Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HAMILTON GOMES DA SILVA NETTO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __ JOÃO, já qualificado nos autos do processo-crime n. que lhe move a Justiça pública, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro no artigo 396 e 396-A, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I- Dos fatos João foi denunciado pela prática de furto simples de três bermudas no valor de R$ 15,00 cada. Segundo a acusação, o acusado teria se valido de destreza para a subtração das bermudas, embora não mencione no que consistiu a destreza. Durante o inquérito policial não foi ouvida nenhuma testemunha presencial do crime, não havendo ninguém que aponte a autoria do delito ao acusado, por isso não há indicação na denúncia de quando o crime teria ocorrido e de que forma. Oferecida denúncia, foi devidamente citado. II- Do Direito A denúncia deve ser reconhecida como inepta Segundo o artigo 41 do Código de Processo Penal a denúncia conterá a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, ou seja, a peça inaugural do processo penal deve ter descrição pormenorizada e individualizada do fato criminoso. O desatendimento a este requisito enseja a rejeição da denúncia, com fundamento no artigo 395 do Código de Processo Penal. Observa-se que a denúncia, longe de constituir mera exigência formal, é embaraço e barreira ao efetivo exercício das garantias do contraditório e da ampla defesa, consagrados no artigo 5°, LV, da Magna Carta. No presente caso, a denúncia não permite o amplo exercício do direito de defesa. Vale dizer: não há nos autos a descrição adequada e pormenorizada da imputação feita ao acusado. Vejamos: a de… Caso superada a preliminar, forçoso é reconhecer que se trata de caso de absolvição sumária por tratar-se de hipótese em que o fato é manifestamente atípico. Com efeito, não há que se falar em lesividade a bem jurídico no presente caso. Trata-se de flagrante caso de atipicidade material da conduta ante a aplicação do princípio da insignificância. Dessa forma deve o acusado ser absolvido sumariamente nos termos do artigo 397, II, do Código de Processo Penal. III- DO PEDIDO: Diante do exposto, requer seja rejeitada a presente ação penal, com fundamento no artigo 395, I, do Código de Processo Penal. Caso Vossa Excelência entenda estar superada a possibilidade de rejeição, requer seja anulado ab initio o processo, nos termos do artigo 564, IV, do Código de Processo Penal em face da inépcia da inicial ou, caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, que seja decretada a absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, II, do Código de Processo Penal, por força da atipicidade material da conduta. Caso não sejam acolhidos os pedidos anteriores, requer sejam intimadas as testemunhas ao final arroladas para que sejam ouvidas na audiência de instrução e julgamento. Termos em que, Pede deferimento. Local e data. Advogado. OAB n°. Rol de testemunhas: 1. Nome, endereço 2. Nome, endereço 3. Nome, endereço
Compartilhar