Buscar

Introdução à Psicologia na Área da Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 2 - 
Psicologia 
INTRODUÇÃO 
 
 
Esta apostila tem como objetivo introduzir os estudantes da área de saúde aos aspectos biopsicossociais dos 
pacientes, preparando-os para um atendimento hospitalar humanizado, bem como desenvolver no educando 
competências e habilidades emocionais que os favoreçam no momento do atendimento na unidade hospitalar. 
 
PSICOLOGIA APLICADA À RADIOLOGIA 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA 
 
O QUE É PSICOLOGIA: 
 
A Psicologia é derivada de palavras gregas que significam "estudo da mente ou da alma". Hoje em dia é 
comumente definida como a ciência que estuda o comportamento humano. 
Os psicólogos estudam os mais variados assuntos entre eles: o desenvolvimento, as bases fisiológicas do 
comportamento, a aprendizagem, a percepção, a consciência, a memória, o pensamento, a linguagem, a motivação, a 
emoção, a inteligência, a personalidade, o ajustamento, o comportamento anormal, o tratamento do comportamento 
anormal, as influências sociais, o comportamento social, etc. 
A psicologia é freqüentemente aplicada na indústria, na educação, na engenharia, na saúde, em assuntos de 
consumo e em muitas outras áreas. Você é um profissional da área da saúde e, portanto, lidará com pessoas e irá se 
interagir com o ser humano. O profissional de saúde deve sentir-se bem consigo mesmo se pretende fazer alguém 
sentir-se bem. Ele não é um robô, nem tampouco o são as pessoas com quem trabalham pacientes, médicos, 
supervisores, enfermeiras, auxiliares de enfermagem e familiares dos pacientes, cada um é um ser humano, semelhante 
e ao mesmo tempo diferente dos demais seres humanos. 
Qualquer pessoa que queira ingressar na área da saúde precisa conhecer as pessoas e antes de tudo, a si 
próprio. Não está você ingressando nesta carreira porque se interessa pelas pessoas e deseja auxiliá-las quando estão 
doentes? 
 
PSICOLOGIA DO SENSO COMUM OU PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA: 
 
Todos nós usamos o que poderia ser chamado de psicologia de senso comum em nosso cotidiano. Observamos 
e tentamos explicar o nosso próprio comportamento e o dos outros. Tentamos predizer quem fará o que, quando e de 
que maneira. E muitas vezes sustentamos opiniões sobre como adquirir controle sobre a vida (Ex: o melhor método para 
criar filhos, fazer amigos, impressionar as pessoas e dominar a cólera). Entretanto, uma psicologia construída a partir de 
observações casuais tem algumas fraquezas críticas. 
O tipo de psicologia do senso comum que se adquire informalmente leva a um corpo de conhecimentos 
inexatos por diversas razões. O senso comum não proporciona diretrizes sadias para a avaliação de questões complexas. 
As pessoas geralmente confiam muito na intuição, na lembrança de experiências pessoais diversas ou nas palavras de 
alguma autoridade (como um professor, um amigo, uma celebridade da TV). 
A ciência proporciona diretrizes lógicas para avaliar a evidência e técnicas bem raciocinadas para verificar seus 
princípios. Em conseqüência, os psicólogos geralmente confiam no método científico para as informações sobre o 
comportamento e os processos mentais. Perseguem objetivos científicos, tais como a descrição e a explicação. Usam 
procedimentos científicos, inclusive observação e experimentação sistemática, para reunir dados que podem ser 
observados publicamente. Tentam obedecer aos princípios científicos. Esforçam-se, por exemplo, por escudar seu 
trabalho contra suas distorções pessoais e conservar-se de espírito aberto. 
Ainda assim, os cientistas do comportamento não estão de acordo quanto aos pressupostos fundamentais 
relacionados aos objetivos, ao objeto primeiro e aos métodos ideais. Como outras ciências, a psicologia está longe de ser 
completa. Existem muitos fenômenos importantes que não são ainda compreendidos. As pessoas não devem esperar 
uma abordagem única do objeto da psicologia ou respostas para todos os seus problemas. 
 
 
PSICÓLOGOS, PSICANALISTAS, PSIQUIATRAS: 
 
Psicólogos clínicos, psiquiatras e psicanalistas muitas vezes ocupam empregos semelhantes. Todos os três 
profissionais podem trabalhar em campos ligados à saúde mental, diagnosticando e tratando de pessoas com problemas 
psicológicos leves e graves. A grande diferença entre esses especialistas deriva de sua formação. Os psicólogos clínicos 
geralmente passam cerca de cinco anos na faculdade aprendendo sobre comportamento normal e anormal, diagnóstico 
(inclusive aplicação de testes) e tratamento. 
 
 
- 3 - 
Psicologia 
Os psiquiatras, ao contrário, completam a faculdade de medicina e dela saem com um diploma de doutor em 
medicina. Em seguida, para se qualificarem como psiquiatras servem aproximadamente três anos como residentes em 
uma instituição de saúde mental, mais comumente um hospital. Aí recebem treinamento para detectar e tratar de 
distúrbios emocionais, utilizando métodos psicológicos, bem como drogas, cirurgia e outros processos médicos. 
Em teoria, qualquer pessoa pode tornar-se psicanalista graduando-se por uma instituição psicanalítica e 
submetendo-se à psicanálise. Na prática, a maioria das escolas de formação aceita apenas médicos psiquiatras e 
psicólogos que irão estudar as teorias da personalidade e métodos de tratamento introduzidos por Freud. 
 
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS: 
 
Abraham Maslow cita o comportamento motivacional, que é aplicado pelas necessidades humanas. Entende-se 
que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os às ações. Para que 
haja ação a reação é preciso que um estímulo seja “implementado”, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do 
próprio organismo. Esta teoria nos dá idéia de um ciclo motivacional. Quando o ciclo motivacional não se realiza, 
sobrevém a frustração do indivíduo que poderá assumir várias atitudes: 
 
 Comportamento ilógico ou sem normalidade; 
 Agressividade por não poder dar razão à insatisfação contida; 
 Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios – digestivos; 
 Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos; 
 Passividade, moral baixa, má vontade, pessimismo, resistências às modificações, insegurança, não colaboração, etc. 
 
Maslow apresentou uma teoria da motivação, a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas 
em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão às necessidades baixas e 
no topo, as necessidades mais elevadas. De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência 
do indivíduo e a preservação da espécie, alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança 
constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem aa 
necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e 
amor. As necessidades de estima envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de 
respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, 
independência e autonomia. A necessidade de auto-realização são as mais elevadas, até cada pessoa realizar o seu 
próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente. 
 
AUTO-ESTIMA, CONFIANÇA E PERCEPÇÃO DE SI 
 
Em maior ou menos intensidade, temos nossa auto-estima colocada à prova, seja na escola, no trabalho, entre 
nossos amigos e até mesmo em família. Ficamos nos perguntando: será que essa pessoa que eu considero tanto, gosta 
de mim também? Na verdade há outra grande pergunta a ser feita: será que eu gosto mesmo de mim? Existem casos 
onde a falta ou baixa auto-estima nos obriga a cometer atos que não está a fim para se sentir querido. Talvez fosse o 
caso de se perguntar: será que fazendo isso ou aquilo estou gostando de mim mesmo, me respeitando, respeitando 
meus valores e meus limites? Ou será que estou com medo de ser rejeitado,mal visto, chamado de algum apelido 
desagradável e depreciativo, ou coisa do gênero? 
 
AUTO-ESTIMA: Gostar de si mesmo e saber se respeitar. 
 
CARACTERÍSTICAS DA BAIXA AUTO-ESTIMA: 
 
• Insegurança; 
• Superexigência; 
• Dúvidas constantes; 
• Incapacidade de realização; 
• Depressão; 
• Não se permitir errar; 
• Necessidade de agradar e ser reconhecido. 
 
O QUE DIMINUI A AUTO-ESTIMA: 
 
• Críticas e autocríticas constantes; 
• Culpa; 
• Abandono; 
 
 
- 4 - 
Psicologia 
• Rejeição; 
• Carência; 
• Frustração; 
• Vergonha; 
• Inveja; 
• Timidez; 
• Insegurança; 
• Medo; 
• Humilhação; 
• Raiva e (principalmente) perdas e dependência (financeira e emocional). 
 
O principal fator que motiva o indivíduo ao exercício de suas atividades na empresa se refere à auto-estima. 
Com isto, vamos melhorar a nossa auto-estima, resgatando os valores humanos e assim teremos uma melhor qualidade 
em nossos produtos e serviços, gerando uma melhor qualidade na vida de todos. 
 
PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA MODERNA: 
 
 TEORIA BEHAVIORISTA: Tem como nome principal John Watson e desenvolveu-se de forma grandiosa nos 
Estados Unidos. Em função de suas aplicações práticas, tornou-se importante por ter definido o fator psicológico, a partir 
da noção de comportamento (behavior). 
 
 TEORIA GESTALTISTA (GESTALT - Psicologia da forma): Postulou a necessidade de se compreender o 
homem como uma totalidade. A gestalt é a tendência teórica mais ligada à filosofia. 
 
TEORIA PSICANALÍTICA: Método de associação livre, no qual, o paciente é instruído a dizer tudo o que lhe vier à 
mente, assim se pode detectar temas mais consistentes, manifestações de desejos inconscientes. Para Freud, a maioria 
dos eventos psicológicos é causada, por impulsos insatisfeitos e desejos inconscientes. 
 
ESTRUTURA DO APARELHO PSÍQUICO SEGUNDO FREUD 
 
Psicanálise Freudiana (teoria) 
 
 A teoria que exerceu mais influência foi apresentada por SIGMUND FREUD, no período que vai de 1900, 
quando um médico vienense que tratava de doentes mentais, até sua morte. Em 1939, na cidade de Londres. Este 
trabalho nascido das disciplinas especializada em neurologia e psiquiatria propõe uma concepção de personalidade que 
sentiu efeitos importantes na cultura ocidental. Sua visão da condição humana oferece um modo complexo e atraente de 
perceber o desenvolvimento normal e anormal. Freud explorou áreas da psique que eram discretamente obscurecidas 
pela moral e filosofia vitorianas. Descobriu novas abordagens para o tratamento da doença mental. Seu trabalho 
contestou tabus culturais, religiosos, sociais e científicos. 
 Sigmund Freud, pelo poder de sua obra, pela amplitude e audácia de suas especulações, revolucionou o 
pensamento, as vidas e a imaginação de uma era. Foram incalculáveis os seus efeitos no pensamento humano durante a 
primeira metade deste século, e sua força está longe de ser esgotado. 
 
PLANOS DE MANIFESTAÇÕES MENTAIS 
 
 O aparelho psíquico está dividido em três níveis: consciente, subconsciente ou pré-consciente e o 
inconsciente. 
 
Consciente – Inclui tudo aquilo de que estamos cientes num determinado momento. 
 Recebe ao mesmo tempo informações do mundo exterior e do mundo interior. 
 É o conhecimento de todos os nossos atos. São fenômenos mentais que se processam em nossa mente e que 
tomamos conhecimento imediato. 
 Ex: Sei que agora estou estudando psicologia. 
Pré-consciente – (ou sub-consciente) – Se constitui nas memórias que podem se tornar acessíveis a qualquer 
momento, como por exemplo, o que você fez ontem, o teorema de Pitágoras, o seu endereço anterior, etc. É uma 
espécie de “depósito” de lembranças a disposição, quando necessárias. 
 
 
- 5 - 
Psicologia 
Inconsciente – Estão os elementos instintivos e material reprimido, inacessíveis à consciência e que podem vir à tona 
num sonho, num ato falho ou pelo método da associação livre. Os processos mentais inconsciente desempenham papel 
importante no funcionamento psicológico, na saúde mental e na determinação do comportamento. 
 Podemos ressaltar dizendo que: O consciente é o ego, o subconsciente ou pré-consciente é o 
superego e o inconsciente é o Id. 
 
 
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE 
 
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE POR FREUD: São três os sistemas principais que regem o comportamento 
humano: 
 
ID: É a instância mais primitiva da personalidade, a partir dele e ego e o superego desenvolvem-se. Consiste em 
impulsos biológicos básicos, como: comer, beber, eliminar resíduos e obter prazer (sexual). No id, habitam tanto 
sentimentos amorosos quanto agressivos, o id opera sobre o princípio do prazer. 
EGO: obedece ao princípio da realidade e é um mediador das demandas do id, a realidade do mundo e as exigências do 
superego. 
SUPEREGO: Julga se as ações são corretas ou não. É a internalização das regras sociais. Os verbos que regem os 
princípios são: ID (Gratificar), EGO (Adiar) e SUPEREGO (Julgar). 
 
 
 
DINÂMICA DA PERSONALIDADE: 
 
Existe uma quantidade constante de energia psíquica para qualquer indivíduo, chamada de LIBIDO (Palavra 
latina para desejo sexual). Como as três instâncias estão dinamicamente agindo no sentido de SATISFAZER, INIBIR E 
PUNIR essa energia. Daí surge à sensação de angústia, pois os indivíduos com ânsia de fazer algo, muitas vezes 
proibido, tornam-se angustiados. Com o objetivo de evitar ou diminuir a angústia, as pessoas usam estratégias para 
disfarçá-la. Através dos MECANISMOS DE DEFESA: 
 
RECALQUE: Exclusão da consciência de tudo que é doloroso. 
 
RACIONALIZAÇÃO: É um mecanismo de defesa, na qual a pessoa, através de deformação cognitiva, encontra 
razões, “boas”, mas falsas, para justificar aotos discutíveis, fracassos ou situaão desagradável. Designar motivos para o 
que fez. 
Ex: Não conseguiu responder o questionário “por que as questões foram formuladas de maneira inadequada”. 
Ex: (Eu não queria isto por que...). 
 
FORMAÇÃO REATIVA: Reação contrária à realidade. Ex: Uma mãe que é superprotetora pode sentir-se 
culpada, por não ter desejado o filho. 
 
PROJEÇÃO: Consiste em atribuir a outros as idéias e tendências que o sujeito não pode admitir como suas. 
Sem que percebamos, muitas vezes, vemos nos outros defeitos que nos são próprios Podem servir como exemplos: o 
aluno que se sente frustrado pela reprovação nos exames, põe-se a dizer que o professor é incapaz. O marido infiel que 
desconfia da esposa. 
Colocar nos outros qualidades indesejáveis que não gostamos em nós mesmos. Ex: Ser cruel e insensível com o 
outro quando na verdade você é assim. 
REPRESSÃO – É o processo pelo qual se afastam da consciência conflitos e frustrações demasiadamente 
dolorosos para serem experimentados ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente. Vivências que 
provocam sentimentos de culpa são esquecidas. Muitos casos de amnésia (excluídas as causas orgânicas) podem ser 
explicados através deste mecanismo. Esquecemos o que é desagradável. 
 
REGRESSÃO – Significa voltar a comportamentos imaturos, característicos de fase de desenvolvimento que a 
pessoa já passou. A criança de cinco anos que, após o nascimento de um irmão, volta a chupar o dedo, molhar a cama e 
falar como bebê, é um exemplo de regressão. Dessa maneira, reage melhor à frustração. É o caso do funcionário que, 
diante do chefe, assume comportamento menos adulto. 
 
COMPENSAÇÃO – Esforço feito para superar uma fraqueza ou inferioridade. 
Pode apresentar a formade uma busca de superioridadeno próprio domínio da inferioridade, ou pode ser 
indireta, isto é, apresentar uma forma de buscas substitutivas. 
 
 
- 6 - 
Psicologia 
Ex: Uma pessoa de famíla humilde quer ser médico. 
 
SUBLIMAÇÃO – É a capacidade de deslocar o seu alvo, sem perder, quanto ao essencial, a sua intensidade, o 
indivíduo resolve o conflito através de recompensa alternativa para seus desejos. 
Ex: Mulher que não tem filhos, dedica-se a orfanatos, as pessoas doentes ou mesmo adoção. 
 
ISOLAMENTO – É o ato de dividir a situaçãode modo a restar pouca ou nenhuma reação emocional ligada ao 
acontecimento. Usado para proteger o ego de aceitar aspectos de situações ou relacionamentos dominados pela 
ansiedade. 
 
INTELECTUALIZAÇÃO: Ter uma explicação intelectualizada para tudo. Ex: Médico que se depara 
constantemente com o sofrimento humano e distancia-se cada vez mais dele. 
 
NEGAÇÃO: É o processo pelo qual o indivíduo, embora formulando um de seus desejos, pensamentos ou 
sentimentos, até aí recalcado, continua a defender-se dele negando que lhe pertence. 
Ex: Um rapaz que teve uma grande paixão amorosa e não deu certo, fracassou a relação. Ele não aceita que 
teve uma paixão, diz; ter sido um caso passageiro. 
Ex: O pai de uma criança terminal recusa-se a admitir, que há algo errado com seu filho. 
 
DESLOCAMENTO: Na tentativa de ajustar nosso comportamento e eliminar as tensões, muitas vezes, não 
podendo descarregar nossa agressão na fonte de frustração (um chefe, a organização, etc), passamos a agredir 
terceiros que não têm nada a ver com o caso. É bom lembrar que a toda ou a quase toda frustração corresponde 
agressão. 
A raiva de alguém é dirigida a um objeto ou outra pessoa. 
 
 
A FORMA TRANSFERENCIAL 
 
A transferência consiste, como indica a palavra, em “transferir” para outra pessoa sentimentos que temos ou 
tivemos no passado em relação a pessoas da nossa família. 
 
Identificação: consiste em imitar inconscientemente um ou outro dos nossos educadores, autoridade ou amigo. A 
identificação se faz, em geral, quando admiramos determinada pessoa. 
 
Introjeção: consiste, por conseguinte, em “trazer para dentro de si”, em adotar e incorporar na própria pessoa as 
maneiras de ser e de pensar de outrem. 
 
 
A RELAÇÃO TRANSFERENCIAL 
 
Mesmo que a imagem que o homem tem da mulher coincida com seu comportamento e a sua maneira real de 
ser, ainda é necessário que o contrário também aconteça: a imagem que a mulher projeta no homem e que seria, por 
exemplo, a imagem do pai, também precisa coincidir com a realidade, para haver certa harmonia. 
 
Ao se comportarem como pai ou como filho, as pessoas assumem o que Moreno chamou de papel social. 
 
Na maioria das vezes, o papel do homem como pai é o de dirigir, orientar, tomar decisões, raciocinar e tomar 
iniciativas. 
O papel da mulher como mãe é o de dar afeto, carinho, proteção. 
Um exemplo bem ilustrativo deste tipo de relação é o momento freqüente em que o homem aninha a sua 
cabeça no ombro da mulher, nesse momento, a mulher se sente mãe e o homem volta a ser filho. 
 
A relação transferencial sinal de neurose? 
 
Algumas pessoas acham que “casar-se com um homem parecido com o pai” revela caráter anormal e neurótico. 
Nesse caso, a maior porcentagem da humanidade seria neurótica e anormal, pois a transferência e a identificação 
constitui fatores preponderantes na escolha dos parceiro entre si. O fato de essa escolha ser inconsciente também não 
dar à escolha caráter neurótico. Neurótica é a situação em que um dos parceiros transfere para o outro, de modo 
inconsciente, os conflitos que tinha com os pais – a esposa agride o marido porque tem vontade inconsciente de agredir 
o pai, que provocou, nela, anos de revolta recalcada. 
 
 
- 7 - 
Psicologia 
 
Quando a relação transferencial se transforma em barreira? 
 
 
Quando na relação transferencial não existe reciprocidade das expectativas dos papéis a relação cai em 
desarmonia. 
 
Se o homem decide dirigir os destinos da mulher, que se submete, passivamente, como “boa filha”, ao pai e 
esta procura um caminho oposto à vontade dele, está formado um conflito. 
 
Instabilidade da relação transferencial 
 
A evolução da nossa sociedade constitui permanente ameaça às relações transferências no que se refere a sua 
estabilidade. A pressão, que se traduz na mudança de tradições nas gerações mais novas, na propaganda indireta, na 
literatura e no cinema, faz com que muitos casais, em que predomina a relação transferencial entrem um dia ou outro 
em crise. Terão, portanto, de ensaiar nova forma de equilíbrio, nova forma de viver, em fim, nova forma de amar. 
 
 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO 
 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: Esta área de conhecimento da psicologia estuda o desenvolvimento do ser 
humano em todos os seus aspectos: físicos, motor, intelectual, afetivo-emocional e social, desde o nascimento até a 
morte. 
FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO: 
 
• Hereditariedade: A carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não se desenvolver. A 
inteligência pode desenvolver-se de acordo com as condições do meio em que se encontra. 
• Crescimento orgânico: Refere-se ao aspecto físico. 
• Maturação neurológica: É o que torna possível determinado padrão de comportamento. 
• Meio: Conjunto de influências e estimulação ambientais que altera os padrões de comportamento do indivíduo. 
 
 
ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO: 
 
 Aspecto-físico-motor: Refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, ex: A criança que leva a chupeta 
à boca. 
 Aspecto intelectual: É a capacidade de pensamento, raciocínio, ex: A criança de dois anos que usa um cabo de vassoura 
para puxar um brinquedo que está embaixo de um móvel. 
 Aspecto afetivo-emocional: È o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. A sexualidade faz parte 
desse aspecto, ex: A vergonha que sentimos em algumas situações. 
 Aspecto social: É a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas, ex: Quando em 
um grupo há uma criança que permanece sozinha. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE: O desenvolvimento da personalidade ocorre através dos vários estágios 
de vida, pelo qual passa o ser humano, segundo Freud ao longo do seu desenvolvimento há cinco fases determinantes 
na formação da personalidade do indivíduo, são elas: 
 
PERÍODOS PSICOSSEXUAIS: Durante os primeiros cinco anos de vida, os indivíduos atravessam vários estágios do 
desenvolvimento que afetam a personalidade, são eles: 
 
FASE ORAL: ocorre no 1º ano de vida, os bebês extraem prazer da amamentação e sucção. Neste estágio os bebês 
começam a colocar qualquer coisa na boca. 
 
FASE ANAL: 2º ano de vida, as crianças encontram prazer tentando ou treinamento do toalete. É a fase do controle, 
pois a criança descobriu que ela é quem controla o horário de fazer cocô ou xixi. 
 
FASE FÁLICA: Dos três aos seis anos de vida, as crianças sentem prazer manipulando os genitais, observam diferenças 
entre o sexo masculino e feminino. E dirigem seus impulsos sexuais para o membro parental do sexo oposto. Neste 
período elas desenvolvem o conflito edípico. Por volta dos cinco e seis anos, os impulsos sexuais do menino são dirigidos 
 
 
- 8 - 
Psicologia 
para mãe, por isto toma o pai como rival. Com medo de ser castrado pelo pai, o menino identifica-se com o pai, na 
busca de uma mulher substituta, já que a mãe é do pai. A mesma coisa acontece com a filha, só que esta se identifica 
com a mãe. 
 
PERÍODO DE LATÊNCIA: dura dos sete aos 12 anos, a criança dá menos atenção aos seus corpos e voltam sua 
atenção para outras habilidades. Ex: atividades escolares, esportivas, etc. 
 
 
FASE GENITAL: A adolescência e a puberdade são um prenúncio do estágio genital, a fase madura da sexualidade e o 
funcionamento adulto. 
 
OBS: Na teoria de Freud existem três zonas erógenas para o ser humano sentir prazer e saciar suas vontades: 
1. A boca – intuição (fixação da fase oral: mamar no seio, choro, comer). 
2. Região anal (prazer em evacuação, necessidade fisiológica). 
3. Região genital ou fálica (desenvolvimento da sexualidade). 
 
OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM A PERSONALIDADE: 
 
A personalidade é uma estrutura interna, formada por diversos fatores em interação. Não se reduz a um traço 
apenas, como a autodeterminação ou um valor moral. Pode ser muito ou pouco valorizada. Não importa. Uma pessoa 
mesmo sem valores, mal formada, com falhas morais ou limitações psicológicas,não deixa de ter personalidade porque 
tem uma estrutura interna, embora defeituosa. Também, a personalidade não é a simples soma ou justaposição de 
elementos, mas um todo organizado e individual, produto de fatores biopsicossociais. 
Nos fatores biológicos estão: o sistema glandular e o sistema nervoso; 
Entre os fatores psicológicos estão: o grau e as características de inteligência, as emoções, os sentimentos, as 
experiências, os complexos, os condicionamentos, a cultura, a instrução, os valores e vivências humanas. 
Nos grupos sociais, como a família,a escola, a igreja, o clube, vizinhança, processa-se a interação dos fatores 
sociais. 
 
PERSONALIDADE, TEMPERAMENTO E CARÁTER: 
 
Define a personalidade como uma organização dinâmica dos aspectos cognitivos, afetivos, conativos, 
fisiológicos e morfológicos do indivíduo. 
O temperamento é o modo habitual de reação emocional do indivíduo. 
O termo caráter vem do grego, que significa: esculpir, gravar. O termo caráter faz alusão à parte conativa da 
personalidade e em geral é usado com implicações morais. Em geral o termo caráter expressa os sentimentos psíquicos 
do indivíduo com os seus valores e suas atitudes frente a si mesmo e aos demais. 
 
COMPORTAMENTOS NORMAIS E PATOLÓGICOS: 
 
A divisão entre o normal e o patológico é tênue, entretanto, a normalidade possui três características 
importantes: a flexibilidade, a alegria e a auto-estima. A flexibilidade para o novo, para a mudança, para uma nova 
maneira de ser, não querer ser o dono da verdade são traços de normalidade. Na patologia ocorre a rigidez, no sentido 
de que a pessoa acha que sabe tudo, não aceita o novo. A rigidez é um traço patológico. 
A alegria é característica de pessoas sãs e a melancolia de pessoa doente. Essa alegria pode ser psíquica e/ou 
corporal. Na pessoa deprimida falta a alegria. 
O distúrbio mental ocorre em todas as sociedades, embora os sintomas variem conforme a cultura. 
Normalmente, a personalidade de qualquer doente mental mostra sinais de inadaptação e excesso de algum 
comportamento. É importante frisar que para ser patológico, o comportamento deve ser uma constante na vida da 
pessoa. 
Um comportamento que é considerado anormal em uma sociedade pode ser aceitável em outra, pode ocorrer 
inclusive que, numa mesma sociedade, certas formas de comportamento sejam aceitáveis para uma geração, mas não 
para as seguintes. 
 
NEUROSE, PSICOSE E PERVESÃO: 
 
NEUROSE: A pessoa neurótica reconhece que está doente, embora não possa associar seus sintomas com um conflito 
emocional óbvio. Ele permanece em contato com a realidade. Pode continuar a adaptar-se socialmente porque a pessoa 
neurótica não gosta da realidade que vive, mas se adapta a ela da sua maneira. O neurótico sofre de reminiscências, 
 
 
- 9 - 
Psicologia 
quer dizer, o que ele passou no passado, ele sofre no presente, atualiza no presente, o que significa um sofrimento 
inútil. Exemplos de distúrbios neuróticos: 
 
 Neurose obsessiva-compulsiva 
 Neurose histérica 
 Neurose fóbica / síndrome do pânico 
 Neurose hipocondríaca 
 
1. Neurose obssessiva-compulsiva: A pessoa com personalidade obsessiva é excessivamente asseada, pontual e de 
confiança. Ela costuma conferir tudo o que faz muitas vezes (rituais). Não gosta de mudança e fica contrariada com 
qualquer alteração em sua rotina. Tem atividades compulsivas, como por exemplo: gastar dinheiro demais ou ser muito 
avarento, comer demais e ser obeso, ser muito organizado no sentido de ser perfeccionista. Gosta de sentir que tem o 
completo controle de si mesmo e de seu mundo. Mantém suas emoções sob controle e raramente perde a calma. Seu 
senso de humor é limitado. Parece que precisa controlar completamente seu meio ambiente ou então não fazer 
nenhuma tentativa neste sentido, nenhum meio-termo é possível. Possui a moral muito rígida principalmente com 
relação a regras e horários. Tem medo exagerado que pode chegar a uma paranóia. É muito bom para os outros, mas 
pensa pouco em si mesmo, sendo às vezes auto-agressivo e possuindo auto-exigência (perfeccionismo). Sacrifica-se 
pelos outros. Tudo tem que ter sacrifício, tem que complicar as coisas mais simples. 
 
2. Neurose histérica: A pessoa com personalidade histérica é diferente. Ela precisa sentir que é o centro das atenções. 
Um pequeno desprezo será encarado como um insulto mortal, uma palavra impensada tornar-se-á uma 
declaração de amor ou prova de que não é mais amada. É perfeccionista no sentido estético, pois gosta de se sentir 
bonito para seduzir as pessoas. É um bom "ator", faz "teatro" em várias situações para dar a visão que está tudo bem. É 
muito bom consigo mesmo, pensando mais em si do que nos outros, não sacrifica pelos outros por isso se permite viver 
mais. É decidido, seguro de si. Pacientes assim nunca são monótonos. Não é de estranhar a possibilidade de que as 
personalidades histéricas e obsessivas sejam atraídas umas pelas outras! 
 
3. Neurose fóbica/ Síndrome do Pânico: Uma das principais angústias do homem é o medo de ficar só, o medo da 
solidão. O que significa estar só? Para ser só a pessoa tem que entrar em contato consigo mesmo, ser independente e 
para isso ela deve ter uma boa auto-estima e saber lidar com os próprios sentimentos. A neurose fóbica se caracteriza 
pelo medo excessivo e evitação de algum objeto normalmente inofensivo. A Síndrome do Pânico tem vários sintomas 
físicos quanto psicológicos. Eis alguns exemplos: 
 
 Físicos: palpitação, taquicardia, falta de ar, tremores, dormência no corpo, sudorese, tontura, medo de perder 
o controle, medo de ficar louco, medo de morrer (medo de o coração parar), etc. 
 Psicológicos: sensação de vazio, sensação de desamparo, medo de ficar sozinho, culpa pelo fracasso, 
fragilidade, perda da identidade, baixa resistência à frustração, medo da morte, necessidade da mentira, vira escrava do 
próprio medo, etc. 
 
4. Neurose hipocondríaca: Caracteriza-se pela preocupação com doenças imaginárias e outros sintomas corporais. 
 
PSICOSES: O psicótico tem maior comprometimento psíquico. É o verdadeiro doente mental. A pessoa psicótica tem 
sua personalidade inteiramente distorcida pela doença. Aceita seus sintomas como reais e a partir deles passa a 
reconstruir seu ambiente, recriando um mundo que somente ele pode reconhecer, tem delírios e alucinações diversas 
(distúrbios de percepção). O psicótico não aceita a realidade, por isso cria uma nova realidade para viver. Torna-se 
incapaz de continuar seu trabalho ou até mesmo de viver com a família porque seu senso de autopreservação fica 
seriamente perturbado. 
 
1. Esquizofrenia: A etimologia da palavra esquizofrenia vem de Esquizo = cisão e Frenia = personalidade. 
Esquizofrenia é a dupla personalidade ou personalidade múltipla. A pessoa com personalidade esquizóide é tímida, 
acanhada e "fechada". É emocionalmente fria, incapaz de se relacionar e formar amizades profundas. Freqüentemente é 
excêntrica em seus hábitos e leva uma vida própria, à parte das outras pessoas. É também característica dos 
esquizofrênicos possuírem: comportamentos bizarros ou estranhos; o isolamento, pois têm dificuldade de socialização; 
dificuldades sexuais como a dificuldade de ereção tendo satisfação pela masturbação ou pela humilhação, agressão e 
mágoa a pessoa com quem está tendo relações sexuais. Faz muitas generalizações, como por exemplo: "Todos os 
homens não prestam", "Todas as mulheres traem". É irônico, debochado, busca um ponto fraco da pessoa para atacar. 
É rígido, de pouca brincadeira e quando brinca é através da ironia. 
 
2. Paranóia: Pelo DSM-IV, a paranóia está incluída na esquizofrenia. A pessoa com personalidade paranóide é 
desconfiada de todos e o delírio mais constante é o delírio de perseguição. Ela é sensível e também lhe falta senso de 
 
 
- 10 - 
Psicologia 
humor. Tem uma idéia superior de suas próprias habilidades, sendo difícil trabalhar com ela, pois é rígida e inadaptável. 
Tem poucos amigos.3. Psicose maníaco-depressiva (PMD) ou bipolar: A pessoa com PMD vive episódios de depressão com mania, ou 
seja, períodos de abatimento e desinteresse e outros de alegria contagiante e superatividade. Riscos a suicídio. 
 
PERVERSÃO: Ainda é chamada de parafilias sexuais no DSM-IV. Está ligada a sexualidade. O perverso tem o objetivo 
de manipular o outro. Vive transgredindo normas e valores, como por exemplo, a corrupção. Acha que ele é o melhor, 
que no mundo só há idiotas e por isso ele nunca vai ser pego nas suas transgressões. Geralmente, o prazer dele está 
não no ato errado em si, mas fazendo o errado, ou seja, transgredir, já lhe causa prazer. 
 
1. Sadomasoquismo: Sente prazer pela violência sexual. 
2. Exibicionismo: Os exibicionistas são capazes de ereção e orgasmo quando se expõem a uma mulher desconhecida e 
amedrontada. 
3. Voyerismo: Os espreitadores ou voyeurs masturbam-se até o orgasmo enquanto observam uma mulher/homem 
desconhecida se despir. O indivíduo pode também fazer um telefone obsceno e atingir o orgasmo enquanto fala com 
uma mulher desconhecida. 
4. Fetichismo: Algumas pessoas são atraídas por objetos e não por seres humanos. São os fetichistas e o objeto de 
seu desejo sexual chama-se fetiche. Os fetiches mais comuns são roupas femininas, especialmente roupa íntima, 
sapatos, cabelos, seda, etc. Um fetichista pode ser capaz de ter relação sexual e atingir o clímax, desde que possa 
fantasiar seu fetiche. 
 
NOÇÕES SOBRE O ADOECER: A doença é vista pelo indivíduo como uma ameaça do destino. Ela modifica a relação 
do paciente com o mundo e consigo mesmo. Desencadeia uma série de sentimentos como impotência, desesperança, 
desvalorização, temor, apreensão... É uma dolorosa ferida no sentimento de onipotência e de imortalidade. É claro que o 
tipo e intensidade das reações vão variar de acordo com uma série de características da doença e do próprio indivíduo: 
 
 
 Caráter breve e duradouro da doença e seu prognóstico 
 Personalidade e capacidade de tolerância a frustrações do indivíduo; 
 Relação com o médico e demais membros da equipe de saúde. 
 
Pode-se dizer que tais reações variam em torno de três possibilidades: 
 
 Pacientes que se entregam à doença, à dor e ao desespero; são aqueles que não lutam. 
 Pacientes que tratam a doença como se fosse banal, mesmo sendo grave; 
 Pacientes que promovem mudanças em sua vida, tentando se adaptar à situação adversa. 
 
Apesar de todos esses sofrimentos provocados pelo fato de estar doente, pode-se dizer que os pacientes têm 
certos "ganhos" chamados de diretos ou primários e secundários. As gratificações diretas referem-se ao conflito inicial 
(interno) que gerou o sintoma psíquico. Para evitar o contato com a ansiedade que o conflito gera a pessoa 
"desenvolve" o sintoma e concentra sua atenção nele (e não no conflito e na ansiedade). Já os ganhos secundários 
relacionam-se aos ganhos externos que a pessoa recebe em conseqüência da doença: mais atenção, afastamento do 
trabalho ou de alguém, ganhos materiais, etc. Assim, independente dos "ganhos" obtidos, todo processo de adoecer 
ativa mecanismos fisiológicos para restabelecer a homeostase (equilíbrio do organismo) e mobiliza defesas psicológicas 
no paciente. Entre as possíveis reações emocionais podemos destacar: regressão, negação, minimização, raiva e culpa, 
"depressão", "doctor shopping", rejeição, pensamento mágico e aceitação: 
 
 Regressão: é a primeira e mais constante das conseqüências psíquicas. O paciente adota um comportamento 
infantil, de dependência e egocentrismo. Essa reação é útil na medida em que o paciente se deixa ajudar, renuncia 
temporariamente as suas atividades habituais e aceita a hospitalização. 
 
 Negação: "Não, não é, não pode ser!". É uma defesa contra a tomada de consciência da enfermidade, que 
consiste na recusa parcial ou total da percepção do fato de estar doente, sendo freqüentemente encontrada nas fases 
iniciais das doenças agudas ou de prognóstico grave (câncer). 
 
 Minimização: o paciente tenta diminuir a gravidade do seu problema. 
 
 
 
- 11 - 
Psicologia 
 Raiva e Culpa: "Por que logo eu?", "Que foi que eu fiz para merecer isto?". Um dos primeiros alvos é o 
médico: o paciente questiona a validade do diagnóstico, troca de profissional. Esses sentimentos podem ser dirigidos 
também a outras pessoas de convívio próximo ou a si próprio. 
 
 "Depressão": Todo paciente, independente do diagnóstico e da gravidade do seu problema, apresenta um 
componente "depressivo" conseqüente à perda de sua saúde. Ocorre devido ao ataque à imagem corporal, à auto-
estima e ao sentimento de identidade do indivíduo. Cabe ressaltar que o termo "depressão" está sendo utilizado aqui no 
sentido de desmoralização; e, não enquanto doença depressiva, como o episódio depressivo (CID-10) ou depressão 
maior (DSM-IV). 
 
 "Doctor Shopping": o paciente sai em busca de alternativas ou de pessoas que se proponham a restabelecer 
sua saúde. Faz um verdadeiro "shopping" de médicos. 
 
 Rejeição: o paciente já tomou conhecimento de sua doença, tem certeza de sua existência, mas evita falar ou 
realizar atividades que lembrem a enfermidade. 
 
 Pensamento mágico: é a crença de que um ritual pode reverter o seu quadro. 
 
 Aceitação: permanente tentativa de buscar uma "convivência razoável" com a doença. Não significa uma 
aceitação passiva nem uma submissão à doença, mas sim que a reação depressiva provocada pela doença pode ser 
elaborada e controlada pelo paciente. 
Assim, o papel desses profissionais é ver o paciente como um todo, ser sensível às reações do mesmo e 
mostrar as perspectivas reais que existem quanto a sua recuperação. Deve-se respeitar o "tempo interno" do doente e 
não forçá-lo a aceitar toda a verdade de uma vez! 
 
SAÚDE E DOENÇA: UM ENFOQUE PSICOLÓGICO 
 
O termo saúde: é derivado do latim salute, que significa salvação, É um processo da existência humana, 
relacionado à consciência individual e coletiva e às condições de vida. Se expressa histórica, social e culturalmente de 
forma singular, subjetiva e objetiva na interação dos indivíduos e da coletividade com o ambiente. Caracteriza-se pela 
capacidade do ser humano em realizar seus objetivos vitais durante sua existência, em condições sociais, culturais e 
ambientais diversas. 
O termo doença vem do latim dolentia, cujo significado é dor. Ao longo dos anos o conceito de doença evoluiu 
dentro do critério estritamente organicista para uma visão psicossocial, onde a influência da própria natureza humana é 
levada em consideração. A doença é vista pelo indivíduo como uma ameaça do destino. Ela modifica a relação do 
paciente com o mundo e consigo mesmo. Desencadeia uma série de sentimentos como impotência, desesperança, 
desvalorização, temor, apreensão... É uma dolorosa ferida no sentimento de onipotência e de imortalidade. 
 
PACIENTE COMO UM SER BIOPSICOSSOCIAL (VISÃO HOLÍSTICA): 
 
Uma pessoa não pode ou não deve perder sua dignidade e direitos como pessoa porque está doente. Para May 
(1977), em Beland e Joyce, o fundamental da Psicologia humanística é compreender o homem como um ser, ou seja, 
atingir o aspecto mais íntimo de cada pessoa. E para que possamos atingir esse aspecto é preciso considerar a pessoa e 
seu ambiente como uma unidade composta de fatores interdependentes; é preciso compreender a maneira de pensar, 
sentir e fazer que o próprio homem desenvolvesse como parte de seu ambiente e ainda ter consciência de que o bem-
estar só é alcançado quando as necessidades estão sendo supridas satisfatoriamente. 
Qualquer doença altera a atuação interpessoal e social do indivíduo e tanto maior será essa alteração conforme 
for o valor físico, emocional e intelectual que a doença representa para o paciente e seus familiares, sem esquecer que o 
hospital poderá minimizar ou exacerbar tal alteração. 
A base da profissão de um profissional da saúde deve ser a crença no valor da pessoa através do respeito ao 
atendimentodas necessidades básicas do paciente e, para tanto, é imprescindível identificar seus problemas tendo 
amplas e atualizados conhecimentos fisiopatológicos e psicossociais, sem os quais sua atuação será desnecessária e 
muitas vezes, prejudicial. 
 
A CRIANÇA NO HOSPITAL: 
 
RECÉM-NASCIDO E A HOSPITALIZAÇÃO: o papel materno idealizado pela mãe é completamente alterado quando 
esta é separada de seu bebê e passa a ter que contar com a equipe médica e de enfermagem para ter informações, 
contato com o bebê e participação no cuidado. 
 
 
- 12 - 
Psicologia 
 
UNIDADE NEONATAL: O ambiente da unidade neonatal é caracterizado pela utilização de vários dispositivos 
tecnológicos. Trata-se de um ambiente que está longe de ser tranqüilo e acolhedor, apresentando profissionais 
conversando, indo e vindo apressados, aparelhos com luzes e alarmes, pais e outros parentes visitando os bebês. 
Conforme o estado de saúde do bebê for mais crítico e o prognóstico mais incerto, algumas mães podem apresentar 
retardo do apego, como estratégia de defesa, para prevenir excessiva dor, caso o neonato morra. 
 
EFEITOS DA PRIVAÇÃO MATERNA: Angústia, carência afetiva, sentimento de vingança, culpa e depressão, distúrbios 
emocionais, sensação de abandono, personalidade instável, inapetência, perda de peso, falta de iniciativa apatia, 
distúrbio do sono, diminuição da vocalização, depressão, tristeza, atraso no desenvolvimento, regressão no processo de 
maturação afetiva, agressividade, manifestação psicossomática. 
 
PREPARO PARA A HOSPITALIZAÇÃO DE CRIANÇAS: 
 
1. O preparo deve ser realizado pelos pais, são consideradas pessoas mais importantes e significativas para o 
paciente, para isto devem receber apoio e preparo para o desempenho de determinada tarefa. 
2. As informações devem ser reais e fornecidas de acordo com o nível de entendimento, sendo necessário repeti-
la quantas vezes for necessário. 
3. Esclarecer sobre o aspecto temporário da situação e incluir preparação para a volta para casa. 
4. Franqueza sobre o aspecto da dor, da separação e das visitas. 
5. Em crianças maiores de cinco anos, é importante realizar esta tarefa com ajuda de figuras, desenhos e 
dramatização 
 
O PROFISSIONAL DE SAÚDE E A CRIANÇA HOSPITALIZADA: 
 Especialização; 
 Compreender as etapas de vida que a criança está vivendo; 
 Ter visão global, criança-família; 
 Propiciar reconhecimento do ambiente; 
 Possibilitar acesso à recreação; 
 Deixar a criança em posição confortável; 
 Utilizar linguagem e tom de voz adequado; 
 Evitar manuseio desnecessário; 
 Evitar esquecimentos dos horários de medicação. 
 O ADOLESCENTE NO HOSPITAL: 
 
ADOLESCÊNCIA: CARACTERÍSTICAS: Os adolescentes se encontram imersos num mundo de ambigüidades e 
contradições. Entre as pulsões para "abraçar o mundo", passando por cima de tudo e de todos, e momentos de 
depressão e frustração, o adolescente se ressente da falta de liberdade e autonomia dos adultos e, ao mesmo tempo, 
não pode usufruir a irresponsabilidade da infância, por isso ocorrem mudanças em vários níveis. 
 
ADOLESCENTE NO HOSPITAL: 
 Consciência da transformação do próprio corpo, timidez pela falta de privacidade do ambiente hospitalar; 
 Reações descontroladas em relação à própria doença e a dos outros; 
 Dificuldade de relacionamento, por conta da ociosidade física e da imobilização causada pela doença. 
 
O ADULTO NO HOSPITAL: 
 
ESTÁGIO ADULTO: 
 Evolução do senso de self (Desejo de tornar-se ou permanecer unido ao outro/dividir com o outro o que se é). 
 Equilíbrio 
 Realização da intimidade/ interdependência (“eu te cuido e me deixo cuidar”) 
 Formar alianças, cumprir ordens (respeito à figura principal/apego) e respeitar hierarquia (relacionamento com 
iguais/superiores e subalternos). 
 
PACIENTE ADULTO: Sua reação à doença dependerá de: 
 A natureza da doença; 
 A significação da doença; 
 Medo do desconhecido; 
 A interpretação do diagnóstico. 
 
 
 
- 13 - 
Psicologia 
COMPORTAMENTO DO ADULTO HOSPITALIZADO: 
 
Por tornar-se dependente dos cuidados dos outros, o adulto poderá regredir em suas reações, considerando a 
interrupção forçada a sua vida habitual. As regressões podem se apresentar como: 
 
 Passividade e dependência, não fazendo nada por si, exigindo atenção permanente. 
 Comportamento de irritação e irracionalidade. Ex. Reagirão como criança mimada. 
 Hiper ansiedade e temores. Ex: Pacientes que exigem manuseio e conforto constantemente. 
 
O IDOSO NO HOSPITAL: 
 
PACIENTE IDOSO: Existem dois tipos de paciente idoso: 
 
1. Amado e preservado por seus familiares é levado ao médico ou hospital, ao mínimo sinal de doença. Os parentes 
ainda permanecem atentos a sua evolução, e participam efetivamente de sua melhora. 
2. A família quer se livrar e interna ou abandona na sala de emergência, e só aparecem dias depois. Ao perceberem a 
rejeição de seus familiares, freqüentemente entregam-se a doença ou mesmo à morte. 
 
 
A MAIOR DIFICULDADE DO IDOSO É: 
 
1. Sensação de perda de saúde; 
2. Tornar-se um peso para seus familiares. Ex: Não mais poder executar suas necessidades básicas sozinho. 
 
O CONFLITO COM A DOENÇA DO IDOSO: 
 
 Conflito consigo mesmo: tudo perde o sentido para o paciente, porque a situação é vista como uma situação 
de perigo. 
 Conflito com o seu meio ambiente: É necessário dizer ao doente toda a verdade sobre sua doença, mas 
não se deve esconder o fim que se aproxima. 
 Conflito com o leito: o leito não convida, há sempre o cheiro de cânfora dos medicamentos ou pior, nem a 
água de colônia consegue retirar. 
 Conflito com seu corpo: seu corpo torna-se frágil e inerte, é um objeto preso pela doença. 
 
A MORTE E O MORRER: 
 
DIFERENÇA ENTRE MORTE E MORRER: 
 
Morte é o final da vida material, como nós a conhecemos. Morrer é o ato através do qual ocorre a morte, ou seja, é a 
ação da morte. Pois morrer implica numa ação, onde algum ser foi extinto da vida material definitivamente. Sendo 
assim, o verbo empregado é morrer e não desaparecer. 
 
TANATOLOGIA: Palavra grega que significa (Thánatos=morte) e Logos (Estudo), logo é o “estudo da morte”. 
 
MORRER ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO AO INTINTO DE SOBREVIVÊNCIA: 
 
O temor do morrer, diz respeito às sensações dolorosas que podem acompanhar tal acontecimento. Mas também diz 
respeito a outros aspectos, tais como: 
 
 Angústia de separação 
 Medo existencial 
 Medo da doença e da morte 
 Medo da dor 
 Perda de controle 
 Medo da morte súbita 
 Medo da rejeição 
 Medo de que o câncer seja contagioso 
 
A MORTE COMO PERDA: Existem doenças que podem representar para o paciente uma sentença de morte, mesmo 
que esta esteja em seu estágio inicial. 
 
 
- 14 - 
Psicologia 
 
 
HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE 
 
O QUE É HUMANIZAR: Para o dicionário, humanização é o ato de humanizar (Tornar humano; dar condição 
humana a; humanar). A humanização depende de nossa capacidade de falar e ouvir, pois as coisas do mundo só se 
tornam humanas quando passam pelo diálogo com nossos semelhantes. O compromisso com a pessoa que sofre pode 
ter basicamente três, ou quatro, tipos de motivação. Pode resultar do sentimento de compaixão piedosa por quem sofre, 
ou da idéia de que assim contribuímos para o bem comum e para o bem-estar em geral. Pode resultar também da 
paixão pela investigação científica. Um quarto tipo de motivação de compromisso pode resultar da solidariedade 
genuína. 
 
A dimensão desumanizante da ciência e tecnologia se dá, dessa forma, na medida em que ficamos reduzidos a 
objetos de nossa própria técnica e objetos despersonalizados de uma investigação que se propõe ser fria e objetiva. Um 
hospital pode ser excelente na questão da tecnologia e mesmo assim ser desumano no atendimento, por tratar as 
pessoas como simples objetos de intervenção técnica, sem serem ouvidas em suas angústias, temores e expectativas, 
ou sequer informadas sobre o que está sendo feito com elas, pois o saber técnico define em consiste o bem do paciente, 
independentementede sua opinião. Por outro lado, o problema em muitos outros locais é justamente a falta de 
condições técnicas, seja de capacitação, seja de materiais. Tais locais se tornam desumanizantes pela má qualidade 
resultante do atendimento e sua baixa resolubilidade. Essa falta de condições técnicas e materiais também podem 
induzir a desumanização, na medida em que profissionais e usuários se relacionem de forma desrespeitosa, impessoal e 
agressiva, piorando uma situação que já é precária. 
 
 
 
O TRABALHADOR DE UNIDADES DE SAÚDE 
 
Questões como qualidade no atendimento, humanização da atenção e direitos do consumidor estão sendo 
paulatinamente incorporadas ao dia-a-dia dos serviços de saúde, como conquistas da cidadania. Trata-se de um 
caminho irreversível e benéfico a toda a sociedade. Quando pensada de forma profunda, correta e honesta, essa 
mudança trará benefícios a todos. Talvez desagrade a alguns, mas se desagrada é porque incomoda a quem tenta 
manter uma realidade viciada, distorcida, desqualificada e desumana no atendimento que faz pessoalmente, pois a 
maioria, pelo que se observa, quer mudar. 
 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O PROFISSIONAL DE SAÚDE: 
 
1. Analisar os aspectos psicológicos da relação do enfermeiro com o paciente, familiar/cuidador e equipe 
profissional; 
2. Atuar considerando as dificuldades e possibilidades emocionais do paciente e família; 
3. Identificar a reação do paciente mediante o encaminhamento para uma unidade de cuidados paliativos; 
4. Discutir o papel do técnico de enfermagem na evolução da doença do paciente (metástase); 
5. Participar junto à família no processo, da trajetória de perdas (físicas, sociais, espirituais); 
6. Conhecer o histórico da Tanatologia (o lidar com a morte); 
7. Avaliar a importância do envolvimento familiar no tratamento do paciente ontológico; 
8. Discutir o impacto que o câncer causa nos profissionais que lidam diretamente com o paciente oncológico. 
 
 
PORTANTO, NO HOSPITAL CONSIDERE PRINCIPALMENTE: 
 
 A complexidade do relacionamento humano; 
 O poder da sua comunicação; 
 Saber trabalhar com pessoas diferentes; 
 O enfrentamento de situações conflituosas; 
 Atitudes pró-ativas levam ao reconhecimento profissional; 
 A sintonia com os objetivos da empresa; 
 Desenvolver seu marketing de relacionamento; 
 A importância de fazer e pensar criativamente; 
 Estar motivado a trabalhar, apesar de problemas pessoas; 
 Busca constante pela qualidade de vida. 
 
 
 
- 15 - 
Psicologia 
 
 
 
RELACIONAMENTO HUMANO 
 
RELAÇÕES INTERPESSOAIS: relação entre as pessoas. 
 
RELAÇÃO INTRAPESSOAL: relação do indivíduo consigo mesmo. 
 
 
TIPOS DE RELAÇÔES: 
 COMBATIVA: Luta (Agressão,resistência,dano) 
 COMPETITIVA: Competição (Rivalidade e motivações mistas) 
 COOPERATIVA: Acordo (Aquiescência, obediência) 
 COLABORATIVA: Parceria (Interação sinérgica: coesão dos membros de um grupo ou coletividade em prol de um 
objetivo comum) 
 
SIMPATIA: Identificação com a personalidade alheia; 
ANTIPATIA: Desprazer e repulsa pela outra pessoa; 
EMPATIA: Se colocar no lugar do outro o compreendendo. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NAS RELAÇÕES HUMANAS: angústia, ansiedade, medo, conflito, frustrações e 
obstáculos. 
 
PECADOS DO TRABALHO GRUPAL: 
 
• Falta de habilidade técnica para executar o trabalho; 
• Não ter segurança, confiança e autonomia para o desenvolvimento de um trabalho competente; 
• Falta de habilidade para manter um relacionamento harmonioso com o colega; 
• Perda de tempo necessário ao trabalho, em decorrências de fofocas inúteis; 
• Irresponsabilidade e falta de sensibilidade com os problemas alheios; 
• Disputa pela atenção de superiores; 
• Incapacidade para solicitar ajuda do colega por atitude orgulhosa; 
• Não gostar do que faz e colocar a responsabilidade pela insatisfação pessoal e profissional no colega de 
trabalho; 
• Invejar a estrutura de vida dos colegas de trabalho; 
• Ser antiético. 
 
EMPATIA: 
 
Empatia: O estado de empatia, ou de entendimento empático, consiste em perceber corretamente o marco de 
referência interno do outro com os significados e componentes emocionais que contém, como se fosse a outra pessoa, 
porém sem perder nunca essa condição de “como se”. A empatia implica, por exemplo, sentir a dor ou o prazer do outro 
como ele o sente e perceber suas causas como ele a percebe, porém sem perder nunca de vista que se trata da dor ou 
do prazer do outro. Se esta condição de “como se” está ausente, nos encontramos diante de um caso de identificação. 
 
 
 
 
O FATOR HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES 
 
 O estudo do fator humano nas organizações pode ser dividido em três partes principais: 
 Adaptação do homem ao trabalho 
 Adaptação do trabalho ao homem 
 Adaptação do homem ao homem 
 
O GRUPO 
O que é grupo social? 
 
 Pessoas que se encontram que se reúnem para jogar futebol, conversar, constituem grupos sociais. 
 
 
- 16 - 
Psicologia 
Grupo é toda reunião de indivíduos em torno de um objetivo comum. 
O grupo pode formar-se espontaneamente, como é o caso de crianças num parque de jogo que se procuram 
sem se conhecerem para brincar juntas. 
Quando a formação do grupo foi voluntariamente planejada, antes de ser formada ou depois da sua aparição 
espontânea, podemos falar de Grupo Organizado. 
Clubes, times esportivos, turmas de alunos, comissões técnicas ou políticas, batalhões militares, equipes de 
operários e conselhos diretores são grupos organizados. 
 
O INDIVÍDUO 
 
 Sendo o grupo composto de INDIVIDUOS, é evidente que seu ÊXITO depende das atitudes dos indivíduos que 
o compõem. 
 São várias as condições pessoais necessárias ao individuo, a fim de que o grupo venha a ter êxito na sua 
produção. 
 
 A simpatia 
 
Os fatores que levam dois indivíduos a se simpatizarem são ainda pouco conhecidos. Segundo certos 
psicólogos, eles dependem do ponto de vista pelo qual se encara a pessoa. 
Psicólogos acharam raízes familiares e hereditárias na simpatia, chegando a pretender que indivíduos que se 
simpatizam têm o mesmo tipo de doença mental na família. Na opinião de outros psicólogos, as nossas simpatias e 
antipatias estão guiadas, inconscientemente, por amigos e parentes parecidos com as pessoas com as quais se formou o 
sentimento. 
 
 Preparo do individuo 
 
Há vários pontos de vista a considerar para que os indivíduos tenham êxito no trabalho em equipe: 
 
 Ponto de vista lingüístico: É necessário o perfeito entendimento entre os indivíduos, principalmente em se 
tratando de trabalho intelectual, esclarecendo-se então as palavras sobre o seu real significado ou ainda a terminologia 
mais utilizada no serviço. 
 
 Ponto de vista psicossocial: As pessoas integrantes do grupo devem estar conscientes das principais dificuldades 
sociais que podem surgir durante o trabalho e, principalmente, saber superar as frustrações provenientes do atrito das 
tendências ou instintos dos componentes dos grupos. Devem conhecer-se suficientemente, de maneira que não 
provoquem problemas originários do temperamento ou dos próprios complexos. 
 
 Ponto de vista econômico administrativo: Antes de iniciar qualquer trabalho de equipe devem ser esclarecidos 
e combinados entre os membros do grupo, ou com a direção, conforme o caso, os seguintes pontos: 
 
 Repartição das responsabilidades e hierarquia. 
 Condições econômicas de trabalho (salário, regalias, etc.). 
 
 O interesse pela atividade de grupo 
 
A produção dos indivíduos está estreitamente ligada ao INTERESSE que têm pelo trabalho e os objetivos do 
grupo. Na origem destes interesses podem existir MOTIVOS diferentes, tais como: 
 
 A necessidade de contato social e o desejo de servir ou de ser agradável a outrem. Este tipo é o que encontra maior 
motivo de satisfação no trabalho em coletividade. 
 O desejo de ser admirado e aprovado pelo grupo – dificilmente compatível com o espírito de cooperação necessário 
nas relações humanas. Esse tipo é, em geral, individualista. 
 O desejo de posse, de ganhar dinheiro,que leva os indivíduos a formar sociedade cujo único objetivo é o lucro. 
 A necessidade de atividade e de realização que leva os indivíduos a promoverem reformas e tomarem iniciativas. 
 O instinto sexual capaz de estimular os indivíduos para enfrentarem as mais difíceis situações e resolverem os mais 
sérios problemas, como também para criar embaraços e situações perigosas. 
 O instinto de conservação que se encontra na formação dos grupos, e existe, ainda hoje, em muitos casos. 
 O instinto maternal leva muitas mulheres que não puderam ter filhos a fazer de patronatos, clubes de assistência à 
infância ou a cuidar com carinho especial de pessoas que vivem sós. 
 
 
- 17 - 
Psicologia 
 O instinto combativo pode levar à formação de grupos de indivíduos com o único fim de lutar contra outros. É 
“socializado” nas equipes esportivas (luta, futebol) e em certos grupos profissionais (policia exército, etc.). 
 Os “metamotivos” ou “motivos transpessoais” são talvez os mais poderosos e, no entanto os mais ignorados pelas 
organizações modernas. Trata-se dos grandes ideais da humanidade contidos em valores tais como: verdade, justiça, 
beleza, integridade, simplicidade, totalidade, alegria, perfeição, honestidade, transcendência, paz, amor. 
Num trabalho social, estes instintos, quando mal aproveitados, podem desintegrar a própria equipe. 
Os componentes de qualquer equipe de trabalho devem ter em mente que, atrás dos contatos entre indivíduos, 
se enfrentam INSTINTOS muito potentes, primitivos que podem quando inteligentemente canalizados, tornar 
harmonioso o trabalho em grupo, e, por conseguinte, produtivo. 
 
COMO PARTICIPAR DE UM GRUPO DE TRABALHO 
 
 Conheça a sua empresa 
 
É muito importante conhecer o regulamento interno da organização na qual se trabalha. Muitos casos 
desagradáveis podem ser evitados quando, além do regulamento se conheçam, também, as funções exercidas por cada 
uma das pessoas. 
 
 Conheça os seus chefes 
 
Não basta somente ser ciente da função de cada uma das pessoas da empresa, é indispensável conhecer-se o 
temperamento do seu chefe. Existem chefes de toda natureza, uns se revelam meigos, pacientes, compreensivos, 
humanos; outros, no entanto, nervosos, irascíveis, coléricos e impacientes, mas, em muitos casos, boas pessoas; outros 
chefes são extremamente reservados, não se dirigindo com freqüência aos seus auxiliares, exceto quando se refere às 
necessidades que o trabalho requer. 
Com o primeiro tipo de chefe não há praticamente problemas; com o chefe nervoso, muito cuidado não será 
demasiado. Submeter-lhe qualquer assunto, no momento de uma tensão nervosa, resultará num fracasso quase certo. O 
melhor é esperar o “momento psicológico”. 
 
 
 Conheça os seus colegas 
 
O mesmo acontece com os colegas; nada como conhecê-los para compreendê-los e ser mais tolerante quando, 
um dia ou outro, se mostram diferentes do costume. Nunca devemos esquecer que a vida dos nossos colegas, como a 
nossa também não se limita só ao trabalho. O “mau humor” tem sempre uma razão. 
 Há também, certos indivíduos que têm a tendência de emprestar aos outras intenções que nunca tiveram. Os 
conflitos entre pessoas, geralmente, provêm de situações análogas, nas quais emprestamos a outrem intenções ou 
sentimentos que nunca tiveram. 
 
 
 Conheça a si mesmo 
 
Antes de culparmos os outros, numa situação conflitiva, é recomendável analisar-se com o cuidado necessário, 
a fim de verificar se a causa do atrito não provém de nosso próprio temperamento ou da nossa formação. 
 O mais difícil é justamente conhecer a si mesmo; para isto é indispensável muita sinceridade, pois temos 
tendência a só procurar nossas qualidades e estarmos convencidos de que os outros é que erram. 
 Este conhecimento de si mesmo abrange vários aspectos da nossa Personalidade: 
 
1. A nossa capacidade intelectual: A nossa inteligência, isto é, a nossa capacidade de resolver problemas, alcança 
seu maior grau de desenvolvimento na puberdade. É interessante o adulto conhecer seu próprio nível mental, pois do 
grau de inteligência depende, em grande parte, o êxito na vida profissional. 
 
2. A nossa cultura: Em função da nossa inteligência, podemos verificar se ainda temos possibilidade de progredir na 
vida ou de estudar mais. 
 
3. As nossas aspirações: Todo ser normal sente o desejo de alcançar certos objetivos na vida. Por esse motivo, uns 
preferem ser músicos, outros radiotécnicos, mecânicos, engenheiros, professores, marceneiros, militares, etc. 
 
 
- 18 - 
Psicologia 
 
4. Os nossos interesses: O mesmo pode acontecer com os nossos interesses; cada indivíduo tem interesses e 
gostos diferentes dos de outro; uns gostam de mecânica, de agricultura, de lidar com pessoas ou de calcular; outros 
preferem atividades movimentadas, aventuras, lidar com crianças ou com velhos ou, ainda, gostam de negócios. 
 
5. O nosso temperamento e o nosso caráter: Temperamento e caráter, em relações humanas, são fatores 
essenciais, explicando muitas de nossas reações em relação a outrem. Por esta razão, é importante sabermos se somos 
tímidos, introvertidos, reservados ou se, pelo contrário, somos sociáveis, amáveis, serviçais e afetivos, ou, ainda, 
agressivos, combativos, enérgicos e autoritários. Existem pessoas que reúnem todos esses temperamentos, 
dependendo, apenas, das circunstâncias e do momento. 
 
 Como participar de uma reunião 
 
Saber participar de uma reunião, não é coisa tão fácil como parece à primeira vista. Por isso, é importante que 
fale francamente, ouça cuidadosamente o que os outros dizem; fique sentado durante todo o tempo; nunca interrompa 
quem estiver com a palavra; não monopolize a discussão; não fuja da discussão; se discordar de alguma coisa, diga; 
não deixe sua observação para depois; traga perguntas para a reunião; leve os problemas do grupo para casa. 
 
 
 Saber calar e saber falar 
 
A linguagem é o instrumento essencial das relações humanas. Na comunicação entre as pessoas, é tão 
importante quanto à enxada para o lavrador ou o torno para o mecânico. 
Aprender a se servir da linguagem consiste em saber calar quando for preciso. “A palavra é de prata, o silêncio 
é de ouro”, dizia um velho provérbio. O silêncio é de grande utilidade, sobretudo nas seguintes circunstâncias: 
1. Quando uma pessoa está numa reunião e o assunto foge completamente à sua especialidade; 
2. Quando a pessoa tem um temperamento hiperagressivo e colérico; 
3. Quando a pessoa quer ouvir os outros para formar uma opinião a respeito do assunto a tratar. 
 
 O controle de si mesmo 
 
Há quem afirme que não devemos recalcar nossos desejos e vontades, pois o recalque provocaria uma série de 
doenças nervosas. Isto, não acontece, levando-se em conta que desde nossa infância nos acostumamos a recalcá-los. 
Tão habituados estamos, que nem mais notamos. Assim não fosse, estaríamos incorrendo nas coisas mais absurdas, tais 
como: matar a todo instante pessoas que nos aborreçam roubar nas lojas tudo que nos agrada, etc. Só não o fazemos 
por causa deste controle que já possuímos desde a mais tenra idade. 
 
 
OS DEZ MANDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS 
 
1) FALE com as pessoas. Não há nada tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particularmente hoje 
em dia quando precisamos mais de sorrisos amáveis. 
 
2) SORRIA para as pessoas. Lembre-se, que acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para sorrir. 
 
3) CHAME pelo nome. A música mais suave para muitos, ainda continua sendo o próprio nome. 
 
4) SEJA amigo e prestativo Se você quer ter um amigo, seja um amigo. 
 
5) SEJA cordial Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que fizer, faça-o com todo o prazer. 
 
6) INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Mostre que as coisas da qual gostam e com as quais se preocupam 
também têm valor para você, de forma espontânea, sem precisar se envolver diretamente. 
 
7) SEJA generoso em elogiar cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar confiança,e elevar os 
outros. 
 
 
 
- 19 - 
Psicologia 
8) SAIBA considerar os sentimentos dos outros Existem três lados em qualquer controvérsia: o seu, o do outro, e 
o que está certo. 
 
9) PREOCUPE-SE com a opinião dos outros Três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba 
elogiar. 
 
10) PROCURE apresentar um excelente trabalho. O que realmente vale nessa nossa vida é aquilo que fazemos para os 
outros. 
 
 
LIDERANÇA 
 
 
LIDERANÇA 
 
 LIDERANÇA: Liderar é influenciar pessoas a mudar identificando suas necessidades e diferenças individuais. 
O desenvolvimento da capacidade de liderança é ajudado pelo grupo a que se pertence e depende, também de 
atributos pessoais, nascença e da aprendizagem. 
 
TIPOS DE LÍDERES 
 
Carismáticos – São aqueles que têm a capacidade inata de liderar. Raríssimos são os casos de liderança inata; o mais 
célebre exemplo é o de Jesus. 
 
 Designados – Quando a liderança é indicada pelos membros do grupo a que pertence. 
 Ex: Líderes de bancadas políticas, técnicos de jogos, etc. 
 
 Fabricados – Quando há uma total promoção em torno da pessoa que se 
quer projetar. 
 Ex: alguns cantores como Elvis Presley. 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS OU TRAÇOS DO LÍDER 
 
 
 Inteligência, dominação e autoconfiança; capacidade de realização, responsabilidade, otimismo, espírito de 
servidão, personalidade forte, senso de justiça, capacidade para saber dialogar, capacidade de saber ouvir e aceitar 
críticas, capacidade de dirigir e orientar tarefas. 
 
CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER: 
 
Seguro, Acolhedor, Desinteressado, Disponível, Firme e suave, Juízo maduro, Catalisador, Otimista, Provisor, 
Confiança nos outros, Dá apoio, Eficaz, Sociável, Sincero, Corajoso Democrático. 
 
TIPOS DE LIDERANÇA: 
 
Liderança autoritária: Nesta o líder determina sozinhos os métodos e planos do grupo: determina o padrão de relação 
entre os membros e atua como juiz supremo e agente das recompensas e punições. É o único que conhece a seqüência das 
futuras atividades do grupo. 
 
Liderança democrática: A autonomia do grupo para decidir e implementar estratégias para resolução dos problemas, para 
atingir metas, deixando o caráter do líder intervir apenas quando o grupo solicita. É a liderança que procura despertar a 
maior participação de todos os membros do grupo seja na determinação dos métodos, distribuição adequada das 
responsabilidades, ou na estimulação dos contatos sociais; evita uma estrutura de grupos na qual predomine os privilégios 
especiais e as distribuições de (status). 
 
 
 
- 20 - 
Psicologia 
Liderança situacional: não há um único estilo ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação, cada 
uma requer um estilo de liderança diferente para alcançar a eficácia no trabalho. 
 
 
 FATORES QUE INTERFEREM NAS RELAÇÕES HUMANAS 
 
 Fatores de ordem pessoal como características de personalidade ou fatores emocionais podem interferir e 
dificultar o relacionamento dos participantes, influenciando no desempenho do grupo como um todo. 
 
Angústia 
 
 É um dos tipos mais comuns de neurose, aparecendo como extrema inquietação ou medo irracional causado 
pela impressão de perigo iminente acompanhada de perturbações neurovegetativas, como palpitações do coração, 
suores, visão perturbada, etc. 
 
 
 
 
Ansiedade 
 
 Muitas pessoas se sentem ansiosas diante de algum evento importante ou quando se defrontam com algum 
perigo grande. A reação natural do sistema nervoso central nesses momentos é de ansiedade, servindo a um propósito 
útil e desaparecendo quando a dificuldade é removida. 
 A ansiedade pode chegar ao pânico, interferindo nas funções mentais e sociais quando ela é contínua e 
irracional sem causa justificável. Não há diferença qualitativa entre ansiedade normal e patológica. 
 A ansiedade é considerada também estado de alerta ante o perigo (antecipação de sofrimento), mas desprovido 
de conteúdo intelectual e, pelo tom emocional específico, tem manifestações motoras periféricas, sendo mais comuns os 
distúrbios respiratórios. 
 Assim, a ansiedade como patologia, é somente uma questão de quantidade, não de qualidade. Há um 
determinado grau que, ao se tornar insuportável, passa a ser evidenciado por uma sintomatologia clínica, como se fosse 
um mecanismo de alarma. 
 
Medo 
 
 É um estado emocional de agitação que se verifica pela presença ou pressentimento de um perigo concreto. 
 Quase que freqüentemente, o medo representa um papel negativo, porque aumenta os movimentos de fuga do 
indivíduo. Quase todos os medos que atormentam as crianças e os adultos são injustificados e prejudiciais. O medo é o 
inimigo da saúde mental e física. Destrói a coragem e a autoconfiança. Enfraquece e suprime a ação intencional, 
deforma a perspectiva e inibe o pensamento claro, 
 Diminui as possibilidades de êxito e é, quase sempre, a causa da mediocridade e do fracasso. 
 Também é considerada uma das principais forças motivadoras da conduta humana. É um fator biológico de 
defesa e proteção, diretamente relacionado com o instinto de conservação; portanto não é patológico. 
 
Conflito 
 
 No conflito o indivíduo se defronte com situações boas más atraentes ou desagradáveis, entre as quais ele deva 
escolher. 
 Como na maior parte do tempo a pessoa tem a experiência interior de dois ou mais motivos simultâneos, cada 
um dos quais exige uma ação diferente, quase sempre existe certo grau de conflito. Se as ações exigidas pelos vários 
motivos são iguais ou bem compatíveis, existirá pouco ou nenhum conflito. Mas, quase sempre a direção de atividade de 
um motivo é contrária às de outro. A essência do conflito reside no fato de a pessoa não pode ir, ao mesmo tempo, para 
duas direções diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 21 - 
Psicologia 
Frustrações e Obstáculos 
 
 Refere-se ao fato de que a obtenção do objetivo é bloqueada ou impedida. A frustração é um estado do 
organismo e não uma condição externa. A simples existência de barreiras não significa, necessariamente, frustração. 
 Se a nossa ação, dirigida para o objetivo, de alguma forma leva em consideração a interferência externa sem 
prejuízo para a obtenção do objetivo, não existe frustração. 
 Inversamente, a frustração pode ocorrer sem interferência externa. A pessoa pode simplesmente imaginar uma 
barreira que servirá para perturbar sua obtenção do objetivo e provocar autêntica frustração. 
 Outras fontes de frustrações são os obstáculos no ambiente. Isto é, coisas que servem de barreiras à obtenção 
do objetivo. 
 Ex: Grades da cadeia são barreiras ao homem que deseja a liberdade. 
 
 
MOTIVAÇÃO 
 
MOTIVAÇÃO: A motivação é um estímulo interno, capaz de impulsionar as pessoas a alcançar seus objetivos. 
 
Alguns comportamentos observados em terapia podem ser indicadores do nível de motivação: 
• Concordar com o terapeuta; 
• Expressar vontade de mudar ou ser ajudado; 
• Estar incomodado com sua situação pessoal; 
• Seguir os conselhos do terapeuta. 
SOLIDARIEDADE: está fundamentada na disposição permanente de ajuda ao outro. 
 
AMIZADE: A amizade se caracteriza pela reciprocidade equilibrada de expressão de sentimentos positivos e negativos e 
de atitude voltada para o bem-estar e a felicidade do outro. Faz parte da amizade, não exacerbar os defeitos do outro e 
dividir os bons e maus momentos. 
 
 
MOTIVAÇÃO E TRABALHO 
 
 Cada pessoa tem uma atitude perante o trabalho que depende da experiência intrínseca ou adquirida na vida. 
Quando a pessoa descobre o que gosta de fazer e consegue integrar esta descoberta com sua profissão, ela 
experimenta a possibilidade de transformar toda a sua vida em atos positivos. 
 Um ponto muito significativo a ser observado é o fato de que a vida profissional nunca deve ser mais importante que 
a vida global, ou seja, a soma da vida pessoal, profissional e social. 
 
 Pontos positivos citados pela maioria dos trabalhadores dentro de uma dada atividade profissional: 
- Realização pessoal 
- Fonte de sobrevivência 
- Fonte decrescimento 
- Fonte de amizades 
- Valorização da sinergia 
- Compartilhamento de sucessos 
- Fonte de renda 
 
 Pontos negativos citados pela maioria dos trabalhadores dentro de uma dada atividade profissional: 
 
- Tempo restrito para desenvolver todas as atividades 
- Fonte de inimizades 
- Engolir “sapos", etc. 
 
 Os pontos positivos certamente motivam, mas nem sempre os negativos desmotivam. Ao contrário, podem até 
significar desafios a serem superados constantemente, se detectados a tempo. 
 
 Entre as causas mais comuns de desmotivação, podemos assinalar: 
 
- Desconhecimento da “missão de vida" 
- Falta de tarefas e objetivos claros a serem alcançados 
- Insegurança em relação ao mercado 
 
 
- 22 - 
Psicologia 
- Falta de reconhecimento 
- Impedimento de participação/crescimento 
- Falha de comunicação 
- Abuso de poder 
- Desrespeito profissional 
- Falta de confiança 
- Salário injusto em relação à atividade exercida 
 
 
 
MANTER-SE MOTIVADO 
 
 TENHA ENTUSIASMO 
 
Não espere o sucesso chegar para se motivar. O entusiasmo e o otimismo, características de quem transforma as 
situações, são os fatores que costumam atrair ainda mais o sucesso. 
 
ESTEJA SINTONIZADO 
 
Tente acompanhar as transformações tecnológicas, na medida do possível. A ansiedade de querer aprender tudo 
certamente leva à desistência rápida e à aversão às inovações. 
 
 
 DEDIQUE-SE 
 
Com a inteligência, o profissional é capaz de discernir, distinguir e decidir no trabalho. Mas somente a inteligência e 
a vontade leva à ação. Uma perde o sentido sem a outra. 
 
 PARE DE RECLAMAR 
 
Não deixe que acontecimentos sem importância criem um clima de insatisfação ao seu redor. Muitas vezes, só 
reconhecemos as qualidades/pontos positivos de uma experiência depois que ela passa. 
 
INVISTA NA SUA FORMAÇÃO 
 
Não reclame da falta de oportunidades; procure se aperfeiçoar. A primeira pessoa que deve investir em você é você 
mesmo. 
 
 FALE E OUÇA MAIS 
 
Comunique-se mais com seu chefe, colegas e/ou subordinados. A comunicação é capaz de resolver muitos 
problemas que, às vezes, são superdimensionados pelas pessoas que não têm uma visão muito clara/global da 
situação. 
 
 DÊ AUTONOMIA 
 
Quem melhor pode resolver um problema, muitas vezes, é quem está em contato com ele no dia-a-dia. Por isso ter 
autonomia pode ser o caminho mais curto para diagnosticar falhas. 
 
 ENGAJE-SE 
 
Em certos casos, a falta de comprometimento de uma equipe é culpa dos próprios lideres que, ao dar autonomia, 
não costumam permitir os erros. O espaço para a liberdade de criar é fundamental. 
 
 
 
 
- 23 - 
Psicologia 
COMUNICAÇÃO 
 
COMUNICAÇÃO é a utilização de qualquer meio pelo qual um pensamento „transmitido de pessoa a pessoa 
sem perder, tanto quanto possível sua intenção original. 
 
Objetivo – influenciar para afetar com intenção, visando uma reação especifica de uma pessoa ou grupo 
(mudança no comportamento). 
Num passado não muito distante, acreditavam que para manter uma comunicação era necessário apenas um 
diálogo, ou uma escrita, mas estudos recentes da psicologia moderna constataram que alguns itens a mais constituem 
uma comunicação real. 
Nesta constatação de processo, deve-se observar que a fonte e o receptor são sistemas similares. Se assim não 
fosse, não haveria comunicação. 
 
Vejamos: 
Sabemos agora que existem vários tipos de comunicação, e que é preciso conhecê-los para termos êxito ao 
estabelecer a comunicação. 
 
 
Elementos do processo da comunicação, a fonte da comunicação: 
 Codificador; 
 A mensagem; 
 Canal; 
 Decodificador; 
 Receptor da comunicação. 
 
Ao tratarmos especificamente de comunicação pessoa a pessoa, que é o modelo mais simples e o que mais nos 
interessa, podemos agrupar fonte e codificador num único elemento, fazendo–se o mesmo com o decodificador e o 
receptor, resultando em quatro elementos: EMISSOR, RECEPTOR, CANAL, E MENSAGEM. 
 
Observação importante: devemos ficar atentos, para as falhas, às distorções, as deformações nas mensagens, 
os devaneios e as falsas verdades, as quais fazem com que raramente um fato seja relatado da maneira que realmente 
ocorreu. 
 
Embora cada situação comunicativa seja única, ainda assim é possível isolar certos elementos do processo que são 
comuns a toda e qualquer comunicação. 
 
 
 
 
TIPOS DE COMUNICAÇÕES 
 
 
 Comunicações Orais: são as ordens, pedidos, colóquios, “bate-papos”, comunicações telefônicas, pelo rádio, 
debates, discussões, etc. 
 Comunicações Escritas: são as cartas, jornais impressos, revistas, cartazes, etc. 
 Comunicações Não Verbais: são as comunicações estabelecidas: 
 • Por Mímicas: gestos das mãos, do corpo, da face (caretas) 
 • Pela postura do corpo: o nosso corpo fala muitas vezes o que realmente gostaríamos de dizer verbalmente. 
 
 
Comunicabilidade: A comunicação é o instrumento de expressão de nosso interior; do que pensamos, do que 
queremos, do que acreditamos. Comunicar é colocar algo em comum, é tornar-se comum com alguém. Comunicação 
são maneiras de receber e transmitir informações. Para que a comunicação ocorra, é preciso que haja: 
 
EMISSOR ® MENSAGEM ® RECEPTOR: COMUNICAÇÃO: o emissor envia uma mensagem (código) para o receptor 
e daí se estabelece um canal de comunicação. 
 
A boa comunicação depende da harmonia destes elementos. 
 
 
- 24 - 
Psicologia 
 
POR QUE FALHAM AS COMUNICAÇÕES? 
QUEM FALA (EMISSOR – PROFISSIONAL) QUEM ESCUTA (RECEPTOR PACIENTE) 
Dicção falha Falta de atenção 
Fala demais Falta de interesse 
Usa palavras desconhecidas para o interlocutor Falta de conhecimentos 
Inespecífico Cansaço, ansiedade 
Autoritário Estresse 
Preconceituoso Ressentimento 
Voz monótona Idéias preconcebidas (estereótipos) 
Dificuldade de expressão Medo e insegurança 
Timidez ou medo de expressar suas opiniões Preocupação 
Falta de carisma Hostilidade 
Escolha inadequada do momento e local para dialogar com a 
pessoa 
Comportamento defensivo (o paciente pode encarar 
cada fala como uma acusação ou crítica pessoal) 
 
 
REGRAS PARA FACILITAR A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
 
 O tom de voz deve ser moderado, nem muito alto, nem muito baixo. 
 A velocidade da fala deve também ter um bom tempo, ritmo e fluência. 
 Evitar erros de sintaxe, linguagem imprópria, palavras ambíguas, inadequadas ou incorretas. 
 Falar com clareza. 
 Tentar despertar o interesse do paciente. 
 Escutar atenta e ativamente o paciente, lembrando-se que escutar é mais que ouvir. 
 
Eis aqui alguns comportamentos que o profissional de saúde deve desenvolver a fim de escutar o paciente: 
 
 Manter o olhar atento enquanto o paciente fala, 
 Não ficar o tempo todo pensando só no que vai ser respondido, 
 Mostrar atitude calma e receptiva, 
 Fazer com que a comunicação (tanto verbal como não verbal) assegure ao outro que se está acompanhando o que ele 
diz, 
 Tolerar sem ansiedade os silêncios do paciente, 
 Se o silêncio tornar-se embaraçoso para o paciente, procurar reformular a última frase dita, para que ele possa retomar 
a conversa, 
 Depois de fazer uma pergunta é importante silenciar. Se o paciente não responder de imediato, é melhor evitar o 
impulso de preencher o silêncio com comentários. Ele deve ter a oportunidade de pensar na questão, 
 Não interromper para retificar o que o outro está dizendo, mesmo que se discorde do que ele diz. É melhor esperar que 
termine o enunciado, 
 Não contradizer o que o outro está dizendo por considerar conhecido, desconhecido ou trivial. 
 
Demonstrar respeito e aceitação mesmo que haja grandes diferenças entre você e o seu paciente: 
 
 Abster-se de fazer julgamentos numa comunicação; 
 Admitir que o paciente tenha crenças, idéias e valores diferentes dos seus, 
 Criar condições para que o paciente possa expressar suas idéias, seus sentimentos e seus valores. Isso não significa que 
se deve concordar com tudo nem impede de dizer que

Outros materiais