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Introdução à Biossegurança

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Biossegurança
Introdução
Toda e qualquer atividade humana expõe a esforços físicos e riscos de acidentes: passa-se mais tempo no ambiente de trabalho que em qualquer outro = levar em consideração os efeitos que a atividade profissional causa à saúde humana.
Todo trabalhador é exposto a produtos químicos, radiações, doenças e solicitações físicas respectivas em níveis acima do aceitável, que provocam deteriorações no corpo em curto, médio e longo prazos; muitas vezes deixando o indivíduo incapacitado para exercer sua profissão.
· Biossegurança: é uma ciência interdisciplinar cujo objetivo é proteger tanto o trabalhador como o objeto de trabalho dos riscos inerentes à atividade do profissional. Entenda como objetos de trabalho o paciente, o material de pesquisa, o alimento processado, os animais e as plantas trocados, e o meio ambiente.
Biossegurança e bioética possuem relação = objetiva a proteção de indivíduos (Lei n. 11.105/2015).
É um estudo que visa à prevenção de riscos ou, se não for possível, à contenção dos agentes perigosos. Para isso, é buscado o estudo dos mecanismos de ação desses agentes e, então, se estabelecem procedimentos seguros de ação.
A maioria dos acidentes de trabalho é decorrente de imperícia, negligência e, imprudência dos operadores, portanto, a regra de ouro na prevenção de acidentes é atenção e bom senso.
· Boas práticas: procedimentos seguros de trabalho. Esses procedimentos são estabelecidos com antecedência, se baseando em normas técnicas, na legislação vigente, no histórico da atividade ou na prática e no bom senso.
· Boas práticas: antecedência – função principal de qualquer procedimento de segurança é evitar o acidente.
As atividades profissionais na área da saúde possuem riscos inerentes aos ramos, já que frequentemente o profissional está exposto a microrganismos patogênicos, substâncias perigosas ou animais agressivos.
· Executar o trabalho seguindo de modo rigoroso os procedimentos estabelecidos pelas boas práticas, além de tornar a atividade segura, a torna repetitiva, reduzindo a variação nos resultados.
Diferença entre perigo e risco 
· Perigo: é qualquer agente que cause danos à saúde ou à integridade física das pessoas.
· Risco: é o conceito que combina a probabilidade de ocorrência com a severidade da ocorrência.
Ex: Ao atravessar a rua, existe o perigo do atropelamento. Se for uma rua com pouco movimento (baixa probabilidade), na qual os carros passam em baixa velocidade (severidade de atropelamento baixa), o risco de se atravessar a rua é baixo. Se for uma rodovia muito movimentada, com carros em alta velocidade, o risco da travessia é alto.
· A Norma Regulamentadora n.9 do Ministério do Trabalho indica como riscos ambientais os agentes-físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou densidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
· Já a Portaria n.25/1994, do Ministério do Trabalho, ao regulamentar a elaboração do mapa de riscos, considera a existência de cinco categorias de riscos: agentes físicos, agentes químicos, agentes biológicos, agentes ergonômicos e agentes de acidentes.
1. Perigo físico: qualquer sólido estranho à atividade exercida em níveis e dimensões inaceitáveis; objetos e ferramentas perfurocortantes; ruídos intensos, radiações ionizantes, temperaturas excessivas, pressão ambiental anormal; insetos e animais.
Essa classe de perigos tem como característica principal provocar a ruptura da pele e de tecido. A pele é a principal barreira de proteção do corpo humano, sendo impermeável tanto a fluidos quanto a microrganismos.
Com ruptura na pele, a contaminação por esses perigos é grave.
· A prevenção se dá por barreiras físicas que impedirão a ação do agente. As telas de janelas impedem a entrada de insetos; superfícies espelhadas impedem a propagação da radiação; luvas grossas impedem queimaduras nas mãos.
2. Perigo químico: a substancia deve penetrar no organismo. São incluídos nessa análise os riscos de explosão e incêndios provocados pela má manipulação dos produtos químicos.
Se os perigos químicos são originados de manipulação errada de produtos químicos, então, para haver a prevenção dessa classe de perigos, é muito importante que o trabalhador conheça as características dos produtos manipulados.
A Lei n. 6.534/77, no art. 197, estabelece que os materiais e as substancias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, em seu rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional.
· Binsfeld em 2004, sugere que os perigos químicos sejam avaliados de acordo com as características físico-químicas, reatividade, toxicidade, condições de manipulação, possibilidade de exposição e vias de penetração no organismo.
3. Perigo biológico: aqueles que causam infecções, caracterizadas pela invasão e pela manipulação dos organismos indesejáveis no objeto do trabalho ou no próprio trabalhador.
Para que a infecção seja identificada como tal, diversos fatores irão precisar ser avaliados, como: o tipo do agente infeccioso, a quantidade inoculada desse agente, a resistência natural do ambiente a esse agente e o estado de saúde do sujeito contaminado.
Vale ressaltar, que somente a presença do organismo indesejável não é o suficiente para ser caracterizado como uma infecção. O problema maior é a multiplicação desse organismo.
· A prevenção dos perigos biológicos está concentrada em se evitarem a multiplicação dos microrganismos e a inoculação.
O Manual de Segurança em Laboratório, da Organização Mundial da Saúde (OSM), sugere que sejam levados em consideração os seguintes parâmetros na avaliação dos perigos biológicos: patogenicidade do agente, dose infecciosa, via de exposição, concentração do agente, informação disponível, tipo de atividade executada e disponibilidade de profilaxia.
Os microrganismos também são classificados de acordo com o potencial de risco que apresentam:
· Classe 1: microrganismos que não apresentam nenhum risco de causar doenças. Contudo, não significa que os mesmos não possuem riscos, pois, no caso de alimentos, eles são deteriorantes.
· Classe 2: são agentes patogênicos que não causam doenças graves em humanos ou animais. Essas doenças possuem um tratamento eficaz, e o risco de a infecção se alastrar é pequeno.
· Classe 3: são os microrganismos que causam doenças graves que podem levar à morte tanto homens quanto animais, mas cuja propagação é limitada. Existem tratamentos e medidas de prevenção.
· Classe 4: são os agentes patogênicos que causam doenças graves, com risco de morte para humanos ou animais, e que são transmitidos facilmente, principalmente por via aérea.
4. Perigo ergonômico: uma disciplina cientifica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e a aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema.
A análise ergonômica não pode ser restrita apenas a um aspecto, tem que ser multidisciplinar e deve incluir as características pessoas de cada trabalhador.
A Norma Regulamentadora n.17, trata da ergonomia no ambiente de trabalho e estabelece parâmetros que permitam adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
Os parâmetros de controle dentro da Norma Regulamentadora levam em consideração o levantamento, transporte e descarga de materiais pesados, mobiliários, equipamentos e organização do trabalho.
Pergunta 1: São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. Os riscos biológicos ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos; assinale a respostaINCORRETA:
A – É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.
B – Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microrganismos, incluem-se: tuberculose, brucelose, malária e febre amarela.
C – Para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso que haja exposição do funcionário a esses microrganismos.
D – São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.
E – Os riscos biológicos em laboratórios não podem estar relacionados à manipulação de: agentes patogênicos selvagens e amostras biológicas.
Resposta: letra E.
LER / Dort.
A expressão LER: Lesão por Esforços Repetitivos. Surgiu oficialmente no Brasil em 1997, com a publicação da Portaria n. 4.062, que reconheceu a tenossinovite como uma doença relacionada ao trabalho. (ocupacional)
A tenossinovite é uma inflamação dos tendões e das membranas que recobrem os tendões, provocando dor, falta de força e inchaço no local. Essa doença foi chamada, diversas vezes, de tenossinovite do digitador.
A OMS classifica os distúrbios de saúde relacionados à atividade laboral em:
· Doença profissional: são aquelas inerentes à atividade profissional, pois não há como o trabalhador atuar sem estar exposto ao agente causador da doença.
Ex: Cantor de rock: não é possível cantar em uma apresentação sem estar exposto a um som extremamente alto, o que ocasiona perdas auditivas.
Tendo assim, uma relação direta de causa de efeito.
· Doença relacionada ao trabalho: não é possível identificar um agente especifico entre os que estão relacionados à atividade profissional.
Ex: Professor que usa a voz como instrumento de trabalho. A utilização da voz está condicionada ao comportamento da classe, à matéria dada, à hidratação da garganta, umidade relativa do ar, ao seu período de descanso; enfim, a uma gama enorme de fatores.
A expressão LER passou a ser usada indiscriminadamente, abrangendo os distúrbios ou as doenças do sistema músculo-esquelético-ligamentar, relacionadas ou não ao trabalho. Essa expressão também se tornou imprecisa e os diagnósticos muitas vezes deixaram de ser tendinite ou bursite e passaram a ser LER.
Em 1998, por meio da Ordem de Serviço INSS/DSS n.606, foi adotada a terminologia Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho, o Dort.
Equiparando-a à LER para respeitar a literatura já existente na época. A partir daí, as expressões LER e Dort aparecem na forma LER/Dort.
As doenças enquadradas nesse grupo compreendem uma heterogeneidade de distúrbios funcionais e/ou orgânicos, que manifestam em seu portador sintomas comuns, muitas vezes inespecíficos, como:
1. Fadiga muscular
2. Dor
3. Parestesia
4. Sensação de peso
5. Mal-estar
6. Processos inflamatórios em tendões, ligamentos e bursas sinoviais
7. Contraturas musculares, entre outros.
O desenvolvimento da LER/Dort está relacionada a diversas causas. De modo que é muito importante analisar cada caso e determinar quais os fatores de risco envolvidos de forma direta ou indireta na ocorrência. 
Esses fatores de riscos são determinados por meio de anamnese feita pelo médico do trabalho, procurando identificar as interações entre os possíveis fatores de riscos e se essa interação é capaz de ultrapassar a capacidade de regeneração do tecido muscular, mesmo se o funcionamento dele esteja parcialmente mantido.
Nessa caracterização, é muito importante observar alguns elementos, como:
1. A região anatômica e biomecânica associada a ela
2. A intensidade do esforço
3. A organização temporal do trabalho (a duração do ciclo de trabalho e a distribuição das pausas)
4. A adequação do posto de trabalho.
5. O conforto ambiental
6. A carga estática
7. A invariabilidade da tarefa
8. As exigências de atenção, provocando aumento de tensão muscular ou reação mais generalizada de estresse
9. Os fatores psicossociais ligados ao trabalho, como percepções relativas à carreira, carga, ritmo de trabalho e ao ambiente social e técnico do trabalho.
As LER/Dort são doenças de notificação obrigatória. Quando o médico do trabalho suspeitar de uma LER/Dort, deverá emitir uma Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para o INSS, mesmo que a doença não provoque a incapacitação do trabalhador ou gere o seu afastamento.
CAT é um documento utilizado pelo INSS para a obtenção de dados relativos aos acidentes de trabalho e às doenças ocupacionais.
O objetivo dessa captação é fornecer informações para o enquadramento das empresas segundo os graus de risco no ambiente do trabalho, para o cálculo da contribuição da empresa ao INSS, destinada ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência dos acidentes e subsidiar políticas de prevenção e fiscalização das empresas.
A ginástica laboral começou na indústria com o objetivo de dar repouso ativo aos operários por alguns períodos durante sua jornada de trabalho. Esse repouso impactou a qualidade de trabalho desenvolvido e o desenvolvimento de competências por parte dos trabalhadores.
Também melhorou os índices de afastamento por acidentes de trabalho, e também, melhorou muto a linha de produção.
Visa à promoção da saúde e melhora das condições de trabalho, além da preparação biopsicossocial dos pacientes.
Contribui direta ou indiretamente para a redução de lesões por esforços repetitivos, consequentemente proporcionando aumento da produtividade com qualidade.
Há três tipos de ginásticas utilizadas pelas empresas:
1. Ginástica compensatória: praticada antes do expediente, tendo como objetivo proporcionar aquecimento para o trabalhador.
2. Ginástica de pausa: praticada no meio do expediente, tendo como meta aliviar as tensões e fortalecer os músculos do trabalhador.
3. Ginástica de relaxamento ou compensatória: praticada após o expediente, tem como objetivo proporcionar relaxamento muscular e mental aos trabalhadores.
É de muita importância que a maioria das empresas adote o programa para melhorar da qualidade de vida dos funcionários por um profissional; melhorando a produtividade e melhorando o relacionamento recíproco nas atividades diárias.
Pergunta 2: O desenvolvimento da LER/Dort está relacionado a diversas causas. Então, é muito importante analisar cada caso e determinar quais os fatores de risco envolvidos de forma direta ou indireta na ocorrência. Nesse contexto, assinale a alternativa que melhor corresponde e caracteriza o desenvolvimento da LER/Dort:
A – A intensidade do esforço realizado pelo trabalhador
B – A organização temporal do trabalho (a duração do ciclo de trabalho e a distribuição das pausas)
C – A adequação do posto de trabalho
D – O conforto ambiental
E – Todas estão corretas
Resposta: letra E.
Rotulagem, Simbologia de risco e Infecção hospitalar
Quando um laboratório adquire um produto químico no Brasil, o recipiente deve possuir um rótulo com informações de acordo com o que é especificado na norma NBR 14725.
Na rotulagem em fracionamento, o laboratório faz aquisição de frascos de grande porte e em grande quantidade, se tornando inviável o uso na rotina e nas bancadas de trabalho,
O trabalhador irá precisar fracionar o material e acondiciona-lo em um novo franco. Da mesma forma, quando é necessário fazer uma mistura, uma solução ou qualquer outro tipo de preparação, também poderá ser preciso o acondicionamento dos produtos em frascos específicos para uso posterior.
Já o perigo, se dá quando o trabalhador tem dificuldades em identificar diversos conteúdos. 
Símbolos de riscos químicos:
· A rotulagem por meio de símbolos e textos de aviso é uma precaução essencial de segurança.
· Os rótulos e as etiquetas aplicadas sobre uma embalagem devem conter em seu texto as informações necessárias para que o produto contido seja tratado com toda a segurança possível e necessária.
· Facilmente inflamável (F): determinados peróxidos orgânicos, líquidos com pontos de inflamação inferior a 21°C, substâncias sólidas fáceis de inflamar, de continuar queimando por si só; liberam substânciasfacilmente inflamáveis por ação da umidade.
Símbolo de riscos biológicos
· Todo material contaminado deve ser coletado e separado do lixo comum.
· Esse material deve ser recolhido em sacos plásticos brancos com o símbolo de risco biológico.
· Esse símbolo é internacional e, no Brasil, é reconhecido pela norma NBR 7500:2003
· Caso haja necessidade de armazenamento desses resíduos, eles devem ser depositados em baldes de lixo que apresentem a indicação de lixo contaminado não autoclavado.
· Resíduos líquidos devem conter a descrição da natureza do soluto e do solvente, com as respectivas concentrações. A informação deve ser a mais exata possível.
Cada laboratório possui, especificado em suas rotinas de trabalho, algum procedimento de rotulagem de fracionamentos, porém, algumas informações são fundamentais.
Todos esses frascos devem conter um rótulo com as seguintes informações: nome do produto, responsável pelo produto, datas do preparo e validade.
· Riscos de acidentes: reutilizar o frasco de um produto rotulado para guardar qualquer outro diferente, ou mesmo colocar outra etiqueta sobre o original.
Caso seja encontrado um frasco sem rótulo de identificação, não se deve tentar adivinhar o que há no seu interior; se não houver possibilidade de identificação, o produto deverá ser descartado.
· Extremamente inflamáveis (F+): líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0°C e ponto máximo de ebulição a 35°C; gases, misturas de gases (presentes na forma líquida) que, com o ar e a pressão normal, podem se inflamar facilmente.
· Tóxicos (T): são agentes químicos que, ao serem introduzidos no organismo por inalação, absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais.
· Nocivo (Xn): são agentes químicos que, por inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de menor gravidade.
· Irritante (Xi): esse símbolo indica substâncias que podem desenvolver ação irritante sobre a pele, os olhos e o trato respiratório.
· Explosivo (E): são agentes químicos que, pela ação do choque, percussão ou fricção, produzem centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo por meio de violenta liberação de energia.
Simbologia de Hommel
Outra bastante aplicada, é diferente das placas de identificação, não informa qual é a substância, mas indica todos os graus de risco em uma ordem decrescente.
Tal simbologia foi proposta pela NFPA (Associação Nacional dos EUA) para proteção contra incêndios, por meio da norma NFPA 704, e é adotada internacionalmente.
Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel variam de 1 a 4 conforme os riscos apresentados pela substância química perigosa, podendo também contar no diagrama os riscos específicos dessa substância: 
1. Riscos à saúde:
4 – Substância letal (cianureto de potássio)
3 – Substância severamente perigosa (gás cloro)
2 – Substância moderadamente perigosa (amônia)
1 – Substância levemente perigosa (aguarrás)
0 – Substância não perigosa ou de risco mínimo (óleo de cozinha)
2. Riscos específicos:
OXY – oxidante forte
ACID – ácido forte
ALK – alcalino (base) forte
COR – corrosivo
W – Não misture com água
3. Inflamabilidade:
4 – Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis (ponto de fulgor abaixo de 23°C, gás propano)
3 – Substâncias que entram em ignição à temperatura ambiente (ponto de fulgor abaixo de 38°C, gasolina)
2 – Substâncias que entram em ignição quando aquecidas moderadamente (ponto de fulgor abaixo de 93°C, diesel)
1 – Substâncias que precisam ser aquecidas para entrar em ignição (ponto de fulgor acima de 93°C, óleo de milho)
0 – Substâncias que não queimam (água)
4. Reatividade:
4 – Pode explodir
3 – Pode explodir com choque mecânico ou calor
2 – Reação química violenta
1 – Instável se aquecendo (fósforo branco ou vermelho)
0 – Estável (nitrogênio líquido)
Infecções hospitalares
São as infecções adquiridas durante a internação do paciente em um hospital ou depois, se essas infecções tiverem relação com algum procedimento executado na internação.
Segundo Lacerda et al. (1992), de modo histórico, a prática no controle de infecções está focada em ações exógenas, ou seja, considerando-se causas externas, o que resultou na criação de inúmeras técnicas de assepsia, desinfecção e esterilização.
Além disso, as causas exógenas não são as únicas que podem provocar infecções hospitalares. Então, a questão das doenças infecciosas não e a simples falta de higiene.
Vale ressaltar que o perigo biológico não é a presença de microrganismos, mas dessa população de microrganismos se desenvolver acima de um nível aceitável.
Certa de 70% das infecções hospitalares possuem causas endógenas e, dentro do ambiente hospitalar, o controle das infecções de origem exógena é quase sempre possível com a utilização de boas práticas no ambiente de trabalho.
· Infecções de cirurgias: a pele é a principal barreira que o organismo tem para se proteger contra a invasão de microrganismos. Então, as cirurgias podem ser classificadas de acordo com o potencial de contaminação da incisão.
1. Cirurgias limpas: são realizadas em tecidos que puderam ser descontaminados previamente e que não tenham nenhum processo infeccioso ou inflamatório local prévio. Não são incluídas as cirurgias com penetrações nos tratos digestivo, respiratório e urinário.
2. Cirurgias potencialmente contaminadas: são realizadas em tecidos com flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Também são incluídas as cirurgias com penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.
3. Cirurgias contaminadas: são realizadas em tecido com flora microbiana abundante e cuja descontaminação seja difícil ou quando existe a presença de inflamação aguda na incisão.
4. Cirurgias infectadas: são as cirurgias realizadas em tecidos com processo infeccioso (supuração local) ou tecidos necróticos.
Essa classificação (que foi feita pelo Ministério da Saúde), mostra claramente que o profissional da área da saúde precisa conviver com a possibilidade de não conseguir eliminar a flora microbiana existente no paciente.
Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH):
A portaria n. 2.616/MS/MG, de 12 de maio de 1998, da Avisa, estabeleceu o Programa de Controle de Infecções Hospitalares, com o objetivo de reduzir a incidência e a gravidade de infecções hospitalares.
· CCIH: os hospitais foram obrigados a estabelecer uma comissão técnica, formada por profissionais de nível superior, da área da saúde, com o objetivo de assessorar a alta administração do hospital a estabelecer ações de controle de infecção hospitalar.
· O número de membros executores é aumentado se o hospital atender a pacientes de UTIs, pacientes queimados, submetidos a transplantes de órgãos, de oncologia ou com Aids.
A CCIH tem como função elaborar e implementar um programa para controlar as infecções hospitalares, contendo:
· Sistema de vigilância epidemiológica das infecções hospitalares. Esse sistema é a observação sistemática da ocorrência da infecção hospitalar, a distribuição entre pacientes e das condições que afetam sua ocorrência;
· Normas internas e rotinas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares;
· Ações para treinamento de funcionários para a prevenção de infecções hospitalares;
· A garantia do uso racional de produtos antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares;
· A realização da investigação epidemiológica de casos e implantação de medidas de controle.
Pergunta 3: Leia as asserções e verifique se estão corretas ou incorretas:
I – A fonte endógena, como a microbiota presente na flora da boca e na pele do paciente, é fator associado à etiologia de infecções hospitalares.
II – Em ambiente hospitalar, o uso de solução alcoólica para a higienização das mãos (álcool em gel) pode substituir o uso de lavatórios ou pias com água corrente em dias de racionamento no fornecimento público de água.
III – Apesar de altamente relevante, a existência de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar em serviços de saúde é facultativa.Assinale a alternativa correta 
a) I
b) I e II
c) I, II e III
d) II e III
e) Nenhuma das alternativas está correta
Resposta: Letra A
Boas práticas, equipamentos de proteção e níveis de segurança laboratorial 
· Boas práticas são procedimentos seguros de trabalho, tanto para o trabalhador quanto para o objeto de trabalho.
Todas as atividades relacionadas à saúde possuem riscos inerentes, pois expõem tanto o profissional quanto o objeto de trabalho a microrganismos patogênicos, substâncias perigosas ou animais agressivos.
A expressão “boas práticas” está associada a uma identificação do ramo de trabalho: boas práticas de fabricação, boas práticas de laboratório, boas práticas de preparação, entre outros.
Essas práticas são sempre preventivas e incluem todos os aspectos da cadeia operacional e, apesar de alguns procedimento serem específicos de cada tipo de operação, alguns fatores são universais e sempre devem ser observados, como:
· Higiene pessoal;
· Uso de roupas adequadas;
· Limpeza de equipamentos e utensílios;
· Controle de pragas, como baratas, ratos, entre outros;
· Controle da qualidade de água.
Boas práticas de laboratório: regras de segurança que devem ser rigorosamente seguidas, a fim de se evitarem prejuízos materiais e, principalmente, riscos à integridade física sua e dos que estão à volta.
Isso porque há diversos elementos de risco tais como: máquinas, manuseio de material de vidro, uso da eletricidade, incêndio, explosão e exposição a substâncias químicas nocivas ao organismo humano.
O profissional em ação deve, portanto, adotar sempre uma atitude atenciosa, cuidadosa e metódica em tudo o que faz. Deve se concentrar no trabalho e não permitir qualquer distração enquanto trabalha. De forma que não deve distrair os demais desnecessariamente.
Um acidente em um laboratório químico quase nunca fica restrito apenas a uma pessoa. O trabalhador deve estar ciente de que é responsável pela segurança tanto sua quanto da dos seus colegas.
Recomendações básicas de boas práticas de laboratório:
1. Usar avental com mangas compridas, na altura dos joelhos e fechados; calças compridas e calçados fechados de modo a proteger, pelo menos, até o peito do pé e nunca trabalhe sozinho.
2. Não usar relógios, pulseiras, anéis ou quaisquer ornamentos durante o trabalho no laboratório. Cabelos compridos devem ser presos na forma de coque ou recobertos por touca. Nunca use lentes de contato em laboratórios.
3. Não usar avental, luvas ou qualquer outro EPI fora do lugar de trabalho
4. Não teste produtos utilizando tato, olfato ou paladar
5. Tosos os produtos devem ser muito bem identificados
6. Cuidados com processos de aquecimento: certifique-se, ao acender uma chama, de que não existem solventes próximos e destampados, especialmente aqueles mais voláteis (éter etílico, éter de petróleo, hexano, dissulfeto de carbono, benzeno, acetona, álcool etílico, acetato de etila). Mesmo uma chapa ou manta de aquecimento pode ocasionar incêndios quando em contato com carbono.
Boas práticas no atendimento à saúde:
Riscos biológicos: trabalhador, na área da saúde, está sempre exposto a uma carga de contaminante enorme, o que acaba acarretando um desgaste psicológico. Esse desgaste psicológico pode ser agravado, dependendo de crenças pessoais e nível de informação do profissional.
Recomendações básicas:
· Quanto à higiene e ao asseio pessoal
· Uso de toucas, luvas, e outros EPIs: esses EPIs, juntamente com o avental, devem ser vestidos imediatamente antes de se entrar na área de trabalho e retirados imediatamente após a saída. Não se deve circular com EPIs fora das áreas de trabalho,
· Recomendação quanto à manipulação de perfurocortantes: agulhas, cacos de vidro, escalpes, conexões, lâminas e diversos dispositivos de uso odontológico como brocas e limas fazem parte desse grupo.
· Todo objeto perfurocortante deve ser descartado em um recipiente rígido e corretamente identificado. O profissional deve estar sempre atento à capacidade máxima desse recipiente.
· Nunca reencape agulhas, não devem ser removidas ou entortadas. Caso o procedimento exija manipulação mais prolongada de agulhas, ele deve ser feito com o máximo de atenção, evitando distrações.
· Cacos de vidro devem ser recolhidos com o auxílio de vassouras. Nunca utilize panos ou as mãos, mesmo que protegidas por luvas. Os cacos de vidros cortam a borracha facilmente.
Manual de Boas Práticas e Procedimento Operacional Padrão:
O Manual de Boas Práticas é um documento que descreve o trabalho executado no estabelecimento e as diretrizes para a forma correta de fazê-lo. Nele, podem ter informações gerais sobre como é feita a limpeza, o controle de pragas, da água utilizada, os procedimentos de higiene e controle de saúde dos funcionários, o treinamento de funcionários, o que fazer com o lixo e como garantir a produção de alimentos seguros e saudáveis.
O Procedimento Operacional Padronizado, também conhecido como POP, é um documento que descreve passo a passo como executar as tarefas no estabelecimento. O POP destaca as etapas da tarefa, os responsáveis por fazê-la, os materiais necessários e a frequência com que deve ser feita. Obrigação de segui e necessidade de atualização.
Equipamentos de proteção: as Normas Regulamentadores (NRs), regulamenta, e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e à segurança no trabalho no Brasil e são de observância obrigatória por todas as empresas.
A NR-6, regulamenta os equipamentos de proteção individual (EPI)
É considerado equipamento de proteção individual todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador e destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
A empresa é obrigada a fornecer gratuitamente aos empregados EPIs adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento.
O empregador deve orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e a conservação e, principalmente, exigir seu uso.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC):
Dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos a determinado risco.
· Exemplos: o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, a cabine de segurança biológica, as capelas químicas, a cabine para manipulação de radioisótopos, os extintores de incêndio, entre outros.
Níveis de biossegurança laboratorial:
· A avaliação do perigo biológico é composta pela identificação do agente biológico e pelo dano que esse agente pode causar.
· Para uma avaliação certa, vários fatores devem ser analisados, como a via de transmissão disponível, o treinamento dos profissionais que vão ter contato com esse tipo de agente, o tipo de trabalho a ser executado, as espécies animais afetadas pelo agente infeccioso, o nível de conhecimento sobre esse agente, a existência de uma profilaxia, a infraestrutura no local de trabalho; enfim, fatores que não dizem respeito apenas ao agente infeccioso.
· Classes de risco biológico: dois fatores. O primeiro é que a classificação se refere à fase mais perigosa da vida do organismo contaminante e o segundo é que essa contaminação é avaliada em indivíduos adultos e sadios.
1. Classe de risco 1: são os agentes biológicos que não provocam doenças em pessoas ou animais sadios. Estão nesse grupo os probióticos, o fermento biológico e os microrganismos empregados na produção de iogurtes e queijos.
2. Classe de risco 2: são os microrganismos das doenças não letais mais comuns, para as quais já existe tratamento, vacina ou que não são transmitidas por via aérea. Exemplos: Ascaris lumbricoides, Clostridium tetani, Aspergillus flavus e HPV.
3. Classe de risco 3: estão nesse grupo os agentes transmitidos por via respiratória e o que causam doenças possivelmente letais, mas que possuem tratamento. Esses patógenos representam um risco grande se forem disseminados no meio ambiente e podem ser transmitidosde indivíduo para indivíduo por via aérea. Exemplos: Histoplasma capsulatum e Brucella ssp.
4. Classe de risco 4: são os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou agentes biológicos exóticos e pouco conhecidos. Não existe nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra esses agentes biológicos. Exemplos: arena vírus, vírus ebola, entre outros.
5. Classe de risco especial: são os agentes biológicos não existentes no país e que, embora não obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos. Um agente de classe de risco especial deverá ser manipulado seguindo os mesmos critérios da classe de risco 4 enquanto ainda não circular em território nacional. Após o primeiro caso diagnosticado no país, deverá ser classificado dentro das demais categorias.
Níveis de biossegurança: os quatro níveis de biossegurança (NB) consistem em combinações de práticas e técnicas de laboratório, equipamento de segurança e instalações do laboratório.
· Nível de biossegurança 1 (NB-1): os laboratórios classificados como NB-1, são projetados para trabalhos com agentes biológicos de classe de risco 1. São locais apropriados para o treinamento educacional ou para o treinamento de técnicos e professores de técnicas laboratoriais.
· Nível de biossegurança 2 (NB-2): é aplicável aos laboratórios clínicos, de diagnóstico e outros laboratórios em que o trabalho é realizado com maior espectro de agentes nativos de riscos moderados, presentes na comunidade e que estejam associados a uma patologia humana de gravidade variável. Os laboratórios NB-2 são projetados para trabalhar com agentes biológicos de classe de risco 2.
· Nível de biossegurança 3 (NB-3): são os laboratórios preparados para trabalhos com agentes biológicos de classe de risco 3. É aplicável para laboratórios clínicos, de diagnósticos, de pesquisa ou de produção. Possui requisitos intensificados em relação aos níveis 1 e 2.
· Nível de biossegurança 4 (NB-4): os laboratórios com nível de biossegurança 4 são projetados para manipular agentes biológicos com classe de risco 4.
Quanto mais grade a potencialidade da doença adquirida, maior será o risco. Por exemplo, o Sthaphilococcus aureus raramente provoca uma doença grave ou fatal em um indivíduo contaminado em um laboratório e está relegado ao NB-2. Por outro lado, o vírus como o ebola, que provocam doenças com alta taxa de mortalidade e para as quais não existem vacinas ou tratamentos, são trabalhados em um NB-4.
Pergunta 4: Leia as afirmativas e depois assinale a alternativa correta:
I – Os EPCs são obrigatórios e todos no laboratório têm que tê-los à disposição.
II – A finalidade desses equipamentos de EPCs é importante para toda a equipe, pois seu uso reduz significativamente os riscos e a probabilidade de acidentes.
III – são exemplos de EPCs: cabine de segurança, cabine de fluxo laminar, autoclave e chuveiro de emergência.
a) Todas as afirmativas estão corretas
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas
c) Todas as afirmativas estão incorretas
d) Somente a afirmativa II está incorreta
e) As afirmativas II e III estão incorretas.
Resposta: letra A
Descontaminação
É uma série de procedimentos cujo objetivo é reduzir a carga de microrganismos de um utensilio até um nível aceitável. Esse nível é dado pelo uso que o utensilio a ser descontaminado tem. Isso acaba se tornando óbvio ao analisarmos alguma situação cotidiana: em uma limpeza doméstica, esfrega-se mais a panela do que o vaso sanitário.
Definição de graus de descontaminação:	Comment by juliana dos anjos: 
· Limpeza: é o primeiro passo para o processamento de descontaminação. É um processo de remoção mecânica das sujidades e seu objetivo é a remoção de sujidades físicas e químicas. Nessa remoção, ocorre também a redução de microrganismos como resultado da ação mecânica.
Etapas da limpeza:
1. Enxague inicial: a principal ação no processo de limpeza. Se benfeito, reduz gastos em tempo de operação, em produtos químicos e em tratamento de efluentes, além de aumentar a eficiência das próximas operações.
2. Ação mecânica: o enxague inicial removeu as sujidades que estavam soltas, mas as sujidades incrustadas precisam ser removidas por meio do atrito mecânico entre a bucha e a camada superficial da incrustação. O sabão é o coadjuvante nesse processo, fazendo a solubilização dos lipídios e das proteínas. Existem microrganismos aderidos nessas incrustações e nas paredes dos instrumentos, e essa ação mecânica removerá parte dessa carga.
3. Enxague final: serve para remover os resíduos de detergente, incrustações e microrganismos.
Desinfecção
É um processo mais severo, cujo objetivo é destruir os microrganismos no estado vegetativo, sejam patogênicos ou não. Esse processo pode ocorrer por meios físicos ou químicos.
Partículas, incrustações, gorduras e qualquer outro tipo de sujidade funcionam como uma camada protetora dos microrganismos, por isso, antes de ser executar uma desinfecção, é fundamental que se faça uma limpeza.
Processos físicos de desinfecção: 
O principal processo físico de desinfecção é a elevação da temperatura. Em altas temperaturas, interrompe-se a divisão celular dos microrganismos e começa a acontecer a morte das células. Quanto maior o tempo na temperatura alta, mais células vão morrer. Quanto mais alta a temperatura, mais rápido esse processo acontece. Esse é o chamado binômio tempo x temperatura.
Quando aumenta a temperatura, tanto a membrana celular quanto as proteínas são afetadas. Isso porque os ácidos graxos que compõem a parede celular aumentam sua permeabilidade, permitindo a entrada de substancias indesejáveis no interior da célula. Além do aumento da temperatura acelera as reações dentro das células, atingindo níveis inaceitáveis para o funcionamento celular, ou desnaturando proteínas. 
São consideradas altas as temperaturas acima de 60°C. O tempo de exposição vai depender do tipo de microrganismo e da quantidade de células a serem eliminadas. Cada microrganismo tem características próprias na determinação desse parâmetro.
Processos químicos de desinfecção:
Nem todos os materiais suportam temperaturas elevadas. São usados produtos químicos para fazer a desinfecção, tomando muito cuidado na avaliação da compatibilidade química com os utensílios.
A desinfecção química acontece porque algumas substâncias têm a capacidade de danificar a parede celular. Pode ser dividida em três níveis, dependendo da resistência do microrganismo a ser combatido:
· Desinfecção de baixo nível: é quando objetiva eliminar bactérias vegetativas, vírus médios ou lipídios. Um dos produtos mais comuns nesse processo é o quaternário de amônia, utilizando na limpeza de superfícies, paredes e mobiliários; tem a vantagem de ser pouco tóxico para humanos, mas pode causar irritações na pele e ataca borrachas sintéticas, cimento e alumínio.
· Desinfecção de nível médio: o objetivo é eliminar, além dos microrganismos citados no nível baixo, os fungos e alguns tipos de vírus. Álcool etílico a 70%, compostos fenólicos entre 2% e 5% e hipoclorito de sódio a 1% são produtos utilizados nesse processo.
· Desinfecção de alto nível: eliminar microbactérias e esporos, além dos microrganismos citados anteriormente. Os produtos mais usados são o glutaraldeído a 2% e o ácido peracético. 
O glutaraldeído precisa de tempo de exposição de 20 a 30 minutos. Não produz corrosão de instrumentais e não altera componentes de borracha ou plástico, mas impregna matéria orgânica e pode ser retido por materiais porosos, além de ser irritante de vias aéreas, ocular e cutâneas.
O ácido peracético a 0,2% precisa de tempo de exposição de 5 a 10 minutos, é pouco tóxico, mas bastante irritante das vias aéreas. É corrosivo para metais (aço, bronze, latão, ferro galvanizado).
Esterilização
É a destruição de todas as formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. Da mesma forma que a desinfecção, esse processo pode ocorrer por meios físicos ou químicos.
Processos físicosde esterilização:
O principal processo físico de esterilização também é relacionado com o binômio tempo x temperatura, porém, as condições de processo são mais severas.
· Radiações: as mais usadas são a radiação gama, as micro-ondas e a radiação ultravioleta.
Processos químicos de esterilização:
Existem duas formas de esterilização com produtos químicos – com produtos líquidos e com produtos gasosos.
A esterilização com produtos líquidos é feita por meio da imersão do utensílio num banco contendo o produto. Os esterilizantes mais utilizados nesse processo são o glutaraldeído a 2%, o ácido peracético a 0,2% e o peróxido de hidrogênio a 6%. São produtos semelhantes aos da desinfecção, mas o tempo de exposição é maior.
O produto gasoso de esterilização mais comum, muito usado em hospitais, é o óxido de etileno (EtO). Ele é inflamável e carcinogênico, mas, se misturado com dióxido de carbono (8,5% de EtO e 91,5% de CO2), se torna mais seguro para trabalhar.
Monitoramento do processo de esterilização:
Testes para verificar se a esterilização foi eficiente de fato. O teste mais seguro para garantir que o produto foi esterilizado é promover a cultura dos microrganismos (muito demorado).
Para resolver a essa questão, são feitas avaliações praticas periódicas dos procedimentos e dos equipamentos, colocando-se indicadores químicos ou biológicos da eficiência da esterilização:
· Tiras indicadoras: são tiras impregnadas com tinta termoquímica que muda de coloração quando exposta à temperatura. São colocadas sobre todos os produtos a serem esterilizados.
· Teste Bowie e Dick: é um teste semelhante às tiras indicadoras, que avalia remoção de ar, penetração do vapor, tempo e temperatura. Normalmente, é usado na primeira operação do dia.
· Indicadores biológicos: são culturas padronizadas de microrganismos comprovadamente resistentes a processos térmicos menos severos. Caso essa cultura sobreviva à esterilização, significa que o mesmo é falho.
Classificação dos artigos médico-hospitalares:
· Artigos não críticos: são os que não entram em contato com pacientes ou que interagem apenas com a pele íntegra. Apesar de apresentarem baixo risco de transmissão de infecções, podem servir de disseminação de microrganismos entre os pacientes. Por exemplo: comadres, jarros, bacias, aparelhos de pressão e termômetros.
· Artigos semicríticos: são os artigos que entram em contato com a membrana mucosa que reveste os órgãos internos, como tubo digestivo, intestino ou pulmões, ou com a pele não íntegra.
A pele íntegra é impermeável a microrganismos, mas, se estiver rompida, permitirá o ingresso destes. Estão incluídos nessa categoria endoscópios, equipamentos de terapia respiratória, etc.
· Artigos críticos: são aqueles que penetram em tecidos ou têm contato com sangue, portanto, possuem alto risco de infecção. Por exemplo: agulha hipodérmicas, instrumentos cirúrgicos, cateteres, etc.
De acordo com a classificação médico-hospitalar, o processo de descontaminação deve ser especificado da seguinte forma:
1. Artigos não críticos devem receber apenas a limpeza;
2. Artigos semicríticos devem receber a limpeza e, posteriormente, a desinfecção;
3. Artigos críticos devem receber a limpeza, a desinfecção e, posteriormente, a esterilização.
Pergunta 5: Processo utilizado para destruir todas as formas de vida microbiana por meio do uso de agentes físicos e químicos:
A – Desinfecção
B – Ebulição
C – Limpeza
D – Esterilização
E – Pasteurização
Resposta: D
Legislação em Biossegurança
A biossegurança é uma disciplina nova, que surgiu no século XX, voltada para o controle e a minimização de riscos advindos da prática de diferentes ramos do conhecimento humano relacionados à saúde e ao meio ambiente, seja em laboratório, produção de alimentos ou quando aplicadas a trabalhos de campo.
É regulada em diversos países no mundo por um conjunto de leis, procedimentos ou diretivas específicas.
Diversas leis, procedimentos ou diretivas específicas regem a biossegurança pelo mundo. No Brasil, a primeira legislação de biossegurança (1995), tem foco na energia genética, que é a tecnologia do DNA ou RNA recombinante.
· Desenvolvimento sustentável da biotecnologia (requisitos para o manejo de organismos geneticamente modificados).
O fundamento básico da biossegurança é assegurar o avanço dos processos tecnológicos e proteger a saúde humana e animal e o meio ambiente.
As tecnologias baseadas em DNA ou RNA recombinantes são tratadas, pela biossegurança, sob três aspectos:
1. Procedimentos empregados para garantir a segurança imediata dos manipuladores;
2. Futuro (difícil prever os efeitos de manipulação genéticas em populações e no meio ambiente a longo prazo);
3. Ética: quais manipulações genéticas são adequadas em relação à ética (bioética).
 
Com relação ao aspecto relacionado ao trabalhador em sua atividade cotidiana, as normas tradicionais de segurança laboratorial enfatizam o uso de Boas Práticas de trabalho, equipamentos de contenção adequados, dependências bem projetadas e controles administrativos que minimizem os riscos de uma infecção acidental ou ferimentos em trabalhadores de laboratório, e ainda que evitem a contaminação do meio ambiente. 
As medidas de biosseguranças especificas precisam ser discutidas e adotadas por laboratórios de pesquisa, aliadas a um amplo plano de educação baseado nas normas nacionais e internacionais quanto ao transporte, à conservação e à manipulação de microrganismos geneticamente modificados e seus produtos derivados.
Conceito
Surgiu na década de 1970, na reunião de Asilomar, na Califórnia, quando a comunidade cientifica iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade.
O termo “biossegurança” foi sofrendo alterações. Na década de 1970, a OMS a definia como “práticas preventivas para o trabalho com agentes patogênicos para o homem”.
O foco se voltava para a saúde do trabalhador frente aos riscos biológicos no ambiente ocupacional.
· Na década de 1980, OMS incorporou a essa definição os chamados riscos periféricos presentes em ambientes laboratoriais que trabalhavam com agentes patogênicos para o homem, como os riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos.
· Em 1990, a definição de biossegurança sofreu mudanças. No seminário realizado no Instituto Pasteur, em Paris, foi observada a inclusão de temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais e processos envolvendo tecnologia de DNA recombinante, em programas de biossegurança.
No Brasil, o senador Marco Antônio Maciel, um Projeto de Lei de Biossegurança foi submetido à aprovação do Congresso Nacional em 1989.
· Em 1992, durante a Conferências das Nações Unidas para o Meio Ambiente, popularmente conhecida como Eco 92 ou Rio 92, maior interesse por normas definitivas para o manuseio e uso de organismos geneticamente modificados (OGM), mais conhecidos como organismos transgênicos.
· Em 1994, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), com apoio da Unido/ICGEB, organizou o primeiro workshop internacional sobre organismos transgênicos no Brasil.
O relator Sérgio Arouca, na câmara dos deputados = Projeto de Lei de Biossegurança.
O resultado desse trabalho, também contou com o apoio de empresas privadas, culminou com a aprovação da Lei de Biossegurança, em dezembro de 1994, a qual veio a ser a primeira lei sancionada pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, a Lei n. 8.794, de 6 de janeiro de 1995.
· A Lei de Biossegurança, de 1995, regulava todos os aspectos da manipulação e uso de OGM no Brasil, incluindo pesquisas em contenção, experimentação em campo, transporte, importação, produção, armazenamento e comercialização. Seu espoco se limitou ao uso da engenharia genética, ou uso da técnica do DNA/RNA recombinante, para a troca de material genético entre organismos vivos. Outras técnicas biotecnológicas, como fusão celular e cultura de tecidos não foram incluídas.
Porém, por não abordar assuntos polêmicos, como o uso terapêutico de células-tronco embrionárias e a autorização para o uso comercialde alimentos transgênicos, a Lei n. 8.794/95 foi revogada e substituída pela Lei n. 11.105, de 24 de março de 2005.
· Lei 11.105/2005: estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de OGMs e seus derivados, tendo como diretrizes o estimulo ao avanço cientifico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente.
Ele regulamenta os incisos II, IV e V do §1°, do art. 225 da Constituição Federal: “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Pergunta 6: Segundo o art.8° “Fica criado o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), vinculado à Presidência da República, órgão de assessoramento superior do Presidente da República para a formulação e implementação da Política Nacional de Biossegurança – PNB”. Com isso, fica estabelecida uma série de competências a esse órgão em questão, como:
A – Fixar princípios e diretrizes que desvinculam o caráter administrativo dos órgãos e entidades federais com competências sobre a matéria.
B – Analisar, a pedido da CTNBio, quanto aos aspectos da conveniência e oportunidades socioeconômicas e do interesse nacional, os pedidos de liberação para uso comercial de OGM e seus derivados.
C – Não interferir e nem decidir sobre os processos relativos a atividades que envolvam o uso comercial de OGM e seus derivados.
D – Não permitir a participação de membros representativos como os Ministros de Estado da Ciência e Tecnologia e Saúde.
E – Não permitir a participação de membros representativos como os Ministros de Estado da Justiça e Desenvolvimento Agrário.
Resposta: B
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS)
É um documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde.
É obrigatória a todo gerador de resíduos de serviços de saúde. 
A resolução Conama n. 5/1993 define resíduos sólidos como: resíduos nos estados solido e semissólido que resultam de atividades de origem industrial, domestica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de varrição.
Todos os resíduos gerados na área da saúde, inclusive alguns fluidos corporais contaminados, são tratados como resíduos sólidos. Esses devem ser acondicionados em embalagem especificas antes de serem descartados.
Os resíduos produzidos nos serviços de saúde são classificados como:
· Grupo A: são os resíduos que podem apresentar agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção ou contaminação.
· Grupo B: são os resíduos contendo sustâncias químicas que podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade, medicamentos, resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos contendo metais pesados, reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
· Grupo C: são as substâncias radioativas em níveis superiores aos limites de eliminação especificados em normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
· Grupo D: são os resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Por exemplo: papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos provenientes das áreas administrativas, resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
· Grupo E: são os materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, laminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, laminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Etapas que deverão ser seguidas no PGRSS que incluem desde a geração até o destino do RSS:
1. Levantamento dos tipos de resíduos e das quantidades geradas;
2. Acondicionamento dos resíduos;
3. Coleta e transporte interno;
4. Armazenamento temporário dos RSS;
5. Armazenamento externo;
6. Coleta e transportes externos;
7. Disposição final dos RSS.
“Os estabelecimentos de serviços de saúde são os responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os RSS por eles gerados, cabendo aos órgãos públicos e regulamentação e fiscalização”.
· Levantamento dos tipos de resíduos e das quantidades geradas: esta fase consiste na verificação dos tipos de resíduos e das quantidades em que eles são gerados em cada uma das fontes geradoras.
· Acondicionamento dos resíduos: consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Além disso, cada tipo de resíduo deve ser embalado em recipientes adequados e facilmente identificáveis por tipo para garantir a segurança do manuseio.
· Coleta e transporte interno: consistem no recolhimento e remoção dos RSS das unidades geradoras e salas de resíduos até o abrigo externo de armazenamento final. São necessárias ações planejadas para garantir uma movimentação segura dos RSS, sem oferecer riscos ao meio ambiente e à saúde dos funcionários e da população.
· Armazenamento temporário dos RSS: consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à disponibilização para coleta externa. Dependendo da distância entre os pontos de geração de resíduos e do armazenamento externo, poderá ser dispensado o armazenamento temporário, sendo o encaminhamento direto ao armazenamento para coleta externa.
· Armazenamento externo: consiste na guarda provisória de RSS em ambiente próprio, dominado abrigo de resíduos. O armazenamento provisório tem como objetivos liberar a unidade geradora da presença dos RSS e possibilitar o armazenamento de resíduos infectantes e químicos em condições de segurança (funcionário e meio ambiente).
· Coleta e transportes externos: é a coleta e o transporte externos de RSS, do abrigo de resíduos até a etapa de tratamento e/ou disposição final, consiste nas operações de remoção e transporte dos resíduos, de forma planejada e exclusiva, com uso de veículos próprios e específicos por empresa licenciada para essas atividades segundo legislação específica.
· Disposição final do RSS: consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente preparados para recebe-los. Pela legislação brasileira, a disposição deve obedecer a critérios técnicos de construção e operação, para as quais é exigido licenciamento ambiental de acordo com a Resolução Conama n. 237/97. O projeto deve seguir as normas da ABNT.
Mapa de Riscos
É uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornadade trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.).
A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas as empresas que tenham Cipa, por meio da Portaria n. 05, de 17/08/92, do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho (DNSST).
De acordo com o art. 1° desta portaria, cabe às Cipas a elaboração dos Mapas de Risco dos locais de trabalho. Por meio de seus membros, a Cipa deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores e poderá contar com a elaboração do serviço especializado de medicina e segurança do trabalho.
A elaboração do Mapa de Risco deve ser feita de maneira a permitir a participação do maior número de trabalhadores, sem delegar a terceiros essa tarefa.
O que interessa aos trabalhadores é que sua elaboração seja um processo pedagógico em que se ampliem os espaços de elaboração da identidade desses trabalhadores e que exerçam realmente seu papel.
Para a elaboração do Mapa, deve-se:
· Conhecer o processo de trabalho no local analisado: número de trabalhadores, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente.
· Identificar os riscos existentes no local analisado, conforte a classificação especifica dos riscos ambientais.
· Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto; banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
· Identificar os indicadores de saúde, as queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
· Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
Pergunta 7: O destino final dos medicamentos é um tema relevante para a saúde pública. No Brasil, órgãos como a Anvisa e o Conama, têm assumido o papel de orientar, definir regras e regular a conduta dos diferentes agentes no que se refere à geração e ao manejo dos resíduos de serviços de saúde.
A classificação dos RSS, de acordo com a Resolução RDC n. 306/2004, objetiva destacar a composição dos resíduos segundo as suas características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para o seu manejo seguro. De acordo com esta classificação, podemos incluir os resíduos de natureza química, incluindo os medicamentos os insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados, apreendidos para descarte, e substâncias dos medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98, como sendo do grupo:
A – A
B – B
C – C
D – D 
E – E
Letra: B
Prevenção contra Incêndios
O fogo tem fascinado a humanidade durante milhares de anos e o seu domínio, foi o primeiro grande passo do Homem para a conquista de ambientes inóspitos. Ao seu redor, graças ao seu calor, têm vivido centenas de gerações.
Entre muitos fatores, o fogo foi um dos maiores responsáveis pelo grau de desenvolvimento que a humanidade atingiu. Por outro lado, é um elemento de difícil controle. Portanto, o Homem não tem total domínio sobre seu poder destrutivo.
No século XVIII, Antoine-Laurent da Lavoisier descobriu as bases cientificas do fogo; colocou mercúrio dentro de um recipiente fechado, aquecendo-o. quando a temperatura chegou a 300°, observou a formação de um pó vermelho que pesava mais que o líquido original.
Ele notou que a quantidade de ar que havia no recipiente diminuirá em 1/5, e que esse mesmo ar possuía o poder de apagar qualquer chama e matar. Concluiu que a queima do mercúrio absorveu a parte do ar que os permite respirar (essa mesma parte que faz um combustível queimar: o oxigênio). 
A combustão é uma reação química de oxidação, na qual há liberação de calor e luz.
	Qualquer substância + O2 = CO2 + H2O + outras substâncias
Essa reação pode ser classificada como:
1. Oxidação: quando não provoca liberação de energia luminosa nem aumento de temperatura;
2. Combustão viva: quando libera energia luminosa e calor sem aumento significativo de pressão no ambiente;
3. Explosão: quando libera energia em uma velocidade muito rápida, com elevado aumento de pressão no ambiente.
Conceito do triângulo do fogo: 
É uma forma didática que serve para melhor ilustrar a reação química da combustão; cada ponta do triângulo representa um elemento participante dessa reação. Para que exista fogo, os três elementos que compõem o triângulo são necessários: o combustível, o comburente (oxigênio) e a fonte de calor (energia de ignição).
Quando uma substância combustível é submetida à ação do calor, suas moléculas movem-se mais rapidamente. Com o aumento do calor, poderá haver libertação de gases, que, ao se inflamarem, formarão chamas, dando início à combustão. Note que somente os gases entram em combustão.
Uma vez iniciada a combustão, os gases nela envolvidos reagem em cadeia, alimentando-a, dada a transmissão de calor de umas partículas para outras no combustível; mas, se a cadeia for interrompida, não poderá continuar o fogo.
Pela lógica do triângulo do fogo, somente existirá fogo se os três lados do triângulo forem colocados juntos, portanto, para se evitarem incêndios, não se devem colocar os três elementos juntos; logo, para combater um incêndio já estabelecido, deve-se, de alguma forma, separar ou eliminar algum dos três elementos:
· A água, ao ser jogada sobre o fogo, evapora rapidamente, resfriando o combustível = é removida a fonte de ignição.
· Apaga-se o fogo de um botijão de gás colocando-se o dedo sobre a válvula = se remove o oxigênio
· No combate a um incêndio florestal, remove-se a vegetação para criar uma trincheira. O fogo consome tudo o que estiver de um lado, mas depois se apaga = se remove o combustível.
“Os grandes acidentes acontecem pela associação de muitas pequenas permissões que, isoladamente, podem significar nada, mas, em conjunto, se tornam um grande perigo”.
Existem vários equipamentos que auxiliam no combate a incêndios. Os principais são os hidrantes, os extintores e os sprinckers.
· Os hidrantes são grandes sistemas de equipamentos interligados por tubulações. São compostos, basicamente, por reservatórios de água, bombas de incêndio, tubulações, hidrantes, abrigos e registros de recalque. Os sistemas de hidrantes têm como objetivo dar continuidade à ação de combate a incêndios até o domínio e possível extinção.
Ao se utilizar o sistema de hidrantes é fundamental desligar a chave principal de entrada de energia da edificação e/ou do setor onde se vai efetuar o combate no intuito de evitar acidentes (descargas elétricas).
· Um equipamento frequentemente utilizado em construções comerciais novas é o rociador de incêndios (sprinkler)
Os sprinklers são dispositivos montados em malhas para a extinção de incêndios. Eles consistem numa armadura como um cano conectado a uma tubagem de água a pressão. O cano se fecha com uma tampa sujeita por uma capsula de vidro recheada de um líquido cujo ponto de ebulição se dá a uma temperatura determinada (temperatura de disparo), a qual está sujeita contra um dispersor.
Quando se produz um incêndio, o calor gerado ferve o líquido e o vapor rompe a cápsula; a tampa salta e sai da água, que se choca contra o dispersor, aspergindo a zona incendiada.
· Os extintores de incêndio são a melhor ferramenta para combater pequenos fogos, principalmente na sua fase inicial.
São equipamentos móveis, muitas vezes portáteis, distribuídos em pontos estratégicos, de modo que seja possível extinguir um princípio de incêndio nos primeiros minutos.
Esta é a função do extintor: apagar o incêndio no começo, quando ainda é pequeno. Depois que o incêndio se alastrou, o extintor perde muito de sua eficiência.
O tipo de extintor a ser empregado depende do tipo de incêndio a ser combatido:
· Classe A: usados em combustíveis que, quando queimam, deixam resíduos (madeiras, papel, borrachas, etc.). São indicados os extintores de água ou espuma.· Classe B: usados em incêndios que não deixam resíduos. Esses combustíveis são, normalmente, líquidos (álcool, gasolina, etc.). São indicados os extintores de dióxido de carbono, espuma ou pó químico seco.
· Classe C: são usados nos incêndios em que a eletricidade é um elemento presente. Nesses incêndios, o extintor tem uma carga de pó químico seco e gás carbônico.
· Classe D: são extintores especiais que serão discutidos a seguir:
Esse tipo de incendo exige extintores com agentes especialmente produzidos para combate-lo, pois é um incêndio em que há metais pirofóricos.
Os pirofóricos são metais com capacidade de entrar em combustão. Um exemplo comum de material pirofórico é a pedra de isqueiro que, é uma liga de ferro-cério que solta faíscas quando atritada. Outros exemplos de pirofóricos: metais alcalinos e alcalino-terroso, selênio, antimônio, alumínio ou chumbo pulverizado, zinco, titânio, urânio e zircônio;
O magnésio é um metal pirofórico. O ponto de ebulição do magnésio é próximo de 1.000°C. depois de iniciada a combustão, a aspersão de água não é normalmente suficiente para apagar a chama. Dependendo da quantidade de magnésio, a chama pode ser submersa, mas o calor liberado ainda consegue manter a chama acesa.
Para uma chama desse tipo, é necessário o uso de um extintor de classe D, abastecido com cloreto de sódio, cujo ponto de fusão é um torno de 800°C. Ao derreter, o cloreto de sódio recobre toda a superfície e, após o resfriamento, impede a penetração de oxigênio, interrompendo a reação.
O treinamento prático das brigadas de incêndio é fundamental para que as pessoas estejam capacitadas a agir em um momento de crise.
Pergunta 8: Não são regras básicas no combate a incêndios:
A – Mantenha sempre à vista o telefone de emergência do Corpo de Bombeiros – 193. Conserve sempre as caixas de incêndios em perfeitas condições de uso e somente as utilize em caso de incêndio.
B – Os extintores devem estar fixados sempre em locais de fácil acesso, devidamente carregados e revisados (periodicamente). Revisar periodicamente toda a instalação elétrica do prédio, procurando inclusive constatar também a existência de possíveis vazamentos de gases.
C – Evitar o vazamento de líquidos inflamáveis. Evitar a falta de ventilação 
D – Colocar trancas nas portas de halls, elevadores, portas corta-fogo ou outras saídas por áreas livres
E – Tomar cuidado com a cera utilizada nos pisos quando dissolvida. Não deixar estopas ou flanelas embebidas em óleos ou graxas em locais inadequados 
Letra: D.

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