticas nas áreas corticais - 
redução do nível/expressão de BNDF ou mau funcionamento de seu 
receptor TrkB = Perda neuronal do hipocampo, córtex pré-frontal e 
cingulado anterior. BNDF: aumenta a neuroplasticidade e reduz a 
neuroapoptose. 
 Efeito neurotrófico: aumento de glutamato no córtex cerebral (se liga ao 
seu receptor que, por sua atividade, causa apoptose neuronal = sintomas 
depressivos) e de nível sérico de cortisol em pacientes depressivos: alta 
 devido à hiperfunção de CRF do hipotálamo. 
 
 Fármaco Farmacocinética Mecanismo de ação Usos Efeitos adversos 
 
Antagonista 
não seletivo 
NMDA 
 
 
 
Escetamina 
 
Fármaco mais recente 
(ANVISA - 2020); 
 
Isômero S da cetamina; 
 
Administração intranasal de uso 
hospitalar 
 
Sinaptogênese no córtex e sistema 
límbico por aumentar o BNDF e 
mTOR 
 
Tratamento farmacológico para 
depressão resistente: 
- EMT( estimulação magnética 
transcraniana); 
- DBS (estimulação cerebral 
profunda); 
- Eletroconvulsoterapia 
 
Depressão maior: 
 Rápida redução dos 
sintomas depressivos em 
pacientes com 
comportamento ou 
ideação suicida aguda; 
 Pacientes com depressão 
resistente que não 
respondeu a pelo menos 2 
antidepressivos 
diferentes. 
 
 
Deve ter precaução em pacientes com AVC, IC, 
doença cardíaca valvar: aumento transitório da PA; 
 
Potencial de abuso; 
 
Sonolência, distúrbios de percepção, sintomas 
dissociativos, vertigem, redução da habilidade 
motora. 
Mecanismo de ação – tratamento (crônico) com antidepressivos 
- Mecanismo de ação geral dos antidepressivos: potencializar, direta ou 
indiretamente, as ações de NE e/ou de 5-HT no cérebro. 
- infrarregulação dos receptores β1 e α2-adrenérgicos pré-sinápticos; 
dessensibilização dos receptores 5-HT1A pré-sinápticos pela elevação de 5-
HT na fenda sináptica, reduzindo o efeito inibitório desse receptor. 
- o paciente depressivo tem níveis de monoaminas baixas porque tem 
aumento da expressão e de atividade dos autorreceptores noradrenérgicos e 
serotoninérgicos. 
Depressão – classificação: 
- depressão maior (depressão unipolar): alterações de humor sempre na 
mesma “direção”  ideação suicida, distúrbios do sono (insônia ou muito 
sono), alterações do peso, problemas psicomotores, culpa excessiva e baixa 
autoestima, Anedonia, fadiga e liberação da libido; 
- depressão grave (psicótica) 
- transtorno depressivo persistente (distimia); 
- transtornos bipolares tipo I (mania) e II (hipomania): transtorno maníaco-
depressivo, ou seja, depressão se alterna com mania. 
 
Ansiedade – definição e classificação: 
- Definição: é uma emoção humana normal, que tem função adaptativa a 
partir de uma perspectiva psicobiológica. 
- transtorno de ansiedade generalizada; 
- transtorno obsessivo-compulsivo; 
- transtorno do pânico (síndrome do pânico); 
- TEPT (transtorno de estresse pós-traumático); 
- transtorno de estresse agudo; 
- fobia (social e específicas); 
- transtorno de ansiedade de separação 
Tratamento 
 Tratamento: aumento de BNDF que, por sua vez, promove a 
neurogênese e, portanto, das sinapses, através da ativação dos receptores 
5-HT1A e dos receptores α2-adrenérgicos pela ligação com 5-HT e NE 
respectivamente. 
 Antidepressivos: aumentam BNDF; reduzem: CRH  cortisol, 
deprimem/ bloqueiam o receptor NMDA  glutamato. 
 
 
 Início lento: de 2 a 12 semanas  efeito em longo prazo, porque 
envolve adaptação celular, sobretudo, de autorreceptores pré-
sinápticos  mecanismos autorreguladores que afetam os 
neurônios monoaminérgicos pré-sinápticos (5-HT, NE e, em menor 
quantidade, dopamina) 
- tratamento agudo (2-4 semanas): inibe/ bloqueia o SERT/ NET 
somatodendrítico (principalmente, porque tem maior quantidade deles 
aqui) e no terminal axonal, havendo maior quantidade de 5-HT e NE 
na região somatodendrítica primeiro. Isso causa a dessensibilização/ 
infrarregulação dos autorreceptores somatodendríticos (5-HT1A e α2-
adrenérgicos), fazendo com que os autorreceptores diminuam sua 
quantidade ou fiquem disfuncionais; ou seja, esse primeiro momento de 
aumento resulta da inibição aguda por retroalimentação da diminuição 
da descarga neuronal no locus ceruleus (NE) e/ou no núcleo de rafe (5-
HT), havendo diminuição concomitante na síntese e liberação de5-HT e 
NE por conta desses efeitos nos autorreceptores em até um primeiro 
momento. Porém, ainda os níveis desses neurotransmissores na fenda 
sináptica se mantêm baixos, continuando com a atividade dos receptores 
pós-sinápticos a mesma do pré-tratamento. 
 
- tratamento prolongado (a partir da 4 semana): Em um tratamento 
prolongado com esses fármacos, a elevação dos níveis dos 
neurotransmissores na região somatodendrítica dessensibiliza os 
autorreceptores pré-sinápticos. Isso resulta na infrarregulação dos 
autorreceptores inibitórios pré-sinápticos, levando a aumento da 
neurotransmissão, ou seja, liberação dos neurotransmissores no terminal 
axonal pelo neurônio alvo e, portanto, elevação dos neurotransmissores 
na fenda sináptica e da atividade dos receptores pós-sinápticos. Essa 
infrarregulação acontece porque esses receptores são metabotrópicos, ou 
seja, receptores ligados à proteína G que enviam uma cadeia de sinal 
que altera a transcrição gênica: quais proteínas, ou quais genes, vão ser 
alterados de tal forma. E um deles são os genes dos autorreceptores. A 
partir daí o efeito antidepressivo passa a ser observável.

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