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Matéria: Direito Tributário Professor: Cadu Carrilho C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 2 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Entramos hoje em um assunto bastante recorrente nas provas de concurso, sempre tem questão sobre esse tema. É importante conhecermos quais os tipos de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário e entender bem os conceitos e individualidades de cada um deles. Assunto bem interessante e com muita informação, então, muita atenção. Sumário 1 – Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário ..................................... 3 1.1 - Moratória ................................................................................................ 4 1.2 - Parcelamento ......................................................................................... 9 1.3 – As Reclamações e os Recursos Administrativos ................................... 10 1.4 – Concessão de Medida Liminar em Mandado de Segurança ................... 11 1.5 – A Concessão de Medida Liminar ou Tutela Antecipada, em Outras Espécies de Ação Judicial ............................................................................................ 12 1.6 – Depósito do Montante Integral ............................................................ 12 2 – Extinção do Crédito Tributário ................................................................ 13 2.1 – Pagamento .......................................................................................... 14 2.2 – Compensação ....................................................................................... 23 2.3 – Transação ............................................................................................ 25 2.4 – Remissão ............................................................................................. 26 2.5 – Decadência .......................................................................................... 27 2.6 – Prescrição ............................................................................................ 30 2.7 – Conversão de Depósito em Renda ........................................................ 32 2.8 – Pagamento Antecipado e a Homologação do Lançamento .................... 32 2.9 – Decisão Administrativa Irreformável ................................................... 32 2.10 – Decisão Judicial Passada em Julgado ................................................. 33 2.11 – Dação em Pagamento em Bens Imóveis ............................................ 33 3 – Exclusão do Crédito Tributário ................................................................ 33 3.1 – Isenção ................................................................................................ 34 3.2 – Anistia ................................................................................................. 37 4 – Questões Comentadas ............................................................................ 40 5 – Lista de Exercícios .................................................................................. 76 6 – Gabarito .................................................................................................. 94 Aula – Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito Tributário C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 3 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Conforme estudamos na aula anterior, o lançamento constitui o crédito tributário, tornando líquida, certa e exigível a obrigação já existente. No caso de ausência de pagamento voluntário do sujeito passivo, o atributo da exigibilidade permite que a Fazenda Pública promova os atos executivos necessários para o recebimento dos valores devidos. No entanto, em certas hipóteses previstas no CTN, a Administração é impedida de realizar as providências para exigir o crédito lançado. São situações em que a exigibilidade ficará suspensa, previstas no art. 151: Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI – o parcelamento. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário A moratória O parcelamento As reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo A concessão de medida liminar em mandado de segurança A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial Depósito do montante integral 1 – Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 4 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Trata-se de um rol exaustivo, tendo em vista o disposto no art. 141: Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. Relembrando o que foi visto na aula sobre legislação tributária, a taxatividade da lista do art. 151 é reforçada pelo art. 111, I, do CTN, o qual impõe a interpretação literal da legislação que disponha sobre suspensão do crédito tributário. ATENÇÃO: Conforme o parágrafo único do art. 151, a suspensão da exigibilidade do crédito tributário NÃO dispensa o cumprimento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso. Art. 151 - Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes. Agora vamos ensinar um MACETE para as questões que apenas cobram seu conhecimento sobre os 6 tipos de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: PARC MO DE RE LA, significando respectivamente: parcelamento; moratória, depósito do montante integral; reclamações e recursos do processo tributário; liminar em mandado de segurança e liminar ou de tutela antecipada, nas demais ações judiciais. Veremos aqui várias regras acerca dessa modalidade de suspensão do crédito tributário, mas não desanime, pois é a única das causas suspensivas que o CTN regulou de modo exaustivo (arts. 152 a 155 do CTN). A moratória trata- se da dilação do prazo para pagamento do crédito tributário. Em regra, deve ser concedida por meio de lei da esfera de governo que possui a competência para a instituição do tributo a que estiver relacionada. No entanto, o art. 152 do CTN permite a moratóriaheterônoma, ou seja, que a União conceda moratória em relação a tributos de competência dos Estados, DF e Municípios, se, simultaneamente, conceder a mesma moratória em relação 1.1 - Moratória C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 5 de 94 www.exponencialconcursos.com.br (i) aos tributos de competência federal; (ii) e às obrigações de direito privado. A moratória somente pode ser concedida em caráter geral ou individual, conforme esquema abaixo. A moratória em caráter geral é concedida pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo. Exemplo: Município que cria o IPTU concede moratória para pagamento do IPTU em função de alguma calamidade que tenha atingido a cidade. Há caso da moratória em caráter geral concedida pela União, em relação aso tributos dos Estados, do DF e dos Municípios, quando forem concedidas também para tributos federais e quanto às obrigações de direito privado, é a moratória heterônoma citada acima. A moratória de caráter individual é concedida por meio de lei que autorize nas condições gerais, mas que sejam concedidas por despacho da autoridade administrativa. A fruição depende do preenchimento de requisitos relacionados a características pessoais do contribuinte, reconhecidos por despacho da autoridade administrativa. Art. 152. A moratória somente pode ser concedida: I - em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira; b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado; II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. A moratória concedida em caráter individual não gera direito adquirido à pessoa que receber esse benefício. Pode, inclusive, ser concedida e depois revogada de ofício quando for apurado que na verdade o beneficiado não se enquadrava na situação ou deixar de estar nas condições de manter-se com o benefício. Pode ser revogada também se não cumpriu os requisitos para a concessão do favor legal. Essa revogação da moratória faz com que o crédito, antes suspenso, seja cobrado junto com juros de mora. Acrescentando-se ainda a penalidade cabível se constatado dolo ou simulação. Ou, se não tiver dolo ou simulação, não tem penalidade, apenas a revogação e a cobrança do tributo mais juros. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 6 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. A moratória em caráter geral, ao ser estabelecida em lei, a fruição por parte do contribuinte, em regra, ocorre de forma automática. Como a lei não exige o cumprimento de requisitos individuais, não há necessidade de alguma comprovação junto à autoridade fiscal. O parágrafo único do art. 155 estabelece: • No caso da revogação da moratória em caráter individual por motivo de dolo ou simulação, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; • No caso de revogação da moratória em caráter individual por outros motivos, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. Art. 155 - Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 7 de 94 www.exponencialconcursos.com.br O parágrafo único do art. 152 estabelece a possibilidade de a moratória abranger toda a base territorial do ente tributante ou apenas uma parte: Art. 152 - Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. O art. 153, o CTN estabelece os requisitos mínimos que devem constar da lei que conceder a moratória em caráter geral ou autorizar sua concessão em caráter individual. Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o prazo de duração do favor; II - as condições da concessão do favor em caráter individual; III - sendo caso: a) os tributos a que se aplica; Caráter Geral * Concedida em função das caracerísiticas objetivas do evento relacionado à tributação. Protege a generalidade de sujeitos passivos. *Ao ser estabelecida em lei, a fruição por parte do contribuinte, em regra, ocorre de forma automática. Como a lei não exige o cumprimento de requisitos individuais, não há necessidade de alguma comprovação junto à autoridade fiscal. *Gera direito adquirido Caráter Individual *Concedida com base em características subjetivas do contribuinte. * A fruição depende do preenchimento de requisitos relacionados a características pessoais do contribuinte, reconhecidos por despacho da autoridade administrativa. * NÃO gera direito adquirido (art. 155) e será revogada de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 8 de 94 www.exponencialconcursos.com.br b) o númerode prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual. Conforme disposto no art. 154, CTN, salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Já o parágrafo único do mesmo artigo prevê a seguinte regra: a moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele. Art. 154 - Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele. Lei de concessão da moratória - requisitos mínimos: Prazo de duração do favor Condições de concessão do favor em caráter individual Sendo o caso: *Tributos a que se aplica *Número de prestações e seus vencimentos, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa (quando de caráter individual) *Garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado (quando de caráter individual) C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 9 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Parcelamento é forma de suspensão do crédito tributário, bastante usual, pois muitos entes utilizam-se desse mecanismo para aumentar arrecadação. Trata-se de uma forma de política fiscal prevista no art. 155-A do CTN, por intermédio da qual o Estado estimula que os contribuintes inadimplentes regularizem seus débitos. O parcelamento deve ser concedido por meio de lei específica. Em regra, não exclui a incidência de juros e multa, porém a lei do parcelamento pode prever de maneira diferente, o que, em geral, acontece, pois se o objetivo do parcelamento é incentivar o pagamento de débitos em atraso ou débitos em dia, mas de altos valores, o ente geralmente coloca incentivo para que esse parcelamento tenha adesão e esse incentivo é a diminuição ou até mesmo a retirada de juros ou multas. Pode-se aplicar ao parcelamento, subsidiariamente, as regras do CTN sobre moratória. Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. § 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. § 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória. Parcelamento: principais aspectos Será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento NÃO EXCLUI a incidência de juros e multas. Segue, subsidiariamente, os princípios e regras relativos à moratória 1.2 - Parcelamento Atenção à pegadinha! As bancas vão tentar confundi-lo afirmando que a moratória segue subsidiariamente as disposições legais sobre o parcelamento, mas é o contrário! Recorde esse macete: “Quem tem moral” nessa história é a moratória, ela que “é seguida” pelo parcelamento. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 10 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Tem que ter lei também para parcelamento para devedor que esteja em recuperação judicial, já que o sujeito está em crise, pode ser feita uma lei específica concedendo parcelamento aso devedores em recuperação, para propiciar a superação da crise por meio desse benefício. Nos casos de recuperação judicial, o parcelamento dos créditos tributários terá condições estabelecidas por lei específica (§ 3º do art. 155-A). Caso não exista tal lei, prevê o § 4º do art. 155-A que será aplicada a lei geral de parcelamento do ente da Federação relacionado, NÃO podendo, nesse caso, o prazo de parcelamento ser inferior ao concedido pela lei federal específica. § 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. § 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica. Regularmente instaurado o contencioso administrativo, a exigibilidade do crédito tributário estará suspensa. Fique atento, pois a suspensão do crédito NÃO acontece em relação à instauração de litígio judicial. Nesse caso, apenas em determinadas situações poderá ocorrer a suspensão do crédito tributário, cujas hipóteses veremos a seguir. Sobre recursos administrativos, é importante que você conheça o entendimento jurisprudencial. Os tribunais superiores estabelecem que não se pode fazer exigência de depósito ou arrolamento em dinheiro ou bens antes de interpor recurso administrativo. Se a lei do ente disser que será necessário fazer depósito para protocolar recurso administrativo, deverá ser considerada inconstitucional. Suspensão da exigibilidade do crédito tributário Instauração do contensioso administrativo Instauração do contensioso judicial 1.3 – As Reclamações e os Recursos Administrativos C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 11 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Súmula Vinculante STF nº 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Súmula STJ nº 373: É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo. Para quem não é familiarizado com o termo, “contencioso” significa algo que está sendo contestado. Logo, quando o sujeito não concorda com algo, ele contesta essa coisa, estabelecendo assim um contencioso. Se o contencioso ocorrer na esfera administrativa, isto é, o sujeito for até uma agência da fazenda e efetuar sua reclamação, este será um contencioso administrativo. Caso ele venha a reclamar no judiciário, este será um contencioso judicial. O contencioso administrativo em forma de recursos ou reclamações administrativas suspendem a exigibilidade do crédito tributário. O mandando de segurança é a ação judicial que visa à defesa de direito líquido e certo lesionado ou ameaçadopor autoridade pública ou pessoa investida de atribuições do Poder Público. Se houver relevância jurídica e perigo na demora da sentença, o juiz pode conceder a liminar para suspender os efeitos do ato coator até que se julgue o mérito da ação. Dessa forma, o juiz poderá impedir que o crédito tributário seja exigido coercitivamente por meio da suspensão de sua exigibilidade. No entanto, ATENÇÃO à seguinte jurisprudência do STJ: “A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança de seu crédito, tais como inscrição em dívida, execução e penhora, mas não impossibilita a Fazenda de proceder à regular constituição do crédito tributário para prevenir a decadência do direito de lançar.” (EREsp 572.603/2005) Em outras palavras, perceba que o juiz NÃO pode impedir a autoridade fiscal de promover o lançamento tributário, pois assim poderia acarretar prejuízo ao Fisco pela perda do prazo para constituição do crédito tributário até o julgamento definitivo da ação (veremos a decadência mais à frente). De modo semelhante à Súmula Vinculante STF nº 21 (sobre recursos administrativos), também há uma Súmula tratando dos recursos judiciais. O STF se posicionou pela inconstitucionalidade do depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir o crédito. 1.4 – Concessão de Medida Liminar em Mandado de Segurança C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 12 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Súmula Vinculante STF nº 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. Nos casos em que a questão tributária exige dilação probatória não cabe mandado de segurança. Nessas situações em que o contribuinte ingressa com processo de conhecimento de procedimento comum, também é cabível a concessão de medida liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário. Outra possibilidade é a concessão de tutela antecipada pelo magistrado, que também tem o efeito de adiantar a prestação jurisdicional requerida pelo autor. Não se preocupe com os detalhes que diferenciam os dois institutos – liminar e tutela antecipada – pois não se trata de assunto atinente à nossa matéria. Para a prova de Direito Tributário você precisa saber que essas medidas preventivas e assecuratórias iniciais como medida liminar e tutela antecipada quando pedidas pelo autor e deferidas pelo juiz em qualquer tipo de ação judicial que verse sobre o tributo questionado, ocasiona a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Conforme alertamos, a simples instauração do processo judicial não tem o poder de determinar, por si só, a suspensão do crédito tributário discutido. No entanto, um mecanismo à disposição do contribuinte para obter essa suspensão é o depósito integral e em dinheiro do valor do crédito. ATENÇÃO: A integralidade do depósito refere-se ao montante exigido pelo Fisco (incluindo juros e multas) e não àquele considerado correto pelo contribuinte. Conforme a jurisprudência do STJ, o depósito é um direito subjetivo do sujeito passivo e, portanto, independe de autorização do juiz. Fique atento também ao conteúdo da Súmula 112 do STJ: “O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro”. Conforme esse tribunal, o seguro garantia judicial, assim como a fiança bancária, não se equiparam ao depósito integral em dinheiro. 1.5 – A Concessão de Medida Liminar ou Tutela Antecipada, em Outras Espécies de Ação Judicial 1.6 – Depósito do Montante Integral C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 13 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Em relação ao tema, importante também conhecer o entendimento firmado pelo STJ de que a realização do depósito formaliza o crédito tributário e torna dispensável o lançamento pelo Fisco, não havendo risco de o Fisco decair de seu direito de lançar. (REsp nº 767.328). ➢ Para melhor fixar, segue o quadro resumo sobre suspensão do crédito tributário: SUSPENSÃO Via Administrativa Instauração de reclamações e recursos Via Judicial Mandado de Segurança, Liminar ou Antecipação de tutela A simples instauração de contencioso não suspende. Juiz não pode impedir o lançamento do crédito Garantia do Sujeito Passivo Depósito Integral do valor exigido pelo fisco Não depende de autorização judicial Assim como a lei prevê a situação que faz surgir a obrigação e o crédito tributário, encontraremos na lei as hipóteses em que esse crédito será extinto e será dado um fim à relação jurídica tributária surgida. O CTN elenca um rol com 11 incisos prevendo as situações que dão fim ao crédito tributário. A maior parte da doutrina considera esse rol exaustivo. Extingue o crédito tributário o pagamento, a compensação, a transação, a remissão, a prescrição, a decadência, a conversão do depósito em renda, o pagamento antecipado e a homologação do lançamento, a consignação em pagamento, a decisão administrativa irreformável, a decisão judicial passada em julgado e a dação em pagamento em bens imóveis. Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; 2 – Extinção do Crédito Tributário C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 14 de 94 www.exponencialconcursos.com.br VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. O que extingue o crédito tributário (art. 156, CTN) Pagamento Prescrição e Decadência Decisão administrativa irreformável Compensação Conversão de depósito em renda Decisão judicial passada em julgado Transação Pagamento antecipado e a Homologação do pagamento Dação em pagamento de bens imóveis, na forma e condições da lei Remissão Consignação em pagamento Vamos abordar um a um para melhor explicar: O pagamento é a forma maisnormal e conhecida de extinção de obrigação e asism também é para o crédito tributário. Há, aqui no CTN, uma série de regras específicas sobre o pagamento no tocante ao crédito tributário, alguns até em desuso, mas como está na lei merecem nossa devida atenção. O pagamento pode ser feito em dinheiro, ou conforme o termo legal, em moeda e pode ser feito também em cheque ou vale postal. Além disso, o pagamento é efetudado em estampilha, ou por meio de papel selado ou ainda processo mecênico, quando houver previsão de lei nesse sentido. 2.1 – Pagamento C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 15 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Art. 162. O pagamento é efetuado: I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. No caso de pagamento em cheque, a extinção do crédito só ocorrerá com a respectiva compensação bancária. O vale postal, assim como o cheque, é uma espécie de ordem de pagamento. Já a estampilha, o papel selado e processos mecânicos são, na verdade, meios de prova de pagamento. Apenas saiba que são mencionados pelo CTN, sem maiores preocupações. Vejamos, agora, outros aspectos importantes: Segundo o artigo 157 do CTN, a imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário, infelizmente, o termo utilizado pelo legislador foi esse mesmo “ilide”, que significa rebate, refuta, porém o que o legislador quis dizer foi “elide” que quer dizer elimina, suprime, o que faz bem mais sentido no contexto do artigo. Ou seja, se o sujeito passivo recebe uma multa a ser cobrada sobre o valor do tributo, deverá pagar os dois, tanto a multa como o tributo. Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário. Quando um crédito tributário for decomposto em várias partes ou prestação, o pagamento parcial, ou seja, de uma parte não configura presunção de pagamento de todo crédito. Exemplo: IPVA pode ser pago em parcelas, se o contribuinte pagar a última não quer dizer que tenha pago as anteriores. Se o pagamento for total não há presunção de que outros créditos referentes ao mesmo tributo ou a outros tributos estejam também quitados. Meios de pagamento (art. 162, CTN) - Moeda Corrente - Cheque - Vale postal Nos casos previstos em lei: - Estampilha - Papel selado - Por processos mecânicos C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 16 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Exemplo: IPTU de um ano pago não quer dizer que o do ano anterior está pago também. Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. Existe um artigo que foi escrito com base na realidade da época de edição do CTN, estabelecendo que o local de pagamento será o da repartição competente do domicílio do sujeito passivo, ainda assim essa regra só vale quando a lei do tributo não dispuser sobre o assunto. Hoje em dia os tributos são recolhidos em rede bancária. Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. Em relação ao prazo de pagamento temos a situação em que a legislação de cada ente e de cada tributo definirá o tempo do pagamento, caso essa legislação seja omissa nesse aspecto, o CTN nos ensina que o vencimento do crédito ocorre trinta dias após a notificação ao sujeito passivo. A legislação pode conceder desconto para pagamento antecipado. Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça. Se o crédito não for pago no vencimento estipulado, será acrescido de juros de mora, além de poder ser aplicada penalidade e as garantias previstas na lei para o crédito tributário. Sendo omissa a lei quanto ao valor desses juros de mora, determina o CTN que será de 1% ao mÊs. Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 17 de 94 www.exponencialconcursos.com.br § 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. Ao tratar de pagamento, o CTN estabelece determinadas regras para os casos em que o mesmo sujeito passivo tenha, simultaneamente, dois ou mais débitos vencidos com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora. Nessas situações, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, de acordo com a ordem estabelecida no art. 163. Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva Pagamento do Crédito Tributário (aspectos importantes) Onde? Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, será realizado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo (art. 159) Quando? Se a legislação não fixar o tempo do pagamento, o vencimento ocorre 30 dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento (art. 160) A imposição de penalidade NÃO ilide o pagamento integral do crédito tributário (art. 157) O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: (art. 158) I - quando parcial, das prestações em que se decomponha II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a aoutros tributos O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas em lei (art. 161)Na omissão da lei, juros de 1% ao mês A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça.O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 18 de 94 www.exponencialconcursos.com.br imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes. A imputação do pagamento deve seguir a ordem da lei. Primeiramente devem ser pagos os débitos de obrigações próprias em que o sujeito passivo é contribuinte e depois paga-se os créditos em que o sujeito seja responsável. Não sendo suficiente para resolver a situação com base na primeira análise, tem-se a segunda, em que devem ser pagas as contribuições de melhoira, depois as taxas e só depois os impostos. Se persistir a controversa, em relação a diversos tributos com prazos de prescrição diferentes, devem ser pagos primeiramente os de menor prazo de prescrição, ou seja, os que estão prestes a prescrever, por óbvio, devem ser pagos antes do que ainda vão prescrever mais para frente. Por fim, devem ser pagos primeiramente os de maior valor. 1º - Débitos por obrigação própria 2º - Débitos por responsabilidade tributária 1º - Contribuições de Melhoria 2º - Taxas 3º - Impostos Ordem crescente dos prazos de prescrição Ordem decrescente dos montantes IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 19 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Entenda que há uma hierarquia entre os critérios de imputação de pagamento definidos pelo CTN. Depois de verificados quais débitos são devidos por responsabilidade tributária ou obrigação própria é que será feita a ordenação conforme se trate de contribuição de melhoria, taxas e impostos. Exemplo: Fulaninho possui quatro débitos vencidos com o Estado do Rio de Janeiro, um relativo a ICMS por responsabilidade tributária no valor de R$ 1 mil, outro de ICMS por obrigação própria no valor de R$ 2 mil, outro relativo a taxa por serviço público a ele prestado no valor de R$ 500 e o último no valor de R$ 1,5 mil relativo a contribuição de melhoria. Como será feita a imputação de pagamento? Passo 1: separar os débitos de responsabilidade daqueles por obrigação própria. Todos os débitos por obrigação própria serão pagos antes daqueles por responsabilidade. Débitos por obrigação própria: ICMS R$ 2 mil, taxa R$ 500 e contribuição de melhoria R$ 1,5 mil. Débitos por responsabilidade: ICMS R$ 1 mil. Passo 2: ordenar os débitos relativos a obrigação própria de acordo com o tipo de tributo (contribuição de melhoria → taxa → imposto): contribuição de melhoria R$ 1,5 mil → taxa R$ 500 → ICMS R$ 2 mil Conclusão: A ordem de pagamento será contribuição de melhoria R$ 1,5 mil → taxa R$ 500 → ICMS R$ 2 mil → ICMS por responsabilidade no valor de R$ 1 mil É muito importante decorar a ordem de imputação de pagamento estabelecida pelo CTN. Mas a decoreba será facilitada se você buscar o sentido da regra. Veja, por exemplo, que ao estabelecer a ordem ‘contribuição de melhoria → taxa → imposto’, o CTN levou em conta o grau de contraprestação do tributo. Quanto mais contraprestacional o tributo, mais a ausência de seus valores será sentida pelo Poder Público. Já ao estabelecer como terceiro critério a ordem crescente dos prazos de prescrição, isto é, cobrar primeiro aqueles créditos mais próximos de prescreverem, busca evitar a perda do direito de cobrança sobre eles. O art. 164 traz as hipóteses em que a importância do crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, extinguindo o crédito. A ação de consignação em pagamento é utilizada quando o sujeito passivo esteja impedido, por fato imputável ao credor, de exercer o seu direito de pagar e obter a quitação do tributo. Vejamos: C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 20 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 164 § 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. 164 § 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. Casos que ensejam a consignação em pagamento judicial são aqueles em que há recusa de recebimento ou subordinação do pagamento de outro tributo ou ainda ao cumprimento de obrigação acessória. A consignação pode ser feita também quando houver subordinação de recebimento do pagamento ao cumprimento de exigência administrativa sem fundamento legal e quando houver exigência de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador por mais de uma pessoa jurídica de direito público tributante. Já o art. 165 trata das hipóteses em que sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do tributo (o que seu edital chamou de repetição do indébito), seja qual for a modalidade de seu pagamento, independentemente de prévio protesto. Consignação em pagamento Recusa de recebimento ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou penalidade ou ao cumprimento de obrigação acessória Subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal Exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 21 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seupagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. A repetição do indébito que consiste na devolução ao sujeito passivo do valor pago, será feita quando o pagamento espontâneo de tributo tenha sido maior do que o devido ou quando houver erro na identificação dos elementos de cobrança como sujeito passivo, alíquota, base de cálculo, ou será devolvido o tributo pago quando houver reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, ou seja, teve decisão que condenou ao pagamento do tributo, esse tributo é pago e depois essa decisão cai por terra. De acordo com o art. 167, a restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo os referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Já, no parágrafo único do referido artigo, determina o CTN que, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que determinar a restituição, serão devidos juros NÃO capitalizáveis. Restituição do tributo nos casos de (...) cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 22 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. Atenção! De acordo com o art. 166, a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro (os chamados tributos indiretos, como o ICMS) somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. Acerca de restituição de tributos, é importante que você conheça a Súmula STF nº 546: “Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o contribuinte de jure não recuperou do contribuinte de facto o quantum respectivo”. Em linguajar mais acessível, significa que, não havendo repercussão do tributo, o contribuinte de direito (de jure) é também contribuinte de fato, não ocorrendo, portanto, enriquecimento sem causa. Nos termos do art. 168, o contribuinte tem o prazo de 5 anos para pleitear a restituição, contados da data da extinção do crédito tributário (pagamento indevido) ou da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. Mas, CUIDADO: essa regra é válida para as ações ajuizadas a partir de 09 de junho de 2005, quando a LC nº 118 conferiu novo entendimento ao art. 168, I, do CTN. Até então, como a redação legal fala em 5 anos contados da data da extinção do crédito tributário, entendia-se que no caso dos tributos sujeitos a homologação, sem que esta tenha sido realizada expressamente pela Administração, o prazo de 5 anos apenas seria computado após os 5 anos contados do fato gerador em que se considerava ter ocorrido homologação tácita. Ou seja, até 09 de junho de 2005, o contribuinte tinha dez anos para solicitar a restituição de tributo sujeito a lançamento por homologação indevidamente pago. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 23 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118, de 2005) II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. De acordo com o art. 169, caso a restituição pleiteada pelo contribuinte seja negada pela Administração, o sujeito passivo dispõe de 2 anos para ajuizar ação anulatória da decisão administrativa que denegá-la. Nos termos do parágrafo único desse artigo, o prazo de prescrição desta ação é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando seu curso PELA METADE a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada. Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada. A segunda forma de extinção do crédito tributário é a compensação. Só pode acontecer a compensação se houver lei dispondo sobre o tema. Cabendo a análise da autoridade administrativa autorizar a compensação em cada caso. A compensação é feita quando determinado sujeito passivo possui um crédito tributário em aberto, mas também possui contra aquele ente um valor a receber, sendo esse valor um crédito líquido, certo, vencido ou vincendo. Podendo ser, inclusive, de restituição. Se o crédito a que tem direito o sujeito passivo não for ainda vencido, caberá a compensação sobre o montante trazido a valor presente, sendo que não pode ter redução de juro maior do que 1% ao mês. Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. 2.2 – Compensação C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70.2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 24 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. Esquematizamos para vocês os pontos mais cobrados nas provas: Fique atento, pois a possibilidade de compensação com créditos vincendos (que ainda irão vencer) é uma particularidade do Direito Tributário - no Direito Privado, regulado pelo Código Civil, não há tal possibilidade. Além disso, a lei autorizativa da compensação poderá prever um desconto pelo “pagamento” antecipado do crédito em favor do contribuinte. No entanto, esse desconto deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo CTN de 1% ao mês. CTN veda a compensação de tributo que ainda esteja sendo discutido em via judicial antes do trânsito em julgado da decisão que der fim a lide. COMPENSAÇÃO Modalidade de extinção do crédito tributário por meio do confronto entre débitos e créditos de um sujeito passivo com a Fazenda Pública competente Deve haver lei autorizativa da compensação Créditos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública devem ser certos (quanto à existência) líquidos (quanto ao valor) Vencidos ou vincendos Se vincendo, desconto máximo de 1% ao mês Vedada compensação com crédito tributário objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo antes do trânsito em julgado Mandando de segurança pode declarar direito à compensação tributária C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 25 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. A extinção do crédito tributário por meio da transação ocorre quando há um acordo entre as partes que farão concessões reciprocamente, de modo que será findado o litígio estabelecido e as obrigações serão cumpridas. Só pode ser feita se houver lei específica autorizando a transação. No Direito Tributário só há transação terminativa, ou seja, que dá fim ao litígio, seja judicial ou administrativo. Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. A transação é um acordo por meio do qual cada lado – Fazenda Pública e sujeito passivo – cede um pouquinho, faz concessões, para pôr fim ao litígio. Jurisprudência STJ sobre compensação: Nº 212: “A compensação de créditos tributários NÃO pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória”. Nº 213: “O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária”. Nº 460: “É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte”. Perceba que apenas existe a possibilidade de declaração do direito à compensação tributária por meio de mandado de segurança (Súmula nº 213). Contudo, mandado de segurança é incabível o cálculo dos direitos creditórios do sujeito passivo contra a Fazenda, pois demanda diligências não cabíveis neste tipo de ação. 2.3 – Transação C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 26 de 94 www.exponencialconcursos.com.br No entanto, em função da indisponibilidade do interesse público e da vinculação da atividade tributária, somente por meio de lei a autoridade pública pode realizar a transação. Atenção! Ao contrário do que ocorre no direito civil, no direito tributário, não existe transação preventiva, mas apenas terminativa de litígio. Remissão é causa de extinção do crédito, pois dá ao sujeito passivo a dispensa da dívida, é o perdão da dívida em relação ao tributo. Como o ente estará abrindo mão de um recurso, só pode ser concedida por meio de lei específica. A autoridade administrativa, quando autorizada pela lei, poderá conceder remissão total ou parcial do crédito tributário. O CTN prevê os casos em que a remissão poderá ser concedida. O fisco, para conceder remissão, deve atentar para a situação econômica do sujeito passivo, atentar também para o erro ou ignorância desculpáveis do sujeito passivo em relação a matéria de fato e faz também a remissão em caso de baixíssimos valores de tributos. Deve ser levado em consideração a equidade e em relação ao caso e as peculiaridades da região. Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; TRANSAÇÃO Modalidade de extinção do crédito tributário por meio de um acordo para concessões recíprocas que põe fim ao litígio entre Fazenda Pública e sujeito passivo. Deve haver lei autorizativa da transação Em matéria tributária só há transação terminativa - pressupõe a existência de um litígio, administrativo ou judicial 2.4 – Remissão C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 27 de 94 www.exponencialconcursos.com.br V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. A Fazenda Pública deve respeitar um prazo para constituição do crédito tributário por meio do lançamento. A perda deste prazo implica na perda do direito de crédito ou decadência. Vejamos as 4 regras sobre o termo inicial da contagem do prazo decadencial (art. 173). Podemos afirmar que o prazo decadencial que o fisco tem para efetuar o lançamento do tributo é de 5 anos. A contagem inicial desse prazo vai variar. REMISSÃO O que é: Perdão de dívida tributária cujos fatos geradores játenham se aperfeiçoado no momento de vigência da lei concessiva. O que NÃO é: * Dispensa de pagamento de tributos sobre fatos geradores futuros (isenção) * Perdão de multa relativa a infração tributária (anistia) Deve ser concedida por lei específica (que trate exclusivamente de remissão, ainda que de vários tributos, ou que trate exclusivamente de determinado tributo, ainda que de vários aspectos a ele relativos) Despacho da autoridade administrativa que a conceder não gera direito adquirido. A lei pode autorizar remissão total ou parcial do crédito tributário atendendo (...) à situação econômica do sujeito passivo ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato à diminuta importância do crédito tributário considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante 2.5 – Decadência C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 28 de 94 www.exponencialconcursos.com.br A regra geral (art. 173, I), portanto, determina que o prazo decadencial de 5 anos seja contado a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Ou seja, se o fato gerador de um determinado tributo acontece em 5 de agosto de 2014, o lançamento já pode ser feito a partir deste dia. Contudo, o prazo decadencial só começará a ser contado a partir de 1º de janeiro de 2015. Assim, o lançamento poderá ocorrer até 31 de dezembro de 2019. Preste atenção, pois isso costuma causar grande confusão entre os concurseiros! Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; Vamos entender a análise da decadência em relação às modalidades de lançamento. Tributos lançados de ofício ou por declaração tem como contagem inicial do prazo decadencial o primeiro dia do exercício seguinte ao que poderia ter sido efetuado. Existe a peculiaridade no que tange ao tributo sujeito a lançamento por homologação. De acordo com o art. 150, § 4º do CTN, o prazo decadencial relativo aos tributos sujeitos a lançamento por homologação inicia-se na data do fato gerador. Lembremos que, nesses casos, o sujeito passivo deve efetuar o recolhimento antecipado do crédito tributário, a ser homologado pela Autoridade Fiscal, o que de certa forma faz presumir que a Fazenda tome conhecimento do fato gerador precocemente. Essa presunção explicaria o prazo menor para a realização do lançamento antes que ocorra a decadência. Essa presunção deixa de existir se o sujeito passivo não realiza qualquer recolhimento antecipado. Por essa razão, se não há pagamento prévio do crédito tributário a regra para contagem do prazo decadencial é aquela geral – 5 anos a partir do exercício seguinte ao da ocorrência do fato gerador. Esse prazo também será aplicado para os tributos lançados por homologação, ainda que haja pagamento prévio, se ficar demonstrado que o sujeito passivo agiu dolosamente – mantendo uma contabilidade paralela, por exemplo. Resumindo: C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 29 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Outro caso especial previsto pelo CTN para contagem do prazo decadencial é aquele em que decisão definitiva na esfera administrativa ou judicial reconhece a nulidade de lançamento anterior por vício formal. A Fazenda disporá de um novo prazo decadencial de 5 anos para realização de outro lançamento contados da data em que a decisão anulatória se tornar definitiva. Atenção! Essa regra não vale para vício material, como erro relacionado à existência da dívida ou à sujeição do devedor. É assim, foi feito um lançamento, houve impugnação desse lançamento, um belo dia a decisão sobre essa impugnação sai e diz que o lançamento deve ser anulado por vício formal, nesse dia começa a contagem de 5 anos para que seja feito um novo lançamento, sob pena de extinção do crédito tributário por decadência. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Por fim, no parágrafo único do art. 173, o CTN estabelece uma situação na qual a contagem do prazo decadencial para o lançamento será antecipada. Isso ocorrerá quando o sujeito passivo for notificado de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento, como o termo de início de fiscalização, por exemplo. Nesse caso, os cinco anos serão contados dessa notificação, que é considerada o início da constituição do crédito tributário. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. O tributo é lançado por homologação? Houve má-fé do sujeito passivo? Houve pagamento antecipado do crédito tributário, ainda que em valor incorreto? Prazo decadencial: 5 anos da ocorrência do fato gerador Prazo decadencial: 5 anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado NÃO NÃO SIM SIM SIM C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 30 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Antes de prosseguirmos, gostaríamos de alertá-los a respeito de certa imprecisão de nosso Código Tributário. Ele estabelece que a decadência é uma das formas de extinção do crédito tributário. Mas se a decadência ocorre justamente pela perda do prazo para lançamento do tributo, perceba que o crédito tributário nem chega a ser constituído! Como pode, então, ser extinto? Assim, o CTN incorreu em uma imprecisão, afirmando que a decadência extingue o crédito tributário, sendo que ela própria impediu que ele nascesse. Caso a banca decida ir mais fundo na cobrança do assunto, sem limitar-se à literalidade da lei, você já estará preparado. ☺ A prescrição é a perda da ação para proteger um direito lesionado. Ao contrário da decadência, que representa a perda do próprio direito, na prescrição esse direito se mantém, porém sem a possibilidade de se acionar o Judiciário para exigi-lo. Em matéria tributária, significa a perda da possibilidade de exigir o crédito não espontaneamente pago pelo sujeito passivo. Prazo Decadencial: 5 anos contados (...) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado da datado fato gerador Para tributos lançados por homologação, em regra, salvo exceções da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento (ex: termo de início da fiscalização) 2.6 – Prescrição Tributos lançados de ofício ou por declaração Tributos lançados por homologação SE houve má- fé do contribuinte Tributos lançados por homologação SE não houve qualquer pagamento prévio pelo contribuinte C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 31 de 94 www.exponencialconcursos.com.br De acordo com o art. 174 do CTN, a ação para cobrança do crédito tributário prescreve em CINCO ANOS, contados da data da sua constituição definitiva, isto é, da data da notificação regular do lançamento. O parágrafo único estabelece as situações nas quais o prazo para a prescrição se interrompe, isto é, desconsidera-se o período transcorrido e reinicia- se a contagem do prazo por mais cinco anos. A contagem do prazo prescricional será interrompida pela citação pessoal feita ao devedor, pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal, pelo protesto judicial, por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor e por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Repare que são posturas em que o ente cobrador está se manifestando e se movimentando para que a cobrança do crédito tributário continue acontecendo, o sujeito ativo cobrador não está inerte. Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Decadência do Crédito Tributário *Perda do direito de crédito *Antes do lançamento Prescrição do Crédito Tributário * Perda da possibilidade de exigir o crédito *Depois do lançamento C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 32 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Vimos que uma das possibilidades de suspensão da exigibilidade do crédito tributário é o depósito de seu montante integral pelo sujeito passivo. Ao final do litígio, sendo a Fazenda Pública vencedora, esse depósito será convertido em renda, isto é, seu valor será recebido pela Fazenda, extinguindo o crédito tributário. Sem grandes mistérios. Como vimos, há tributos sujeitos a lançamento por homologação, como é o caso do IR. Nesses casos, o contribuinte efetua o pagamento antecipado do crédito tributário, extinguindo a dívida, estando submetido a uma posterior homologação. Pagamento efetuado e devidamente homologado extingue definitivamente o crédito tributário, não obstante a interpretação do Artigo 3 da LC 118 em que, para efeito de restituição, considera-se extinto o crédito tributário no momento do pagamento antecipado. De acordo com o art. 156 do CTN, a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória, extingue o crédito tributário. Interrupção da prescrição Despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal Protesto judicial Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor Qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial que importe em reconhecimento do débito pelo devedor Depósito do montante integral --> Suspende o crédito tributário Conversão do depósito em renda --> Extingue o crédito tributário 2.7 – Conversão de Depósito em Renda 2.8 – Pagamento Antecipado e a Homologação do Lançamento 2.9 – Decisão Administrativa Irreformável C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 33 de 94 www.exponencialconcursos.com.br A coisa julgada não pode ser prejudica sequer por lei, conforme o art. 5º, XXXVI da CF/88. Portanto, a decisão judicial da qual não mais caiba recurso tem o poder de extinguir o crédito tributário. Atenção, o CTN admite a dação em pagamento somente de bens imóveis como modalidade de extinção do crédito tributário. Para tanto, necessita-se de lei ordinária autorizativa da esfera de governo relacionada, pela qual serão estabelecidos os requisitos para sua efetivação. A exclusão do crédito tributário (art. 175, CTN), que se dá por meio da isenção e da anistia, significa um impedimento para constituição do crédito tributário. Ou seja, ainda que ocorrido o fato gerador, a Fazenda Pública não poderá efetuar o lançamento. Art. 175. Excluem o crédito tributário: I - a isenção; II - a anistia. Exclusão do crédito tributário Impede lançamento Não há crédito tributário Anistia e Isenção Há obrigação tributária 2.10 – Decisão Judicial Passada em Julgado 2.11 – Dação em Pagamento em Bens Imóveis 3 – Exclusão do Crédito Tributário C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 34 de 94 www.exponencialconcursos.com.br Dessa forma, a principal diferença entre exclusão e extinção do crédito tributário está no fato de que a primeira ocorre antes da constituição do crédito e a segunda, posteriormente. Atenção! De acordo com o parágrafo único do art. 175 do CTN, a exclusão do crédito tributário NÃO dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente. Trata-se de hipótese de exclusão do crédito tributário em que se dispensa o pagamento de tributos relativos a fatos geradores posteriores à sua vigência. Isenção é a dispensa por lei de pagamento de um tributo devido, ou seja, há o fato gerador que enseja a obrigação tributário, porém, há uma lei dizendo que aquela situação ou aquela pessoa não preicsará pagar o tribut pois está isenta. A lei que concede isenção, por vezes é
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