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Agentes Químicos_ Aerodispersoides e Equipamentos de Proteção Respiratória

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Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
As caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides, as Fichas de Informações de Produtos
Químicos (FISPQ), as fontes dos aerodispersoides, as poeiras, os fumos, as fibras, as névoas e as
neblinas, os efeitos biológicos e as medidas de controle pertinentes.
PROPÓSITO
O estudo sobre aerodispersoides no dia a dia laboral, é de grande importância de forma que se possa
determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e a respectiva concentração, bem como estabelecer
recomendações de controle de risco, já que os processos industriais, de máquinas e de equipamentos
podem produzir quantidades de aerodispersoides potencialmente nocivas ao trabalhador.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta, uma calculadora científica ou use a
calculadora de seu smartphone/computador para a realização das tarefas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os conceitos gerais e as caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides
MÓDULO 2
Reconhecer os diversos preceitos relacionados à Ficha de Informações de Segurança de Produtos
Químicos (FISPQ)
MÓDULO 3
Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional dos aerodispersoides
MÓDULO 4
Identificar as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória, notadamente, às montagens
para os aerodispersoides
O QUE SÃO AGENTES QUÍMICOS?
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
 Reconhecer os conceitos gerais e as caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides
javascript:void(0)
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que são agentes químicos? Conhece as suas tipologias? Conseguiria identificar uma
aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição
ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma
situação prática, vamos analisar o case da empresa Automecânica do Chicó:
A Automecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em
alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas
fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.
Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos
agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém inicialmente, serão
avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura
são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar,
lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços.
Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura,
solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são
empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor
auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais,
botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de
proteção respiratória pertinentes.
Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, segundo os requisitos da NR
9 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não
foram detectadas situações insalubres. Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional
correspondente, emitido pelos engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de
insalubridade não foi observada na AutoMecânica do Chicó.
Para chegar a esse resultado, foram consideradas as informações presentes no Relatório em questão,
sobre as concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções
eficazes, de caráter individual e coletiva, observadas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. VOCÊ JÁ SABE QUE NO SETOR DE CHAPEAMENTO E
PINTURA DA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ NÃO FOI
OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA
AGENTES QUÍMICOS. A NR 15, ANEXOS 11, 12 E 13,
ESTABELECE OS REQUISITOS E, EM ALGUMAS
SITUAÇÕES, OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO PERTINENTES.
QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS DE ANÁLISES A SEREM
PROCEDIDAS PELOS ENGENHEIROS DE SEGURANÇA DO
TRABALHO EM FUNÇÃO DA ALOCAÇÃO DOS AGENTES EM
CADA UM DESSES ANEXOS?
RESPOSTA
Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – são as seguintes as condições para a
caracterização da insalubridade:
Acima dos limites de exposição do Anexo 11 (Lista de agentes) e Anexo 12 (Poeiras minerais).
javascript:void(0)
Atividades e operações envolvendo agentes químicos consideradas insalubres em decorrência de
inspeção realizada no local de trabalho – Anexo 13 (Avaliação qualitativa, excluídos desta relação as
atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12).
O QUE SIGNIFICA AERODISPERSOIDE?
CONCEITOS INICIAIS
AERODISPERSOIDES SÃO AGENTES QUÍMICOS
CONSIDERADOS DE RISCO, POIS AS SUBSTÂNCIAS,
COMPOSTOS OU PRODUTOS AERODISPERSOS PODEM
PENETRAR NO ORGANISMO PELA VIA RESPIRATÓRIA,
NAS FORMAS DE POEIRAS, FUMOS, NÉVOAS, NEBLINAS,
GASES OU VAPORES, OU QUE, PELA NATUREZA DA
ATIVIDADE DE EXPOSIÇÃO, POSSAM TER CONTATO OU
SER ABSORVIDOS PELO ORGANISMO ATRAVÉS DA PELE
OU POR INGESTÃO.
Cabe aqui ressaltar que a grande maioria das intoxicações originadas nas atividades laborais resulta da
aspiração de substâncias dispersas no ar. Tais substâncias podem ser retidas no sistema respiratório
superior, nos pulmões, ou ainda passar para a corrente sanguínea, atingindo outras áreas do organismo.
Adicionalmente, as normas brasileiras recomendam um teor mínimo de 18% de oxigênio em volume
para garantir um ar para a respiração que seja isento de substâncias agressivas.
 SAIBA MAIS
Para Peixoto e Ferreira (2012), são produzidos aproximadamente 70 mil produtos químicos, sendo
alguns deles padronizados e usados na fabricação de uma vasta gama de produtos. Devido à
quantidade de substâncias existentes nas indústrias que podem apresentar algum efeito tóxico, os
procedimentos e critérios para análise e avaliação dos agentes químicos podem variar de acordo com a
sua classificação, funções orgânicas ou inorgânicas e, até mesmo, métodos diferenciados para produtos
específicos.
Ainda segundo os autores, isso resulta em uma dificuldade maior para o reconhecimento dos produtos,
na medida em que cada um tem suas próprias características químicas, como solubilidade (na água ou
ar), pH (indicação de acidez), concentração, propriedades de alerta (com ou sem odor, por exemplo),
estado físico, volatilidade, reatividade e níveis de toxicidade.
Os níveis de toxicidade apresentam diferenças de acordo com os diversos órgãos do organismo,
variando de acordo com via de penetração (respiratória, pele ou ingestão) e o tempo de exposição a que
o trabalhador está submetido ao agente. Adicionalmente, os autores alertam para o fato de que a
avaliação de um agente químico pode ser prejudicada pelas condições do clima (um dia de chuva ou
dias frios).
Em uma primeira análise, os agentes químicos são classificados de acordo com o estado físico,
resultando em duas famílias:
AERODISPERSOIDES

GASES E VAPORES
É importante destacar que gases e evapores pertencem a um mesmo agrupamento, no entanto existem
diferenças entre seus conceitos.Deve-se ter claro o entendimento da diferença entre os conceitos de
gases e vapores, a fim de facilitar o reconhecimento e a avaliação de suas concentrações em um
espaço laboral. Assim temos que:
GASES
Substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, estão em estado gasoso.
VAPORES
Fase gasosa de substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, é líquida ou sólida
(vapores de água e vapores de gasolina).
AERODISPERSOIDES
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javascript:void(0)
SEGUNDO A NHO – 3 (2001) – AERODISPERSOIDE É A
REUNIÃO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E/OU LÍQUIDAS
SUSPENSAS EM UM MEIO GASOSO POR TEMPO
SUFICIENTE PARA PERMITIR SUA OBSERVAÇÃO OU
MEDIÇÃO. ESTÃO INCLUÍDAS NESSA CATEGORIA AS
PARTÍCULAS MENORES QUE 100ΜM.
Os aerodispersoides podem ser classificados em:
POEIRAS

FIBRAS

FUMOS

NÉVOAS E NEBLINAS
A seguir, conheça melhor cada um deles:
POEIRAS
Formadas por partículas sólidas, de qualquer tamanho, natureza ou origem, formada por ruptura de um
material original sólido, suspensa ou capaz de se manter suspensa no ar. Essas partículas geralmente
possuem formas irregulares e são maiores que 0,5μm.
FIBRAS
Partículas sólidas produzidas por ruptura de sólidos, que se diferenciam das poeiras porque apresentam
forma alongada. As fibras podem ser de origem animal, vegetal e mineral.
Cabe nesse ponto destacar que segundo a NHO – 4 (2001) – Método de Coleta e Análise de Fibras em
Locais de Trabalho Análise por Microscopia Ótica de Contraste de Fase, entende-se por fibra respirável
aquela com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que 5 micrômetros e relação entre
comprimento e diâmetro igual ou superior a 3:1.
São exemplos de fibras de origem animal:
Lã
Seda
Pelo de cabra
Pelo de camelo
São exemplos de fibras de origem vegetal:
Algodão
Linho
Coco
São exemplos de fibras de origem mineral:
Asbesto
Vidro
Cerâmica
As fibras podem ainda ser classificadas como:
Naturais – orgânicas (algodão, linho, cânhamo, sisal, seda, lã) ou inorgânicas (amianto).
Artificiais – fibras de vidro, poliamida, poliéster, polipropileno etc.
A fibra mineral de maior importância na Higiene do trabalho é o amianto, também conhecido como
asbesto.
FUMOS
Partículas sólidas, menores que 1μm, resultantes da condensação de vapores ou reação química.
NÉVOAS E NEBLINAS
São as partículas líquidas de diâmetro entre 0,1 e 100μm produzidas a partir da ruptura mecânica de
líquido ou por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente
(nebulização, borbulhamento e respingo).
MATERIAL PARTICULADO
SÃO AS PARTÍCULAS SÓLIDAS, PRODUZIDAS POR
RUPTURA DE UM MATERIAL ORIGINALMENTE SÓLIDO,
SUSPENSAS OU CAPAZES DE SE MANTEREM SUSPENSAS
NO AR.
A seguir, veja como essas partículas são classificadas:
PARTICULADO INALÁVEL
PARTICULADO TORÁCICO
PARTICULADO RESPIRÁVEL
PARTICULADO TOTAL
PARTICULADO INALÁVEL
É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico
menor que 100μm, capaz de entrar pelas narinas e pela boca, penetrando no trato respiratório durante a
inalação. É apropriada para avaliação do risco ocupacional associado às partículas que exercem efeito
adverso quando depositadas no trato respiratório como um todo.
PARTICULADO TORÁCICO
É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico
menor que 25μm, capaz de passar pela laringe, entrar pelas vias aéreas superiores e penetrar nas vias
aéreas dos pulmões. É apropriada para avaliação do risco ocupacional associado às partículas que
exercem efeito adverso quando depositadas nas regiões traqueobronquial e de troca de gases.
PARTICULADO RESPIRÁVEL
É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico
menor que 10μm, capaz de penetrar além dos bronquíolos terminais e se depositar na região de troca
de gases dos pulmões, causando efeito adverso nesse local.
PARTICULADO TOTAL
É o material particulado suspenso no ar coletado em porta-filtro de poliestireno de 37mm de diâmetro, de
três peças, com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4mm de diâmetro, conhecido como
cassete. A coleta de particulado total deve ser utilizada somente quando não houver indicação
específica para coleta de particulado inalável, torácico ou respirável.
PARTÍCULAS NÃO ESPECIFICADAS DE OUTRA
MANEIRA (PNOS)
SÃO PARTÍCULAS AS QUAIS NÃO SE CONHECE AO
CERTO, SE CAUSAM EFEITOS MALÉFICOS À SAÚDE
HUMANA, MESMO EM CONCENTRAÇÕES EXISTENTES,
NATURALMENTE, NO AR DOS LOCAIS DE TRABALHO.
Por conta disso, não existe, ainda, um limite de exposição do trabalhador a tais partículas, estabelecido
por normas ou legislações. Em geral, as partículas não especificadas apresentam pouca ou completa
insolubilidade em água ou fluidos aquosos dos pulmões.
 ATENÇÃO
As partículas não especificadas não podem ser citotóxicas, genotóxicas, nem quimicamente reativa ao
tecido pulmonar. Essas partículas também não podem emitir radiações ionizantes, não podem causar
imunossensibilização, ou algum efeito tóxico para o corpo humano.
EFEITOS SOBRE A SAÚDE
A seguir, estão listadas as classificações dos agentes químicos a partir dos efeitos sobre a saúde dos
trabalhadores:
AERODISPERSOIDES
Carcinogênicos – causam câncer (amianto).
Fibrogênicos – produzem nódulos e causam fibroses dos tecidos pulmonares (sílica e amianto).
Irritantes – causam ulcerações e inflamações no trato respiratório (névoas de ácidos e bases).
Mutagênicos – causam modificações celulares e alterações genéticas (chumbo, mercúrio).
Ativadores da febre – podem provocar calafrios e febre (fumos metálicos).
Sistêmicos – afetam o funcionamento de órgãos e sistemas (manganês e cádmio).
GASES E VAPORES
Anestésicos – agem sobre o sistema nervoso central (éteres e cetonas).
Asfixiantes simples – atuam substituindo o oxigênio do ar (sem ação bioquímica).
Asfixiantes químicos – têm ação bioquímica na célula, dificultando a agregação do oxigênio com a
hemoglobina (nitrogênio e monóxido de carbono).
Carcinogênicos – causam câncer (benzeno).
Irritantes – causam irritação e ulcerações no trato respiratório (gás sulfídrico).
Tóxicos – afetam órgãos e sistemas (hidrocarbonetos).
javascript:void(0)
javascript:void(0)
CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE
Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, as condições para a caracterização da
insalubridade são as seguintes:
Acima dos limites de exposição dos Anexo 11 (Lista de agentes) e Anexo 12 (Poeiras minerais).
Atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de
inspeção realizada no local de trabalho – Anexo 13 (Avaliação qualitativa).
Foram excluídos dessa relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos
Anexos 11 e 12.
UNIDADES DE MEDIDA
A unidade de medida, normalmente empregada para representar a concentração de aerodispersoides,
assim como os respectivos limites de exposição padronizados, é mg/m³ (miligrama por metro cúbico).
A concentração, nesse caso, é obtida pela seguinte fórmula:
Em que:
 – Concentração.
 – Massa da amostra em mg.
 – Volume amostrado em m³.
C =  m
Va
C
m
Va
 SAIBA MAIS
Cabe ressaltar, por exemplo, que 10 mg/m³ significa que em 1 metro cúbico de ar amostrado existem 10
miligramas do agente que se quer avaliar.
A outra unidade de medida é o ppm (partes por milhão). A concentração , nesse caso, é expressa
em:
 
 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Cabe ressaltar, por exemplo, que 5ppm significa que, em 1 milhão de litros de ar amostrado,
existem 5 litros do agente que se quer avaliar.
 VOCÊ SABIA
A Concentração IPVS (imediatamente perigosa para a vida e saúde) ou IDLH (Imediatelly Dangerous for
Life and Health) significa a exposição respiratória aguda ao agente que pode causar a morte ou
consequências irreversíveis à saúde (instantâneas ou retardadas), ou ainda a exposição dos olhosque
impeça a fuga do local. Concentração IPVS pode ainda ser entendida como a concentração máxima
para a exposição, por 30 minutos, que permite ao trabalhador escapar de um ambiente se houver falha
do protetor respiratório.
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS
(C)
C = Volume
Volume
1ppm = = =1 cm
3
1m3
1 cm3
1.000.000 cm3
1
1.000.000
Para avaliar de forma adequada a concentração dos agentes químicos, é necessário ter em mãos as
informações sobre os processos de trabalho executados e as informações caracterizadas sobre os
agentes químicos presentes no meio ambiente de trabalho, além da probabilidade das reações com o
corpo humano. É necessário também ter em mãos informações das medidas de:
controle existentes.
condições de manuseio de substâncias e operação.
condições ambientais, dentre algumas outras variáveis envolvidas.
A partir daqui, vamos apresentar as principais ações de planejamento necessárias, tratadas como boas
práticas, para garantir boa performance na avaliação.
DIMENSIONAMENTO DO TAMANHO DA AMOSTRA E
INDICAÇÃO DO LOCAL DE COLETA
O dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da exposição. Se a exposição
tem uma grande variabilidade ao longo da jornada, pode ser necessário um número elevado de
amostras espaçadas ao longo da jornada. As amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato
respiratório do trabalhador (amostragem pessoal) ou junto à fonte do poluente (amostragem ambiental
ou estática).
DIMENSIONAMENTO DA DURAÇÃO DA COLETA DA
AMOSTRA
A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar
adequado, de acordo com o método de coleta padronizado utilizado.
DEFINIÇÃO DO TIPO DE AMOSTRAGEM
Existem dois tipos de classificação para amostragem: contínuas ou instantâneas. As continuas
apresentam um tempo de coleta de informação superior a 30 minutos, enquanto as instantâneas
possuem tempo de coleta de informação inferior a 5 minutos. Com o tipo de amostragem instantânea, é
possível determinar concentrações mais elevadas (picos de concentração). Cabe salientar que a
amostragem contínua pode ainda ser classificada em: amostra única de período completo, amostras
consecutivas de período completo e amostras de período parcial.
Na amostragem completa da jornada com várias amostras consecutivas (melhor forma de amostragem),
a precisão cresce com o número de amostras. Oito amostragens de uma hora cada são mais precisas
do que duas amostragens de quatro horas cada. Na amostragem completa da jornada com uma única
amostra, ela deve ser coletada de forma contínua por, pelo menos, 70% da jornada. Amostra integral da
jornada de trabalho se faz recomendada para jornadas em que a exposição ocorre de forma contínua e
uniforme, ou seja, quando não há atividades que exponham os trabalhadores a concentrações
significativamente mais elevadas.
DEFINIÇÃO DO TIPO DE AMOSTRADOR
Os instrumentos para amostragem dos agentes químicos podem ser divididos em dois grupos:
AMOSTRADORES ATIVOS

AMOSTRADORES PASSIVOS
No grupo dos amostradores ativos estão todos os dispositivos que succionam determinado volume de
ar, por efeito de uma bomba de amostragem, fazendo-o passar através de um suporte de retenção para
reter o agente. Os amostradores passivos se utilizam apenas da difusão molecular, ou seja, dispensam
o emprego de dispositivos de sucção.
OS AMOSTRADORES PODEM SER DE LEITURA DIRETA
QUANDO FORNECEM A CONCENTRAÇÃO DO
CONTAMINANTE POR LEITURA DIRETA, EM SUPERFÍCIES
GRADUADAS, OU DISPLAY DE EQUIPAMENTOS OU DE
LEITURA INDIRETA QUE ATUAM RETENDO O
CONTAMINANTE PARA POSTERIOR ANÁLISE EM
LABORATÓRIO.
INDICAÇÃO DO MÉTODO DE COLETA
A metodologia de coleta consiste na separação ou não dos contaminantes. Um dos métodos de coleta
de amostras do ar ambiente se chama “Ar total”, que corresponde à obtenção de uma amostra do ar
recolhida no ambiente de execução do trabalho e encaminhá-la ao laboratório. Outro método muito
utilizado, considerado alternativo, é o método em que se obtém a “Separação dos contaminantes
através de retentores”. Nesse método, os retentores fazem uma separação dos contaminantes, que são
enviados posteriormente para análise em laboratório.
INDICAÇÃO DO TIPO DE RETENTOR
De forma geral, os retentores são classificados em três grupos: filtros de membrana, sólidos adsorventes
(tubos adsorventes com retenção na superfície) e líquidos absorventes (impingers com retenção no
interior).
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO
As medidas de controle do risco podem ser relativas ao ambiente ou ao homem. Isso é o que você vai
conferir a seguir.
Principais medidas de controle relativas ao ambiente
a) Substituição do produto tóxico (quando possível).
b) Mudança ou alteração do processo ou operação (pintura por imersão x pistola).
Principais medidas de controle relativas ao ambiente
c) Encerramento ou enclausuramento da operação (confinamento da operação, objetivando-se,
assim, a impedir a dispersão do contaminante para todo o ambiente de trabalho).
d) Segregação da operação ou processo (isolamento da operação, limitando seu espaço físico
fora da área de produção).
e) Umidificação.
f) Ventilação geral diluidora (insuflação e exaustão de ar em um ambiente de trabalho – promove a
redução da concentração de poluente).
g) Ventilação local exaustora (captação dos poluentes de uma fonte antes que eles se dispersem
no ar do ambiente de trabalho).
h) Ordem e limpeza.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Principais medidas de controle relativas ao homem
a) Limitação do tempo de exposição (redução dos períodos de trabalho quando todas as outras
medidas possíveis forem impraticáveis ou insuficientes no controle de um agente).
b) Educação e treinamento (conscientização quanto aos riscos inerentes às operações, riscos
ambientais e formas operacionais adequadas).
c) Equipamentos de proteção individual (segunda linha de defesa nas operações em que as
concentrações de poluentes são superiores ao limite de tolerância): respiradores de filtro químico
(gases e vapores); mecânico (fumos, poeira) e filtro combinado em ambientes onde há a presença
e gases e poeiras.
d) Controle médico.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Reconhecer os diversos preceitos relacionados à Ficha de Informações de Segurança de
Produtos Químicos (FISPQ)
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que são agentes químicos? Conhece a Ficha de Informações de Segurança de Produtos
Químicos (FISPQ)? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim
como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os
conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa
AutoMecânica do Chicó. Veja a seguir:
A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em
alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas
fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.
Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos
agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão
avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura
são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar,
lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços.
Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura,
solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são
empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilaçãolocal exaustora e a umidificação, e os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor
auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais,
botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de
proteção respiratória pertinentes.
Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva,
thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e
Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas
situações insalubres.
Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos
engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na
AutoMecânica do Chicó, pois foram respeitadas as considerações apresentadas no Relatório em
questão, sobre as concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de
proteções eficazes, de caráter individual e coletivo.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER
RELATIVAS AO AMBIENTE E, AINDA, RELATIVAS AO
HOMEM. PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES COM
ALTAS CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES, SÃO
INDICADAS DIVERSAS MEDIDAS DE CONTROLE,
INCLUINDO OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL. A AUTOMECÂNICA DO CHICÓ ATENDE AO
REQUISITO DE PROTEÇÃO DE ORDEM INDIVIDUAL NO
SETOR DE PINTURA, COERENTE COM O TEXTO DA FISPQ,
DE UMA DAS TINTAS AUTOMOTIVAS UTILIZADAS?
JUSTIFIQUE.
“Usar óculos de segurança que obedecem aos padrões estabelecidos sempre que uma avaliação de
risco indicar que existe risco de exposição respingos, gases, vapores ou pós”.
RESPOSTA
Sim. Na lista de EPI do texto existe a previsão de óculos de segurança.
O QUE SIGNIFICA FISPQ?
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FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÕES DE
SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS
A ABNT NBR 14725
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) emitiu a Norma brasileira NBR 14725, sob o título
geral “Produtos Químicos – Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente”, que tem amparo
legal no Decreto 2657, de 03/07/1998, promulgando a Convenção 170, da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), e está subdividida nas seguintes partes:
NBR14725-1 | Produtos químicos
Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 1: Terminologia, que trata da
terminologia a ser utilizada.
NBR14725-2 | Produtos químicos
Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 2: Sistema de classificação de
perigo, que trata do sistema de classificação de perigo.
NBR 14725-3 | Produtos químicos
Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 3: Rotulagem, que tem como foco
o alinhamento das empresas brasileiras em relação ao Sistema globalmente harmonizado (GHS),
com informações de segurança para produtos químicos perigosos, a serem incluídas na
rotulagem.
NBR14725-4 | Produtos químicos
Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 4: Ficha de Informações de
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), que se refere à ficha de informações de segurança de
produtos químicos (FISPQ).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Segundo a NBR 14725, a FISPQ fornece informações sobre aspectos de produtos químicos
(substâncias ou misturas) em relação à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ
fornece, para esses aspectos, conhecimentos básicos sobre os produtos químicos, recomendações
sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. Em alguns países, essa ficha é
chamada safety data sheet (SDS).
 SAIBA MAIS
Ainda segundo a NBR 14725, a FISPQ é um meio de o fornecedor transferir informações essenciais
sobre os perigos de um produto químico (incluindo informações sobre o transporte, manuseio,
armazenagem e ações de emergência) ao usuário deste, possibilitando a ele tomar as medidas
necessárias relativas à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ também pode ser usada para
transferir essas informações para trabalhadores, empregadores, profissionais da saúde e segurança,
pessoal de emergência, agências governamentais, assim como membros da comunidade, instituições,
serviços e outras partes envolvidas com o produto químico.
A elaboração da ABNT NBR 14725 foi embasada pelas seguintes premissas básicas do sistema
globalmente harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos (GHS):
A necessidade de fornecer informações sobre produtos químicos perigosos relativas à segurança, à
saúde e ao meio ambiente.
O direito do público-alvo de conhecer e de identificar os produtos químicos perigosos que utilizam e os
perigos que eles oferecem.
A utilização de um sistema simples de identificação, de fácil entendimento e aplicação, nos diferentes
locais onde os produtos químicos perigosos são utilizados.
A necessidade de compatibilização deste sistema com o critério de classificação para todos os perigos
previstos pelo GHS.
A necessidade de facilitar acordos internacionais e de proteger o segredo industrial e as informações
confidenciais.
A capacitação e o treinamento dos trabalhadores.
A educação e a conscientização dos consumidores.
A NR 26
NESTE PONTO, CABE RESSALTAR A RECOMENDAÇÃO DA
NR 26 (2015) – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA, NO SENTIDO
DE QUE O PRODUTO QUÍMICO UTILIZADO NO LOCAL DE
TRABALHO DEVE SER CLASSIFICADO QUANTO AOS
PERIGOS PARA A SEGURANÇA E PARA A SAÚDE DOS
TRABALHADORES, DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS
ESTABELECIDOS PELO SISTEMA GLOBALMENTE
HARMONIZADO DE CLASSIFICAÇÃO E ROTULAGEM DE
PRODUTOS QUÍMICOS (GHS), DA ORGANIZAÇÃO DAS
NAÇÕES UNIDAS.
Ainda segundo a NR 26 (2015), a classificação de substâncias perigosas deve ser baseada em lista de
classificação harmonizada ou com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação. Na
ausência de lista nacional de classificação harmonizada de substâncias perigosas, pode ser utilizada
lista internacional. Os aspectos relativos à classificação devem atender ao disposto em norma técnica
oficial vigente.
A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas,
relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o
produto. A NR 26 (2015) prevê que a rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:

I. Identificação e composição do produto químico.
II. Pictograma(s) de perigo.


III. Palavra de advertência.
IV. Frase(s) de perigo.


V. Frase(s) de precaução.
VI. Informações suplementares.

Já o produto químico não classificado como perigoso à segurança e à saúde dos trabalhadores,
conforme o GHS, deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a
indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e
recomendações de precaução.
CONTEÚDO E MODELO GERAL DE UMA FISPQ
As informações que devem constar da FISPQ são:
Identificação do produto e da empresa
. Nome do produto expresso no rótulo.
. Código interno da empresa para o produto.
. Nome da empresa.
. Endereço.
. Telefone/fax/e-mail.
Composição e informações sobre os ingredientes
. Nome químico/sinônimo.
. Número de registro do produto no Chemical Abstract Service, da Chemical Society.
. Número da ONU.
. Natureza química/ingredientes: (faixas de concentração).
. Classificação e rotulagem.
Identificação de perigos
. Perigos e os efeitos adversos para a saúde e meio ambiente.
Medidas de primeiros socorros
. Ações que devem ser tomadas e, também, aquelas que não devem ser praticadas.
. Dividir as informações por via de penetração no organismo (inalação, contato com a pele,
contato com os olhos e ingestão).
. Recomendações para a proteção do socorrista e para o médico.
. Sinais e sintomas de exposição: (pele, olhos, via respiratória, ingestão).Medidas de combate a incêndio
. Meios de extinção apropriados e os não recomendados.
. Necessidade de equipamentos especiais para combate às chamas.
. Métodos especiais de extinção.
Medidas de controle para derramamento ou vazamento
. Precauções pessoais (inalação, contato com a pele e olhos).
. Necessidade de manter afastadas as fontes de ignição.
. Ações e precauções relativas ao meio ambiente.
. Métodos de recuperação, limpeza e disposição.
Manuseio e armazenamento
. Medidas técnicas para a prevenção da exposição humana e do meio ambiente.
. Embalagem apropriada e imprópria.
. Prevenção de incêndio e explosão.
. Necessidade de ventilação.
. Materiais incompatíveis.
Controle de exposição e proteção individual
. Medidas técnicas para a proteção e controle na fonte e na trajetória.
. Procedimento para monitoramento.
. Tipo de proteção para inalação, mãos, olhos e pele.
. Equipamentos especiais.
Propriedades físico-químicas
. Aspecto, estado físico, forma, cor e odor.
. Ponto de fulgor.
. Pressão de vapor.
. Densidade em água.
. Limiar do odor.
. Ponto de ignição.
. Peso molecular.
. Densidade no ar.
. Limites de exposição: TLV-TWA, STEL.
. Ponto de ebulição.
. Limites de inflamabilidade: LIE, LSE.
. Solubilidade em água.
. Incompatibilidades.
Estabilidade e reatividade
. Condições específicas que tornam o produto instável ou que possa reagir perigosamente.
. Materiais ou produtos incompatíveis.
. Necessidade de inibidores ou de aditivos para evitar reação perigosa.
. Produtos que podem ser formados se houver decomposição.
Informações toxicológicas
. Efeitos agudos, crônicos, local, sensibilização.
. Característica cancerígena, mutagênica, teratogênica.
. Produtos que causam efeito aditivo ou sinérgico.
Informações ecológicas
. Mobilidade.
. Persistência/degradabilidade.
. Bioacumulação.
. Impacto ambiental esperado.
Considerações sobre tratamento e disposição
. Métodos para tratamento e disposição segura e ambientalmente aprovado (produto e
embalagem).
. Regulamentação para tratamento e disposição.
Informações sobre transporte
. Número da ONU (produtos perigosos).
. Código e classificação para o meio de transporte que será usado (terrestre, fluvial,
marítimo, aéreo).
. Regulamentações nacionais e internacionais – terrestres, hidroviário e aéreo.
Regulamentações
. Riscos e medidas de segurança conforme descrição no rótulo.
Outras informações
. Outras características importantes não citadas nos itens anteriores.
. Treinamentos especiais e restrições ao uso do produto.
. Bibliografia.
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Cabe salientar que o usuário da FISPQ é responsável por escolher a melhor maneira de informar e
treinar os trabalhadores sobre identificação do produto, composição, identificação dos perigos, medidas
de primeiros-socorros, medidas de combate a incêndio, medidas de controle para derramamento ou
vazamento, instruções para manuseio e armazenamento, medidas de controle de exposição e proteção
individual, as informações sobre estabilidade e reatividade, as informações toxicológicas e as
considerações sobre tratamento e disposição.
Quando formular as instruções específicas para o local de trabalho, o receptor deve levar em
consideração as recomendações pertinentes da FISPQ de cada produto. Cabe ainda ressaltar que as
informações quantitativas contidas na FISPQ devem ser expressas pelo Sistema Internacional de
Unidades (SI). A FISPQ é uma excelente ferramenta para o profissional da área de saúde e segurança
do trabalho determinar os riscos envolvidos na utilização de produtos químicos na organização.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional dos aerodispersoides
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que são aerodispersoides? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade
do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos
“névoas e neblinas”? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação
prática, vamos analisar o case da empresa AutoMecânica do Chicó, a seguir:
A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em
alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas
fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.
Dentre os diversos setores na empresa aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos
agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão
avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura
são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar,
lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços.
Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura,
solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são
empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor
auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais,
botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de
proteção respiratória pertinentes.
Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva,
thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e
Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas
situações insalubres.
Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos
engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na
AutoMecânica do Chicó, considerando os itens apresentados no relatório em questão sobre as
concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de
caráter individual e coletiva observadas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. VOCÊ JÁ SABE QUE NA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ, NO
SETOR DE CHAPEAMENTO E PINTURA, NÃO FOI
OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA
AGENTES QUÍMICOS. A NR 15, ANEXOS 11, 12 E 13,
ESTABELECE OS REQUISITOS E, EM ALGUMAS
SITUAÇÕES, OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO PERTINENTES. JÁ
A NHO 8 (2009) – COLETA DE MATERIAL PARTICULADO
SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES DE TRABALHO,
DENTRE OUTRAS RECOMENDAÇÕES, ESTABELECE A
NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO
TÉCNICO DAS AVALIAÇÕES EXECUTADAS. QUAIS SÃO AS
RECOMENDAÇÕES QUE DEVEM SER ATENDIDAS PARA A
FORMATAÇÃO PADRÃO, DO RELATÓRIO, SEGUNDO A NHO
8?
RESPOSTA
O relatório técnico deve abordar, no mínimo: introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas
ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações quantitativas; materiais e equipamentos utilizados;
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metodologias utilizadas; descrição das situações de exposição avaliadas; resultados obtidos; conclusões e
recomendações, além de referências bibliográficas.
QUAIS SÃO AS ETAPAS DE UMA AVALIAÇÃO DA
EXPOSIÇÃO AO PARTICULADO SÓLIDO EM SUSPENSÃO?
AVALIAÇÃO DE AERODISPERSOIDES
MUITAS OCUPAÇÕES EXPÕEM TRABALHADORES AO
RISCO DE INALAÇÃO DE POEIRAS CAUSADORAS DE
PNEUMOCONIOSES (ASBESTOSE, SILICOSE ETC.) E
ESTÃO RELACIONADAS A DIVERSOS RAMOS DE
ATIVIDADES, TAIS COMO MINERAÇÃO, CONSTRUÇÃO
CIVIL, METALURGIA, CERÂMICA, VIDROS, ACABAMENTO
DE PEDRAS ETC.
As poeiras podem ser classificadas em dois tipos, dependendo da sua composição química:ORGÂNICAS

INORGÂNICAS
POEIRAS ORGÂNICAS
Constituem risco por provocarem doenças pulmonares ou intoxicações. Outro aspecto importante
associado às poeiras orgânicas é o risco de explosões pela combustão violenta de partículas suspensas
no ar (excrementos de aves, madeira, algodão etc.).
POEIRAS INORGÂNICAS
Que contêm sílica cristalina são as de maior interesse para a higiene do trabalho. Resultam de materiais
existentes em grande quantidade na crosta terrestre, como rochas, minérios e areias.
Já a sílica, apresenta-se geralmente como dióxido de silício ( ), nas formas cristalina e amorfa.
Sílica amorfa
Terra diatomácea, sílica gel, sílica precipitada.

Sílica cristalina
Cristobalita, quartzo, tridimita.
A forma cristalina apresenta o maior risco, podendo causar uma grave pneumoconiose chamada de
silicose, que é a enfermidade pulmonar mais conhecida, relacionada ao trabalho. O quartzo é o tipo mais
comum de sílica cristalina. Classificado pela ACGIH como A2 (suspeito de provocar câncer). Avaliações
da exposição são realizadas através da coleta e mensuração das poeiras presentes na zona de
respiração do trabalhador durante a jornada de trabalho.
SiO2
 Exemplo de sílica cristalina.
LIMITES DE EXPOSIÇÃO DA NR 15 (2019)
ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
A NR 15, em seu Anexo 12, apresenta os limites de tolerância para as poeiras minerais, a saber:
ASBESTO
O limite de tolerância para fibras respiráveis (diâmetro inferior a 3 micrometros, comprimento maior ou
igual a 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro igual ou superior a 3:1) de asbesto
crisotila é de 2,0 f/cm³ (fibras por centímetro cúbico). Já a NHO 04 (2001) – Método de Coleta e Análise
de Fibras em Locais de Trabalho, análise por microscopia ótica de contraste de fase, estabelece as
metodologias para a avaliação de fibras não orgânicas.
SÍLICA
Os limites de exposição para fumos metálicos poeira total e respirável, expressos em mg/m³, estão
apresentados respectivamente pelas seguintes expressões:
a) Poeira total
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
b) Poeira respirável
LT = (mg /m3)24
(% SiO2+3)
LT = (mg /m3)8
(% SiO2+2)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Observação: A norma define que o quartzo deverá sempre ser entendido como sílica livre cristalizada.
FUMOS METÁLICOS
Os fumos são, notadamente, resultantes das operações de soldagem e de fundição de metais. Nesses
processos, desprendem-se vapores e gases, que, após resfriamento e condensação, oxidam-se
rapidamente e formam os fumos metálicos. Dependendo do processo e das matérias-primas utilizadas,
pode ocorrer a exposição ao ferro, manganês, zinco, chumbo, cromo. A exposição a fumos metálicos
pode produzir a “febre dos fundidores”, pneumoconioses (doenças ocupacionais pulmonares), tais como:
siderose (ferro), saturnismo (chumbo) e manganismo (manganês).
Os limites de exposição fixados pela NR 15 (2019) são:
a) Manganês – anexo XII, NR 15. 
Obs.: insalubridade máxima - 5,0 mg/m³ exposição à poeira (extração, moagem, transporte de minério);
1,0mg/m³ exposição a fumos (baterias, pilhas secas, vidros especiais, cerâmicas).
b) Chumbo – anexo XI, NR 15 - 0,1 mg/m³ exposição a fumos. 
Obs.: os demais metais na forma de fumos não possuem limites fixados na NR 15, outros são citados
para avaliação qualitativa, no anexo XIII.
EFEITOS COMBINADOS
Principalmente na avaliação de fumos metálicos, devemos levar em consideração os efeitos
independentes e os efeitos combinados. Segundo a ACGIH, quando os componentes da mistura têm
efeitos tóxicos similares, devem ser considerados seus efeitos combinados, sendo o limite da mistura
igual a:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que: 
 
 - concentração do agente n. 
 
 - limite de exposição do agente n.
MEIO DE COLETA PARA FUMOS METÁLICOS
Temos como meio de coleta para fumos metálicos o filtro de éster de celulose de 0,8μm de porosidade e
37mm de diâmetro. Os fumos são coletados em particulado total, isto é, sem o separador de partículas.
Em laboratório, as amostras são tratadas com ácido nítrico, a fim de dissolver os metais presentes na
amostra, para posterior análise por espectrofotometria de absorção atômica (uma fonte de energia de
radiação para cada metal).
+ +. . . . . . . . . . . . . + = 1
C1
LE1
C2
LE2
Cn
LEn
Cn
LEn
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
PARTICULADOS SÓLIDOS – NHO 8 (2009)
Segundo a NHO 8 (2009) – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de
Trabalho, as principais medidas de planejamento para a avaliação da exposição ocupacional são as
seguintes:
 Para uma avaliação adequada, são necessárias, além das informações sobre o processo de
trabalho e caracterização da exposição, as informações sobre os agentes presentes no ambiente e suas
possíveis interações, as medidas de controle existentes, as condições de manuseio e operação, e as
condições ambientais, dentre outras variáveis.
 O dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da exposição. Se a
exposição tem uma grande variabilidade ao longo da jornada, então, pode ser necessário um número
elevado de amostras espaçadas ao longo da jornada.
 As amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato respiratório do trabalhador
(amostragem pessoal) ou junto à fonte do poluente (amostragem ambiental ou estática).
 A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar
adequado, de acordo com o método de coleta padronizado a ser utilizado.
 Para a identificação dos trabalhadores de maior risco, é necessário observar a sua proximidade com
relação à fonte geradora de material particulado, o tempo de exposição, a sua mobilidade, as diferenças
em hábitos operacionais e a movimentação do ar no ambiente de trabalho.
 Montagem para amostragem.
 Montagem para amostragem.
 Quando não for possível caracterizar e selecionar um trabalhador de maior risco para cada
atividade, define-se, estatisticamente, um subgrupo de tamanho adequado, de tal maneira que essa
amostra aleatória tenha elevada probabilidade de incluir pelo menos um trabalhador com alta exposição.
 O número de amostras a serem coletadas está relacionado com o dispositivo de coleta a ser
utilizado e a capacidade de retenção do filtro de membrana, variando conforme o tipo de amostra,
podendo ser:
Amostra única de período completo.
Amostras consecutivas de período completo.
Amostras de período parcial.
 A seleção do filtro de membrana deve atender aos requisitos do método a ser aplicado para a
análise do material particulado. A seleção do porta-filtro depende da fração de material particulado a ser
coletada.
 Montagem do retentor.
 Para a coleta de material particulado inalável, utilizar um dispositivo de coleta projetado para
selecionar partículas com diâmetro aerodinâmico de até 100μm, com 50% de eficiência de coleta.
 Para a coleta de material particulado torácico, utilizar um separador projetado para selecionar
partículas menores que 25μm, com 50% de eficiência de coleta em partículas com diâmetro
aerodinâmico de 10μm.
 Para a coleta de material particulado respirável, utilizar um separador, do tipo ciclone, projetado para
selecionar partículas menores que 10μm com 50% de eficiência de coleta em partículas com diâmetro
aerodinâmico de 4μm.
 Para a coleta de material particulado total, utilizar porta-filtro de 37mm de diâmetro, de três peças,
com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4mm de diâmetro, até que outra recomendação seja
especificada.
 Montagem do retentor.
 Selecionar uma bomba de amostragem que atenda às características técnicas definidas na NHO 08.
A calibração da bomba deve ser realizada a partir de um padrão primário de calibração ou um padrão
secundário devidamente calibrado conforme a norma NHO 07. A vazão da bomba deve ser ajustadade
acordo com orientações definidas para o desempenho correto do dispositivo de coleta utilizado.
 Utilizar mangueiras flexíveis de material plástico, de preferência inerte, tipo Tygon, com diâmetro e
comprimento adequados a fim de evitar a interrupção do fluxo de ar ou vazamentos.
PROCEDIMENTO DE COLETA
Os principais elementos a serem considerados na fase de coleta são os seguintes:
Antes de iniciar a coleta das amostras, deve-se consultar o laboratório que realizará a análise
sobre: os métodos analíticos utilizados, o fornecimento de dispositivos e filtros para a coleta, prazo
de validade dos filtros, acondicionamento e transporte das amostras, entre outros.
Utilizar métodos de análise específicos para determinar a concentração dos particulados no
ambiente de trabalho. Para tal, pode-se utilizar conhecimentos científicos produzidos ou
recomendados por organismos nacionais e/ou internacionais da área.
Calibrar a bomba de amostragem.
Montar o sistema de coleta acoplando o dispositivo de coleta à bomba de amostragem por meio
da mangueira.
Instalar o sistema de coleta no trabalhador ou posicioná-lo por meio de um tripé no local de
trabalho a ser avaliado.
Verificar se a entrada de ar do dispositivo de coleta está livre e ligar a bomba de amostragem.
Anotar data, horário do início da coleta, código do filtro, número da bomba e demais dados em um
formulário de registro.
Acompanhar e observar o processo e as atividades de trabalho, assim como as ocorrências que
podem interferir nos resultados durante o período de coleta.
Desligar a bomba de amostragem após concluído o período de coleta e anotar o horário.
Desconectar, cuidadosamente, a mangueira da bomba de amostragem e, posteriormente, do
dispositivo de coleta.
Retirar o porta-filtro do sistema de coleta, tampar o orifício de entrada do ar e, em seguida, o de
saída do ar com os plugues adequados.
Guardar o porta-filtro com a face amostrada voltada para cima, em caixa apropriada para
transporte, de maneira a evitar o desprendimento do material coletado.
Verificar a variação da vazão, considerando para análise somente as amostras coletadas com
bombas que apresentaram variação de vazão (∆Q) inferior a 5%.
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO
A seguir, estão apresentados os principais passos para a determinação da concentração:
O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada amostra, de acordo com a seguinte
expressão:
Sendo:
V =
Qm . t
1000
 - Volume de ar amostrado em m³
 - Vazão média em l/min
 - Tempo total de coleta em minutos
A concentração de material particulado no ar deve ser calculada para cada amostra, de acordo
com a seguinte expressão:
Sendo:
 - Concentração da amostra em 
 - Massa da amostra em mg
 - Volume de ar mostrado em m³
Os resultados de concentração de material particulado de cada amostra são utilizados para o
cálculo da concentração média ponderada pelo tempo para a jornada de trabalho, conforme a
seguinte expressão:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Sendo:
 - Concentração média ponderada pelo tempo
 - Concentração do particulado obtida na amostra 
 - Tempo de coleta da amostra 
 - Tempo total de coleta = 
RESULTADOS E RELATÓRIO CONCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO
Os resultados obtidos podem ser utilizados para: avaliar a exposição dos trabalhadores; subsidiar a
tomada de decisões quanto à implantação de medidas de controle preventivas e corretivas nos
ambientes de trabalho; estudos epidemiológicos e de análise de risco, entre outros.
V
Qm
t
C = m
V
C
mg
m3
m
V
CMPT =
(C1⋅t1+C2⋅t2+....+Cn⋅tn)
Ttotal
CMPT
Cn n
tn n
Ttotal t1 + t2+. . . tn
Na interpretação dos resultados, além da comparação dos valores de concentração com os limites de
exposição ocupacional, deve-se levar em consideração as informações obtidas na literatura, o objetivo
da avaliação quantitativa, a variabilidade das concentrações, as características específicas do material
avaliado e do processo de trabalho, entre outras.
O relatório técnico deve abordar, no mínimo, os aspectos:

Introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas
as avaliações quantitativas.
Materiais e equipamentos utilizados (tipo, marca e modelo de bombas e dispositivos de coleta).


Metodologias utilizadas (estratégia de coleta, métodos de coleta e métodos analíticos).
Descrição das situações de exposição avaliadas.


Resultados obtidos.
Conclusões e recomendações.


Referências bibliográficas.
CÁLCULOS DE APLICAÇÕES PRÁTICAS
 EXEMPLO
Verificar a ocorrência de insalubridade na amostragem de poeira respirável em uma empresa de corte
de rochas, a partir dos dados de campo e dos dados fornecidos pelo laboratório, a seguir:
Tempo de amostragem - 300 min
Vazão da bomba - 1,7 l/min
Massa da amostra - 2,5mg
Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 4%
Observação: O tempo de amostragem e a vazão da bomba de amostragem pessoal utilizados foram
aqueles estabelecidos por metodologia NIOSH.
Cálculo do volume amostrado:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Cálculo da concentração da poeira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Cálculo do limite de tolerância - poeira respirável:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Conclusão – a concentração de poeira respirável (4,9 mg/m³) superou o limite de tolerância calculado
(1,33 mg/m³), caracterizando a exposição insalubre.
 EXEMPLO
Verificar a ocorrência de insalubridade na amostragem de poeira respirável e para poeira total em uma
empresa de arte em pedras, a partir dos dados de campo e dos dados fornecidos pelo laboratório, a
seguir:
a) Poeira total:
Tempo de amostragem - 300 min
V = = = 0,51 m³Qm.t
1000
(1,7 l/min×300  min)
1000
C = = = 4,9  mg /m³m
V 
2,5  mg
0,51 m³
LT = = = 1,33  mg /m³8
(% SiO2+2)
8
(4+2)
Vazão da bomba - 2 l/min
Massa da amostra - 4mg
Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 3%
b) Poeira respirável:
Tempo de amostragem - 300 min
Vazão da bomba - 1,7 l/min
Massa da amostra - 1,5mg
Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 0,5%
a) Cálculos para a poeira total.
• Cálculo do volume amostrado:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Concentração da poeira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Cálculo do limite de tolerância – poeira total:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
b) Cálculos para a poeira respirável.
• Cálculo do volume amostrado:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Concentração da poeira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Cálculo do limite de tolerância – poeira total:
V = = = 0,6 m³Qm⋅t
1000
(2 l/min×300  min)
1000
C = = = 6,6  mg /m³m
V
4  mg
0,6 m³
LT = = = 4  mg /m³24
(% SiO2+3)
24
(3+3)
C = = = 2, 9  mg /mm
V
1,5  mg
0,51 m3
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Conclusão – a concentração obtida para a poeira total (6,6 𝑚𝑔/𝑚³) superou o limite de tolerância
calculado (4 𝑚𝑔/𝑚³). A concentração obtida para a poeira respirável (2,9 𝑚𝑔/𝑚³) é inferior ao limite de
tolerância calculado (3,2 𝑚𝑔/𝑚³). Essa situação caracteriza uma exposição insalubre, na medida em que
houve a superação de pelo menos um dos limites.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
 Identificar as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória, notadamente, às
montagens para os aerodispersoides
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que significa EPR? Você sabe o que são medidas de controle de ordem coletiva e
individual? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como
LT = = = 3, 2  mg /m³8
 (% SiO2+2)
8
(0,5+2)
estabelecera situação da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os
conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa
AutoMecânica do Chicó:
A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em
alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas
fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.
Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos
agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão
avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura
são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar,
lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços.
Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura,
solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são
empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor
auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais,
botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de
proteção respiratória pertinentes.
Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva,
thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e
Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas
situações insalubres.
Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos
engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na
AutoMecânica do Chicó, considerando os itens apresentados no relatório em questão sobre as
concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de
caráter individual e coletiva observadas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER
RELATIVAS AO AMBIENTE E AO HOMEM. PARA OS
TRABALHOS EM AMBIENTES COM ALTAS
CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES, SÃO INDICADAS
DIVERSAS MEDIDAS DE CONTROLE, INCLUINDO OS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. A
AUTOMECÂNICA DO CHICÓ ATENDE AO REQUISITO DE
PROTEÇÃO DE ORDEM INDIVIDUAL NO SETOR DE
PINTURA, COERENTE COM O TEXTO DA FISPQ, A SEGUIR,
DE UMA DAS TINTAS AUTOMOTIVAS UTILIZADAS?
JUSTIFIQUE.
Proteção para as mãos – luvas resistentes a produtos químicos, impermeáveis que obedecem a um
padrão aprovado devem ser usadas todo tempo enquanto produtos químicos estiverem sendo
manuseados se a determinação da taxa de risco indicar que isto é necessário.
RESPOSTA
Sim. Na lista de EPI do texto existe a previsão de luvas impermeáveis de borracha.
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O QUE É UM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
(EPR)?
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
(EPR)
É UM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
DESTINADO À PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES
CONTRA A INALAÇÃO DE CONTAMINANTES, COMO
AERODISPERSOIDES, GASES E VAPORES, ASSIM COMO A
INALAÇÃO DO AR COM DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO.
As recomendações a seguir não cobrem os respiradores para mergulho, os sistemas com oxigênio para
aviação, o uso de respiradores em combates militares e os inaladores ou ressuscitadores utilizados na
área médica.
USO DO EPR
Segundo o Programa de Proteção Respiratória – PPR (2016), o uso de EPR é considerado o último
recurso na hierarquia das medidas de controle e deve ser adotado somente após cuidadosa avaliação
dos riscos. Existem situações, entretanto, nas quais ainda pode ser necessário o uso de um respirador,
como:
Outras medidas de controle já foram adotadas, mas a exposição à inalação não está adequadamente
controlada.
A exposição por inalação excede os limites de exposição e as medidas de controle necessárias estão
sendo implantadas.
A exposição por inalação é ocasional e de curta duração, sendo impraticável a implantação de medidas
de controle permanentes (por exemplo, em trabalhos de manutenção, de emergência, fuga e resgate).
ESCOLHA DO RESPIRADOR
AINDA SEGUNDO O PPR (2016), O RESPIRADOR
ADEQUADO À EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS É
AQUELE QUE REDUZ A EXPOSIÇÃO DO USUÁRIO A
VALORES ABAIXO DOS VALORES CONSIDERADOS
ACEITÁVEIS, COMO O LIMITE DE EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL (LEO).
Para a seleção do respirador com nível de proteção adequado à exposição, é necessário conhecer o
fator de proteção mínimo requerido (FPMR) para o respirador, o qual é determinado da seguinte forma:
Calculando quantas vezes a concentração mais crítica de exposição (C), prevista nas operações de
rotina ou de emergência, é maior do que o limite de exposição ocupacional aplicável (LEO), isto é:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
FPMR = C
LEO
Obedecendo os regulamentos ou legislação específica. Uma vez determinado o FPMR, a seleção é feita
escolhendo um respirador que possua fator de proteção atribuído (FPA) maior do que esse valor de
acordo com o quadro a seguir:
Tipo de EPR
Tipos de coberturas das vias respiratórias
Com vedação facial Sem vedação facial
Peça semifacial ⁽ᵃ⁾ Peça facial inteira Capuz e Capacete Touca
A – Purificador de ar
• não
motorizado
10 100 1000 25
• motorizado 50 ------ ------
B – De adução de ar
B1 – Linha de ar comprimido
• de demanda
sem pressão
positiva
10 100 1000 1000
• de demanda
com pressão
positiva
50 1000 1000 25
• de fluxo
contínuo
50 1000 1000 25
B2 – Máscara autônoma (Circuito aberto ou fechado)
• de demanda
sem pressão
positiva
10 100 ------ ------
1000(b)
Tipo de EPR
Tipos de coberturas das vias respiratórias
Com vedação facial Sem vedação facial
Peça semifacial ⁽ᵃ⁾ Peça facial inteira Capuz e Capacete Touca
• de demanda
com pressão
positiva
------ ------ ------
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Quadro: Níveis de proteção dos EPR. 
Adaptado de Brasil, 2009. p.93.
⁽ᵃ⁾ Inclui a peça semifacial filtrante (PFF) e as peças semifaciais de elastômeros.
⁽ᵇ⁾ Os níveis de proteção apresentados são de EPR com filtros P3. Com filtros classe P2, deve-se usar
nível de proteção 100, devido às limitações do filtro.
TIPOS DE PEÇAS FACIAIS
Quanto ao tipo de peça facial, temos as seguintes classificações:
PEÇA FACIAL INTEIRA
Cobre a boca, o nariz e os olhos.
PEÇA SEMIFACIAL
Cobre a boca e o nariz, e se apoia sob o queixo.
PEÇA UM QUARTO FACIAL
Cobre a boca e o nariz, e se apoia sobre o queixo.
 Respirador de segurança
CAPUZ
Envolve a cabeça e o pescoço, podendo cobrir parte dos ombros.
CLASSIFICAÇÕES EM RELAÇÃO À INALAÇÃO
DO AR
Quanto à inalação do ar, temos:
Respiradores purificadores

Respiradores de adução de ar
O RESPIRADOR PURIFICADOR UTILIZA O AR DO PRÓPRIO
AMBIENTE, QUE PASSA POR UM MEIO FILTRANTE ONDE
OS CONTAMINANTES SÃO RETIDOS. OS FILTROS PODEM
SER MECÂNICOS, USADOS PARA RETER
AERODISPERSOIDES, OU FILTROS QUÍMICOS, USADOS
PARA GASES OU VAPORES.
Cabe destacar que a peça facial filtrante ou PFF é um respirador cujo filtro é a própria peça facial. A
seguir são apresentadas as eficiências para cada um dos PFF:
PFF1 – Possuem eficiência mínima de 80% (penetração máxima de 20%).
PFF2 – Possuem eficiência mínima de 94% (penetração máxima de 6%).
PFF3 – Possuem eficiência mínima de 99% (penetração máxima de 1%).
 ATENÇÃO
S - Resistentes a aerossóis à base de água. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à basede
água; 
 
SL - Resistentes a aerossóis à base de água e oleosos. Capazes de reterem partículas sólidas e
líquidas à base de água e oleosas.
Não utilizar os modelos de PFF nas seguintes situações:
Para proteção contra gases e/ou vapores, pintura com aplicação por spray com tinta à base de
solvente, jateamento de areia ou em atmosferas com névoas oleosas.
Em atmosferas com concentração (em volume) de oxigênio abaixo de 18%, em ambientes
fechados e sem ventilação, como: câmaras, tanques, silos e tubulações, ou onde a concentração
de oxigênio pode ser menor que 19,5% em volume ou acima de 23%.
Em atmosferas explosivas.
Quando a concentração do contaminante ultrapassar os valores imediatamente perigosos à vida e
à saúde - IPVS.
Cabe esclarecer que, diferentemente do respirador, que é um EPR que cobre boca e nariz e proporciona
uma vedação adequada sobre a face do usuário e, ainda, possui filtro eficiente para retenção dos
contaminantes presentes no ambiente de trabalho, na forma de aerossóis, a máscara cirúrgica não
protege o usuário adequadamente em relação a patologias transmitidas por aerossóis, pois,
independentemente da sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de
máscara.
A máscara cirúrgica é tão somente uma barreira de uso individual, que cobre nariz e boca, indicada para
proteger o trabalhador da saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas a curta distância e
pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias. A
máscara é indicada, ainda, para minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias
geradas pelo próprio trabalhador da saúde ou pelo paciente em condição de transporte.
Os respiradores purificadores podem ainda ser:
RESPIRADOR NÃO MOTORIZADO
O ar chega até a zona respiratória através da ação de inspirar.
 EPR purificador de ar com peça facial inteira e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos pares
RESPIRADOR MOTORIZADO
O ar chega até a zona respiratória forçado por uma ventoinha.
 EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratórias tipo “touca” com anteparo
tipo protetor facial
RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR
OS RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR SE UTILIZAM DO
AR ORIUNDO DE UMA FONTE EXTERNA.
Estes respiradores são classificados, ainda, de acordo com o método pelo qual o ar respirável é
fornecido e, também, pelo sistema usado para regular o suprimento de ar em:
 Máscara respiratória com ar mandado
RESPIRADOR DE AR NATURAL
RESPIRADOR DE LINHA DE AR COMPRIMIDO
Exemplo de EPR de adução de ar tipo linha de ar comprimido de demanda com pressão positiva e com
peça facial inteira.
APARELHO AUTÔNOMO OU MÁSCARA AUTÔNOMA
Exemplo de respirador de adução de ar comprimido com máscara autônoma e cilindro.
Cabe observar que a linha de ar comprimido pode ser:
DE FLUXO CONTÍNUO
Garante uma pressão ligeiramente positiva dentro da cobertura das vias respiratórias.
DE DEMANDA COM PRESSÃO POSITIVA
Válvula de exalação que garante que a pressão dentro da peça facial seja mantida acima da pressão
ambiente.
DE DEMANDA SEM PRESSÃO POSITIVA
Válvula de demanda que garante o fluxo de ar exclusivamente durante a inalação.
TIPOS DE FILTROS
Os filtros podem ser:
Mecânicos
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
Químicos
Os filtros mecânicos, indicados para aerodispersoides, podem ser:
P1
P2
P3
P1
Indicados contra poeiras vegetais e minerais e névoas inorgânicas, tais como névoas de soda cáustica
(poeiras de sílica com diâmetro superior a 2μm).
P2
Aerodispersoides descritos na classe P1 e, também, para fumos metálicos. Podem ser usados contra
pesticidas que não contenham vapores associados.
P3
Além das classes P1 e P2 são de uso contra partículas de metais radionuclídeos, poeira de sílica com
diâmetro menor que 2μm e fibra de asbestos com concentração superior a 10 fibras/cm³.
Os filtros químicos podem ser classificados em:
Vapores orgânicos.
Gases ácidos (exceto CO).
Amônia.
Gases e vapores especiais (vapor de mercúrio, monóxido de carbono e outros).
Finalmente, temos as seguintes classificações, para os filtros químicos:
CLASSE 1
Contaminante gasoso em concentração máxima de 1000ppm.
CLASSE 2
Contaminante gasoso em concentração máxima de 5000ppm.
CLASSE 3
Contaminante gasoso em concentração máxima de 10.000ppm.
RESPIRADOR DE FUGA
Veja a imagem ilustrativa de um respirador para emergências. Ele possui um conjunto bocal e presilha
nasal.
 Ilustração de respirador de fuga.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
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javascript:void(0)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, muitas são as áreas em que os aerodispersoides estão presentes, razão pela qual, os
profissionais da área de saúde e segurança devem estar permanentemente atualizados em relação às
medidas de controle pertinentes.
 PODCAST
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (ACGIH). Limites de
exposição ocupacional (TLVsR) para substâncias químicas e agentes físicos & índices biológicos
de exposição (BEIsR). Tradução: ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais), p. 4-5.
São Paulo: ABHO, 2021.
ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas regulamentadoras comentadas e ilustradas. 8. ed. Rio de
Janeiro: GVC, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Organização Pan-americana da Saúde no Brasil. Doenças
relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. p. 15, 324, 325,
334 e 337. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes
Biológicos para Trabalhadores de Saúde. Brasília: Anvisa, 2009.
BRASIL. Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978. Consultado na internet em: 10 jun. 2021.
BREVIGLIERO, E.; SPINELLI.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: Agentes biológicos, químicos e
físicos. 10. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2017.
COSTA, Paulo. Segurança do trabalho II. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio
Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.
FUNDACENTRO. Análise gravimétrica de aerodispersoides sólidos coletados sobre filtros de
membrana- NHO -3. São Paulo: Fundacentro, 2001.
FUNDACENTRO. Método de coleta e análise de fibras em locais de trabalho análise por
microscopia ótica de contraste de fase- NHO 4. São Paulo: Fundacentro, 2001.
FUNDACENTRO. Coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambientes de trabalho
NHO 8. São Paulo: Fundacentro, 2009.
GONÇALVES, E. A.; GONÇALVES, D. C. e GONÇALVES, I. C. Manual de Segurança e Saúde no
Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2018.
PEIXOTO, H.; FERREIRA, L. Higiene ocupacional III. Santa Maria: Universidade Federal de Santa
Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.
SALIBA, T. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: Avaliação e controle dos riscos
ambientais. 1. ed. São Paulo: LTr, 2005.
VIEIRA, S. I. Manual de Saúde e Segurança no Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2008.
EXPLORE+
Para ampliar o conhecimento sobre o assunto, pesquise pelos vídeos da 3M:
Vídeo 3D Proteção Respiratória 3M
3M Aura: Colocação correta do Respirador
3M Scott: Demonstração do respirador autônomo ProPak
3M Scott: Demonstração do respirador de linha de ar mandado Flite COV
Respirador Motorizado ADFLO
CONTEUDISTA
Lucio Villarinho Rosa

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