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RESPOSTA Á ACUSAÇÃO 
Linha processual
Den – rejei da den/ desc/ rec- cit – resp acus (abs sum – desc - rejei – aud de inst/ deb/julg)
REJEIÇÃO DA DENUNCIA – artigo 395 do CPP
a) Manifestamente Inepta
b) Se faltar condição da ação ou pressuposto processual
c) Se faltar justa causa para o exercício da ação penal
· Inepta – significa que os fatos não estão descritos de forma a permitir o exercício do direito de defesa.
· Justa causa- é o suporte probatório mínimo para o oferecimento da denuncia
Elaboração do pedido sobre o item C 
Requer seja reconhecida a ilicitude da prova... e então que seja desentranhada e inutilizada nos termos do artigo 157 do CPP e, como consequência que seja rejeitada a denúncia nos termos do artigo 395, inciso III, do CPP, como medida de justiça.
DESCLASSIFICAÇÃO 
Esta desclassificação pode ocorrer duas hipóteses: 
· Quando com a nova tipificação houver mudança na competência, que seja desclassificado o crime para aquele previsto no artigo 28 da lei 11.343/06 e então que seja anulado Ab initio o processo nos termos do artigo 564, I do CPP, remetendo-se os autos ao Juízo Especial Criminal, como medida de justiça. 
· Se a nova tipificação surgir direito antes inexistente (ex.: desclassificação de roubo para furto simples tentado que gera direito a suspensão condicional do processo)
Obs.: cuidado com a desclassificação – normalmente há teses decorrentes dela 
ABSOLVIÇÃO SUMARIA 
A) Presença manifesta de causa excludente da ilicitude
B) Presença manifesta de causa excludente da culpabilidade, salvo inimputabilidade 
C) Se o fato narrado evidentemente não constitui crime 
D) Se estiver Extinta a Punibilidade
Teses e Pedidos na Resposta à Acusação 
a. Nulidade - anulação
b. Rejeição - rejeição artigo 395 
c. Extinção da punibilidade - absolvição sumaria artigo 397 do CPP
d. Mérito – absolvição sumaria do artigo 397 do CPP
e. Desclassificação - desclassificação 
Forma Da Resposta À Acusação 
1. Endereçamento 
- Se a questão indicar o número da vara – colocar 
- Se a questão não indicar – não colocar e nem inventar 
- Excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da ... vara criminal da comarca de ...
2. Preâmbulo 
- Larissa, já qualificada nos autos da ação penal nº... que move a justiça publica, por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa doc 1), vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência oferecer/ apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO com fundamento no artigo 396 e 396-A do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
3. dos fatos
- Resumir o problema (não pontua)
4. do direito 
 - Excelência, em preliminar é de se dizer que o caso é de nulidade nos termos o artigo 564, I, do CPP.
Com efeito não se trata de processo que se deva tramitar a Justiça Federal, pois, ausentes as hipóteses do artigo 109 da CF. 
5. do pedido
- Ante o exposto, requer seja julgado improcedente o pedido da acusação, absolvendo-se sumariamente o réu nos termos do artigo 397 do CPP.
Caso não seja esse o entendimento, requer a intimação das testemunhas abaixo arroladas.
Rol de testemunhas:
	· Rito ordinário (08 testemunhas)
1. João 
2. Pedro 
3. Nome e qualificação 
4. Nome e qualificação
5. Nome e qualificação
6. Nome e qualificação
7. Nome e qualificação
8. Nome e qualificação
	· Rito sumário e júri (05 testemunhas)
1. João 
2. Pedro 
3. Nome e qualificação
4. Nome e qualificação
5. Nome e qualificação
Local e data
Advogado 
OAB nº
OBS.: O prazo para apresentar a resposta à acusação é de 10 dias da efetiva citação 
a. Se a data for aleatória e sem possibilidade de dedução do dia – ignorar 
b. Se contiver data e dia da semana específica como, por exemplo, (10/04 segunda feira)
c. Data próximo da prova, citado no dia 05/08/2019
A Citação No Processo Penal Não Exclui Os Sábados, Domingos E Feriados.
· Exclui o início e inclui o último dia
· Sendo a efetiva citação ocorrida dia 05/08, a contagem inicia no dia 06/08
· A citação é válida a contar da data da efetiva citação e não da data da juntada nos autos
· Quando for citado na sexta a contagem inicia na segunda feira 
Na contagem dos meses de 30 e 31 dias usar os dedos das mãos, - (os ossos altos dos dedos indicam o mês com 31 dias e o vão entre os ossos, os meses com 30 dias)
PROBLEMA
João, 22 anos foi citado no dia 05/04, uma sexta feira, foi acusado de Estelionato, pois teria induzido a vítima Erson em erro ao vender-lhe um bilhete premiado da megasena por dois reais. O processo está na 12ª vara criminal federal no Rio de Janeiro. 
Resolução do problema:
- Data do fato – 05/04 (prazo final para apresentar resposta a acusação dia 17/04)
- Cliente – João 
- Crime – artigo 171 CP
- Peça – resposta a acusação 
- Competência – 12ª vara criminal federal 
Teses
a) Nulidade Ab Initio – por incompetência 
b) Insignificância- gerando atipicidade de conduta
Do Direito
Excelência, em preliminar é de se destacar que o feito deve ser anulado nos termos do artigo 564, I, do CPP. Com efeito, não se faz presente nenhuma das hipóteses do artigo 109 da CP, por essa razão o feito deve ser remetido para a Justiça Estadual. 
Caso não seja acolhida essa tese, deve ser absolvido sumariamente pelo princípio da insignificância. Tendo em vista que dois reais não geram qualquer prejuízo para a vítima de forma que o fato é atípico.
Do Pedido 
Ante o exposto, requer seja julgado improcedente o pedido da acusação, absolvendo sumariamente o réu nos termos do artigo 397, III do CPP. 
Caso não seja o entendimento de vossa excelência, requer a intimação das testemunhas abaixo arroladas. 
Obs. Rito sumario 05 testemunhas (mencionar na prova)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE 
 
 Autos n° ... 
Fulano de Tal, brasileiro, solteiro, atleta profissional de futebol, portador da Carteira de Identidade ..., filho de ... e ..., com endereço na Rua ..., n° ...- Bairro ... – ... – CEP ..., vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve – procuração anexa – apresentar sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO com fulcro no art. 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito abaixo aduzidas.
I – DOS FATOS:
Fulano de Tal foi denunciado pela suposta prática dos delitos de estelionato – art. 171 do Código Penal – em concurso material com o delito de falsificação de documento particular – art. 298 do Código Penal.
Segundo consta da Denúncia, Fulano de Tal teria falsificado documentos de Beltrano de Tal, e, fazendo uso de tal documentação, teria transferido para sua conta no Banco ... a quantia de R$ ..., que seriam provenientes da conta de Beltrano de Tal.
 
Fulano de Tal exerceu o direito de permanecer em silêncio em seu depoimento prestado na fase inquisitorial, e, na mesma fase, o Delegado que presidia o inquérito expediu ofício – cópia anexa - ao Banco ..., para que este enviasse extrato detalhado das contas de Fulano de Tal e Beltrano de Tal. 
O ofício, que como se pode notar não foi expedido por autoridade judicial, foi cumprido pelo Banco, que enviou a documentação requerida pelo delegado, subsidiando, assim, o oferecimento da denúncia.
Apesar de se pautar exclusivamente nas alegações de Beltrano de Tal e na documentação fornecida pelo Banco, a denúncia foi recebida na data de ..., e o réu foi citado para oferecer Resposta a Acusação.
O réu estava, à época dos fatos pelos quais é acusado, em excursão com seu clube pelos Emirados Árabes, tendo deixado o Brasil na data de..., e voltado apenas em ... – conforme cópia de passagens aéreas anexa, e produção cinematográfica realizada com a finalidade de divulgação de seu DVD para clubes estrangeiros. 
II – DO DIREITO
A - Da ilicitude da prova basilar da denúncia
A Constituição pátria, em seu artigo 5°, inciso X, protege a intimidade e a vida privada do cidadão, nos seguintes termos: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
No mesmo artigo, no inciso XII, a nossa Carta Magna prevê a inviolabilidadedo sigilo de dados, ainda protegendo a intimidade e vida privada da pessoa, que somente poderá sofrer exceções em hipóteses excepcionais, ou seja, “... por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;”
Cumpre salientar ainda, que a possibilidade de se acessar tais dados é excepcionada com vistas a garantir que o cidadão não fique à mercê das vontades do Estado, que, em épocas de Ditadura, utilizou-se de artifícios que violaram direitos fundamentais dos cidadãos para puni-los de modo inquisitorial, em flagrante afronta ao princípio do devido processo legal - hoje previsto no inciso LVI, do art 5° da Constituição da República.
Nota-se, portanto, que a denúncia baseou-se em prova obtida por meio ilícito, uma vez que o delegado não é autoridade judicial e não pode, por óbvio, determinar a quebra de sigilo bancário de qualquer cidadão.
“Ainda a respeito da aceitação de provas ilícitas no processo, versa o art. 157 do Código de Processo Penal que: “. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais”
O Ministério Público em sua denúncia utilizou-se de prova que não respeitou o devido processo legal para ser produzida, motivo pelo qual deve ser desentranhada do processo.
Uma vez desentranhada do processo a referida prova, a denúncia restará esvaziada de materialidade e de indícios suficientes de autoria, já que apenas o relato da suposta vítima sustenta a peça acusatória, que, por sua vez carece de justa causa.
A respeito da justa causa, o Código de Processo Penal em art. 395, inciso III versa que “A denúncia ou queixa será rejeitada quando: faltar justa causa para o exercício da ação penal”, não restando, assim, motivo para aceitação da denúncia.
B - Da impossibilidade de autoria
Ademais, cumpre esclarecer que o réu – jogador profissional de futebol – estava, à época dos fatos pelos quais é acusado, em excursão com seu clube pelos Emirados Árabes, tendo deixado o Brasil na data de..., e voltado apenas em ..., conforme cópia de passagens aéreas anexa, e produção cinematográfica realizada com a finalidade de divulgação de seu DVD para clubes estrangeiros.
Estando o réu em outro país à época do crime a ele indevidamente atribuído, impossível seria que ele utilizasse documentos falsos para fazer a transferência alegada, haja vista inexistência de Agência do Banco..., naquele país, o que reforça a tese da inexistência de quaisquer indícios de autoria em desfavor de Fulano de Tal, que deve ter sua denúncia rejeitada, nos termos do art. 395, inciso III do Código de Processo Penal.
Caso ainda assim a denúncia seja recebida, deve o réu ser absolvido pelo fato acima alegado, conforme versa o inciso IV do artigo 386 do Código de Processo Penal: “O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;” 
III – DO PEDIDO
Frente ao exposto, requer o peticionário: 
- Seja a prova desentranhada do processo, na forma do art. 157 do Código de Processo Penal.
- Seja reconsiderado o recebimento da Denúncia, para rejeitar liminarmente a inicial com base no inciso III do art. 395, do Código de Processo Penal.
- No caso do recebimento da denúncia seja o réu absolvido, haja vista a impossibilidade de ter praticado o crime por estar ausente do Brasil à época dos fatos a ele atribuídos, conforme documentação anexa, na forma no inciso IV do artigo 386 do Código de Processo Penal.
- Seja requisitado pelo MM. Juiz a lista de hóspedes na data de ... a ... do Hotel ..., localizado em ...
- Seja requisitado pelo MM. Juiz a lista de passageiros dos voos ... - e ...
- A oitiva das testemunhas abaixo, sob pena das cominações legais.
Rol de testemunhas:
Rito sumário e júri (05 testemunhas)
João 
Pedro 
Nome e qualificação
Nome e qualificação
Nome e qualificação
Local e data
Advogado 
OAB nº