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DESCRIÇÃO As caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides, as Fichas de Informações de Produtos Químicos (FISPQ), as fontes dos aerodispersoides, as poeiras, os fumos, as fibras, as névoas e as neblinas, os efeitos biológicos e as medidas de controle pertinentes. PROPÓSITO O estudo sobre aerodispersoides no dia a dia laboral, é de grande importância de forma que se possa determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e a respectiva concentração, bem como estabelecer recomendações de controle de risco, já que os processos industriais, de máquinas e de equipamentos podem produzir quantidades de aerodispersoides potencialmente nocivas ao trabalhador. PREPARAÇÃO Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta, uma calculadora científica ou use a calculadora de seu smartphone/computador para a realização das tarefas. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer os conceitos gerais e as caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides MÓDULO 2 Reconhecer os diversos preceitos relacionados à Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) MÓDULO 3 Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional dos aerodispersoides MÓDULO 4 Identificar as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória, notadamente, às montagens para os aerodispersoides O QUE SÃO AGENTES QUÍMICOS? AVISO: orientações sobre unidades de medida. Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades. MÓDULO 1 Reconhecer os conceitos gerais e as caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides LIGANDO OS PONTOS Você sabe o que são agentes químicos? Conhece as suas tipologias? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa Automecânica do Chicó: A Automecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto. javascript:void(0) Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém inicialmente, serão avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços. Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais, botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória pertinentes. Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, segundo os requisitos da NR 9 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas situações insalubres. Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na AutoMecânica do Chicó. Para chegar a esse resultado, foram consideradas as informações presentes no Relatório em questão, sobre as concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de caráter individual e coletiva, observadas. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 3. VOCÊ JÁ SABE QUE NO SETOR DE CHAPEAMENTO E PINTURA DA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ NÃO FOI OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA AGENTES QUÍMICOS. A NR 15, ANEXOS 11, 12 E 13, ESTABELECE OS REQUISITOS E, EM ALGUMAS SITUAÇÕES, OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO PERTINENTES. QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS DE ANÁLISES A SEREM PROCEDIDAS PELOS ENGENHEIROS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM FUNÇÃO DA ALOCAÇÃO DOS AGENTES EM CADA UM DESSES ANEXOS? RESPOSTA Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – são as seguintes as condições para a caracterização da insalubridade: Acima dos limites de exposição do Anexo 11 (Lista de agentes) e Anexo 12 (Poeiras minerais). Atividades e operações envolvendo agentes químicos consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho – Anexo 13 (Avaliação qualitativa, excluídos desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12). O QUE SIGNIFICA AERODISPERSOIDE? javascript:void(0) CONCEITOS INICIAIS AERODISPERSOIDES SÃO AGENTES QUÍMICOS CONSIDERADOS DE RISCO, POIS AS SUBSTÂNCIAS, COMPOSTOS OU PRODUTOS AERODISPERSOS PODEM PENETRAR NO ORGANISMO PELA VIA RESPIRATÓRIA, NAS FORMAS DE POEIRAS, FUMOS, NÉVOAS, NEBLINAS, GASES OU VAPORES, OU QUE, PELA NATUREZA DA ATIVIDADE DE EXPOSIÇÃO, POSSAM TER CONTATO OU SER ABSORVIDOS PELO ORGANISMO ATRAVÉS DA PELE OU POR INGESTÃO. Cabe aqui ressaltar que a grande maioria das intoxicações originadas nas atividades laborais resulta da aspiração de substâncias dispersas no ar. Tais substâncias podem ser retidas no sistema respiratório superior, nos pulmões, ou ainda passar para a corrente sanguínea, atingindo outras áreas do organismo. Adicionalmente, as normas brasileiras recomendam um teor mínimo de 18% de oxigênio em volume para garantir um ar para a respiração que seja isento de substâncias agressivas. SAIBA MAIS Para Peixoto e Ferreira (2012), são produzidos aproximadamente 70 mil produtos químicos, sendo alguns deles padronizados e usados na fabricação de uma vasta gama de produtos. Devido à quantidade de substâncias existentes nas indústrias que podem apresentar algum efeito tóxico, os procedimentos e critérios para análise e avaliação dos agentes químicos podem variar de acordo com a sua classificação, funções orgânicas ou inorgânicas e, até mesmo, métodos diferenciados para produtos específicos. Ainda segundo os autores, isso resulta em uma dificuldade maior para o reconhecimento dos produtos, na medida em que cada um tem suas próprias características químicas, como solubilidade (na água ou ar), pH (indicação de acidez), concentração, propriedades de alerta (com ou sem odor, por exemplo), estado físico, volatilidade, reatividade e níveis de toxicidade. Os níveis de toxicidade apresentam diferenças de acordo com os diversos órgãos do organismo, variando de acordo com via de penetração (respiratória, pele ou ingestão) e o tempo de exposição a que o trabalhador está submetido ao agente. Adicionalmente, os autores alertam para o fato de que a avaliação de um agente químico pode ser prejudicada pelas condições do clima (um dia de chuva ou dias frios). Em uma primeira análise, os agentes químicos são classificados de acordo com o estado físico, resultando em duas famílias: AERODISPERSOIDES GASES E VAPORES É importante destacar que gases e evapores pertencem a um mesmo agrupamento, no entanto existem diferenças entre seus conceitos.Deve-se ter claro o entendimento da diferença entre os conceitos de gases e vapores, a fim de facilitar o reconhecimento e a avaliação de suas concentrações em um espaço laboral. Assim temos que: GASES Substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, estão em estado gasoso. VAPORES Fase gasosa de substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, é líquida ou sólida (vapores de água e vapores de gasolina). AERODISPERSOIDES SEGUNDO A NHO – 3 (2001) – AERODISPERSOIDE É A REUNIÃO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E/OU LÍQUIDAS SUSPENSAS EM UM MEIO GASOSO POR TEMPO SUFICIENTE PARA PERMITIR SUA OBSERVAÇÃO OU MEDIÇÃO. ESTÃO INCLUÍDAS NESSA CATEGORIA AS PARTÍCULAS MENORES QUE 100ΜM. Os aerodispersoides podem ser classificados em: javascript:void(0) javascript:void(0) POEIRAS FIBRAS FUMOS NÉVOAS E NEBLINAS A seguir, conheça melhor cada um deles: POEIRAS Formadas por partículas sólidas, de qualquer tamanho, natureza ou origem, formada por ruptura de um material original sólido, suspensa ou capaz de se manter suspensa no ar. Essas partículas geralmente possuem formas irregulares e são maiores que 0,5μm. FIBRAS Partículas sólidas produzidas por ruptura de sólidos, que se diferenciam das poeiras porque apresentam forma alongada. As fibras podem ser de origem animal, vegetal e mineral. Cabe nesse ponto destacar que segundo a NHO – 4 (2001) – Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho Análise por Microscopia Ótica de Contraste de Fase, entende-se por fibra respirável aquela com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro igual ou superior a 3:1. São exemplos de fibras de origem animal: Lã Seda Pelo de cabra Pelo de camelo São exemplos de fibras de origem vegetal: Algodão Linho Coco São exemplos de fibras de origem mineral: Asbesto Vidro Cerâmica As fibras podem ainda ser classificadas como: Naturais – orgânicas (algodão, linho, cânhamo, sisal, seda, lã) ou inorgânicas (amianto). Artificiais – fibras de vidro, poliamida, poliéster, polipropileno etc. A fibra mineral de maior importância na Higiene do trabalho é o amianto, também conhecido como asbesto. FUMOS Partículas sólidas, menores que 1μm, resultantes da condensação de vapores ou reação química. NÉVOAS E NEBLINAS São as partículas líquidas de diâmetro entre 0,1 e 100μm produzidas a partir da ruptura mecânica de líquido ou por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente (nebulização, borbulhamento e respingo). MATERIAL PARTICULADO SÃO AS PARTÍCULAS SÓLIDAS, PRODUZIDAS POR RUPTURA DE UM MATERIAL ORIGINALMENTE SÓLIDO, SUSPENSAS OU CAPAZES DE SE MANTEREM SUSPENSAS NO AR. A seguir, veja como essas partículas são classificadas: PARTICULADO INALÁVEL PARTICULADO TORÁCICO PARTICULADO RESPIRÁVEL PARTICULADO TOTAL PARTICULADO INALÁVEL É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 100μm, capaz de entrar pelas narinas e pela boca, penetrando no trato respiratório durante a inalação. É apropriada para avaliação do risco ocupacional associado às partículas que exercem efeito adverso quando depositadas no trato respiratório como um todo. PARTICULADO TORÁCICO É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 25μm, capaz de passar pela laringe, entrar pelas vias aéreas superiores e penetrar nas vias aéreas dos pulmões. É apropriada para avaliação do risco ocupacional associado às partículas que exercem efeito adverso quando depositadas nas regiões traqueobronquial e de troca de gases. PARTICULADO RESPIRÁVEL É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 10μm, capaz de penetrar além dos bronquíolos terminais e se depositar na região de troca de gases dos pulmões, causando efeito adverso nesse local. PARTICULADO TOTAL É o material particulado suspenso no ar coletado em porta-filtro de poliestireno de 37mm de diâmetro, de três peças, com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4mm de diâmetro, conhecido como cassete. A coleta de particulado total deve ser utilizada somente quando não houver indicação específica para coleta de particulado inalável, torácico ou respirável. PARTÍCULAS NÃO ESPECIFICADAS DE OUTRA MANEIRA (PNOS) SÃO PARTÍCULAS AS QUAIS NÃO SE CONHECE AO CERTO, SE CAUSAM EFEITOS MALÉFICOS À SAÚDE HUMANA, MESMO EM CONCENTRAÇÕES EXISTENTES, NATURALMENTE, NO AR DOS LOCAIS DE TRABALHO. Por conta disso, não existe, ainda, um limite de exposição do trabalhador a tais partículas, estabelecido por normas ou legislações. Em geral, as partículas não especificadas apresentam pouca ou completa insolubilidade em água ou fluidos aquosos dos pulmões. ATENÇÃO As partículas não especificadas não podem ser citotóxicas, genotóxicas, nem quimicamente reativa ao tecido pulmonar. Essas partículas também não podem emitir radiações ionizantes, não podem causar imunossensibilização, ou algum efeito tóxico para o corpo humano. EFEITOS SOBRE A SAÚDE A seguir, estão listadas as classificações dos agentes químicos a partir dos efeitos sobre a saúde dos trabalhadores: AERODISPERSOIDES Carcinogênicos – causam câncer (amianto). Fibrogênicos – produzem nódulos e causam fibroses dos tecidos pulmonares (sílica e amianto). Irritantes – causam ulcerações e inflamações no trato respiratório (névoas de ácidos e bases). Mutagênicos – causam modificações celulares e alterações genéticas (chumbo, mercúrio). Ativadores da febre – podem provocar calafrios e febre (fumos metálicos). Sistêmicos – afetam o funcionamento de órgãos e sistemas (manganês e cádmio). GASES E VAPORES javascript:void(0) javascript:void(0) Anestésicos – agem sobre o sistema nervoso central (éteres e cetonas). Asfixiantes simples – atuam substituindo o oxigênio do ar (sem ação bioquímica). Asfixiantes químicos – têm ação bioquímica na célula, dificultando a agregação do oxigênio com a hemoglobina (nitrogênio e monóxido de carbono). Carcinogênicos – causam câncer (benzeno). Irritantes – causam irritação e ulcerações no trato respiratório (gás sulfídrico). Tóxicos – afetam órgãos e sistemas (hidrocarbonetos). CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, as condições para a caracterização da insalubridade são as seguintes: Acima dos limites de exposição dos Anexo 11 (Lista de agentes) e Anexo 12 (Poeiras minerais). Atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho – Anexo 13 (Avaliação qualitativa). Foram excluídos dessa relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12. UNIDADES DE MEDIDA A unidade de medida, normalmente empregada para representar a concentração de aerodispersoides, assim como os respectivos limites de exposição padronizados, é mg/m³ (miligrama por metro cúbico). A concentração, nesse caso, é obtida pela seguinte fórmula: Em que: – Concentração. – Massa da amostra em mg. – Volume amostrado em m³. SAIBA MAIS Cabe ressaltar, por exemplo, que 10 mg/m³ significa que em 1 metro cúbico de ar amostrado existem 10 miligramas do agente que se quer avaliar. A outra unidade de medida é o ppm (partes por milhão). A concentração , nesse caso, é expressa em: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Cabe ressaltar, por exemplo, que 5ppm significa que, em 1 milhão de litros de ar amostrado, existem 5 litros do agente que se quer avaliar. C = m Va C m Va (C) C = Volume Volume 1ppm = = =1 cm 3 1m3 1 cm3 1.000.000 cm3 1 1.000.000 VOCÊ SABIA A Concentração IPVS (imediatamente perigosa para a vida e saúde) ou IDLH (Imediatelly Dangerous for Life and Health) significa a exposição respiratória aguda ao agente que pode causar a morte ou consequências irreversíveisà saúde (instantâneas ou retardadas), ou ainda a exposição dos olhos que impeça a fuga do local. Concentração IPVS pode ainda ser entendida como a concentração máxima para a exposição, por 30 minutos, que permite ao trabalhador escapar de um ambiente se houver falha do protetor respiratório. AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS Para avaliar de forma adequada a concentração dos agentes químicos, é necessário ter em mãos as informações sobre os processos de trabalho executados e as informações caracterizadas sobre os agentes químicos presentes no meio ambiente de trabalho, além da probabilidade das reações com o corpo humano. É necessário também ter em mãos informações das medidas de: controle existentes. condições de manuseio de substâncias e operação. condições ambientais, dentre algumas outras variáveis envolvidas. A partir daqui, vamos apresentar as principais ações de planejamento necessárias, tratadas como boas práticas, para garantir boa performance na avaliação. DIMENSIONAMENTO DO TAMANHO DA AMOSTRA E INDICAÇÃO DO LOCAL DE COLETA O dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da exposição. Se a exposição tem uma grande variabilidade ao longo da jornada, pode ser necessário um número elevado de amostras espaçadas ao longo da jornada. As amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato respiratório do trabalhador (amostragem pessoal) ou junto à fonte do poluente (amostragem ambiental ou estática). DIMENSIONAMENTO DA DURAÇÃO DA COLETA DA AMOSTRA A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar adequado, de acordo com o método de coleta padronizado utilizado. DEFINIÇÃO DO TIPO DE AMOSTRAGEM Existem dois tipos de classificação para amostragem: contínuas ou instantâneas. As continuas apresentam um tempo de coleta de informação superior a 30 minutos, enquanto as instantâneas possuem tempo de coleta de informação inferior a 5 minutos. Com o tipo de amostragem instantânea, é possível determinar concentrações mais elevadas (picos de concentração). Cabe salientar que a amostragem contínua pode ainda ser classificada em: amostra única de período completo, amostras consecutivas de período completo e amostras de período parcial. Na amostragem completa da jornada com várias amostras consecutivas (melhor forma de amostragem), a precisão cresce com o número de amostras. Oito amostragens de uma hora cada são mais precisas do que duas amostragens de quatro horas cada. Na amostragem completa da jornada com uma única amostra, ela deve ser coletada de forma contínua por, pelo menos, 70% da jornada. Amostra integral da jornada de trabalho se faz recomendada para jornadas em que a exposição ocorre de forma contínua e uniforme, ou seja, quando não há atividades que exponham os trabalhadores a concentrações significativamente mais elevadas. DEFINIÇÃO DO TIPO DE AMOSTRADOR Os instrumentos para amostragem dos agentes químicos podem ser divididos em dois grupos: AMOSTRADORES ATIVOS AMOSTRADORES PASSIVOS No grupo dos amostradores ativos estão todos os dispositivos que succionam determinado volume de ar, por efeito de uma bomba de amostragem, fazendo-o passar através de um suporte de retenção para reter o agente. Os amostradores passivos se utilizam apenas da difusão molecular, ou seja, dispensam o emprego de dispositivos de sucção. OS AMOSTRADORES PODEM SER DE LEITURA DIRETA QUANDO FORNECEM A CONCENTRAÇÃO DO CONTAMINANTE POR LEITURA DIRETA, EM SUPERFÍCIES GRADUADAS, OU DISPLAY DE EQUIPAMENTOS OU DE LEITURA INDIRETA QUE ATUAM RETENDO O CONTAMINANTE PARA POSTERIOR ANÁLISE EM LABORATÓRIO. INDICAÇÃO DO MÉTODO DE COLETA A metodologia de coleta consiste na separação ou não dos contaminantes. Um dos métodos de coleta de amostras do ar ambiente se chama “Ar total”, que corresponde à obtenção de uma amostra do ar recolhida no ambiente de execução do trabalho e encaminhá-la ao laboratório. Outro método muito utilizado, considerado alternativo, é o método em que se obtém a “Separação dos contaminantes através de retentores”. Nesse método, os retentores fazem uma separação dos contaminantes, que são enviados posteriormente para análise em laboratório. INDICAÇÃO DO TIPO DE RETENTOR De forma geral, os retentores são classificados em três grupos: filtros de membrana, sólidos adsorventes (tubos adsorventes com retenção na superfície) e líquidos absorventes (impingers com retenção no interior). MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO As medidas de controle do risco podem ser relativas ao ambiente ou ao homem. Isso é o que você vai conferir a seguir. Principais medidas de controle relativas ao ambiente a) Substituição do produto tóxico (quando possível). b) Mudança ou alteração do processo ou operação (pintura por imersão x pistola). c) Encerramento ou enclausuramento da operação (confinamento da operação, objetivando-se, assim, a impedir a dispersão do contaminante para todo o ambiente de trabalho). d) Segregação da operação ou processo (isolamento da operação, limitando seu espaço físico fora da área de produção). e) Umidificação. f) Ventilação geral diluidora (insuflação e exaustão de ar em um ambiente de trabalho – promove a redução da concentração de poluente). g) Ventilação local exaustora (captação dos poluentes de uma fonte antes que eles se dispersem no ar do ambiente de trabalho). h) Ordem e limpeza. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Principais medidas de controle relativas ao homem a) Limitação do tempo de exposição (redução dos períodos de trabalho quando todas as outras medidas possíveis forem impraticáveis ou insuficientes no controle de um agente). b) Educação e treinamento (conscientização quanto aos riscos inerentes às operações, riscos ambientais e formas operacionais adequadas). c) Equipamentos de proteção individual (segunda linha de defesa nas operações em que as concentrações de poluentes são superiores ao limite de tolerância): respiradores de filtro químico (gases e vapores); mecânico (fumos, poeira) e filtro combinado em ambientes onde há a presença e gases e poeiras. d) Controle médico. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Reconhecer os diversos preceitos relacionados à Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) LIGANDO OS PONTOS Você sabe o que são agentes químicos? Conhece a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa AutoMecânica do Chicó. Veja a seguir: A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto. Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços. Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os equipamentos de proteção individualpertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais, botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória pertinentes. Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva, thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas situações insalubres. Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na AutoMecânica do Chicó, pois foram respeitadas as considerações apresentadas no Relatório em questão, sobre as concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de caráter individual e coletivo. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 3. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER RELATIVAS AO AMBIENTE E, AINDA, RELATIVAS AO HOMEM. PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES COM ALTAS CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES, SÃO INDICADAS DIVERSAS MEDIDAS DE CONTROLE, INCLUINDO OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. A AUTOMECÂNICA DO CHICÓ ATENDE AO REQUISITO DE PROTEÇÃO DE ORDEM INDIVIDUAL NO SETOR DE PINTURA, COERENTE COM O TEXTO DA FISPQ, DE UMA DAS TINTAS AUTOMOTIVAS UTILIZADAS? JUSTIFIQUE. “Usar óculos de segurança que obedecem aos padrões estabelecidos sempre que uma avaliação de risco indicar que existe risco de exposição respingos, gases, vapores ou pós”. RESPOSTA Sim. Na lista de EPI do texto existe a previsão de óculos de segurança. javascript:void(0) O QUE SIGNIFICA FISPQ? FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS A ABNT NBR 14725 A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) emitiu a Norma brasileira NBR 14725, sob o título geral “Produtos Químicos – Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente”, que tem amparo legal no Decreto 2657, de 03/07/1998, promulgando a Convenção 170, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e está subdividida nas seguintes partes: NBR14725-1 | Produtos químicos Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 1: Terminologia, que trata da terminologia a ser utilizada. NBR14725-2 | Produtos químicos Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 2: Sistema de classificação de perigo, que trata do sistema de classificação de perigo. NBR 14725-3 | Produtos químicos Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 3: Rotulagem, que tem como foco o alinhamento das empresas brasileiras em relação ao Sistema globalmente harmonizado (GHS), com informações de segurança para produtos químicos perigosos, a serem incluídas na rotulagem. NBR14725-4 | Produtos químicos Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 4: Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), que se refere à ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ). Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Segundo a NBR 14725, a FISPQ fornece informações sobre aspectos de produtos químicos (substâncias ou misturas) em relação à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ fornece, para esses aspectos, conhecimentos básicos sobre os produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. Em alguns países, essa ficha é chamada safety data sheet (SDS). SAIBA MAIS Ainda segundo a NBR 14725, a FISPQ é um meio de o fornecedor transferir informações essenciais sobre os perigos de um produto químico (incluindo informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e ações de emergência) ao usuário deste, possibilitando a ele tomar as medidas necessárias relativas à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ também pode ser usada para transferir essas informações para trabalhadores, empregadores, profissionais da saúde e segurança, pessoal de emergência, agências governamentais, assim como membros da comunidade, instituições, serviços e outras partes envolvidas com o produto químico. A elaboração da ABNT NBR 14725 foi embasada pelas seguintes premissas básicas do sistema globalmente harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos (GHS): A necessidade de fornecer informações sobre produtos químicos perigosos relativas à segurança, à saúde e ao meio ambiente. O direito do público-alvo de conhecer e de identificar os produtos químicos perigosos que utilizam e os perigos que eles oferecem. A utilização de um sistema simples de identificação, de fácil entendimento e aplicação, nos diferentes locais onde os produtos químicos perigosos são utilizados. A necessidade de compatibilização deste sistema com o critério de classificação para todos os perigos previstos pelo GHS. A necessidade de facilitar acordos internacionais e de proteger o segredo industrial e as informações confidenciais. A capacitação e o treinamento dos trabalhadores. A educação e a conscientização dos consumidores. A NR 26 NESTE PONTO, CABE RESSALTAR A RECOMENDAÇÃO DA NR 26 (2015) – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA, NO SENTIDO DE QUE O PRODUTO QUÍMICO UTILIZADO NO LOCAL DE TRABALHO DEVE SER CLASSIFICADO QUANTO AOS PERIGOS PARA A SEGURANÇA E PARA A SAÚDE DOS TRABALHADORES, DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS PELO SISTEMA GLOBALMENTE HARMONIZADO DE CLASSIFICAÇÃO E ROTULAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS (GHS), DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Ainda segundo a NR 26 (2015), a classificação de substâncias perigosas deve ser baseada em lista de classificação harmonizada ou com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação. Na ausência de lista nacional de classificação harmonizada de substâncias perigosas, pode ser utilizada lista internacional. Os aspectos relativos à classificação devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente. A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto. A NR 26 (2015) prevê que a rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos: I. Identificação e composição do produto químico. II. Pictograma(s) de perigo. III. Palavra de advertência. IV. Frase(s) de perigo. V. Frase(s) de precaução. VI. Informações suplementares. Já o produto químico não classificado como perigoso à segurança e à saúde dos trabalhadores, conforme o GHS, deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e recomendações de precaução. CONTEÚDO E MODELO GERAL DE UMA FISPQ As informações que devem constar da FISPQ são: Identificação do produto e da empresa . Nome do produto expresso no rótulo. . Código interno da empresa para o produto. . Nome da empresa. . Endereço. . Telefone/fax/e-mail. Composição e informações sobre os ingredientes . Nome químico/sinônimo. . Número de registro do produto no Chemical Abstract Service, da Chemical Society. . Número da ONU. . Natureza química/ingredientes: (faixas de concentração). . Classificação e rotulagem. Identificação de perigos . Perigos e os efeitos adversos para a saúde e meio ambiente. Medidas de primeiros socorros . Ações que devem ser tomadas e, também, aquelas que não devem ser praticadas. . Dividir as informações por via de penetração no organismo (inalação, contato com a pele, contato com os olhos e ingestão). . Recomendações para a proteção do socorrista e para o médico. . Sinais e sintomas de exposição: (pele, olhos, via respiratória, ingestão). Medidas de combate a incêndio . Meios de extinção apropriados e osnão recomendados. . Necessidade de equipamentos especiais para combate às chamas. . Métodos especiais de extinção. Medidas de controle para derramamento ou vazamento . Precauções pessoais (inalação, contato com a pele e olhos). . Necessidade de manter afastadas as fontes de ignição. . Ações e precauções relativas ao meio ambiente. . Métodos de recuperação, limpeza e disposição. Manuseio e armazenamento . Medidas técnicas para a prevenção da exposição humana e do meio ambiente. . Embalagem apropriada e imprópria. . Prevenção de incêndio e explosão. . Necessidade de ventilação. . Materiais incompatíveis. Controle de exposição e proteção individual . Medidas técnicas para a proteção e controle na fonte e na trajetória. . Procedimento para monitoramento. . Tipo de proteção para inalação, mãos, olhos e pele. . Equipamentos especiais. Propriedades físico-químicas . Aspecto, estado físico, forma, cor e odor. . Ponto de fulgor. . Pressão de vapor. . Densidade em água. . Limiar do odor. . Ponto de ignição. . Peso molecular. . Densidade no ar. . Limites de exposição: TLV-TWA, STEL. . Ponto de ebulição. . Limites de inflamabilidade: LIE, LSE. . Solubilidade em água. . Incompatibilidades. Estabilidade e reatividade . Condições específicas que tornam o produto instável ou que possa reagir perigosamente. . Materiais ou produtos incompatíveis. . Necessidade de inibidores ou de aditivos para evitar reação perigosa. . Produtos que podem ser formados se houver decomposição. Informações toxicológicas . Efeitos agudos, crônicos, local, sensibilização. . Característica cancerígena, mutagênica, teratogênica. . Produtos que causam efeito aditivo ou sinérgico. Informações ecológicas . Mobilidade. . Persistência/degradabilidade. . Bioacumulação. . Impacto ambiental esperado. Considerações sobre tratamento e disposição . Métodos para tratamento e disposição segura e ambientalmente aprovado (produto e embalagem). . Regulamentação para tratamento e disposição. Informações sobre transporte . Número da ONU (produtos perigosos). . Código e classificação para o meio de transporte que será usado (terrestre, fluvial, marítimo, aéreo). . Regulamentações nacionais e internacionais – terrestres, hidroviário e aéreo. Regulamentações . Riscos e medidas de segurança conforme descrição no rótulo. Outras informações . Outras características importantes não citadas nos itens anteriores. . Treinamentos especiais e restrições ao uso do produto. . Bibliografia. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Cabe salientar que o usuário da FISPQ é responsável por escolher a melhor maneira de informar e treinar os trabalhadores sobre identificação do produto, composição, identificação dos perigos, medidas de primeiros-socorros, medidas de combate a incêndio, medidas de controle para derramamento ou vazamento, instruções para manuseio e armazenamento, medidas de controle de exposição e proteção individual, as informações sobre estabilidade e reatividade, as informações toxicológicas e as considerações sobre tratamento e disposição. Quando formular as instruções específicas para o local de trabalho, o receptor deve levar em consideração as recomendações pertinentes da FISPQ de cada produto. Cabe ainda ressaltar que as informações quantitativas contidas na FISPQ devem ser expressas pelo Sistema Internacional de Unidades (SI). A FISPQ é uma excelente ferramenta para o profissional da área de saúde e segurança do trabalho determinar os riscos envolvidos na utilização de produtos químicos na organização. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 3 Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional dos aerodispersoides LIGANDO OS PONTOS Você sabe o que são aerodispersoides? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos “névoas e neblinas”? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa AutoMecânica do Chicó, a seguir: A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto. Dentre os diversos setores na empresa aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços. Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais, botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória pertinentes. Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva, thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas situações insalubres. Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na AutoMecânica do Chicó, considerando os itens apresentados no relatório em questão sobre as concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de caráter individual e coletiva observadas. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 3. VOCÊ JÁ SABE QUE NA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ, NO SETOR DE CHAPEAMENTO E PINTURA, NÃO FOI OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA AGENTES QUÍMICOS. A NR 15, ANEXOS 11, 12 E 13, ESTABELECE OS REQUISITOS E, EM ALGUMAS SITUAÇÕES, OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO PERTINENTES. JÁ A NHO 8 (2009) – COLETA DE MATERIAL PARTICULADO SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES DE TRABALHO, DENTRE OUTRAS RECOMENDAÇÕES, ESTABELECE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO TÉCNICO DAS AVALIAÇÕES EXECUTADAS. QUAIS SÃO AS RECOMENDAÇÕES QUE DEVEM SER ATENDIDAS PARA A FORMATAÇÃO PADRÃO, DO RELATÓRIO, SEGUNDO A NHO 8? RESPOSTA O relatório técnico deve abordar, no mínimo: introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações quantitativas; materiais e equipamentos utilizados; javascript:void(0) metodologias utilizadas; descrição das situações de exposição avaliadas; resultados obtidos; conclusões e recomendações, além de referências bibliográficas. QUAIS SÃO AS ETAPAS DE UMA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO PARTICULADO SÓLIDO EM SUSPENSÃO? AVALIAÇÃO DE AERODISPERSOIDES MUITAS OCUPAÇÕES EXPÕEM TRABALHADORES AO RISCO DE INALAÇÃO DE POEIRAS CAUSADORAS DE PNEUMOCONIOSES (ASBESTOSE, SILICOSE ETC.) E ESTÃO RELACIONADAS A DIVERSOS RAMOS DE ATIVIDADES, TAIS COMO MINERAÇÃO, CONSTRUÇÃO CIVIL, METALURGIA, CERÂMICA, VIDROS, ACABAMENTO DE PEDRAS ETC. As poeiras podem ser classificadas em dois tipos, dependendo da sua composição química: ORGÂNICAS INORGÂNICAS POEIRAS ORGÂNICAS Constituem risco porprovocarem doenças pulmonares ou intoxicações. Outro aspecto importante associado às poeiras orgânicas é o risco de explosões pela combustão violenta de partículas suspensas no ar (excrementos de aves, madeira, algodão etc.). POEIRAS INORGÂNICAS Que contêm sílica cristalina são as de maior interesse para a higiene do trabalho. Resultam de materiais existentes em grande quantidade na crosta terrestre, como rochas, minérios e areias. Já a sílica, apresenta-se geralmente como dióxido de silício ( ), nas formas cristalina e amorfa. Sílica amorfa Terra diatomácea, sílica gel, sílica precipitada. Sílica cristalina Cristobalita, quartzo, tridimita. A forma cristalina apresenta o maior risco, podendo causar uma grave pneumoconiose chamada de silicose, que é a enfermidade pulmonar mais conhecida, relacionada ao trabalho. O quartzo é o tipo mais comum de sílica cristalina. Classificado pela ACGIH como A2 (suspeito de provocar câncer). Avaliações da exposição são realizadas através da coleta e mensuração das poeiras presentes na zona de respiração do trabalhador durante a jornada de trabalho. SiO2 Exemplo de sílica cristalina. LIMITES DE EXPOSIÇÃO DA NR 15 (2019) ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES A NR 15, em seu Anexo 12, apresenta os limites de tolerância para as poeiras minerais, a saber: ASBESTO O limite de tolerância para fibras respiráveis (diâmetro inferior a 3 micrometros, comprimento maior ou igual a 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro igual ou superior a 3:1) de asbesto crisotila é de 2,0 f/cm³ (fibras por centímetro cúbico). Já a NHO 04 (2001) – Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho, análise por microscopia ótica de contraste de fase, estabelece as metodologias para a avaliação de fibras não orgânicas. SÍLICA Os limites de exposição para fumos metálicos poeira total e respirável, expressos em mg/m³, estão apresentados respectivamente pelas seguintes expressões: a) Poeira total Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal b) Poeira respirável Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Observação: A norma define que o quartzo deverá sempre ser entendido como sílica livre cristalizada. FUMOS METÁLICOS Os fumos são, notadamente, resultantes das operações de soldagem e de fundição de metais. Nesses processos, desprendem-se vapores e gases, que, após resfriamento e condensação, oxidam-se rapidamente e formam os fumos metálicos. Dependendo do processo e das matérias-primas utilizadas, pode ocorrer a exposição ao ferro, manganês, zinco, chumbo, cromo. A exposição a fumos metálicos pode produzir a “febre dos fundidores”, pneumoconioses (doenças ocupacionais pulmonares), tais como: siderose (ferro), saturnismo (chumbo) e manganismo (manganês). Os limites de exposição fixados pela NR 15 (2019) são: a) Manganês – anexo XII, NR 15. Obs.: insalubridade máxima - 5,0 mg/m³ exposição à poeira (extração, moagem, transporte de minério); 1,0mg/m³ exposição a fumos (baterias, pilhas secas, vidros especiais, cerâmicas). b) Chumbo – anexo XI, NR 15 - 0,1 mg/m³ exposição a fumos. Obs.: os demais metais na forma de fumos não possuem limites fixados na NR 15, outros são citados para avaliação qualitativa, no anexo XIII. EFEITOS COMBINADOS Principalmente na avaliação de fumos metálicos, devemos levar em consideração os efeitos independentes e os efeitos combinados. Segundo a ACGIH, quando os componentes da mistura têm efeitos tóxicos similares, devem ser considerados seus efeitos combinados, sendo o limite da mistura igual a: LT = (mg /m3)24 (% SiO2+3) LT = (mg /m3)8 (% SiO2+2) + +. . . . . . . . . . . . . + = 1 C1 LE1 C2 LE2 Cn LEn Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: - concentração do agente n. - limite de exposição do agente n. MEIO DE COLETA PARA FUMOS METÁLICOS Temos como meio de coleta para fumos metálicos o filtro de éster de celulose de 0,8μm de porosidade e 37mm de diâmetro. Os fumos são coletados em particulado total, isto é, sem o separador de partículas. Em laboratório, as amostras são tratadas com ácido nítrico, a fim de dissolver os metais presentes na amostra, para posterior análise por espectrofotometria de absorção atômica (uma fonte de energia de radiação para cada metal). AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL PARTICULADOS SÓLIDOS – NHO 8 (2009) Segundo a NHO 8 (2009) – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho, as principais medidas de planejamento para a avaliação da exposição ocupacional são as seguintes: Para uma avaliação adequada, são necessárias, além das informações sobre o processo de trabalho e caracterização da exposição, as informações sobre os agentes presentes no ambiente e suas Cn LEn possíveis interações, as medidas de controle existentes, as condições de manuseio e operação, e as condições ambientais, dentre outras variáveis. O dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da exposição. Se a exposição tem uma grande variabilidade ao longo da jornada, então, pode ser necessário um número elevado de amostras espaçadas ao longo da jornada. As amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato respiratório do trabalhador (amostragem pessoal) ou junto à fonte do poluente (amostragem ambiental ou estática). A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar adequado, de acordo com o método de coleta padronizado a ser utilizado. Para a identificação dos trabalhadores de maior risco, é necessário observar a sua proximidade com relação à fonte geradora de material particulado, o tempo de exposição, a sua mobilidade, as diferenças em hábitos operacionais e a movimentação do ar no ambiente de trabalho. Montagem para amostragem. Montagem para amostragem. Quando não for possível caracterizar e selecionar um trabalhador de maior risco para cada atividade, define-se, estatisticamente, um subgrupo de tamanho adequado, de tal maneira que essa amostra aleatória tenha elevada probabilidade de incluir pelo menos um trabalhador com alta exposição. O número de amostras a serem coletadas está relacionado com o dispositivo de coleta a ser utilizado e a capacidade de retenção do filtro de membrana, variando conforme o tipo de amostra, podendo ser: Amostra única de período completo. Amostras consecutivas de período completo. Amostras de período parcial. A seleção do filtro de membrana deve atender aos requisitos do método a ser aplicado para a análise do material particulado. A seleção do porta-filtro depende da fração de material particulado a ser coletada. Montagem do retentor. Para a coleta de material particulado inalável, utilizar um dispositivo de coleta projetado para selecionar partículas com diâmetro aerodinâmico de até 100μm, com 50% de eficiência de coleta. Para a coleta de material particulado torácico, utilizar um separador projetado para selecionar partículas menores que 25μm, com 50% de eficiência de coleta em partículas com diâmetro aerodinâmico de 10μm. Para a coleta de material particulado respirável, utilizar um separador, do tipo ciclone, projetado para selecionar partículas menores que 10μm com 50% de eficiência de coleta em partículas com diâmetro aerodinâmico de 4μm. Para a coleta de material particulado total, utilizar porta-filtro de 37mm de diâmetro, de três peças, com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4mm de diâmetro, até que outra recomendação seja especificada. Montagem do retentor. Selecionar uma bomba de amostragem que atenda às características técnicas definidas na NHO 08. A calibração da bomba deve ser realizada a partir de um padrão primário de calibração ou um padrão secundário devidamente calibrado conforme a norma NHO 07. A vazão da bomba deve ser ajustada de acordo com orientações definidas para o desempenho correto do dispositivode coleta utilizado. Utilizar mangueiras flexíveis de material plástico, de preferência inerte, tipo Tygon, com diâmetro e comprimento adequados a fim de evitar a interrupção do fluxo de ar ou vazamentos. PROCEDIMENTO DE COLETA Os principais elementos a serem considerados na fase de coleta são os seguintes: Antes de iniciar a coleta das amostras, deve-se consultar o laboratório que realizará a análise sobre: os métodos analíticos utilizados, o fornecimento de dispositivos e filtros para a coleta, prazo de validade dos filtros, acondicionamento e transporte das amostras, entre outros. Utilizar métodos de análise específicos para determinar a concentração dos particulados no ambiente de trabalho. Para tal, pode-se utilizar conhecimentos científicos produzidos ou recomendados por organismos nacionais e/ou internacionais da área. Calibrar a bomba de amostragem. Montar o sistema de coleta acoplando o dispositivo de coleta à bomba de amostragem por meio da mangueira. Instalar o sistema de coleta no trabalhador ou posicioná-lo por meio de um tripé no local de trabalho a ser avaliado. Verificar se a entrada de ar do dispositivo de coleta está livre e ligar a bomba de amostragem. Anotar data, horário do início da coleta, código do filtro, número da bomba e demais dados em um formulário de registro. Acompanhar e observar o processo e as atividades de trabalho, assim como as ocorrências que podem interferir nos resultados durante o período de coleta. Desligar a bomba de amostragem após concluído o período de coleta e anotar o horário. Desconectar, cuidadosamente, a mangueira da bomba de amostragem e, posteriormente, do dispositivo de coleta. Retirar o porta-filtro do sistema de coleta, tampar o orifício de entrada do ar e, em seguida, o de saída do ar com os plugues adequados. Guardar o porta-filtro com a face amostrada voltada para cima, em caixa apropriada para transporte, de maneira a evitar o desprendimento do material coletado. Verificar a variação da vazão, considerando para análise somente as amostras coletadas com bombas que apresentaram variação de vazão (∆Q) inferior a 5%. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO A seguir, estão apresentados os principais passos para a determinação da concentração: O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada amostra, de acordo com a seguinte expressão: Sendo: - Volume de ar amostrado em m³ - Vazão média em l/min - Tempo total de coleta em minutos A concentração de material particulado no ar deve ser calculada para cada amostra, de acordo com a seguinte expressão: Sendo: - Concentração da amostra em - Massa da amostra em mg - Volume de ar mostrado em m³ V = Qm . t 1000 V Qm t C = m V C mg m3 m V Os resultados de concentração de material particulado de cada amostra são utilizados para o cálculo da concentração média ponderada pelo tempo para a jornada de trabalho, conforme a seguinte expressão: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo: - Concentração média ponderada pelo tempo - Concentração do particulado obtida na amostra - Tempo de coleta da amostra - Tempo total de coleta = RESULTADOS E RELATÓRIO CONCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO Os resultados obtidos podem ser utilizados para: avaliar a exposição dos trabalhadores; subsidiar a tomada de decisões quanto à implantação de medidas de controle preventivas e corretivas nos ambientes de trabalho; estudos epidemiológicos e de análise de risco, entre outros. Na interpretação dos resultados, além da comparação dos valores de concentração com os limites de exposição ocupacional, deve-se levar em consideração as informações obtidas na literatura, o objetivo da avaliação quantitativa, a variabilidade das concentrações, as características específicas do material avaliado e do processo de trabalho, entre outras. CMPT = (C1⋅t1+C2⋅t2+....+Cn⋅tn) Ttotal CMPT Cn n tn n Ttotal t1 + t2+. . . tn O relatório técnico deve abordar, no mínimo, os aspectos: Introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações quantitativas. Materiais e equipamentos utilizados (tipo, marca e modelo de bombas e dispositivos de coleta). Metodologias utilizadas (estratégia de coleta, métodos de coleta e métodos analíticos). Descrição das situações de exposição avaliadas. Resultados obtidos. Conclusões e recomendações. Referências bibliográficas. CÁLCULOS DE APLICAÇÕES PRÁTICAS EXEMPLO Verificar a ocorrência de insalubridade na amostragem de poeira respirável em uma empresa de corte de rochas, a partir dos dados de campo e dos dados fornecidos pelo laboratório, a seguir: Tempo de amostragem - 300 min Vazão da bomba - 1,7 l/min Massa da amostra - 2,5mg Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 4% Observação: O tempo de amostragem e a vazão da bomba de amostragem pessoal utilizados foram aqueles estabelecidos por metodologia NIOSH. Cálculo do volume amostrado: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Cálculo da concentração da poeira: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Cálculo do limite de tolerância - poeira respirável: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Conclusão – a concentração de poeira respirável (4,9 mg/m³) superou o limite de tolerância calculado (1,33 mg/m³), caracterizando a exposição insalubre. EXEMPLO Verificar a ocorrência de insalubridade na amostragem de poeira respirável e para poeira total em uma empresa de arte em pedras, a partir dos dados de campo e dos dados fornecidos pelo laboratório, a seguir: a) Poeira total: Tempo de amostragem - 300 min Vazão da bomba - 2 l/min V = = = 0,51 m³Qm.t 1000 (1,7 l/min×300 min) 1000 C = = = 4,9 mg /m³m V 2,5 mg 0,51 m³ LT = = = 1,33 mg /m³8 (% SiO2+2) 8 (4+2) Massa da amostra - 4mg Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 3% b) Poeira respirável: Tempo de amostragem - 300 min Vazão da bomba - 1,7 l/min Massa da amostra - 1,5mg Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 0,5% a) Cálculos para a poeira total. • Cálculo do volume amostrado: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal • Concentração da poeira: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal • Cálculo do limite de tolerância – poeira total: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal b) Cálculos para a poeira respirável. • Cálculo do volume amostrado: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal • Concentração da poeira: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal • Cálculo do limite de tolerância – poeira total: V = = = 0,6 m³Qm⋅t 1000 (2 l/min×300 min) 1000 C = = = 6,6 mg /m³m V 4 mg 0,6 m³ LT = = = 4 mg /m³24 (% SiO2+3) 24 (3+3) C = = = 2, 9 mg /mm V 1,5 mg 0,51 m3 LT = = = 3, 2 mg /m³8 (% SiO2+2) 8 (0,5+2) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal • Conclusão – a concentração obtida para a poeira total (6,6 𝑚𝑔/𝑚³) superou o limite de tolerância calculado (4 𝑚𝑔/𝑚³). A concentração obtida para a poeira respirável (2,9 𝑚𝑔/𝑚³) é inferior ao limite de tolerância calculado (3,2 𝑚𝑔/𝑚³). Essa situação caracteriza uma exposição insalubre, na medida em que houve a superação de pelo menos um dos limites. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 4 Identificar as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória, notadamente, às montagens para os aerodispersoides LIGANDO OS PONTOS Você sabe o que significa EPR? Você sabe o que são medidas de controle de ordem coletiva e individual? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermosos conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa AutoMecânica do Chicó: A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto. Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços. Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais, botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória pertinentes. Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva, thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas situações insalubres. Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na AutoMecânica do Chicó, considerando os itens apresentados no relatório em questão sobre as concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de caráter individual e coletiva observadas. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 3. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER RELATIVAS AO AMBIENTE E AO HOMEM. PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES COM ALTAS CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES, SÃO INDICADAS DIVERSAS MEDIDAS DE CONTROLE, INCLUINDO OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. A AUTOMECÂNICA DO CHICÓ ATENDE AO REQUISITO DE PROTEÇÃO DE ORDEM INDIVIDUAL NO SETOR DE PINTURA, COERENTE COM O TEXTO DA FISPQ, A SEGUIR, DE UMA DAS TINTAS AUTOMOTIVAS UTILIZADAS? JUSTIFIQUE. Proteção para as mãos – luvas resistentes a produtos químicos, impermeáveis que obedecem a um padrão aprovado devem ser usadas todo tempo enquanto produtos químicos estiverem sendo manuseados se a determinação da taxa de risco indicar que isto é necessário. RESPOSTA Sim. Na lista de EPI do texto existe a previsão de luvas impermeáveis de borracha. javascript:void(0) O QUE É UM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (EPR)? EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (EPR) É UM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL DESTINADO À PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES CONTRA A INALAÇÃO DE CONTAMINANTES, COMO AERODISPERSOIDES, GASES E VAPORES, ASSIM COMO A INALAÇÃO DO AR COM DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO. As recomendações a seguir não cobrem os respiradores para mergulho, os sistemas com oxigênio para aviação, o uso de respiradores em combates militares e os inaladores ou ressuscitadores utilizados na área médica. USO DO EPR Segundo o Programa de Proteção Respiratória – PPR (2016), o uso de EPR é considerado o último recurso na hierarquia das medidas de controle e deve ser adotado somente após cuidadosa avaliação dos riscos. Existem situações, entretanto, nas quais ainda pode ser necessário o uso de um respirador, como: Outras medidas de controle já foram adotadas, mas a exposição à inalação não está adequadamente controlada. A exposição por inalação excede os limites de exposição e as medidas de controle necessárias estão sendo implantadas. A exposição por inalação é ocasional e de curta duração, sendo impraticável a implantação de medidas de controle permanentes (por exemplo, em trabalhos de manutenção, de emergência, fuga e resgate). ESCOLHA DO RESPIRADOR AINDA SEGUNDO O PPR (2016), O RESPIRADOR ADEQUADO À EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS É AQUELE QUE REDUZ A EXPOSIÇÃO DO USUÁRIO A VALORES ABAIXO DOS VALORES CONSIDERADOS ACEITÁVEIS, COMO O LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL (LEO). Para a seleção do respirador com nível de proteção adequado à exposição, é necessário conhecer o fator de proteção mínimo requerido (FPMR) para o respirador, o qual é determinado da seguinte forma: Calculando quantas vezes a concentração mais crítica de exposição (C), prevista nas operações de rotina ou de emergência, é maior do que o limite de exposição ocupacional aplicável (LEO), isto é: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal FPMR = C LEO Obedecendo os regulamentos ou legislação específica. Uma vez determinado o FPMR, a seleção é feita escolhendo um respirador que possua fator de proteção atribuído (FPA) maior do que esse valor de acordo com o quadro a seguir: Tipo de EPR Tipos de coberturas das vias respiratórias Com vedação facial Sem vedação facial Peça semifacial ⁽ᵃ⁾ Peça facial inteira Capuz e Capacete Touca A – Purificador de ar • não motorizado 10 100 1000 25 • motorizado 50 ------ ------ B – De adução de ar B1 – Linha de ar comprimido • de demanda sem pressão positiva 10 100 1000 1000 • de demanda com pressão positiva 50 1000 1000 25 • de fluxo contínuo 50 1000 1000 25 B2 – Máscara autônoma (Circuito aberto ou fechado) • de demanda sem pressão positiva 10 100 ------ ------ 1000(b) Tipo de EPR Tipos de coberturas das vias respiratórias Com vedação facial Sem vedação facial Peça semifacial ⁽ᵃ⁾ Peça facial inteira Capuz e Capacete Touca • de demanda com pressão positiva ------ ------ ------ Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Quadro: Níveis de proteção dos EPR. Adaptado de Brasil, 2009. p.93. ⁽ᵃ⁾ Inclui a peça semifacial filtrante (PFF) e as peças semifaciais de elastômeros. ⁽ᵇ⁾ Os níveis de proteção apresentados são de EPR com filtros P3. Com filtros classe P2, deve-se usar nível de proteção 100, devido às limitações do filtro. TIPOS DE PEÇAS FACIAIS Quanto ao tipo de peça facial, temos as seguintes classificações: PEÇA FACIAL INTEIRA Cobre a boca, o nariz e os olhos. PEÇA SEMIFACIAL Cobre a boca e o nariz, e se apoia sob o queixo. PEÇA UM QUARTO FACIAL Cobre a boca e o nariz, e se apoia sobre o queixo. Respirador de segurança CAPUZ Envolve a cabeça e o pescoço, podendo cobrir parte dos ombros. CLASSIFICAÇÕES EM RELAÇÃO À INALAÇÃO DO AR Quanto à inalação do ar, temos: Respiradores purificadores Respiradores de adução de ar O RESPIRADOR PURIFICADOR UTILIZA O AR DO PRÓPRIO AMBIENTE, QUE PASSA POR UM MEIO FILTRANTE ONDE OS CONTAMINANTES SÃO RETIDOS. OS FILTROS PODEM SER MECÂNICOS, USADOS PARA RETER AERODISPERSOIDES, OU FILTROS QUÍMICOS, USADOS PARA GASES OU VAPORES. Cabe destacar que a peça facial filtrante ou PFF é um respirador cujo filtro é a própria peça facial. A seguir são apresentadas as eficiências para cada um dos PFF: PFF1 – Possuem eficiência mínima de 80% (penetração máxima de 20%). PFF2 – Possuem eficiência mínima de 94% (penetração máxima de 6%). PFF3 – Possuem eficiência mínima de 99% (penetração máxima de 1%). ATENÇÃO S - Resistentes a aerossóis à base de água. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à base de água; SL - Resistentes a aerossóis à base de água e oleosos. Capazesde reterem partículas sólidas e líquidas à base de água e oleosas. Não utilizar os modelos de PFF nas seguintes situações: Para proteção contra gases e/ou vapores, pintura com aplicação por spray com tinta à base de solvente, jateamento de areia ou em atmosferas com névoas oleosas. Em atmosferas com concentração (em volume) de oxigênio abaixo de 18%, em ambientes fechados e sem ventilação, como: câmaras, tanques, silos e tubulações, ou onde a concentração de oxigênio pode ser menor que 19,5% em volume ou acima de 23%. Em atmosferas explosivas. Quando a concentração do contaminante ultrapassar os valores imediatamente perigosos à vida e à saúde - IPVS. Cabe esclarecer que, diferentemente do respirador, que é um EPR que cobre boca e nariz e proporciona uma vedação adequada sobre a face do usuário e, ainda, possui filtro eficiente para retenção dos contaminantes presentes no ambiente de trabalho, na forma de aerossóis, a máscara cirúrgica não protege o usuário adequadamente em relação a patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente da sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara. A máscara cirúrgica é tão somente uma barreira de uso individual, que cobre nariz e boca, indicada para proteger o trabalhador da saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias. A máscara é indicada, ainda, para minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio trabalhador da saúde ou pelo paciente em condição de transporte. Os respiradores purificadores podem ainda ser: RESPIRADOR NÃO MOTORIZADO O ar chega até a zona respiratória através da ação de inspirar. EPR purificador de ar com peça facial inteira e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos pares RESPIRADOR MOTORIZADO O ar chega até a zona respiratória forçado por uma ventoinha. EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratórias tipo “touca” com anteparo tipo protetor facial RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR OS RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR SE UTILIZAM DO AR ORIUNDO DE UMA FONTE EXTERNA. Estes respiradores são classificados, ainda, de acordo com o método pelo qual o ar respirável é fornecido e, também, pelo sistema usado para regular o suprimento de ar em: Máscara respiratória com ar mandado RESPIRADOR DE AR NATURAL RESPIRADOR DE LINHA DE AR COMPRIMIDO Exemplo de EPR de adução de ar tipo linha de ar comprimido de demanda com pressão positiva e com peça facial inteira. APARELHO AUTÔNOMO OU MÁSCARA AUTÔNOMA Exemplo de respirador de adução de ar comprimido com máscara autônoma e cilindro. Cabe observar que a linha de ar comprimido pode ser: DE FLUXO CONTÍNUO Garante uma pressão ligeiramente positiva dentro da cobertura das vias respiratórias. DE DEMANDA COM PRESSÃO POSITIVA Válvula de exalação que garante que a pressão dentro da peça facial seja mantida acima da pressão ambiente. DE DEMANDA SEM PRESSÃO POSITIVA Válvula de demanda que garante o fluxo de ar exclusivamente durante a inalação. TIPOS DE FILTROS Os filtros podem ser: Mecânicos javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Químicos Os filtros mecânicos, indicados para aerodispersoides, podem ser: P1 P2 P3 P1 Indicados contra poeiras vegetais e minerais e névoas inorgânicas, tais como névoas de soda cáustica (poeiras de sílica com diâmetro superior a 2μm). P2 Aerodispersoides descritos na classe P1 e, também, para fumos metálicos. Podem ser usados contra pesticidas que não contenham vapores associados. P3 Além das classes P1 e P2 são de uso contra partículas de metais radionuclídeos, poeira de sílica com diâmetro menor que 2μm e fibra de asbestos com concentração superior a 10 fibras/cm³. Os filtros químicos podem ser classificados em: Vapores orgânicos. Gases ácidos (exceto CO). Amônia. Gases e vapores especiais (vapor de mercúrio, monóxido de carbono e outros). Finalmente, temos as seguintes classificações, para os filtros químicos: CLASSE 1 Contaminante gasoso em concentração máxima de 1000ppm. CLASSE 2 Contaminante gasoso em concentração máxima de 5000ppm. CLASSE 3 Contaminante gasoso em concentração máxima de 10.000ppm. RESPIRADOR DE FUGA Veja a imagem ilustrativa de um respirador para emergências. Ele possui um conjunto bocal e presilha nasal. Ilustração de respirador de fuga. VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) CONSIDERAÇÕES FINAIS Como vimos, muitas são as áreas em que os aerodispersoides estão presentes, razão pela qual, os profissionais da área de saúde e segurança devem estar permanentemente atualizados em relação às medidas de controle pertinentes. PODCAST AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (ACGIH). Limites de exposição ocupacional (TLVsR) para substâncias químicas e agentes físicos & índices biológicos de exposição (BEIsR). Tradução: ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais), p. 4-5. São Paulo: ABHO, 2021. ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas regulamentadoras comentadas e ilustradas. 8. ed. Rio de Janeiro: GVC, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Organização Pan-americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. p. 15, 324, 325, 334 e 337. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde. Brasília: Anvisa, 2009. BRASIL. Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978. Consultado na internet em: 10 jun. 2021. BREVIGLIERO, E.; SPINELLI.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: Agentes biológicos, químicos e físicos. 10. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2017. COSTA, Paulo. Segurança do trabalho II. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013. FUNDACENTRO. Análise gravimétrica de aerodispersoides sólidos coletados sobre filtros de membrana- NHO -3. São Paulo: Fundacentro, 2001. FUNDACENTRO. Método de coleta e análise de fibras em locais de trabalho análise por microscopia ótica de contraste de fase- NHO 4. São Paulo: Fundacentro, 2001. FUNDACENTRO. Coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambientes de trabalho NHO 8. São Paulo: Fundacentro, 2009. GONÇALVES, E. A.; GONÇALVES, D. C. e GONÇALVES, I. C. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2018. PEIXOTO, H.; FERREIRA, L. Higiene ocupacional III. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013. SALIBA, T. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: Avaliação e controle dos riscos ambientais. 1. ed. São Paulo: LTr, 2005. VIEIRA, S. I. Manual de Saúde e Segurança no Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2008. EXPLORE+ Para ampliar o conhecimento sobre o assunto, pesquise pelos vídeos da 3M: Vídeo 3D Proteção Respiratória 3M 3M Aura: Colocação correta do Respirador 3M Scott: Demonstração do respirador autônomo ProPak 3M Scott: Demonstração do respirador de linha de ar mandado Flite COV Respirador Motorizado ADFLO CONTEUDISTA Lucio Villarinho Rosa
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